Trabalho - Conheciemento Cientifico

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2º Grupo

Universidade Licungo – Quelimane


Faculdade de Educação
Licenciatura em Ensino de Português com Habilitações em
1º Ano

Cleide Domingos Ecuadune


Eugénia Lácio
Lurdes Claúdio Achar
Maide Rui Roque
Mérito Baptista Jorge
Nilza Alige
Ciência e Conhecimento Científico

Quelimane

2024
1

Cleide Domingos Ecuadune


Eugénia Lácio
Lurdes Claúdio Achar
Maide Rui Roque
Mérito Baptista Jorge
Nilza Alige

Ciência e Conhecimento Científico

Trabalho de carácter avaliativo da cadeira de MEIC,


a ser entregue no departamento de Língua, Curso de
Licenciatura em Ensino de Português com
habilitações em Inglês, para efeitos de avaliação,
leccionado por:

Docente: Dr. Enisio Cuamba

Quelimane

2024
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Índice
1. Introdução ..................................................................................................................... 3

1.1. Objectivos .................................................................................................................. 3

1.2. Geral .......................................................................................................................... 3

1.3. Específicos ................................................................................................................. 3

2. Metodologia .................................................................................................................. 3

3. Ciência e Conhecimento Científico .............................................................................. 4

3.1. Ciência ....................................................................................................................... 4

3.2. Conhecimento científico ............................................................................................ 4

3.3. O Conhecimento Científico e Outros Tipos de Conhecimento ................................. 4

3.4. Correlação entre Conhecimento Popular e Conhecimento Científico ....................... 4

3.5. Características do Conhecimento Popular ................................................................. 5

3.6. Tipos de Conhecimento ............................................................................................. 6

3.7. Conceito de Ciência ................................................................................................... 9

3.7.1. Classificação e Divisão da Ciência....................................................................... 10

4. Conclusão ................................................................................................................... 10

5. Referências bibliográficas .......................................................................................... 12


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1. Introdução
Em linhas simples, definiremos a ciência como um modo de explicação da realidade; um tipo
conhecimento considerando a partir do conjunto de informações advindas da experiência,
crenças, valores e aprendizagem. Poderíamos defini-la simplesmente como “conhecimento
atento e aprofundado de algo”, ou como corpo de conhecimentos sistematizados adquiridos via
observação, identificação, pesquisa e explicação de determinadas categorias de fenómenos e
fatos, e formulados metódica e racionalmente. Nesta vertente, podemos frisar que o
Conhecimento popular, é aquele conhecimento comum, passado de geração em geração, por
exemplo. Não ignora o conhecimento científico, mas não se mostra tão completo ou tão
estudado quanto ele. É geralmente baseado em valores, na reflexão através do olhar para o
mundo. Não é sistematizado, não há uma metodologia científica por trás dele. Trata-se, então,
de conhecimento inexacto e impreciso. Portanto, o conhecimento científico é baseado em fatos
empiricamente confirmáveis, e não em valores. É contingente, ou seja, é verificável por meio
de experimentos. É sistematizado, já que se desenvolve de acordo com um método ou uma
ordenação (sistematicamente).

1.1. Objectivos
1.2. Geral
 Compreender a Ciência e Conhecimento Científico.

1.3. Específicos
 Definir os conceitos Ciência e Conhecimento Científico;
 Falar do Conhecimento Científico e Outros Tipos de Conhecimento;
 Fazer a Correlação entre Conhecimento Popular e Conhecimento Científico;
 Descrever os Tipos de Conhecimento.

2. Metodologia
Para realização do presente trabalho foi mediante a consulta e revisão de certas literaturas
bibliográficas que abordam acerca da temática em questão. E, por fim, foi levada acabo a
componente referente a analise e compilação da informação.
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3. Ciência e Conhecimento Científico


3.1. Ciência
Segundo Galuano (1977, p.71), "A ciência é uma forma sistemática de aquisição de
conhecimentos, baseada em um método objectivo e bem definido, conhecido como método
científico. A ciência visa à descrição e à explicação de fatos e fenómenos da natureza, de
maneira que seja possível formular teorias, previsões e leis."

De acordo com Cohen (1971, p.71), Aristóteles definiu a ciência como um "conhecimento
demonstrativo", ou seja, um tipo de conhecimento comprovado que pode ser expressado por
meio de uma demonstração, com fundamento em observações, análises e experimentos
considerando as mais diversas hipóteses sobre aquele assunto.

3.2. Conhecimento científico


Segundo Galuano (1977, p.72), "O conhecimento científico validado é convertido em
processos, produtos e dispositivos que têm a função de promover o avanço tecnológico, a
melhoria da qualidade de vida e o desenvolvimento da humanidade."

Na perspectiva de Hegenberg (1973, p.72), Conhecimento científico tácito e explícito.


O conhecimento científico é o conhecimento produzido a partir de actividades científicas,
envolvendo experimentação e colecta de dados, sendo seu objectivo demonstrar, por
argumentação, uma solução para um problema proposto, em relação a uma determinada
questão.

3.3. O Conhecimento Científico e Outros Tipos de Conhecimento


Na perspectiva de Goode (1968), Ao se falar em conhecimento científico, o primeiro passo
consiste em diferenciá-lo de outros tipos de conhecimento existentes. Para tal, analisemos uma
situação histórica, que pode servir' de exemplo.

3.4. Correlação entre Conhecimento Popular e Conhecimento Científico


Segundo Galuano (1977), o conhecimento vulgar ou popular, às vezes denominado senso
comum, não se distingue do conhecimento científico nem pela veracidade nem pela natureza do
objecto conhecido: o que os diferencia é a forma, o modo ou o método e os instrumentos do
"conhecer". Saber que determinada planta necessita de uma quantidade "X" de água e que, se
não a receber de forma "natural", deve ser irrigada pode ser um conhecimento verdadeiro e
comprovável, mas, nem por isso, científico.
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Para Bunge (1976, p.20), a descontinuidade radical existente entre a Ciência e o conhecimento
popular, em numerosos aspectos (principalmente no que se refere ao método), não nos deve
fazer ignorar certa continuidade em outros aspectos, principalmente quando limitamos o
conceito de conhecimento vulgar ao "bom-senso". Se excluirmos o conhecimento mítico (raios
e trovões como manifestações de desagrado da divindade pelos comportamentos individuais ou
sociais), verificamos que tanto o "bom-senso" quanto a Ciência almejam ser racionais e
objectivos: "são críticos e aspiram à coerência (racionalidade) e procuram adaptar-se aos fatos
em vez de permitir-se especulações sem controlo (objectividade) ".

Entretanto, o ideal de racionalidade, compreendido como uma sistematização coerente de


enunciados fundamentados e passíveis de verificação, é obtido muito mais por intermédio de
teorias, que constituem o núcleo da Ciência, do que pelo conhecimento comum, entendido
como acumulação de partes ou "peças" de informação frouxamente vinculadas.

Por sua vez, o ideal de objectividade, isto é, a construção de imagens da realidade, verdadeiras
e impessoais, não pode ser alcançado se não ultrapassar os estreitos limites da vida quotidiana,
assim como da experiência particular; é necessário abandonar o ponto de vista antropocêntrico,
para formular hipóteses sobre a existência de objectos e fenómenos além da própria percepção
de nossos sentidos, submetê-los à verificação planejada e interpretada com o auxílio das
teorias, (Cohen, 1971, p.76).

Por esse motivo é que o senso comum, ou o "bom-senso", não pode conseguir mais do que
uma objectividade limitada, assim como é limitada sua racionalidade, pois está estreitamente
vinculado à percepção e à acção, (Idem).

3.5. Características do Conhecimento Popular


"Se o 'bom-senso', apesar de sua aspiração à racionalidade e objectividade, só consegue atingir
essa condição de forma muito limitada", pode-se dizer que o conhecimento vulgar ou popular,
latu sensu, é o modo comum, corrente e espontâneo de conhecer, que se adquire no trato
directo com as coisas e os seres humanos: "é o saber que preenche nossa vida diária e que se
possui sem o haver procurado ou estudado, sem a aplicação de um método e sem se haver
reflectido sobre algo" (Babini, 1957, p.21).

Para Ander-Egg (1978, p.13-4), o conhecimento popular caracteriza-se por ser


predominantemente:
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 Superficial, isto é, conforma-se com a aparência, com aquilo que se pode comprovar
simplesmente estando junto das coisas: expressa-se por frases como "porque o vi",
"porque o senti", "porque o disseram", "porque todo mundo o diz";
 Sensitivo, ou seja, referente a vivências, estados de âhimo e emoções da vida diária;
 Subjectivo, pois é o próprio sujeito que organiza suas experiências e conhecimentos,
tanto os que adquire por vivência própria quanto os "por ouvi dizer", (Idem);
 Assistemático, pois esta "organização" das experiências não visa a uma sistematização
das ideias, nem na forma de adquiri-las nem na tentativa de validá-las;
 Acrítico, pois, verdadeiros ou não, a pretensão de que esses conhecimentos o sejam não
se manifesta sempre de uma forma crítica.

3.6. Tipos de Conhecimento


Verificamos, dessa forma, que o conhecimento científico diferencia-se do popular muito mais
no que se refere ao seu contexto metodológico do que propriamente ao seu conteúdo. Essa
diferença ocorre também em relação aos conhecimentos filosóficos e religioso (teológico).
Trujillo (1974, p.11) sistematiza as características dos quatro tipos de conhecimento:

(I) Conhecimento Popular

Segundo Galuano (1977, p.74), O conhecimento popular é classificado da seguinte forma:


(Valorativo; Reflexivo; Assistemático; Verificável Falível e Inexai).

Segundo Ander e Egg (1978, p.13-4), o conhecimento popular ou do senso comum caracteriza-
se por ser predominante:

 Superficial, isto é, conforma-se com a aparência, com aquilo que se pode comprovar
simplesmente estando junto das coisas.
 Subjectivo, pois é o próprio sujeito que organiza suas experiências e conhecimentos,
tanto os que adquire por vivência própria enquanto “por ouvir dizer”. Este
conhecimento é várias vezes suportados por juízos tendenciosos voltados para o
individual e ou colectivo.
 Assistemático, pois esta “organização” das experiências não visa uma sistematização
das ideias, quer na forma de adquiri-las quer na tentativa de validá-las, (Ruiz, 1979).
 Acrítico, pois, verdadeiros ou não, a pretensão de que esses conhecimentos ou sejam
não se manifestam sempre de uma forma crítica.
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Segundo Ruiz (1979), refere que o Senso Comum resulta do condicionamento social, que inclui
a inclusão social, ou seja, a maior parte das informações do senso comum são tidas e
reproduzidas no contexto da integração de um indivíduo numa sociedade.

(II) Conhecimento Científico

De acordo com Hegenberg (1973, p.73), diz que o conhecimento científico é (Real (factual);
Contingente; Sistemático; Verificável; Falível e Aproximadamente exacto).

 Real (factual) – lida com ocorrências e fatos;


 Contingente – utiliza-se da experimentação e não apenas da razão;
 Sistemático – ordenado logicamente;
 Verificáveis – hipóteses precisam ser comprovadas;
 Falível – não é definitivo ou final;
 Aproximadamente exacto – pode sofrer reformulações de seu acervo de
conhecimentos.

Segundo Galuano (1977), refere que o conhecimento científico é real (factual) porque lida com
ocorrências ou fatos, isto é, com toda "forma de existência que se manifesta de algum modo"
(frujillo, 1974:14). Constitui um conhecimento contingente, pois suas proposições ou hipóteses
têm sua veracidade ou falsidade conhecida através da experiência e não apenas pela razão,
como ocorre no conhecimento filosófico. É sistemático, já que se trata de um saber ordenado
logicamente, formando um sistema de ideias (teoria) e não conhecimentos dispersos e
desconexos.

Possui a característica da verificabilidade, a tal ponto que as afirmações (hipóteses) que não
podem ser comprovadas não pertencem ao âmbito da ciência. Constitui-se em conhecimento
falível, em virtude de não ser definitivo, absoluto ou final e, por este motivo, é
aproximadamente exacto: novas proposições e o desenvolvimento de técnicas podem
reformular o acervo de teoria existente.

Apesar da separação "metodológica" entre os tipos de conhecimento popular, filosófico,


religioso e científico, no processo de apreensão da realidade do objecto, o sujeito cognoscente
pode penetrar nas diversas áreas: ao estudar o homem, por exemplo, pode-se tirar uma série de
conclusões sobre sua actuação na sociedade, baseada no senso comum ou na experiência
quotidiana; pode-se analisá-lo como um ser biológico, verificando, através de investigação
experimental, as relações existentes entre determinados órgãos e suas funções; pode-se
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questioná-lo quanto à sua origem e destino, assim como quanto à sua liberdade; finalmente,
pode-se observá-lo como ser criado pela divindade, à sua imagem e semelhança, e meditar
sobre o que dele dizem os textos sagrados, (Ruiz, 1979).

(III) Conhecimento Filosófico

Na perspectiva de Galuano (1977, p.75), diz que o conhecimento filosófico é (Valorativo;


Racional; Sistemático; Não verificável; Infalível e Exacto).

O conhecimento filosófico é defendido por vários filósofos como é o caso de Sócrates, Platão,
Santo Agostinho e São Tomás de Aquino. Para Sócrates, o conhecimento é guia da vida.
Segundo Platão as ideias não são representações das coisas mas é a verdade das coisas. Santo
Agostinho preconiza que a razão é dimensão espiritual. Já para São Tomás de Aquino,
considera o Homem como indivíduo estudando-o na prospecção de matéria deforma, admitindo
que o universo é dirigido pelo princípio da perfeição.

Na perspectiva de Souza (1976), argumenta que o conhecimento filosófico é valorativo, pois


seu ponto de partida consiste em hipóteses, que não poderão ser submetidas à observação: "as
hipóteses filosóficas baseiam-se na experiência, portanto, este conhecimento emerge da
experiência e não da experimentação" (Trujillo, 1974: 12); por este motivo, o conhecimento
filosófico é não verificável, já que os enunciados das hipóteses filosóficas, ao contrário do que
ocorre no campo da ciência.

É racional, em virtude de consistir num conjunto de enunciados logicamente correlacionados.


Tem a característica de sistemático, pois suas hipóteses e enunciados visam a uma
representação coerente da realidade estudada, numa tentativa de apreendê-la em sua totalidade.
Por último, é infalível e exacto, já que, quer na busca da realidade capaz de abranger todas as
outras, quer na definição do instrumento capaz de apreender a realidade, seus postulados, assim
como suas hipóteses, não são submetidos ao decisivo teste da observação (experimentação).
Portanto, o conhecimento filosófico é caracterizado pelo esforço da razão pura para questionar
os problemas humanos e poder discernir entre o certo e o errado, unicamente recorrendo às
luzes da própria razão humana.

Ao contrário, a filosofia emprega "o método racional, no qual prevalece o processo dedutivo,
que antecede a experiência, e não exige confirmação experimental, mas somente coerência
lógica" (Ruiz, 1979:110). O procedimento científico leva a circunscrever, delimitar,
fragmentar e analisar o que se constitui o objecto da pesquisa, atingindo segmentos da
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realidade, ao passo que a filosofia encontra-se sempre à procura do que é mais geral,
interessando-se pela formulação de uma concepção unificada e unificante do universo.
Para tanto, procura responder às grandes indagações do espírito humano e, até, busca as
leis mais universais que englobem e harmonizem as conclusões da ciência.

(IV) Conhecimento Religioso

De acordo com Souza (1976, p.74), diz que o conhecimento Religioso (Teo1ogico) –
“Valorativo; Inspiracional; Sistemático; Não verificável; Infalível e Exacto.”

A Teologia é um conhecimento direccionado a compreensão da totalidade da realidade


Homem-mundo. O objectivo é de detectar um princípio e fim unívoco no que se refere a génese
essencial e existencial do cosmo.

Segundo Trujillo (1974), O conhecimento religioso, isto é, teológico, apoia-se em doutrinas que
contêm proposições sagradas (valorativas), por terem sido reveladas pelo sobrenatural
(inspiracional) e, por esse motivo, tais verdades são consideradas infalíveis e indiscutíveis
(exactas); é um conhecimento sistemático do mundo (origem, significado, finalidade e destino)
como obra de um criador divino; suas evidências não são verificadas: está sempre implícita
uma atitude de fé perante um conhecimento revelado.

Assim, o conhecimento religioso ou teológico parte do princípio de que as "verdades" tratadas


são infalíveis e indiscutíveis, por consistirem em "revelações" da divindade (sobrenatural). A
adesão das pessoas passa a ser um ato de fé, pois a visão sistemática do mundo é interpretada
como decorrente do ato de um criador divino, cujas evidências não são postas em dúvida nem
sequer verificáveis, (Cervo, 1978).

3.7. Conceito de Ciência


Segundo Trujillo (1974), diz que ciência é um sistema que adquire conhecimento baseado em
um método, conhecido como método científico. É construída com atitudes racionais, visando à
obtenção de conhecimento específico, com base na observação, na realização de métodos
experimentais e no desenvolvimento de teorias e leis.

Diversos autores tentaram definir o que se entende por ciência. Consideramos mais precisa a
definição de Trujillo Ferrari, expressa em seu livro Metodologia da ciência. Entendemos por
ciência uma sistematização de conhecimentos, um conjunto de proposições logicamente
correlacionadas sobre o comportamento de certos fenómenos que se deseja estudar: "A ciência
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é todo um conjunto de atitudes e actividades racionais, dirigidas ao sistemático conhecimento


com objecto limitado, capaz de ser submetido à verificação" (1974, p.8).

As ciências possuem:

a) Objectivo ou finalidade. Preocupação em distinguir a característica comum ou as leis gerais


que regem determinados eventos, (Trujillo, 1974, p.76).

b) Função Aperfeiçoamento, através do crescente acervo de conhecimentos, da relação do


homem com o seu mundo.

c) Objecto. Subdividido em:

 Material, aquilo que se pretende estudar, analisar, interpretar ou verificar, de modo


geral, (Idem);
 Formal, o enfoque especial, em face das diversas ciências que possuem o mesmo
objecto material.

3.7.1. Classificação e Divisão da Ciência


De acordo com Souza (1976, p.78), refere que a complexidade do universo e a diversidade de
fenómenos que nele se manifestam, aliadas à necessidade do homem de estudá-los para poder
entendê-los e explicá-los, levaram ao surgimento de diversos ramos de estudo e ciências
específicas. Estas necessitam de uma classificação, quer de acordo com sua ordem de
complexidade, quer de acordo com seu conteúdo: objecto ou temas, diferença de enunciados e
metodologia empregada.

Ciências
Factuais
Formais Naturais Sociais
Lógica Física Antropologia cultural
Matemática Química Direito
Biologia e outras Economia
Politica
Psicologia Social e Sociologia
Fonte: Souza (1976, p.78).
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4. Conclusão
Conclui-se que ao se falar em conhecimento científico, o primeiro passo consiste em
diferenciá-lo de outros tipos de conhecimento existentes. Para tal, analisemos uma situação
histórica, que pode servir' de exemplo. Por outra, temos Conhecimento popular, é aquele
conhecimento comum, passado de geração em geração, por exemplo. Não ignora o
conhecimento científico, mas não se mostra tão completo ou tão estudado quanto ele. É
geralmente baseado em valores, na reflexão através do olhar para o mundo. Não é
sistematizado, não há uma metodologia científica por trás dele. Trata-se, então, de
conhecimento inexacto e impreciso. Porém, o conhecimento científico é baseado em fatos
empiricamente confirmáveis, e não em valores. É contingente, ou seja, é verificável por meio
de experimentos. É sistematizado, já que se desenvolve de acordo com um método ou uma
ordenação (sistematicamente). Portanto, o conhecimento filosófico é valorativo, pois seu ponto
de partida consiste em hipóteses, que não poderão ser submetidas à observação: "as hipóteses
filosóficas baseiam-se na experiência, portanto, este conhecimento emerge da experiência e não
da experimentação" (Trujillo, 1974: 12); por este motivo, o conhecimento filosófico é não
verificável, já que os enunciados das hipóteses filosóficas. É racional, em virtude de consistir
num conjunto de enunciados logicamente correlacionados.
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5. Referências bibliográficas
Bunge, Mário. (1976). La ciencia, su método y su filosofia. Buenos Aires: Siglo Veinte.

Cervo, Amado Luiz, Bervian, Pedro Alcino. (1978). Metodologia científica: para uso dos
estudantes universitários, 2. ed. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil.

Cohen, Morris, Nagel, Ernest. (1971). Introducci6n a la 16gica y ai método científico. 2. ed.
Buenos Aires: Amorrortu, 1971. v. 2.

Galuano, A. Guilherme (Org.). (1977). O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harper
& Row do Brasil.

Goode, William J., Hait, Paul K. (1968). Métodos em pesquisa social. 2. ed. São Paulo:
Nacional.

Hegenberg, Leônidas. (1973). Explicações cinéticas: introdução à filosofia da ciência. 2. ed.


São Paulo: E.P.U.IEDUSP.

Ruiz, João Álvaro. (1979). Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. São Paulo:
Atlas.

Souza, Aluísio José Maria de et al. (1976). Iniciação à 16gica e à metodologia da ciência. São
Paulo: Cultrix.

Trujillo Ferrari, Alfonso. (1974). Metodologia da ciência. 2. ed. Rio de Janeiro: Kennedy.

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