Aula 07
Aula 07
Aula 07
Autor:
Equipe Legislação Específica
Estratégia Concursos, Renan
Araujo, Equipe Penal e Processo
Penal
03 de Maio de 2021
Sumário
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
SÚMULAS PERTINENTES............................................................................................................... 37
1 Súmulas do STF.................................................................................................................... 37
Olá, pessoal!
Hoje vamos estudar a ação penal, analisando suas características, espécies, etc. Muita atenção à
aula de hoje, pois possui alguns pontos bem relevantes para fins de prova!
Antes de tudo isso, porém, vamos fazer uma breve introdução sobre o processo penal, estudando
processual, etc.
Nossa aula já está de acordo com a Lei 13.964/19 (chamado “pacote anticrime”) e com a decisão
Bons estudos!
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
AÇÃO PENAL
Quando alguém pratica um fato criminoso, surge para o Estado o poder-dever de punir o
infrator. Esse poder-dever, esse direito, é chamado de ius puniendi.
Entretanto, o Estado, para que exerça validamente e legitimamente o seu ius puniendi, deve
fazê-lo mediante a utilização de um mecanismo que possibilite a busca pela verdade material (não
meramente a verdade formal), mas que ao mesmo tempo respeite os direitos e garantias
fundamentais do indivíduo. Esse mecanismo é chamado de Processo Penal.
Mas, professor, onde entra a Ação Penal nisso? A ação penal é, nada mais nada menos que,
o ato inicial desse mecanismo todo chamado processo penal.
Tal qual ocorre no processo civil, no processo penal a ação também deve obedecer a algumas
condições. Sem elas a ação penal ajuizada deve ser rejeitada de imediato pelo Juiz. Nesse sentido
temos o art. 395, II do CPP:
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: (Redação dada pela Lei nº
11.719, de 2008).
(...)
Para que esteja configurada essa condição da ação, basta que a ação penal tenha sido
ajuizada com base em conduta que se amolde em fato típico. Assim, não se exige que a conduta
tenha sido típica, ilícita e o agente culpável. Mesmo se o titular da ação penal (MP ou ofendido)
verificar que o crime foi praticado em legítima defesa, por exemplo, (exclui a ilicitude) a conduta
é típica, estando cumprido o requisito da possibilidade jurídica do pedido.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
No processo penal a via judicial é obrigatória, não podendo o Estado exercer o seu ius
puniendi fora do processo penal. O processo civil é facultativo, podendo as partes resolver a lide
sem a intervenção do Judiciário. O processo penal, por sua vez, é obrigatório, devendo o titular
da ação penal provocar o Judiciário para que a lide seja resolvida.
Há quem defenda, inclusive, que não necessariamente há lide no processo penal (a lide é o
fenômeno que ocorre quando uma parte possui uma pretensão que é resistida pela outra parte),
pois ainda que o acusado reconheça que deve ser punido, a punição só pode ocorrer após o
processo penal, dado o interesse público envolvido.
No processo penal o interesse de agir está mais ligado a questões como a utilização da via
adequada. Assim, não pode o membro do MP oferecer queixa em face de alguém que praticou
homicídio, pois se trata de crime de ação penal pública. Nesse caso, o MP é parte legítima, pois
é o titular da ação penal. No entanto, a via escolhida está errada (deveria ter sido ajuizada ação
penal pública, denúncia).
Alguns autores entendem que o interesse de agir no processo penal está relacionado à
existência de lastro probatório mínimo (existência de indícios de autoria e prova da materialidade).
Esses elementos, no entanto, formam o que outra parte da Doutrina entende como justa causa.
Obviamente que os autores que entendem serem estes elementos integrantes do conceito
de “interesse de agir”, entendem também que não existe a justa causa como uma condição
autônoma da ação penal.
Aliás, em relação à natureza jurídica da justa causa, há ENORME discussão doutrinária. Uns
sustentam ser elemento do “interesse de agir”, e não uma condição da ação autônoma. Outros
sustentam se tratar de uma quarta condição da ação. Por fim, uma última, mas não menos
importante, corrente doutrinária sustenta que a justa causa é apenas um requisito especial para o
recebimento da denúncia, e não uma das condições para o legítimo exercício do direito de ação.
1
Depois do advento da Lei 11.719/08, foi exatamente esta última corrente (que não considera
a justa causa uma das condições da ação) que ganhou força, exatamente por conta da redação do
art. 395 do CPP. Vejamos:
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: (Redação dada pela Lei nº
11.719, de 2008).
1
Ver, por todos: LIMA, Marcellus Polastri. Manual de Processo Penal. 2º ed. Rio de Janeiro: ed. Lumen Juris, 2009, p.
54
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
III – faltar justa causa para o exercício da ação penal. (Incluído pela Lei nº 11.719,
de 2008).
Percebam que o inciso II diz que a denúncia ou queixa será rejeitada quando faltar
pressuposto processual OU CONDIÇÃO DA AÇÃO. Perfeito. Se a justa causa já é uma condição
da ação, ela já se encontra incluída no inciso II, correto?
Então, se a justa causa já é uma “condição da ação”, e já está inserida no inciso II, por qual
razão existe o inciso III, que diz que a denúncia ou queixa será rejeitada quando faltar JUSTA
CAUSA?
Ora, é EVIDENTE que se a justa causa foi incluída num inciso próprio, autônomo, é porque
o legislador entende que a justa causa NÃO ESTÁ INCLUÍDA nos incisos anteriores (e um deles
fala das condições da ação).
Isto posto, após a Lei 11.719/08 a corrente que ganhou força foi aquela que entende que a
justa causa NÃO é condição da ação penal. 2
O STJ, por sua vez, quando da análise de diversos HCs que pretendiam o trancamento da
ação penal por ausência de justa causa, deixou claro que justa causa é a existência de lastro
probatório mínimo, apto a justificar o ajuizamento da demanda penal em face daqueles sujeitos
pela prática daqueles fatos4.
2
Ver, por todos: LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de Processo Penal. 3º edição. Ed. Juspodivm. Salvador, 2015, p.
208.
3
Algumas Bancas, porém, já elaboraram questões considerando a Justa Causa como uma das condições da ação (o
CESPE, por exemplo).
4
Ver, por todos: “(...)1. A alegada ausência de justa causa para o prosseguimento da ação penal - em razão da
inexistência de elementos de prova que demonstrem ter o paciente participado dos fatos narrados na denúncia e da
ausência de vínculo entre ele e os supostos mandantes do crime - demanda a análise de fatos e provas, providência
incabível na via estreita do habeas corpus, carente de dilação probatória.
2. O trancamento da ação penal pela via do habeas corpus é cabível apenas quando demonstrada a atipicidade da
conduta, a extinção da punibilidade ou a manifesta ausência de provas da existência do crime e de indícios de autoria.
(...)”
(HC 197.886/RS, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 10/04/2012, DJe 25/04/2012)
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
CUIDADO! O sujeito ativo do crime (infrator) será, no processo penal, o sujeito passivo na relação
processual!
Parte da Doutrina entende que os inimputáveis são partes ilegítimas para figurar no polo
passivo da ação penal. Entretanto, essa posição merece algumas considerações.
Assim, se o titular da ação penal ajuíza a ação em face de um menor de 18 anos, falta uma
das condições da ação, que é a imputabilidade penal, pois de maneira nenhuma pode o menor
de 18 anos responder criminalmente, estando sujeito às normas do ECA.
A prova mais cabal de que nesse caso não há ilegitimidade é que, considerando o Juiz que
o agente era inimputável à época do fato, não rejeitará a denúncia ou queixa (o que deveria ser
5
Ninguém pode responder por crime alheio, já que se adota o princípio da INTRANSCENDÊNCIA da pena.
6
Quando já se sabe (em razão de perícia realizada na fase pré-processual), antes do início do processo, que o infrator
é inimputável por doença mental, a ação ajuizada unicamente com vistas à aplicação de medida de segurança
(internação ou tratamento ambulatorial) é chamada de “ação de prevenção penal”.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
feito, em razão do art. 395, II do CPP), mas absolverá o acusado e aplicará medida de segurança
(absolvição imprópria). Assim, o Juiz adentrará ao mérito da causa. Ora, se a ausência de condição
da ação obsta a apreciação do mérito, fica claro que nessa hipótese não há ilegitimidade.
Quanto à possibilidade de a pessoa jurídica ser sujeito passivo no processo penal, ou seja,
quanto à sua legitimidade passiva, a Doutrina se divide, uns entendendo não ser possível, outros
pugnando pela possibilidade.
O STF e o STJ entendem que a Pessoa Jurídica pode figurar no polo passivo de ação penal
por crime ambiental, conforme previsto no art. 225, § 3° da CF/88, regulamentado pela Lei
9.605/98. Quanto aos crimes contra a ordem econômica, por não haver regulamentação legal, a
jurisprudência não vem admitindo que a pessoa jurídica responda por tais crimes7.
A ação penal pode ser pública incondicionada, pública condicionada, ou privada. Nos termos
do quadro esquemático:
7
A jurisprudência CLÁSSICA adota a teoria da DUPLA IMPUTAÇÃO para que a pessoa jurídica possa ser sujeito
PASSIVO NO PROCESSO (sujeito ativo do crime), exigindo a indicação, também, da pessoa física que agiu em seu
nome. Contudo, há decisões recentes no STF e no STJ admitindo a punição da pessoa jurídica sem que haja
necessidade de se imputar o fato, também, a uma pessoa física, dispensando, portanto, a dupla imputação. Contudo,
não sabemos se irá se confirmar como “jurisprudência”.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
Incondicionada
Representação
Pública
do ofendido
Condicionada
Requisição do
Ministro da
AÇÃO PENAL Justiça
Exclusiva
Privada Personalíssima
Subsidiária da
pública
Apesar de ser a regra, existem exceções, é claro. Nestes casos, a lei deve expressamente
estabelecer que se trata de ação penal pública condicionada9 ou ação penal privada10. Interessante
notar que, independentemente de qual seja o crime, quando praticado em detrimento do
patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação penal será pública. É o que prevê o
art. 24, §2º do CPP:
8
A Doutrina cita, ainda, a ação penal popular, prevista na Lei 1.079/50, mas essa espécie é polêmica e não possui
previsão no CPP, motivo pelo qual, não será objeto do nosso estudo.
9
Ex.: crime de ameaça (art. 147 do CP).
10
ex.: crime de dano simples, injúria simples, calúnia, difamação, etc.).
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
O art. 26 do CPP estabelece que, em se tratando de contravenção penal, a ação penal será
iniciada com o auto de prisão em flagrante ou por portaria do delegado ou do Juiz. Apesar da
previsão, ela não foi recepcionada pela CF-88, na medida em que a ação penal pública (e para
contravenção penal, sempre teremos ação penal pública incondicionada, conforme art. 17 da LCP)
é de titularidade do MP, que deverá dar início ao processo ajuizando a respectiva denúncia. Não
se admite mais a chamada “ação penal ex officio”.
Por se tratar de uma ação penal em que há forte interesse público na punição do autor do
fato, qualquer pessoa do povo poderá provocar a atuação do MP:
Importante ressaltar que este artigo se aplica, inclusive, às ações penais públicas
condicionadas.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
Com relação à divisibilidade, é importante notar que este é um princípio que, por si só,
pulveriza a tese de arquivamento implícito. Inclusive essa é a orientação firmada pelo próprio
STJ.12
Importante ressaltar que o membro do MP não está obrigado a ajuizar a denúncia sempre
que for instaurada uma investigação criminal. Em alguns casos, o caminho a ser seguido é o do
ARQUIVAMENTO do inquérito policial (por falta de justa causa para a denúncia, prescrição, etc.).
11
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo
ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do
processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante,
retomar a ação como parte principal.
12
(...) 3 - Não vigora o princípio da indivisibilidade na ação penal pública. O Parquet é livre para formar sua convicção
incluindo na increpação as pessoas que entenda terem praticados ilícitos penais, ou seja, mediante a constatação de
indícios de autoria e materialidade, não se podendo falar em arquivamento implícito em relação a quem não foi
denunciado.
4 - Recurso não conhecido.
(RHC 34.233/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 06/05/2014, DJe
14/05/2014)
13
A Lei 13.964/19 chegou a alterar a sistemática de arquivamento do IP, estabelecendo um arquivamento direto pelo
MP. Todavia, tal previsão inovadora está com eficácia suspensa, por força de decisão liminar do STF no bojo da ADI
6298.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
Mas qual é o prazo para que o membro do MP ofereça a denúncia? Em regra, 05 dias no caso de
réu preso e 15 dias no caso de réu solto.
Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5
dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do
inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último caso,
se houver devolução do inquérito à autoridade policial (art. 16), contar-se-á o
prazo da data em que o órgão do Ministério Público receber novamente os autos.
O oferecimento em momento posterior não implica nulidade da denúncia, que pode ser
oferecida enquanto não estiver extinta a punibilidade do delito.
Temos, aqui, duas hipóteses pertencentes à mesma categoria de ação penal, a ação penal
pública condicionada.
Aplica-se a esta espécie de ação penal tudo o que foi dito a respeito da ação penal pública,
havendo, no entanto, alguns pontos especiais.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
Aqui, para que o MP (titular da ação penal) possa exercer legitimamente o seu direito de
ajuizar a ação penal pública, deverá estar presente uma condição de procedibilidade14, que é a
representação do ofendido ou a requisição do Ministro da Justiça, a depender do caso. Frise-se
que, em regra, a ação penal é pública e incondicionada. Somente será condicionada se a lei
expressamente dispuser neste sentido.
Para facilitar o estudo de vocês, elaborei os seguintes tópicos com as peculiaridades da ação
penal pública condicionada, tanto no caso de condicionamento à representação do ofendido
quanto no caso de requisição do Ministro da Justiça.
14
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execução penal. 12.º edição. Ed. Forense. Rio de Janeiro,
2015, p. 152/153
15
No caso de crimes envolvendo violência doméstica e familiar contra a mulher, só será admitida a renúncia à
representação (que, na verdade, é retratação da representação) perante o juiz, em audiência especialmente designada
para tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público (conforme art. 16 da Lei
11.340/06).
16
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execução penal. 12.º edição. Ed. Forense. Rio de Janeiro,
2015, p. 154/155
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
agentes que praticaram o delito, mas ao fato. Quando a vítima representa, está
manifestando seu desejo em ver o fato ser objeto de ação penal para que sejam punidos
os responsáveis. Entretanto, embora não possa haver fracionamento da representação, isso
não impede que o MP denuncie apenas um ou alguns dos infratores, pois um dos princípios
da ação penal pública é a divisibilidade.
➢ A legitimidade para oferecer a representação é do ofendido, se maior de 18 anos e capaz
(art. 34 do CP). Embora o dispositivo legal estabeleça que se o ofendido tiver mais de 18 e
menos de 21 anos tanto ele quanto seu representante legal possam apresentar a
representação, este artigo perdeu o sentido com o advento do Novo Código Civil em 2002,
que estabeleceu a maioridade civil em 18 anos.
➢ Se o ofendido for menor ou incapaz, terá legitimidade o seu representante legal. Porém, se
o ofendido não possuir representante legal ou os seus interesses colidirem com o do
representante, o Juiz deve nomear curador, por força do art. 33 do CPP (por analogia). Este
curador não está obrigado a oferecer a representação, devendo apenas analisar se é salutar
ou não para o ofendido (maioria da Doutrina entende isso, mas é controvertido).
➢ Se ofendido falecer, aplica-se a ordem de legitimação prevista no art. 24, § 1° do CPP17. É
importante observar que essa ordem deve ser observada18. A Doutrina equipara o
companheiro ao cônjuge (não é unânime).
➢ O prazo para representação é de SEIS MESES, contados da data em que a vítima veio a
saber quem é o autor do delito (art. 38 do CPP).19
➢ Se o ofendido for menor de idade, o prazo, para ele, só começa a fluir quando completar
18 anos.
➢ Em caso de óbito da vítima, os sucessores recebem apenas o prazo que restava (ex.: se a
vítima faleceu 02 meses após descobrir a autoria delitiva, os sucessores terão apenas 04
meses para oferecer a representação);
➢ A representação pode ser oferecida perante o MP, a autoridade policial ou mesmo perante
o Juiz.
17
Art. 24 (...) § 1º No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de
representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. (Parágrafo único renumerado pela Lei nº 8.699,
de 27.8.1993).
18
PACELLI, Eugênio. Op. cit., p. 156
19
Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de
representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor
do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia;
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
➢ Prevista apenas para determinados crimes, nos quais existe um juízo político acerca da
conveniência em vê-los apurados ou não. São poucas as hipóteses, citando, como exemplo,
o crime cometido contra a honra do Presidente da República (art. 141, I, c/c art. 145, §
único, do CP).
➢ Diferentemente do que ocorre com a representação, não há prazo decadencial para o
oferecimento da requisição, podendo esta ocorrer enquanto não estiver extinta a
punibilidade do crime.
➢ A maioria da Doutrina entende que não cabe retratação dessa requisição20, ao contrário do
que ocorre com a representação do ofendido, por não haver previsão legal e por se tratar
a requisição, de um ato administrativo.
É a modalidade de ação penal privada clássica. É aquela na qual a Lei entende que a vontade
do ofendido em ver ou não a infração ser apurada e o infrator processado são superiores ao
interesse público na persecução penal.
Oportunidade – Diferentemente do que ocorre com relação à ação penal pública, que é
obrigatória para o MP, na ação penal privada compete ao ofendido ou aos demais legitimados
proceder à análise da conveniência do ajuizamento da ação.
Disponibilidade – Também de maneira diversa do que ocorre na ação penal pública, aqui o
titular da ação penal (ofendido) pode desistir da ação penal proposta (art. 51 do CPP).
Indivisibilidade – Outra característica diversa é a impossibilidade de se fracionar o exercício
da ação penal em relação aos infratores. O ofendido não é obrigado a ajuizar a queixa, mas
se o fizer, deve ajuizar a queixa em face de todos os agentes que cometeram o crime, sob
pena de se caracterizar a RENÚNCIA em relação àqueles que não foram incluídos no polo
passivo da ação. Assim, considerando que houve a renúncia ao direito de queixa em relação
a alguns dos criminosos, o benefício se estende também aos agentes que foram acionados
judicialmente, por força do art. 48 e do art. 49 do CP:
20
Nesse sentido, TOURINHO FILHO, FREDERICO MARQUES e MIRABETE. Em sentido contrário, NUCCI. NUCCI,
Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 157/158
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de
todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade.
O prazo para ajuizamento da ação penal privada (queixa) é decadencial de seis meses, e
começa a fluir da data em que o ofendido tomou ciência de quem foi o autor do delito. O STF e
o STJ entendem que se a queixa foi ajuizada dentro do prazo legal, mas perante juízo
incompetente, mesmo assim terá sido interrompido o prazo decadencial, pois o ofendido não
ficou inerte.21
A queixa pode ser oferecida pessoalmente ou por procurador, desde que se trate de
procuração com poderes especiais, nos termos do art. 44 do CPP.
▪ Cônjuge
▪ Ascendente
▪ Descendente
▪ Irmão
Importante ressaltar que deve ser respeitada esta ordem, ou seja, se aparecer mais de uma
pessoa para exercer o direito de queixa, deverá ter preferência primeiramente o cônjuge, depois
os ascendentes, e por aí vai (art. 36 do CPP).
Essas mesmas pessoas também têm legitimidade para dar SEGUIMENTO à ação penal, caso
o ofendido ajuíze a queixa e, posteriormente, venha a falecer.
Quando o começa a correr o prazo para estes legitimados? O prazo, neste caso, varia:
21
“(...) 1. Ainda que a queixa-crime tenha sido apresentada perante juízo absolutamente incompetente, o seu
ajuizamento interrompe a decadência. Precedentes.”
(...) (AgRg no REsp 1560769/SP, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 16/02/2016, DJe
25/02/2016)
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
• Se já foi ajuizada a ação penal – Possuem o prazo de 60 dias para prosseguir na ação
(sucessão processual), sob pena de perempção22.
• Se ainda não foi ajuizada a ação penal – O prazo começa a correr a partir do óbito
do ofendido, exceto se ainda não se sabia, nesse momento, quem era o provável
infrator.
No caso de já ter se iniciado o prazo decadencial de seis meses, com a morte do ofendido
esse prazo recomeça do zero? Não. Os sucessores, neste caso, terão como prazo aquele
que faltava para o ofendido. Ex.: Se havia transcorrido 04 meses do prazo, os sucessores
terão apenas 02 meses para ajuizar a ação penal.
A renúncia só pode ocorrer antes do ajuizamento da demanda e pode ser expressa ou tácita.
A renúncia expressa é aquela na qual o querelante expressamente informa que não pretende
ajuizar queixa-crime contra o infrator. Já a renúncia tácita ocorre quando há a prática de ato
incompatível com a vontade de exercer o direito de queixa (ex.: convidar o infrator, uma semana
após o crime, para ser padrinho de seu casamento).23
Com relação à renúncia tácita pela não inclusão de algum dos infratores na queixa-crime
ajuizada, o STJ firmou entendimento no sentido de que a omissão do querelante (ausência de
inclusão de algum dos infratores) deve ter sido VOLUNTÁRIA, ou seja, ele deve ter, de fato,
querido não processar o infrator. Em se tratando de omissão INVOLUNTÁRIA (mero
22
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal: (...)
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no
processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto
no art. 36;
23
Importante frisar que o simples ato de receber indenização pelos danos causados pela infração não gera renúncia
ao direito de queixa, conforme art. 104, § único do CP:
Art. 104 (...) Parágrafo único - Importa renúncia tácita ao direito de queixa a prática de ato incompatível com a vontade
de exercê-lo; não a implica, todavia, o fato de receber o ofendido a indenização do dano causado pelo crime.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
esquecimento, por exemplo), não se pode considerar ter ocorrido renúncia tácita, devendo o MP
requerer a intimação do querelante para que se manifeste quanto aos demais infratores.24
Após o ajuizamento da demanda o que poderá ocorrer é o perdão do ofendido. Nos termos
do art. 51 do CPP:
Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que
produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar.
A utilização do termo querelado denota que só pode ocorrer o perdão depois de ajuizada a
queixa, pois só após este momento há querelante (ofendido) e querelado (autor do crime).
O perdão, à semelhança do que ocorre com a renúncia ao direito de queixa, também pode
ser expresso ou tácito. No primeiro caso, é simples, decorre de manifestação expressa do
querelante no sentido de que perdoa o infrator. No segundo caso, decorre da prática de algum
ato incompatível com a intenção de processar o infrator (ex.: Casar-se com o infrator).
Diferentemente da renúncia, que é ato unilateral (não depende de aceitação), o perdão é ato
bilateral, ou seja, deve ser aceito pelo querelado:
Assim, uma vez oferecido o perdão, o querelado será intimado para, em 03 dias, dizer se
aceita o perdão, valendo o silêncio como aceitação.
24
(RHC 55.142/MG, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 12/05/2015, DJe 21/05/2015)
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
O perdão pode ser aceito pessoalmente (pelo ofendido ou seu representante legal) ou por
procurador com poderes especiais.
Na ação penal privada pode ocorrer, ainda, a perempção da ação penal, que é a perda do
direito de prosseguir na ação como punição ao querelante que foi inerte ou negligente no
processo. As hipóteses estão previstas no art. 60 do CPP:
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á
perempta a ação penal:
Com relação ao inciso I (deixar de dar andamento ao processo por 30 dias seguidos), a
Doutrina25 é pacífica no sentido de que não é possível falar em perempção quando o querelante
deixa de dar seguimento ao processo por várias vezes, mas todas elas em período inferior a 30
dias (25 dias em uma vez, 15 em outra, etc.).
Com relação ao inciso II, os sucessores têm o prazo de 60 dias para assumirem a ação penal
privada (respeitando-se a ordem de preferência do art. 36 – C.A.D.I.).
25
NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 166
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
Por fim, o inciso IV trata da perempção no caso de extinção de pessoa jurídica que é
querelante. Sim, pessoa jurídica pode ser querelante, na medida em que é titular de direitos e,
eventualmente, pode ser vítima de um crime de ação penal privada (ex.: crime de dano). Caso
venha a se extinguir a PJ, sem deixar sucessor sem seu estatuto ou contrato social, haverá
perempção.
Trata-se de hipótese na qual a ação penal é, na verdade, pública, ou seja, o seu titular é o
MP. No entanto, em razão da inércia do MP em oferecer a denúncia no prazo legal (em regra, 15
dias se indiciado solto, ou 05 dias se indiciado preso), a lei confere ao ofendido o direito de ajuizar
uma ação penal privada (queixa-crime) no lugar da ação penal pública. Esta previsão está contida
no art. 29 do CPP:
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for
intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-
la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo,
26
Na verdade, caso não REITERE o pedido, pois o pedido inicial já foi feito na petição inicial.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
Entretanto, o ofendido tem um prazo de seis meses para oferecer a ação penal privada, que
começa a correr no dia em que se esgota o prazo do MP para oferecer a denúncia, conforme art.
38 do CPP:
CUIDADO! Ao final do prazo de seis meses, a vítima perde o direito de ajuizar a queixa-crime
subsidiária, ocorrendo a decadência do direito. Todavia, o MP continua podendo ajuizar a ação
penal pública. Daí, portanto, boa parte da Doutrina chamar esta decadência de decadência
imprópria, eis que não gera a extinção da punibilidade (apenas a perda do direito de ajuizamento
pela vítima).
Para que surja o direito de ajuizamento da queixa-crime subsidiária, é necessário que haja
INÉRCIA do MP. Assim, não cabe ação penal privada subsidiária da pública se:
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
Nestes casos não se pode admitir a ação penal privada, pois esta somente existe para os
casos nos quais o MP permaneceu inerte, sem nada fazer. Se o MP pratica uma destas condutas,
não há inércia, mas apenas a prática de atos que lhe são permitidos.27
O MP atua em toda e qualquer ação penal. Nas ações penais públicas, atua como acusador
(autor da ação) e fiscal da lei (custos legis). Na ação penal privada o MP atua apenas como fiscal
da lei (custos legis).
Na ação penal privada subsidiária da pública, todavia, temos uma atuação sui generis
(peculiar), eis que o MP atua como fiscal da lei, mas por ser o original titular da ação penal, sua
atuação será bem mais ampla que nas ações privadas exclusivas.
7
Vejamos o que diz o art. 29 do CPP:
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for
intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-
la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo,
fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de
negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
Aditar a queixa – Com relação a este aditamento, ele pode se referir a qualquer aspecto
(inclusão de réus, inclusão de qualificadoras, etc.). Na ação penal privada exclusiva o MP
até pode aditar a queixa, mas apenas em relação a elementos formais, nunca em relação
a elementos essenciais (não pode o MP, na ação penal privada exclusiva, incluir um réu,
por exemplo).
Repudiar a queixa – O MP só pode repudiar a queixa quando alegar que não ficou inerte,
ou seja, que não é hipótese de ajuizamento da queixa-crime subsidiária. Neste caso,
deverá desde logo apresentar a denúncia substitutiva.
Retomar a ação como parte principal – Aqui o querelante (a vítima) é negligente na
condução de causa, cabendo ao MP retomar a ação como parte principal (como autor da
ação).
27
Na Jurisprudência, por todos: (AgRg no RMS 27.518/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, QUINTA TURMA,
julgado em 20/02/2014, DJe 27/02/2014)
Na Doutrina, por todos: PACELLI, Eugênio. Op. cit., p. 159
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
Trata-se de modalidade de ação penal privada exclusiva, cuja única diferença é que, nesta
hipótese, somente o ofendido28 (mais ninguém, em hipótese nenhuma!) poderá ajuizar a ação29.
Assim, se o ofendido falecer, nada mais haverá a ser feito, estando extinta a punibilidade, pois a
legitimidade não se estende aos sucessores, como acontece nos demais crimes de ação privada.
Além disso, se o ofendido é menor, o seu representante não pode ajuizar a demanda. Assim,
deve o ofendido aguardar a maioridade para ajuizar a ação penal privada.
Deve a inicial acusatória (denúncia ou queixa) expor de forma detalhada o fato criminoso,
com todas as suas circunstâncias, até para permitir o exercício do direito de defesa.
É a simples indicação do dispositivo legal violado pelo acusado (art. 155, no crime de furto,
por exemplo). Entende-se que este requisito não é indispensável, pois o acusado se defende dos
fatos, e não dos dispositivos imputados. Assim, se a inicial narrar um roubo mas indicar o
28
A única hipótese ainda existente no nosso ordenamento é o crime previsto no art. 236 do CP:
Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que
não seja casamento anterior:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser intentada senão depois
de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento.
29
PACELLI, Eugênio. Op. cit., p. 157/158
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
dispositivo do furto (indicar o art. 155, erroneamente), o Juiz poderá, mais à frente, corrigir o
equívoco.
3.5 Endereçamento
Deve a inicial ser endereçada ao Juiz competente para apreciar o caso. O endereçamento
errôneo, porém, não invalida a peça acusatória.
3.7 Subscrição
Deve a inicial acusatória ser assinada pelo membro do MP (denúncia) ou pelo advogado do
querelante (no caso da queixa-crime).
30
Na verdade, o CNMP já havia editado uma Resolução (Resolução 181/2017) estabelecendo a possibilidade de
acordo de não persecução penal, embora não houvesse previsão legal para tanto.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
III - ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco) anos anteriores ao cometimento da
infração, em acordo de não persecução penal, transação penal ou suspensão
condicional do processo; e
§ 3º O acordo de não persecução penal será formalizado por escrito e será firmado
pelo membro do Ministério Público, pelo investigado e por seu defensor.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
§ 7º O juiz poderá recusar homologação à proposta que não atender aos requisitos
legais ou quando não for realizada a adequação a que se refere o § 5º deste artigo.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
Como se pode ver, o instituto foi muito bem regulamentado, com nada menos que 14
parágrafos.
Trata-se, portanto, de um acordo entre o Ministério Público e o suposto infrator, por meio
do qual este (infrator) confessa a participação na infração penal e o MP, de outra banda, propõe
uma solução capaz de restabelecer a paz social, sem a necessidade de se proceder ao ajuizamento
de denúncia e invocar a prestação jurisdicional por meio do processo penal (quase sempre
demorado e custoso aos cofres públicos).
Esta solução, é bom ressaltar, não engloba a aplicação de pena privativa de liberdade ao
investigado. A rigor, a solução acabará sendo, na maioria das vezes, vantajosa ao infrator, já que,
em se tratando de prestação de serviços à comunidade, esta se dará por período correspondente
à pena mínima cominada ao delito, diminuída de um a dois terços.
EXEMPLO: José praticou o crime X (sem violência ou grave ameaça à pessoa), cuja
pena é de 02 a 06 anos de reclusão. Em sendo o caso de oferecimento de proposta
de acordo de não persecução penal, caso seja prevista esta condição, José terá
que prestar serviços à comunidade (ou a entidades públicas) pelo período de 02
anos (pena mínima), diminuído de um a dois terços. Ou seja, 24 meses, com
redução de um a dois terços. Assim, a redução irá variar entre 08 e 16 meses.
Logo, José cumprirá, no mínimo, 08 meses de serviços à comunidade (se houver
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
redução máxima de 2/3) ou, no máximo, 16 meses (caso haja redução mínima de
1/3).
Naturalmente que deve haver algum tipo de atrativo para o suposto infrator. Todo e qualquer
acordo pressupõe que as partes abram mão de uma parte do seu “direito”. No acordo de não-
persecução penal, enquanto o infrator aceita receber, de imediato, uma sanção penal (e outras
obrigações), abrindo mão das garantias do processo penal, inclusive da possibilidade de se
beneficiar de eventual prescrição, o Estado-acusação, por intermédio do MP, abre mão da
aplicação de uma eventual pena privativa de liberdade que poderia vir a ser aplicada ao final do
processo.
Esta proposta em muito se assemelha à transação penal, instituto previsto no art. 76 da Lei
9.099/95. Porém, a transação penal só é cabível para as infrações penais de menor potencial
ofensivo (todas as contravenções penais e crimes cuja pena máxima não exceda a 02 anos).
Aliás, é bom frisar, em se tratando de infração de menor potencial ofensivo, e sendo cabível
a transação penal, não será cabível o acordo de não-persecução penal. Além desta vedação,
também existem outras situações que impedem o oferecimento da proposta:
Mais: o acordo deverá ser homologado pelo Juiz, em audiência, na qual o magistrado irá
analisar a voluntariedade da aceitação do acordo (para evitar que o investigado aceite o acordo
por pressão, etc.).
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
Professor, o Juiz pode NÃO homologar o acordo? Sim, caso verifique que:
Recusada a homologação pelo Juiz, os autos voltarão ao MP, para que analise se é necessário
complementar a investigação criminal ou se já é o caso de ajuizar denúncia.
Homologado o acordo, o Juiz deverá encaminhar os autos ao MP, para que seja iniciada a
execução do acordo perante o Juízo da execução penal. A vítima deverá ser intimada acerca da
homologação do acordo, bem como acerca de eventual descumprimento.
A propósito, o acordo de não persecução penal não faz coisa julgada material, ou seja,
havendo o descumprimento das condições firmadas pelo infrator haverá a rescisão do acordo,
com posterior ajuizamento de denúncia por parte do MP. Tal consequência já era prevista no que
tange à transação penal (súmula vinculante 35). O descumprimento deve ser comunicado pelo MP
ao Juiz, para fins de rescisão e posterior oferecimento de denúncia. O MP poderá, ainda, levar em
consideração tal descumprimento para não oferecer proposta de suspensão condicional do
processo (caso seja crime com pena mínima não superior a 01 ano).
Tópicos importantes:
A Lei não estabeleceu um regramento específico no caso de crimes de ação penal privada.
Não se pode imaginar que o regramento previsto no art. 28-A e seus §§ seja aplicável, sem
alterações, à ação penal privada, já que seria transferir ao MP a possibilidade de “barganhar” com
um direito que é do ofendido (ajuizar a ação penal). Cremos que a jurisprudência possivelmente
irá se posicionar tal qual em relação à transação penal, conferindo à vítima o direito de oferecer a
proposta, nos crimes de ação penal privada.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
DA AÇÃO PENAL
Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do
Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro
da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para
representá-lo.
Art. 26. A ação penal, nas contravenções, será iniciada com o auto de prisão em
flagrante ou por meio de portaria expedida pela autoridade judiciária ou policial.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
III - ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco) anos anteriores ao cometimento da
infração, em acordo de não persecução penal, transação penal ou suspensão
condicional do processo; e
§ 3º O acordo de não persecução penal será formalizado por escrito e será firmado
pelo membro do Ministério Público, pelo investigado e por seu defensor. (Incluído
pela Lei 13.964/19)
§ 7º O juiz poderá recusar homologação à proposta que não atender aos requisitos
legais ou quando não for realizada a adequação a que se refere o § 5º deste artigo.
(Incluído pela Lei 13.964/19)
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for
intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-
la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo,
fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de
negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão
judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão.
Art. 32. Nos crimes de ação privada, o juiz, a requerimento da parte que
comprovar a sua pobreza, nomeará advogado para promover a ação penal.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
Art. 34. Se o ofendido for menor de 21 (vinte e um) e maior de 18 (dezoito) anos,
o direito de queixa poderá ser exercido por ele ou por seu representante legal.
Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, terá
preferência o cônjuge, e, em seguida, o parente mais próximo na ordem de
enumeração constante do art. 31, podendo, entretanto, qualquer delas prosseguir
na ação, caso o querelante desista da instância ou a abandone.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas
as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais
se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das
testemunhas.
Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais,
devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção
do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências
que devem ser previamente requeridas no juízo criminal.
Art. 45. A queixa, ainda quando a ação penal for privativa do ofendido, poderá
ser aditada pelo Ministério Público, a quem caberá intervir em todos os termos
subsequentes do processo.
Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5
dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do
inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último caso,
se houver devolução do inquérito à autoridade policial (art. 16), contar-se-á o
prazo da data em que o órgão do Ministério Público receber novamente os autos.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de
todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade.
Art. 50. A renúncia expressa constará de declaração assinada pelo ofendido, por
seu representante legal ou procurador com poderes especiais.
Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que
produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar.
Art. 53. Se o querelado for mentalmente enfermo ou retardado mental e não tiver
representante legal, ou colidirem os interesses deste com os do querelado, a
aceitação do perdão caberá ao curador que o juiz Ihe nomear.
Art. 55. O perdão poderá ser aceito por procurador com poderes especiais.
Art. 57. A renúncia tácita e o perdão tácito admitirão todos os meios de prova.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á
perempta a ação penal:
antiquada, obsoleta, ultrapassada, desusada, superada
Art. 62. No caso de morte do acusado, o juiz somente à vista da certidão de óbito,
e depois de ouvido o Ministério Público, declarará extinta a punibilidade.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 129, I da CRFB/88 - Estabelece a titularidade privativa do MP no que tange à ação penal
pública:
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
Art. 5°, LIX da CRFB/88 – Estabelece o cabimento da ação penal privada subsidiária da pública,
nos casos de inércia do MP:
Art. 5º (...) LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não
for intentada no prazo legal;
SÚMULAS PERTINENTES
1 Súmulas do STF
Súmula 524 do STF: Estabelece a impossibilidade de ajuizamento da ação penal quando houve
arquivamento por falta de provas, salvo se surgirem novas provas, em consonância com o art. 18
do CPP:
Súmula 594 do STF: A súmula foi elaborada quando a maioridade civil era atingida aos 21 anos,
enquanto a maioridade penal era atingida aos 18 anos. Hoje, com o Código Civil de 2002, o
ofendido que possui mais de 18 anos é pessoa plenamente capaz, não havendo que se falar em
representante legal. Contudo, a súmula permanece vigorando, mas hoje dever ser interpretada
como autonomia do representante legal e do ofendido para oferecerem queixa ou representação.
Isso terá aplicação prática quando o ofendido for menor de 18 anos na época do fato e,
posteriormente, completar 18 anos (passará a ter o prazo de seis meses para oferecer queixa ou
representação, a contar da data em que completou 18 anos). Isso não impede, todavia, que seu
representante legal ofereça queixa ou representação antes disso (antes de o ofendido completar
18 anos):
Súmula 609 do STF: Consolida entendimento no sentido de que o crime de sonegação fiscal é
persequível mediante ação penal pública incondicionada:
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
Súmula 714 do STF: Consolida o entendimento do STF quanto à legitimidade concorrente entre
o ofendido e o Ministério Público para a ação penal por crime contra a honra de servidor público
em razão do exercício de suas funções:
2 Súmulas do STJ
Súmula 542 do STJ: Seguindo entendimento do STF sobre o tema, o STJ sumulou entendimento
no sentido de que a ação penal referente ao crime de lesão corporal, quando praticado no
contexto de violência doméstica contra a mulher, é pública incondicionada:
Súmula 542 do STJ - A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante
de violência doméstica contra a mulher é pública incondicionada.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
01. (FGV – 2019 – TJCE – TÉCNICO) Hugo foi vítima de crime de dano simples, tendo ele
identificado que a autora do fato seria sua ex-namorada Joana. Acreditando que a ex-namorada
adotou o comportamento em um momento de raiva, demonstra seu desinteresse em vê-la
processada criminalmente. Ocorre que os fatos chegaram ao conhecimento da autoridade policial
e do Ministério Público.
Considerando que o crime de dano simples é de ação penal privada, se aplica, ao caso, o princípio
da:
A) indivisibilidade, de modo que Hugo tem obrigação de apresentar queixa-crime em desfavor de
todos os autores do fato, a partir da identificação da autoria;
B) disponibilidade, podendo, porém, o Ministério Público oferecer denúncia em caso de omissão
do ofendido pelo prazo de 06 (seis) meses;
C) obrigatoriedade, devendo Hugo apresentar queixa-crime em desfavor de Joana, sob pena de
intervenção do Ministério Público;
D) disponibilidade, de modo que deve ser reconhecido que houve, na hipótese, perempção;
E) oportunidade, de modo que cabe a Hugo decidir por apresentar ou não queixa-crime em
desfavor de Joana.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
COMENTÁRIOS
Aqui vigora o princípio da oportunidade, por se tratar de ação penal privada, motivo pelo qual
Hugo pode decidir se vai ou não ajuizar a queixa-crime. Não há que se falar, aqui, em
obrigatoriedade (princípio aplicável apenas às ações penais públicas).
GABARITO: Letra E
02. (FGV – 2019 – TJCE – TÉCNICO) Após concluir investigações, a autoridade policial
encaminha relatório conclusivo ao Ministério Público, indiciando Jorge pela suposta prática do
crime de estelionato, crime esse de ação penal pública incondicionada. Recebidos os autos, o
Promotor de Justiça com atribuição se manteve inerte no prazo previsto para oferecimento de
denúncia.
Considerando a inércia do Ministério Público e a existência de justa causa, o lesado, através de
sua defesa técnica, poderá:
A) oferecer representação administrativa em desfavor do Promotor de Justiça, mas nada poderá
fazer em relação ao início da ação penal, já que a previsão do Código de Processo Penal de ação
penal privada subsidiária da pública não foi recepcionada pela Constituição da República de 1988,
que previu que o Ministério Público é o titular das ações penais públicas;
B) oferecer representação administrativa em desfavor do Promotor de Justiça, mas nada poderá
fazer em relação ao início da ação penal, em razão da natureza de ação penal pública
incondicionada, já que a queixa subsidiária somente é aplicável em ações penais de natureza
pública condicionada à representação;
C) dar início à ação penal privada subsidiária da pública, não podendo o Ministério Público
fornecer elementos de prova, mas caberá ao órgão retomar a ação como parte principal em caso
de negligência do querelante;
D) apresentar queixa, iniciando ação penal privada subsidiária da pública, podendo, porém, o
Ministério Público repudiar a queixa e oferecer denúncia substitutiva;
E) apresentar queixa subsidiária da pública, não cabendo mais ao Ministério Público realizar
qualquer intervenção no processo.
COMENTÁRIOS
Neste caso, tendo havido inércia por parte do MP, surge para a vítima o direito de ajuizar ação
penal privada subsidiária da pública, nos termos do art. 29 do CPP:
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for
intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-
la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo,
fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de
negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
GABARITO: Letra D
03. (FGV – 2018 – TJ-AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Foi instaurado inquérito
policial para apurar a suposta prática de crime de estelionato, figurando Valéria como vítima e
Júlio César como indiciado. Após a realização de diversas diligências e a apresentação de relatório
conclusivo por parte da autoridade policial, o Ministério Público analisou os elementos
informativos e encaminhou ao Judiciário promoção de arquivamento, entendendo pela
inexistência de justa causa. Ao tomar conhecimento, Valéria fica revoltada com a conduta do
órgão ministerial, pois está convicta de que Júlio César seria o autor do delito. Diante disso,
apresenta queixa, iniciando ação penal privada subsidiária da pública.
Quando iniciada a análise da ação penal privada subsidiária da pública, deverá o órgão do Poder
Judiciário competente:
(A) receber a inicial acusatória e, caso o ofendido deixe de promover o andamento do processo
por 30 dias seguidos, deverá ser reconhecida a perempção;
(B) não receber a inicial acusatória, tendo em vista que não houve omissão do Ministério Público
a justificar a ação penal privada subsidiária da pública;
(C) receber a inicial acusatória, passando o ofendido a figurar como parte do processo, não
podendo o Ministério Público aditar a queixa oferecida;
(D) receber a inicial acusatória, podendo o Ministério Público oferecer denúncia substitutiva da
queixa, fornecer elementos de prova e interpor recursos;
(E) não receber a inicial acusatória, pois não há previsão do instituto da ação penal privada
subsidiária da pública na Constituição da República de 1988, não sendo a previsão do Código de
Processo Penal recepcionada.
COMENTÁRIOS
Neste caso, o Juiz não deve receber a inicial acusatória, tendo em vista que não houve inércia do
Ministério Público, não sendo cabível o ajuizamento de ação penal privada subsidiária da pública,
na forma do art. 29 do CPP:
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for
intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-
la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo,
fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de
negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
04. (FGV – 2018 – TJ-AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO) Guilherme Nucci define ação penal como “o
direito do Estado- acusação ou da vítima de ingressar em juízo, solicitando a prestação
jurisdicional, representada pela aplicação das normas de direito penal ao caso concreto”.
Tradicionalmente, a doutrina classifica as ações penais como públicas e privadas, que possuem
diferentes tratamentos a partir de sua natureza.
Assim, de acordo com as previsões do Código de Processo Penal e da doutrina, são aplicáveis às
ações penais de natureza privada os princípios da:
a) conveniência, indisponibilidade e indivisibilidade;
b) conveniência, indisponibilidade e divisibilidade;
c) oportunidade, disponibilidade e indivisibilidade;
d) oportunidade, disponibilidade e divisibilidade;
e) obrigatoriedade, disponibilidade e divisibilidade.
COMENTÁRIOS
Dentre as alternativas apresentadas, apenas a letra C traz apenas princípios aplicáveis às ações
penais de iniciativa privada.
O princípio da oportunidade diz respeito à faculdade conferida ao titular da ação pena, consistente
em ajuizar, ou não, a ação penal privada, conforme seu juízo de oportunidade e conveniência.
Por sua vez, o princípio da indivisibilidade diz respeito à impossibilidade de o titular da ação penal
privada ajuizar a ação apenas contra um ou alguns dos infratores; caso opte por ajuizar a queixa-
crime, deverá fazê-lo contra todos os autores do fato delituoso.
05. (FGV – 2017 – OAB – XXIV EXAME DE ORDEM) Lívia, insatisfeita com o fim do
relacionamento amoroso com Pedro, vai até a casa deste na companhia da amiga Carla e ambas
começam a quebrar todos os porta-retratos da residência nos quais estavam expostas fotos da
nova namorada de Pedro. Quando descobre os fatos, Pedro procura um advogado, que esclarece
a natureza privada da ação criminal pela prática do crime de dano.
Diante disso, Pedro opta por propor queixa-crime em face de Carla pela prática do crime de dano
(Art. 163, caput, do Código Penal), já que nunca mantiveram boa relação e ele tinha conhecimento
de que ela era reincidente, mas, quanto a Lívia, liga para ela e diz que nada fará, pedindo, apenas,
que o fato não se repita.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
Apesar da decisão de Pedro, Lívia fica preocupada quanto à possibilidade de ele mudar de
opinião, razão pela qual contrata um advogado junto com Carla para consultoria jurídica.
Considerando apenas as informações narradas, o advogado deverá esclarecer que ocorreu
A) renúncia em relação a Lívia, de modo que a queixa-crime não deve ser recebida em relação a
Carla.
B) renúncia em relação a Lívia, de modo que a queixa-crime deve ser recebida apenas em relação
a Carla.
C) perempção em relação a Lívia, de modo que a queixa- crime deve ser recebida apenas em
relação a Carla.
D) perdão do ofendido em relação a Lívia, de modo que a queixa-crime deve ser recebida apenas
em relação a Carla.
COMENTÁRIOS
Neste caso ocorreu renúncia ao direito de queixa em relação a Lívia, e tal renúncia irá se estender
também à Carla, pois a renúncia ao direito de queixa em favor de um dos infratores se aplica
também aos demais, pelo princípio da indivisibilidade da ação penal privada, na forma do art. 49
do CPP.
06. (FGV – 2017 – OAB - XXIII EXAME DE ORDEM) Silva foi vítima de um crime de ameaça por
meio de uma ligação telefônica realizada em 02 de janeiro de 2016. Buscando identificar o autor,
já que nenhum membro de sua família tinha tal informação, requereu, de imediato, junto à
companhia telefônica, o número de origem da ligação, vindo a descobrir, no dia 03 de julho de
2016, que a linha utilizada era de propriedade do ex-namorado de sua filha, Carlos, razão pela
qual foi até a residência deste, onde houve a confissão da prática do crime.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
B) a representação não foi válida, pois não foi realizada pelo ofendido.
C) ocorreu retratação válida do direito de representação.
D) a representação não foi válida, pois foi realizada oralmente.
COMENTÁRIOS
Nesse caso, a representação, em si, foi válida, eis que realizada por legitimado (cônjuge do
falecido), bem como realizada dentro do prazo de seis meses a contar da data em que a vítima
teve ciência da autoria do fato.
A retratação da representação também ocorreu de forma válida, eis que se deu antes do
oferecimento da denúncia (art. 25 do CPP), motivo pelo qual o MP não poderia ter denunciado o
infrator.
07. (FGV - 2016 - OAB - XX EXAME DE ORDEM) Lúcio Flavio, advogado, ofereceu queixa-crime
em face de Rosa, imputando-lhe a prática dos delitos de injúria simples e difamação. As partes
não celebraram qualquer acordo e a querelada negava os fatos, não aceitando qualquer benefício.
Após o regular processamento e a instrução probatória, em alegações finais, Lúcio Flávio requer
a condenação de Rosa pela prática do crime de difamação, nada falando em sua manifestação
derradeira sobre o crime de injúria.
Diante da situação narrada, é correto afirmar que
A) deverá ser extinta a punibilidade de Rosa em relação ao crime de injúria, em razão da
perempção.
B) deverá ser extinta a punibilidade de Rosa em relação ao crime de injúria, em razão do perdão
do ofendido.
C) deverá ser extinta a punibilidade de Rosa em relação ao crime de injúria, em razão da renúncia
ao direito de queixa.
D) poderá Rosa ser condenada pela prática de ambos os delitos, já que houve apresentação de
alegações finais pela defesa técnica do querelante.
COMENTÁRIOS
Neste caso, deverá ser extinta a punibilidade da infratora no que tange ao crime de injúria, em
razão da perempção, eis que o querelante não formulou, em alegações finais, pedido de
condenação em relação ao delito de injúria, o que é causa de perempção nos crimes de ação penal
privada, conforme art. 60, III do CPP.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
08. (FGV – 2016 – MPE-RJ – ANALISTA PROCESSUAL) Promotor de Justiça com atribuição
recebe autos de inquérito policial em que se apura a prática do crime de estupro de vulnerável,
crime este de ação penal pública incondicionada. Entendendo que não há prova de que o crime
ocorreu, 05 dias após receber os autos, promove pelo arquivamento, encaminhando o inquérito
para homologação do magistrado. Tomando conhecimento dessa informação, a avó da vítima
apresenta queixa em ação penal privada subsidiária da pública. Considerando o fato narrado, é
correto afirmar que tal queixa:
a) deve ser recebida e, em caso de negligência do querelante, deve ser reconhecida a perempção;
b) não deve ser recebida, tendo em vista que o instituto da ação penal privada subsidiária da
pública não foi recepcionado pela Constituição de 1988;
c) deve ser recebida, podendo o Ministério Público oferecer denúncia substitutiva ou aditar a
queixa;
d) não deve ser recebida, pois não houve omissão do Ministério Público;
e) deve ser recebida e, em caso de negligência do querelante, o Ministério Público deverá assumi-
la como parte principal, já que não perde natureza de ação pública.
COMENTÁRIOS
No caso em tela, não deve ser recebida a queixa-crime, pois não houve omissão do Ministério
Público, ou seja, não houve inércia do MP, motivo pelo qual é incabível falar em ação penal privada
subsidiária neste caso, na forma do art. 29 do CPP.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
d) aplica-se o princípio da disponibilidade às ações penais privadas, razão pela qual poderá a
vítima formular queixa apenas em face de uma das autoras do crime;
e) aplica-se o princípio da oportunidade às ações penais privadas, mas a renúncia em relação a um
dos autores do crime se estende aos demais.
COMENTÁRIOS
Neste caso, o Promotor deverá esclarecer que se aplica o princípio da oportunidade às ações
penais privadas, ou seja, a vítima ajuíza a ação se isso for de sua vontade. Todavia, a renúncia em
relação a um dos autores do crime se estende aos demais, na forma do art. 49 do CPP, pelo
princípio da indivisibilidade.
10. (FGV – 2015 – PGE-RO – TÉCNICO) No dia 01.02.2015, Lucas foi vítima de um crime de
dano praticado por motivo egoístico, previsto no art. 163, parágrafo único, inciso IV, do Código
Penal, sendo as autoras do delito Lidiane, sua ex-namorada, e Rosa, mãe desta. Em um primeiro
momento, porém, Lucas não tinha conhecimento da autoria delitiva, somente vindo a descobrir
depois de transcorridos 2 meses. Considerando que o delito é de ação penal privada, Lucas, no
dia 02.08.2015, propõe queixa-crime apenas em face de Rosa, tendo em vista que sempre teve
problemas com a sogra, não tendo interesse que Lidiane seja processada criminalmente. Diante
do exposto, é correto afirmar que a queixa, na forma proposta:
a) não poderá ser recebida, pois se aplica à ação penal privada o princípio da indivisibilidade;
b) não poderá ser recebida em virtude da ocorrência da decadência;
c) não poderá ser recebida, pois se aplica à ação penal privada o princípio da obrigatoriedade;
d) poderá ser recebida, pois se aplica à ação penal privada o princípio da oportunidade;
e) poderá ser recebida, pois se aplica à ação penal privada o princípio da disponibilidade.
COMENTÁRIOS
Neste caso, a ação penal privada não poderá ser recebida, já que a renúncia em relação a um dos
autores do crime se estende aos demais, na forma do art. 49 do CPP, pelo princípio da
indivisibilidade.
11. (FGV – 2015 – PREF. DE CUIABÁ-MT – TÉCNICO: DIREITO) Raquel, professora da escola
“Artes", foi vítima de um crime de injúria, cuja ação penal é privada, praticado por Clara e Ana,
duas mães de alunas de sua classe. Decide, então, no último dia do prazo, propor queixa-crime
em face de Clara, mas não contra Ana, afirmando expressamente que não tinha interesse em ver
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
processada a mãe de sua aluna preferida. Considerando o caso exposto, assinale a afirmativa
correta.
a) Raquel não poderia propor queixa-crime apenas em face de Clara, pois a renúncia ao exercício
do direito de queixa em relação a um dos autores do crime a todos se estenderá.
b) Raquel poderia propor queixa-crime apenas em face de Clara, pois se aplica à ação penal
privada o princípio da disponibilidade.
c) Raquel não poderia propor queixa-crime apenas em face de Clara, pois houve perdão do
ofendido e este, quando concedido a um dos autores do crime, aos demais se estende.
d) Raquel poderia propor queixa-crime apenas em face de Clara, pois se aplica à ação penal
privada o princípio da oportunidade.
e) Raquel não poderia propor queixa-crime em face de Clara, pois houve perempção.
COMENTÁRIOS
Neste caso, a ação penal privada não poderá ser ajuizada somente em face de Clara, já que a
renúncia em relação a um dos autores do crime se estende aos demais, na forma do art. 49 do
CPP, pelo princípio da indivisibilidade.
12. (FGV – 2015 – TJ-RO – TÉCNICO JUDICIÁRIO) João foi vítima de um delito de dano, crime
este de ação penal privada. Em razão disso, ofereceu queixa crime, de maneira regular, em
desfavor de Renato, autor dos fatos. Após o recebimento da queixa, intimados para audiência de
instrução e julgamento, o querelante e seu advogado não compareceram, de maneira injustificada.
O magistrado entendeu por bem intimar o querelante para justificar a ausência, mas este se
manteve inerte por 30 dias. Diante disso, deverá o juiz da causa reconhecer a:
a) decadência, que poderá ocorrer em ações penais de natureza pública condicionada à
representação e de natureza privada;
b) prescrição, que, em tese, poderá ocorrer em crimes cuja ação penal seja de qualquer natureza;
c) perempção, que só poderá ocorrer em ações penais de natureza privada;
d) decadência, que só poderá ocorrer em ações penais de natureza privada;
e) perempção, que poderá ocorrer em ações penais de natureza pública condicionada à
representação e de natureza privada.
COMENTÁRIOS
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á
perempta a ação penal:
Assim, deverá o Juiz declarar extinta a punibilidade pelo fenômeno da perempção, que é exclusivo
das ações penais privadas (exceto ação penal privada subsidiária da pública).
COMENTÁRIOS
Dentre as alternativas apresentadas, apenas a letra A traz somente princípios aplicáveis às ações
penais privadas.
De fato, nas ações penais privadas vigoram os princípios da oportunidade (o titular ajuíza a ação
penal privada se isso for de sua vontade), disponibilidade (o titular pode desistir da ação penal
ajuizada) e indivisibilidade (o titular não pode ajuizar a ação apenas contra um ou alguns dos
infratores. Caso escolha oferecer a queixa-crime, deverá fazê-lo contra todos os infratores).
14. (FGV – 2015 – DPE-RO – ANALISTA JURÍDICO) Nos crimes de ação penal pública
condicionada à representação, essa representação tradicionalmente é classificada pela doutrina
como condição especial para o regular exercício do direito de ação. Sobre a representação e sua
relação com as ações públicas condicionadas, é correto afirmar que:
a) salvo disposição em contrário, o ofendido ou seu representante decairá do direito de
representação no prazo de seis meses, contados do dia em que o fato ocorreu;
b) a representação do ofendido vincula o Ministério Público, que necessariamente terá que
oferecer denúncia;
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
COMENTÁRIOS
a) ERRADA: Item errado, pois este prazo de seis meses é contado a partir da data da ciência da
autoria, na forma do art. 38 do CPP.
b) ERRADA: Item errado, pois a representação é uma espécie de “autorização” que o ofendido
(ou seu representante legal ou seus sucessores) concede ao MP para que este, se for o caso,
ofereça a denúncia.
c) ERRADA: Item errado, pois, nestes casos, a ação penal não poderá ser iniciada sem a
representação.
d) ERRADA: De fato, a retratação não depende de formalidades (pode ser feita oralmente, por
escrito, etc.). Todavia, a retratação da representação só é cabível até o OFERECIMENTO da
denúncia, na forma do art. 25 do CPP.
e) CORRETA: Item correto, pois a Doutrina entende ser perfeitamente cabível a chamada
“RETRATAÇÃO DA RETRATAÇÃO”, que ocorreria quando o ofendido, uma vez tendo se
retratado da representação oferecida anteriormente, se arrepende da retratação e oferece
novamente a representação. De acordo com a Doutrina, isso seria possível, desde que respeitado
o prazo decadencial de 06 meses, previsto no art. 38 do CPP.
15. (FGV – 2015 – DPE-RO – TÉCNICO: OFICIAL DE DILIGÊNCIA) Renata foi autora de crime
de injúria praticado em desfavor de Ana Carolina, sua antiga vizinha e, até então, amiga. Diante
disso, Ana Carolina procurou um advogado e propôs queixa crime, observadas todas as
formalidades legais. Renata foi citada e a instrução teve seu curso regular. Foi publicada decisão
intimando o defensor da vítima e o querelante para apresentarem alegações finais, tendo se
mantido inerte por 40 dias. O fato de o querelante deixar de promover o andamento desse
processo durante 30 dias seguidos, de acordo com o Código de Processo Penal, configura:
a) perdão tácito do ofendido;
b) perempção;
c) perdão judicial tácito;
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
COMENTÁRIOS
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á
perempta a ação penal:
Assim, deverá o Juiz declarar extinta a punibilidade pelo fenômeno da perempção, que é exclusivo
das ações penais privadas (exceto ação penal privada subsidiária da pública).
16. (FGV – 2015 – DPE-RO – TÉCNICO: OFICIAL DE DILIGÊNCIA) Kim, 31 anos, invejada por
sua fama e beleza, foi vítima de crime de ameaça, previsto no artigo 147 do Código Penal, que
assim dispõe: “Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico,
de causar-lhe mal injusto e grave: Pena - detenção de 1 a 6 meses, ou multa. Parágrafo único.
Somente se procede mediante representação.” A carta ameaçadora não foi assinada, mas
constava que foi enviada em 05.01.2015 e recebida em 07.01.2015. No dia 20.01.2015, Kim
descobriu que a ameaça havia sido realizada por Scott. Sobre essa situação hipotética, é correto
afirmar que para exercer o direito de representação, Kim teria o prazo de:
a) 03 meses, contado a partir de 07.01.2015;
b) 06 meses , contado a partir de 20.01.2015;
c) 03 meses , contado a partir de 20.01.2015;
d) 06 meses , contado a partir de 07.01.2015;
e) 03 meses , contado a partir de 06.01.2015.
COMENTÁRIOS
Neste caso, o prazo para oferecer a representação é de 06 meses, contados da data em que a
vítima teve ciência da autoria do delito, na forma do art. 38 do CPP. Assim, o prazo se iniciou em
20.01.2015.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
17. (FGV - 2015 - TJ-BA - TÉCNICO JUDICIÁRIO: ESCREVENTE) Caso o querelante proponha,
na própria queixa-crime, composição civil dos danos para parte dos querelados, a peça acusatória
deverá ser:
(A) recebida na sua integralidade, por força do princípio da obrigatoriedade;
(B) recebida na sua integralidade, por força do princípio da indivisibilidade;
(C) rejeitada na sua integralidade, por força do princípio da obrigatoriedade;
(D) rejeitada na sua integralidade, por força do princípio da indivisibilidade;
(E) suspensa a admissiblidade, aguardando a aceitação da composição.
COMENTÁRIOS
Pelo princípio da indivisibilidade o querelante não pode ajuizar a queixa-crime apenas em face de
um ou alguns dos infratores. Isso se aplica, também, aos institutos da transação penal e da
composição civil dos danos, que se aceitos irão gerar a extinção da punibilidade. Vejamos:
Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo
Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo
civil competente.
Vejam que como o acordo homologado de composição civil dos danos gera a renúncia ao direito
de queixa. Como a renúncia ao direito de queixa apenas em favor de parte dos infratores se
estende aos demais, a ação penal (queixa) deverá ser rejeitada. Vejamos:
18. (FGV - 2015 - TJ-BA - TÉCNICO JUDICIÁRIO: ESCREVENTE) Na ação penal pública, o
Ministério Público:
(A) não está obrigado a denunciar todos os envolvidos no fato tido por delituoso, diante da
incidência do princípio da autonomia;
(B) está obrigado a denunciar todos os envolvidos no fato tido por delituoso, diante da incidência
da união;
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
(C) não está obrigado a denunciar todos os envolvidos no fato tido por delituoso, diante da
incidência do princípio da indivisibilidade;
(D) está obrigado a denunciar todos os envolvidos no fato tido por delituoso, diante da não
incidência do princípio da autonomia;
(E) não está obrigado a denunciar todos os envolvidos no fato tido por delituoso, diante da não
incidência do princípio da indivisibilidade.
COMENTÁRIOS
Não vigora, aqui, a princípio da indivisibilidade, que só tem cabimento nas ações penais
exclusivamente privadas.
19. (FGV - 2015 - TJ-BA - TÉCNICO JUDICIÁRIO: ESCREVENTE) A queixa-crime pode ser
recebida quando for ofertada:
(A) por advogado substabelecido com reserva de direitos, por procurador que recebera do
querelante os poderes para o foro em geral;
(B) por advogado substabelecido sem reserva de direitos, por procurador que recebera do
querelante os poderes para o foro em geral;
(C) por advogado substabelecido com reserva de direitos, por procurador que recebera do
querelante os poderes especiais;
(D) nos casos de procuração que outorga poderes especiais, vedado o substabelecimento com ou
sem reserva de poderes;
(E) nos casos de procuração que outorga poderes para o foro em geral, vedado o
substabelecimento com ou sem reserva de poderes.
COMENTÁRIOS
A queixa poderá ser recebida quando for oferecida por procurador com poderes especiais, na
forma do art. 44 do CPP:
Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais,
devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
O CPP não veda o oferecimento da queixa pelo procurador que recebera de outro procurador
substabelecimento, desde que a procuração original, conferida pelo titular da ação penal,
contenha poderes especiais, na forma do art. 44 do CPP.
COMENTÁRIOS
Nos termos do art. 41 do CPP a denúncia ou queixa deverá conter a exposição do fato criminoso,
com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais seja
possível sua identificação (marcas no corpo, etc.), a classificação do delito e, quando necessário,
o rol de testemunhas.
Contudo, a Doutrina aponta, ainda, elementos considerados autenticativos, que são aqueles
destinados a conferir autenticidade, veracidade à ação penal. Dentre os citados pela questão,
podem ser considerados elementos autenticativos da ação penal, são a data e a assinatura do
membro do MP.
21. (FGV – 2015 – DPE-RO – TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Carla alega ser vítima de um crime
de extorsão mediante sequestro por parte de seu ex-namorado, de modo que comparece à
Delegacia e narra tal fato. O promotor de justiça com atribuição, após analisar as investigações
realizadas, conclui que não existem indícios mínimos de autoria e prova da materialidade,
manifestando-se pelo arquivamento do inquérito porque mais parece uma vingança de Carla pelo
fim do relacionamento. Considerando a situação narrada, é correto afirmar que:
(A) não cabe ação penal privada subsidiária da pública, pois esse instituto não é previsto no
Código de Processo Penal;
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
(B) cabe ação penal privada subsidiária da pública, mas o Ministério Público não pode aditar a
queixa formulada;
(C) não cabe ação penal privada subsidiária da pública, pois não houve omissão do Ministério
Público;
(D) cabe ação penal privada subsidiária da pública, e deve o Ministério Público intervir em todos
os termos do processo;
(E) diante da manifestação do Ministério Público, cabe ação privada subsidiária e a posterior
omissão do querelante não permite que aquele retome a ação como parte principal.
COMENTÁRIOS
Neste caso não cabe ação penal privada subsidiária da pública porque o MP não ficou inerte, ou
seja, o MP atuou, manifestando-se pelo ARQUIVAMENTO do IP. A ação penal privada subsidiária
da pública só tem cabimento quando o MP fica inerte, ou seja, deixa transcorrer o prazo para
oferecimento da denúncia sem fazer nada, nem mesmo requerer o arquivamento do IP ou devolver
os autos do IP para novas diligências.
22. (FGV – 2015 – DPE-RO – TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Ilídio e Ortega ofenderam a honra
de Luana, praticando um crime único, em concurso de agentes, de injúria. Luana procura um
advogado na intenção de propor queixa-crime contra Ilídio, explicando que, por ter sentimentos
por Ortega, não deseja contra ele iniciar uma ação. Diante disso, vai à Delegacia, antes de adotar
qualquer medida judicial, e expressamente renuncia ao direito de propor queixa contra Ortega
por esses fatos. Nesse caso, é correto afirmar que a queixa-crime posteriormente proposta em
face de Ilídio:
(A) deverá ser recebida pelo magistrado, desde que o advogado apresente procuração com
poderes especiais;
(B) não poderá ser recebida pelo magistrado, pois o perdão do ofendido a um dos autores do
crime aos demais se estende;
(C) deverá ser recebida pelo magistrado, pois a renúncia do ofendido é ato individual, não se
estendendo aos demais agentes;
(D) não poderá ser recebida pelo magistrado, pois a renúncia do ofendido a um dos autores do
crime aos demais se estende;
(E) deverá ser recebida pelo magistrado, bastando que seja conferida ao advogado procuração
com poderes gerais.
COMENTÁRIOS
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
Por se tratar de crime de ação penal PRIVADA, a renúncia manifestada em face de um dos
infratores e estende aos demais, na forma do art. 49 do CPP.
23. (FGV – 2014 – TJ-RJ – TÉCNICO JUDICIÁRIO) No dia 24 de julho de 2014, Márcio e
Emerson, em uma discussão do trabalho, ofenderam a honra de Frederico. Configurado o crime
de injúria, delito este de ação penal privada, Frederico propôs queixa-crime em desfavor de
ambos os colegas de trabalho, em 25.10.2014. A inicial foi recebida pelo magistrado em
28.10.2014. Após as partes conversarem sobre os fatos, a vítima resolveu perdoar Márcio
mediante declaração expressa nos autos, sendo por este aceito. Por sua vez, Emerson mostrou-
se inconformado e afirmou que não aceitaria o perdão de maneira alguma. Diante disso:
(A) Emerson e Márcio terão suas punibilidades extintas, pois o perdão concedido a um dos
querelados aproveita aos demais;
(B) o processo prosseguirá apenas em relação a Emerson, pois a extinção da punibilidade pelo
perdão do ofendido depende de aceitação;
(C) Emerson terá sua punibilidade extinta, pois o perdão independe de aceitação dos querelados;
(D) o processo prosseguirá em relação a ambos os querelados, pois o perdão somente pode ser
concedido até o oferecimento da denúncia;
(E) o processo prosseguirá apenas em relação a Emerson, pois o perdão concedido a um dos
querelados nunca aproveita aos demais agentes.
COMENTÁRIOS
Neste caso, o perdão oferecido a Márcio se estende a Emerson, por força do art. 51 do CPP.
Contudo, com base no mesmo art. 51 do CPP, caso algum dos querelados não aceite o perdão,
em relação a este não produzirá efeitos. Vejamos:
Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que
produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar.
Assim, somente Márcio, que aceitou o perdão, terá sua punibilidade extinta.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
24. (FGV – 2014 – TJ-RJ – TÉCNICO JUDICIÁRIO) A doutrina costuma classificar as ações penais
como públicas incondicionadas, públicas condicionadas à representação do ofendido ou
requisição do Ministro da Justiça, privadas e privada subsidiária da pública. Algumas são as
diferenças entre essas espécies de ação, dentre as quais se destacam:
(A) a ação penal pública incondicionada e a ação penal pública condicionada à representação são
de titularidade do Ministério Público, diferente do que ocorre com a privada;
(B) a ação penal pública condicionada à representação admite a figura do perdão do ofendido
após o oferecimento da denúncia, diferente da pública incondicionada;
(C) a perempção poderá ocorrer na ação penal privada e na pública condicionada à representação,
mas não na pública incondicionada;
(D) o princípio da indivisibilidade é aplicável às ações penais públicas, mas não às ações penais
privadas;
(E) o prazo para exercício do direito de representação é de 06 meses contados da data dos fatos,
enquanto a queixa poderá ser proposta a qualquer tempo, desde que dentro do prazo
prescricional.
COMENTÁRIOS
B) ERRADA: O perdão do ofendido só é cabível na ação penal privada, nos termos do art. 51 do
CPP.
C) ERRADA: A perempção somente pode ocorrer na ação penal privada, nos termos do art. 60 do
CPP.
D) ERRADA: O princípio da indivisibilidade somente é aplicável à ação penal privada, não à ação
penal pública.
E) ERRADA: Tanto a representação quanto o direito de queixa poderão ser exercidos no prazo de
seis meses, a contar da data em que a vítima passa a ter conhecimento de quem é o autor do fato,
nos termos do art. 38 do CPP.
25. (FGV – 2014 – TJ-RJ – TÉCNICO JUDICIÁRIO) NÃO é aplicável às ações penais privadas o
seguinte princípio:
(A) indivisibilidade;
(B) oportunidade;
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
(C) disponibilidade;
(D) intranscendência;
(E) obrigatoriedade.
COMENTÁRIOS
Não se aplica à ação penal privada o princípio da obrigatoriedade, pois este é um princípio
aplicável exclusivamente às ações penais públicas, já que o titular da ação penal (MP) não tem o
direito de escolher se vai ou não ajuizar a ação penal. Havendo os requisitos, ele deve ajuizar a
ação penal (salvo casos excepcionais, como transação penal, acordo de não persecução penal,
etc.).
Nas ações penais privadas cabe ao ofendido escolher se quer ou não ajuizar a ação penal, no que
se chama de princípio da oportunidade.
26. (FGV - 2014 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - XIII - PRIMEIRA FASE) Em
determinada ação penal privada, na qual se apura a prática dos delitos de calúnia e difamação, a
parte não apresenta, em alegações finais, pedido de condenação em relação ao delito de calúnia,
fazendo-o tão somente em relação ao delito de difamação.
Com relação ao caso apresentado, assinale a afirmativa correta.
a) Ocorreu a perempção em relação ao delito de calúnia.
b) Não ocorreu perempção em relação a nenhum delito.
c) Ocorreu o perdão tácito em relação ao delito de calúnia.
d) Não ocorreu perempção, mas, sim, renúncia em relação ao delito de calúnia.
COMENTÁRIOS
No presente caso, ocorreu a perempção em relação ao delito de calúnia, pois o querelante não
formulou o pedido de condenação em relação ao mesmo quando das alegações finais, nos termos
do art. 60, III do CPP:
(...)
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
27. (FGV - 2013 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - XII - PRIMEIRA FASE) João e José,
músicos da famosa banda NXY, se desentenderam por causa de uma namorada. João se
descontrolou e partiu para cima de José, agredindo-o com socos e pontapés, vindo a ser separado
de sua vítima por policiais militares que passavam no local, e lhe deram voz de prisão em flagrante.
O exame de corpo de delito revelou que dois dedos da mão esquerda do guitarrista José foram
quebrados e o braço direito, luxado, ficando impossibilitado de tocar seu instrumento por 40 dias.
Na hipótese, trata-se de crime de ação penal
a) privada propriamente dita.
b) pública condicionada à representação.
c) privada subsidiária da pública.
d) pública incondicionada.
COMENTÁRIOS
§ 1º Se resulta:
Tal delito é de ação penal pública incondicionada, pois o CP não especifica qual é a ação penal
para este caso. Lembrando que no caso de lesões leves e culposas a ação depende de
representação, por força do art. 88 da Lei 9.099/95.
28. (FGV - 2013 - TJ-AM – JUIZ) As ações penais tradicionalmente são classificadas como
públicas incondicionadas, públicas condicionadas à representação e privadas.
Sobre a representação, analise as afirmativas a seguir.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
COMENTÁRIOS
III – ERRADA: O erro está na última parte da afirmativa, pois no caso de se tratar de procurador,
este deverá possui procuração com poderes ESPECIAIS, nos termos do art. 39 do CPP.
29. (FGV - 2013 - MPE-MS - ANALISTA – DIREITO) As ações penais podem ser classificadas
como públicas incondicionadas, públicas condicionadas à representação ou à requisição do
Ministro da Justiça ou ação penal privada.
A respeito dessas modalidades, assinale a afirmativa correta.
a) A representação feita pelo ofendido é retratável até o momento do recebimento da denúncia.
b) Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União,
Estado ou Município, a ação penal será pública.
c) O direito de representação não possui uma forma predeterminada, podendo ser exercido
mediante declaração pessoal do ofendido ou de procurador com poderes gerais, de maneira
escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público ou à autoridade policial.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
d) No caso de morte do ofendido, se a ação penal de natureza privada não for classificada como
personalíssima, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge,
companheiro, ascendentes e descendentes, mas não ao irmão.
e) O perdão independe de aceitação do querelado, tácita ou expressa.
COMENTÁRIOS
Art. 24 (...)
C) ERRADA: O erro está na parte da afirmativa que diz que a representação pode ser ofertada por
procurador com poderes gerais, pois no caso de se tratar de procurador, este deverá possui
procuração com poderes ESPECIAIS, nos termos do art. 39 do CPP.
D) ERRADA: Item errado, pois tal direito também é transmissível ao irmão, nos termos do art. 31
do CPP.
E) ERRADA: O perdão do ofendido deve ser aceito, de forma tácita ou expressa, pelo querelado,
nos termos do art. 58 do CPP.
30. (FGV - 2012 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - VI - PRIMEIRA FASE) Tício está
sendo investigado pela prática do delito de roubo simples, tipificado no artigo 157, caput, do
Código Penal. Concluída a investigação, o Delegado Titular da 41ª Delegacia Policial envia os
autos ao Ministério Público, a fim de que este tome as providências que entender cabíveis. O
Parquet, após a análise dos autos, decide pelo arquivamento do feito, por faltas de provas de
autoria. A vítima ingressou em juízo com uma ação penal privada subsidiária da pública, que foi
rejeitada pelo juiz da causa, que, no caso acima, agiu
a) erroneamente, tendo em vista a Lei Processual admite a ação privada nos crimes de ação pública
quando esta não for intentada.
b) corretamente, pois a vítima não tem legitimidade para ajuizar ação penal privada subsidiária da
pública.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
c) corretamente, já que a Lei Processual não admite a ação penal privada subsidiária da pública
nos casos em que o Ministério Público não se mantém inerte.
d) erroneamente, já que a Lei Processual admite, implicitamente, a ação penal privada subsidiária
da pública.
COMENTÁRIOS
O Juiz agiu corretamente, pois no caso em tela o MP não ficou inerte, e sim pediu o arquivamento
do IP. Neste caso, não cabe ação penal privada subsidiária da pública, pois esta pressupõe a
INÉRCIA do MP, nos termos do art. 29 do CPP:
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for
intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-
la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo,
fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de
negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
31. (FGV - 2008 - PC-RJ - OFICIAL DE CARTÓRIO) Em relação à ação penal, analise as
afirmativas a seguir:
I. A mulher casada não poderá exercer o direito de queixa sem consentimento do marido, salvo
quando estiver dele separada ou quando a queixa for contra ele.
II. O direito de ação penal privada subsidiária da publica está previsto na Constituição bem como
no Código de Processo Penal.
III. Se o ofendido for retardado mental e colidirem os interesses dele com os de seu representante
legal, o direito de queixa poderá ser exercido por curador especial, nomeado pelo juiz competente
para o processo penal.
Assinale:
a) se nenhuma afirmativa estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
COMENTÁRIOS
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
II – CORRETA: Item correto, nos termos do art. 29 do CPP e art. 5º, LIX da Constituição Federal.
32. (FGV – IX EXAME UNIFICADO DA OAB) Tendo como base o instituto da ação penal,
assinale a afirmativa correta.
A) Na ação penal privada vigora o princípio da oportunidade ou conveniência.
B) A ação penal privada subsidiária da pública fere dispositivo constitucional que atribui ao
Ministério Público o direito exclusivo de iniciar a ação pública.
C) Como o Código Penal é silente no tocante à natureza da ação penal no crime de lesão corporal
culposa, verifica-se que a referida infração será de ação penal pública incondicionada.
D) A legitimidade para ajuizamento da queixa-crime na ação penal exclusivamente privada (ou
propriamente dita) é unicamente do ofendido.
COMENTÁRIOS
B) A ação penal priva subsidiária da pública não fere este dispositivo, uma vez que esta ação penal
pode ser monitorada, fiscalizada pelo MP e, caso haja negligência do ofendido, o MP pode
retomá-la. Ademais, a ação nesse caso é privada e não pública, embora seja regida pelos princípios
da ação pública;
C) Em regra, quando a lei é silente, a ação penal é pública incondicionada. Contudo, embora o CP
seja silente, a Lei 9.099/95 estabeleceu, eu seu art. 88, que este crime seria de ação penal pública
condicionada à representação. Vejamos:
Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá
de representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e
lesões culposas.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
D) O item está errado. A legitimidade pode ser estendida, ainda, ao representante legal e aos
sucessores (no caso de morte), nos termos dos arts. 30 e 31 do CPP:
Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do
Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro
da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para
representá-lo.
33. (FGV – X EXAME UNIFICADO DA OAB) Um professor na aula de Processo Penal esclarece
a um aluno que o Ministério Público, após ingressar com a ação penal, não poderá desistir dela,
conforme expressa previsão do Art. 42 do CPP. O professor estava explicando ao aluno o princípio
da
A) indivisibilidade.
B) obrigatoriedade.
C) indisponibilidade.
D) intranscendência.
COMENTÁRIOS
Este artigo traduz o que a Doutrina entende como princípio da INDISPONIBILIDADE da ação penal
pública.
34. (VUNESP – 2017 – TJM-SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) Sobre a ação penal, é
correto afirmar:
a) não será admitida ação privada nos crimes de ação pública, ainda que esta não seja intentada
no prazo legal.
b) ao ofendido, ou a quem tenha qualidade para representá-lo, caberá intentar a ação penal
pública que dependa de representação do ofendido.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
c) a queixa contra qualquer dos autores do crime somente obrigará o processo de todos nos casos
de crimes hediondos.
d) o prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da data
em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu
estiver solto ou afiançado.
e) o Ministério Público poderá desistir da ação penal apenas nos casos em que as provas sejam de
difícil produção.
COMENTÁRIOS
a) ERRADA: Item errado, pois caso haja inércia por parte do MP, a vítima poderá ajuizar ação penal
privada (ação penal privada subsidiária da pública), nos termos do art. 29 do CPP.
b) ERRADA: Item errado, pois cabe ao MP ajuizar a ação penal pública (seja ela incondicionada ou
condicionada).
c) ERRADA: Item errado, pois na ação penal privada vigora o princípio da indivisibilidade, segundo
o qual a queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará o processo de todos, ou seja, o
ofendido pode escolher entre ajuizar ou não a queixa, mas caso o faça, deverá ajuiza-la contra
todos os infratores, na forma do art. 48 do CPP.
d) CORRETA: Item correto, pois esta é a exata previsão contida no art. 46 do CPP.
e) ERRADA: Item errado, pois o MP não poderá desistir da ação penal, na forma do art. 42 do
CPP. Trata-se do princípio da indisponibilidade da ação penal pública.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
de agosto de 2017, tendo juntado a procuração. Passado um tempo, Mévio e o vizinho, em uma
nova partida de futebol, reconciliam-se e passam a bradar a todos que tudo não passou de uma
brincadeira. Mévio, agora pessoalmente, comparece à Delegacia, em 10 de outubro de 2017, e
se retrata da representação anteriormente feita, dizendo não mais querer processar o amigo.
Diante da situação hipotética, assinale a alternativa correta, levando em conta o Código de
Processo Penal.
A) A representação, por previsão legal, pode ser objeto de retratação, desde que a vítima se
retrate antes do prazo de seis meses, contados da data da representação. Tendo se retratado no
prazo, o vizinho não mais poderá ser processado pelo crime praticado.
B) A representação, por previsão legal, só pode ser feita pessoalmente, pela própria vítima. Assim
sendo, a representação feita pelo advogado de Mévio, ainda que com procuração específica, não
possui validade.
C) A representação, por previsão legal, não pode ser objeto de retratação. Assim, ainda que
arrependido e reconciliado com o autor do fato, Mévio não poderá voltar atrás da decisão de
processá-lo.
D) A representação, por previsão legal, deve ser feita no prazo máximo de seis meses da data do
fato, sob pena de decadência. Tendo sido feita fora do prazo, a representação feita por Mévio,
ainda que mediante procuração, não tem validade.
E) A representação, por previsão legal, deve ser feita no prazo máximo de seis meses da data em
que se descobrir o autor do fato, sob pena de decadência. Tendo sido feita dentro do prazo, ainda
que mediante procuração específica, é regular.
COMENTÁRIOS
A representação, no caso, foi válida, na medida em que foi realizada dentro do prazo de 06 meses
a partir da ciência da autoria, e foi apresentada por procurador com poderes especiais, atendendo
às previsões dos arts. 38 e 39 do CPP. Está correta, portanto, a Letra E, estando erradas as letras
B e D. Quanto à retratação, é possível, não havendo prazo legal para tanto, desde que seja feita
até o oferecimento da denúncia, na forma do art. 25 do CPP (erradas as letras A e C).
GABARITO: Letra E
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
registro de marca (processável por ação penal privada), A propôs queixa-crime apenas contra C,
deixando de fora B, seu sobrinho. Da identificação dos supostos autores do crime à propositura
da queixa-crime transcorreram 04 (quatro) meses. Mas, da instauração do inquérito policial à
propositura da queixa-crime transcorreu período superior a 06 (seis) meses.
A respeito da situação hipotética, afirma-se corretamente que,
a) uma vez transcorrido período superior a 06 (seis) meses entre a instauração do inquérito policial
e a propositura da queixa-crime, A decaiu do direito de processar os autores do fato.
b) uma vez transcorrido período superior a 30 (trinta) dias entre a identificação dos autores e a
propositura da queixa-crime, a ação penal está perempta.
c) por se tratar de crime de ação penal privada, incabível instauração de inquérito policial, devendo
a investigação ficar a cargo do ofendido.
d) nas ações penais privadas, aplica-se o princípio da indivisibilidade, segundo o qual a queixa
contra qualquer dos autores obriga processar a todos, exceto quando há perdão ou renúncia por
parentesco.
e) ao deixar de propor queixa-crime em face de B, A, tacitamente, renunciou a seu direito de
queixa que, por expressa previsão legal, estende-se a C.
COMENTÁRIOS
Na ação penal privada vigora o princípio da indivisibilidade, que estabelece que o querelante não
pode optar por processar apenas um ou alguns dos infratores, devendo fazê-lo em relação a todos.
Isto implica a indivisibilidade, também, da renúncia e do perdão. Assim, ao deixar de propor
queixa-crime em face de B, A, tacitamente, renunciou a seu direito de queixa que, por expressa
previsão legal, estende-se a C, na forma do art. 49 do CPP.
Ademais, não houve decadência, eis que a ação penal foi ajuizada dentro do prazo de 06 meses a
contar da data em que a vítima teve ciência da autoria, na forma do art. 38 do CPP.
37. (VUNESP – 2015 – HCFMUSP – DIREITO) De acordo com o artigo 25 do Código de Processo
Penal, a representação do ofendido será
a) irretratável, a qualquer tempo.
b) irretratável, depois de oferecida a denúncia.
c) retratável.
d) condicionada à apresentação de provas ao Ministério Público.
e) condicionada à contratação de advogado para a realização do ato.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
COMENTÁRIOS
38. (VUNESP – 2015 – CRO-SP – ADVOGADO) Determina o art. 39 do CPP, no que toca à ação
penal pública condicionada à representação, que o direito de representação pode ser exercido
a) pessoalmente, mediante declaração escrita, a autoridade policial, apenas.
b) pessoalmente, mediante declaração escrita, feita ao juiz, ou à autoridade policial, apenas.
c) pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante declaração escrita, feita ao
juiz ou ao órgão do Ministério Público, apenas.
d) pessoalmente ou por procurador, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao órgão do
Ministério Público, ou à autoridade policial, apenas.
e) pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral,
feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial.
COMENTÁRIOS
O direito de representação, na forma do art. 39 do CPP, pode ser exercido pessoalmente ou por
procurador com poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão
do Ministério Público, ou à autoridade policial:
39. (VUNESP – 2016 – MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA) Nos crimes de ação _________ ,
esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir,
de __________ do Ministro da Justiça, ou de __________ do ofendido ou de quem tiver qualidade
para representá-lo.
Assinale a alternativa que, respectivamente, preenche, de modo tecnicamente correto, as lacunas.
a) privada … autorização … requisição
b) pública … representação … requisição
c) privada … requisição … autorização
d) pública … requisição … representação
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
COMENTÁRIOS
Para responder corretamente a questão, precisamos saber o que dispõe o art. 24 do CPP:
Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do
Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro
da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para
representá-lo.
40. (VUNESP – 2015 – TJ-MS – JUIZ SUBSTITUTO) XISTO, querelante em ação penal privada,
ao término da instrução e representado por advogado constituído, requereu a absolvição de
CRISTÓVÃO, querelado. Deve o juiz
a) determinar a extração de peças processuais e o encaminhamento à autoridade policial, para
apuração da prática, pelo querelante, de denunciação caluniosa.
b) designar audiência para tentativa de conciliação das partes, em homenagem ao princípio da
intervenção mínima.
c) considerar perempta a ação penal, porque o querelante deixou de formular pedido de
condenação nas alegações finais.
d) encaminhar os autos em vista ao Ministério Público, titular da ação penal, para manifestação de
interesse na produção de outras provas.
e) absolver CRISTÓVÃO, com fundamento no artigo 386, inciso VII, do Código de Processo Penal.
COMENTÁRIOS
Neste caso, a ação penal deve ser considerada perempta, pois nos crimes de ação exclusivamente
privada, o querelante deve, nas alegações finais, formular pedido de CONDENAÇÃO, sob pena
de perempção, nos termos do art. 60, III, parte final, do CPP.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
b) o direito de oferecer queixa se extinguirá; nos crimes de ação privada, o juiz, a requerimento
da parte que comprovar a sua pobreza, instaurará de ofício a ação penal.
c) o direito de oferecer queixa passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão; nos crimes
de ação privada, o juiz, a requerimento da parte que comprovar a sua pobreza, nomeará advogado
para promover a ação penal.
d) no curso da ação privada, declarar-se-á a extinção da punibilidade do ofensor; nos crimes de
ação pública condicionada, o juiz, a requerimento da parte que comprovar a sua pobreza, nomeará
advogado para promover a ação penal.
e) no curso da ação pública condicionada, declarar-se-á a extinção da punibilidade do ofensor;
nos crimes de ação pública condicionada, o juiz, a requerimento da parte que comprovar a sua
pobreza, nomeará advogado para promover a ação penal.
COMENTÁRIOS
42. (VUNESP – 2014 – TJ-PA – JUIZ) José, João e Luís são sócios de uma empresa. José e João
redigem, assinam e divulgam entre os clientes e fornecedores da empresa uma carta aberta com
afirmações desonrosas em desfavor de Luís. Após regular inquérito policial em que José e João
são ouvidos, Luís promove queixa-crime unicamente contra José, uma vez que, por motivos
pessoais, não quis processar João. Considerando que o acúmulo de acusações faça com que a
demanda não seja julgada pelo rito sumaríssimo, que foi infrutífera a fase de reconciliação – o que
remete o processo ao rito comum – e que não é caso de rejeição, deve o magistrado.
a) considerar que houve perdão com relação a João e extinguir sua punibilidade; determinar a
citação e intimação de José para apresentação de resposta escrita.
b) intimar Luís para que se manifeste expressamente acerca da ausência de João no polo passivo;
determinar a citação e intimação de José para apresentação de resposta escrita.
c) considerar que houve renúncia com relação a João, estender tal entendimento a José e extinguir
a punibilidade de ambos.
d) considerar que houve renúncia com relação a João e extinguir sua punibilidade; determinar a
citação e intimação de José para apresentação de resposta escrita.
e) considerar que houve perdão com relação a João, estender tal entendimento a José e intimá-
los para que se manifestem no sentido de aceitar ou recusar a benesse oferecida por Luís.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
COMENTÁRIOS
Neste caso, o Juiz deve considerar que houve renúncia com relação a João, estender tal
entendimento a José e extinguir a punibilidade de ambos, nos termos do art. 49 do CPP.
Importante lembrar que o STJ firmou entendimento no sentido de que a renúncia só ocorre
quando há omissão voluntária, ou seja, o querelante, propositalmente, deixa de incluir algum dos
infratores na ação penal. Se o querelante apenas se esqueceu de incluir algum dos infratores, não
há renúncia em favor deles, de forma que não há nada a estender em favor dos demais. No caso,
de fato, a omissão foi VOLUNTÁRIA, de forma que houve renúncia tácita.
43. (VUNESP – 2013 – TJ-SP – JUIZ) A ação penal somente pode ser proposta contra quem se
imputa a prática da infração penal. Outra pessoa, ainda que tenha obrigações de caráter civil
decorrentes do delito, não pode ser incluída na ação, isto em função do princípio da
a) obrigatoriedade.
b) indisponibilidade.
c) intranscendência.
d) oficialidade.
COMENTÁRIOS
Quem não praticou a infração penal não pode ser incluído como réu na ação penal, por absoluta
ausência de legitimidade PASSIVA. Isso decorre da adoção do princípio da intranscendência da
pena, segundo o qual a pena não poderá passar da pessoa do condenado, de maneira que
ninguém pode responder por crime alheio.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
e) No caso de morte do acusado, o juiz admitirá todos os meios de prova para declarar extinta a
punibilidade.
COMENTÁRIOS
a) ERRADA: Item errado, pois na forma do art. 49 do CPP, a queixa contra um dos autores do
crime OBRIGARÁ ao processo de todos, cabendo ao Ministério Público decidir pela sua
INDIVISIBILIDADE.
b) ERRADA: Item errado, pois não há que se falar em aceitação ou recusa no que tange à renúncia,
que é ato UNILATERAL.
c) CORRETA: Item correto, pois esta é a exata previsão contida no art. 55 do CPP.
e) ERRADA: Item errado, pois somente com a certidão de óbito do acusado o Juiz poderá
reconhecer a extinção da punibilidade pela morte, na forma do art. 62 do CPP.
COMENTÁRIOS
A) ERRADA: O item está errado, pois o perdão deve ser aceito pelo perdoado, já que possui a
característica da bilateralidade, nos termos do art. 51 do CPP:
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que
produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar.
B) ERRADA: O item está errado, pois o início do prazo decadencial de seis meses se dá no
momento em que o ofendido passa a ter conhecimento de quem foi o autor do fato, nos termos
do art. 38 do CPP.
D) ERRADA: Item errado, pois nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-
se-á perempta a ação penal quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento
do processo durante 30 DIAS SEGUIDOS, nos termos do art. 60, I do CPP:
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á
perempta a ação penal:
46. (VUNESP – 2010 – FUNDAÇÃO CASA – ANALISTA) A ação penal de iniciativa pública é
promovida
a) pelo Ministério Público ou ofendido, mediante denúncia.
b) pela vítima ou seu representante legal.
c) pelo Ministério Público, mediante queixa-crime.
d) exclusivamente pelo Ministério Público, mediante denúncia.
e) pelo ofendido, representado por advogado com poderes especiais.
COMENTÁRIOS
A ação penal pública é promovida pelo MP, por expressa previsão constitucional e por força do
art. 257, I do CPP:
Art. 257. Ao Ministério Público cabe: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
COMENTÁRIOS
Neste caso ocorrerá o fenômeno da perempção, por força do art. 60, III do CPP:
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á
perempta a ação penal:
(...)
48. (VUNESP – 2009 – TJ-MT – JUIZ) Nos crimes de ação privada, se comparecer mais de uma
pessoa com direito de queixa, terá preferência, numa ordem legal estabelecida pelo artigo 31 do
Código de Processo Penal,
a) o parente mais próximo na ordem de vocação sucessória.
b) o cônjuge, que poderá prosseguir na ação penal.
c) a figura do ascendente, em face dos vínculos fraternos.
d) a figura do descendente, com o direito de apenas prosseguir.
e) o representante legalmente constituído para o fim.
COMENTÁRIOS
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão
judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão.
(...)
Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, terá
preferência o cônjuge, e, em seguida, o parente mais próximo na ordem de
enumeração constante do art. 31, podendo, entretanto, qualquer delas prosseguir
na ação, caso o querelante desista da instância ou a abandone.
Vejam, assim, que em havendo interesse de mais de um dos sucessores, prevalecerá o cônjuge.
49. (VUNESP – 2009 – TJ-SP – JUIZ) Assinale a alternativa correta, considerando a hipótese de
ter havido o falecimento do querelante durante o andamento de ação penal privada, antes da
sentença.
a) A companheira, embora vivesse em união estável com o falecido, não tem legitimidade ativa
para prosseguir na ação.
b) A companheira, que vivia em união estável com o falecido, tem legitimidade ativa para
prosseguir na ação.
c) O falecimento do querelante acarreta, necessariamente, o trancamento da ação penal privada.
d) O falecimento do querelante só acarreta o trancamento da ação penal privada se o querelado
assim o requerer.
COMENTÁRIOS
A doutrina e a jurisprudência não possuem entendimento uniforme sobre o tema. Pela redação
do art. 31 do CPP, somente o cônjuge (não a companheira) poderia seguir na ação penal.
Contudo, há doutrinadores que entendem que é possível estender a norma para abarcar também
a companheira, em razão de a Constituição equiparar a União estável ao casamento.
Há doutrinadores para ambos os lados, por isso a questão deveria ter sido anulada. A Banca,
porém, adotou o entendimento de que o companheiro tem legitimidade neste caso.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
50. (VUNESP – 2008 – DPE-MS – DEFENSOR PÚBLICO) Assinale a alternativa que justifica
corretamente qual o prazo para o ofendido ou o seu representante legal requerer a instauração
de inquérito policial, quando o crime for de alçada privada.
a) O Código de Processo Penal não disciplina expressamente a respeito e, assim, entende-se que
o direito de requerimento de instauração de inquérito policial deve ser exercido no mesmo prazo
do direito de queixa, ou seja, 3 meses, contados da data dos fatos.
b) O Código de Processo Penal não disciplina expressamente a respeito e, assim, entende-se que
o direito de requerimento de instauração de inquérito policial deve ser exercido no mesmo prazo
do direito de queixa, ou seja, 6 meses, contados da data em que se souber quem foi o autor do
crime.
c) O Código de Processo Penal dispõe expressamente que o direito de requerimento de
instauração de inquérito policial deve ser exercido no prazo de 3 meses, contados da data dos
fatos.
d) O Código de Processo Penal dispõe expressamente que o direito de requerimento de
instauração de inquérito policial deve ser exercido no prazo de 6 meses, contados da data em que
o crime ocorreu.
COMENTÁRIOS
O CPP não trata expressamente disto, mas por uma interpretação sistemática se chega à conclusão
de que o prazo deve ser o mesmo previsto para o exercício do direito de queixa, ou seja, seis
meses a contar da data em que a vítima tomou conhecimento de quem foi o autor do fato, já que,
após este prazo, estará extinta a punibilidade e, portanto, seria impossível instaurar IP, já que o
infrator não mais poderia ser punido.
51. (FCC – 2019 – TRF4 – TÉCNICO JUDICIÁRIO) Ronaldo, mediante seu advogado José,
apresenta queixa-crime contra Silvana, Fábio e Rodrigo, imputando-lhes os crimes de calúnia e
difamação. Sobre o caso hipotético apresentado e a queixa-crime, nos crimes de ação penal
privada, nos moldes estabelecidos pelo Código de Processo Penal, é INCORRETO afirmar:
(A) O perdão concedido por Ronaldo à querelada Silvana a todos aproveitará, ainda que recusado
por Fábio e Rodrigo.
(B) O Ministério Público poderá aditar a queixa-crime, no prazo de 03 dias, contados do
recebimento dos autos, e deverá intervir em todos os termos subsequentes do processo.
(C) Se a uma quarta pessoa for imputado o mesmo crime de Silvana, Fábio e Rodrigo, o Ministério
Público deverá zelar pela indivisibilidade da ação penal, obrigando o querelante Ronaldo ao
processamento de todos.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
(D) Estará perempta a ação penal privada iniciada por queixa-crime apresentada por Ronaldo se
este deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos.
(E) José, advogado de Ronaldo, para ajuizar a ação penal privada, deverá estar munido de
procuração com poderes especiais, constando, em regra, o nome do querelante e a menção do
fato criminoso.
COMENTÁRIOS
a) ERRADA: Item errado, pois o perdão é ato bilateral, não produzindo efeitos em relação àquele
que recusar o perdão, na forma do art. 51 do CPP.
b) CORRETA: Item correto, pois esta é a exata previsão do art. 45 e 46, §2º do CPP.
c) CORRETA: Item correto, pois, de fato, cabe ao MP zelar pela indivisibilidade, pugnando ao Juiz
pela intimação do querelante para que promova a inclusão deste outro réu, na forma do art. 48
do CPP.
d) CORRETA: Item correto, pois esta é a exata previsão do art. 60, I do CPP.
Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais,
devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção
do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências
que devem ser previamente requeridas no juízo criminal.
GABARITO: LETRA A
52. (FCC – 2019 – MPE-MT – PROMOTOR) Ao tratar da iniciativa da ação penal, o Código de
Processo Penal, estabelece, como regra, que a iniciativa será do Ministério Público. Todavia,
mesmo nos crimes de ação pública, por vezes, a lei exige a representação do ofendido. Declarado
judicialmente ausente o ofendido, terão qualidade para representá-lo APENAS
A) os herdeiros necessários, o curador especial ou advogado constituído.
B) o cônjuge, ascendente ou descendente.
C) o cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
D) os sucessores ou curador.
E) os sucessores ou tutor.
COMENTÁRIOS
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
Nos termos do art. 24, §1º do CPP, terão legitimidade para oferecer a representação em caso de
morte ou declaração judicial de ausência do ofendido: o cônjuge, o ascendente, o descendente e
o irmão. Vejamos:
GABARITO: Letra C
53. (FCC – 2018 – MPE-PB – PROMOTOR) Estabelece o Código de Processo Penal que o
Ministério Público velará pela indivisibilidade da ação penal de iniciativa privada. Sobre o tema, é
correto afirmar:
A) Caso julgue necessários maiores esclarecimentos e documentos complementares, o Ministério
Público terá o prazo de três dias para aditar a queixa.
B) A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, deverá ser
aceita pelo beneficiário.
C) A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos.
D) Em caso de abandono da ação penal privada pelo querelante, o Ministério Público deverá
assumir a acusação.
E) Na hipótese de ação penal perempta, o Juiz, somente após ouvir o Ministério Público, poderá
declarar extinta a punibilidade do querelado.
COMENTÁRIOS
a) ERRADA: Item errado, pois caso julgue necessários maiores esclarecimentos e documentos
complementares, deverá o MP requisitá-los, diretamente, de quaisquer autoridades ou
funcionários que devam ou possam fornecê-los, na forma do art. 47 do CPP.
b) ERRADA: Item errado, pois a renúncia é ato unilateral, não dependendo de aceitação por parte
do infrator.
c) CORRETA: Item correto, pois esta é a exata previsão do art. 49 do CPP, em homenagem ao
princípio da indivisibilidade da ação penal privada, eis que se o ofendido não pode escolher ajuizar
a ação privada apenas contra um ou contra alguns dos infratores, não poderá renunciar apenas
em favor de um ou de alguns; caso o faça, a renúncia se estenderá também aos demais:
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
d) ERRADA: Item errado, pois em caso de abandono da causa pelo querelante (aquele que ajuíza
a ação penal privada), haverá perempção, na forma do art. 60, I do CPP:
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á
perempta a ação penal:
e) ERRADA: Item errado, pois não há necessidade de oitiva prévia do MP para o reconhecimento
da perempção.
GABARITO: Letra C
54. (FCC – 2018 – MPE-PB – PROMOTOR) No caso de morte do ofendido, a ordem preferencial
para se exercer o direito de queixa, segundo o que dispõe o Código de Processo Penal, é
A) ascendente, descendente e cônjuge.
B) cônjuge, ascendente, descendente e irmão.
C) descendente, ascendente e irmão.
D) ascendente, descendente e representante legal.
E) cônjuge, descendente, ascendente e tutor ou curador.
COMENTÁRIOS
No caso de morte do ofendido, a ordem preferencial para se exercer o direito de queixa, segundo
o que dispõe o CPP, é “cônjuge, ascendente, descendente e irmão” (C.A.D.I.). Vejamos o art. 31
do CPP:
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão
judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão.
GABARITO: Letra B
55. (FCC – 2018 – ALE-SE – ANALISTA LEGISLATIVO) Segundo a doutrina, é possível conceituar
a ação penal como o direito do Estado-acusação ou da vítima de ingressar em juízo, pretendendo
a prestação jurisdicional, consistente na aplicação das normas de direito penal ao caso concreto.
Sobre a ação penal, a legislação vigente dispõe:
A) A ação de iniciativa privada pode intentar-se nos crimes de ação pública, se o Ministério Público
não oferece denúncia no prazo legal.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
COMENTÁRIOS
a) CORRETA: Item correto, pois esta é a exata previsão do art. 29 do CPP, relativa à chamada
“ação penal privada subsidiária da pública”:
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for
intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-
la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo,
fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de
negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
Friso que se a questão mencionar que o MP, embora não tendo ajuizado a denúncia, adotou
qualquer outra providência válida, não caberá a ação penal privada, pois não terá havido omissão
por parte do MP.
b) ERRADA: Item errado, pois a ação penal privada é movida mediante queixa-crime, de
titularidade da vítima.
c) ERRADA: Item errado, pois em caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por
decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão, conforme art. 31 do CPP.
d) ERRADA: Item errado, pois a ação penal, em regra, é pública, salvo quando a lei a declara
privativa do OFENDIDO, na forma do art. 100 do CPP:
Art. 100 - A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara
privativa do ofendido. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
e) ERRADA: Item errado, pois a ação penal pública será promovida por denúncia do Ministério
Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de
representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo, conforme art. 24 do
CPP.
GABARITO: Letra A
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
56. (FCC – 2018 – DPE-AP – DEFENSOR PÚBLICO - ADAPTADA) Em caso de ação penal de
iniciativa pública condicionada, o direito de representação deve ser exercido dentro do prazo de
seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime.
COMENTÁRIOS
Após este prazo, o titular decai do direito de representação, o que gera a extinção da punibilidade
em favor do infrator.
GABARITO: Correta
57. (FCC – 2018 – DPE-AP – DEFENSOR PÚBLICO - ADAPTADA) Em caso de ação penal de
iniciativa pública condicionada, a representação será retratável até a publicação da sentença.
COMENTÁRIOS
Item errado, pois a representação será retratável apenas até o OFERECIMENTO da denúncia, na
forma do art. 25 do CPP:
GABARITO: Errada
58. (FCC – 2017 – TRE-PR – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Sobre as diversas
modalidades de ação penal, é correto afirmar:
a) Em caso de morte do ofendido, o direito de intentar a ação privada propriamente dita se
transmite ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão da vítima.
b) O prazo decadencial para o oferecimento da requisição pelo Ministro da Justiça na ação penal
condicionada é de seis meses.
c) A ação penal privada subsidiária da pública fere o comando constitucional que atribui ao
Ministério Público a titularidade da ação penal.
d) Com a revogação do crime de adultério, deixou de existir no ordenamento jurídico brasileiro a
chamada ação penal privada personalíssima.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
e) A perempção poderá ser reconhecida em qualquer momento do inquérito policial, bem como
antes ou, ainda, após iniciada a ação penal.
COMENTÁRIOS
a) CORRETA: Item correto, pois esta é a exata previsão contida no art. 31 do CPP:
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão
judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão.
b) ERRADA: Item errado, pois não há prazo decadencial para o oferecimento de requisição pelo
Ministro da Justiça, nos crimes de ação penal pública condicionada à requisição do MJ.
c) ERRADA: Item errado, pois a existência de possibilidade de ação penal privada subsidiária da
pública não fere a Constituição Federal, conforme já decidiu o STF.
d) ERRADA: Item errado, pois a ação penal privada personalíssima continua existindo em nosso
ordenamento jurídico. Atualmente apenas o crime do art. 236 do CP é crime de ação penal privada
personalíssima31.
e) ERRADA: Item errado, pois a perempção é um fenômeno exclusivo da ação penal, mais
precisamente da ação penal privada (exceto ação penal privada subsidiária da pública), na forma
do art. 60 do CPP.
59. (FCC – 2016 – SEGEP-MA – TÉCNICO DA RECEITA ESTADUAL) Nas ações penais em que
a lei exige a representação do ofendido, a retratação pode ocorrer enquanto NÃO:
a) oferecida a denúncia.
b) julgada a ação penal.
c) concluído o inquérito policial.
d) oferecida a queixa crime.
e) pronunciado o acusado.
31
Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento
Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que
não seja casamento anterior:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser intentada senão depois
de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
COMENTÁRIOS
A representação somente será retratável até o oferecimento da denúncia pelo MP, nos termos do
art. 25 do CPP:
60. (FCC – 2016 – PGE-MA – PROCURADOR) Em tema de ação penal privada, correto afirmar
que
(A) o perdão do ofendido independe de aceitação.
(B) o requerimento de instauração de inquérito policial não interrompe o prazo de oferecimento
da queixa.
(C) importa em renúncia tácita ao direito de queixa o fato de o ofendido receber indenização do
dano causado pelo crime.
(D) admissível o perdão do ofendido mesmo depois que passa em julgado a sentença
condenatória.
(E) incabível extinção da punibilidade por perempção.
COMENTÁRIOS
a) ERRADA: O perdão é ato bilateral, dependendo de aceitação pelo querelado, nos termos do
art. 51 do CPP.
b) CORRETA: Item correto, pois a instauração do IP (ou seu requerimento) não influi na contagem
do prazo decadencial para o oferecimento da queixa.
c) ERRADA: Item errado, pois o recebimento de indenização pelo dano causado é restrito à esfera
cível, não gerando renúncia ao direito de queixa. Contudo, a composição civil dos danos, nos
Juizados Especiais Criminais, importa em renúncia ao direito de queixa (são, porém, situações
distintas).
d) ERRADA: Item errado, pois o perdão só tem cabimento durante o processo, sendo inadmissível
após o trânsito em julgado, nos termos do art. 106, §2º do CP.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
61. (FCC – 2016 – DPE-BA – DEFENSOR PÚBLICO - ADAPTADA) Com a morte do ofendido, o
direito de oferecer queixa não passa para os ascendentes.
COMENTÁRIOS
Item errado, pois o direito de oferecer a queixa, no caso de morte do ofendido, passará ao
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão, conforme art. 31 do CPP.
COMENTÁRIOS
Item errado, pois, na hipótese de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão
judicial, o direito de representação passa ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão,
conforme preceitua o art. 24, §1º do CPP.
63. (FCC – 2015 – MPE-PB – TÉCNICO) Mario e José são jornalistas, colunistas de um
determinado jornal brasileiro. Numa edição do jornal em um domingo os referidos jornalistas
subscrevem uma matéria ofensiva a Richard, empresário conhecido. Considerando difamatória a
matéria, Richard, através de seu advogado, propõe queixa-crime apenas contra o jornalista Mario,
imputando-lhe crime de difamação. Neste caso, o Ministério Público, ao receber os autos,
a) declinará de atuar na ação penal privada.
b) promoverá o aditamento da queixa-crime para incluir o jornalista José, zelando pela
indivisibilidade da ação penal.
c) postulará ao juiz a imediata extinção da ação penal, reconhecendo a renúncia tácita ao direito
de queixa ao jornalista José, extensiva ao jornalista Mario.
d) postulará ao juiz a rejeição imediata da queixa-crime.
e) deverá zelar pela indivisibilidade da ação penal e proporá que o querelante faça o aditamento,
sob pena de implicar renúncia ao direito de queixa a ambos os jornalistas.
COMENTÁRIOS
O MP deverá, neste caso, velar pela indivisibilidade da ação penal, nos termos do art. 48 do CPP,
ou seja, a queixa-crime não pode ser ajuizada apenas em face de um ou alguns dos infratores.
Neste caso, o STJ possui entendimento no sentido de que o querelante deve ser intimado para
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
que adite a queixa, incluindo o infrator que não foi anteriormente incluído na queixa, sob pena de
se considerar ter havido renúncia em relação a este e, portanto, se estenderá aos demais, o que
acarretará a extinção da punibilidade em relação a todos.
COMENTÁRIOS
a) ERRADA: Tal direito também pode ser exercido por meio de procurador com poderes especiais,
nos termos do art. 39 do CPP.
c) ERRADA: Tal prazo é contado, como regra, da data em que a vítima teve conhecimento de que
foi o autor do crime, nos termos do art. 38 do CPP.
d) CORRETA: Item correto, pois a representação não possui forma específica, ou seja, é um ato
de forma livre, podendo ser realizado de qualquer forma, desde que fique demonstrada a
inequívoca vontade da vítima em ofertar a representação.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
COMENTÁRIOS
a) ERRADA: A renúncia oferecida por um dos ofendidos não atrapalha o direito dos demais
QUERELANTES, que podem ajuizar a queixa.
d) ERRADA: Item errado, pois o MP atuará na ação penal privada como custos legis (fiscal da lei),
nos termos do art. 45 do CPP.
e) ERRADA: Item errado, pois a perempção não é cabível na ação penal privada subsidiária da
pública.
66. (FCC – 2015 – TCE-AM – AUDITOR) Nos crimes de ação pública, quando a lei o exigir, esta
será promovida pelo Ministério Público, mas dependerá de
a) instrução preliminar.
b) representação do Ministro da Justiça, do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-
lo.
c) autorização do Poder Judiciário.
d) recebimento da denúncia pelo Juiz Criminal.
e) requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade
para representá-lo.
COMENTÁRIOS
Nos crimes de ação penal pública esta será promovida pelo MP, mas dependerá de, quando for o
caso, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver
qualidade para representá-lo, nos termos do art. 24 do CPP.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
67. (FCC – 2015 – DPE-MA – DEFENSOR PÚBLICO) Sobre a ação penal, considerando-se a
classificação legal e o entendimento doutrinário e jurisprudencial,
a) o direito de representação somente poderá ser exercido por procurador, mediante declaração,
escrita ou oral, em casos de impossibilidade de execução do ato pelo próprio ofendido.
b) se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento
do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, a vítima poderá, no prazo de seis
meses, oferecer ação penal privada subsidiária.
c) após a Constituição Federal de 1988, a ação penal privada subsidiária da pública não respeitará
mais o prazo de seis meses previsto para as ações penais privadas, por se tratar de um direito
constitucional, conforme já decidiu o STF.
d) sendo a ação de natureza privada, no caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente
por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão, salvo nos casos de ação penal privada personalíssima.
e) nos casos de ação penal privada, ocorrendo a morte do ofendido, se comparecer mais de uma
pessoa com direito de queixa, a preferência será definida pela ordem de manifestação.
COMENTÁRIOS
a) ERRADA: Item errado, pois o direito de representação poderá ser exercido pessoalmente ou
por procurador com poderes especiais, nos termos do art. 38 do CPP.
b) ERRADA: Item errado, pois a ação penal privada subsidiária da pública só pode ser ajuizada em
caso de completa inércia do MP, o que não ocorre no caso de arquivamento do IP, nos termos do
art. 29 do CPP.
c) ERRADA: Item errado, pois tal espécie de ação deve ser ajuizada dentro do prazo de seis meses,
contados da data em que termina o prazo para o MP oferecer a denúncia.
d) CORRETA: Item correto, pois esta é a exata previsão do art. 31 do CPP. No caso das ações
penais privadas personalíssimas não há sucessão do direito de ajuizar a queixa, pois tal direito é
privativo do ofendido. Com sua morte, fica extinta a punibilidade do infrator.
e) ERRADA: Item errado, pois neste caso, deverá seguir-se a ordem de preferência do art. 31 do
CPP.
68. (FCC – 2014 – TRF 3 – ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA) André, juiz da Justiça
do Trabalho, devidamente representado, ajuizou ação penal de iniciativa privada, mediante
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
queixa-crime, contra Bruno, seu vizinho de condomínio, pela prática dos crimes de injúria e
difamação de que teria sido vítima durante assembleia condominial ocorrida no edifício em que
residem, no último dia 02 de novembro. Em relação a este fato,
a) a competência para processar e julgar este fato é da Justiça Federal, porquanto a vítima seja
funcionário público federal.
b) a legitimidade para propositura da ação é exclusiva do Ministério Público, mediante
representação da vítima.
c) a legitimidade para propositura da ação penal é concorrente entre Ministério Público, mediante
representação, e vítima.
d) trata-se de hipótese de foro por prerrogativa de função, em razão de a vítima ser juiz da Justiça
do Trabalho.
e) o caso deve ser processado mediante propositura de queixa na Justiça estadual, perante juiz
de primeiro grau.
COMENTÁRIOS
Neste caso, o crime deve ser processado mediante ajuizamento de queixa (ação penal privada) na
Justiça estadual, perante juiz de primeiro grau. Isto porque os crimes de injúria e difamação, neste
caso, são de ação penal privada, nos termos do art. 145 do CP. Além disso, não se trata de
competência da Justiça Federal, pois não há interesse da União na causa. O fato de o ofendido
ser Juiz do Trabalho, neste caso, não tem relevância.
69. (FCC – 2014 – TRF4 – OFICIAL DE JUSTIÇA) Antonio, empresário do ramo de construção
civil, foi difamado e injuriado por José, seu vizinho. Antonio faleceu quinze dias depois do
ocorrido. Para que José seja processado criminalmente pelas ofensas,
(A) a esposa de Antonio, ou seu filho, poderá oferecer queixa contra José.
(B) o Ministério Público deverá oferecer denúncia contra José.
(C) a esposa de Antonio deverá oferecer representação para que o Ministério Público possa
oferecer denúncia contra José.
(D) o filho de Antonio deverá oferecer representação para que o Ministério Público possa oferecer
denúncia contra José.
(E) extingue-se a punibilidade de José em razão do falecimento de Antonio.
COMENTÁRIOS
Neste caso, temos dois crimes de ação penal privada (art. 145 do CP). A legitimidade, neste caso,
pertence a ofendido ou, em caso de já falecido, aos seus sucessores.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
Neste caso, portanto, a esposa ou o filho poderão ajuizar a queixa-crime em face do infrator.
70. (FCC – 2014 – TRF4 – TÉCNICO JUDICIÁRIO) No tocante à ação penal, de acordo com o
Código de Processo Penal,
(A) no caso de ação penal de iniciativa pública dependente de representação, esta será irretratável
depois de oferecida a denúncia.
(B) apenas a vítima poderá provocar a iniciativa do Ministério Público nos casos em que caiba ação
penal pública incondicionada.
(C) se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento
do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o ofendido poderá promover ação
penal de iniciativa privada subsidiária da pública.
(D) salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá do direito de
queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de 30 dias, contado da data do
crime.
(E) o direito de representação somente poderá ser exercido pessoalmente, mediante declaração
escrita.
COMENTÁRIOS
A) CORRETA: Item correto, pois a representação somente pode ser retratada antes do
oferecimento da denúncia, nos termos do art. 25 do CPP.
B) ERRADA: Qualquer pessoa poderá provocar o MP, nestes casos, nos termos do art. 27 do CPP.
C) ERRADA: Item errado, pois neste caso não houve inércia do MP, de forma que não caberá ação
penal privada subsidiária da pública, nos termos do art. 29 do CPP.
D) ERRADA: O prazo decadencial é de seis meses, e contados da data em que a vítima toma
conhecimento de quem é o autor da infração penal, nos termos do art. 38 do CPP.
E) ERRADA: Item errado, pois o direito de representação poderá ser exercido por procurador com
poderes especiais, bem como poderá ser feito oralmente, nos termos do art. 39 do CPP.
71. (FCC – 2014 – TJ-AP – JUIZ) Em relação à ação penal, o Código de Processo Penal
estabelece que
a) o Ministério Público não pode retomar, como parte principal, a ação penal de iniciativa privada
subsidiária da pública em caso de negligência do querelante
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
COMENTÁRIOS
C) ERRADA: Item errado, pois nestes crimes qualquer pessoa poderá provocar a iniciativa do MP,
nos termos do art. 27 do CPP.
D) ERRADA: Item errado, pois o prazo decadencial para tal modalidade de ação é de seis meses,
contados do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia pelo MP, nos termos
do art. 38 do CPP.
E) ERRADA: Item errado, pois é facultado ao MP oferecer meios de prova nesse tipo de ação
penal, conforme previsto expressamente no art. 29 do CPP.
72. (FCC – 2014 – TRF3 – ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA) Ante o pedido de
arquivamento de inquérito policial formulado tempestivamente pelo Procurador da República,
Paulo, vítima do delito previsto no artigo 171, § 3º, do Código Penal, ingressa com queixa
subsidiária, a qual deverá ser
a) rejeitada.
b) processada, dando-se oportunidade de o Ministério Público aditá-la.
c) processada como ação penal de iniciativa privada.
d) rejeitada e o magistrado deve aplicar a regra do artigo 28 do Código de Processo Penal.
e) processada e o Ministério Público deve reassumi-la como ação penal de iniciativa pública.
COMENTÁRIOS
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
A ação penal (queixa subsidiária, especificamente neste caso) deverá ser rejeitada, eis que não se
configura hipótese de cabimento da queixa subsidiária da ação penal pública, pois não houve
inércia do MP. O requerimento de arquivamento, pelo MP, não se confunde com INÉRCIA (que
significa “não fazer nada”). Este, inclusive, é o entendimento consolidado do STF e do STJ.
73. (FCC – 2013 – TRT15 – TÉCNICO JUDICIÁRIO) A ação penal pública incondicionada é a
que pode ser proposta
a) pelo ofendido, ou por quem tiver qualidade para representá-lo, quando houver inércia do
Ministério Público.
b) por qualquer do povo, visando a condenação do autor de uma infração penal.
c) pelo Ministério Público de ofício, sem representação ou requisição de quem quer que seja.
d) somente pelo ofendido, em razão da gravidade e especialidade do bem jurídico lesado.
e) pelo Ministro da Justiça nos casos em que razões de ordem política prevista em lei tornem
obrigatória a sua iniciativa.
COMENTÁRIOS
A ação penal pública incondicionada é a que pode ser ajuizada pelo Ministério Público de ofício,
sem representação ou requisição de quem quer que seja.
74. (FCC – 2013 – TJ-PE – TITULAR NOTARIAL) NÃO ocorre perempção da ação penal de
iniciativa privada
a) quando o querelado aceitar o perdão.
b) quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo,
para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem
couber fazê-lo.
c) quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30
(trinta) dias seguidos.
d) quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo
a que deva estar presente.
e) quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.
COMENTÁRIOS
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á
perempta a ação penal:
Vemos, portanto, que a aceitação do perdão pelo querelado não importa em perempção. Nesse
caso, ocorrerá a extinção do processo em razão da extinção da punibilidade (pela aceitação do
perdão).
75. (FCC – 2013 – TJ-PE – JUIZ) Nos crimes de ação penal de iniciativa privada,
a) o perdão do ofendido somente é cabível antes do exercício do direito de ação.
b) o perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que produza, todavia, efeito
em relação ao que o recusar.
c) a renúncia ao exercício do direito de queixa se estenderá a todos os querelantes.
d) a renúncia é ato unilateral, voluntário e necessariamente expresso.
e) a perempção pode ocorrer no curso do inquérito policial.
COMENTÁRIOS
A) ERRADA: O perdão somente é admitido durante o processo, ou seja, não é cabível antes do
exercício do direito de ação.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que
produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar.
C) ERRADA: Item errado, pois a renúncia ao direito de queixa em relação a um dos infratores se
estenderá a todos os demais autores do delito, e não a todos os querelantes (querelante é o
ofendido, a vítima). Além disso, também seria errado falar em todos os “querelados” (infratores),
pois ainda não há processo (o termo “querelado” só se aplicada quando já há processo em curso).
D) ERRADA: Item errado, pois a renúncia pode ser tácita, nos termos do art. 57 do CPP.
76. (FCC – 2015 – CNMP – ANALISTA: DIREITO) Seja qual for o crime, quando praticado em
detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação penal será
a) pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça.
b) privada subsidiária da pública.
c) pública condicionada à representação da pessoa jurídica de direito público.
d) privada.
e) pública.
COMENTÁRIOS
Em se tratando de crime desta natureza, segundo prevê o art. 24, §2º do CPP, a ação penal será
sempre pública:
77. (FCC – 2011 – TCE-SP – PROCURADOR) O prazo para o Ministério Público aditar a queixa
na ação privada subsidiária ou exclusiva, contado da data do recebimento dos autos, será de
A) 02 dias.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
B) 03 dias.
C) 05 dias.
D) 08 dias.
E) 10 dias.
COMENTÁRIOS
Nos termos do art. 46, § 2° do CPP, o prazo para que o MP adite a denúncia ou queixa é de 03
dias. O MP pode aditar a ação penal privada exclusiva, por exemplo, para velar por sua
indivisibilidade, quando o querelante oferece queixa apenas em face de um ou alguns dos autores
do fato. Na ação penal privada subsidiária o MP pode aditar a queixa para velar pelo interesse
público, já que, como vimos, a ação originalmente é pública.
78. (FCC – 2008 – TCE/AL – PROCURADOR) Sobre ação penal, é correto afirmar:
A) A renúncia da ação penal privada ocorre após o oferecimento da queixa e o perdão antes.
B) No caso de morte do ofendido, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação penal passará
ao cônjuge, ascendente, descendente ou colateral até terceiro grau.
C) Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, será privilegiada aquela que
primeiro comparecer.
D) As fundações, associações ou sociedades legalmente constituídas poderão exercer a ação penal
privada.
E) No caso de ação penal privada exclusiva, o Ministério Público pode recorrer se o acusado for
absolvido.
COMENTÁRIOS
C) ERRADA: Será privilegiada aquela que figurar primeiro na ordem de preferência estabelecida
pelo art. 24, § 1° do CPP;
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
E) ERRADA: No caso de ação penal privada exclusiva, dado o interesse meramente privado, não
cabe ao MP recorrer se o acusado for absolvido, pois essa função é de atribuição do querelante,
que é o titular da ação penal.
COMENTÁRIOS
80. (FCC – 2010 – MPE-SE – ANALISTA – DIREITO) Dispõe o Código de Processo Penal que
será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal.
Essa regra constitui exceção ao princípio da
A) indisponibilidade
B) legalidade
C) intranscendência
D) obrigatoriedade
E) oficialidade
COMENTÁRIOS
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
A ação penal privada subsidiária da pública é modalidade de ação penal na qual, embora
originariamente pública, submetida ao oferecimento pelo órgão oficial do Estado (MP), a ação
penal passa a poder ser ajuizada pelo ofendido, em razão da inércia do órgão oficial do Estado.
Desta forma, constitui-se em exceção ao princípio da oficialidade.
81. (FCC – 2011 – TRT 1RG – TÉCNICO JUDICIÁRIO – SEGURANÇA) A ação penal que só pode
ser proposta pelo ofendido, não se estendendo esse direito ao cônjuge ou aos sucessores em
caso de morte ou ausência, denomina-se ação penal
A) privada subsidiária da ação pública.
B) pública incondicionada.
C) privada exclusiva.
D) privada personalíssima.
E) pública condicionada.
COMENTÁRIOS
Esta é a definição de ação penal personalíssima. Trata-se de modalidade de ação penal privada
exclusiva, cuja única diferença é que, nesta hipótese, somente o ofendido (mais ninguém, em
hipótese nenhuma!) poderá ajuizar ação. Assim, se o ofendido falecer, nada mais haverá a ser feito,
estando extinta a punibilidade, pois a legitimidade não se estende aos sucessores, como acontece
nos demais crimes de ação privada.
82. (FCC – 2011 – TRF 1°RG – ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS) A ação
penal ajuizada pelo ofendido ou por quem tenha condições de representá-lo, nos crimes de ação
pública, quando não for intentada pelo Ministério Público no prazo legal, denomina-se ação penal
A) privada exclusiva.
B) pública incondicionada.
C) privada subsidiária da pública.
D) pública condicionada.
E) privada personalíssima.
COMENTÁRIOS
Conforme estudamos, a ação penal privada promovida pelo ofendido nos casos em que
originariamente se trata de ação penal pública, é a ação penal privada subsidiária da pública, que
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
só é admitida no caso de inércia do órgão oficial do Estado (MP) em oferecer a denúncia, quando
este não o faz no prazo legal. Está prevista no art. 29 do CPP.
83. (FCC – 2010 – TCE/AP – PROCURADOR) No tocante à ação penal, é correto afirmar que
A) não se admite renúncia tácita, no caso de ação penal de iniciativa privada.
B) considerar-se-á perempta a ação penal quando, após iniciada, o Ministério Público deixar de
promover o andamento do processo ou dele desistir.
C) a representação será retratável, depois de recebida a denúncia.
D) o prazo para oferecimento da denúncia será de 8 (oito) dias, estando o réu preso, e de 15
(quinze) dias, se o réu estiver solto ou afiançado.
E) as fundações, associações ou sociedades legalmente constituídas poderão exercer ação penal.
COMENTÁRIOS
A) ERRADA: É plenamente admissível a renúncia tácita, que ocorre quando a vítima, mesmo não
declarando expressamente que renuncia ao direito de queixa, pratica ato incompatível com o
exercício do direito de queixa, como, por exemplo, se casa com o infrator;
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
84. (FCC – 2010 – TRE/RS – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) A penalidade imposta
ao querelante, ou aos seus sucessores, em virtude do desinteresse em prosseguir na ação penal
privada, denomina-se
A) decadência.
B) prescrição da pretensão punitiva.
C) prescrição da pretensão executória.
D) perempção.
E) preclusão.
COMENTÁRIOS
Nos termos do art. 60 do CPP, quando, nos crimes em que somente se procede mediante queixa
(exclui a ação penal privada subsidiária da pública), o querelante deixar de praticar certos atos ou
promover a regularização processual em determinados prazos, demonstrando desinteresse no
processo, ocorre a perempção.
COMENTÁRIOS
A perda do direito de representar ou oferecer a queixa ocorre pelo fenômeno da decadência, que
ocorre quando o ofendido não pratica o ato no prazo de seis meses a contar do dia em que teve
ciência da autoria do delito, nos termos do art. 38 do CPP. Por sua vez, a perda do direito de
prosseguir na ação penal em razão da inércia do querelante traduz o fenômeno da perempção,
nos termos do art. 60 do CPP.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
86. (FCC – 2006 – TRF 1° RG – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) A ação penal
privada subsidiária da pública pode ser ajuizada pelo ofendido ou por quem tenha qualidade para
representá-lo se
A) não concordar com os termos da denúncia apresentada pelo Ministério Público.
B) o Ministério Público tiver requerido o arquivamento do inquérito policial.
C) a denúncia apresentada pelo Ministério Público for rejeitada pelo Juiz.
D) o Ministério Público tiver devolvido o inquérito à polícia para novas diligências.
E) a ação penal pública não for intentada no prazo legal.
COMENTÁRIOS
A ação penal privada subsidiária da pública é hipótese excepcional em nosso sistema jurídico, eis
que, em regra, somente o MP pode ajuizar a ação penal nos crimes de ação penal pública. No
entanto, a ação penal privada subsidiária é admitida na hipótese de inércia do MP em oferecer a
denúncia, que se caracteriza quando esta não é intentada no prazo legal previsto no art. 46 do
CPP, conforme previsão do art. 29 do CPP.
Se o MP adota alguma providência válida, não é cabível a ação penal privada subsidiária.
87. (FCC – 2006 – BCB – ANALISTA) Nos crimes de ação penal pública condicionada, a
representação do ofendido é
a) retratável até o trânsito em julgado da sentença condenatória.
b) irretratável.
c) irretratável após o oferecimento da denúncia.
d) retratável desde que haja concordância do réu.
e) irretratável após o recebimento da denúncia.
COMENTÁRIOS
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
COMENTÁRIOS
B) ERRADA: O acusador é um termo que engloba o MP, acusador nas ações penais, e o querelante,
acusador nas ações privadas. Somente o MP não poderá desistir da ação penal, conforme art. 42
do CPP. O querelante pode desistir da ação penal.
C) ERRADA: O prazo é de até seis meses, contados da data em que se toma conhecimento da
autoria do delito ou, no caso da ação privada subsidiária da pública, do dia em que se esgota o
prazo para o MP ajuizar a ação penal, conforme art. 38 do CPP.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
e) A queixa é ato personalíssimo do ofendido, não podendo ser dada por procurador com poderes
gerais, nem especiais.
COMENTÁRIOS
A) ERRADA: O item está errado, pois a renúncia em relação a um dos autores a todos se estenderá,
nos termos do art. 49 do CPP:
B) ERRADA: O item está errado. Não há que se falar em reconvenção em ação penal.
C) ERRADA: O item está errado. Mesmo nas ações penais privadas exclusivas, ou seja, aquelas
que somente podem ser ajuizadas pelo ofendido (não se incluindo a ação penal privada
subsidiária), o MP pode aditar a denúncia, notadamente para fazer valer sua indivisibilidade.
Vejamos:
Art. 45. A queixa, ainda quando a ação penal for privativa do ofendido, poderá
ser aditada pelo Ministério Público, a quem caberá intervir em todos os termos
subsequentes do processo.
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas
as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais
se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das
testemunhas.
E) ERRADA: O item está errado, pois além de poder ser ajuizada por procurador com poderes
especiais, pode ser ajuizada pelos sucessores do ofendido. Vejamos:
Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais,
devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção
do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências
que devem ser previamente requeridas no juízo criminal.
(...)
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão
judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
COMENTÁRIOS
B) ERRADA: Doutrinariamente se entende que a representação não exige qualquer rigor formal,
bastando que expressa o legítimo desejo da vítima em ver o infrator ser processado.
Art. 24 (...)
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
E) CORRETA: O item está correto, pois não se admite o aditamento objetivo da representação
pelo MP, de forma a abranger fatos não previstos na representação do ofendido e que, portanto,
não representam sua vontade.
91. (FCC – 2013 – MPE-SE – ANALISTA) Nos casos de crimes processados mediante ação penal
de iniciativa exclusivamente privada, o prazo máximo, em regra, para o oferecimento da queixa-
crime é de
a) um mês, contado da data do fato.
b) um mês, contado do dia em que o ofendido ou seu representante legal vier a saber quem é o
autor do crime.
c) seis meses, contados do dia em que o ofendido ou seu representante legal vier a saber quem é
o autor do crime.
d) três meses, contados do dia em que o ofendido ou seu representante legal vier a saber quem
é o autor do crime.
e) seis meses, contados da data do fato.
COMENTÁRIOS
O prazo para o oferecimento da queixa-crime é de seis meses, contados da data em que a vítima
tomou conhecimento da autoria do fato, nos termos do art. 38 do CPP.
92. (FCC – 2012 – TRF5 – ANALISTA JUDICIÁRIO) Caberá ação penal privada subsidiária nos
crimes de ação penal pública quando
a) o Ministério Público requerer o arquivamento do inquérito policial e o juiz o denegar.
b) o Procurador-Geral insistir no pedido de arquivamento de inquérito policial.
c) houver legitimidade ativa concorrente entre o Ministério Público e o ofendido em crime de ação
penal pública condicionada à representação.
d) o ofendido for pessoa jurídica de direito privado.
e) a ação penal não for intentada no prazo legal.
COMENTÁRIOS
A ação penal privada subsidiária é cabível quando, nos crimes de ação penal pública, o MP quedar-
se inerte, ou seja, não oferecer a denúncia nem adotar qualquer providência válida no prazo legal.
Vejamos:
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for
intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-
la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo,
fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de
negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
COMENTÁRIOS
O princípio da indisponibilidade de ação penal pública prega que o MP não pode dispor da ação
penal, ou seja, deixar de ajuizá-la (quando presentes os elementos necessários), em razão do fato
de que está a tutelar direito alheio (de toda a sociedade).
Dele decorre a regra segundo a qual o MP também não pode desistir dos recursos que tenha
interposto, conforme art. 576 do CPP:
Art. 576. O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto.
94. (FCC – 2012 – MPE-AP – ANALISTA) Renato ajuizou ação penal privada contra Renê,
imputando-lhe crimes de difamação e injúria. Recebida a queixa e designada audiência de
instrução, Renato vem a óbito após um acidente de trânsito fatal em rodovia.
Com o óbito do querelante,
a) caberá ao Ministério Público prosseguir na ação penal, assumindo a posição do querelante.
b) o direito de prosseguir na ação penal passará ao descendente, cônjuge, ascendente, irmão,
nessa ordem.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
COMENTÁRIOS
Neste caso, o direito de prosseguir na ação penal passará ao cônjuge, ascendente, descendente
ou irmão, nesta ordem, conforme art. 31 e art. 36 do CPP:
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão
judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão.
(...)
Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, terá
preferência o cônjuge, e, em seguida, o parente mais próximo na ordem de
enumeração constante do art. 31, podendo, entretanto, qualquer delas prosseguir
na ação, caso o querelante desista da instância ou a abandone.
95. (FCC – 2012 – MPE-SE – TÉCNICO MINISTERIAL) Considera-se, dentre outras, condição de
procedibilidade da ação penal pública:
a) o interrogatório e as informações sobre a vida pregressa do autor do fato delituoso.
b) a existência de inquérito policial concluído e relatado.
c) o prévio indiciamento do autor do fato delituoso.
d) a existência de pelo menos duas testemunhas presenciais.
e) a representação do ofendido, quando necessária.
COMENTÁRIOS
A ação penal pública poderá ter, como condição de procedibilidade, a representação do ofendido.
Diz-se que “poderá” porque a representação somente é exigida na ação penal pública
condicionada à representação, nos termos do art. 24 do CPP:
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do
Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro
da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para
representá-lo.
96. (FCC – 2012 – TRF2 – ANALISTA JUDICIÁRIO) Quando a lei penal incriminadora silencia a
respeito da ação penal cabível para determinada infração penal, entende-se que a ação penal é
a) pública condicionada à representação do ofendido.
b) privada exclusiva.
c) pública incondicionada.
d) privada personalíssima.
e) pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça.
COMENTÁRIOS
Quando a Lei nada diz a respeito da ação penal cabível para determinado delito, aplica-se a regra
geral, ou seja, será cabível a ação penal pública incondicionada.
97. (FCC – 2012 – TRF 2 – TÉCNICO JUDICIÁRIO) Nos crimes de ação pública, a ação penal
será promovida através de
a) denúncia do Ministério Público.
b) queixa-crime formulada pelo ofendido ou por quem tenha qualidade para representá-lo.
c) portaria da autoridade policial.
d) requisição do Ministro da Justiça.
e) requerimento de qualquer pessoa maior e capaz.
COMENTÁRIOS
Nos crimes de ação penal pública esta será promovida pelo MP, mediante denúncia. Vejamos:
Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do
Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro
da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para
representá-lo.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
98. (FCC – 2012 – TRF 2 – TÉCNICO JUDICIÁRIO) Na ação penal privada exclusiva, o perdão
do ofendido
a) depende da aceitação do Ministério Público.
b) só pode ocorrer após o recebimento da queixa.
c) não pode ser tácito, exigindo-se que seja sempre formulado de forma expressa.
d) implica redução da pena, mas não acarreta a extinção da punibilidade.
e) concedido a um dos querelados aproveitará a todos, mesmo em relação aquele que o recusar.
COMENTÁRIOS
O perdão é causa de extinção da punibilidade, admitido apenas nos crimes de ação penal privada,
e pode ser tácito ou expresso. Depende da aceitação do querelado (infrator) e se for mais de um
querelado, uma vez oferecido a um deles, se estende a todos, mas não produz efeitos em face
daquele que o recusar.
Como a lei fala em “querelado”, somente se pode falar em perdão quando já ajuizada a queixa.
Vejamos:
Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que
produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar.
99. (FCC – 2012 – TJ-PE – OFICIAL DE JUSTIÇA) Se a ação penal pública não tiver sido proposta
pelo Ministério Público no prazo legal, poderá, subsidiariamente, ajuizá-la
a) qualquer do povo, interessado ou não na punição do acusado.
b) o juiz, de ofício.
c) o ofendido ou quem tenha qualidade para representá-lo.
d) o juiz, mediante representação do ofendido.
e) qualquer do povo, desde que tenha interesse na punição do acusado.
COMENTÁRIOS
Neste caso, poderá ajuizar a ação penal privada subsidiária da pública o ofendido ou quem tenha
qualidade para representá-lo, nos termos do art. 29 do CPP:
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for
intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-
la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo,
fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de
negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
100. (FCC – 2012 – TJ-PE – TÉCNICO JUDICIÁRIO) A ação penal proposta pelo ofendido nos
crimes de ação pública quando o Ministério Público deixar de oferecer denúncia no prazo legal
denomina-se ação penal
a) popular.
b) pública condicionada.
c) privada.
d) privada subsidiária da pública.
e) pública incondicionada.
COMENTÁRIOS
Neste caso temos a chamada ação penal privada subsidiária da pública, que pode ser oferecida
pelo ofendido ou seu representante. Vejamos:
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for
intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-
la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo,
fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de
negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
COMENTÁRIOS
Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do
Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro
da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para
representá-lo.
01. (FGV – 2019 – TJCE – TÉCNICO) Hugo foi vítima de crime de dano simples, tendo ele
identificado que a autora do fato seria sua ex-namorada Joana. Acreditando que a ex-namorada
adotou o comportamento em um momento de raiva, demonstra seu desinteresse em vê-la
processada criminalmente. Ocorre que os fatos chegaram ao conhecimento da autoridade policial
e do Ministério Público.
Considerando que o crime de dano simples é de ação penal privada, se aplica, ao caso, o princípio
da:
A) indivisibilidade, de modo que Hugo tem obrigação de apresentar queixa-crime em desfavor de
todos os autores do fato, a partir da identificação da autoria;
B) disponibilidade, podendo, porém, o Ministério Público oferecer denúncia em caso de omissão
do ofendido pelo prazo de 06 (seis) meses;
C) obrigatoriedade, devendo Hugo apresentar queixa-crime em desfavor de Joana, sob pena de
intervenção do Ministério Público;
D) disponibilidade, de modo que deve ser reconhecido que houve, na hipótese, perempção;
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
E) oportunidade, de modo que cabe a Hugo decidir por apresentar ou não queixa-crime em
desfavor de Joana.
02. (FGV – 2019 – TJCE – TÉCNICO) Após concluir investigações, a autoridade policial
encaminha relatório conclusivo ao Ministério Público, indiciando Jorge pela suposta prática do
crime de estelionato, crime esse de ação penal pública incondicionada. Recebidos os autos, o
Promotor de Justiça com atribuição se manteve inerte no prazo previsto para oferecimento de
denúncia.
Considerando a inércia do Ministério Público e a existência de justa causa, o lesado, através de
sua defesa técnica, poderá:
A) oferecer representação administrativa em desfavor do Promotor de Justiça, mas nada poderá
fazer em relação ao início da ação penal, já que a previsão do Código de Processo Penal de ação
penal privada subsidiária da pública não foi recepcionada pela Constituição da República de 1988,
que previu que o Ministério Público é o titular das ações penais públicas;
B) oferecer representação administrativa em desfavor do Promotor de Justiça, mas nada poderá
fazer em relação ao início da ação penal, em razão da natureza de ação penal pública
incondicionada, já que a queixa subsidiária somente é aplicável em ações penais de natureza
pública condicionada à representação;
C) dar início à ação penal privada subsidiária da pública, não podendo o Ministério Público
fornecer elementos de prova, mas caberá ao órgão retomar a ação como parte principal em caso
de negligência do querelante;
D) apresentar queixa, iniciando ação penal privada subsidiária da pública, podendo, porém, o
Ministério Público repudiar a queixa e oferecer denúncia substitutiva;
E) apresentar queixa subsidiária da pública, não cabendo mais ao Ministério Público realizar
qualquer intervenção no processo.
03. (FGV – 2018 – TJ-AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Foi instaurado inquérito
policial para apurar a suposta prática de crime de estelionato, figurando Valéria como vítima e
Júlio César como indiciado. Após a realização de diversas diligências e a apresentação de relatório
conclusivo por parte da autoridade policial, o Ministério Público analisou os elementos
informativos e encaminhou ao Judiciário promoção de arquivamento, entendendo pela
inexistência de justa causa. Ao tomar conhecimento, Valéria fica revoltada com a conduta do
órgão ministerial, pois está convicta de que Júlio César seria o autor do delito. Diante disso,
apresenta queixa, iniciando ação penal privada subsidiária da pública.
Quando iniciada a análise da ação penal privada subsidiária da pública, deverá o órgão do Poder
Judiciário competente:
(A) receber a inicial acusatória e, caso o ofendido deixe de promover o andamento do processo
por 30 dias seguidos, deverá ser reconhecida a perempção;
(B) não receber a inicial acusatória, tendo em vista que não houve omissão do Ministério Público
a justificar a ação penal privada subsidiária da pública;
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
(C) receber a inicial acusatória, passando o ofendido a figurar como parte do processo, não
podendo o Ministério Público aditar a queixa oferecida;
(D) receber a inicial acusatória, podendo o Ministério Público oferecer denúncia substitutiva da
queixa, fornecer elementos de prova e interpor recursos;
(E) não receber a inicial acusatória, pois não há previsão do instituto da ação penal privada
subsidiária da pública na Constituição da República de 1988, não sendo a previsão do Código de
Processo Penal recepcionada.
04. (FGV – 2018 – TJ-AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO) Guilherme Nucci define ação penal como “o
direito do Estado- acusação ou da vítima de ingressar em juízo, solicitando a prestação
jurisdicional, representada pela aplicação das normas de direito penal ao caso concreto”.
Tradicionalmente, a doutrina classifica as ações penais como públicas e privadas, que possuem
diferentes tratamentos a partir de sua natureza.
Assim, de acordo com as previsões do Código de Processo Penal e da doutrina, são aplicáveis às
ações penais de natureza privada os princípios da:
a) conveniência, indisponibilidade e indivisibilidade;
b) conveniência, indisponibilidade e divisibilidade;
c) oportunidade, disponibilidade e indivisibilidade;
d) oportunidade, disponibilidade e divisibilidade;
e) obrigatoriedade, disponibilidade e divisibilidade.
05. (FGV – 2017 – OAB – XXIV EXAME DE ORDEM) Lívia, insatisfeita com o fim do
relacionamento amoroso com Pedro, vai até a casa deste na companhia da amiga Carla e ambas
começam a quebrar todos os porta-retratos da residência nos quais estavam expostas fotos da
nova namorada de Pedro. Quando descobre os fatos, Pedro procura um advogado, que esclarece
a natureza privada da ação criminal pela prática do crime de dano.
Diante disso, Pedro opta por propor queixa-crime em face de Carla pela prática do crime de dano
(Art. 163, caput, do Código Penal), já que nunca mantiveram boa relação e ele tinha conhecimento
de que ela era reincidente, mas, quanto a Lívia, liga para ela e diz que nada fará, pedindo, apenas,
que o fato não se repita.
Apesar da decisão de Pedro, Lívia fica preocupada quanto à possibilidade de ele mudar de
opinião, razão pela qual contrata um advogado junto com Carla para consultoria jurídica.
Considerando apenas as informações narradas, o advogado deverá esclarecer que ocorreu
A) renúncia em relação a Lívia, de modo que a queixa-crime não deve ser recebida em relação a
Carla.
B) renúncia em relação a Lívia, de modo que a queixa-crime deve ser recebida apenas em relação
a Carla.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
C) perempção em relação a Lívia, de modo que a queixa- crime deve ser recebida apenas em
relação a Carla.
D) perdão do ofendido em relação a Lívia, de modo que a queixa-crime deve ser recebida apenas
em relação a Carla.
06. (FGV – 2017 – OAB - XXIII EXAME DE ORDEM) Silva foi vítima de um crime de ameaça por
meio de uma ligação telefônica realizada em 02 de janeiro de 2016. Buscando identificar o autor,
já que nenhum membro de sua família tinha tal informação, requereu, de imediato, junto à
companhia telefônica, o número de origem da ligação, vindo a descobrir, no dia 03 de julho de
2016, que a linha utilizada era de propriedade do ex-namorado de sua filha, Carlos, razão pela
qual foi até a residência deste, onde houve a confissão da prática do crime.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
C) deverá ser extinta a punibilidade de Rosa em relação ao crime de injúria, em razão da renúncia
ao direito de queixa.
D) poderá Rosa ser condenada pela prática de ambos os delitos, já que houve apresentação de
alegações finais pela defesa técnica do querelante.
08. (FGV – 2016 – MPE-RJ – ANALISTA PROCESSUAL) Promotor de Justiça com atribuição
recebe autos de inquérito policial em que se apura a prática do crime de estupro de vulnerável,
crime este de ação penal pública incondicionada. Entendendo que não há prova de que o crime
ocorreu, 05 dias após receber os autos, promove pelo arquivamento, encaminhando o inquérito
para homologação do magistrado. Tomando conhecimento dessa informação, a avó da vítima
apresenta queixa em ação penal privada subsidiária da pública. Considerando o fato narrado, é
correto afirmar que tal queixa:
a) deve ser recebida e, em caso de negligência do querelante, deve ser reconhecida a perempção;
b) não deve ser recebida, tendo em vista que o instituto da ação penal privada subsidiária da
pública não foi recepcionado pela Constituição de 1988;
c) deve ser recebida, podendo o Ministério Público oferecer denúncia substitutiva ou aditar a
queixa;
d) não deve ser recebida, pois não houve omissão do Ministério Público;
e) deve ser recebida e, em caso de negligência do querelante, o Ministério Público deverá assumi-
la como parte principal, já que não perde natureza de ação pública.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
10. (FGV – 2015 – PGE-RO – TÉCNICO) No dia 01.02.2015, Lucas foi vítima de um crime de
dano praticado por motivo egoístico, previsto no art. 163, parágrafo único, inciso IV, do Código
Penal, sendo as autoras do delito Lidiane, sua ex-namorada, e Rosa, mãe desta. Em um primeiro
momento, porém, Lucas não tinha conhecimento da autoria delitiva, somente vindo a descobrir
depois de transcorridos 2 meses. Considerando que o delito é de ação penal privada, Lucas, no
dia 02.08.2015, propõe queixa-crime apenas em face de Rosa, tendo em vista que sempre teve
problemas com a sogra, não tendo interesse que Lidiane seja processada criminalmente. Diante
do exposto, é correto afirmar que a queixa, na forma proposta:
a) não poderá ser recebida, pois se aplica à ação penal privada o princípio da indivisibilidade;
b) não poderá ser recebida em virtude da ocorrência da decadência;
c) não poderá ser recebida, pois se aplica à ação penal privada o princípio da obrigatoriedade;
d) poderá ser recebida, pois se aplica à ação penal privada o princípio da oportunidade;
e) poderá ser recebida, pois se aplica à ação penal privada o princípio da disponibilidade.
11. (FGV – 2015 – PREF. DE CUIABÁ-MT – TÉCNICO: DIREITO) Raquel, professora da escola
“Artes", foi vítima de um crime de injúria, cuja ação penal é privada, praticado por Clara e Ana,
duas mães de alunas de sua classe. Decide, então, no último dia do prazo, propor queixa-crime
em face de Clara, mas não contra Ana, afirmando expressamente que não tinha interesse em ver
processada a mãe de sua aluna preferida. Considerando o caso exposto, assinale a afirmativa
correta.
a) Raquel não poderia propor queixa-crime apenas em face de Clara, pois a renúncia ao exercício
do direito de queixa em relação a um dos autores do crime a todos se estenderá.
b) Raquel poderia propor queixa-crime apenas em face de Clara, pois se aplica à ação penal
privada o princípio da disponibilidade.
c) Raquel não poderia propor queixa-crime apenas em face de Clara, pois houve perdão do
ofendido e este, quando concedido a um dos autores do crime, aos demais se estende.
d) Raquel poderia propor queixa-crime apenas em face de Clara, pois se aplica à ação penal
privada o princípio da oportunidade.
e) Raquel não poderia propor queixa-crime em face de Clara, pois houve perempção.
12. (FGV – 2015 – TJ-RO – TÉCNICO JUDICIÁRIO) João foi vítima de um delito de dano, crime
este de ação penal privada. Em razão disso, ofereceu queixa crime, de maneira regular, em
desfavor de Renato, autor dos fatos. Após o recebimento da queixa, intimados para audiência de
instrução e julgamento, o querelante e seu advogado não compareceram, de maneira injustificada.
O magistrado entendeu por bem intimar o querelante para justificar a ausência, mas este se
manteve inerte por 30 dias. Diante disso, deverá o juiz da causa reconhecer a:
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
14. (FGV – 2015 – DPE-RO – ANALISTA JURÍDICO) Nos crimes de ação penal pública
condicionada à representação, essa representação tradicionalmente é classificada pela doutrina
como condição especial para o regular exercício do direito de ação. Sobre a representação e sua
relação com as ações públicas condicionadas, é correto afirmar que:
a) salvo disposição em contrário, o ofendido ou seu representante decairá do direito de
representação no prazo de seis meses, contados do dia em que o fato ocorreu;
b) a representação do ofendido vincula o Ministério Público, que necessariamente terá que
oferecer denúncia;
c) a ausência de representação do ofendido não impede o oferecimento de denúncia, podendo a
omissão ser suprida a qualquer tempo antes da sentença final;
d) como regra, a representação independe de formalidades prescritas em lei, cabendo retratação
até o momento de ser proferida a sentença;
e) ainda que tenha ocorrido a retratação do direito de representação, o ofendido poderá oferecer
nova representação, desde que respeitado o prazo decadencial.
15. (FGV – 2015 – DPE-RO – TÉCNICO: OFICIAL DE DILIGÊNCIA) Renata foi autora de crime
de injúria praticado em desfavor de Ana Carolina, sua antiga vizinha e, até então, amiga. Diante
disso, Ana Carolina procurou um advogado e propôs queixa crime, observadas todas as
formalidades legais. Renata foi citada e a instrução teve seu curso regular. Foi publicada decisão
intimando o defensor da vítima e o querelante para apresentarem alegações finais, tendo se
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
mantido inerte por 40 dias. O fato de o querelante deixar de promover o andamento desse
processo durante 30 dias seguidos, de acordo com o Código de Processo Penal, configura:
a) perdão tácito do ofendido;
b) perempção;
c) perdão judicial tácito;
d) renúncia ao direito de representação;
e) decadência.
16. (FGV – 2015 – DPE-RO – TÉCNICO: OFICIAL DE DILIGÊNCIA) Kim, 31 anos, invejada por
sua fama e beleza, foi vítima de crime de ameaça, previsto no artigo 147 do Código Penal, que
assim dispõe: “Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico,
de causar-lhe mal injusto e grave: Pena - detenção de 1 a 6 meses, ou multa. Parágrafo único.
Somente se procede mediante representação.” A carta ameaçadora não foi assinada, mas
constava que foi enviada em 05.01.2015 e recebida em 07.01.2015. No dia 20.01.2015, Kim
descobriu que a ameaça havia sido realizada por Scott. Sobre essa situação hipotética, é correto
afirmar que para exercer o direito de representação, Kim teria o prazo de:
a) 03 meses, contado a partir de 07.01.2015;
b) 06 meses , contado a partir de 20.01.2015;
c) 03 meses , contado a partir de 20.01.2015;
d) 06 meses , contado a partir de 07.01.2015;
e) 03 meses , contado a partir de 06.01.2015.
17. (FGV - 2015 - TJ-BA - TÉCNICO JUDICIÁRIO: ESCREVENTE) Caso o querelante proponha,
na própria queixa-crime, composição civil dos danos para parte dos querelados, a peça acusatória
deverá ser:
(A) recebida na sua integralidade, por força do princípio da obrigatoriedade;
(B) recebida na sua integralidade, por força do princípio da indivisibilidade;
(C) rejeitada na sua integralidade, por força do princípio da obrigatoriedade;
(D) rejeitada na sua integralidade, por força do princípio da indivisibilidade;
(E) suspensa a admissiblidade, aguardando a aceitação da composição.
18. (FGV - 2015 - TJ-BA - TÉCNICO JUDICIÁRIO: ESCREVENTE) Na ação penal pública, o
Ministério Público:
(A) não está obrigado a denunciar todos os envolvidos no fato tido por delituoso, diante da
incidência do princípio da autonomia;
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
(B) está obrigado a denunciar todos os envolvidos no fato tido por delituoso, diante da incidência
da união;
(C) não está obrigado a denunciar todos os envolvidos no fato tido por delituoso, diante da
incidência do princípio da indivisibilidade;
(D) está obrigado a denunciar todos os envolvidos no fato tido por delituoso, diante da não
incidência do princípio da autonomia;
(E) não está obrigado a denunciar todos os envolvidos no fato tido por delituoso, diante da não
incidência do princípio da indivisibilidade.
19. (FGV - 2015 - TJ-BA - TÉCNICO JUDICIÁRIO: ESCREVENTE) A queixa-crime pode ser
recebida quando for ofertada:
(A) por advogado substabelecido com reserva de direitos, por procurador que recebera do
querelante os poderes para o foro em geral;
(B) por advogado substabelecido sem reserva de direitos, por procurador que recebera do
querelante os poderes para o foro em geral;
(C) por advogado substabelecido com reserva de direitos, por procurador que recebera do
querelante os poderes especiais;
(D) nos casos de procuração que outorga poderes especiais, vedado o substabelecimento com ou
sem reserva de poderes;
(E) nos casos de procuração que outorga poderes para o foro em geral, vedado o
substabelecimento com ou sem reserva de poderes.
21. (FGV – 2015 – DPE-RO – TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Carla alega ser vítima de um crime
de extorsão mediante sequestro por parte de seu ex-namorado, de modo que comparece à
Delegacia e narra tal fato. O promotor de justiça com atribuição, após analisar as investigações
realizadas, conclui que não existem indícios mínimos de autoria e prova da materialidade,
manifestando-se pelo arquivamento do inquérito porque mais parece uma vingança de Carla pelo
fim do relacionamento. Considerando a situação narrada, é correto afirmar que:
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
(A) não cabe ação penal privada subsidiária da pública, pois esse instituto não é previsto no
Código de Processo Penal;
(B) cabe ação penal privada subsidiária da pública, mas o Ministério Público não pode aditar a
queixa formulada;
(C) não cabe ação penal privada subsidiária da pública, pois não houve omissão do Ministério
Público;
(D) cabe ação penal privada subsidiária da pública, e deve o Ministério Público intervir em todos
os termos do processo;
(E) diante da manifestação do Ministério Público, cabe ação privada subsidiária e a posterior
omissão do querelante não permite que aquele retome a ação como parte principal.
22. (FGV – 2015 – DPE-RO – TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Ilídio e Ortega ofenderam a honra
de Luana, praticando um crime único, em concurso de agentes, de injúria. Luana procura um
advogado na intenção de propor queixa-crime contra Ilídio, explicando que, por ter sentimentos
por Ortega, não deseja contra ele iniciar uma ação. Diante disso, vai à Delegacia, antes de adotar
qualquer medida judicial, e expressamente renuncia ao direito de propor queixa contra Ortega
por esses fatos. Nesse caso, é correto afirmar que a queixa-crime posteriormente proposta em
face de Ilídio:
(A) deverá ser recebida pelo magistrado, desde que o advogado apresente procuração com
poderes especiais;
(B) não poderá ser recebida pelo magistrado, pois o perdão do ofendido a um dos autores do
crime aos demais se estende;
(C) deverá ser recebida pelo magistrado, pois a renúncia do ofendido é ato individual, não se
estendendo aos demais agentes;
(D) não poderá ser recebida pelo magistrado, pois a renúncia do ofendido a um dos autores do
crime aos demais se estende;
(E) deverá ser recebida pelo magistrado, bastando que seja conferida ao advogado procuração
com poderes gerais.
23. (FGV – 2014 – TJ-RJ – TÉCNICO JUDICIÁRIO) No dia 24 de julho de 2014, Márcio e
Emerson, em uma discussão do trabalho, ofenderam a honra de Frederico. Configurado o crime
de injúria, delito este de ação penal privada, Frederico propôs queixa-crime em desfavor de
ambos os colegas de trabalho, em 25.10.2014. A inicial foi recebida pelo magistrado em
28.10.2014. Após as partes conversarem sobre os fatos, a vítima resolveu perdoar Márcio
mediante declaração expressa nos autos, sendo por este aceito. Por sua vez, Emerson mostrou-
se inconformado e afirmou que não aceitaria o perdão de maneira alguma. Diante disso:
(A) Emerson e Márcio terão suas punibilidades extintas, pois o perdão concedido a um dos
querelados aproveita aos demais;
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
(B) o processo prosseguirá apenas em relação a Emerson, pois a extinção da punibilidade pelo
perdão do ofendido depende de aceitação;
(C) Emerson terá sua punibilidade extinta, pois o perdão independe de aceitação dos querelados;
(D) o processo prosseguirá em relação a ambos os querelados, pois o perdão somente pode ser
concedido até o oferecimento da denúncia;
(E) o processo prosseguirá apenas em relação a Emerson, pois o perdão concedido a um dos
querelados nunca aproveita aos demais agentes.
24. (FGV – 2014 – TJ-RJ – TÉCNICO JUDICIÁRIO) A doutrina costuma classificar as ações penais
como públicas incondicionadas, públicas condicionadas à representação do ofendido ou
requisição do Ministro da Justiça, privadas e privada subsidiária da pública. Algumas são as
diferenças entre essas espécies de ação, dentre as quais se destacam:
(A) a ação penal pública incondicionada e a ação penal pública condicionada à representação são
de titularidade do Ministério Público, diferente do que ocorre com a privada;
(B) a ação penal pública condicionada à representação admite a figura do perdão do ofendido
após o oferecimento da denúncia, diferente da pública incondicionada;
(C) a perempção poderá ocorrer na ação penal privada e na pública condicionada à representação,
mas não na pública incondicionada;
(D) o princípio da indivisibilidade é aplicável às ações penais públicas, mas não às ações penais
privadas;
(E) o prazo para exercício do direito de representação é de 06 meses contados da data dos fatos,
enquanto a queixa poderá ser proposta a qualquer tempo, desde que dentro do prazo
prescricional.
25. (FGV – 2014 – TJ-RJ – TÉCNICO JUDICIÁRIO) NÃO é aplicável às ações penais privadas o
seguinte princípio:
(A) indivisibilidade;
(B) oportunidade;
(C) disponibilidade;
(D) intranscendência;
(E) obrigatoriedade.
26. (FGV - 2014 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - XIII - PRIMEIRA FASE) Em
determinada ação penal privada, na qual se apura a prática dos delitos de calúnia e difamação, a
parte não apresenta, em alegações finais, pedido de condenação em relação ao delito de calúnia,
fazendo-o tão somente em relação ao delito de difamação.
Com relação ao caso apresentado, assinale a afirmativa correta.
a) Ocorreu a perempção em relação ao delito de calúnia.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
27. (FGV - 2013 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - XII - PRIMEIRA FASE) João e José,
músicos da famosa banda NXY, se desentenderam por causa de uma namorada. João se
descontrolou e partiu para cima de José, agredindo-o com socos e pontapés, vindo a ser separado
de sua vítima por policiais militares que passavam no local, e lhe deram voz de prisão em flagrante.
O exame de corpo de delito revelou que dois dedos da mão esquerda do guitarrista José foram
quebrados e o braço direito, luxado, ficando impossibilitado de tocar seu instrumento por 40 dias.
Na hipótese, trata-se de crime de ação penal
a) privada propriamente dita.
b) pública condicionada à representação.
c) privada subsidiária da pública.
d) pública incondicionada.
28. (FGV - 2013 - TJ-AM – JUIZ) As ações penais tradicionalmente são classificadas como
públicas incondicionadas, públicas condicionadas à representação e privadas.
Sobre a representação, analise as afirmativas a seguir.
I. A ação penal pública condicionada à representação é de titularidade do ofendido. Nada impede,
contudo, que a representação seja oferecida por procurador.
II. O Supremo Tribunal Federal entende que a representação é peça sem rigor formal, que pode
ser apresentada oralmente ou por escrito, tanto na delegacia, quanto perante o magistrado ou
membro do Ministério Público.
III. A representação é condição de procedibilidade para que se possa instaurar persecução penal
em crime de ação penal pública condicionada. De acordo com o Código de Processo Penal, ela
pode ser oferecida pessoalmente ou por procurador com poderes gerais.
Assinale:
a) se somente a afirmativa II estiver correta
b) se somente a afirmativa III estiver correta.
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas
e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
29. (FGV - 2013 - MPE-MS - ANALISTA – DIREITO) As ações penais podem ser classificadas
como públicas incondicionadas, públicas condicionadas à representação ou à requisição do
Ministro da Justiça ou ação penal privada.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
32. (FGV – IX EXAME UNIFICADO DA OAB) Tendo como base o instituto da ação penal,
assinale a afirmativa correta.
A) Na ação penal privada vigora o princípio da oportunidade ou conveniência.
B) A ação penal privada subsidiária da pública fere dispositivo constitucional que atribui ao
Ministério Público o direito exclusivo de iniciar a ação pública.
C) Como o Código Penal é silente no tocante à natureza da ação penal no crime de lesão corporal
culposa, verifica-se que a referida infração será de ação penal pública incondicionada.
D) A legitimidade para ajuizamento da queixa-crime na ação penal exclusivamente privada (ou
propriamente dita) é unicamente do ofendido.
33. (FGV – X EXAME UNIFICADO DA OAB) Um professor na aula de Processo Penal esclarece
a um aluno que o Ministério Público, após ingressar com a ação penal, não poderá desistir dela,
conforme expressa previsão do Art. 42 do CPP. O professor estava explicando ao aluno o princípio
da
A) indivisibilidade.
B) obrigatoriedade.
C) indisponibilidade.
D) intranscendência.
34. (VUNESP – 2017 – TJM-SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) Sobre a ação penal, é
correto afirmar:
a) não será admitida ação privada nos crimes de ação pública, ainda que esta não seja intentada
no prazo legal.
b) ao ofendido, ou a quem tenha qualidade para representá-lo, caberá intentar a ação penal
pública que dependa de representação do ofendido.
c) a queixa contra qualquer dos autores do crime somente obrigará o processo de todos nos casos
de crimes hediondos.
d) o prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da data
em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu
estiver solto ou afiançado.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
e) o Ministério Público poderá desistir da ação penal apenas nos casos em que as provas sejam de
difícil produção.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
inquérito policial, constatou-se que a empresa que confeccionou as camisetas era de propriedade
de B – por coincidência, sobrinho de A - e um terceiro C. B, ouvido pela Autoridade Policial,
alegou desconhecer que a marca reproduzida era de propriedade do tio. Afirmou, ademais, não
saber que reproduzir ou imitar marca, sem autorização do titular, seria crime. C, por sua vez, disse
que achava que a reprodução da marca contava com a autorização, já que o titular era o tio de
seu sócio. Finalizado o inquérito policial, identificados os supostos autores do crime contra o
registro de marca (processável por ação penal privada), A propôs queixa-crime apenas contra C,
deixando de fora B, seu sobrinho. Da identificação dos supostos autores do crime à propositura
da queixa-crime transcorreram 04 (quatro) meses. Mas, da instauração do inquérito policial à
propositura da queixa-crime transcorreu período superior a 06 (seis) meses.
A respeito da situação hipotética, afirma-se corretamente que,
a) uma vez transcorrido período superior a 06 (seis) meses entre a instauração do inquérito policial
e a propositura da queixa-crime, A decaiu do direito de processar os autores do fato.
b) uma vez transcorrido período superior a 30 (trinta) dias entre a identificação dos autores e a
propositura da queixa-crime, a ação penal está perempta.
c) por se tratar de crime de ação penal privada, incabível instauração de inquérito policial, devendo
a investigação ficar a cargo do ofendido.
d) nas ações penais privadas, aplica-se o princípio da indivisibilidade, segundo o qual a queixa
contra qualquer dos autores obriga processar a todos, exceto quando há perdão ou renúncia por
parentesco.
e) ao deixar de propor queixa-crime em face de B, A, tacitamente, renunciou a seu direito de
queixa que, por expressa previsão legal, estende-se a C.
37. (VUNESP – 2015 – HCFMUSP – DIREITO) De acordo com o artigo 25 do Código de Processo
Penal, a representação do ofendido será
a) irretratável, a qualquer tempo.
b) irretratável, depois de oferecida a denúncia.
c) retratável.
d) condicionada à apresentação de provas ao Ministério Público.
e) condicionada à contratação de advogado para a realização do ato.
38. (VUNESP – 2015 – CRO-SP – ADVOGADO) Determina o art. 39 do CPP, no que toca à ação
penal pública condicionada à representação, que o direito de representação pode ser exercido
a) pessoalmente, mediante declaração escrita, a autoridade policial, apenas.
b) pessoalmente, mediante declaração escrita, feita ao juiz, ou à autoridade policial, apenas.
c) pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante declaração escrita, feita ao
juiz ou ao órgão do Ministério Público, apenas.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
40. (VUNESP – 2015 – TJ-MS – JUIZ SUBSTITUTO) XISTO, querelante em ação penal privada,
ao término da instrução e representado por advogado constituído, requereu a absolvição de
CRISTÓVÃO, querelado. Deve o juiz
a) determinar a extração de peças processuais e o encaminhamento à autoridade policial, para
apuração da prática, pelo querelante, de denunciação caluniosa.
b) designar audiência para tentativa de conciliação das partes, em homenagem ao princípio da
intervenção mínima.
c) considerar perempta a ação penal, porque o querelante deixou de formular pedido de
condenação nas alegações finais.
d) encaminhar os autos em vista ao Ministério Público, titular da ação penal, para manifestação de
interesse na produção de outras provas.
e) absolver CRISTÓVÃO, com fundamento no artigo 386, inciso VII, do Código de Processo Penal.
41. (VUNESP – 2015 – PC-CE – DELEGADO DE POLÍCIA) No caso de morte do ofendido
a) o direito de oferecer queixa passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão; nos crimes
de ação privada, o juiz, a requerimento da parte que comprovar a sua pobreza, instaurará de ofício
a ação penal.
b) o direito de oferecer queixa se extinguirá; nos crimes de ação privada, o juiz, a requerimento
da parte que comprovar a sua pobreza, instaurará de ofício a ação penal.
c) o direito de oferecer queixa passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão; nos crimes
de ação privada, o juiz, a requerimento da parte que comprovar a sua pobreza, nomeará advogado
para promover a ação penal.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
48. (VUNESP – 2009 – TJ-MT – JUIZ) Nos crimes de ação privada, se comparecer mais de uma
pessoa com direito de queixa, terá preferência, numa ordem legal estabelecida pelo artigo 31 do
Código de Processo Penal,
a) o parente mais próximo na ordem de vocação sucessória.
b) o cônjuge, que poderá prosseguir na ação penal.
c) a figura do ascendente, em face dos vínculos fraternos.
d) a figura do descendente, com o direito de apenas prosseguir.
e) o representante legalmente constituído para o fim.
49. (VUNESP – 2009 – TJ-SP – JUIZ) Assinale a alternativa correta, considerando a hipótese de
ter havido o falecimento do querelante durante o andamento de ação penal privada, antes da
sentença.
a) A companheira, embora vivesse em união estável com o falecido, não tem legitimidade ativa
para prosseguir na ação.
b) A companheira, que vivia em união estável com o falecido, tem legitimidade ativa para
prosseguir na ação.
c) O falecimento do querelante acarreta, necessariamente, o trancamento da ação penal privada.
d) O falecimento do querelante só acarreta o trancamento da ação penal privada se o querelado
assim o requerer.
50. (VUNESP – 2008 – DPE-MS – DEFENSOR PÚBLICO) Assinale a alternativa que justifica
corretamente qual o prazo para o ofendido ou o seu representante legal requerer a instauração
de inquérito policial, quando o crime for de alçada privada.
a) O Código de Processo Penal não disciplina expressamente a respeito e, assim, entende-se que
o direito de requerimento de instauração de inquérito policial deve ser exercido no mesmo prazo
do direito de queixa, ou seja, 3 meses, contados da data dos fatos.
b) O Código de Processo Penal não disciplina expressamente a respeito e, assim, entende-se que
o direito de requerimento de instauração de inquérito policial deve ser exercido no mesmo prazo
do direito de queixa, ou seja, 6 meses, contados da data em que se souber quem foi o autor do
crime.
c) O Código de Processo Penal dispõe expressamente que o direito de requerimento de
instauração de inquérito policial deve ser exercido no prazo de 3 meses, contados da data dos
fatos.
d) O Código de Processo Penal dispõe expressamente que o direito de requerimento de
instauração de inquérito policial deve ser exercido no prazo de 6 meses, contados da data em que
o crime ocorreu.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
51. (FCC – 2019 – TRF4 – TÉCNICO JUDICIÁRIO) Ronaldo, mediante seu advogado José,
apresenta queixa-crime contra Silvana, Fábio e Rodrigo, imputando-lhes os crimes de calúnia e
difamação. Sobre o caso hipotético apresentado e a queixa-crime, nos crimes de ação penal
privada, nos moldes estabelecidos pelo Código de Processo Penal, é INCORRETO afirmar:
(A) O perdão concedido por Ronaldo à querelada Silvana a todos aproveitará, ainda que recusado
por Fábio e Rodrigo.
(B) O Ministério Público poderá aditar a queixa-crime, no prazo de 03 dias, contados do
recebimento dos autos, e deverá intervir em todos os termos subsequentes do processo.
(C) Se a uma quarta pessoa for imputado o mesmo crime de Silvana, Fábio e Rodrigo, o Ministério
Público deverá zelar pela indivisibilidade da ação penal, obrigando o querelante Ronaldo ao
processamento de todos.
(D) Estará perempta a ação penal privada iniciada por queixa-crime apresentada por Ronaldo se
este deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos.
(E) José, advogado de Ronaldo, para ajuizar a ação penal privada, deverá estar munido de
procuração com poderes especiais, constando, em regra, o nome do querelante e a menção do
fato criminoso.
52. (FCC – 2019 – MPE-MT – PROMOTOR) Ao tratar da iniciativa da ação penal, o Código de
Processo Penal, estabelece, como regra, que a iniciativa será do Ministério Público. Todavia,
mesmo nos crimes de ação pública, por vezes, a lei exige a representação do ofendido. Declarado
judicialmente ausente o ofendido, terão qualidade para representá-lo APENAS
A) os herdeiros necessários, o curador especial ou advogado constituído.
B) o cônjuge, ascendente ou descendente.
C) o cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
D) os sucessores ou curador.
E) os sucessores ou tutor.
53. (FCC – 2018 – MPE-PB – PROMOTOR) Estabelece o Código de Processo Penal que o
Ministério Público velará pela indivisibilidade da ação penal de iniciativa privada. Sobre o tema, é
correto afirmar:
A) Caso julgue necessários maiores esclarecimentos e documentos complementares, o Ministério
Público terá o prazo de três dias para aditar a queixa.
B) A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, deverá ser
aceita pelo beneficiário.
C) A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos.
D) Em caso de abandono da ação penal privada pelo querelante, o Ministério Público deverá
assumir a acusação.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
E) Na hipótese de ação penal perempta, o Juiz, somente após ouvir o Ministério Público, poderá
declarar extinta a punibilidade do querelado.
54. (FCC – 2018 – MPE-PB – PROMOTOR) No caso de morte do ofendido, a ordem preferencial
para se exercer o direito de queixa, segundo o que dispõe o Código de Processo Penal, é
A) ascendente, descendente e cônjuge.
B) cônjuge, ascendente, descendente e irmão.
C) descendente, ascendente e irmão.
D) ascendente, descendente e representante legal.
E) cônjuge, descendente, ascendente e tutor ou curador.
55. (FCC – 2018 – ALE-SE – ANALISTA LEGISLATIVO) Segundo a doutrina, é possível conceituar
a ação penal como o direito do Estado-acusação ou da vítima de ingressar em juízo, pretendendo
a prestação jurisdicional, consistente na aplicação das normas de direito penal ao caso concreto.
Sobre a ação penal, a legislação vigente dispõe:
A) A ação de iniciativa privada pode intentar-se nos crimes de ação pública, se o Ministério Público
não oferece denúncia no prazo legal.
B) A ação de iniciativa privada é promovida exclusivamente mediante denúncia do ofendido.
C) No caso de morte do ofendido ou de ter sido declarado ausente por decisão judicial, o direito
de oferecer queixa ou de prosseguir na ação passa ao Ministério Público.
D) A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do Ministro da
Justiça.
E) A ação pública é promovida pelo ofendido, dependendo, quando a lei o exige, de
representação do Ministério Público ou de requisição do Ministro da Justiça.
56. (FCC – 2018 – DPE-AP – DEFENSOR PÚBLICO - ADAPTADA) Em caso de ação penal de
iniciativa pública condicionada, o direito de representação deve ser exercido dentro do prazo de
seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime.
57. (FCC – 2018 – DPE-AP – DEFENSOR PÚBLICO - ADAPTADA) Em caso de ação penal de
iniciativa pública condicionada, a representação será retratável até a publicação da sentença.
58. (FCC – 2017 – TRE-PR – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Sobre as diversas
modalidades de ação penal, é correto afirmar:
a) Em caso de morte do ofendido, o direito de intentar a ação privada propriamente dita se
transmite ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão da vítima.
b) O prazo decadencial para o oferecimento da requisição pelo Ministro da Justiça na ação penal
condicionada é de seis meses.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
c) A ação penal privada subsidiária da pública fere o comando constitucional que atribui ao
Ministério Público a titularidade da ação penal.
d) Com a revogação do crime de adultério, deixou de existir no ordenamento jurídico brasileiro a
chamada ação penal privada personalíssima.
e) A perempção poderá ser reconhecida em qualquer momento do inquérito policial, bem como
antes ou, ainda, após iniciada a ação penal.
59. (FCC – 2016 – SEGEP-MA – TÉCNICO DA RECEITA ESTADUAL) Nas ações penais em que
a lei exige a representação do ofendido, a retratação pode ocorrer enquanto NÃO:
a) oferecida a denúncia.
b) julgada a ação penal.
c) concluído o inquérito policial.
d) oferecida a queixa crime.
e) pronunciado o acusado.
60. (FCC – 2016 – PGE-MA – PROCURADOR) Em tema de ação penal privada, correto afirmar
que
(A) o perdão do ofendido independe de aceitação.
(B) o requerimento de instauração de inquérito policial não interrompe o prazo de oferecimento
da queixa.
(C) importa em renúncia tácita ao direito de queixa o fato de o ofendido receber indenização do
dano causado pelo crime.
(D) admissível o perdão do ofendido mesmo depois que passa em julgado a sentença
condenatória.
(E) incabível extinção da punibilidade por perempção.
61. (FCC – 2016 – DPE-BA – DEFENSOR PÚBLICO - ADAPTADA) Com a morte do ofendido, o
direito de oferecer queixa não passa para os ascendentes.
63. (FCC – 2015 – MPE-PB – TÉCNICO) Mario e José são jornalistas, colunistas de um
determinado jornal brasileiro. Numa edição do jornal em um domingo os referidos jornalistas
subscrevem uma matéria ofensiva a Richard, empresário conhecido. Considerando difamatória a
matéria, Richard, através de seu advogado, propõe queixa-crime apenas contra o jornalista Mario,
imputando-lhe crime de difamação. Neste caso, o Ministério Público, ao receber os autos,
a) declinará de atuar na ação penal privada.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
67. (FCC – 2015 – DPE-MA – DEFENSOR PÚBLICO) Sobre a ação penal, considerando-se a
classificação legal e o entendimento doutrinário e jurisprudencial,
a) o direito de representação somente poderá ser exercido por procurador, mediante declaração,
escrita ou oral, em casos de impossibilidade de execução do ato pelo próprio ofendido.
b) se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento
do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, a vítima poderá, no prazo de seis
meses, oferecer ação penal privada subsidiária.
c) após a Constituição Federal de 1988, a ação penal privada subsidiária da pública não respeitará
mais o prazo de seis meses previsto para as ações penais privadas, por se tratar de um direito
constitucional, conforme já decidiu o STF.
d) sendo a ação de natureza privada, no caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente
por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão, salvo nos casos de ação penal privada personalíssima.
e) nos casos de ação penal privada, ocorrendo a morte do ofendido, se comparecer mais de uma
pessoa com direito de queixa, a preferência será definida pela ordem de manifestação.
68. (FCC – 2014 – TRF 3 – ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA) André, juiz da Justiça
do Trabalho, devidamente representado, ajuizou ação penal de iniciativa privada, mediante
queixa-crime, contra Bruno, seu vizinho de condomínio, pela prática dos crimes de injúria e
difamação de que teria sido vítima durante assembleia condominial ocorrida no edifício em que
residem, no último dia 02 de novembro. Em relação a este fato,
a) a competência para processar e julgar este fato é da Justiça Federal, porquanto a vítima seja
funcionário público federal.
b) a legitimidade para propositura da ação é exclusiva do Ministério Público, mediante
representação da vítima.
c) a legitimidade para propositura da ação penal é concorrente entre Ministério Público, mediante
representação, e vítima.
d) trata-se de hipótese de foro por prerrogativa de função, em razão de a vítima ser juiz da Justiça
do Trabalho.
e) o caso deve ser processado mediante propositura de queixa na Justiça estadual, perante juiz
de primeiro grau.
69. (FCC – 2014 – TRF4 – OFICIAL DE JUSTIÇA) Antonio, empresário do ramo de construção
civil, foi difamado e injuriado por José, seu vizinho. Antonio faleceu quinze dias depois do
ocorrido. Para que José seja processado criminalmente pelas ofensas,
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
(A) a esposa de Antonio, ou seu filho, poderá oferecer queixa contra José.
(B) o Ministério Público deverá oferecer denúncia contra José.
(C) a esposa de Antonio deverá oferecer representação para que o Ministério Público possa
oferecer denúncia contra José.
(D) o filho de Antonio deverá oferecer representação para que o Ministério Público possa oferecer
denúncia contra José.
(E) extingue-se a punibilidade de José em razão do falecimento de Antonio.
70. (FCC – 2014 – TRF4 – TÉCNICO JUDICIÁRIO) No tocante à ação penal, de acordo com o
Código de Processo Penal,
(A) no caso de ação penal de iniciativa pública dependente de representação, esta será irretratável
depois de oferecida a denúncia.
(B) apenas a vítima poderá provocar a iniciativa do Ministério Público nos casos em que caiba ação
penal pública incondicionada.
(C) se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento
do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o ofendido poderá promover ação
penal de iniciativa privada subsidiária da pública.
(D) salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá do direito de
queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de 30 dias, contado da data do
crime.
(E) o direito de representação somente poderá ser exercido pessoalmente, mediante declaração
escrita.
71. (FCC – 2014 – TJ-AP – JUIZ) Em relação à ação penal, o Código de Processo Penal
estabelece que
a) o Ministério Público não pode retomar, como parte principal, a ação penal de iniciativa privada
subsidiária da pública em caso de negligência do querelante
b) a representação será irretratável depois de oferecida a denúncia.
c) apenas a vítima, nos crimes de ação pública incondicionada, poderá provocar a iniciativa do
Ministério Público.
d) a ação penal de iniciativa privada subsidiária da pública não se submete a prazo decadencial.
e) o Ministério Público não pode oferecer elementos de prova na ação penal de iniciativa privada
subsidiária da pública.
72. (FCC – 2014 – TRF3 – ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA) Ante o pedido de
arquivamento de inquérito policial formulado tempestivamente pelo Procurador da República,
Paulo, vítima do delito previsto no artigo 171, § 3º, do Código Penal, ingressa com queixa
subsidiária, a qual deverá ser
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
a) rejeitada.
b) processada, dando-se oportunidade de o Ministério Público aditá-la.
c) processada como ação penal de iniciativa privada.
d) rejeitada e o magistrado deve aplicar a regra do artigo 28 do Código de Processo Penal.
e) processada e o Ministério Público deve reassumi-la como ação penal de iniciativa pública.
73. (FCC – 2013 – TRT15 – TÉCNICO JUDICIÁRIO) A ação penal pública incondicionada é a
que pode ser proposta
a) pelo ofendido, ou por quem tiver qualidade para representá-lo, quando houver inércia do
Ministério Público.
b) por qualquer do povo, visando a condenação do autor de uma infração penal.
c) pelo Ministério Público de ofício, sem representação ou requisição de quem quer que seja.
d) somente pelo ofendido, em razão da gravidade e especialidade do bem jurídico lesado.
e) pelo Ministro da Justiça nos casos em que razões de ordem política prevista em lei tornem
obrigatória a sua iniciativa.
74. (FCC – 2013 – TJ-PE – TITULAR NOTARIAL) NÃO ocorre perempção da ação penal de
iniciativa privada
a) quando o querelado aceitar o perdão.
b) quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo,
para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem
couber fazê-lo.
c) quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30
(trinta) dias seguidos.
d) quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo
a que deva estar presente.
e) quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.
75. (FCC – 2013 – TJ-PE – JUIZ) Nos crimes de ação penal de iniciativa privada,
a) o perdão do ofendido somente é cabível antes do exercício do direito de ação.
b) o perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que produza, todavia, efeito
em relação ao que o recusar.
c) a renúncia ao exercício do direito de queixa se estenderá a todos os querelantes.
d) a renúncia é ato unilateral, voluntário e necessariamente expresso.
e) a perempção pode ocorrer no curso do inquérito policial.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
76. (FCC – 2015 – CNMP – ANALISTA: DIREITO) Seja qual for o crime, quando praticado em
detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação penal será
a) pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça.
b) privada subsidiária da pública.
c) pública condicionada à representação da pessoa jurídica de direito público.
d) privada.
e) pública.
77. (FCC – 2011 – TCE-SP – PROCURADOR) O prazo para o Ministério Público aditar a queixa
na ação privada subsidiária ou exclusiva, contado da data do recebimento dos autos, será de
A) 02 dias.
B) 03 dias.
C) 05 dias.
D) 08 dias.
E) 10 dias.
78. (FCC – 2008 – TCE/AL – PROCURADOR) Sobre ação penal, é correto afirmar:
A) A renúncia da ação penal privada ocorre após o oferecimento da queixa e o perdão antes.
B) No caso de morte do ofendido, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação penal passará
ao cônjuge, ascendente, descendente ou colateral até terceiro grau.
C) Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, será privilegiada aquela que
primeiro comparecer.
D) As fundações, associações ou sociedades legalmente constituídas poderão exercer a ação penal
privada.
E) No caso de ação penal privada exclusiva, o Ministério Público pode recorrer se o acusado for
absolvido.
79. (FCC – 2008 – TCE/AL – PROCURADOR) Em relação às ações penais públicas
condicionadas, o Código de Processo Penal prevê a possibilidade de retratação da
A) representação do ofendido até o oferecimento da denúncia.
B) representação do ofendido até o recebimento da denúncia.
C) requisição do Ministro da Justiça até o oferecimento da denúncia.
D) requisição do Ministro da Justiça até o recebimento da denúncia.
E) representação do ofendido e da requisição do Ministro da Justiça até o recebimento da
denúncia.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
80. (FCC – 2010 – MPE-SE – ANALISTA – DIREITO) Dispõe o Código de Processo Penal que
será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal.
Essa regra constitui exceção ao princípio da
A) indisponibilidade
B) legalidade
C) intranscendência
D) obrigatoriedade
E) oficialidade
81. (FCC – 2011 – TRT 1RG – TÉCNICO JUDICIÁRIO – SEGURANÇA) A ação penal que só pode
ser proposta pelo ofendido, não se estendendo esse direito ao cônjuge ou aos sucessores em
caso de morte ou ausência, denomina-se ação penal
A) privada subsidiária da ação pública.
B) pública incondicionada.
C) privada exclusiva.
D) privada personalíssima.
E) pública condicionada.
82. (FCC – 2011 – TRF 1°RG – ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS) A ação
penal ajuizada pelo ofendido ou por quem tenha condições de representá-lo, nos crimes de ação
pública, quando não for intentada pelo Ministério Público no prazo legal, denomina-se ação penal
A) privada exclusiva.
B) pública incondicionada.
C) privada subsidiária da pública.
D) pública condicionada.
E) privada personalíssima.
83. (FCC – 2010 – TCE/AP – PROCURADOR) No tocante à ação penal, é correto afirmar que
A) não se admite renúncia tácita, no caso de ação penal de iniciativa privada.
B) considerar-se-á perempta a ação penal quando, após iniciada, o Ministério Público deixar de
promover o andamento do processo ou dele desistir.
C) a representação será retratável, depois de recebida a denúncia.
D) o prazo para oferecimento da denúncia será de 8 (oito) dias, estando o réu preso, e de 15
(quinze) dias, se o réu estiver solto ou afiançado.
E) as fundações, associações ou sociedades legalmente constituídas poderão exercer ação penal.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
84. (FCC – 2010 – TRE/RS – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) A penalidade imposta
ao querelante, ou aos seus sucessores, em virtude do desinteresse em prosseguir na ação penal
privada, denomina-se
A) decadência.
B) prescrição da pretensão punitiva.
C) prescrição da pretensão executória.
D) perempção.
E) preclusão.
86. (FCC – 2006 – TRF 1° RG – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) A ação penal
privada subsidiária da pública pode ser ajuizada pelo ofendido ou por quem tenha qualidade para
representá-lo se
A) não concordar com os termos da denúncia apresentada pelo Ministério Público.
B) o Ministério Público tiver requerido o arquivamento do inquérito policial.
C) a denúncia apresentada pelo Ministério Público for rejeitada pelo Juiz.
D) o Ministério Público tiver devolvido o inquérito à polícia para novas diligências.
E) a ação penal pública não for intentada no prazo legal.
87. (FCC – 2006 – BCB – ANALISTA) Nos crimes de ação penal pública condicionada, a
representação do ofendido é
a) retratável até o trânsito em julgado da sentença condenatória.
b) irretratável.
c) irretratável após o oferecimento da denúncia.
d) retratável desde que haja concordância do réu.
e) irretratável após o recebimento da denúncia.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
d) três meses, contados do dia em que o ofendido ou seu representante legal vier a saber quem
é o autor do crime.
e) seis meses, contados da data do fato.
92. (FCC – 2012 – TRF5 – ANALISTA JUDICIÁRIO) Caberá ação penal privada subsidiária nos
crimes de ação penal pública quando
a) o Ministério Público requerer o arquivamento do inquérito policial e o juiz o denegar.
b) o Procurador-Geral insistir no pedido de arquivamento de inquérito policial.
c) houver legitimidade ativa concorrente entre o Ministério Público e o ofendido em crime de ação
penal pública condicionada à representação.
d) o ofendido for pessoa jurídica de direito privado.
e) a ação penal não for intentada no prazo legal.
93. (FCC – 2012 – TRF5 – ANALISTA JUDICIÁRIO) Da aplicação do princípio da
indisponibilidade da ação penal decorre que
a) o Ministério Público não pode pedir absolvição em alegações finais ou debates em audiência.
b) o pedido de arquivamento de inquérito policial pelo Ministério Público estará limitado às
hipóteses em que se verifique causa de exclusão da ilicitude.
c) o Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto.
d) o Ministério Público de segundo grau vincula seu parecer às razões de recurso apresentadas
pelo Ministério Público de primeiro grau.
e) haverá sempre o dever legal de recorrer pelo Ministério Público de decisão absolutória.
94. (FCC – 2012 – MPE-AP – ANALISTA) Renato ajuizou ação penal privada contra Renê,
imputando-lhe crimes de difamação e injúria. Recebida a queixa e designada audiência de
instrução, Renato vem a óbito após um acidente de trânsito fatal em rodovia.
Com o óbito do querelante,
a) caberá ao Ministério Público prosseguir na ação penal, assumindo a posição do querelante.
b) o direito de prosseguir na ação penal passará ao descendente, cônjuge, ascendente, irmão,
nessa ordem.
c) o direito de prosseguir na ação penal passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão,
nesta ordem.
d) a ação penal privada será arquivada diante do caráter personalíssimo desta, com a extinção da
punibilidade do agente.
e) o direito de prosseguir na ação penal passará, exclusivamente, aos descendentes ou
ascendentes do ofendido.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
95. (FCC – 2012 – MPE-SE – TÉCNICO MINISTERIAL) Considera-se, dentre outras, condição de
procedibilidade da ação penal pública:
a) o interrogatório e as informações sobre a vida pregressa do autor do fato delituoso.
b) a existência de inquérito policial concluído e relatado.
c) o prévio indiciamento do autor do fato delituoso.
d) a existência de pelo menos duas testemunhas presenciais.
e) a representação do ofendido, quando necessária.
96. (FCC – 2012 – TRF2 – ANALISTA JUDICIÁRIO) Quando a lei penal incriminadora silencia a
respeito da ação penal cabível para determinada infração penal, entende-se que a ação penal é
a) pública condicionada à representação do ofendido.
b) privada exclusiva.
c) pública incondicionada.
d) privada personalíssima.
e) pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça.
97. (FCC – 2012 – TRF 2 – TÉCNICO JUDICIÁRIO) Nos crimes de ação pública, a ação penal
será promovida através de
a) denúncia do Ministério Público.
b) queixa-crime formulada pelo ofendido ou por quem tenha qualidade para representá-lo.
c) portaria da autoridade policial.
d) requisição do Ministro da Justiça.
e) requerimento de qualquer pessoa maior e capaz.
98. (FCC – 2012 – TRF 2 – TÉCNICO JUDICIÁRIO) Na ação penal privada exclusiva, o perdão
do ofendido
a) depende da aceitação do Ministério Público.
b) só pode ocorrer após o recebimento da queixa.
c) não pode ser tácito, exigindo-se que seja sempre formulado de forma expressa.
d) implica redução da pena, mas não acarreta a extinção da punibilidade.
e) concedido a um dos querelados aproveitará a todos, mesmo em relação aquele que o recusar.
99. (FCC – 2012 – TJ-PE – OFICIAL DE JUSTIÇA) Se a ação penal pública não tiver sido proposta
pelo Ministério Público no prazo legal, poderá, subsidiariamente, ajuizá-la
a) qualquer do povo, interessado ou não na punição do acusado.
b) o juiz, de ofício.
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
100. (FCC – 2012 – TJ-PE – TÉCNICO JUDICIÁRIO) A ação penal proposta pelo ofendido nos
crimes de ação pública quando o Ministério Público deixar de oferecer denúncia no prazo legal
denomina-se ação penal
a) popular.
b) pública condicionada.
c) privada.
d) privada subsidiária da pública.
e) pública incondicionada.
GABARITO
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 07
141
Direito Processual Penal p/ PC-PE (Agente) - 2021 - Pré-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
85416800020
1865040
- Felipe Alegransi