Monobloco apostilaTAMBORIM 20170614

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bem-vindos

à oficina do
monobloco
TRANSFORMAR CADA UM “NUM” (MONO) E TODOS EM UM SÓ (BLOCO)
A nossa oficina se propõe a ser uma experiência transformadora
em que o indivíduo e o coletivo se encontram, se misturam e se
amplificam. Temos o compromisso de aproximar as pessoas da
música, de forma sólida, consistente e prazerosa. Propomos um
desafio sob medida para cada um de vocês, que se completa na
conexão com os parceiros de jornada rumo ao Carnaval. A
potência do Carnaval é coletiva, ninguém toca nem se diverte sozi-
nho. A força da batucada acontece quando a consistência musical
de cada batuqueiro se multiplica na bateria e se manifesta em mú-
sica da melhor qualidade. Quanto mais preparados estivermos,
maior o prazer e a brincadeira de todos.
O Projeto
Ao nos aproximarmos da música através da batucada, temos 2 as-
pectos fundamentais: a musicalização de quem toca e as carac-
terísticas de cada instrumento. A musicalização é o processo de
aprendizado e compreensão da linguagem musical. Para isso uti-
lizamos o Método do Passo, criado por Lucas Ciavatta, em 1996,
ferramenta que vem sendo trabalhada com sucesso por vários pro-
fessores de música no Brasil e no exterior. O Passo é inclusivo
e revelador. Ele acaba com o mito de que “eu não tenho ritmo”,
utilizando o corpo como ferramenta para construir a música em
cada um de nós. Quanto aos instrumentos, a batucada une pos-
sibilidades e desafios fáceis (chocalho), médios (surdo, agogô) e
difíceis (tamborim, caixa e repique). Ninguém precisa ficar de fora,
basta encontrar o seu lugar. A nossa função é, ao longo das au-
las, encontrar com você e para você esse desafio sob medida. O
que observamos como resultado desse processo, desde 2000, é a
transformação de simples foliões em protagonistas do Carnaval.
Gente que se conecta com músicos, com a Música e com o público
fazendo parte do nosso Arrastão da Alegria.

a oficina em três níveis


NÍVEL 1 É o primeiro ano de oficina. Nele, iniciamos o processo
de musicalização, oferecemos a possibilidade de experimentar os
diversos instrumentos e auxiliamos os alunos no processo de es-
colha. Os alunos aprendem uma parte do conteúdo de ritmos e
repertório, já com o objetivo de participar de uma parte dos Even-
tos de Carnaval. NÍVEL 2 É a continuação do nosso processo de
oficina. Aprofundamos a musicalização, o aluno já tem mais inti-
midade com a técnica e a linguagem dos instrumentos. O con-
teúdo trabalhado aumenta, chegando ao repertório completo da
nossa Temporada de Carnaval. NÍVEL 3 Nessa turma, faremos
um laboratório para novos ritmos e aprofundaremos ainda mais o
processo de musicalização e técnica. Trabalharemos os ritmos e
arranjos mais avançados do nosso repertório. Além de integrar a
bateria do Carnaval, junto com o Nível 2, os alunos do Nível 3 pode-
rão participar de eventos do Monobloco durante o ano.
oficina monobloco tamborim

índice

06 notação

07 técnica

08 rudimentos

12 ritmos

12 samba 46 funk
26 samba lento 49 coco
27 ijexá 53 ciranda
30 congo 54 marchinha (marcha 3)
32 maculelê 56 marcha lenta
36 xote 57 quebra quilos
39 quadrilha 60 samba-charme (shuffle)
42 marcha pop 65 reggae

67 glossário

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notação
Ao longo desta apostila, você vai se deparar com estes símbolos.
Veja o que cada um significa.

nível 1 níveis de dificuldade


Significa que o elemento faz parte do conteúdo de
um determinado nível da Oficina ( 1, 2 ou 3 ).

símbolos
Símbolos que o maestro vai fazer para chamar as
levadas, subidas, breques, etc.
Fique ligado!

movimento do TAMBORIM

[tamborim de cabeça pra baixo na nota


correspondente]

A nota anterior à assinalada com a seta é a que


tem que ser tocada virando o tamborim para que
ele esteja de cabeça pra baixo na nota indicada.

tamborim diretoria

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Técnica
LEMBRE-se A técnica básica do tamborim começa pela pegada da
mão, que segura o instrumento em hang loose, isto é: com os de-
dos polegar e mindinho apoiando o tamborim pelo lado de fora e os
outros três dedos por dentro da lata. Deixar o braço que segura o
tamborim reto, rente ao corpo. O tamborim fica pendurado na po-
sição. Quando fazemos o giro do tamborim, movimentamos leve-
mente o antebraço em meio giro, ida e volta. Preste atenção para
o relaxamento total do braço, escápulas e ombros. A posição do
tamborim para ser tocado é obtida levantando o instrumento, fle-
xionando o antebraço com o tamborim virado para o rosto. É muito
importante buscar o mesmo relaxamento do tamborim pendurado
ao levantar e flexionar o braço, pois precisaremos tocar por várias
horas no Carnaval. O movimento da mão que segura a baqueta
parte do pulso e é semelhante ao quicar de uma bolinha de tênis,
onde o braço balança por reflexo e não como eixo que movimenta
a baqueta. A pegada da baqueta acontece distribuindo a pressão
entre os três últimos dedos, liberando indicador e polegar apenas
para estabilizá-la. Tomar cuidado para não apertar estes dois de-
dos mais do que o necessário, pois quando o fazemos, tensiona-
mos todo o braço. Isso dificultará a aquisição de velocidade, além
de machucarmos nossas articulações, que precisam estar livres e
relaxadas para aprimorarmos nossa performance.

[ posição da mão em hang loose ]


dedo mindinho

dedo polegar

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Rudimentos
exercícios de introdução ao GIRO DO TAMBORIM nível 1

a ||: 1 e 2 e 3 e 4 e :||

[ Carreteiro desdobrado ]

b ||: 1 e 2 e 3 e 4 e :||

[ Alternado desdobrado ]

c ||: 1 e 2 e 3 e 4 e :||

[ Quadrilha desdobrado ]

D ||: 1 2 e 3 4 e :||

exercícios de introdução ao carreteiro nível 1

O Carreteiro é a levada básica do tamborim na Escola de Samba e um dos


fundamentos técnicos do instrumento.

A ||: 1 i e i 2 3 i e i 4 :||

B ||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 :||

carreteiro nível 1

A ||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||

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Exercícios com Diferentes Células Rítmicas que Utili-


zam o movimento do Carreteiro nível 1

A ||: 1 i e i 2 3 i e i (4) :||

B ||: 1 i e i (2) 3 i e i (4) :||

c ||: (1) 2 i e i (3) 4 i e i :||

D ||: 1 i e i 2 (3) i e i 4 :||

E ||: (1) i e i 2 (3) i e i 4 :||

F ||: (1) i e i (2) i e i (3) i e i (4) i e i :||

G ||: (1) i e i 2 (3) i e i 4 i e i |

| 1 (2) (3) (4) :||

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exercícios para o movimento alternado nível 1


[ Alternado ]

A ||: 1 i e i 2 3 i e i 4 :||

[ Alternado a tempo ]

B ||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||

[ Alternado sincopado ]

C ||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||

[ Carreteiro Funk ]

D || (1) 2 i e i 3 i e i 4 i e i |

||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||

galope nível 1

A ||: 1 e i 2 e i 3 e i 4 e i :||

exercícios em compasso composto nível 2

Utilizamos essas frases nas subidas do Samba.

A ||: 1 o o 2 o o 3 o o 4 o o |

| 1 (2) (3) (4) :||

B ||: 1 o o 2 o o 3 o o 4 o o :||

C ||: (1) o o 2 (3) o o 4 :||

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D ||: (1) o o 2 o o 3 o o 4 o o |

| 1 (2) 3 e (4) :||

E ||: 1 o (2) o o (3) o 4 o :||

estudos em shuffle nível 3

O shuffle é a divisão do pulso em seis partes, com cada metade do pulso


dividida em 3 (ver Folhas do Shuffle na Apostila de Musicalização).

A ||: 1 o o e o o 2 o o e o o 3 o o e o o 4 o o e o o :||

B ||: 1 oe o2 oe o3 oe o4 oe o :||
OBS: Fazer esse exercício com o movimento alternado.

C ||: 1 oe o2 oe o3 oe o4 oe o :||
OBS: Fazer esse exercício com o movimento alternado invertido.

D ||: 1 o (e) 2 3 o (e) 4 :||

E ||: (1)o (e) 2 (3)o (e) 4 :||

F || (1) 2 (e) o(3) 4 (e) o :||

G || (1)o (e) 2 (e) o(3)o (e) 4 (e) o :||

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elementos do samba
A base da linguagem rítmica do Monobloco é o Samba
das Escolas de Samba do Rio de Janeiro. A maneira
como os diferentes instrumentos da bateria são tocados,
como suas levadas se encaixam e a riqueza de elementos
que o samba traz são a nossa principal inspiração.

Apresentamos aqui as levadas que utilizamos no Samba,


assim como os seus principais elementos.

carreteiro
nível 1 ||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||

obs Fazer os exercícios da página 06 (Carreteiro Desdobrado e


exercícios de Introdução ao Carreteiro).

telecoteco
nível 1 ||: (1) i i (2) i e 3 e 4 i i :||

caminhos para o telecoteco

1º caminho ||: 1 e 2 e 3 e 4 :||

2º caminho ||: (1) (2) e 3 e 4 :||

3º caminho ||: (1) (2) i e 3 e 4 :||

4º caminho ||: (1) (2) i e 3 e 4 i i :||

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breque I
nível 1 [ carreteiro ]

||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |
[ contagem ]

| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 |

[ breque ]

| 1 i e i 2 e 3 (4) ||

obs Frase usada nos Breques 1,2,3 e 4, Congo e Final. No Começo


com breque, começar do 3º compasso.

breque 1 - p/v (pára e volta)


nível 1 [ carreteiro ]

||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |
[ contagem ]

| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 |

[ breque ]

| 1 i e i 2 e 3 (4) |

[ carreteiro ]

||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||

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breque 4
nível 2 [ carreteiro ]

||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |
[ contagem ]

|| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 |

[ breque ]

| 1 i e i 2 e 3 (4) |

| (1) e 2 (3) e 4 |

| 1 i (2) e (3) i e i 4 e |

| (1) o o 2 o o 3 o o 4 o o |

| 1 i 2 i 3 i 4 i |

| 1 e 2 i e i 3 e (4) i e i |

[ carreteiro ]

||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||

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[ carreteiro ]
breque 2
nível 1 ||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |
[ contagem para o breque ]

|| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 |
[ breque ]

| 1 i e i 2 e 3 (4) |

| 1 e 2 e 3 e 4 i i |
[ telecoteco ]

||: (1) i i (2) i e 3 e 4 i i :||

pontuações para o breque 2

a ||: 1 e 2 3 e 4 |

| 1 i e i 2 i e i 3 e 4 :||

b || (1) (2) (3) (4) |

||: (1) 2 o o 3 4 o o |

| 1 (2) (3) (4) :||

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breque 22
nível 1 [ carreteiro ]

|| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |
[ contagem ]

| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 |

[ breque ]

| 1 (2) e 3 (4) |
[ frase 22 ]

|| 1 (2) (3) (4) |

| 1 (2) (3) (4) |

| 1 2 3 4 |

| 1 i 2 i e (3) i e i 4 ||

obs A saída dessa frase é com a Volta do Refrão ou Refrão


Roubado, no lugar do último compasso.

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breque 2 império
nível 2 [ carreteiro ]

|| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |
[ contagem ]

| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 |

[ breque ]

| 1 i e i 2 e 3 (4) |

|| 1 (2) (3) 4 i e i |

| 1 (2) (3) (4) |

| 1 i (2) e (3) i e i 4 e |

| 1 (2) i 3 (4) ||

obs A saída dessa frase é com a Volta do Refrão ou Refrão


Roubado, no lugar do último compasso.

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[ carreteiro ]
breque 33
nível 2 || 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |

[ contagem ]

| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 |
[ breque ]

| 1 i (2) e 3 (4) ||

breque 2 com caixa


nível 3 [ carreteiro + contagem ]

||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||
[ breque ]

| 1 (2) (3) (4) ||

breque de 2 tempos
nível 1 [ carreteiro ]

|| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |

[ contagem + breque ]

| 1 i e i 2 i e i 3 (4) |

[ carreteiro ]

||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||

obs Esse breque acontece no mesmo compasso da contagem. Esse


elemento pode acontecer em qualquer levada do Monobloco.

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[ carreteiro ]
breque 3
nível 1 || 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |

[ contagem + breque ]

| 1 i e i 2 i e i 3 e (4) |

[ carreteiro ]

||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||

obs Esse breque acontece no mesmo compasso da contagem, após


o Maestro contar 2 tempos.

breque na mão do maestro


O Maestro indica claramente aonde o breque acontecerá, podendo ser em qualquer um
dos quatro tempos do compasso.

Começo na contagem
Nesse começo, o tamborim pode iniciar direto no carreteiro ou direto no telecoteco.
(sem subida).
[ contagem ]

| (1) (2) (3) (4) ||

[ telecoteco ]

||: (1) i i (2) i e 3 e 4 i i :||

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A volta do refrão (<>)


nível 1 [ telecoteco ]

|| (1) i i (2) i e 3 e 4 i i |
[ contagem ]

| (1) i i (2) i e 3 e 4 |
[ <> ]

| 1 i e i 2 e 3 i e i 4 e |
[ carreteiro ]

||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||

refrão roubado
nível 2 [ telecoteco ]

|| (1) i i (2) i e 3 e 4 i i |
[ contagem ]

| (1) i i (2) i e 3 e 4 |
[ refrão roubado ]

| 1 i e i 2 e 3 i e i 4 i e i |
[ carreteiro ]

||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||

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começo com chamada de repique


O repique faz uma frase, com dois compassos de duração, que chama a bateria indicando a
pulsação e o andamento. A sinalização da chamada de repique vem seguida da indicação
de qual subida será utilizada (ver Subidas).

exemplo ( chamada repique + subida 1 )

[ chamada de repique - 2 compassos ]

|| (1) (2) (3) (4) | [x2]

[ subida ]

| (1) e (2) e (3) e (4) e |

| 1 o o 2 o o 3 o o 4 o o |

| 1 e (2) 3 (4) |

[ carreteiro ]

||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||

final com breque


É quando o Maestro utiliza um dos breques para acabar o Samba. Ele pode utilizar os
Breques 1, 22 ou 33.

exemplo ( breque 1 para acabar )

[ carreteiro ]

|| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |
[ contagem ]

| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 |

[ final com breque ]

| 1 i e i 2 e 3 (4) ||

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subidas

Esse termo refere-se a determinadas frases, feitas pelo tamborim e pelo agogô, no
começo da 1ª parte do Samba. As subidas acontecem após um Breque de Primeira
(Breques 1, 3 ou 4) ou após uma chamada de repique.

subida 1
nível 1 || (1) e (2) e (3) e (4) e |

| 1 o o 2 o o 3 o o 4 o o |

| 1 e (2) 3 (4) |

[ carreteiro ]

||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||

caminhos para A subida 1

1º caminho || (1) e (2) e (3) e (4) e |

| 1 2 3 4 |

| 1 e (2) 3 (4) ||

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subida 1 cortada
nível 1 || 1 o o 2 o o 3 o o 4 o o |

| 1 e (2) 3 (4) |

[ carreteiro ]

||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||

obs Usada na bossa Salve a Mocidade.

subida 3 || 1 e 2 e 3 e 4 e |

nível 1
| 1 o o 2 o o 3 o o 4 o o |

| 1 (2) (3) (4) |

[ carreteiro ]

||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||

caminhos para A subida 3

1º caminho || 1 e 2 e 3 e 4 e |

| 1 2 3 4 |

| 1 (2) (3) (4) |

||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||
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subida mangueira
nível 2 || (1) o o 2 o o 3 o o 4 o o |

| 1 (2) 3 e (4) |

[ carreteiro ]

||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||

subida portela/ império


nível 2 || (1) o o 2 o o 3 o o 4 o o |

| 1 (2) (3) (4) |

[ carreteiro ]

||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||

subida grande (mocidade)


nível 3 || (1) o o 2 (3) o o 4 |

| (1) o o 2 o o 3 o o 4 o o |

| 1 o o 2 o o 3 o o 4 o o |

| 1 (2) (3) (4) |

[ carreteiro ]

||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||
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afoxé no samba
nível 2 [ carreteiro ]

|| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |
[ contagem ]

|| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 |

| 1 i e i 2 e 3 (4) |

[ Afoxé ]

||: (1) i i (2) e (3) e (4) e :||

obs A saída do Afoxé pode acontecer com Breque 1, (< >), ou


Refrão Roubado.

mão morta
nível 2 ||: 1 i e i (2) i e i 3 e 4 i e i |

| 1 i e i (2) i e i 3 o o 4 o o |

| 1 i e i (2) i e i 3 e 4 i e i |

1
| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 :||

2
||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||

obs A frase Mão Morta é utilizada no arranjo de Coisinha do Pai/ Vou


Festejar.

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samba lento
Quando tocamos sambas em andamento lento,
utilizamos esse símbolo. Alguns instrumentos fazem
levadas específicas no Samba Lento.

No caso do tamborim, após a chamada


de repique, podemos entrar direto no
carreteiro, telecoteco sem subida ou
esperar alguns compassos sem tocar.
Dependerá do arranjo combinado para
cada samba.

chamada de repique
nível 1 exemplo
(ENTRANDO NO TELECOTECO, SEM SUBIDA)

[ chamada de repique ]

|| (1) (2) (3) (4) |

| (1) (2) e 3 (4) |

[ telecoteco ]

||: (1) i i (2) i e 3 e 4 i i :||

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elementos do ijexá
( afoxé )
O Ijexá é um ritmo originário do Candomblé. Esse ritmo
ganhou as ruas quando os adeptos do Candomblé
organizaram seus blocos de Carnaval (Afoxés).

Adaptamos as levadas básicas de atabaque e agogô para


o instrumental do Monobloco.

levada 1
nível 1 ||: 1 i 2 e 3 i 4 e :||

obs Esta levada possui função de condução, mas neste caso esta é
a clave do ritmo.

caminho para a levada 1

1º caminho ||: 1 2 e 3 4 e :||

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levada 2
nível 1 ||: 1 i i (2) i e i 3 e 4 e :||

obs

Esta levada sempre pára no tempo 4 nas mudanças de levada.


Nos finais, além de pararem no tempo 4, o tempo 1 deverá ser
tocado. Possui função de clave.

caminho para a levada 2

1º caminho ||: 1 (2) e 3 e 4 e :||

2º caminho ||: 1 (2) i e i 3 e 4 e :||

levada 3
nível 2 ||: (1) i i (2) i e i 3 e 4 e i :||

obs

Esta levada sempre pára no tempo 4 nas mudanças de levada.


Nos finais, além de pararem no tempo 4, o tempo 1 deverá ser
tocado. Possui função de clave.

caminho para a levada 3

1º caminho ||: 1 i i (2) i e i 3 e 4 :||

2º caminho ||: (1) i i (2) i e i 3 e 4 :||

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Bossa pra acabar


[ levada Ijexá 2 + contagem ]

||: 1 i i (2) i e i 3 e 4 :||


[ bossa ]

| 1 (2) 3 e (4) |

| (1) (2) (3) e (4) e |

| (1) (2) 3 e (4) |

[ final ]

| (1) (2) (3) e (4) ||

obs É uma convenção utilizada em alguns finais do Ijexá.

1/2 bossa pra acabar


[ levada Ijexá 3 ]

|| (1) i i (2) i e i 3 e 4 e i |
[ contagem ]

| (1) i i (2) i e i 3 e 4 |

[ 1/2 Bossa ]

| 1 (2) 3 e (4) ||

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elementos do congo
O Congo é um dos ritmos do Candomblé de Angola.
A adaptação para o instrumental do Monobloco
produziu uma das levadas que funciona melhor como
Música de Rua.

clave
nível 1 ||: 1 i (2) e (3) e 4 :||

obs O símbolo desta levada coinscide com o do próprio ritmo (C). A


Clave é um elemento genérico que pode ser utilizado em vários
ritmos.

levada 1
nível 2 ||: (1) i 2 (3) i e i 4 :||

obs Esta levada possui função de clave.

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Levada 2 (com subida)


nível 2 [ clave com subida ]

|| 1 i (2) e (3) e 4 o o |
[ levada Congo 2 ]

||: 1 i (2) i e i 3 e 4 i e i |

| 1 i (2) i e i 3 e 4 o o :||

obs A subida para a levada 2 será indicada quando acontecer no


arranjo. Para sair da levada 2, parar no 4.

passagem para o samba (com breque)


nível 2 [ levada Congo 1 + contagem ]

||: (1) i 2 (3) i e i 4 :||

[ breque do Samba ]

| 1 i e i 2 e 3 (4) |

[ levada Carreteiro ]

||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||

obs Na passagem para o Samba, o tamborim faz o Breque do


Samba e volta no tempo 1 do compasso seguinte, na levada
Carreteiro.

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elementos do maculelê
A nossa adaptação do Maculelê ilustra bem como os
elementos culturais são constantemente adaptados e
recriados no Brasil. O Maculelê é um ritmo do Folclore
da Bahia, que se manteve presente nos grupos de
Capoeira.

No Rio de Janeiro, produtores e Djs do Funk Carioca


utilizaram samplers (amostras digitais) de atabaques de
Maculelê e criaram o Tamborzão. O Monobloco adaptou
o Tamborzão para a batucada e esse ritmo passou a
fazer parte do Carnaval de Rua.

levada 1
nível 1 ||: 1 i e i (2) e (3) 4 :||

obs Esta levada possui função de clave.

caminho para a levada 1

1º caminho ||: 1 i e i 2 e (3) 4 :||

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oficina monobloco tamborim

levada 2
nível 1 ||: (1) i (2) e 3 i e i 4 :||

obs Esta levada possui função de clave.

caminho para a levada 2

1º caminho ||: 1 i (2) e 3 i e i 4 :||

levada 3
nível 1 ||: 1 i (2) 3 i e i 4 e :||

obs Esta levada possui função de clave. Para o tamborim, ela é igual
à levada Funk 4.

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Começo com ataque


nível 1 [ contagem ]

|| (1) (2) (3) (4) |

[ ataque ]

| 1 (2) (3) (4) |

[ Levada Maculelê 1 ]

||: 1 i e i (2) e (3) 4 :||

começo com chamada de repique


nível 2 [ chamada de repique ]

|| (1) (2) (3) e 4 |

[ Levada Maculelê 1 ]

||: 1 i e i (2) e (3) 4 :||

obs O tamborim responde à chamada do repique antes de iniciar a


levada.

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passagem para o samba (com breque)


nível 2 [ levada Maculelê 1 + contagem ]

||: 1 i e i (2) e (3) 4 :||

[ breque do Samba ]

| 1 i e i 2 e 3 (4) |

[ levada Carreteiro ]

||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||

obs Na passagem para o Samba, o tamborim faz o Breque do


Samba e volta no tempo 1 do compasso seguinte, na levada
Carreteiro.

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elementos do xote
O Xote é um dos ritmos que compõem o Forró. Os
ritmos do Forró e suas canções passaram a fazer parte
da Matriz Musical Brasileira, a partir de Luiz Gonzaga.
Não poderiam ficar de fora do nosso repertório.

levada 1
nível 1 || (1) e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |

||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||

obs Esta levada possui função de condução.

ATENÇÃO: Na passagem da levada 1 para a levada 2, a


primeira termina no tempo 4. A passagem da levada 2 para a
levada 1 ocorre sem modificações nas levadas.

caminho para a levada 1

1º caminho || (1) e 2 i e i 3 e 4 i e i |

||: 1 e 2 i e i 3 e 4 i e i :||

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levada 2
nível 1 ||: 1 i (2) e 3 i (4) e :||

obs Esta levada possui função de clave. Este é um elemento genérico


que pode ser usado em vários ritmos.

caminho para a levada 2

1º caminho ||: 1 i 2 e 3 i 4 e :||

breque 3
nível 1 [ levada Xote 2 ]

|| 1 i (2) e 3 i (4) e |

[ contagem + breque ]

| 1 i (2) e 3 e (4) |

[ levada Xote 1 ]

| (1) e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |

||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||

obs Esse breque acontece no mesmo compasso da contagem. O


Breque 3e pode acontecer vindo das levadas 1 ou 2.

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começo com chamada de repique


nível 2 [ chamada de repique ]

|| (1) (2) (3) (4) |

[ levada Xote 1 ]

|| (1) e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |

||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||

obs A chamada de repique do Xote tem duração de 1 compasso. O


tamborim começa a levada no compasso seguinte.

ATENÇÃO: vale lembrar que se a levada pedida for Xote 1, a


entrada será apenas no “e” do 1.

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elementos da quadrilha
A Quadrilha, também conhecida como Galope, é outro
ritmo que faz parte do Forró e é uma das atrações das
Festas Juninas. Por ser um ritmo de andamento rápido
é um dos momentos de maior energia do Carnaval do
Monobloco.

levada 1
nível 1 ||: 1 e i 2 e i 3 e i 4 e i :||

obs Esta levada possui função de condução.

caminhos para a levada 1

1º caminho ||: 1 2 e 3 4 e :||

2º caminho ||: 1 e i 2 e i 3 e i 4 e i :||

3º caminho ||: 1 e i 2 3 e i 4 :||

4º caminho ||: 1 e i 2 e i 3 e i 4 :||

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levada 2
nível 1 ||: 1 i (2) e 3 i (4) e :||

obs Esta levada possui função de clave.

Começo na contagem
nível 1 [ contagem ]

|| (1) (2) (3) (4) |

[ LEVADA Quadrilha 1 ]

||: 1 e i 2 e i 3 e i 4 e i :||

começo com chamada de repique


nível 2 [ chamada de repique ]

|| (1) (2) (3) (4) |

[ LEVADA Quadrilha 1 ]

||: 1 e i 2 e i 3 e i 4 e i :||

obs A chamada de repique tem duração de 1 compasso.

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final descobridor ( )
nível 2 [ levada Quadrilha 1 + contagem ]

|| 1 e i 2 e i 3 e i 4 e i :||

[ final ]

| 1 (2) e (3) 4 |

| 1 (2) (3) (4) ||

final 22 + 33
nível 2 [ levada Quadrilha 2 + contagem ]

|| 1 i (2) e 3 i (4) e :||

[ final ]

| 1 (2) e 3 (4) |

| 1 i (2) e 3 (4) ||

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elementos da marcha pop


Levada baseada em batidas da música pop, utilizada
para tocar Marchinhas de Carnaval. Está presente no
nosso repertório desde o primeiro Carnaval, em 2001.

levada 1
nível 1 ||: 1 e (2) e 3 e (4) |

| 1 e (2) e 3 e 4 :||

obs Esta levada possui função de clave.

levada 2
nível 1 ||: 1 e 2 e 3 e 4 e :||

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levada zero
nível 1 ||: (1) 2 (3) 4 :||

obs Esta levada possui função de clave. Ela é um elemento genérico


que pode ser utilizado em vários ritmos.

final simples
nível 1 [ LEVADA Marcha Pop 1 + contagem ]

||: 1 e (2) e 3 e (4) |

| 1 e (2) e 3 e 4 :||

[ final ]

| 1 (2) (3) (4) ||

obs A Marcha Pop pode finalizar na mão do Maestro, ou com finais


Descobridor (d), 22, 33 ou 22 + 33.

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subida
nível 1 [ levada Marcha Pop 1 + contagem ]

|| 1 e (2) e 3 e (4) |

[ subida ]

| 1 e 2 e 3 e 4 e |

[ levada Marcha Pop 1 ]

||: 1 e (2) e 3 e (4) |

| 1 e (2) e 3 e 4 :||

saída
nível 1 [ levada Marcha Pop 1 + contagem ]

|| 1 e (2) e 3 e (4) |

[ saída ]

||: 1 e 2 (3) e 4 e :||

[ levada Marcha Pop 1 ]

||: 1 e (2) e 3 e (4) |

| 1 e (2) e 3 e 4 :||

obs A subida e a saída acontecem no lugar do 2º compasso da


levada 1.

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final descobridor ( )
nível 2 [ levada Marcha Pop 0 + contagem ]

||: (1) 2 (3) 4 :||

[ final ]

| 1 (2) e (3) 4 |

| 1 (2) (3) (4) ||

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elementos do funk
Adaptação inspirada nas levadas de bateria da música
Pop. Também é uma das levadas originais do nosso
primeiro Carnaval.

levada 1
nível 1 ||: (1) 2 i e i (3) i e i 4 :||

obs Esta levada possui função de clave.

caminho para a levada 1

1º caminho ||: (1) 2 i e i 3 i e i 4 :||

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levada 2 (carreteiro)
nível 2 ||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||

obs

Veja o caminho para o Carreteiro na página 08.

Esta levada possui função de condução. Quando o maestro


chamar a variação da Levada 2, o tamborim poderá seguir na
levada 2 (Carreteiro), no Carreteiro Funk ou até parar de
tocar. Dependerá do arranjo combinado para a música.

levada 3
nível 1 ||: 1 i e i 2 e i (3) 4 :||

obs Esta levada possui função de clave.

levada 4
nível 1 ||: 1 i (2) 3 i e i 4 e :||

obs Esta levada é igual à levada Maculelê 3.

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Começo na contagem
nível 1 [ contagem para Funk 1 ]

|| (1) (2) (3) (4) |

[ levada Funk 1 ]

||: (1) 2 i e i (3) i e i 4 :||

obs ATENÇÃO! As levadas 1 e Carreteiro Funk começam no


tempo 2 do compasso seguinte à contagem. As levadas 2, 3 e 4
começam no tempo 1 após o compasso seguinte à contagem.

carreteiro funk
nível 2 || (1) 2 i e i 3 i e i 4 i e i |

||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||

breque de caixa 2 e 4
Esse é um breque utilizado em alguns arranjos. A bateria para e só a caixa toca no 2
e no 4. O tamborim volta no tempo 2, após a contagem do Maestro, durante o breque. A
duração desse breque depende do arranjo de cada música.

níve l 1

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elementos do coco
Completa, junto com o Xote e a Quadrilha, os três ritmos
do Forró.

levada 1
nível 2 || (1) i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |

||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||

obs Esta levada possui função de condução. Na saída da levada 1


para outras levadas, parar no tempo 4.

caminho para a levada 1

1º caminho ||: 1 i e i 2 i e i 3 (4) :||

obs Essa levada utiliza o movimento do Carreteiro seguido do


movimento do toque Alternado ( ver Folha de Rudimentos ).

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levada 2
nível 2 ||: 1 i e i 2 e (3) i e i 4 e :||

obs Esta levada possui função de clave.

caminhos para a levada 2

1º caminho ||: 1 i e i 2 e 3 i e i 4 e :||

levada 3
nível 2 ||: (1) i e i 2 i e i 3 i e i 4 |

| (1) i e i 2 (3) i e i 4 :||

obs Esta levada possui função de clave.

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Começo na contagem
nível 2 [ contagem ]

|| (1) (2) (3) (4) |

[ levada Coco 1 ]

| (1) i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |

||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||

obs ATENÇÃO: As levadas 1 e 3 começam no 1o “i” do tempo 1, do


compasso seguinte à contagem. A levada 2 começa no tempo
1 do compasso seguinte à contagem. É fundamental marcar a
pulsação antes de começar a tocar.

final simples
nível 2 [ levada Coco 1 ]

|| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |

[ contagem ]

| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 |

[ final ]

| 1 (2) (3) (4) ||

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chamada de repique para acabar


nível 2 [ levada Coco 1 ]

|| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |
[ contagem ]

| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 |

[ final ]

| 1 (2) (3) (4) e |

| 1 (2) (3) (4) ||

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elementos da ciranda
Ritmo natural do Recife, tocado com caixa e chocalho.
Fizemos a adaptação para os nosso instrumental, com
a liberdade de tocar músicas que originalmente não são
cirandas.

levada 1
nível 2 ||: 1 i e i 2 e (3) i e i 4 :||

obs

Esta levada possui função de clave.

levada 2
nível 2 ||: 1 o o 2 i e i 3 4 o o |

| 1 i e i 2 3 o o 4 i e i |

| 1 2 o o 3 i e i 4 :||

obs Esta levada possui função de pontuação. O ciclo dessa


levada é de 3 pulsos, portanto ela se completa a cada 3
compassos.

levada 3
nível 2 ||: 1 o o 2 o o 3 o o 4 o o :||

obs

Esta levada possui função de condução.

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elementos da marchinha
( marcha 3 )
É a adaptação do ritmo das Marchinhas de Carnaval,
que, junto com o Samba, formaram a trilha sonora do
Carnaval Carioca, a partir dos anos de 1930.

levada 1
nível 2 ||: 1 i (2) e (3) e 4 i e i :||

obs Esta levada possui função de clave.

levada 2 (clave)
nível 2 ||: 1 i (2) e (3) e 4 :||

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final 22
nível 2 [ levada Marchinha 1 + contagem ]

|| 1 i (2) e (3) e 4 i e i |

| 1 i (2) e (3) e 4 |

[ final ]

| 1 (2) e 3 (4) ||

obs A Marchinha (Marcha 3) pode finalizar na mão do Maestro, ou


com finais Descobridor (d), 22, 33 ou 22 + 33. Veja no exemplo
acima, com Final 22.

IMPORTANTE: na passagem para qualquer dos finais, a levada


pára no tempo 4.

Passagem 6
nível 2 Essa é uma convenção da bateria, que pontua algumas passagens
de músicas.
[ levada Marcha 3 + contagem ]

|| 1 i (2) e (3) e 4 i e i |

| 1 i (2) e (3) e 4 |
[ passagem 6 ]

| 1 o (2) o 3 o (4) o |

[ levada Marcha 3 ]

|| 1 i (2) e (3) e 4 i e i :||

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elementos da
marcha lenta
Adaptação da levada da Marcha Rancho, também originá-
ria do Carnaval Carioca. Os Ranchos foram um dos pre-
curssores, em termos de cortejo, das Escolas de Samba.

levada 1
nível 3 ||: 1 i (2) e (3) i 4 i e i :||

obs Esta levada possui função de clave.

levada 2
nível 3 ||: 1 i (2) e (3) i 4 i :||

obs Esta levada possui função de clave.

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elementos do
quebra quilos
Levada que surgiu na gravação da música Quebra Quilos,
do grupo Pedro Luís e a Parede e depois foi adaptada
para o instrumental do Monobloco.

levada
nível 3 ||: (1) i e i 2 i i 3 i e i (4) :||

Começo na contagem
nível 3 [ contagem ]

|| (1) (2) (3) (4) |

[ levada Quebra Quilos ]

||: (1) i e i 2 i i 3 i e i (4) :||

obs A levada começa no 1º “i” do tempo 1, no compasso seguinte à


contagem. É fundamental marcar a pulsação antes de começar a
tocar.

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esquenta do quebra quilos


nível 3 O esquenta é uma convenção onde o repique chama e a bateria
responde antes de começar o ritmo. Ele dura 2 compassos.
[ esquenta ]

|| (1) 2 i (3) 4 i |

| (1) (2) (3) (4) |

[ levada Quebra Quilos ]

||: (1) i e i 2 i i 3 i e i (4) :||

Em vários arranjos do Quebra Quilos a bateria tem breques


breque no 4 que param no tempo 4 do compasso de contagem.

nível 3 [ levada Quebra Quilos ]

||: (1) i e i 2 i i 3 i e i (4) |

[ contagem + breque no 4 ]

| (1) i e i 2 i i 3 i e i 4 ||

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bossa para acabar


nível 3 [ levada Quebra Quilos ]

|| (1) i e i 2 i i 3 i e i (4) |

[ contagem + breque 4 ]

|| (1) i e i 2 i i 3 i e i 4 |

[ bossa para acabar ]

| 1 i e 2 i e 3 i e 4 i e i |

| 1 e 2 i e i (3) i e 4 ||

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elementos do
Samba charme ( shuffle )
Assim como o Quebra Quilos, o Samba Charme foi
adapatado a partir da levada da música Menina Bonita,
de Pedro Luís e a Parede. Traz a ideia de tocar uma levada
com elementos do Samba, na subdivisão do Shuffle.

levada 1
nível 3 || (1) 2 (e) o(3)o (e) 4 (e) o |

||: (1)o (e) 2 (e) o(3)o (e) 4 (e) o :||

obs Esta levada possui função de clave. Quando saímos da levada


1 para a levada 2 (sem subida), para bossa ou final,
paramos no tempo 4.

levada 2
nível 3 [ começo da levada Samba Charme 2 ]

|| (1) 2 oe o3 oe o4 oe o |
[ levada Samba Charme 2 ]

||: 1 oe o2 oe o3 oe o4 oe o :||

obs Esta levada possui função de condução. Quando saímos da


levada 2 para a levada 1, para bossa ou final, paramos no
tempo 4.
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subida para levada 2


nível 3 [ levada Samba Charme 1 ]

|| (1)o (e) 2 (e) o(3)o (e) 4 (e) o |


[ contagem + subida ]

| (1)o (e) 2 (e) o(3) i e i 4 i e i |


[ começo da levada Samba Charme 2 ]

||: (1) 2 oe o3 oe o4 oe o |

[ levada Samba Charme 2 ]

||: 1 oe o2 oe o3 oe o4 oe o :||

obs A subida para a levada 2 só acontece quando indicada.

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bossa do samba charme


nível 3 A Bossa do Samba Charme é uma convenção na qual o repique
chama e a bateria responde. Ela pode ser utilizada para começar
o ritmo, entre as levadas ou para acabar.

Para começar
[ bossa ]

|| (1) (2) (3) 4 |

| (1) (2) (3) e 4 |

| (1) 2 (3) e 4 |

| (1) (2) (3) (4) |

[ começo da levada 1 ]

|| (1) 2 (e) o(3)o (e) 4 (e) o |


[ levada 1 ]

||: (1)o (e) 2 (e) o(3)o (e) 4 (e) o :||

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entre levadas
[ levada Samba Charme 1 ]

|| (1)o (e) 2 (e) o(3)o (e) 4 (e) o |


[ levada Samba Charme 1 + contagem ]

||: (1)o (e) 2 (e) o(3)o (e) 4 :||

[ bossa ]

| 1 (2) (3) 4 |

| (1) (2) (3) e 4 |

| (1) 2 (3) e 4 |

| (1) (2) (3) (4) |

[ começo da levada Samba Charme 1 ]

|| (1) 2 (e) o(3)o (e) 4 (e) o |

[ levada Samba Charme 1 ]

||: (1)o (e) 2 (e) o(3)o (e) 4 (e) o :||

obs O Maestro pode chamar após a bossa tanto a levada 1 quanto


a levada 2.

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para acabar
[ levada Samba Charme 1 ]

|| (1)o (e) 2 (e) o(3)o (e) 4 (e) o |


[ levada Samba Charme 1 + contagem ]

||: (1)o (e) 2 (e) o(3)o (e) 4 :||

[ bossa ]

| 1 (2) (3) 4 |

| (1) (2) (3) e 4 |

| (1) 2 (3) e 4 |

| (1) (2) (3) (4) |

[ final ]

| 1 (2) (3) (4) ||

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elementos do reggae
( shuffle )
É uma das mais recentes adaptações do Monobloco.
Adaptação dos elementos básicos das levadas do
Reggae, popularizado por Bob Marley.

Levada 1
nível 3 ||: 1 oe o2 oe o3 oe o4 oe o :||
> > > >

Levada 2
nível 3 ||: 1 oe o (2) (3) (4) :||

levada 3
nível 3 ||: (1) (2) 3 oe o (4) :||

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final 6
nível 3 A bateria faz o Final utilizando a convenção ‘6’. A convenção
‘6’ está dentro da divisão do pulso em 3 (Folha do ‘o’).

| 1 o o 2 o o 3 o o 4 o o |
[ ‘6’ ]

| 1 o (2) o 3 o (4) o |

Passaremos então do pulso dividido em 6 (shuffle) para o pulso


dividido em 3 (convenção ‘6’).

|| 1 o o e o o 2 o o e o o 3 o o e o o 4 o o e o o |

|| 1 oe o2 oe o3 oe o4 oe o |

| 1 o o 2 o o 3 o o 4 o o ||

| 1 o (2) o 3 o (4) o ||

O Final ‘6’ fica assim:


[ levada 1 + contagem ]

||: 1 oe o2 oe o3 oe o4 oe o :||
> > > >
[ final ‘6’ ]

| 1 o (2) o 3 o (4) o |

| 1 (2) (3) (4) ||

obs O tamborim pára no tempo 4, após a contagem do Maestro.

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glossário
Acentuação é o ato de destacar algumas notas da levada. Ela faz parte da característica de cada ritmo e
é fundamental para dar o suingue (balanço) correto.

Andamento é a “velocidade” da música. Determina o intervalo entre os pulsos, medidos por bpm
(batidas por minuto) no metrônomo.

Bossa é uma convenção previamente ensaiada pela bateria, que serve para destacar determinadas
partes de uma música. As Bossas são utilizadas como efeitos, no começo, no meio ou no final dos
arranjos. As bossas (ou “paradinhas”) foram criadas e popularizadas nas Escolas de Samba por Mestre
André, da Mocidade Independente de Padre Miguel.

Breque é quando o ritmo para, no meio ou no final de uma música. No Samba, os breques têm células
rítmicas específicas. O Maestro faz a indicação dos breques para a bateria.

Caminhos para a Levada é a sequência de apresentação de uma levada, começando com versões mais
fáceis até chegarmos à levada definitiva. Isso é feito para que o aluno possa ir desenvolvendo, aos
poucos, a musicalização e a técnica dos instrumentos.

Células Rítmicas são as diferentes combinações de notas e pausas, dentro de cada pulso. São as
“letras” do nosso alfabeto musical.

Chamada de Repique é mais um elemento que vem das Escolas de Samba. É uma frase que indica
para a bateria a pulsação e o andamento de determinado ritmo. No Monobloco, criamos Chamadas de
Repique para vários ritmos (Funk, Coco, Ijexá, Quadrilha, Maculelê, por exemplo).

Compasso representa um ciclo de Pulsos. A maior parte dos ritmos e das músicas brasileiras se
organiza em Ciclos de 4 Pulsos (Compassos Quaternários), mas podemos ter também Compassos de 2,
3, 5 ou 7 Pulsos, por exemplo.

Contratempo é a posição que corresponde à metade do intervalo entre um Pulso e outro. No Movimento
do Passo, corresponde à flexão do joelho, que sentimos como uma leve abaixada do corpo.

Condução é feita por instrumentos de timbre (som) médio e agudo e preenche os espaços entre as
notas da Marcação. As levadas de condução tocam todas as notas da Subdivisão do Pulso utilizada em
determinado ritmo (por exemplo, no Samba utilizamos o Pulso dividido em 4).

Diretoria é um pequeno grupo de batuqueiros, escolhido pelos professores, que toca em momentos
determinados pelo maestro (veja símbolo na página 4).

Esquenta é outro elemento que vem das Escolas de Samba. É uma Bossa que acontece como
uma introdução a um determinado Ritmo. No Monobloco temos Esquentas para o Samba, Coco
e Quebra Quilos.

Levada é uma gíria de músicos que significa uma ideia rítmica. Por exemplo: a Levada do Samba, a
Levada do Maculelê, etc. Na oficina do Monobloco, utilizamos o termo Levada quando nos referimos
a um dos ritmos que compõem uma ideia maior. Por exemplo a Levada 1 do Funk, a Levada 2 da
Marcha, etc.

Marcação O termo vem do ritmo que os surdos de 1ª e 2ª fazem no Samba. Eles coincidem com a
marcação exata da Pulsacão. A partir daí podemos expandir esse conceito para indicar ritmos executados
por instrumentos de som grave (que são facilmente ouvidos por toda a bateria) e que “sustentam” as
levadas e o andamento. Em geral, são levadas repetitivas que deixam clara a Pulsação e servem como
uma identidade daquele ritmo para quem ouve. É fundamental que todos os integrantes da bateria
conheçam as frases de Marcação das diferentes levadas.

O Passo O método d’O Passo é uma ferramenta de musicalização criada por Lucas Ciavatta e adotada
pelo Monobloco desde o começo das Oficinas, em 2000. Ele trabalha a apresentação e a compreensão

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oficina monobloco tamborim

das células rítmicas associadas à alguns movimentos específicos que funcionam como referência para os alunos. Além
disso, o método trabalha com partituras simplificadas que funcionam como representação gráfica das ideias rítmicas.
As nossas apostilas são escritas utilizando a Partitura d’O Passo.

Pulsação / Tempo / Pulso é a marcação regular que “sentimos” ao ouvir uma música. É o que nos leva a bater palmas
ou a dançar uma determinada música. É a partir da compreensão da Pulsação que organizamos a nossa consciência
rítmica, que significa o entendimento do que estamos tocando, em relação à Pulsação. Para conseguirmos uma boa
execução musical em grupo, temos que tocar todos na mesma pulsação.

Ritmo é uma determinada ideia musical composta por uma ou mais células rítmicas. Quando essa ideia é relativamente
pequena e repetitiva, chamamos de Levada (por exemplo a Levada do Samba). Quando a ideia é grande chamamos de
Frase Rítmica (por exemplo a Frase dos tamborins, na 2ª parte do Samba).

Shuffle Vamos utilizar aqui a definição de Lucas Ciavatta: “ O Shuffle é uma subdivisão que está entre a Simples e
a Composta. Ela utiliza o contratempo, aproximando-se da divisão simples, mas divide cada metade de tempo em 3
partes.” No Monobloco o Shuffle é utilizado no Samba Charme e no Reggae.

Subida Elemento executado por algum instrumento ou pela bateria inteira, que funciona como uma passagem entre 2
partes da música.

Subidas no Samba é um termo que se refere a frases tocadas pelo tamborim e pelo agogô, no começo da 1ª parte do
Samba, como uma introdução à levada básica.

Subdivisão Simples é quando as células rítmicas derivam da divisão binária do Pulso (2, 4 ou 8 partes). A subdivisão
simples está presente na Folha do E e na Folha do I, por exemplo. A maior parte dos ritmos do Monobloco, assim como
a maior parte dos ritmos brasileiros, utilizam a Subdivisão Simples (Samba, Ijexá, Coco, Quadrilha, por exemplo).

Subdivisão Composta é quando as células rítmicas derivam da divisão ternária do Pulso (3 ou 6 partes). Ela está
presente na Folha do O , por exemplo. No universo dos ritmos brasileiros, os ritmos em Subdivisão Composta estão
mais presentes no Candomblé (Vassi, Barravento, Alujá).

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