Trabalho - Conheciemento Cientifico
Trabalho - Conheciemento Cientifico
Trabalho - Conheciemento Cientifico
Quelimane
2024
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Quelimane
2024
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Índice
1. Introdução ..................................................................................................................... 3
2. Metodologia .................................................................................................................. 3
4. Conclusão ................................................................................................................... 10
1. Introdução
Em linhas simples, definiremos a ciência como um modo de explicação da realidade; um tipo
conhecimento considerando a partir do conjunto de informações advindas da experiência,
crenças, valores e aprendizagem. Poderíamos defini-la simplesmente como “conhecimento
atento e aprofundado de algo”, ou como corpo de conhecimentos sistematizados adquiridos via
observação, identificação, pesquisa e explicação de determinadas categorias de fenómenos e
fatos, e formulados metódica e racionalmente. Nesta vertente, podemos frisar que o
Conhecimento popular, é aquele conhecimento comum, passado de geração em geração, por
exemplo. Não ignora o conhecimento científico, mas não se mostra tão completo ou tão
estudado quanto ele. É geralmente baseado em valores, na reflexão através do olhar para o
mundo. Não é sistematizado, não há uma metodologia científica por trás dele. Trata-se, então,
de conhecimento inexacto e impreciso. Portanto, o conhecimento científico é baseado em fatos
empiricamente confirmáveis, e não em valores. É contingente, ou seja, é verificável por meio
de experimentos. É sistematizado, já que se desenvolve de acordo com um método ou uma
ordenação (sistematicamente).
1.1. Objectivos
1.2. Geral
Compreender a Ciência e Conhecimento Científico.
1.3. Específicos
Definir os conceitos Ciência e Conhecimento Científico;
Falar do Conhecimento Científico e Outros Tipos de Conhecimento;
Fazer a Correlação entre Conhecimento Popular e Conhecimento Científico;
Descrever os Tipos de Conhecimento.
2. Metodologia
Para realização do presente trabalho foi mediante a consulta e revisão de certas literaturas
bibliográficas que abordam acerca da temática em questão. E, por fim, foi levada acabo a
componente referente a analise e compilação da informação.
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De acordo com Cohen (1971, p.71), Aristóteles definiu a ciência como um "conhecimento
demonstrativo", ou seja, um tipo de conhecimento comprovado que pode ser expressado por
meio de uma demonstração, com fundamento em observações, análises e experimentos
considerando as mais diversas hipóteses sobre aquele assunto.
Para Bunge (1976, p.20), a descontinuidade radical existente entre a Ciência e o conhecimento
popular, em numerosos aspectos (principalmente no que se refere ao método), não nos deve
fazer ignorar certa continuidade em outros aspectos, principalmente quando limitamos o
conceito de conhecimento vulgar ao "bom-senso". Se excluirmos o conhecimento mítico (raios
e trovões como manifestações de desagrado da divindade pelos comportamentos individuais ou
sociais), verificamos que tanto o "bom-senso" quanto a Ciência almejam ser racionais e
objectivos: "são críticos e aspiram à coerência (racionalidade) e procuram adaptar-se aos fatos
em vez de permitir-se especulações sem controlo (objectividade) ".
Por sua vez, o ideal de objectividade, isto é, a construção de imagens da realidade, verdadeiras
e impessoais, não pode ser alcançado se não ultrapassar os estreitos limites da vida quotidiana,
assim como da experiência particular; é necessário abandonar o ponto de vista antropocêntrico,
para formular hipóteses sobre a existência de objectos e fenómenos além da própria percepção
de nossos sentidos, submetê-los à verificação planejada e interpretada com o auxílio das
teorias, (Cohen, 1971, p.76).
Por esse motivo é que o senso comum, ou o "bom-senso", não pode conseguir mais do que
uma objectividade limitada, assim como é limitada sua racionalidade, pois está estreitamente
vinculado à percepção e à acção, (Idem).
Superficial, isto é, conforma-se com a aparência, com aquilo que se pode comprovar
simplesmente estando junto das coisas: expressa-se por frases como "porque o vi",
"porque o senti", "porque o disseram", "porque todo mundo o diz";
Sensitivo, ou seja, referente a vivências, estados de âhimo e emoções da vida diária;
Subjectivo, pois é o próprio sujeito que organiza suas experiências e conhecimentos,
tanto os que adquire por vivência própria quanto os "por ouvi dizer", (Idem);
Assistemático, pois esta "organização" das experiências não visa a uma sistematização
das ideias, nem na forma de adquiri-las nem na tentativa de validá-las;
Acrítico, pois, verdadeiros ou não, a pretensão de que esses conhecimentos o sejam não
se manifesta sempre de uma forma crítica.
Segundo Ander e Egg (1978, p.13-4), o conhecimento popular ou do senso comum caracteriza-
se por ser predominante:
Superficial, isto é, conforma-se com a aparência, com aquilo que se pode comprovar
simplesmente estando junto das coisas.
Subjectivo, pois é o próprio sujeito que organiza suas experiências e conhecimentos,
tanto os que adquire por vivência própria enquanto “por ouvir dizer”. Este
conhecimento é várias vezes suportados por juízos tendenciosos voltados para o
individual e ou colectivo.
Assistemático, pois esta “organização” das experiências não visa uma sistematização
das ideias, quer na forma de adquiri-las quer na tentativa de validá-las, (Ruiz, 1979).
Acrítico, pois, verdadeiros ou não, a pretensão de que esses conhecimentos ou sejam
não se manifestam sempre de uma forma crítica.
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Segundo Ruiz (1979), refere que o Senso Comum resulta do condicionamento social, que inclui
a inclusão social, ou seja, a maior parte das informações do senso comum são tidas e
reproduzidas no contexto da integração de um indivíduo numa sociedade.
De acordo com Hegenberg (1973, p.73), diz que o conhecimento científico é (Real (factual);
Contingente; Sistemático; Verificável; Falível e Aproximadamente exacto).
Segundo Galuano (1977), refere que o conhecimento científico é real (factual) porque lida com
ocorrências ou fatos, isto é, com toda "forma de existência que se manifesta de algum modo"
(frujillo, 1974:14). Constitui um conhecimento contingente, pois suas proposições ou hipóteses
têm sua veracidade ou falsidade conhecida através da experiência e não apenas pela razão,
como ocorre no conhecimento filosófico. É sistemático, já que se trata de um saber ordenado
logicamente, formando um sistema de ideias (teoria) e não conhecimentos dispersos e
desconexos.
Possui a característica da verificabilidade, a tal ponto que as afirmações (hipóteses) que não
podem ser comprovadas não pertencem ao âmbito da ciência. Constitui-se em conhecimento
falível, em virtude de não ser definitivo, absoluto ou final e, por este motivo, é
aproximadamente exacto: novas proposições e o desenvolvimento de técnicas podem
reformular o acervo de teoria existente.
questioná-lo quanto à sua origem e destino, assim como quanto à sua liberdade; finalmente,
pode-se observá-lo como ser criado pela divindade, à sua imagem e semelhança, e meditar
sobre o que dele dizem os textos sagrados, (Ruiz, 1979).
O conhecimento filosófico é defendido por vários filósofos como é o caso de Sócrates, Platão,
Santo Agostinho e São Tomás de Aquino. Para Sócrates, o conhecimento é guia da vida.
Segundo Platão as ideias não são representações das coisas mas é a verdade das coisas. Santo
Agostinho preconiza que a razão é dimensão espiritual. Já para São Tomás de Aquino,
considera o Homem como indivíduo estudando-o na prospecção de matéria deforma, admitindo
que o universo é dirigido pelo princípio da perfeição.
Ao contrário, a filosofia emprega "o método racional, no qual prevalece o processo dedutivo,
que antecede a experiência, e não exige confirmação experimental, mas somente coerência
lógica" (Ruiz, 1979:110). O procedimento científico leva a circunscrever, delimitar,
fragmentar e analisar o que se constitui o objecto da pesquisa, atingindo segmentos da
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realidade, ao passo que a filosofia encontra-se sempre à procura do que é mais geral,
interessando-se pela formulação de uma concepção unificada e unificante do universo.
Para tanto, procura responder às grandes indagações do espírito humano e, até, busca as
leis mais universais que englobem e harmonizem as conclusões da ciência.
De acordo com Souza (1976, p.74), diz que o conhecimento Religioso (Teo1ogico) –
“Valorativo; Inspiracional; Sistemático; Não verificável; Infalível e Exacto.”
Segundo Trujillo (1974), O conhecimento religioso, isto é, teológico, apoia-se em doutrinas que
contêm proposições sagradas (valorativas), por terem sido reveladas pelo sobrenatural
(inspiracional) e, por esse motivo, tais verdades são consideradas infalíveis e indiscutíveis
(exactas); é um conhecimento sistemático do mundo (origem, significado, finalidade e destino)
como obra de um criador divino; suas evidências não são verificadas: está sempre implícita
uma atitude de fé perante um conhecimento revelado.
Diversos autores tentaram definir o que se entende por ciência. Consideramos mais precisa a
definição de Trujillo Ferrari, expressa em seu livro Metodologia da ciência. Entendemos por
ciência uma sistematização de conhecimentos, um conjunto de proposições logicamente
correlacionadas sobre o comportamento de certos fenómenos que se deseja estudar: "A ciência
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As ciências possuem:
Ciências
Factuais
Formais Naturais Sociais
Lógica Física Antropologia cultural
Matemática Química Direito
Biologia e outras Economia
Politica
Psicologia Social e Sociologia
Fonte: Souza (1976, p.78).
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4. Conclusão
Conclui-se que ao se falar em conhecimento científico, o primeiro passo consiste em
diferenciá-lo de outros tipos de conhecimento existentes. Para tal, analisemos uma situação
histórica, que pode servir' de exemplo. Por outra, temos Conhecimento popular, é aquele
conhecimento comum, passado de geração em geração, por exemplo. Não ignora o
conhecimento científico, mas não se mostra tão completo ou tão estudado quanto ele. É
geralmente baseado em valores, na reflexão através do olhar para o mundo. Não é
sistematizado, não há uma metodologia científica por trás dele. Trata-se, então, de
conhecimento inexacto e impreciso. Porém, o conhecimento científico é baseado em fatos
empiricamente confirmáveis, e não em valores. É contingente, ou seja, é verificável por meio
de experimentos. É sistematizado, já que se desenvolve de acordo com um método ou uma
ordenação (sistematicamente). Portanto, o conhecimento filosófico é valorativo, pois seu ponto
de partida consiste em hipóteses, que não poderão ser submetidas à observação: "as hipóteses
filosóficas baseiam-se na experiência, portanto, este conhecimento emerge da experiência e não
da experimentação" (Trujillo, 1974: 12); por este motivo, o conhecimento filosófico é não
verificável, já que os enunciados das hipóteses filosóficas. É racional, em virtude de consistir
num conjunto de enunciados logicamente correlacionados.
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5. Referências bibliográficas
Bunge, Mário. (1976). La ciencia, su método y su filosofia. Buenos Aires: Siglo Veinte.
Cervo, Amado Luiz, Bervian, Pedro Alcino. (1978). Metodologia científica: para uso dos
estudantes universitários, 2. ed. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil.
Cohen, Morris, Nagel, Ernest. (1971). Introducci6n a la 16gica y ai método científico. 2. ed.
Buenos Aires: Amorrortu, 1971. v. 2.
Galuano, A. Guilherme (Org.). (1977). O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harper
& Row do Brasil.
Goode, William J., Hait, Paul K. (1968). Métodos em pesquisa social. 2. ed. São Paulo:
Nacional.
Ruiz, João Álvaro. (1979). Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. São Paulo:
Atlas.
Souza, Aluísio José Maria de et al. (1976). Iniciação à 16gica e à metodologia da ciência. São
Paulo: Cultrix.
Trujillo Ferrari, Alfonso. (1974). Metodologia da ciência. 2. ed. Rio de Janeiro: Kennedy.