Transporte Bombas

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Rio Bengo

O rio Bengo, também chamado de rio Zenza, é um curso de água de Angola que faz parte da Vertente
Atlântica.

Sua nascente fica no Planalto do Uíge, na extensão este da província do Cuanza-Norte, próximo aos
limites dos municípios de Quiculungo e Samba-Caju. Atravessa longas porções das províncias
do Bengo e Luanda, antes de desaguar na enseada do Cacuaco, uma formação litorânea do oceano
Atlântico localizada poucos metros ao norte da baía de Luanda. Este rio é de extrema importância pois é
dele que sai toda água que abastece a Refinaria de Luanda e consequentemente os tanques de
armazenamento de água bruta, por ser um rio de fluxo de água perene (permanente) a escolha de
utilização deste rio torna-se mais acertada, pois estes tipos de rios garantem que sempre haverá água
fluindo em seu leito, em contraste com os rios intermitentes, nos quais a água desaparece nos períodos
de estiagem.

Para que a água do rio bengo possa chegar até a refinaria de Luanda, criou-se uma estação de
bombagem de água nas margens do rio Bengo. Esta estação de bombagem da água do rio Bengo é
responsável desde a captação de água do rio até o bombeamento desta mesma água a refinaria de
Luanda.

BOMBAS

Bombas são máquinas operatrizes hidráulicas que transferem energia ao fluido com a finalidade de
transportá-lo de um ponto a outro. As bombas recebem energia de uma fonte motora qualquer, e cede
parte dessa energia ao fluido sob forma de energia de pressão, energia cinética ou ambas. Isso significa
que ela aumenta a pressão e a velocidade do líquido.

Classificação das bombas

A bomba é classificada pela sua aplicação ou pela forma com que a energia é cedida ao fluido.
Normalmente existe uma relação estreita entre a aplicação e a característica da bomba que, por sua vez,
está intimamente ligada à forma de ceder energia ao fluido. E elas classificam-se em dois grandes
grupos:

Volumétricas ou deslocamento positivo;

Dinâmicas ou turbo bombas (Centrifugas).

Bombas de deslocamento positivo ou volumétricas

uma bomba volumétrica é um dispositivo mecânico usado para transferir um fluido de um certo ponto
para outro, isso é feito pelo movimento de uma câmara de bombeamento. Mas, por outro lado, a
variação de velocidade não acontece, normalmente dá-se movimentação do fluido com um elemento
"empurrando" o líquido. Esse elemento por sua vez pode ser um pistão, uma palheta, um lóbulo, um
diafragma, etc., que age dentro da câmara de bombeamento. Como essas câmaras tem volume
constante, a bomba é chamada de bomba volumétricas pois o seu fluxo é intermitente ou pulsante.

As bombas volumétricas ou de deslocamento positivo são classificadas, segundo seus tipos de


dispositivos mecânicos de impulsão:
Alternativas;

Rotativas.

Nas bombas alternativas, o dispositivo que produz o movimento do líquido é um pistão ou um êmbolo
que se desloca, com movimentos alternativos, dentro do cilindro. E eles podem ser:

Pistão;

Êmbolo;

Diafragma.

A denominação genérica de bomba rotativa designa uma série de bombas volumétricas comandadas por
um movimento de rotação de seu dispositivo mecânico de impulsão, daí a origem do nome.

A bomba rotativa pode ser classificada, entre outros tipos, como:

Engrenagens;

Lóbulos;

Parafusos;

Palhetas.

O funcionamento volumétrico de todas elas consiste no preenchimento com o líquido bombeado dos
espaços entre rotor e a carcaça. Nessas bombas, quando a velocidade é constante, a descarga e a
pressão são praticamente constantes.

Bombas Dinâmicas

As bombas centrífugas são utilizadas amplamente na indústria para transporte de fluidos devido a sua
flexibilidade operacional.

Este equipamento é composto por vários componentes, incluindo um rotor, um eixo, uma carcaça e um
selo mecânico que também pode ser chamado de empanque.
O rotor é a parte móvel da bomba e é responsável por gerar a força centrífuga que é necessária para
movimentar o fluido. Ele geralmente é feito de aço e tem lâminas ou palhetas montadas em seu exterior
que ajudam a empurrar o fluido.

O impulsor é muito importante para o funcionamento de uma bomba centrífuga. Ele gira rapidamente
em um eixo durante a operação, transmitindo força centrífuga ao fluido, permitindo que ele se mova
através da carcaça da bomba e até a saída de sucção.

O eixo é a peça que faz a ligação entre o rotor e o motor que faz a bomba funcionar. Ele é responsável
por transmitir a força do motor para o rotor, permitindo que este gire e movimente o fluido.

O selo mecânico evita a passagem, fuga de líquidos e gases, entre o eixo rotativo (móvel) e a carcaça fixa
da bomba

A carcaça é a estrutura externa que mantém todos os componentes da bomba em seu lugar. Ela é
geralmente feita de aço ou ferro fundido e tem uma abertura na parte superior e na parte inferior para
permitir que o fluido entre e saia da bomba.

Classificação das bombas centrifugas

Podem ser classificadas segundo diversos critérios:

Segundo a posição do eixo: Bomba centrífuga horizontal, vertical ou inclinada;

Segundo ao número de rotores: Simples estágio (um rotor) e multiestágios (vários rotores);

Segundo a localização: Submersa e não submersa;

Segundo o sentido do fluxo: Radial, axial e misto;

Princípio de funcionamento da bomba centrífuga

Se colocássemos gotículas de líquido sobre um disco, ao girá-lo, as gotículas seriam expelidas para a
periferia pelo efeito da força centrífuga.

A bomba centrífuga utiliza este mesmo princípio para funcionar. Faz uso da força centrífuga, advindo daí
o seu nome. Na bomba, esta energia é cedida pelo rotor ou impelidor, o qual orienta o fluxo do líquido
pelos seus canais formados pelas pás e discos.

A finalidade do rotor, ou impelidor, é fornecer energia cinética ao fluido e deste modo transformar parte
desta energia cedida em energia de pressão. A transformação da energia cinética em energia de pressão
acontece na secção da bomba posterior a saída das pás do rotor, ou no difusor quando falamos de
bombas multiestágios.

Esta transformação ocorre de acordo com o teorema de Bernoulli, na região de secção gradativamente
crescente da carcaça ou difusor, onde acontece uma contínua e progressiva diminuição da velocidade
(energia cinética) - que pelo conceito da conservação de energia que diz "a energia pode ser
transformada ou transferida, mas nunca criada ou destruída" - e consequentemente um simultâneo
aumento da energia de pressão.
Para que tudo isto ocorra é importante lembrar que para uma bomba centrífuga funcionar
adequadamente, há necessidade de que sua carcaça esteja cheia de líquido.

Temos de substituir o ar preexistente em seu interior por líquido. Esta operação de encher a bomba é
chamada de escorva da bomba. A presença de ar no interior da bomba, indicada por ruídos e vibrações
característicos, causa perda de vazão e queda de pressão podendo a bomba perder escorva e deixar de
recalcar líquido.

Evidentemente se a bomba trabalhar abaixo do nível do reservatório, situação conhecida como "bomba
afogada", a escorva se faz naturalmente por gravidade.

Tipo de rotores

Rotores do tipo fechado (é aplicado principalmente no bombeamento de fluidos limpos);

Rotores do tipo semi-aberto (é aplicado principalmente no bombeamento de fluidos com sólidos em


suspensão);

Rotores do tipo aberto (também é aplicado principalmente no bombeamento de fluidos com sólidos em
suspensão).

As mais conhecidas bombas centrífugas se diferenciam pelo sentido de saída do líquido no rotor. De
modo geral, classificamos as bombas centrífugas em:

Fluxo radial: quando a direção do fluído bombeado é perpendicular ao eixo de rotação;

Fluxo misto: quando a direção do fluído bombeado é inclinada em relação ao eixo de rotação;

Fluxo axial: quando a direção do fluído bombeado é paralela em relação ao eixo de rotação.

Classificação quanto à quantidade de rotores

De acordo com a quantidade de rotores que as compõem, as bombas podem ser de dois tipos:

De simples estágio ou um único rotor;

De múltiplos estágios ou de múltiplos rotores.

As bombas de simples estágio são utilizadas na maioria das instalações hidráulicas, porque a
simplicidade de sua fabricação facilita a produção em série, além de atender à necessidade de se elevar
a água a pequenas e médias alturas, entre outras aplicações. Essa aplicação apresenta menor consumo
de energia, melhor relação custo-benefício e manutenção mais simples.

Bombas de múltiplos estágios


Uma bomba que tem mais de um rotor ou estágio é conhecida como bomba de múltiplos estágios. Ela é
usada quando é necessário bombear o líquido a uma altura que não é atingida por intermédio de uma
bomba de simples estágio.

Os rotores são fixados sequencialmente em um mesmo eixo, na mesma carcaça da bomba, em


compartimentos diferentes. O líquido, ao entrar na bomba, enche o primeiro compartimento, passa
pelo centro do rotor e é expelido em sua periferia. Isso acontece sucessivamente até o último rotor
instalado aumentando, dessa forma, a sua altura de descarga.

Problemas da bomba centrífuga

Um dos fatores que influenciam o bom desempenho de uma bomba é a sua correta instalação, quando
isso não acontece desbalanceamento, desalinhamento, problema em rolamentos, vazamentos, folga na
rotação, folga na fixação da bomba na estrutura e cavitação atingem o maquinário.

Cavitação

A primeira coisa que temos que pôr em mente é o que a cavitação não é:

Formação de bolhas de ar;

Entrada de ar na bomba;

Abrasão mecânica;

Corrosão química;

Recirculação hidráulica.

Sempre que a bomba estiver acima do reservatório de sucção, ela tem uma pressão necessária para
trazer água até a sua entrada e, assim, garantir seu perfeito funcionamento. A bomba, ao sugar a água
que entra por ela, provoca uma pressão que é chama da de pressão de sucção. Essa pressão de sucção
tem que ser menor que a pressão sobre a superfície do reservatório para que haja o perfeito
funcionamento da bomba.

Quando a bomba succiona água a uma pressão demasiadamente baixa, ocorre uma intensa formação de
bolhas de vapor de água na entrada da bomba, devido à queda de pressão. As bolhas de vapor serão
conduzidas pelo fluxo do líquido até atingirem a região do rotor que, normalmente, gira à alta
velocidade e, assim, provoca o aumento da pressão no interior da bomba.

Quando essas bolhas, provocadas pelo aumento da pressão, atingem a superfície do rotor, condensam-
se de forma rápida e transformam-se em líquido novamente. A rápida condensação dessas bolhas
resulta numa implosão delas sobre o rotor.
Essa implosão provoca a formação de pequenas bolsas, bolhas ou cavidades sobre ele. Com o tempo,
esse fenômeno tem como efeito a retirada de material da superfície do rotor, onde essas implosões
ocorrem. A esse fenômeno se dá o nome de cavitação.

Consequências da cavitação

Barulho e vibração;

Alteração na performance da bomba;

“Pitting” (esburacamento) das palhetas do rotor.

A estação de bombagem da água do rio Bengo é composta por três grupos de bombas. Estes três grupos
de bombas são compostos por duas bombas, as quais são, uma bomba horizontal e outra vertical. As
bombas verticais são submersas no rio pois elas são as responsáveis pela sucção da água e
posteriormente mandar essa água para as bombas horizontais, pois são elas que aumentarão a pressão
e a velocidade do fluido vindo das bombas verticais e fazer o bombeamento desta água para a refinaria
de Luanda.

Por serem três grupos de bombas constituídas por duas bombas, para o processo de bombeamento
utiliza-se simplesmente um grupo de bombas, os outros dois grupos de servem reserva para caso o
grupo de bombas em funcionamento avarie.

Transporte

O perfeito serviço de uma bomba depende das dimensões e da correta disposição da tubulação a ser
utilizada. É por meio dela que circulará o fluido que a bomba está ajudando a movimentar.

O trabalho da bomba seria fácil se todos os tubos fossem retos, sem curvas, subidas, válvulas ou
registros. A tubulação, porém, não é assim. Ela sobe e desce, tem curvas e acessórios, de acordo com a
necessidade do projeto hidráulico. Por isso, além do critério econômico, deve-se considerar o tipo de
fluido a ser transportado, a distância entre a bomba e o destino do fluido, a altura das subidas, a altura
da sucção da bomba, a vazão do fluido, e a quantidade de acessórios hidráulicos utilizados.
Todos esses dados têm que ser pensados porque precisamos deles para calcular a perda de carga e
determinar qual a bomba que melhor atende às exigências do projeto hidráulico.

Tubos: são condutos fechados, destinados ao transporte dos fluídos. Todos os tubos são de seção
circular, apresentando-se como cilindro oco.

Chama-se tubulação, a um conjunto de tubos e seus acessórios.

A necessidade da existência das tubulações, decorre principalmente pelo facto de que o ponto de
geração ou de armazenamento estar, em geral, distante da sua utilização.

Usam-se tubulações para o transporte de todos os materiais capazes de escoar, isto é, todos os fluídos
conhecidos, líquidos ou gasosos, assim como materiais pastosos e fluídos com sólidos em suspenção.

CLASSIFICAÇÃO DAS TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS

 Dentro das instalações industriais


 Fora das instalações industriais.

As tubulações dentro das instalações industriais, classificam-se em:

 De processo;
 De utilidades;
 De instrumentação;
 De transmissão hidráulica;
 Drenagem

As tubulações fora das instalações industriais, classificam-se em:

 Transporte;
 Distribuição.

As tubulações de transporte, são os troncos empregados para o transporte de líquidos e gases a longas
distâncias, fora das instalações industriais.

Perda de carga

Trata-se da denominação dada à perda de pressão que ocorre dentro de uma tubulação quando um
fluido se desloca no seu interior. Isso acontece porque sempre que um fluido se desloca no interior de
uma tubulação ocorre uma turbulência e um atrito desse fluido com as paredes internas desta
tubulação, ocorrendo uma perda de pressão. A perda de pressão corresponde a uma perda de energia
hidráulica, que resultará em um maior consumo de energia elétrica.

O fenômeno da perda de carga faz com que a pressão que existe no interior da tubulação vá diminuindo
gradativamente à medida que o fluido vai se deslocando

A mecânica dos fluidos indica que quanto maior a velocidade de um fluido dentro de uma tubulação,
maior também será a perda de carga desse fluido. Dessa forma, pode-se concluir que, para diminuir a
perda de carga, basta diminuir a velocidade do fluido. Para obter uma velocidade menor no
deslocamento do fluido, deve-se utilizar tubulações de maior diâmetro para manter a mesma vazão
volumétrica.

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