Monobloco apostilaTAMBORIM 20170614
Monobloco apostilaTAMBORIM 20170614
Monobloco apostilaTAMBORIM 20170614
à oficina do
monobloco
TRANSFORMAR CADA UM “NUM” (MONO) E TODOS EM UM SÓ (BLOCO)
A nossa oficina se propõe a ser uma experiência transformadora
em que o indivíduo e o coletivo se encontram, se misturam e se
amplificam. Temos o compromisso de aproximar as pessoas da
música, de forma sólida, consistente e prazerosa. Propomos um
desafio sob medida para cada um de vocês, que se completa na
conexão com os parceiros de jornada rumo ao Carnaval. A
potência do Carnaval é coletiva, ninguém toca nem se diverte sozi-
nho. A força da batucada acontece quando a consistência musical
de cada batuqueiro se multiplica na bateria e se manifesta em mú-
sica da melhor qualidade. Quanto mais preparados estivermos,
maior o prazer e a brincadeira de todos.
O Projeto
Ao nos aproximarmos da música através da batucada, temos 2 as-
pectos fundamentais: a musicalização de quem toca e as carac-
terísticas de cada instrumento. A musicalização é o processo de
aprendizado e compreensão da linguagem musical. Para isso uti-
lizamos o Método do Passo, criado por Lucas Ciavatta, em 1996,
ferramenta que vem sendo trabalhada com sucesso por vários pro-
fessores de música no Brasil e no exterior. O Passo é inclusivo
e revelador. Ele acaba com o mito de que “eu não tenho ritmo”,
utilizando o corpo como ferramenta para construir a música em
cada um de nós. Quanto aos instrumentos, a batucada une pos-
sibilidades e desafios fáceis (chocalho), médios (surdo, agogô) e
difíceis (tamborim, caixa e repique). Ninguém precisa ficar de fora,
basta encontrar o seu lugar. A nossa função é, ao longo das au-
las, encontrar com você e para você esse desafio sob medida. O
que observamos como resultado desse processo, desde 2000, é a
transformação de simples foliões em protagonistas do Carnaval.
Gente que se conecta com músicos, com a Música e com o público
fazendo parte do nosso Arrastão da Alegria.
índice
06 notação
07 técnica
08 rudimentos
12 ritmos
12 samba 46 funk
26 samba lento 49 coco
27 ijexá 53 ciranda
30 congo 54 marchinha (marcha 3)
32 maculelê 56 marcha lenta
36 xote 57 quebra quilos
39 quadrilha 60 samba-charme (shuffle)
42 marcha pop 65 reggae
67 glossário
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notação
Ao longo desta apostila, você vai se deparar com estes símbolos.
Veja o que cada um significa.
símbolos
Símbolos que o maestro vai fazer para chamar as
levadas, subidas, breques, etc.
Fique ligado!
movimento do TAMBORIM
tamborim diretoria
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Técnica
LEMBRE-se A técnica básica do tamborim começa pela pegada da
mão, que segura o instrumento em hang loose, isto é: com os de-
dos polegar e mindinho apoiando o tamborim pelo lado de fora e os
outros três dedos por dentro da lata. Deixar o braço que segura o
tamborim reto, rente ao corpo. O tamborim fica pendurado na po-
sição. Quando fazemos o giro do tamborim, movimentamos leve-
mente o antebraço em meio giro, ida e volta. Preste atenção para
o relaxamento total do braço, escápulas e ombros. A posição do
tamborim para ser tocado é obtida levantando o instrumento, fle-
xionando o antebraço com o tamborim virado para o rosto. É muito
importante buscar o mesmo relaxamento do tamborim pendurado
ao levantar e flexionar o braço, pois precisaremos tocar por várias
horas no Carnaval. O movimento da mão que segura a baqueta
parte do pulso e é semelhante ao quicar de uma bolinha de tênis,
onde o braço balança por reflexo e não como eixo que movimenta
a baqueta. A pegada da baqueta acontece distribuindo a pressão
entre os três últimos dedos, liberando indicador e polegar apenas
para estabilizá-la. Tomar cuidado para não apertar estes dois de-
dos mais do que o necessário, pois quando o fazemos, tensiona-
mos todo o braço. Isso dificultará a aquisição de velocidade, além
de machucarmos nossas articulações, que precisam estar livres e
relaxadas para aprimorarmos nossa performance.
dedo polegar
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Rudimentos
exercícios de introdução ao GIRO DO TAMBORIM nível 1
a ||: 1 e 2 e 3 e 4 e :||
[ Carreteiro desdobrado ]
b ||: 1 e 2 e 3 e 4 e :||
[ Alternado desdobrado ]
c ||: 1 e 2 e 3 e 4 e :||
[ Quadrilha desdobrado ]
D ||: 1 2 e 3 4 e :||
A ||: 1 i e i 2 3 i e i 4 :||
B ||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 :||
carreteiro nível 1
A ||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||
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A ||: 1 i e i 2 3 i e i 4 :||
[ Alternado a tempo ]
B ||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||
[ Alternado sincopado ]
C ||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||
[ Carreteiro Funk ]
D || (1) 2 i e i 3 i e i 4 i e i |
||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||
galope nível 1
A ||: 1 e i 2 e i 3 e i 4 e i :||
A ||: 1 o o 2 o o 3 o o 4 o o |
B ||: 1 o o 2 o o 3 o o 4 o o :||
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D ||: (1) o o 2 o o 3 o o 4 o o |
A ||: 1 o o e o o 2 o o e o o 3 o o e o o 4 o o e o o :||
B ||: 1 oe o2 oe o3 oe o4 oe o :||
OBS: Fazer esse exercício com o movimento alternado.
C ||: 1 oe o2 oe o3 oe o4 oe o :||
OBS: Fazer esse exercício com o movimento alternado invertido.
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elementos do samba
A base da linguagem rítmica do Monobloco é o Samba
das Escolas de Samba do Rio de Janeiro. A maneira
como os diferentes instrumentos da bateria são tocados,
como suas levadas se encaixam e a riqueza de elementos
que o samba traz são a nossa principal inspiração.
carreteiro
nível 1 ||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||
telecoteco
nível 1 ||: (1) i i (2) i e 3 e 4 i i :||
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breque I
nível 1 [ carreteiro ]
||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |
[ contagem ]
| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 |
[ breque ]
| 1 i e i 2 e 3 (4) ||
||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |
[ contagem ]
| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 |
[ breque ]
| 1 i e i 2 e 3 (4) |
[ carreteiro ]
||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||
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breque 4
nível 2 [ carreteiro ]
||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |
[ contagem ]
|| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 |
[ breque ]
| 1 i e i 2 e 3 (4) |
| (1) e 2 (3) e 4 |
| 1 i (2) e (3) i e i 4 e |
| (1) o o 2 o o 3 o o 4 o o |
| 1 i 2 i 3 i 4 i |
| 1 e 2 i e i 3 e (4) i e i |
[ carreteiro ]
||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||
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[ carreteiro ]
breque 2
nível 1 ||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |
[ contagem para o breque ]
|| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 |
[ breque ]
| 1 i e i 2 e 3 (4) |
| 1 e 2 e 3 e 4 i i |
[ telecoteco ]
a ||: 1 e 2 3 e 4 |
| 1 i e i 2 i e i 3 e 4 :||
||: (1) 2 o o 3 4 o o |
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breque 22
nível 1 [ carreteiro ]
|| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |
[ contagem ]
| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 |
[ breque ]
| 1 (2) e 3 (4) |
[ frase 22 ]
| 1 2 3 4 |
| 1 i 2 i e (3) i e i 4 ||
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breque 2 império
nível 2 [ carreteiro ]
|| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |
[ contagem ]
| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 |
[ breque ]
| 1 i e i 2 e 3 (4) |
|| 1 (2) (3) 4 i e i |
| 1 i (2) e (3) i e i 4 e |
| 1 (2) i 3 (4) ||
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[ carreteiro ]
breque 33
nível 2 || 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |
[ contagem ]
| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 |
[ breque ]
| 1 i (2) e 3 (4) ||
||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||
[ breque ]
breque de 2 tempos
nível 1 [ carreteiro ]
|| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |
[ contagem + breque ]
| 1 i e i 2 i e i 3 (4) |
[ carreteiro ]
||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||
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[ carreteiro ]
breque 3
nível 1 || 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |
[ contagem + breque ]
| 1 i e i 2 i e i 3 e (4) |
[ carreteiro ]
||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||
Começo na contagem
Nesse começo, o tamborim pode iniciar direto no carreteiro ou direto no telecoteco.
(sem subida).
[ contagem ]
[ telecoteco ]
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|| (1) i i (2) i e 3 e 4 i i |
[ contagem ]
| (1) i i (2) i e 3 e 4 |
[ <> ]
| 1 i e i 2 e 3 i e i 4 e |
[ carreteiro ]
||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||
refrão roubado
nível 2 [ telecoteco ]
|| (1) i i (2) i e 3 e 4 i i |
[ contagem ]
| (1) i i (2) i e 3 e 4 |
[ refrão roubado ]
| 1 i e i 2 e 3 i e i 4 i e i |
[ carreteiro ]
||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||
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[ subida ]
| 1 o o 2 o o 3 o o 4 o o |
| 1 e (2) 3 (4) |
[ carreteiro ]
||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||
[ carreteiro ]
|| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |
[ contagem ]
| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 |
| 1 i e i 2 e 3 (4) ||
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subidas
Esse termo refere-se a determinadas frases, feitas pelo tamborim e pelo agogô, no
começo da 1ª parte do Samba. As subidas acontecem após um Breque de Primeira
(Breques 1, 3 ou 4) ou após uma chamada de repique.
subida 1
nível 1 || (1) e (2) e (3) e (4) e |
| 1 o o 2 o o 3 o o 4 o o |
| 1 e (2) 3 (4) |
[ carreteiro ]
||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||
| 1 2 3 4 |
| 1 e (2) 3 (4) ||
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subida 1 cortada
nível 1 || 1 o o 2 o o 3 o o 4 o o |
| 1 e (2) 3 (4) |
[ carreteiro ]
||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||
subida 3 || 1 e 2 e 3 e 4 e |
nível 1
| 1 o o 2 o o 3 o o 4 o o |
[ carreteiro ]
||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||
1º caminho || 1 e 2 e 3 e 4 e |
| 1 2 3 4 |
||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||
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subida mangueira
nível 2 || (1) o o 2 o o 3 o o 4 o o |
| 1 (2) 3 e (4) |
[ carreteiro ]
||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||
[ carreteiro ]
||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||
| (1) o o 2 o o 3 o o 4 o o |
| 1 o o 2 o o 3 o o 4 o o |
[ carreteiro ]
||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||
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afoxé no samba
nível 2 [ carreteiro ]
|| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |
[ contagem ]
|| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 |
| 1 i e i 2 e 3 (4) |
[ Afoxé ]
mão morta
nível 2 ||: 1 i e i (2) i e i 3 e 4 i e i |
| 1 i e i (2) i e i 3 o o 4 o o |
| 1 i e i (2) i e i 3 e 4 i e i |
1
| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 :||
2
||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||
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samba lento
Quando tocamos sambas em andamento lento,
utilizamos esse símbolo. Alguns instrumentos fazem
levadas específicas no Samba Lento.
chamada de repique
nível 1 exemplo
(ENTRANDO NO TELECOTECO, SEM SUBIDA)
[ chamada de repique ]
[ telecoteco ]
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elementos do ijexá
( afoxé )
O Ijexá é um ritmo originário do Candomblé. Esse ritmo
ganhou as ruas quando os adeptos do Candomblé
organizaram seus blocos de Carnaval (Afoxés).
levada 1
nível 1 ||: 1 i 2 e 3 i 4 e :||
obs Esta levada possui função de condução, mas neste caso esta é
a clave do ritmo.
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levada 2
nível 1 ||: 1 i i (2) i e i 3 e 4 e :||
obs
levada 3
nível 2 ||: (1) i i (2) i e i 3 e 4 e i :||
obs
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| 1 (2) 3 e (4) |
[ final ]
|| (1) i i (2) i e i 3 e 4 e i |
[ contagem ]
| (1) i i (2) i e i 3 e 4 |
[ 1/2 Bossa ]
| 1 (2) 3 e (4) ||
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elementos do congo
O Congo é um dos ritmos do Candomblé de Angola.
A adaptação para o instrumental do Monobloco
produziu uma das levadas que funciona melhor como
Música de Rua.
clave
nível 1 ||: 1 i (2) e (3) e 4 :||
levada 1
nível 2 ||: (1) i 2 (3) i e i 4 :||
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|| 1 i (2) e (3) e 4 o o |
[ levada Congo 2 ]
||: 1 i (2) i e i 3 e 4 i e i |
| 1 i (2) i e i 3 e 4 o o :||
[ breque do Samba ]
| 1 i e i 2 e 3 (4) |
[ levada Carreteiro ]
||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||
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elementos do maculelê
A nossa adaptação do Maculelê ilustra bem como os
elementos culturais são constantemente adaptados e
recriados no Brasil. O Maculelê é um ritmo do Folclore
da Bahia, que se manteve presente nos grupos de
Capoeira.
levada 1
nível 1 ||: 1 i e i (2) e (3) 4 :||
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levada 2
nível 1 ||: (1) i (2) e 3 i e i 4 :||
levada 3
nível 1 ||: 1 i (2) 3 i e i 4 e :||
obs Esta levada possui função de clave. Para o tamborim, ela é igual
à levada Funk 4.
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[ ataque ]
[ Levada Maculelê 1 ]
[ Levada Maculelê 1 ]
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[ breque do Samba ]
| 1 i e i 2 e 3 (4) |
[ levada Carreteiro ]
||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||
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elementos do xote
O Xote é um dos ritmos que compõem o Forró. Os
ritmos do Forró e suas canções passaram a fazer parte
da Matriz Musical Brasileira, a partir de Luiz Gonzaga.
Não poderiam ficar de fora do nosso repertório.
levada 1
nível 1 || (1) e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |
||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||
1º caminho || (1) e 2 i e i 3 e 4 i e i |
||: 1 e 2 i e i 3 e 4 i e i :||
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levada 2
nível 1 ||: 1 i (2) e 3 i (4) e :||
breque 3
nível 1 [ levada Xote 2 ]
|| 1 i (2) e 3 i (4) e |
[ contagem + breque ]
| 1 i (2) e 3 e (4) |
[ levada Xote 1 ]
| (1) e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |
||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||
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[ levada Xote 1 ]
|| (1) e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |
||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||
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elementos da quadrilha
A Quadrilha, também conhecida como Galope, é outro
ritmo que faz parte do Forró e é uma das atrações das
Festas Juninas. Por ser um ritmo de andamento rápido
é um dos momentos de maior energia do Carnaval do
Monobloco.
levada 1
nível 1 ||: 1 e i 2 e i 3 e i 4 e i :||
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levada 2
nível 1 ||: 1 i (2) e 3 i (4) e :||
Começo na contagem
nível 1 [ contagem ]
[ LEVADA Quadrilha 1 ]
||: 1 e i 2 e i 3 e i 4 e i :||
[ LEVADA Quadrilha 1 ]
||: 1 e i 2 e i 3 e i 4 e i :||
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final descobridor ( )
nível 2 [ levada Quadrilha 1 + contagem ]
|| 1 e i 2 e i 3 e i 4 e i :||
[ final ]
| 1 (2) e (3) 4 |
final 22 + 33
nível 2 [ levada Quadrilha 2 + contagem ]
[ final ]
| 1 (2) e 3 (4) |
| 1 i (2) e 3 (4) ||
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levada 1
nível 1 ||: 1 e (2) e 3 e (4) |
| 1 e (2) e 3 e 4 :||
levada 2
nível 1 ||: 1 e 2 e 3 e 4 e :||
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levada zero
nível 1 ||: (1) 2 (3) 4 :||
final simples
nível 1 [ LEVADA Marcha Pop 1 + contagem ]
| 1 e (2) e 3 e 4 :||
[ final ]
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subida
nível 1 [ levada Marcha Pop 1 + contagem ]
|| 1 e (2) e 3 e (4) |
[ subida ]
| 1 e 2 e 3 e 4 e |
| 1 e (2) e 3 e 4 :||
saída
nível 1 [ levada Marcha Pop 1 + contagem ]
|| 1 e (2) e 3 e (4) |
[ saída ]
| 1 e (2) e 3 e 4 :||
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final descobridor ( )
nível 2 [ levada Marcha Pop 0 + contagem ]
[ final ]
| 1 (2) e (3) 4 |
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elementos do funk
Adaptação inspirada nas levadas de bateria da música
Pop. Também é uma das levadas originais do nosso
primeiro Carnaval.
levada 1
nível 1 ||: (1) 2 i e i (3) i e i 4 :||
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levada 2 (carreteiro)
nível 2 ||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||
obs
levada 3
nível 1 ||: 1 i e i 2 e i (3) 4 :||
levada 4
nível 1 ||: 1 i (2) 3 i e i 4 e :||
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Começo na contagem
nível 1 [ contagem para Funk 1 ]
[ levada Funk 1 ]
carreteiro funk
nível 2 || (1) 2 i e i 3 i e i 4 i e i |
||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||
breque de caixa 2 e 4
Esse é um breque utilizado em alguns arranjos. A bateria para e só a caixa toca no 2
e no 4. O tamborim volta no tempo 2, após a contagem do Maestro, durante o breque. A
duração desse breque depende do arranjo de cada música.
níve l 1
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elementos do coco
Completa, junto com o Xote e a Quadrilha, os três ritmos
do Forró.
levada 1
nível 2 || (1) i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |
||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||
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levada 2
nível 2 ||: 1 i e i 2 e (3) i e i 4 e :||
levada 3
nível 2 ||: (1) i e i 2 i e i 3 i e i 4 |
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Começo na contagem
nível 2 [ contagem ]
[ levada Coco 1 ]
| (1) i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |
||: 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i :||
final simples
nível 2 [ levada Coco 1 ]
|| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |
[ contagem ]
| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 |
[ final ]
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|| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 i e i |
[ contagem ]
| 1 i e i 2 i e i 3 i e i 4 |
[ final ]
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elementos da ciranda
Ritmo natural do Recife, tocado com caixa e chocalho.
Fizemos a adaptação para os nosso instrumental, com
a liberdade de tocar músicas que originalmente não são
cirandas.
levada 1
nível 2 ||: 1 i e i 2 e (3) i e i 4 :||
obs
levada 2
nível 2 ||: 1 o o 2 i e i 3 4 o o |
| 1 i e i 2 3 o o 4 i e i |
| 1 2 o o 3 i e i 4 :||
levada 3
nível 2 ||: 1 o o 2 o o 3 o o 4 o o :||
obs
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elementos da marchinha
( marcha 3 )
É a adaptação do ritmo das Marchinhas de Carnaval,
que, junto com o Samba, formaram a trilha sonora do
Carnaval Carioca, a partir dos anos de 1930.
levada 1
nível 2 ||: 1 i (2) e (3) e 4 i e i :||
levada 2 (clave)
nível 2 ||: 1 i (2) e (3) e 4 :||
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final 22
nível 2 [ levada Marchinha 1 + contagem ]
|| 1 i (2) e (3) e 4 i e i |
| 1 i (2) e (3) e 4 |
[ final ]
| 1 (2) e 3 (4) ||
Passagem 6
nível 2 Essa é uma convenção da bateria, que pontua algumas passagens
de músicas.
[ levada Marcha 3 + contagem ]
|| 1 i (2) e (3) e 4 i e i |
| 1 i (2) e (3) e 4 |
[ passagem 6 ]
| 1 o (2) o 3 o (4) o |
[ levada Marcha 3 ]
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elementos da
marcha lenta
Adaptação da levada da Marcha Rancho, também originá-
ria do Carnaval Carioca. Os Ranchos foram um dos pre-
curssores, em termos de cortejo, das Escolas de Samba.
levada 1
nível 3 ||: 1 i (2) e (3) i 4 i e i :||
levada 2
nível 3 ||: 1 i (2) e (3) i 4 i :||
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elementos do
quebra quilos
Levada que surgiu na gravação da música Quebra Quilos,
do grupo Pedro Luís e a Parede e depois foi adaptada
para o instrumental do Monobloco.
levada
nível 3 ||: (1) i e i 2 i i 3 i e i (4) :||
Começo na contagem
nível 3 [ contagem ]
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|| (1) 2 i (3) 4 i |
[ contagem + breque no 4 ]
| (1) i e i 2 i i 3 i e i 4 ||
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|| (1) i e i 2 i i 3 i e i (4) |
[ contagem + breque 4 ]
|| (1) i e i 2 i i 3 i e i 4 |
| 1 i e 2 i e 3 i e 4 i e i |
| 1 e 2 i e i (3) i e 4 ||
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elementos do
Samba charme ( shuffle )
Assim como o Quebra Quilos, o Samba Charme foi
adapatado a partir da levada da música Menina Bonita,
de Pedro Luís e a Parede. Traz a ideia de tocar uma levada
com elementos do Samba, na subdivisão do Shuffle.
levada 1
nível 3 || (1) 2 (e) o(3)o (e) 4 (e) o |
levada 2
nível 3 [ começo da levada Samba Charme 2 ]
|| (1) 2 oe o3 oe o4 oe o |
[ levada Samba Charme 2 ]
||: 1 oe o2 oe o3 oe o4 oe o :||
||: (1) 2 oe o3 oe o4 oe o |
||: 1 oe o2 oe o3 oe o4 oe o :||
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Para começar
[ bossa ]
| (1) 2 (3) e 4 |
[ começo da levada 1 ]
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entre levadas
[ levada Samba Charme 1 ]
[ bossa ]
| 1 (2) (3) 4 |
| (1) 2 (3) e 4 |
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para acabar
[ levada Samba Charme 1 ]
[ bossa ]
| 1 (2) (3) 4 |
| (1) 2 (3) e 4 |
[ final ]
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elementos do reggae
( shuffle )
É uma das mais recentes adaptações do Monobloco.
Adaptação dos elementos básicos das levadas do
Reggae, popularizado por Bob Marley.
Levada 1
nível 3 ||: 1 oe o2 oe o3 oe o4 oe o :||
> > > >
Levada 2
nível 3 ||: 1 oe o (2) (3) (4) :||
levada 3
nível 3 ||: (1) (2) 3 oe o (4) :||
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final 6
nível 3 A bateria faz o Final utilizando a convenção ‘6’. A convenção
‘6’ está dentro da divisão do pulso em 3 (Folha do ‘o’).
| 1 o o 2 o o 3 o o 4 o o |
[ ‘6’ ]
| 1 o (2) o 3 o (4) o |
|| 1 o o e o o 2 o o e o o 3 o o e o o 4 o o e o o |
|| 1 oe o2 oe o3 oe o4 oe o |
| 1 o o 2 o o 3 o o 4 o o ||
| 1 o (2) o 3 o (4) o ||
||: 1 oe o2 oe o3 oe o4 oe o :||
> > > >
[ final ‘6’ ]
| 1 o (2) o 3 o (4) o |
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glossário
Acentuação é o ato de destacar algumas notas da levada. Ela faz parte da característica de cada ritmo e
é fundamental para dar o suingue (balanço) correto.
Andamento é a “velocidade” da música. Determina o intervalo entre os pulsos, medidos por bpm
(batidas por minuto) no metrônomo.
Bossa é uma convenção previamente ensaiada pela bateria, que serve para destacar determinadas
partes de uma música. As Bossas são utilizadas como efeitos, no começo, no meio ou no final dos
arranjos. As bossas (ou “paradinhas”) foram criadas e popularizadas nas Escolas de Samba por Mestre
André, da Mocidade Independente de Padre Miguel.
Breque é quando o ritmo para, no meio ou no final de uma música. No Samba, os breques têm células
rítmicas específicas. O Maestro faz a indicação dos breques para a bateria.
Caminhos para a Levada é a sequência de apresentação de uma levada, começando com versões mais
fáceis até chegarmos à levada definitiva. Isso é feito para que o aluno possa ir desenvolvendo, aos
poucos, a musicalização e a técnica dos instrumentos.
Células Rítmicas são as diferentes combinações de notas e pausas, dentro de cada pulso. São as
“letras” do nosso alfabeto musical.
Chamada de Repique é mais um elemento que vem das Escolas de Samba. É uma frase que indica
para a bateria a pulsação e o andamento de determinado ritmo. No Monobloco, criamos Chamadas de
Repique para vários ritmos (Funk, Coco, Ijexá, Quadrilha, Maculelê, por exemplo).
Compasso representa um ciclo de Pulsos. A maior parte dos ritmos e das músicas brasileiras se
organiza em Ciclos de 4 Pulsos (Compassos Quaternários), mas podemos ter também Compassos de 2,
3, 5 ou 7 Pulsos, por exemplo.
Contratempo é a posição que corresponde à metade do intervalo entre um Pulso e outro. No Movimento
do Passo, corresponde à flexão do joelho, que sentimos como uma leve abaixada do corpo.
Condução é feita por instrumentos de timbre (som) médio e agudo e preenche os espaços entre as
notas da Marcação. As levadas de condução tocam todas as notas da Subdivisão do Pulso utilizada em
determinado ritmo (por exemplo, no Samba utilizamos o Pulso dividido em 4).
Diretoria é um pequeno grupo de batuqueiros, escolhido pelos professores, que toca em momentos
determinados pelo maestro (veja símbolo na página 4).
Esquenta é outro elemento que vem das Escolas de Samba. É uma Bossa que acontece como
uma introdução a um determinado Ritmo. No Monobloco temos Esquentas para o Samba, Coco
e Quebra Quilos.
Levada é uma gíria de músicos que significa uma ideia rítmica. Por exemplo: a Levada do Samba, a
Levada do Maculelê, etc. Na oficina do Monobloco, utilizamos o termo Levada quando nos referimos
a um dos ritmos que compõem uma ideia maior. Por exemplo a Levada 1 do Funk, a Levada 2 da
Marcha, etc.
Marcação O termo vem do ritmo que os surdos de 1ª e 2ª fazem no Samba. Eles coincidem com a
marcação exata da Pulsacão. A partir daí podemos expandir esse conceito para indicar ritmos executados
por instrumentos de som grave (que são facilmente ouvidos por toda a bateria) e que “sustentam” as
levadas e o andamento. Em geral, são levadas repetitivas que deixam clara a Pulsação e servem como
uma identidade daquele ritmo para quem ouve. É fundamental que todos os integrantes da bateria
conheçam as frases de Marcação das diferentes levadas.
O Passo O método d’O Passo é uma ferramenta de musicalização criada por Lucas Ciavatta e adotada
pelo Monobloco desde o começo das Oficinas, em 2000. Ele trabalha a apresentação e a compreensão
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das células rítmicas associadas à alguns movimentos específicos que funcionam como referência para os alunos. Além
disso, o método trabalha com partituras simplificadas que funcionam como representação gráfica das ideias rítmicas.
As nossas apostilas são escritas utilizando a Partitura d’O Passo.
Pulsação / Tempo / Pulso é a marcação regular que “sentimos” ao ouvir uma música. É o que nos leva a bater palmas
ou a dançar uma determinada música. É a partir da compreensão da Pulsação que organizamos a nossa consciência
rítmica, que significa o entendimento do que estamos tocando, em relação à Pulsação. Para conseguirmos uma boa
execução musical em grupo, temos que tocar todos na mesma pulsação.
Ritmo é uma determinada ideia musical composta por uma ou mais células rítmicas. Quando essa ideia é relativamente
pequena e repetitiva, chamamos de Levada (por exemplo a Levada do Samba). Quando a ideia é grande chamamos de
Frase Rítmica (por exemplo a Frase dos tamborins, na 2ª parte do Samba).
Shuffle Vamos utilizar aqui a definição de Lucas Ciavatta: “ O Shuffle é uma subdivisão que está entre a Simples e
a Composta. Ela utiliza o contratempo, aproximando-se da divisão simples, mas divide cada metade de tempo em 3
partes.” No Monobloco o Shuffle é utilizado no Samba Charme e no Reggae.
Subida Elemento executado por algum instrumento ou pela bateria inteira, que funciona como uma passagem entre 2
partes da música.
Subidas no Samba é um termo que se refere a frases tocadas pelo tamborim e pelo agogô, no começo da 1ª parte do
Samba, como uma introdução à levada básica.
Subdivisão Simples é quando as células rítmicas derivam da divisão binária do Pulso (2, 4 ou 8 partes). A subdivisão
simples está presente na Folha do E e na Folha do I, por exemplo. A maior parte dos ritmos do Monobloco, assim como
a maior parte dos ritmos brasileiros, utilizam a Subdivisão Simples (Samba, Ijexá, Coco, Quadrilha, por exemplo).
Subdivisão Composta é quando as células rítmicas derivam da divisão ternária do Pulso (3 ou 6 partes). Ela está
presente na Folha do O , por exemplo. No universo dos ritmos brasileiros, os ritmos em Subdivisão Composta estão
mais presentes no Candomblé (Vassi, Barravento, Alujá).
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