Plano Diretor - Votuporanga

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REVISÃO DO

PLANO DIRETOR
ANTEPROJETO DE LEI
João Eduardo Dado Leite de Carvalho
Prefeito
Renato Gaspar Martins
Vice-Prefeito

Tássia Gélio Coleta Nossa Silvia Brandão Cuenca Stipp


respondendo pelo expediente da Secretária Municipal da Cultura e
Secretaria Municipal de Planejamento Turismo.

Mônica Pesciotto de Carvalho Flávio Augusto Piancenti Junior


Presidente do Fundo Social de Secretário Municipal de
Solidariedade do Município Desenvolvimento Econômico

Douglas Lisboa da Silva André Luís Souza Figueiredo


Procurador Geral do Município Secretário de Direitos Humanos

César Fernando Camargo José Ricardo Rodrigues da Cunha


Secretário Municipal de Governo Secretário Municipal de Esporte e Lazer

Miguel Maturana Filho Mauro Del Álamo


Secretário Municipal da Administração Secretário Municipal de Obras

Diogo Mendes Vicentini Jair de Oliveira


Secretário Municipal da Fazenda. Secretário Municipal de Trânsito,
Transporte e Segurança
Márcia Cristina Fernandes Prado Reina
Secretária Municipal da Saúde Ronaldo Armando de Mattos
Secretário Municipal de Transparência e
Ederson Marcelo Batista Controladoria Geral
Secretário Municipal da Educação
Waldecy Antonio Bortoloti
Thiago Augusto Francisco Superintendente da SAEV Ambiental
Secretário Municipal da Assistência
Social

José Marcelino Poli


Secretário Municipal da Cidade.
Equipe de Coordenação da revisão do Texto
Plano Diretor Participativo – Equipe PDP Juliana Pellegrini Cezare
Lana Miceli Fava
Tássia Gélio Coleta Nossa
Rafael de Oliveira Rodrigues Verdelho
respondendo pelo expediente da Secretaria
Municipal de Planejamento -SEPLAN Josi Mara da Silva Bassan
Coordenadora Geral Murilo Aparecido Pereira Bozeli
Tatiana Megiani Welter
Rafael de Oliveira Rodrigues Verdelho Lucas Vinicius Ribeiro Brunini
Assessor de Gabinete
Coordenador Executivo
Colaboradores
Luís Fernando Magossi André Luiz Sanches Navarro
Chefe do Departamento de Planejamento Urbano Débora Aparecida M. D. de Lima Vetorazzo
Josi Mara da Silva Bassan Eliete Helena Ramos Piveta
Chefe da Divisão de Análise de Plano Diretor Ester Moraes de Souza Silva
Gustavo de Souza Fava
Lucas Vinicius Ribeiro Brunini
Chefe da Divisão de Projetos de Desenho Urbano
Joaquim Angelo Cezare
Patrícia Barreto Dias Celestino
Murilo Aparecido Pereira Bozeli Rafaela Caris Perinelli
Chefe do Setor de Análise de Plano Diretor Ricardo José Aparecido Guerra
Tatiana Megiani Welter Terezinha de Oliveira Gonzaga
Analista do Executivo XVI Thiago Miranda Luchi
Juliana Pellegrini Cezare
Assessora de Gabinete Revisão Final
Tássia Gélio Coleta Nossa
Lana Miceli Fava
Eliete Helena Ramos Piveta
Assessora de Gabinete
Murilo Aparecido Pereira Bozeli

Grupo de Assessoramento para a revisão


Cartografia
do Plano Diretor Participativo – GA-
Lucas Vinicius Ribeiro Brunini
SEPLAN Josi Mara da Silva Bassan
Vanderlei Carminatti Luís Fernando Magossi
Eliete Helena Ramos Piveta Tatiana Megiani Welter
Thiago Miranda Luchi
Danilo Tonete Diagramação
Olyntho Munhoz Vargas Juliana Pellegrini Cezare

Corpo de Conselheiros Capa


Mariana Carvalho
Gustavo de Souza Fava
Coordenador do Plano Diretor Municipal
aprovado pela Lei Municipal nº 2.829, de 1996

Jesus Silva Melo


Coordenador do Plano Diretor Participativo
aprovado pela Lei Complementar Municipal
nº106, de 2007

Thiago Fernandes Del Pino


Representante da Associação dos Engenheiros
Arquitetos e Agrônomos da Região Votuporanga
– SEARVO
Grupo Técnico para a revisão do Plano Diretor Participativo – GT-PDP

Procuradoria Geral do Município Secretaria Municipal de Direitos


Giulliano Ivo Batista Ramos Humanos
Janaina Cassia de Morais Munhoz Daniela Destro de Abreu
Carlitos Singolani Garcia
Secretaria Municipal da Administração
Rosmari Aparecida Ferraz Secretaria Municipal de Esportes e Lazer
Antônio Moreno André Luís de Freitas Oliveira
Ricardo Morial Pignatari
Secretaria Municipal da Cidade
Edson Genari Secretaria Municipal de Governo
Azis Nicolas Dahwache Lara de Oliveira Rodrigues Dorigan
Paula Angélica Araújo de Aquino Almeida
Secretaria Municipal da Cultura e
Turismo Secretaria Municipal de Obras
Marinês da Silva Manhani de Lima, Diego André Osti Antoniassi
Alexandre Miotto da Costa Luiz Veríssimo Pigioni

Secretaria Municipal da Educação Secretaria Municipal de Trânsito,


Lanusse Janieli Torres de Carvalho Transporte e Segurança
Simone Rafaela Floriano Franzin Marton Mário José de Grande Campos
Gilberto Taccolini Junior
Secretaria Municipal da Fazenda
Ricardo José Aparecido Guerra Secretaria Municipal de Transparência e
Ricardo Raphael Gaijutis Controladoria Geral
Ivelton da Silva Cassemiro
Secretaria Municipal da Saúde Jean Guilherme Guerbaz
Renata Cristina Martins Ferreira
Superintendência de Água, Esgotos e
Secretaria Municipal de Assistência Social Meio Ambiente
Adriano Borges Domingos da Silva Ralf Silva Bonfm
Gabriel Cordeiro de Lima Marcelo Roncolato Cambrais

Secretaria Municipal de Fundo Social de Solidariedade


Desenvolvimento Econômico Janaína Lima do Nascimento
Orlando Dionisio Ribeiro Filho Luciano Oliveira da Cruz
Eliane Beloni Murasse Davanço
Sumário
TÍTULO I ______________________________________________________________________ 1
DO PLANO DIRETOR E DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO DE VOTUPORANGA
CAPÍTULO I ____________________________________________________________________ 1
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO II ___________________________________________________________________ 2
DOS PRINCÍPIOS
CAPÍTULO III ___________________________________________________________________ 6
DOS OBJETIVOS E DAS DIRETRIZES GERAIS
TÍTULO II _____________________________________________________________________ 10
CAPÍTULO I ___________________________________________________________________ 10
DO DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL E GESTÃO MUNICIPAL
CAPÍTULO II __________________________________________________________________ 12
DO SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO E PLANEJAMENTO DA POLÍTICA URBANA - SIGEPURB
CAPÍTULO III __________________________________________________________________ 28
DA GESTÃO DEMOCRÁTICA DA CIDADE E DO CONTROLE SOCIAL
TÍTULO III ____________________________________________________________________ 35
DAS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL
CAPÍTULO I ___________________________________________________________________ 35
DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL
CAPÍTULO II __________________________________________________________________ 70
DAS POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
CAPÍTULO III __________________________________________________________________ 87
DA POLÍTICA DO MEIO AMBIENTE
CAPÍTULO IV _________________________________________________________________ 100
DA POLÍTICA DE SANEAMENTO BÁSICO
CAPÍTULO V _________________________________________________________________ 109
DA POLÍTICA E SISTEMAS DE INFRAESTRUTURAS URBANAS
CAPÍTULO VI _________________________________________________________________ 150
DA POLÍTICA DE MOBILIDADE URBANA
CAPÍTULO VII ________________________________________________________________ 156
DA POLÍTICA DE HABITAÇÃO
TÍTULO IV ___________________________________________________________________ 161
DA POLÍTICA DE ORDENAMENTO TERRITORIAL
CAPÍTULO I __________________________________________________________________ 161
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO II _________________________________________________________________ 162
DO MACROZONEAMENTO
CAPÍTULO III _________________________________________________________________ 173
DO USO DO SOLO
CAPÍTULO IV _________________________________________________________________ 181
DO ZONEAMENTO RURAL
CAPÍTULO V _________________________________________________________________ 183
DO ZONEAMENTO URBANO
CAPÍTULO VI _________________________________________________________________ 197
DAS ZONAS ESPECIAIS
CAPÍTULO VII ________________________________________________________________ 215
DO PARCELAMENTO DO SOLO URBANO
CAPÍTULO VIII ________________________________________________________________ 244
DOS CONDOMÍNIOS EDILÍCIOS E URBANO SIMPLES
CAPÍTULO IX _________________________________________________________________ 250
DO PARCELAMENTO DO SOLO NA ZONA RURAL
CAPÍTULO X _________________________________________________________________ 250
COMITÊ MUNICIPAL DE URBANISMO – COMURB
TÍTULO V ___________________________________________________________________ 252
DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA
CAPÍTULO I __________________________________________________________________ 254
DOS INSTRUMENTOS URBANÍSTICOS
CAPÍTULO III _________________________________________________________________ 278
DOS INSTRUMENTOS DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
TÍTULO VI ___________________________________________________________________ 283
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Partes Integrantes do Anteprojeto de
Lei
Mapas
Mapa 1 – Macrozonas e Perímetro Urbano
Mapa 2 – Macroáreas Urbanas e Rurais
Mapa 3 - Zoneamento da Macroárea Urbana Consolidada e Macroárea Urbana de
Proteção Ambienta
Mapa 4 - Zoneamento da Macroárea Urbana de Expansão e Macroárea Urbana de
Proteção Ambiental
Mapa 5 - Zona Especial de Refuncionalização Urbana - ZERU
Mapa 6 - Zona Especial de Interesse Social – ZEIS
Mapa 7 - Zona Especial de Proteção ao Manancial de Abastecimento – ZEPAM
Mapa 8 - Zona Especial de Interesse Turístico – ZEIT
Mapa 9 - Zona Especial Aeroportuária – ZEA
Mapa 10 - Hierarquia e Expansão do Sistema Viário
Mapa 11 - Estradas Municipais e Córregos
Mapa 12 – Base Territorial de Planejamento e Gestão

Anexos
Anexo 01 – Conceitos e Definições
Anexo 02 – Roteiro do Perímetro Urbano
Anexo 03 – Parâmetros de Ocupação
Anexo 04 – Roteiro Perimétrico da ZEPAM

Os arquivos dos mapas anexos estão disponíveis no site da prefeitura:


http://www.votuporanga.sp.gov.br/
1

MINUTA DE PROJETO DE LEI DO PLANO DIRETOR


PARTICIPATIVO DO MUNICÍPIO DE VOTUPORANGA

Institui o Plano Diretor Participativo,


regulamenta o Uso, a Ocupação do Solo e o
Parcelamento do Solo no Município de
Votuporanga e dá outras providências.

TÍTULO I
DO PLANO DIRETOR E DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO
DE VOTUPORANGA

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta Lei Complementar institui o Plano Diretor Participativo do


Município de Votuporanga, instrumento básico da política de desenvolvimento e de
expansão urbana, nos termos do art. 182 da Constituição Federal de 05 de outubro de 1988,
do Capítulo III da Lei Federal nº 10.257, de 10 de junho de 2001 – Estatuto da Cidade - e do
Capítulo V, Título V da Lei Orgânica do Município.

Art. 2º Esta Lei Complementar regulamenta o Uso, a Ocupação e o


Parcelamento do Solo no Município de Votuporanga em atendimento ao disciplinado no
inciso VIII do art. 30 da Constituição Federal, ao inciso II do art. 4º da Lei Federal nº 10.257
de 2001 – Estatuto da Cidade e ao inciso VIII do art. 8º da Lei Orgânica do Município.

Art. 3º O Plano Diretor Participativo de Votuporanga abrange a totalidade do


território municipal e integra o processo de planejamento municipal, estabelecendo
objetivos, diretrizes e instrumentos para a execução dos planos, programas, projetos e ações
dos setores público e privado.
§ 1º Entende-se por política de desenvolvimento urbano o conjunto de ações,
estratégias e instrumentos necessários à transformação da cidade, tendo, como objetivo
principal, a melhoria da qualidade de vida da população urbana e rural, por meio de
processos que integrem o ordenamento territorial aos aspectos sociais, econômicos,
ambientais.
§ 2º Os agentes públicos e privados que atuam no território municipal de
Votuporanga adotarão os objetivos e as diretrizes definidos neste Plano Diretor Participativo,
especialmente, os relativos às políticas setoriais, à gestão do território municipal e à
implementação dos instrumentos da política urbana.
2

Art. 4º Este Plano Diretor Participativo orienta o planejamento urbano e rural


do Município e seus objetivos, diretrizes e prioridades devem ser respeitados e incorporados
pelo Plano Plurianual (PPA), pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), pela Lei
Orçamentária Anual (LOA) e pelos Planos Setoriais, nos termos § 1º do artigo 40 da Lei
Federal 10.257/2001 – Estatuto da Cidade.
Parágrafo único. As legislações tributária, ambiental e urbanística, inclusive as
aplicáveis às áreas rurais, bem como os modelos e formas de gestão da administração pública
deverão orientar-se pelas diretrizes e prioridades contidas neste Plano Diretor Participativo.

Art. 5º Os objetivos previstos neste Plano Diretor Participativo devem ser


alcançados até 2030.

Art. 6º O Poder Executivo Municipal deverá encaminhar à Câmara Municipal


de Votuporanga proposta de atualização deste Plano Diretor Participativo, a ser elaborada
de forma participativa, sempre que ocorrer modificação na realidade municipal que possa
alterar as diretrizes e as prioridades estabelecidas nesta Lei Complementar, observada a
revisão de até dez anos, definida no artigo 40 da Lei Federal nº 10.257, de 10 de junho de
2001 – Estatuto da Cidade.
Parágrafo único. Compete ao Sistema de Informações Municipais o
acompanhamento e a verificação da mudança da realidade municipal mediante informações
que gerem subsídios para o planejamento, monitoramento e a avaliação da política urbana,
devendo ser analisados e aprovados pelo Conselho Municipal da Cidade.

Art. 7º Os termos utilizados nos conceitos, objetivos e diretrizes desta Lei


Complementar estão descritos no Anexo 01 – Conceitos e Definições.

CAPÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS

Art. 8º São princípios da Política de Desenvolvimento Urbano do Município de


Votuporanga a serem observados na implementação deste Plano Diretor Participativo e nas
demais políticas públicas mediante disposições legais e administrativas:
I – Função Social da Cidade;
II – Função Social da Propriedade Urbana;
III – Função Social da Propriedade Rural;
IV – Gestão Democrática da Cidade;
V – Equidade Social e Territorial;
VI – Direito à Cidade;
VII – Direito ao Meio Ambiente Ecologicamente Equilibrado;
VIII – Sustentabilidade.
3

Art. 9º A Função Social da Cidade compreende o atendimento às necessidades


essenciais dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento
socioeconômico e ambiental por meio da oferta de terra urbanizada, de moradia digna, de
transporte coletivo, de mobilidade urbana e rural, de trabalho, de educação, de saúde, de
esporte e lazer, de segurança, de cultura, de patrimônio, de identidade e memória cultural,
de saneamento básico, de infraestrutura e demais serviços públicos.
Parágrafo único. Assegurando o cumprimento da Função Social da Cidade, o
Poder Público Municipal deverá atuar:
I – no atendimento à demanda de serviços públicos e comunitários para a
população que habita e atua no Município de Votuporanga;
II – na promoção de políticas públicas mediante um processo continuado de
gestão democrática e de participação popular;
III – na disponibilização de transporte coletivo para todas as regiões do
Município de Votuporanga, salvaguardando a mobilidade pública;
IV – no fornecimento de infraestrutura nos prédios públicos, nos parques, nos
sistemas de lazer e nas ruas, avenidas e estradas do município;
V – na promoção do acesso à moradia para toda população com urbanização de
qualidade, infraestrutura urbana, equipamentos e serviços públicos;
VI – na promoção de usos compatíveis com a preservação ambiental, evitando a
degradação de áreas de interesse ambiental;
VII – no incremento de atratividades econômicas que aloquem emprego e renda
ao município, buscando uma base de sustentação econômica para a população local;
VIII – na universalização do abastecimento de água, na coleta e no tratamento,
ambientalmente, adequado dos esgotos e dos resíduos sólidos;
IX – na proteção e recuperação do patrimônio histórico-cultural material e
imaterial com valorização da memória social e da diversidade;
X – na utilização, de forma adequada, dos bens móveis e imóveis de interesse
histórico-cultural.

Art. 10. A Função Social da Propriedade Urbana é considerada elemento


constitutivo do direito de propriedade e é atendida quando são cumpridas as exigências
fundamentais do planejamento urbano, da ordenação territorial, dos mecanismos de gestão
urbana, rural e ambiental expressos nesta Lei Complementar, especialmente, sobre os
coeficientes de aproveitamento adotados para todo território municipal.
Parágrafo único. O Poder Público Municipal intervirá na propriedade imóvel
para salvaguardar a Função Social da Propriedade Urbana e para garantir:
I – a utilização e o aproveitamento de atividades ou usos em prol do bem
coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos bem como do equilíbrio ambiental;
II – o atendimento às necessidades dos cidadãos, quanto à qualidade de vida, à
justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas;
III – a compatibilidade dos usos da propriedade imóvel com a segurança, com o
bem-estar e com a saúde de seus usuários;
4

IV – a distribuição de usos e intensidades de ocupação do solo, de forma


equilibrada, em relação à infraestrutura disponível, aos transportes e ao meio ambiente de
modo a evitar a ociosidade e a sobrecarga dos investimentos públicos;
V – a promoção da regularização fundiária dos assentamentos humanos
precários e irregulares;
VI – o respeito aos limites e índices urbanísticos estabelecidos nesta Lei
Complementar e nas legislações dela decorrentes;
VII – a promoção do adequado aproveitamento dos imóveis não edificados,
subutilizados e não utilizados.

Art. 11. A Função Social da Propriedade Rural é considerada elemento


constitutivo do direito de propriedade e é atendida quando, simultaneamente, a propriedade
é utilizada de forma racional e adequada, conservando seus recursos naturais e observando
as disposições que regulam as relações de trabalho, favorecendo o bem-estar dos
proprietários e dos trabalhadores.
Parágrafo único. A Função Social da Propriedade Rural será desenvolvida
mediante um planejamento agrícola, que englobe as atividades agroindustriais,
agropecuárias, pesqueiras e florestais com a participação efetiva dos setores de produção na
qualidade de produtores e trabalhadores rurais e que envolva os dos setores de
comercialização, de armazenamento e de transportes, levando em conta, especialmente:
I – os instrumentos creditícios e fiscais;
II – os preços compatíveis com os custos de produção e a garantia de
comercialização;
III – o incentivo à pesquisa e à tecnologia;
IV – a assistência técnica e extensão rural;
V – o seguro agrícola;
VI – o cooperativismo;
VII – a eletrificação rural e irrigação;
VIII – a habitação para o trabalhador rural.

Art. 12. A Gestão Democrática da Cidade é entendida por esta Lei


Complementar como a garantia de participação e representação dos diferentes segmentos da
população nos processos de planejamento, elaboração, implementação, avaliação e controle
dos planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano e na aplicação dos
investimentos públicos, diretamente, ou por intermédio de associações representativas.
Parágrafo único. Para garantir a Gestão Democrática da Cidade, deverão ser
utilizados, entre outros, os seguintes instrumentos:
I – órgãos colegiados de políticas urbana e setorial, nos níveis nacional, estadual
e municipal;
II – debates, audiências e consultas públicas;
III – conferências municipais sobre assuntos de interesse urbano e a participação
do município nas conferências nos níveis nacional e estadual;
5

IV – iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos de


desenvolvimento urbano.

Art. 13. A Equidade Social e Territorial compreende a garantia da justiça social


a partir da redução das vulnerabilidades urbanas e das desigualdades sociais entre os grupos
populacionais e entre as unidades espaciais do Município de Votuporanga, preocupando-se
em prover iguais oportunidades e não paridade de resultados mediante políticas de coesão
territorial, que foquem no desenvolvimento endógeno e exógeno em regiões, relativamente,
periféricas.

Art. 14. O Direito à Cidade corresponde a um direito coletivo por meio do qual
estabelece-se uma universalização dos acessos aos benefícios e às comodidades da vida
urbana para todos os cidadãos, disponibilizando usos e serviços, equipamentos e
infraestruturas públicas e incentivando a ocupação dos espaços públicos como forma de
construção de uma cidade mais justa, democrática e cidadã.

Art. 15. O Direito ao Meio Ambiente Ecologicamente Equilibrado é


considerado um direito de todos, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade
de vida, constituído por elementos do sistema ambiental natural e do sistema urbano
preservado de forma que esses se organizem, equilibradamente, para conservar e prover o
manejo ecológico das espécies e ecossistemas, garantindo a melhoria da qualidade ambiental
e do bem-estar humano.
Parágrafo único. Para assegurar a efetividade do disposto no caput, incumbe ao
Poder Público:
I – promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a
conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
II – controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e
substâncias que comportem risco para vida e para o meio ambiente;
III – exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade, potencialmente,
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto
ambiental, ao que se dará publicidade.

Art. 16. A Sustentabilidade é compreendida como a integração dos fatores


sociais, econômicos e ambientais nas ações de promoção do avanço econômico e social, de
modo que evite a degradação do ambiente natural e construído e a superexploração dos
recursos naturais para além da capacidade de suporte dos ecossistemas, atendendo as
necessidades do presente, sem comprometer a possibilidade das gerações futuras atenderem
suas próprias necessidades.

Art. 17. Os agentes públicos e privados que causarem lesão, dolosamente, ao


princípio enumerado no inciso I do art. 8º serão responsabilizados civil, administrativa e
criminalmente.
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Art. 18. Sujeitam-se às sanções previstas em lei os proprietários de imóveis


urbanos ou rurais que, por qualquer meio, artifício ou omissão, impeçam ou dificultem a
realização de atividades de interesse público em sua propriedade.

CAPÍTULO III
DOS OBJETIVOS E DAS DIRETRIZES GERAIS

Art. 19. São objetivos a serem alcançados pelo Plano Diretor Participativo do
Município de Votuporanga:
I – a promoção de uma cidade compacta por meio do estimulo do adensamento
populacional e construtivo e da otimização das infraestruturas urbanas disponíveis, visando
uma cidade sustentável e com menor custo per capita;
II – a promoção da policentralidade por meio da consolidação das centralidades
emergentes e do incentivo a formação de novas centralidades ao longo da malha urbana;
III – o aperfeiçoamento da diversificação do uso do solo em toda a cidade com
a adoção de usos compatíveis com os impactos causados, hierarquização viária,
infraestrutura e restrições ambientais, prevendo mecanismos que minimizem os conflitos;
IV – a promoção do desenvolvimento urbano, reforçando e ampliando o papel
de Votuporanga como polo da Região de Governo, com ações que promovam a melhoria da
qualidade de vida para população e para as cidades vizinhas;
V – a promoção da justiça social, da redução da pobreza, da mitigação das
desigualdades sociais e da coibição da segregação socioespacial;
VI – a promoção do acesso à cidade para todos, valorizando os aspectos relativos
à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte, aos serviços
públicos, ao trabalho e ao lazer;
VII – a redução das desigualdades socioespaciais mediante a distribuição
adequada das atividades econômicas e da oferta equânime, pelo território, de áreas verdes e
equipamentos de assistência social, educação, saúde, esporte, lazer, cultura e segurança
pública, atendendo as necessidades dos idosos, crianças e jovens;
VIII – a promoção da urbanização e da regularização fundiária das áreas
ocupadas pela população de baixa renda, garantindo a preservação ambiental;
IX – o provimento de habitação de interesse social em localizações urbanas
adequadas, articuladas com oferta de áreas verdes, transporte coletivo, serviços,
equipamentos e infraestruturas básicas de assistência social, abastecimento, saúde,
educação, cultura e lazer;
X – o desenvolvimento da urbanização adequada dos vazios urbanos e a
integração dos territórios da cidade, estimulando à utilização de imóveis não edificados,
subutilizados ou não utilizados;
XI – a coibição da especulação da terra como reserva de valor a fim de assegurar
o cumprimento da função social da propriedade, evitando distorções e abusos no usufruto
econômico da propriedade urbana e rural;
7

XII – a contenção da expansão urbana horizontal de modo disperso e


desordenado, evitando a fragmentação e descontinuidades excessivas das áreas urbanizadas
e impactos negativos sobre o orçamento municipal, os serviços públicos, a biodiversidade,
os recursos ambientais, ecossistemas e a produção agrícola e hídrica local;
XIII – a recuperação dos investimentos do Poder Público de que tenha resultado
a valorização de imóveis urbanos e rurais;
XIV – o estímulo ao surgimento de negócios inovadores em informação, ciência
e tecnologia e que se articulem às cadeias produtivas regionais, especialmente daqueles que
se enquadrem nas vocações da cidade de Votuporanga;
XV – o desenvolvimento do potencial turístico do município nos seus vários
segmentos, especialmente, o rural, o ecológico cultural, o de lazer e o de negócios;
XVI – o fomento à integração entre as atividades urbanas e rurais, tendo em vista
o desenvolvimento socioeconômico do Município;
XVII – a proteção e a promoção do desenvolvimento rural por intermédio da
produção agrícola diversificada e de atividades sustentáveis compatíveis com a preservação
e conservação ambiental;
XVIII – a proteção e a recuperação do meio ambiente, das áreas urbanas e rurais,
especialmente, de áreas verdes, mananciais de abastecimento, cursos d’água, áreas de
interesse social, áreas de risco ao assentamento humano e áreas de interesse histórico-
cultural;
XIX – a incrementação da eficiência econômica da cidade, de forma a ampliar
os benefícios sociais e reduzir os custos operacionais para os setores público e privado,
inclusive por meio do aperfeiçoamento administrativo e da modernização tecnológica do
setor público;
XX – a busca contínua da eficiência na ação governamental, promovendo a
integração e a cooperação com os governos federal, estadual e com os municípios da região,
no processo de planejamento e gestão das questões de interesse em comum;
XXI – a descentralização dos programas, projetos e ações da Administração
Pública, respeitando as diretrizes e prioridades dos planos setoriais;
XXII – a efetivação de parcerias entre os setores público e privado, em projetos
que promovam a melhoria na qualidade de vida da população;
XXIII – o fomento as parcerias com os institutos de ensino e pesquisa, visando
à produção, divulgação e disponibilização do conhecimento científico e à formulação de
soluções tecnológicas e ambientalmente adequadas às políticas públicas;
XXIV – o fomento à participação da iniciativa privada em ações relativas ao
processo de urbanização, mediante o uso de instrumentos urbanísticos diversificados,
quando for de interesse público e compatível com as funções sociais da cidade;
XXV – a ampliação da participação da população e de associações
representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e
acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano, bem como
na definição do orçamento municipal;
8

XXVI – a melhoria das condições de mobilidade e acessibilidade urbana e rural


por meio da adequação e ampliação da oferta de transportes coletivos, da integração entre
diferentes modos de transporte motorizados e não motorizados e da execução e melhoria da
infraestrutura viária;
XXVII – a priorização do pedestre, dos modos de transporte não motorizados e
do transporte público;
XXVIII – a proteção, promoção, recuperação e utilização adequada dos bens e
imóveis de interesse histórico-cultural e do patrimônio cultural material e imaterial com a
valorização da memória social e da diversidade;
XXIX – a proteção das manifestações culturais populares, indígenas e afro-
brasileiras, e de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional;
XXX – a garantia a todos do pleno exercício dos direitos culturais e do acesso
às fontes da cultura nacional, estadual e municipal, apoiando e incentivando a valorização e
a difusão das manifestações culturais.

Art. 20. Os agentes públicos e privados responsáveis pela aplicação das políticas
e normas explicitadas neste Plano Diretor Participativo devem observar as seguintes
diretrizes gerais:
I – reduzir a necessidade de deslocamento, aproximando os locais de emprego
aos de moradia;
II – criar mecanismos que assegurem o cumprimento das funções sociais da
cidade e da propriedade;
III – ofertar equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos
adequados aos interesses e às necessidades da população e às características locais;
IV – promover planejamento integrado que envolva o poder púbico e a iniciativa
privada, visando o desenvolvimento da cidade, mediante a distribuição espacial da
população e das atividades econômicas no Município de modo a evitar e corrigir as
distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente e o
orçamento municipal;
V – ordenar e controlar o uso do solo, evitando:
a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos e rurais;
b) as instalações de empreendimentos ou atividades que possam funcionar como
polos geradores de tráfego, sem a previsão da infraestrutura correspondente;
c) a poluição e a degradação ambiental, a deterioração das áreas urbanizadas e a
exposição da população a riscos de desastres;
d) conflitos entre os usos permitidos do solo;
VI – implementar os instrumentos de regulação urbanística, baseados no
interesse público;
VII – promover regularização fundiária e a urbanização de áreas ocupadas por
população de baixa renda mediante o estabelecimento de normas especiais de uso e ocupação
do solo e edificação, considerando a situação socioeconômica da população e as normas
ambientais;
9

VIII – estimular a ocupação das áreas subutilizadas dotadas de infraestrutura por


meio dos instrumentos da política urbana;
IX – implementar, no âmbito municipal, a Agenda 2030 da Organização das
Nações Unidas, visando alcançar os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS);
X – considerar o contexto regional na elaboração dos diagnósticos que orientam
as políticas, programas, projetos e ações desenvolvidas pelo poder público Municipal;
XI – reforçar a articulação entre Votuporanga e as cidades vizinhas, mediante a
criação e melhoria das infraestruturas de interconexão e o estabelecimento de arranjos
institucionais, como consórcios intermunicipais, visando à promoção do desenvolvimento
na escala regional;
XII – adequar e aplicar os instrumentos de política econômica, tributária e
financeira e dos gastos públicos aos objetivos do desenvolvimento urbano, de modo a
privilegiar os investimentos geradores de bem-estar geral e a fruição dos bens pelos
diferentes segmentos sociais;
XIII – estimular a utilização, nos parcelamentos do solo e nas edificações
urbanas, de sistemas operacionais, padrões construtivos e aportes tecnológicos que
objetivem a redução de impactos ambientais e a economia de recursos naturais.
XIV – criar e manter um sistema de áreas verdes e de lazer, especialmente,
integradas a corredores hídricos e ecológicos como modelo espacial;
XV – adotar padrões de produção, consumo de bens e serviços e de expansão
urbana compatíveis com os limites da sustentabilidade ambiental, social e econômica do
município de Votuporanga e do território sob sua área de influência;
XVI – incentivar a atividades rurais integradas às políticas de abastecimento
municipal e de conservação dos recursos naturais de forma que estimulem a permanência da
população na zona rural, especialmente de agricultores familiares;
XVII – organizar a circulação viária, por meio da Hierarquia e das Diretrizes de
Expansão do Sistema Viário, garantindo fluidez e segurança nos deslocamentos dentro do
território municipal de Votuporanga;
XVIII – valorizar as áreas públicas, adequando a infraestrutura de modo a
estimular o convívio de pessoas nestes locais e priorizando pedestres, ciclistas e usuários do
transporte público;
XIX – promover a cooperação entre o governo, a iniciativa privada e os demais
setores da sociedade no processo de urbanização que atenda ao interesse social mediante
programas, projetos e parcerias;
XX – fortalecer o setor público municipal, recuperar e valorizar as funções de
planejamento, articulação e controle da Política de Desenvolvimento Urbano;
XXI – desenvolver sistema de acompanhamento das políticas públicas, com
definição de indicadores, objetivando dotar a administração e a sociedade de dados e
informações para a gestão territorial, monitoramento e avaliação da implementação das
diretrizes e instrumentos estabelecidos;
XXII – fortalecer a base econômica local, fomentando as atividades já
estabelecidas e estimulando a inovação, o empreendedorismo, a economia solidária, a
10

economia criativa, a descentralização espacial de oportunidades econômicas e a distribuição


de renda;
XXIII – estimular o fortalecimento e o incremento do circuito produtivo
estabelecido entre as atividades urbanas e rurais localizadas no território municipal;
XXIV – desenvolver a gestão democrática mediante a criação e o aprimoramento
constante dos mecanismos de participação, promovendo ampla divulgação e realização de
capacitações que visem a consolidação da governança municipal;
XXV – criar de mecanismos específicos de participação popular na gestão do
orçamento do Município;
XXVI – garantir a participação da população interessada, mediante audiências
públicas e consultas públicas nos processos de implantação de empreendimentos ou
atividades com efeitos potencialmente negativos, relacionados ao meio ambiente natural ou
construído, ao conforto ou à segurança da população;
XXVII – incentivar o desenvolvimento de condições de acessibilidade,
utilização e conforto nas dependências internas das edificações urbanas, observando
requisitos mínimos de dimensionamento, ventilação, iluminação, ergonomia, privacidade e
qualidade dos materiais empregados;
XXVIII – implementar uma política fundiária e de uso e ocupação do solo que
garanta o acesso à terra para as funções sociais da cidade e proteja o patrimônio ambiental e
cultural.

TÍTULO II
DO PLANEJAMENTO E GESTÃO DEMOCRÁTICA DA CIDADE

CAPÍTULO I
DO DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL E GESTÃO MUNICIPAL

Art. 21. O Desenvolvimento Institucional será fundamentado no planejamento


municipal, no tocante a elaboração, a implementação, o aperfeiçoamento e o
acompanhamento deste Plano Diretor Participativo e dos planos, programas e projetos
setoriais, a ser realizado de maneira descentralizada, democrática e a partir do envolvimento
de seus diferentes órgãos e entidades.
Art. 22. São objetivos da Política de Desenvolvimento Institucional e Gestão
Municipal:
I – implementação do planejamento como prática permanente de orientação da
gestão pública, visando subsidiar os processos decisórios e prognósticos realizados com base
em informações compartilhadas entre os órgãos;
II – articulação com os municípios da Região de Governo de Votuporanga e da
Região Administrativa de São José do Rio Preto com a finalidade de desenvolver as
11

interfaces regionais das diversas políticas públicas no âmbito regional, no tocante aos fluxos
populacionais, de capitais, consumos e investimentos;
III – promoção da participação social no planejamento urbano por meio da
integração entre os saberes técnicos e os comunitários para a compreensão da realidade
municipal em todos seus aspectos.

Art. 23. São diretrizes da Política de Desenvolvimento Institucional e Gestão


Municipal:
I – promover a prática de diagnóstico pautado em técnicas, metodologias e
evidências mediante o levantamento de informações e análises sobre o território municipal,
visando orientar o gestor na tomada de decisão;
II – fixar metas para as ações das políticas públicas municipais, associando
indicadores de desempenho como forma de avaliação e monitoramento das políticas
públicas.
III – buscar soluções adequadas e inovadoras para lidar com a limitação de
recursos e com as mudanças de prioridades;
IV – fortalecer o acesso da população à informação por meio da promoção, da
comunicação e da divulgação de informações referentes à implementação, acompanhamento
e resultados dos programas, projetos e ações dos órgãos e entidades públicas, bem como
metas e indicadores propostos, em consonância com a Lei nº 12.527, de 18 de novembro de
2011 - Lei de Acesso à Informação;
V – promover capacitação, especialização e treinamento para os servidores
públicos, em caráter permanente, visando o desenvolvimento interno da instituição
municipal e à melhora contínua dos serviços prestados à sociedade e à racionalização dos
gastos públicos;

Art. 24. Quando necessário, o Poder Executivo Municipal promoverá a


adequação da sua estrutura administrativa para a incorporação dos objetivos, diretrizes e
ações previstas nesta Lei Complementar, mediante a reformulação das competências de seus
órgãos e entes da administração pública.
12

Seção I
Da Política de Recursos Humanos e Informatização

Art. 25. O Poder Executivo Municipal conduzirá a política de recursos humanos


e informatização a ser elaborada de forma integrada entre os órgãos e entes da administração
pública municipal.
Parágrafo único. A política de recursos humanos e informatização será
desenvolvida mediante um plano municipal, que conterá:
I – o diagnóstico, utilizando pesquisa de campo realizada junto aos órgãos e entes
da administração direta e indireta, indicando a situação de cada um em relação à:
a) capacidade de atendimento da demanda;
b) adequação qualiquantitativa do quadro de pessoal em relação à eficiência do
funcionalismo público;
c) disponibilidade dos recursos tecnológicos e equipamentos de informática
(hardware e software) necessários à eficiente execução da política;
II – a apresentação de propostas nas seguintes áreas:
a) readequação quantitativa do quadro de pessoal em áreas específicas,
explicitando justificativas fundamentadas e elencando prioridades;
b) treinamentos e capacitações para servidores em áreas específicas, tendo por
objetivo o aperfeiçoamento dos serviços públicos em geral, e em especial, a implementação
de um processo cultural de gestão democrática participativa do planejamento municipal;
c) avanços e incrementos da informatização em áreas específicas, visando a
eficiência do trabalho executado a partir do emprego de novas tecnologias, especialmente a
integração de dados e informações do município no Sistema de Informações Municipais –
SIM;
d) programa de valorização permanente dos servidores municipais de
Votuporanga.

CAPÍTULO II
DO SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO E PLANEJAMENTO DA POLÍTICA
URBANA - SIGEPURB

Art. 26. O Sistema Integrado de Gestão e Planejamento da Política Urbana -


SIGEPURB consiste no conjunto de órgãos e entes públicos municipais e instâncias de
participação popular que nortearão as ações dos setores públicos, privados e da sociedade,
para cumprimento dos objetivos e diretrizes deste Plano Diretor Participativo.

Art. 27. São objetivos do Sistema Integrado de Gestão e Planejamento da


Política Urbana - SIGEPURB:
I – a articulação e a integração das diversas políticas públicas municipais com as
políticas federais e estaduais, regional para a implementação deste Plano Diretor
Participativo;
13

II – a complementaridade e integração entre os objetivos e diretrizes desta Lei


Complementar com os planos setoriais;
III – a promoção do desenvolvimento do território de Votuporanga, por meio do
processo permanente de avaliação e revisão deste Plano Diretor Participativo com a
utilização dos sistemas de informação, necessários à gestão pública;
IV – a implementação de processo permanente de acompanhamento e avaliação
dos resultados da política pública urbana, por meio da criação e estabelecimento de
indicadores e metas mensuráveis;
V – o subsidio ao desenvolvimento da cidade de forma democrática, por meio
do fortalecimento das instâncias participativas da sociedade;
VI – o estabelecimento de fluxos permanentes de informação entre os
componentes do sistema, a fim de facilitar o processo de tomada de decisão, o
monitoramento e avaliação das políticas públicas;
VII – o subsidio ao desenvolvimento de projetos regionais, em parcerias com
Municípios vizinhos e órgãos dos Governos Estadual e Federal, visando à aplicação e o
gerenciamento conjunto de recursos.

Art. 28. O Poder Executivo Municipal regulamentará as atribuições dos órgãos


públicos municipais que atuarão no Sistema Integrado de Gestão e Planejamento da Política
Urbana - SIGEPURB.
§1º A regulamentação de que trata o caput deste artigo estabelecerá a estrutura
administrativa para o atendimento de suas finalidades e terá, dentro da sua composição
mínima:
I – Órgãos e Entes de Planejamento da Administração Pública Direta e Indireta
do Município;
II – Conselho Municipal da Cidade;
III – Sistema de Informações Municipais – SIM;
IV – Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação – FUMDUH.
§ 2º Aos componentes do Sistema Integrado de Gestão e Planejamento da
Política Urbana – SIGEPURB, deverá ser disponibilizado treinamentos e capacitações
permanentes, sobretudo nas áreas de planejamento estratégico-orçamentário com o objetivo
de torná-los aptos a manterem a interlocução e realizarem o acompanhamento das políticas
públicas municipais.

Art. 29. Além deste Plano Diretor Participativo, são instrumentos do Sistema
Integrado de Gestão e Planejamento da Política Urbana – SIGEPURB:
I – Plano Plurianual - PPA, Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e Lei
Orçamentária Anual - LOA;
II – Planos e Programas Setoriais;
III – Planos Locais de Gestão;
IV – Plano de Reestruturação e Qualificação Urbana;
V – demais normas complementares previstas neste Plano Diretor Participativo.
14

Parágrafo único. As leis, planos e códigos citados no caput deverão observar os


objetivos e as diretrizes estabelecidos nesta Lei Complementar.

Seção I
Do Sistema de Informações Municipais – SIM

Art. 30. O Sistema de Informações Municipais consiste no conjunto de


informações sociais, culturais, econômicas, financeiras, patrimoniais, administrativas,
físico-territoriais, geológicas, ambientais, imobiliárias, de segurança e outras de relevante
interesse para o Município.
Parágrafo único. O sistema a que se refere o caput deve atender aos princípios
da simplificação, economicidade, eficácia, clareza, precisão e segurança, evitando-se a
duplicação de meios e instrumentos para fins idênticos.

Art. 31. O Sistema de Informações Municipais fornecerá subsídios ao


planejamento e a gestão sustentável da cidade e será, periodicamente, atualizado para atingir
os seguintes objetivos:
I – o abastecimento de informações atualizadas para a gestão e o planejamento,
bem como para o monitoramento, a implementação e a avaliação de políticas públicas de
forma a subsidiar a tomada de decisões relativas ao poder público municipal;
II – a construção de séries históricas de dados socioeconômicos, urbanísticos e
ambientais que subsidiem a elaboração, a atualização e a revisão deste Plano Diretor
Participativo, bem como dos Planos Setoriais;
III – o estabelecimento de indicadores de desempenho que permitam um
processo de avaliação contínua do desenvolvimento sustentável municipal;
IV – o aperfeiçoamento das técnicas empregadas na representação cartográfica
do município e nos sistemas de cadastro físico-territorial;
V – a publicização e a divulgação de informações do Sistema de Informações
Municipais - SIM por intermédio do sítio eletrônico da Prefeitura Municipal de Votuporanga
em linguagem acessível à população, ressalvadas àquelas cujo sigilo seja imprescindível nos
termos da lei.

Art. 32. Compõem o Sistema de Informações Municipais:


I – o cadastro físico municipal;
II – os mapas oficiais e de subsídio;
III – os dados dos sistemas de informações operacionais e gerenciais empregados
por todos os órgãos da administração municipal direta, indireta e concessionárias públicas;
IV – os dados secundários produzidos por diferentes órgãos de pesquisa, como
IBGE e SEADE;
V – as informações levantadas pelas instâncias de gestão democrática;
VI – o Sistema de Informações Geográficas – SIG;
15

VII – o Cadastro Técnico Multifinalitário – CTM.


§ 1º As concessionárias e os prestadores de serviços, que desenvolvem
atividades no Município, deverão fornecer todos os dados e informações que forem
considerados necessários ao Sistema Municipal de Informações.
§ 2º O Poder Público Municipal regulamentará os componentes do Sistema de
Informações Municipais, constantes nos incisos I e VI deste artigo, no prazo de até 120
(cento e vinte) dias da publicação desta Lei Complementar.

Art. 33. O Sistema de Informações Municipais adotará a divisão administrativa


do Município constante no Mapa 12 - Base Territorial de Planejamento e Gestão, como
unidade territorial básica para a organização e a disseminação dos dados, indicadores e
cadastros relativos ao território municipal.

Art. 34. Os órgãos e entes da administração pública municipal, havendo a


viabilidade, deverão adotar a divisão territorial definida no Mapa 12 - Base Territorial de
Planejamento e Gestão, para organizar a coleta, a sistematização, bem como para
instrumentalizar o planejamento, o monitoramento e a avaliação das políticas públicas de
base territorial.
§1º São consideradas políticas públicas de base territorial todas aquelas que
apresentam dependência, para sua concepção e implementação, de um quadro estratégico
prospectivo, elaborado a partir da realidade socioespacial sobre a qual serão direcionadas.
§2º A base territorial citada no caput é composta pelo conjunto de unidades
espaciais compatíveis, complementares e hierárquicas, determinadas segundo os critérios de
hierarquização viária, dimensão e formação histórica ou cultural, e que se estruturam a partir
de três níveis hierárquicos:
I – Regiões: que são as unidades espaciais de divisão, em um maior nível
hierárquico, do território municipal, constituídas por 8 (oito) unidades espaciais,
denominadas de acordo com seu posicionamento geográfico, em Região Rural, Central,
Norte, Sul, Leste, Oeste, Simonsen e Vila Carvalho;
II – Unidade Territorial de Planejamento e Gestão – UTPG: são as Regiões
Rural, Central, Norte, Sul, Leste e Oeste subdivididas em 38 (trinta e oito) unidades espaciais
menores, constituindo um nível hierárquico intermediário, cujas nomenclaturas são
formadas pelo nome da Região a qual pertence justapondo-se um número para efeito de
identificação;
III - Microunidade Territorial de Planejamento e Gestão – MTPGs: são as
unidades espaciais de menor nível hierárquico. Uma UTPG, a depender de sua extensão e
complexidade socioespacial, pode ser subdividida em duas ou mais MTPG, cuja
nomenclatura é definida pelo loteamento que, historicamente, a deu origem ou pela
representatividade identitária do local.
§3º As unidades espaciais definidas no Mapa 12 - Base Territorial de
Planejamento e Gestão, bem como aquelas que vierem a ser estabelecidas em decorrência
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da expansão urbana, de processos de transformação socioespacial ou do desenvolvimento do


municipal, deverão recobrir todo território municipal na forma do §2º do art. 34.
§4º Os órgãos e entes municipais que desenvolvem políticas públicas de base
territorial havendo a viabilidade, deverão adotar, progressivamente, os limites das unidades
espaciais para planejamento e execução de suas ações, bem como para disseminação dos
resultados obtidos, produzindo informações e indicadores territorialmente comparáveis,
capazes de dinamizar a produção de diagnósticos integrados sobre o desempenho das
políticas públicas e a realidade socioespacial do município.

Art. 35. A base territorial, definida no Mapa 12 - Base Territorial de


Planejamento e Gestão, poderá ser utilizada para ordenar, regionalmente, a participação
democrática na gestão e planejamento das políticas públicas, visando identificar as diferentes
demandas norteadoras das políticas de base territorial.

Art. 36. As unidades espaciais, definidas na base territorial, representam a


proposição de novos setores censitários aos órgãos estaduais e federais para disseminação
de indicadores estatísticos e censitários, visando à produção de informações sob bases
territoriais comuns, compatibilizando e dinamizando o processo de realização de
diagnósticos.

Art. 37. O Poder Público Municipal buscará o entendimento com o Estado,


União e outras instituições públicas na qualidade de Cartórios Eleitorais, Correios e Poder
Judiciário, para que eles adotem as unidades territoriais como unidade básica do território
municipal para os fins de organização de dados, indicadores e cadastros, assim como para a
gestão dos serviços.

Art. 38. Os Mapas do Município de Votuporanga são divididos em oficiais e de


subsídios, tendo por objetivos:
I – a instrumentalização da população na compreensão do território;
II – a orientação do Poder Público na gestão do território;
III – a fixação de áreas de aplicação dos instrumentos de ordenamento territorial;
IV – a orientação da aplicação dos instrumentos urbanísticos.
§ 1º Os Mapas Oficiais deste Plano Diretor Participativo são partes integrantes
desta lei, conforme o art. 637.
§ 2º Os mapas citados no §1º do art. 38 só poderão ser alterados por meio de Lei
Complementar.
§ 3º Mapas subsídios são aqueles responsáveis por auxiliar no conhecimento do
território municipal, contribuindo com o planejamento e a execução das políticas públicas
municipais, sendo compostos pelos mapas anexo do Diagnóstico do Plano Diretor
Participativo e outros que vierem a contribuir como planejamento municipal.
17

Art. 39. Todos os órgãos e entes municipais que levantarem informações


espaciais referentes ao desenho urbano do município, como levantamentos topográficos,
projetos de desenhos urbanos executados, entre outros, deverão repassá-las, por meio de
arquivo digital, ao órgão competente, com objetivo de manter permanentemente atualizados
os mapas municipais.

Art. 40. O Poder Público Municipal deverá manter atualizado o sistema de


cadastro físico predial e territorial, assim como o sistema cartográfico dos serviços de
infraestrutura, sejam eles municipais, estaduais ou federais.
Parágrafo único. As omissões ou ausências relativas ao disposto no caput
deverão ser resolvidas no prazo de 12 meses, a contar da publicação desta Lei
Complementar.

Seção II
Do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação

Art. 41. Fica criado o Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano e


Habitação, formado pelos seguintes recursos:
I – recursos próprios do Município;
II – transferências intergovernamentais;
III – transferências de instituições privadas;
IV – transferências do exterior;
V – transferências de pessoa física;
VI – receitas provenientes da Concessão do Direito Real de Uso de áreas
públicas, exceto nas ZEIS;
VII – receitas provenientes de Outorga Onerosa do Direito de Construir, Outorga
Onerosa de Alteração de Uso e outros instrumentos urbanísticos previstos nesta Lei
Complementar e na Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001;
VIII – receitas provenientes da Concessão do Direito de Superfície;
IX – rendas provenientes da aplicação financeira dos seus recursos próprios;
X – doações;
XI – outras receitas que lhe sejam destinadas por lei municipal específica.
Parágrafo único. Constituirá receita orçamentária de aplicação exclusiva na
Política Municipal de Habitação:
I – o produto de convênios ou contratos firmados para fins de programas
habitacionais;
II – a consignação em orçamento, pelo Município, de percentual não inferior a
0,5% (meio por cento) do valor das transferências de que trata o Artigo 158, IV e 159, I,
letra “B”, da Constituição Federal;
III – as contribuições e doações de pessoas jurídicas de direito público e privado
para fins de programas habitacionais.
18

Art. 42. Os recursos do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano e


Habitação – FUMDUH serão depositados em conta corrente especial, mantida em instituição
financeira, especialmente aberta para esta finalidade.

Art. 43. Os recursos do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano e


Habitação – FUMDUH serão aplicados na consecução dos objetivos, diretrizes e prioridades
deste Plano Diretor Participativo, respeitadas às seguintes finalidades de:
I – regularização fundiária;
II – execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;
III – constituição de reserva fundiária;
IV – ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
V – implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
VI – criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
VII – criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de
interesse ambiental;
VIII – proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.

Art. 44. O Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação –


FUMDUH será administrado por um Conselho Gestor, composto por 10 (dez) membros
titulares e os seus respectivos suplentes, assim definidos:
I – 5 (cinco) representantes de órgãos e entidades do Poder Público:
a) Secretaria Municipal de Planejamento – SEPLAN ou órgão competente;
b) Procuradoria Geral do Município – PGM ou órgão competente;
c) Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte e Segurança – SETRAN ou
órgão competente;
d) Secretaria Municipal de Obras – SEOBR ou órgão competente;
e) SAEV Ambiental ou entidade competente;
II – 5 (cinco) representantes da sociedade civil, oriundos dos seguintes
Conselhos Municipais:
a) 1 (um) representante do Conselho Municipal da Cidade – CONCIDADE;
b) 1 (um) representante do Conselho Municipal de Assistência Social;
c) 1 (um) representante do Conselho Municipal de Trânsito;
d) 1 (um) representante do Conselho Municipal do Meio Ambiente e
Saneamento – CONDEMA;
e) 1 (um) representante do Conselho Municipal de Habitação.
§ 1º O presidente do Conselho Gestor do FUMDUH será o Secretário Municipal
de Planejamento e contará com uma Secretaria Executiva, cujas atribuições serão previstas
no seu Regimento Interno.
§ 2º A Secretaria Executiva será composta por um servidor do quadro funcional
da Secretaria Municipal de Planejamento ou órgão competente, designado pelo Presidente
do Conselho Gestor do FUMDUH.
19

§ 3º No caso de empate nas deliberações, caberá ao Presidente do Conselho


Gestor do FUMDUH o voto de qualidade.
§ 4º O mandato dos conselheiros eleitos será de 24 (vinte e quatro) meses, sendo
permitida apenas uma recondução.
§ 5º O Conselho Gestor do FUMDUH deverá analisar, anualmente, a prestação
de contas do exercício anterior e aprová-la, se a considerar adequada e correta, garantindo
sua publicação no Diário Oficial do Município de Votuporanga.

Art. 45. São atribuições do Conselho Gestor do FUMDUH:


I – estabelecer diretrizes e fixar normas para a gestão e operacionalização dos
recursos disponíveis do Fundo;
II – gerir o Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação e
estabelecer políticas de atendimento ao desenvolvimento urbano e habitacional,
especialmente às famílias mais vulneráveis e de baixa renda;
III – manifestar em todas as situações que envolvam a construção de conjuntos
residenciais, realizadas pelo próprio Município ou de interesse de terceiros;
IV – acompanhar a avaliação de ações previstas neste Plano Diretor Participativo
e no Plano Local de Habitação de Interesse Social;
V – analisar previamente a elaboração de Convênios e Contratos, inclusive
empréstimos pertinentes ao objeto do Fundo;
VI – analisar as demonstrações contábeis orçamentárias e financeiras,
submetidas à sua apreciação.

Art. 46. São atribuições do Presidente do Fundo Municipal Desenvolvimento


Urbano e Habitação:
I – acompanhar e avaliar as ações propostas pelo Conselho Deliberativo,
priorizando ações que devam e possam ser implementadas, em razão das possibilidades do
Fundo;
II – submeter ao Conselho Deliberativo o plano de aplicação dos recursos
consignados ao Fundo, em consonância com o Plano Diretor Participativo, Plano Local de
Habitação de Interesse Social e com as Leis de Orçamentárias;
III – submeter ao Conselho Deliberativo, as demonstrações mensais de receitas
e despesas do Fundo;
IV – subdelegar competências a terceiros quando necessário a melhor adequação
das ações do Fundo, responsabilizando-se pela ação desses agentes;
V – firmar Convênios e Contratos, inclusive de empréstimo, juntamente com o
Chefe do Poder Executivo Municipal, referente a recursos que serão administrados pelo
Fundo;
VI – providenciar, junto à contabilidade geral do Município, as demonstrações
que indiquem a situação econômico-financeira do Fundo Municipal de Desenvolvimento
Urbano e Habitação;
20

VII – manter os controles necessários sobre Convênios ou Contratos de prestação


de serviços pelo setor privado e dos empréstimos feitos para o Fundo Municipal de
Desenvolvimento Urbano e Habitação.

Art. 47. O Orçamento do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano e


Habitação evidenciará as políticas e o programa de trabalho do Governo Municipal,
observados o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e os princípios da
universalidade e do equilíbrio.
Parágrafo único. O orçamento do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano
e Habitação observará, na sua elaboração e na sua execução, os padrões e normas
estabelecidos na legislação pertinente.

Art. 48. A contabilidade do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano e


Habitação tem por objetivo evidenciar a situação financeira, patrimonial e orçamentária,
observados os padrões e normas em vigor na legislação pertinente.

Art. 49. A contabilidade será organizada de forma a permitir o exercício de suas


funções de controle prévio, concomitante e subsequente e de informar, inclusive de apropriar
e apurar custos dos serviços e, consequentemente, de concretizar os objetivos do Fundo bem
como interpretar e analisar os resultados obtidos.
§ 1º A contabilidade emitirá relatórios mensais de gestão, inclusive dos custos
dos serviços;
§ 2º Entende-se por relatórios de gestão, os balancetes mensais de receita e
despesa do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação e demais
demonstrações exigidas pela administração financeira e legislação pertinente;
§ 3º As demonstrações e os relatórios produzidos, passarão a integrar a
contabilidade geral do Município.

Art. 50. Nenhuma despesa será realizada sem a necessária disponibilidade


orçamentária e de recursos financeiros.
Parágrafo único. Para os casos de insuficiência e omissões orçamentárias,
poderão ser utilizados os créditos adicionais suplementares e especiais, autorizados por Lei
e abertas por Decreto do Poder Executivo.

Art. 51. A despesa do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano e


Habitação, vinculada a política habitacional, consistirá de:
I – financiamento total ou parcial de programas habitacionais, desenvolvidos
direta ou indiretamente pelo Município de Votuporanga;
II – pagamento de vencimentos, honorários ou gratificações a pessoas, órgãos
ou entidades da administração direta ou indireta, que participem da execução de programas
ou projetos específicos do setor de habitação, observados as disposições legais pertinentes;
21

III – pagamento pela prestação de serviços e entidades de direito privado, para


execução de programas ou projetos específicos do setor habitacional;
IV – aquisição de material de consumo e/ou permanente, além de outros insumos
necessários ao desenvolvimento dos programas habitacionais, observadas as disposições
legais pertinentes;
V – atendimento de despesas diversas de caráter urgente e inadiável, necessárias
à execução das ações e serviços vinculados aos seguintes objetivos:
a) levantamentos e estudos da carência habitacional no Município e condição
socioeconômica das famílias abrangidas;
b) estudos para priorização de áreas e localização de próprios municipais ou de
terceiros, que ofereçam melhor adequação aos objetivos do Fundo;
c) estabelecer diretrizes e fixar normas para a gestão e operacionalização dos
programas habitacionais que venham ou estejam sendo implantados no Município;
d) desenvolver e aperfeiçoar os instrumentos de gestão, planejamento,
administração e controle das ações da política habitacional no Município;
e) desenvolver programas de capacitação e aperfeiçoamento de recursos
humanos, inclusive envolvendo as famílias de baixa renda, interessadas na obtenção de
moradias populares, através de cursos de caráter profissionalizante.

Seção III
Dos Planos Setoriais

Art. 52. As Políticas de Desenvolvimento Municipal, previstas no Título III


desta Lei Complementar deverão ser precedidas e orientadas por Planos Setoriais a serem
elaborados pelos respectivos órgãos e entes competentes.

Art. 53. Os Planos Setoriais serão os instrumentos básicos de planejamento das


respectivas políticas públicas, e deverão:
I – ser estruturados a partir dos objetivos, diretrizes e princípios desta Lei
Complementar;
II – ser debatidos e aprovados nos conselhos municipais;
III – considerar as metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS),
estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU);
IV – conter, no mínimo:
a) o diagnóstico da política pública setorial executada e do contexto
socioespacial por ela abrangido;
b) os resultados dos cálculos de demandas por diferentes programas e
equipamentos urbanos e comunitários a serem realizados e apresentados segundo as divisões
territoriais definidas no Mapa 12 - Base Territorial de Planejamento e Gestão;
c) as propostas de atendimento às demandas citadas na alínea anterior, definindo
objetivos, metas e indicadores de desempenho;
22

d) os programas, projetos, e ações previstos para o cumprimento de cada objetivo


estabelecido com indicação dos responsáveis pelas suas execuções;
e) o programa de ampliação, manutenção e melhoria dos equipamentos e
edifícios públicos utilizados para a execução da política setorial;
f) a indicação das fontes de recursos possíveis e disponíveis.

Art. 54. Os planos setoriais deverão respeitar as restrições legais, técnicas e


orçamentário-financeiras e possuir clareza e detalhamentos suficientes para viabilizarem sua
incorporação às leis orçamentárias do município, possibilitando a aplicação de investimentos
nos serviços e programas apresentados em cada política pública setorial.
§ 1º Instituindo o Plano Diretor Participativo na qualidade de planejamento
urbano municipal, desdobrado esse como um processo contínuo e permanente, indicam-se
estudos e propostas subsequentes, na forma de Planos Setoriais, que podem ser temáticos ou
territoriais, destinados à complementar as estratégias desta Lei Complementar,
subdividindo-se dentre outros, em:
I – Plano Municipal de Infraestrutura;
II – Plano Municipal da Educação;
III – Plano Municipal da Saúde;
IV – Plano Municipal de Mobilidade Urbana;
V – Plano Municipal de Expansão Viária;
VI – Plano Local de Habitação de Interesse Social;
VII – Plano Municipal de Saneamento Básico;
VIII – Plano Municipal de Assistência Social;
IX – Plano Municipal de Contingência de Proteção e Defesa Civil;
X – Plano Municipal de Arborização;
XI – Plano Municipal de Turismo;
XII – Plano Municipal de Cultura;
XIII – Plano Municipal de Segurança da Água;
XIV – Plano Municipal de Controle de Erosão;
XV – Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica;
XVI – Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos;
XVII – Plano Municipal Para a Infância e Adolescência;
XVIII – Plano Municipal de Desenvolvimento Rural.
§ 2º Os Planos Setoriais seguirão as normas técnicas específicas e o seu
desenvolvimento seguirá as adequações necessárias no uso e ocupação do território,
preservadas as estratégias e prioridades desta Lei Complementar e do planejamento urbano
municipal.
§ 3º Cada órgão responsável pelo Plano Setorial será encarregado de fornecer
dados atualizados de seu setor com vistas a formação do cadastro multifinalitário a ser
organizado pelo órgão de planejamento do Município.
§ 4º Os Planos Setoriais serão sempre apresentados em Audiência Pública.
23

§ 5º Os Planos Setoriais referentes às políticas públicas municipais serão


desenvolvidos no Título III desta Lei Complementar.

Seção IV
Dos Planos Locais de Gestão

Art. 55. Os Planos Locais de Gestão – PLG são instrumentos da política urbana
que usam estratégias aplicadas a um local específico e têm por objetivos:
I – a promoção de melhorias urbanísticas, socioeconômicas, ambientais,
paisagísticas e habitacionais, na escala local, por meio de ações integradas, investimentos e
intervenções previamente programadas;
II – a articulação entre as questões locais e as estruturais da cidade;
III – a redução da desigualdade e segregação socioespaciais;
IV – a garantia do efetivo exercício do direto à cidade aos moradores e usuários
de áreas limitadas pelo ambiente urbano construído.
§ 1º Os Planos Locais de Gestão serão instituídos por lei municipal específica e
deverão ser promovidos mediante debates com a participação da população e de associações
representativas dos vários segmentos da comunidade, assegurando a publicidade e o acesso
aos documentos e informações produzidos.
§ 2º Os Planos Locais de Gestão serão direcionados às áreas do território
municipal identificadas como vulneráveis do ponto de vista urbanístico, social, econômico,
ambiental, habitacional e paisagístico e serão orientados pelos objetivos e diretrizes contidos
neste Plano Diretor Participativo.
§ 3º A área de abrangência conformada respeitará os limites das unidades
espaciais definidas no Mapa 12 – Base Territorial de Planejamento e Gestão e poderão ser
agrupadas ou desmembradas de acordo com a extensão da problemática ou identidade
socioespacial diagnosticada.

Art. 56. Os Planos Locais de Gestão deverão conter, no mínimo:


I – o diagnóstico das demandas do local, elaborado com participação dos
moradores e usuários interessados;
II – a avaliação dos objetivos previstos no art. 55 e indicação das prioridades
para definição das ações, investimentos e intervenções, com as devidas metas e indicadores
de acompanhamento;
III – a seleção e detalhamento dos objetivos e diretrizes presentes nesta Lei
Complementar, considerados estratégicos para a superação das principais problemáticas
socioespaciais diagnosticadas;
IV – a indicação de ações voltadas à requalificação ambiental e urbanística bem
como ao estímulo do desenvolvimento social e econômico local, a partir das potencialidades
e vulnerabilidades identificadas;
24

V – a indicação dos instrumentos urbanísticos previstos nesta Lei Complementar


que serão aplicados, com a devida justificativa e detalhamento das intervenções previstas;
VI – as recomendações aos Planos Setoriais quanto às demandas por serviços e
equipamentos públicos identificadas no local.

Art. 57. A elaboração dos Planos Locais de Gestão ficará sob responsabilidade
do Poder Executivo Municipal, observando o seguinte ordenamento de prioridade:
I – Vila Carvalho;
II – Norte;
III – Distrito de Simonsen;
IV –Sul;
V – Leste;
VI – Oeste.
§ 1º A ordem definida, nos incisos do caput, para a elaboração dos Planos Locais
de Gestão poderá ser alterada pelo Poder Executivo Municipal, desde que seja devidamente
justificada por questões de ordem técnica, a serem avaliadas pelo CONCIDADE, garantida
a prioridade de iniciação pela Vila Carvalho.
§ 2º A população, por meio das instâncias de gestão democrática da cidade,
poderá propor novos Planos Locais de Gestão - PLG, além de sugerir alterações quanto à
ordem definida neste artigo.

Art. 58. Os Conselhos Gestores específicos deverão acompanhar a


implementação dos Planos Locais de Gestão - PGL, podendo avaliar e recomendar medidas
para seu efetivo cumprimento.
Parágrafo Único. Os conselhos de que trata o caput serão constituídos, de forma
paritária, por representantes dos segmentos da sociedade, da população local e do Poder
Executivo Municipal, a quem caberá a presidência.

Art. 59. A elaboração de cada Plano Local de Gestão - PGL deverá seguir as
seguintes diretrizes, elencadas por região:
I – Vila Carvalho:
a) conclusão do processo de regularização fundiária;
b) implantação de equipamentos comunitários ou apresentação de plano de
deslocamento periódico de profissionais para atendimento no local ou oferta de transporte
regular para a população até os equipamentos comunitários já existentes no município de
Votuporanga;
c) implementação de linhas periódicas de transporte coletivo;
d) fomento a atividades econômicas no local, com o objetivo de diminuir a
dependência da população em relação à migração diária para acesso ao trabalho;
e) estímulo a atividades agrícolas intensivas em mão de obra na região rural do
entorno;
II – Norte:
25

a) regularização fundiária;
b) soluções ambientalmente sustentáveis e socialmente dignas para a população
residente em ocupações irregulares de áreas verdes;
c) direcionamento da população vulnerável a programas, projetos e ações sociais
do município, em especial àqueles voltados à qualificação para o mercado de trabalho e à
formação contínua no ensino regular;
III – Distrito de Simonsen:
a) implantação de equipamentos comunitários ou apresentação de plano de
deslocamento periódico de profissionais para atendimento no local ou oferta de transporte
regular para a população até os equipamentos comunitários já existentes no município
Votuporanga;
b) melhoria da conexão viária do Distrito de Simonsen com a sede do município
de Votuporanga;
c) mitigação dos impactos negativos causados pela linha férrea na mobilidade
interna do Distrito;
d) melhoria dos serviços de utilidade pública, em especial os serviços postais;
IV – Sul:
a) regularização fundiária;
b) direcionamento da população vulnerável a programas, projetos e ações sociais
do município, em especial àqueles voltados à qualificação para o mercado de trabalho e à
formação contínua no ensino regular;
c) criação de Parque Lineares;
d) revitalização dos espaços públicos;
V – Leste:
a) ampliação da conexão viária entre os acessos locais e as vias coletoras e
arteriais do município de Votuporanga, com ênfase na melhoria do acesso a pedestres;
b) promoção do saneamento ambiental por meio da extinção de pontos de
descarte irregular de lixo e da ampliação do sistema de captação de esgoto para a totalidade
das unidades residenciais;
VI – Oeste:
a) ampliação da conexão viária entre os acessos locais e as vias coletoras e
arteriais do município, com ênfase na melhoria do acesso a pedestres;
b) implantação de equipamentos comunitários;
c) estímulo e incentivos fiscais à ocupação das áreas destinadas a
empreendimentos comerciais e de serviços.

Seção V
Do Plano de Reestruturação e Qualificação Urbana - PRQ

Art. 60. O Plano de Reestruturação e Qualificação Urbana – PRQ é um


conjunto de programas que traçam estratégias específicas de qualificação urbanística,
26

realizadas pelo Poder Público, conjuntamente, com entidades da sociedade civil, visando à
promoção:
I – do desenvolvimento de centralidades urbanas;
II – da valorização das regiões do seu entorno;
III – da valorização simbólica da área;
IV – da maior integração à paisagem urbana.

Art. 61. A implementação do Plano de Reestruturação e Qualificação Urbana -


PRQ dar-se-á a partir identificação e classificação dos elementos referenciais do espaço
urbano e suas conexões existentes ou potenciais, valorizando o espaço público por meio dos
seguintes programas:
I – PRQ 1 – Parque Saúde;
II – PRQ 2 - ZCC - Central;
III – PRQ 3 -ZCC - Sul e Avenida Prestes Maia;
IV – PRQ 4 -ZCC - Leste e Parque da Cultura;
V – PRQ 5 - ZCC - Norte e Avenida Emílio Arroyo Hernandes;
VI – PRQ 6 - Compreendido pela Rua Amazonas no trecho entre a Rua Paraíba
e Rua Guaporé;
VII – PRQ 7 - Avenidas.

Art. 62. São objetivos do Plano de Reestruturação e Qualificação Urbana - PRQ:


I – o fortalecimento das centralidades municipais, otimizando a oferta de
infraestrutura existente;
II – a requalificação e reabilitação das áreas deterioradas;
III – a melhoria das condições urbanísticas;
IV – a adequação da acessibilidade urbana de acordo com a legislação e normas
vigentes;
V – a indução de uma forma de ocupação qualificadora e democrática do espaço
urbano;
VI – a adequação da mobilidade urbana e sinalização viária.

Art. 63. São diretrizes do Plano de Reestruturação e Qualificação Urbana -


PRQ:
I – cumprir as normas de acessibilidade mediante a desobstrução dos passeios
públicos, adotando pisos e revestimentos adequados e instalando equipamentos urbanos para
conforto dos usuários;
II – implantar melhorias na sinalização viária que englobem pinturas de faixas
de estacionamento, lombo-faixas, faixas de retenção e faixas de pedestres;
III – implantar melhorias e complementar o sistema de mobilidade urbana,
integrando os sistemas de transporte coletivo, viário, cicloviário, de circulação de pedestres
e dotando-os de condições adequadas de acessibilidade;
IV – promover a adequação do sistema de fiação aérea.
27

Art. 64. A elaboração de cada programa deverá seguir as seguintes diretrizes:


I – PRQ 1 – Parque Saúde:
a) elaborar, no prazo máximo de 36 (trinta e seis) meses, a contar da data de
publicação desta Lei Complementar, Projeto de Intervenção Urbanística e de Trânsito no
trecho localizado entre a Avenida da Saudade e Rua Itacolomi até a Rua São Paulo, visando
à melhoria da mobilidade urbana da região, inclusive prevendo a criação de mais vagas
públicas de estacionamento nos termos das diretrizes do Sistema Viário Municipal dispostas
na Seção II, Capítulo V, Título III e Mapa 10 - Hierarquia e Diretrizes de Expansão do
Sistema Viário, desta Lei Complementar;
b) implantar espaços públicos qualificados e que contenham iluminação,
arborização e mobiliário urbano para população que utiliza os serviços de saúde da cidade;
c) promover adequações dos imóveis públicos e coletivos, localizados na PRQ
1, seguindo as normas técnicas de acessibilidade;
II – PRQ 2 - ZCC - Central:
a) implantar hierarquização viária, nos termos das diretrizes para o Sistema
Viário Municipal, dispostas na Seção II, Capítulo V, Título III e Mapa 10 - Hierarquia e
Diretrizes de Expansão do Sistema Viário, desta Lei Complementar, visando o deslocamento
do fluxo veicular para os eixos binários, ruas coletoras e arteriais, garantindo menor tráfego
de veículos nas ruas locais de comércio;
b) ampliar a abrangência das diretrizes de ordenação da paisagem urbana,
dispostas na Lei Municipal 4.758, de 28 de abril de 2010, para as Ruas São Paulo,
Pernambuco e transversais no interior da ZCC - Central, com previsão de alargamento de
calçadas e implantação de arborização especial e mobiliário urbano;
III – PRQ 3 - ZCC Sul e Avenida Prestes Maia:
a) qualificar o paisagismo da Avenida Prestes Maia mediante a promoção de um
tratamento especial no canteiro central, que englobe a implantação de passeios públicos,
mobiliário urbano, rampas de acessibilidade e o plantio de árvores da espécie Ipê Rosa;
b) implantar, com base nas referências históricas do projeto original da Avenida
Prestes Maia e Estação Ferroviária, a praça monumental circular Almira Andrade Santoro e
Praça 31 de Março, preservando os prédios de importância histórica e implantando novos
monumentos;
IV – PRQ 4 – ZCC - Leste e Parque da Cultura:
a) implantar hierarquização viária, segundo as diretrizes do Sistema Viário
Municipal, dispostas na Seção II, Capítulo V, Título III e Mapa 10 - Hierarquia e Diretrizes
de Expansão do Sistema Viário, desta Lei Complementar, visando o deslocamento do fluxo
veicular para os eixos binários, ruas coletoras e arteriais, garantindo menor tráfego de
veículos nas ruas locais de comércio;
b) promover a adequação do projeto paisagístico do Parque da Cultura,
vinculado à linearidade e verticalidade na margem direita do Córrego Marinheirinho e de
horizontalidade e organicidade na sua margem esquerda;
V – PRQ 5 - ZCC - Norte e Avenida Emílio Arroyo Hernandes:
28

a) implantar a hierarquização viária, segundo as diretrizes do Sistema Viário


Municipal, dispostas na Seção II, Capítulo VII, Título III e Mapa 10 - Hierarquia e Diretrizes
de Expansão do Sistema Viário, desta Lei Complementar, visando o deslocamento do fluxo
veicular intenso da Avenida Emílio Arroyo Hernandes para os eixos binários e coletoras, a
melhor distribuição do tráfego na região e a promoção de menor tráfego de veículos nas ruas
locais da Zona Norte;
VI – PRQ 6 - Rua Amazonas do trecho que vai da Rua Paraíba até a Rua
Guaporé:
a) implantar a hierarquização viária, segundo as diretrizes do Sistema Viário
Municipal, dispostas na Seção II, Capítulo VII, Título III e Mapa 10 - Hierarquia e Diretrizes
de Expansão do Sistema Viário, desta Lei Complementar, visando deslocar o fluxo veicular
para os eixos binários e rua coletoras, garantindo menor tráfego de veículos nas ruas locais
de comércio;
b) ampliar a abrangência das diretrizes de ordenação da paisagem urbana,
dispostas na Lei Municipal 4.758, de 28 de abril de 2010, para trecho da Rua Amazonas, que
vai da Rua Paraíba até o começo da Avenida Brasil;
VII – PRQ 7 – Avenidas Municipais:
a) implantar e atender as diretrizes previstas no Programa de Revitalização e
Paisagismo Urbano das Praças e Avenidas para as avenidas do município, conforme previsto
no art. 240, Seção VII, Capítulo V, Título III, desta Lei Complementar, em especial:
1. elaborar e implantar projeto paisagístico de todas as avenidas, que contemple
a implantação de passeios públicos nos canteiros centrais, rampas de acessibilidade,
mobiliário urbano e espécies de plantas adequadas a largura dos canteiros;
2. elaborar e implantar projetos de paisagismo que estimulem paisagens cênicas
com a criação de boulevards nos canteiros centrais das avenidas, em especial, nas entradas
municipais, observando as diretrizes dispostas nesta seção, bem como aquelas contidas para
a Política de Mobilidade Urbana, dispostas no Capítulo VI, Título III;
3. proibir a criação ou utilização de passeios públicos e canteiros centrais nas
avenidas para fins de estacionamento de veículos;
4. proibir a instalação de placas, luminosos e anúncios publicitários nos canteiros
centrais das avenidas;
5. elaborar e implantar projeto de ciclovias ou ciclofaixas nas avenidas existentes
e nas projetadas.
Parágrafo único. O Poder Público Municipal poderá novos programas por meio
de legislação municipal específica.

CAPÍTULO III
DA GESTÃO DEMOCRÁTICA DA CIDADE E DO CONTROLE SOCIAL

Art. 65. Fica assegurada a gestão democrática da cidade por meio da


participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da
29

comunidade nos processos de planejamento, implementação, acompanhamento e revisão das


políticas públicas municipais expressas neste Plano Diretor Participativo, bem como nos
planos setoriais, programas específicos e leis orçamentárias municipais.

Art. 66. São objetivos da gestão democrática no município de Votuporanga:


I – o estímulo à livre organização da comunidade, valorizando as associações de
bairro, os movimentos populares e toda forma de organização que garanta o pleno direito de
participação da sociedade na cidade de Votuporanga;
II – a oferta permanente de assessorias técnicas, que visem parcerias do poder
público com as associações de moradores e movimentos populares em geral;
III – a instrumentalização das organizações comunitárias para o exercício de uma
gestão inclusiva e compartilhada, com maior democratização nos processos de decisão;
IV – a promoção de espaços de interação e tomada de decisão, viabilizando o
controle social sobre as questões que afetam direta e ou indiretamente as necessidades dos
cidadãos.

Art. 67. Cabe ao Poder Público Municipal garantir o funcionamento das


estruturas de gestão democrática e de controle social por meio da promoção de atividades de
formação, capacitação, organização e cooperação, com o objetivo de ampliar a troca de
informação sobre as políticas de desenvolvimento municipal, favorecendo seu contínuo
aperfeiçoamento.
§ 1º As atividades citadas no caput serão planejadas, em conjunto, com os
representantes dos conselhos municipais e serão organizadas a cada 24 (vinte e quatro)
meses.
§ 2º O Poder Executivo Municipal implantará um Programa de Formação
Continuada em Políticas Públicas, destinado a promover a capacitação de servidores e
membros dos Conselhos Municipais.

Art. 68. Cabe aos órgãos e entes da administração pública municipal fomentar a
participação popular, a partir das seguintes ações:
I – realizar, orientar e acompanhar, por meio de apoio técnico de caráter
interdisciplinar, o desenvolvimento de estudos, análises e pesquisas necessárias à
implementação das atividades de acompanhamento e controle social;
II – subsidiar o processo de discussão e deliberação sobre este Plano Diretor
Participativo e os demais planos, inclusive as leis orçamentárias, fornecendo informações e
capacitando os canais de participação popular.

Art. 69. Fica assegurada a participação direta da sociedade em todas as fases do


processo de gestão democrática da política urbana mediante as seguintes instâncias de
participação:
I – Conselho Municipal da Cidade;
II – Conferência da Cidade;
30

III – Audiências Públicas;


IV – Iniciativa Popular de projetos de lei, planos, programas e projetos de
desenvolvimento urbano;
V – Plebiscito e Referendo Popular;
VI – Gestão orçamentária participativa;
VII – Conselhos Municipais.
Parágrafo único. A participação dos munícipes nas instâncias a que se refere o
caput será baseada na informação, garantindo o acesso público, a transparência, e os
preceitos da gestão democrática, ressalvadas as informações protegidas pelo sigilo nos
moldes da lei.

Seção I
Do Conselho Municipal da Cidade

Art. 70. Fica criado o Conselho Municipal da Cidade - CONCIDADE, parte


integrante da Organização Administrativa do Município, com atribuições consultivas e
deliberativas em suas proposituras legais, além das de acompanhamento, fiscalização e
avaliação das políticas municipais relacionadas as suas finalidades.
Parágrafo único. O Conselho Municipal da Cidade está vinculado à Secretaria
Municipal de Planejamento.

Art. 71. O Conselho Municipal da Cidade será composto por 21 (vinte e um)
conselheiros titulares e os respectivos suplentes, de acordo com os seguintes critérios:
I – área técnico-científica, integrada por membros da Administração Pública
Municipal, composta por 10 (dez) conselheiros e os seus respectivos suplentes, oriundos das
áreas de formação superior especificadas nas alíneas deste inciso, sendo que 5 (cinco)
conselheiros serão servidores públicos efetivos da Administração Pública Municipal Direta
ou Autárquica, indicados e nomeados por Decreto do Chefe do Poder Executivo Municipal,
de acordo com as seguintes áreas:
a) um profissional da área de Urbanismo;
b) um profissional da área de Ciências Sociais;
c) um profissional da área de Direito Público;
d) um profissional da área de Saúde Pública;
e) um profissional da área de Gestão Ambiental;
f) um profissional da área de Educação e Cultura;
g) um profissional da área de Esportes e Lazer;
h) um profissional da área de Administração ou da área de Ciências Econômicas;
i) um profissional da área de Engenharia;
j) um profissional da área de Assistência Social;
31

II – áreas da Sociedade Civil e Entidades ou Órgãos Estaduais e Federais,


compostas por 11 (onze) conselheiros titulares e seus respectivos suplentes, nomeados por
Decreto do Chefe do Poder Executivo Municipal, obedecida a seguinte disposição:
a) 02 (dois) representantes de Associações Comunitárias ou Movimentos
Populares;
b) 01 (um) representante de Associação Sindical dos Trabalhadores;
c) 01 (um) representante de Associação Comercial de Votuporanga - ACV;
d) 01 (um) representante do Sindicato Rural de Votuporanga;
e) 01 (um) representante da Associação Industrial da Região de Votuporanga –
AIRVO;
f) 01 (um) representante das Instituições de Ensino Superior ligado à área de
desenvolvimento urbano;
g) 01 (um) representante da Associação de Engenheiros, Arquitetos e
Agrônomos da Região de Votuporanga – SEARVO;
h) 01 (um) representante da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento;
i) 01 (um) representante do setor de pesquisa ligado ao desenvolvimento de
agronegócio;
j) 01 (um) representante do Conselho Municipal de Meio Ambiente e
Saneamento de Votuporanga.

Art. 72. Os 21 (vinte e um) conselheiros do Conselho Municipal da Cidade não


serão remunerados e terão mandato de 24 (vinte e quatro) meses, permitida uma única
recondução.
Parágrafo único. A presidência do Conselho Municipal da Cidade será exercida
pelo Secretário Municipal de Planejamento.

Art. 73. Compete ao Conselho Municipal da Cidade:


I – acompanhar a implementação do Plano Diretor, analisando e propondo
soluções sobre questões relativas à sua aplicação;
II – avaliar e opinar sobre proposta de alteração da Lei do Plano Diretor
Participativo;
III – acompanhar, fiscalizar e avaliar a execução de planos e projetos de interesse
do desenvolvimento urbano e rural, inclusive dos planos setoriais;
IV – opinar sobre Projetos de Lei de interesse da política urbana e rural, antes de
seu encaminhamento à Câmara Municipal;
V – acompanhar e fiscalizar a gestão dos recursos oriundos do Fundo Municipal
de Desenvolvimento Urbano e Habitação;
VI – fiscalizar e avaliar a implementação de todos os instrumentos urbanísticos;
VII – zelar pela integração das políticas públicas setoriais;
VIII – propor soluções sobre as omissões e casos não definidos pela legislação
urbanística municipal;
IX – subsidiar a organização das Conferências da Cidade;
32

X – convocar Audiências Públicas;


XI – participar do processo de gestão participativa do orçamento;
XII – elaborar e aprovar seu Regimento Interno.

Art. 74. O Conselho Municipal da Cidade poderá instituir câmaras técnicas e


grupos de trabalho específicos.

Art. 75. O Poder Executivo Municipal garantirá suporte técnico e operacional


ao Conselho Municipal da Cidade, necessários ao seu pleno funcionamento.

Seção II
Da Conferência da Cidade

Art. 76. A Conferência da Cidade ocorrerá, ordinariamente, a cada 24 (vinte


quatro) meses e, extraordinariamente, quando convocada pelo Poder Executivo Municipal
com o subsídio do Conselho Municipal da Cidade.
§1º A Conferência da Cidade será aberta à participação de todos os cidadãos.
§2º As Resoluções da Conferência da Cidade deverão ser publicadas no Diário
Oficial do Município e referenciar as ações da política urbana.
§3º O Chefe do Poder Executivo Municipal poderá convocar,
extraordinariamente, a Conferência Municipal da Cidade, determinando sua competência.

Art. 77. O Poder Executivo Municipal, em conjunto com o Conselho Municipal


da Cidade, deverá criar a Comissão Preparatória da Conferência da Cidade, responsável por
convocar, organizar e coordenar as atividades da Conferência da Cidade, promovendo a
discussão de temáticas relevantes ao desenvolvimento urbano do município.
Parágrafo único: Além dos conteúdos expressos nesta lei complementar, outros
poderão ser elencados como pauta da Conferência da Cidade, desde que referentes a
problemáticas urbanas de relevante interesse à qualidade de vida no município.

Art. 78. A Conferência da Cidade deverá, dentre outras atribuições:


I – discutir as pautas nacionais, estaduais, regionais e municipais propostas para
a Política de Desenvolvimento Urbano;
II – avaliar o cumprimento dos objetivos e diretrizes expressos neste Plano
Diretor Participativo;
III – analisar o Plano Plurianual, sugerindo, ao Poder Executivo Municipal, as
adequações nas ações estratégicas destinadas à implementação dos seus objetivos, diretrizes,
planos, programas e projetos;
IV – avaliar e propor encaminhamentos para a implementação deste Plano
Diretor Participativo, sugerindo adequações nas ações referentes ao cumprimento dos
objetivos, diretrizes e planos expressos nesta Lei Complementar;
33

V – deliberar e avaliar o plano de trabalho para o biênio seguinte podendo


encaminhar sugestões ao Poder Executivo Municipal;
VI – apresentar propostas de alteração deste Plano Diretor Participativo e da
legislação urbanística complementar, a serem consideradas no momento de sua modificação
ou revisão.

Seção III
Das Audiências Públicas

Art. 79. As Audiências Públicas, convocadas pelo Poder Executivo Municipal,


Poder Legislativo Municipal, população e associações representativas, serão realizadas
sempre que empreendimentos ou atividades públicas ou privadas acarretarem impactos
negativos à vizinhança do seu entorno, ao ambiente natural e construído, ao patrimônio
histórico-cultural, ao conforto ou à segurança da população, para os quais serão exigidos
estudos e relatórios de impacto ambiental e de vizinhança, nos termos definidos por lei
específica.
§ 1º Todos os documentos relativos ao tema da audiência, tais como estudos,
memoriais técnicos, inventários, diagnósticos, diretrizes, plantas, planilhas e projetos serão
colocados à disposição de qualquer interessado para exame e extração de cópias, inclusive
por meio eletrônico, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias da realização da
respectiva Audiência Pública.
§ 2º As intervenções realizadas em Audiência Pública serão registradas por
escrito e gravadas para consulta e acesso público se deverão constar no respectivo processo
administrativo.
§ 3º O Poder Executivo Municipal dará ampla publicidade aos resultados
advindos das audiências públicas, especialmente indicando as medidas adotadas em função
das opiniões e manifestações colhidas junto à população.
§ 4º O Poder Executivo Municipal poderá complementar as audiências públicas
com atividades participativas que ampliem a participação os munícipes, tais como oficinas,
seminários e atividades formativas.
§ 5º O Poder Executivo Municipal regulamentará os procedimentos para a
realização das Audiências Públicas e dos critérios de classificação do impacto urbanístico
ou ambiental.

Seção IV
Da Iniciativa Popular de Projetos de Lei, Planos, Programas e Projetos de
Desenvolvimento Urbano

Art. 80. A iniciativa popular de projeto de lei, planos, programas e projetos de


desenvolvimento urbano poderá ser tomada, por, no mínimo, 1% (um por cento) do
eleitorado do Município.
34

Art. 81. Qualquer proposta de iniciativa popular de planos, programas e projetos


de desenvolvimento urbano e ambiental deverá ser apreciada pelo Poder Executivo
Municipal, em parecer técnico circunstanciado sobre seu conceito e alcance, no prazo de 90
(noventa) dias a partir de sua apresentação, ao qual deve ser dada publicidade.
§ 1º O prazo previsto no caput deste artigo poderá ser prorrogado desde que
solicitado com a devida justificativa fundamentada.
§ 2º Fica assegurada a defesa do projeto, por representante dos respectivos
responsáveis.

Seção V
Do Plesbicito e Referendo

Art. 82. O plebiscito e o referendo serão convocados nos termos da legislação


federal pertinente, da Lei Orgânica do Município e da legislação municipal complementar.

Seção VI
Da Gestão Orçamentária Participativa

Art. 83. A Gestão Orçamentária Participativa é garantida por meio da realização


de debates, audiências e consultas públicas sobre as propostas do plano plurianual (PPA), da
lei de diretrizes orçamentárias (LDO) e do orçamento anual (LOA), como condição
obrigatória para sua aprovação pela Câmara Municipal, conforme artigo 45 do Estatuto da
Cidade, artigo 48 da Lei de Responsabilidade Fiscal e artigo 126 da Lei Orgânica do
Município.
Parágrafo único. A Gestão Participativa do Orçamento é elemento fundamental
de democratização da gestão pública, que se inscreve no âmbito da consolidação do Estado
de Direito e do fortalecimento e ampliação dos direitos civis.

Art. 84. A gestão orçamentária participativa tem como objetivos:


I – a instituição de mecanismos que democratizem a gestão pública e o
fortalecimento das formas participativas que existam em âmbito local;
II – a indução do desenvolvimento local, implementando políticas públicas a
partir das vocações locais e dos interesses manifestos pela população;
III – a promoção de diretrizes centrais para ampliar a oferta, agilizar e melhorar
a qualidade dos serviços locais;
IV – a facilidade do acesso e imprimir transparência aos serviços públicos,
tornando-os mais próximos dos cidadãos.
35

Art. 85. Cabe ao Poder Público Municipal promover formas de participação,


capacitação, organização e cooperação, ampliando a representatividade social, garantindo o
funcionamento das estruturas de controle social.

Art. 86. O Conselho Municipal da Cidade subsidiará a coordenação da Gestão


Participativa do Orçamento exercida pelo Poder Público Municipal, participando e propondo
a aplicação de recursos do Orçamento Anual.
§ 1º O Conselho Municipal da Cidade poderá instaurar Assembleias Territoriais
de Orçamento, com a finalidade de elaboração de propostas de inclusão nas leis
orçamentárias das áreas respectivas do Mapa 12 – Base Territorial de Planejamento e Gestão.
§ 2º Poderão participar da Assembleia Territorial de Orçamento todos os
moradores de Votuporanga, tendo direito a voz e voto os moradores da região onde será
realizada a assembleia e que estejam devidamente credenciados.

TÍTULO III
DAS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL

CAPÍTULO I
DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL

Art. 87. As Políticas Públicas de Desenvolvimento Social são orientadas para o


cumprimento da função social da cidade, garantindo a efetivação e universalização de
direitos sociais com a participação da sociedade nas fases de decisão, execução e fiscalização
dos resultados, compreendidos como direito do cidadão e dever do Estado.

Art. 88. São componentes das Políticas Públicas de Desenvolvimento Social:


I – a Política de Educação;
II – a Política de Saúde;
III – a Política de Assistência Social;
IV – a Política de Direitos Humanos;
V – a Política de Cultura;
VI – a Política de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural;
VII – a Política de Esporte, Lazer e Recreação;
VIII – a Política de Segurança Pública e Defesa Civil.

Art. 89. Os objetivos das Políticas Públicas de Desenvolvimento Social são:


I – a promoção e garantia de acesso irrestrito aos espaços públicos do território
municipal a todos os cidadãos;
36

II – a proteção integral à família e à pessoa, com prioridade de atendimento aos


grupos sociais mais vulneráveis, em especial crianças, jovens, mulheres, idosos, negros,
pessoas com deficiência e pessoas em situação de rua;
III – a redução das desigualdades socioespaciais, suprindo carências de
equipamentos sociais e infraestrutura urbana nas áreas com maior vulnerabilidade social,
promovendo justa distribuição dos equipamentos sociais e bens de consumo coletivo no
território urbano;
IV – o desenvolvimento de condições para o pleno exercício da cidadania e a
melhoria da qualidade de vida dos cidadãos;
V – o planejamento e ação integrada dos setores responsáveis pelas políticas
públicas de desenvolvimento social;
VI – o estímulo à participação popular no planejamento, execução e
monitoramento das políticas de desenvolvimento social;
VII – o monitoramento e mensuração permanente da demanda por serviços e
equipamentos públicos das políticas públicas de desenvolvimento social;
VIII – a promoção das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável
(ODS), estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU), notadamente, para a
redução da pobreza e desigualdades sociais, segurança alimentar contra a fome, saúde, vida
saudável e bem estar para todos, educação, cultura, esporte e lazer para todos, igualdade de
gênero e raça.

Art. 90. Os programas, ações e investimentos, públicos e privados, aplicados às


Políticas Públicas de Desenvolvimento Social devem ser orientados pelas seguintes
diretrizes:
I – priorizar o uso de terrenos públicos e equipamentos ociosos ou subutilizados
como forma de potencializar o uso do espaço público já constituído;
II – otimizar o aproveitamento dos terrenos com localização e acessibilidade
privilegiada;
III – articular a oferta de equipamentos sociais, integrando-os de forma a
constituir pequenas centralidades nas configurações territoriais das unidades espaciais,
conforme Mapa 12 – Base Territorial de Planejamento e Gestão;
IV – priorizar as regiões com vulnerabilidade urbana e social;
V – ampliar o acesso à rede de equipamentos sociais mediante melhoria no
sistema de mobilidade urbana, aliviando o tráfego automotor e assegurando vias para
pedestres e ciclovias;
VI – promover o acesso dos portadores de deficiência aos equipamentos e
serviços das Políticas Públicas de Desenvolvimento Social, mediante a remoção das
barreiras arquitetônicas, de locomoção e de comunicação;
VII – integrar territorialmente programas e projetos vinculados às políticas de
desenvolvimento social como forma de potencializar seus efeitos positivos, particularmente
no que diz respeito à inclusão social e à diminuição das desigualdades.
37

Seção I
Da Política de Educação

Art. 91. O acesso à educação, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu


preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho, é direito de todos e
dever do Estado e da família, constituindo-se elemento indispensável ao cumprimento da
função social da cidade nos termos desta Lei Complementar.

Art. 92. A política de educação é fundamentada na gestão democrática, tendo


como pressupostos a sua ação inclusiva, a equidade, o trabalho coletivo e o interesse público.

Art. 93. São objetivos da Política de Educação:


I – a universalização do acesso a todas as etapas educacionais de competência
do poder público;
II – a implantação de equipamentos sociais de educação conforme a demanda
atual e a demanda projetada, observando a obrigatoriedade de infraestrutura, de
acessibilidade, de mobilidade urbana e demais critérios pertinentes, seguindo o princípio de
equidade social e territorial, conforme art. 13 desta Lei Complementar;
III – a identificação, no território municipal, das comunidades e das populações
desassistidas pelos equipamentos sociais de educação e a resolução das suas necessidades
específicas, assegurando a equidade educacional e a diversidade cultural;
IV – a integração das políticas educacionais com as políticas municipais de
cultura e desenvolvimento econômico, com vistas à inclusão sociocultural e à igualdade de
oportunidades;
V – a integração das políticas educacionais com as políticas de saúde, esporte e
lazer do município, com vistas à melhoria da qualidade de vida do indivíduo associada à
prática de exercícios físicos, manutenção de hábitos alimentares saudáveis e aos cuidados
preventivos com o corpo;
VI – a produção de conhecimentos a partir da articulação de valores locais e
regionais com a ciência, a cultura e demais políticas públicas;
VII – a garantia da permanência do aluno na escola, inclusive daqueles que não
tiveram o acesso escolar em idade apropriada;
VIII – o atendimento das necessidades específicas na educação especial,
assegurando um sistema educacional inclusivo em todos os níveis, etapas e modalidades;
IX – a ampliação do uso de novas tecnologias de informação e comunicação
durante o processo educacional;
X – a garantir uma formação humanística, científica, cultural e tecnológica no
município;
XI – a consolidação de Votuporanga como referência em Educação em âmbito
nacional a partir do alcance das notas pretendidas pelo Ideb na rede pública municipal;
XII – o fortalecimento das instâncias de representação e participação da
população no sistema educacional;
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XIII – a concretização do orçamento participativo na Educação, envolvendo as


diferentes instâncias que compõem o sistema municipal de ensino e os canais de participação
popular.

Art. 94. A Política de Educação tem como diretrizes:


I – distribuir os equipamentos sociais de educação pelo tecido urbano de acordo
com a localização da demanda;
II – construir, ampliar e reformar as Unidades Escolares, de Educação Infantil e
Ensino Fundamental, para atender a demanda prevista e reprimida;
III – desenvolver programas e projetos de escolas sustentáveis, com adequação
de projetos pedagógicos nas edificações, equipamentos acessíveis, infraestrutura verde,
hortas voltadas à segurança alimentar e nutricional dos estudantes, sistemas de espaços de
lazer e recreação;
IV – desenvolver espaços de aprendizagem complementar mediante economia
criativa e solidária em parceria com a comunidade;
V – promover melhorias na infraestrutura e na acessibilidade das escolas
municipais, garantindo espaços para práticas esportivas, recreativas e de leitura;
VI – implementar programas educacionais diferenciados, que respeitem as
especificidades dos agentes atendidos, visando a plena inclusão civil, política, social,
econômica de crianças, adolescentes e dos que a ela não tiveram acesso em tempo próprio,
reduzindo a evasão escolar e melhorando o aproveitamento;
VII – articular ações com as demais secretarias no acompanhamento dos projetos
de transferência de renda às famílias de baixa renda, vinculada à permanência dos
dependentes na escola;
VIII – realizar convênios com universidades e outras instituições para a
formação de educadores, inclusive de educadores sociais;
IX – estimular participação dos estudantes na gestão escolar por meio da auto-
organização em associações coletivas, grêmios e outras formas de organização.

Subseção I
Da Educação Infantil

Art. 95. Incumbe ao Poder Público Municipal a oferta de Educação Infantil em


creches e pré-escolas, que atendam crianças de 0 (zero) a 3 (três) e crianças de 4 (quatro) e
5 (cinco) anos, respectivamente.
§ 1º A Educação Infantil, direcionada ao desenvolvimento integral das crianças
entre 0 (zero) a 5 (cinco) anos em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, é a
primeira etapa da educação básica segundo a Lei Federal nº 9.394/1996 - Lei de Diretrizes e
Bases.
§ 2º A matrícula das crianças na Educação Infantil, em creches, é facultativa aos
pais, sendo obrigatória na fase pré-escolar.
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§ 3º A Educação Infantil ofertará nos termos do § 3º do artigo 58 da Lei Federal


nº 9.394/1996 – Lei de Diretrizes e Bases, a educação especial para os educandos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

Art. 96. São Diretrizes da Educação Infantil no município:


I – ampliar o número de vagas voltadas ao atendimento de crianças de 0 a 3 anos
de idade em Centros Municipais de Educação Infantil (CEMEIs) de forma a suprimir a
demanda manifesta;
II – redistribuir as matrículas conforme a demanda manifesta para os
equipamentos de educação infantil na cidade de Votuporanga em consonância com a
distribuição espacial da população-alvo;
III – ampliação e reforma dos Centros Municipais de Educação Infantil
(CEMEIs) já existentes para atender a demanda prevista e/ou reprimida;
IV – construção de Centros Municipais de Educação Infantil (CEMEIs) para
atender a demanda prevista ou reprimida.

Subseção II
Do Ensino Fundamental

Art. 97. É incumbência do Poder Público Estadual definir, junto ao Município


de Votuporanga, formas de colaboração na oferta do ensino fundamental, as quais devem
assegurar a distribuição proporcional das responsabilidades de acordo com a população a ser
atendida e os recursos financeiros disponíveis em cada uma dessas esferas do Poder Público.
§ 1º O ensino fundamental obrigatório é a segunda etapa da educação básica e
objetiva a formação básica do cidadão, inicia-se a partir dos 6 (seis) anos e tem duração de
9 (nove) anos, conforme a Lei Federal nº 9.394/1996 - Lei de Diretrizes e Bases.
§ 2º O Ensino Fundamental deverá ser priorizado pelo poder público municipal,
sendo permitida a atuação em outros níveis de ensino somente quando estiverem atendidas
plenamente as necessidades de sua área de competência e com recursos acima dos
percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento
do ensino.

Art. 98. São Diretrizes do Ensino Fundamental no município:


I – implementar o atendimento universal à faixa etária de 6 (seis) a 14 (quatorze)
anos de idade, adotando estratégias voltadas à atração de crianças não matriculadas e à
redução da evasão escolar;
II – articular as escolas de ensino fundamental com outros equipamentos sociais
e culturais do Município e com organizações da sociedade civil, voltados ao segmento de 6
(seis) a 14 (quatorze) anos, de modo a proporcionar atenção integral a essa faixa etária;
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III – estabelecer estratégias que viabilizem o alcance das notas pretendidas pelo
IDEB - Índice e Desenvolvimento da Educação Básica, da Rede Pública Municipal para
fortalecimento do município em âmbito nacional;
IV – promover terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o
nível exigido para a conclusão do Ensino Fundamental em virtude de suas deficiências;
V – construção, ampliação e reforma das Unidades Escolares de Ensino
Fundamental, para atendimento da demanda manifesta ou reprimida.
Subseção III
Do Ensino Médio

Art. 99. O Ensino Médio, etapa final da educação básica, com duração mínima
de três anos, deve ser ofertado com prioridade pelo Poder Público Estadual de acordo com a
Lei Federal nº 9.394/1996 - Lei de Diretrizes e Bases.

Art. 100. São Diretrizes do Ensino Médio no município:


I – envolver as unidades estaduais de ensino médio do município na elaboração
do Plano Municipal de Educação, visando a construção de uma política municipal de
educação de caráter global, que compreenda todos as modalidades educacionais ofertadas
no município;
II – implantar programas comunitários voltados ao ensino preparatório
vestibular gratuito para alunos egressos da rede pública.

Subseção IV
Da Educação de Jovens e Adultos

Art. 101. O poder público municipal assegurará, gratuitamente, aos jovens e


adultos do município que não puderam efetuar os estudos na idade regular, vagas no ensino
fundamental, de acordo com a sua competência na disponibilização de vagas no ensino
básico regular.
Parágrafo único. A Educação de Jovens e Adultos é destinada àqueles que não
tiveram acesso ou continuidade dos estudos em idade própria, constituindo-se instrumento
para a educação e a aprendizagem ao longo da vida segundo a Lei Federal nº 9.394/1996 -
Lei de Diretrizes e Bases.

Art. 102. São Diretrizes da Educação de Jovens e Adultos no município:


I – promover ampla mobilização para a superação do analfabetismo,
reconstruindo experiências positivas já realizadas e reivindicando a colaboração de outras
instâncias de governo;
II – implantar programas, em parceria ou não com outras Instituições de Ensino,
voltados ao ensino de novas tecnologias de informação, articulado a projetos de
desenvolvimento regional e local;
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III – ampliar a oferta de cursos no período noturno, adequados às condições do


aluno que trabalha, especialmente para mulheres chefes de família;
IV – apoiar novos programas comunitários de educação de jovens e adultos e
fomento à qualificação dos já existentes;
V – articular as escolas com outros equipamentos sociais e culturais do
Município e com organizações da sociedade civil, de modo a ampliar o atendimento das
necessidades no campo educacionais, de jovens e adultos;
VI – implantar programas, projetos e ações que visem à diminuição do déficit de
escolaridade da população idosa, sobretudo da população idosa analfabeta;
VII – manter e aperfeiçoar a divulgação e orientação para o acesso ao Ensino de
Jovens e Adultos ofertados no município, visando oportunidade de aprendizagem ao longo
da vida para todos.

Subseção V
Da Educação Especial

Art. 103. O poder público municipal assegurará, gratuitamente, a educação


especial, de acordo com a sua competência na disponibilização de vagas no ensino básico
regular.
Parágrafo único. A educação especial é a modalidade de educação escolar
oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, segundo a Lei
Federal nº 9.394/1996 - Lei de Diretrizes e Bases.

Art. 104. São Diretrizes da Educação Especial no município:


I – promover reformas e adequações nas escolas regulares, dotando-as com
recursos físicos, materiais, pedagógicos e humanos para o ensino aos alunos com
Necessidades Educacionais Especiais - NEE;
II – capacitar os profissionais da educação, na perspectiva de incluir os alunos
com Necessidades Educacionais Especiais - NEE nas escolas regulares, resgatando
experiências bem sucedidas de processos de inclusão social;
III – manter e aperfeiçoar o atendimento aos alunos com deficiência intelectual,
altas habilidades, Transtorno do Espectro Autista – TEA, por meio do Atendimento
Educacional Especializado - AEE, de acordo com a Resolução nº 4 do Ministério da
Educação - MEC;
IV – implantar Centro de Atenção em parceria com as Secretarias da Educação,
da Saúde e da Assistência Social, visando ao atendimento articulado entre os profissionais
relacionados ao Atendimento Educacional Especializado - AEE e Psicopedagogo e ao
atendimento de saúde, na qualidade de Terapeuta Ocupacional - TO, Psicólogo,
Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo, Psiquiatra, Neurologista e demais profissionais que se
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fizerem necessário para o atendimento aos alunos com Necessidades Educacionais Especiais
- NEE;
V – integrar os educandos com deficiência na sociedade a partir da preparação
para o mercado de trabalho, mediante articulação com os órgãos oficiais afins;
VI – reforçar o apoio técnico e financeiro às instituições privadas, sem fins
lucrativos, com atuação na Educação Especial;
VII – contratar tradutores e intérpretes de Libras para atender a demanda de
alunos com deficiência auditiva em sala de aula.

Subseção VI
Da Educação Profissionalizante e Tecnológica

Art. 105. A Educação Profissional e Tecnológica integra-se aos diferentes


níveis e modalidades de educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia,
abrangendo cursos de formação inicial e continuada ou qualificação profissional; de
educação profissional técnica de nível médio e; de educação profissional tecnológica de
graduação e pós-graduação.

Art. 106. São Diretrizes da Educação Profissional e Tecnológica:


I – viabilizar os cursos profissionalizantes definidos na Política Municipal de
Desenvolvimento Econômico, permitindo sua adequação às novas demandas do mercado de
trabalho e sua articulação com outros projetos voltados à inclusão social;
II – criar centros de formação e orientação profissional nas regiões com maiores
índices de vulnerabilidade social do município, especialmente, as regiões Norte e Sul;
III – criar supletivo profissionalizante;
IV – articular com os agentes de cursos profissionalizantes, o aumento da oferta
de vagas de cursos avançados específicos para mulheres;
V – integrar a oferta de Educação Profissional e a Educação de Jovens e Adultos,
proporcionando condições de desenvolvimento social, de empregabilidade e de ampliação
da escolaridade à população jovem e adulta;
VI – desenvolver cursos profissionalizantes e de atualização profissional nas
unidades espaciais periféricas e adensadas de Votuporanga;
VII – incentivar a criação de cursos de formação que incentivem a coparticipação
das mulheres;
VIII – promover cursos profissionalizantes, voltados para economia criativa, em
prédios públicos, barracões e edificações abandonadas, dotando-os com infraestrutura para
o recebimento dos estudantes.
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Subseção VII
Do Ensino Superior

Art. 107. Entre as finalidades do Ensino Superior segundo a Lei Federal nº


9.394/1996, configuram-se como as de especial interesse para a Política Educacional do
Município:
I – atuar em favor da universalização e do aprimoramento da educação básica;
II – contribuir com a inserção de diplomados em diferentes setores profissionais
para a participação no desenvolvimento da sociedade.

Art. 108. São Diretrizes do Ensino Superior no município:


I – estimular a implantação, nas instituições de ensino superior, de cursos de
graduação, pós-graduação e extensão intensivos em ciência, informação e tecnologia;
II – apoiar e estimular a implantação de Universidade Pública em Votuporanga
ou em sua região de influência;
III – apoiar e estimular as ações educacionais para a população idosa,
especialmente a implantação da Universidade da 3ª (terceira) Idade;
IV – ofertar atividades de extensão, em articulação com as instituições de ensino
superior, voltadas ao atendimento da população vulnerável em seus vários aspectos de
carência.

Subseção VIII
Do Desenvolvimento e Organização Institucional da Política de Educação

Art. 109. O Poder Público Municipal deverá realizar, no âmbito de sua


organização interna, visando à execução das diretrizes e objetivos da política educacional do
município tratadas nesta Lei Complementar, as seguintes ações de desenvolvimento
institucional:
I – realizar o Censo Educacional no Município com o objetivo de detectar as
reais demandas existentes;
II – implantar, em parceria com Instituições de Ensino Superior, programas de
aprimoramento profissional, suporte pedagógico e especialização técnica científica, voltados
aos Professores e demais Profissionais da Educação de Votuporanga;
III – adequar o Plano Municipal de Educação nos termos da Seção III, Capítulo
II, Título II;
IV – apresentar, no Plano Municipal de Educação, os resultados dos cálculos de
demanda por diferentes programas e equipamentos sociais de educação, bem como as
propostas de atendimento a tais demandas;
V – estabelecer parcerias com outras instâncias, visando o planejamento
conjunto para atendimento da demanda escolar;
VI – realizar a Conferência Municipal de Educação;
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VII – viabilizar a disponibilização dos espaços escolares para a realização de


atividades comunitárias, de lazer, cultura e esporte nos finais de semana, feriados e períodos
de recesso.

Seção II
Da Política da Saúde

Art. 110. A saúde é direito de todos e dever do Poder Público, garantido


mediante políticas sociais e econômicas, constituindo-se elemento indispensável ao
cumprimento da função social da cidade conforme art. 196 da Constituição Federal, art. 135
da Lei Orgânica do Município e nos termos desta Lei Complementar.

Art. 111. A Política Municipal de Saúde, em consonância com os princípios do


Sistema Único de Saúde, tem como objetivos:
I – o bem-estar físico, mental e social do indivíduo e da coletividade;
II – a redução do risco de doença e de outros agravos;
III – o acesso universal e igualitário às ações e aos serviços de saúde, abrangendo
a promoção, a proteção, a prevenção, o diagnóstico, o tratamento e a reabilitação;
IV – a promoção do atendimento humanizado, considerando a situação de
fragilidade dos pacientes;
V – o planejamento integrado com as diretrizes das áreas da educação, cultura,
assistência social, esporte e lazer e do meio ambiente;
VI – a organização dos programas de saúde segundo a realidade epidemiológica
e populacional do Município garantindo um serviço de boa qualidade;
VII – o estímulo e a garantia da ampla participação da comunidade na
elaboração, controle e avaliação da Política de Saúde do Município por meio do Conselho
Municipal da Saúde e dos Conselhos Municipais das Unidades Básicas de Saúde;
VIII – o aprimoramento do modelo de vigilância em saúde (Epidemiológica,
Sanitária, Ambiental e Saúde do Trabalhador);
IX – o fortalecimento das ações de saúde coletiva, desenvolvidas no SUS-
Votuporanga, de maneira integrada à Região de Governo e de forma que viabilize à redução
de riscos e agravos à saúde da população.

Art. 112. São diretrizes da Política Municipal de Saúde:


I – ofertar aos cidadãos a atenção integral por meio de ações de promoção da
saúde, prevenção de doenças, tratamento e recuperação de incapacidades;
II – garantir o acesso da população aos equipamentos sociais de saúde por meio
de distribuição regionalizada e hierarquizada no território, observando a demanda de cada
unidade espacial do Mapa 12 – Base Territorial de Planejamento e Gestão e o planejamento
urbano projetado com infraestrutura, mobilidade e acessibilidade;
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III – ampliar e otimizar a cobertura do Programa Estratégia Saúde da Família –


PSF, para a totalidade do território municipal, bem como o programa Saúde na Hora onde
tiver 2 (duas) ou mais equipes, como estratégia estruturante da atenção à saúde, visando a
prevenção de doenças e a promoção da saúde pública municipal;
IV – expandir o Programa de Saúde da Família - PSF, com visitas periódicas a
todas as unidades espaciais rurais e residências familiares da zona rural, oferecendo os
recursos básicos do sistema de saúde;
V – distribuir recursos, serviços e ações, conforme critérios de contingente
populacional, demanda, acessibilidade física e hierarquização dos equipamentos sociais de
saúde em centros de saúde, policlínicas, hospitais gerais, prontos-socorros e hospitais
especializados;
VI – garantir, por meio do sistema de transporte urbano, condições de acesso às
áreas onde estejam localizados os equipamentos de saúde;
VII – construir equipamentos de saúde, observando a malha viária, a população
assistida, e a integração dos equipamentos implantados, de forma a constituir pequenas
centralidades sociais, dotadas de infraestrutura e acessibilidade;
VIII – garantir o acesso da população aos serviços integrando-os à rede
municipal, conforme estabelecido nas diretrizes do Sistema Único de Saúde;
IX – otimizar a informatização do Sistema de Saúde, constituindo um sistema
integrado de informações por unidades espaciais do Mapa 12 – Base Territorial de
Planejamento e Gestão, que permita o acompanhamento, o gerenciamento e o planejamento
dos serviços prestados, assegurando à comunidade o livre acesso às informações
relacionadas à saúde;
X – garantir boas condições de saúde para a população, por meio de ações
preventivas que visem à melhoria das condições ambientais, relacionadas à preservação dos
recursos hídricos, à qualidade da água consumida, à poluição atmosférica e sonora;
XI – promover a política de educação sanitária, realizando ações de prevenção e
combate à disseminação de vetores causadores de doenças, incluindo:
a) o trabalho contínuo de orientação junto à população na prevenção e combate
à Leishmaniose, Tracoma, Verminose e Helmintíase;
b) a conscientização sobre criadouros de mosquito Aedes aegypti e escorpiões
por meio de atividades intersetoriais;
XII – realizar estudos para implantação de 1 (uma) Policlínica na Região Norte
do Município;
XIII – garantir o acesso da população aos equipamentos de saúde, modernizando
e proporcionando melhoria nos serviços de realização de exames e nos atendimentos
ambulatorial, especialidades, urgência e emergência, que deverão estar distribuídos de forma
regionalizada e hierarquizada no espaço urbano da cidade;
XIV – articular e desenvolver, com a Secretaria de Estado da Saúde, medidas
que aumentem o número de leitos e de salas de UTI, adequando os hospitais municipais às
demandas presentes e futuras, visando a expansão da rede de atendimento hospitalar do
município de Votuporanga;
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XV – implementar o programa de atenção à saúde reprodutiva (Planejamento


Familiar), visando garantir aos indivíduos e casais autonomia reprodutiva, condições mais
justas e igualitárias de planejar o número de filhos e o intervalo intergenésico, conforme as
recomendações da Conferência do Cairo/94 e rodada Cairo +10;
XVI – promover e desenvolver ações intersetoriais que visem à sensibilização
dos profissionais da área de saúde, assistência social, educação e usuários, quanto às
inconveniências do parto cesariano, para saúde infantil e da mulher, conforme as
recomendações da Organização Mundial de Saúde – OMS;
XVII – implantar programa específico de atenção à saúde da mulher, visando a
melhora no atendimento, nos serviços de exame e tratamento;
XVIII – ampliar os equipamentos e serviços da rede de Saúde, em todos os
quadrantes da cidade, visando o atendimento dos perfis populacionais, com ênfase à saúde
do idoso;
XIX – implantar programas e ações articuladas com as políticas de Assistência
Social e de Esporte e Lazer, voltados à qualidade de vida e prevenção de doenças,
principalmente da população idosa;
XX – implantar um Centro de Reabilitação – CER em conjunto com Ministério
da Saúde, visando à promoção de ações e cuidados, nos diferentes níveis de atenção à saúde,
para as pessoas com deficiência, especialmente, nas áreas de fonoaudiologia, de fisioterapia,
de neurologia, de psiquiatria e de odontologia, visando à autonomia do indivíduo e à
melhoria da qualidade de vida;
XXI – implementar ações intersetoriais de prevenção e recuperação da
população submetida à violência, ao abuso sexual, ao alcoolismo, ao tabagismo e às drogas
lícitas e ilícitas;
XXII – ampliar e qualificar permanentemente os serviços de saúde voltados ao
atendimento da mulher vítima da violência sexual e doméstica;
XXIII – avaliar, periodicamente, as condições dos equipamentos da rede de
saúde pública, quanto a mobilidade, acessibilidade, estado de conservação e infraestrutura
adequada para atendimento da demanda, viabilizando a resolução cabível;
XXIV – criar Programa de Manutenção e Melhorias dos equipamentos da rede
municipal da saúde, estabelecendo ordem de prioridade dos projetos e dotação orçamentária
para implementação das ações;
XXV – realizar estudos para viabilizar a construção de uma Unidade de Pronto
Atendimento - UPA - e de um Ambulatório Médico de Especialidades - AME - na região
Norte de Votuporanga;
XXVI – promover e implementar políticas públicas e programas integrados em
saúde em parceria com instituições de ensino, pesquisa e extensão e hospitais regionais, na
implementação de projetos referenciais de saúde no Município de Votuporanga;
XXVII – revisar com participação da sociedade civil e outras esferas de governo,
o Plano Municipal de Saúde, estabelecendo objetivos e metas mensuráveis associando a cada
meta: prazos, programas, projetos, ações, responsáveis, orçamento estimado, fontes de
financiamento e indicadores.
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Art. 113. O Plano Municipal de Saúde deverá, no mínimo:


I – considerar os recortes territoriais estabelecidos no Plano Diretor Participativo
2020 e os estudos demográficos a serem elaborados pelo Sistema de Informações Municipais
- SIM;
II – apresentar, no Plano Municipal de Saúde, os resultados dos cálculos de
demanda por diferentes programas e equipamentos sociais de saúde, bem como as propostas
de atendimento a tais demandas;
III – avaliar a compatibilidade do quadro de pessoal da Rede de Saúde Pública
com a demanda de cada equipamento, visando orientar contratações nos equipamentos da
saúde com sobrecarga de trabalho;
IV – criar programa de aprimoramento e inovação tecnológica para otimização
dos serviços públicos de saúde;
V – estabelecer parcerias visando implementação do Programa de Apoio
Psicológico direcionado aos profissionais da rede da Saúde;
VI – considerar as metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS),
estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Subseção I
Do Desenvolvimento e Organização Institucional da Política de Educação

Art. 114. Visando à execução das diretrizes e objetivos da política de saúde do


município, o Executivo deverá realizar, no âmbito de sua organização interna, as seguintes
ações de desenvolvimento institucional:
I – prever programa de capacitação técnica permanente para os servidores da
rede pública da Saúde, membros do Conselho Municipal da Saúde e Conselheiros Locais
das Unidades Básicas de Saúde;
II – promover capacitação para os servidores das unidades de saúde visando o
atendimento humanizado;
III – estabelecer procedimento de planejamento capaz de monitorar, avaliar e
replanejar periodicamente, por meio de indicadores, as ações previstas no Plano Setorial e
os resultados alcançados.

Seção III
Da Política de Assistência Social

Art. 115. A Política de Assistência Social do Município de Votuporanga,


entendida como elemento indispensável ao cumprimento da função social da cidade, nos
termos desta Lei Complementar, será promovida por meio do Sistema Único de Assistência
Social - SUAS, constituído por uma rede socioassistencial de instituições públicas e privadas
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sem fins lucrativos, cuja atuação orientar-se-á por um planejamento integrado expresso no
Plano Municipal de Assistência Social – PMAS.
Parágrafo Único: A Política de Assistência Social tem função de proteção social,
vigilância socioassistencial e defesa de direitos, devendo prover proteção à vida, redução de
danos e prevenção à incidência de riscos sociais, independente de contribuição prévia e deve
ser financiada com recursos previstos no orçamento.

Art. 116. São objetivos da Política de Assistência Social - PMAS:


I – a redução das desigualdades socioterritoriais de forma integrada com as
demais políticas setoriais;
II – o combate à pobreza em todas as suas formas, em todo o território municipal;
III – a proteção social básica da população que vive em situação de
vulnerabilidade social decorrente da pobreza, privação ou fragilização de vínculos afetivos
por meio do desenvolvimento das suas potencialidades e do fortalecimento de seus vínculos
familiares e comunitários;
IV – a promoção da proteção social especial, voltada a famílias e indivíduos em
situação de vulnerabilidade ou em situação de risco, decorrentes de abandono, maus-tratos
físicos ou psíquicos, violência sexual, uso de substância psicoativas, cumprimento de
medidas socioeducativas, situação de rua, trabalho infantil, entre outras;
V – a garantia de acesso à população mais vulnerável a uma política assistencial
continuada, na perspectiva emancipadora, de forma que assegure autonomia e protagonismo
ao indivíduo, em substituição às ações de caráter pontual e emergencial;
VI – o planejamento de ações, de forma intersetorial, com base nas diretrizes das
políticas de direitos humanos, educação, saúde, cultura, esporte e lazer, habitação,
desenvolvimento econômico, meio ambiente, saneamento, segurança e defesa civil, visando
à inclusão social e à melhoria da qualidade de vida da população mais vulnerável em seus
múltiplos aspectos;
VII – o fomento à participação da população por meio de organizações
representativas, na formulação das políticas e no controle e avaliação das ações;
VIII – a condução e o desenvolvimento do Sistema Único da Assistência Social
- SUAS, de forma descentralizada e participativa.

Art. 117. Os benefícios, serviços, programas e projetos socioassistenciais, de


iniciativa pública e da sociedade civil para o atender às necessidades básicas, no Sistema
Único de Assistência Social - SUAS - devem ser orientados pelas seguintes diretrizes:
I – estimular, qualificar e integrar as ações da rede socioassistencial, com
enfoque na cidadania, no respeito à pluralidade sociocultural e na ética;
II – otimizar as ações de divulgação dos serviços ofertados pela rede
socioassistencial em todas as unidades espaciais do Mapa 12 - Base Territorial de
Planejamento e Gestão, visando a correta orientação da população no tocante ao acesso aos
equipamentos socioassistenciais;
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III – promover políticas municipais articuladas de ação e desenvolvimento social


para prover o acesso à renda, à educação formal e informal, ao lazer, ao esporte, à cultura e
ao pleno desenvolvimento de suas capacidades, direitos e deveres pautados na garantia dos
mínimos sociais;
IV – desenvolver trabalho social de forma territorializada e articulada às políticas
públicas e comunidades por meio dos Centros de Referência de Assistência Social - CRAS;
V – efetivar a articulação entre CRAS, CREAS e serviços socioassistenciais para
o atendimento integrado da população por meio de um sistema informatizado e interligado
de armazenamento de dados, intercâmbio das pessoas assistidas pelo órgão e atividades
voltadas a geração de renda;
VI – descentralizar os serviços, os recursos e os equipamentos socioassistenciais,
de forma hierarquizada, integrada e articulada com as diversas esferas do governo federal e
estadual, considerando as unidades espaciais do Mapa 12 - Base Territorial de Planejamento
e Gestão de modo que o atendimento local às demandas regionalizadas seja efetivo;
VII – ampliar a rede socioassitencial nas regiões de maior vulnerabilidade social,
com prioridade na região Sul, visando a justa distribuição dos equipamentos sociais e
evitando a formação de zonas e áreas de exclusão sócio espacial;
VIII – promover, de forma gradual, o aumento e a redistribuição espacial dos
equipamentos da rede socioassistencial, visando a facilidade do acesso da população usuária;
IX – melhorar a infraestrutura nos equipamentos da rede socioassistencial, bem
como a ampliação e qualificação de seu corpo técnico, visando oferecer condições adequadas
tanto ao atendimento da demanda quanto ao desenvolvimento do trabalho dos profissionais;
X – intensificar, por meio das equipes volantes, as ações da assistência social na
Macrozona Rural, Distrito de Simonsen e Vila Carvalho;
XI – fomentar à articulação com outros níveis de governo ou com entidades sem
fins lucrativos da sociedade civil para a expansão de serviços, programas e projetos
socioassistenciais;
XII – oportunizar ações de proteção social que viabilizem a promoção do
protagonismo, a participação, a mediação do acesso ao mundo do trabalho e a mobilização
de estratégias coletivas;
XIII – oportunizar a inserção da população vulnerável à vida comunitária, por
meio do acesso à cultura e do incentivo à formação continuada em todas as formas de ensino;
XIV – ampliar o Programa Bolsa Família, visando atender todas as famílias em
situação de pobreza e de extrema pobreza;
XV – implantar serviços, programas e projetos de caráter intergeracional que
favoreçam um ambiente propício para o conhecimento recíproco entre gerações, estimulando
assim a solidariedade por meio da quebra de preconceitos, sobretudo quanto ao processo de
envelhecimento;
XVI – fortalecer e ampliar o acesso aos programas, aos serviços e às ações, da
assistência social, destinados à população idosa, considerando o aumento gradativo dessa
população;
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XVII – implantar equipamentos socioassistenciais de longa permanência,


destinados ao acolhimento de idosos com “Grau de Dependência III”, em parceria com a
Secretaria Municipal da Saúde, tendo em vista o número de idosos em situação de
vulnerabilidade;
XVIII – articular, em parceria com órgão municipal de habitação, a inserção do
município no Programa Vila Dignidade do Governo do Estado de São Paulo, com objetivo
de melhorar a qualidade de vida da população idosa;
XIX – otimizar oportunidades de inclusão digital e social nos Centros de
Convivência dos Idosos - CCI’s e nos Centros de Referência de Assistência Social - CRAS,
especialmente para as mulheres idosas;
XX – conceber serviços e ações que disponibilizem linguagem de sinais nos
equipamentos da rede socioassistencial mediante a designação de profissionais capacitados
e treinados para o atendimento assistencial;
XXI – desenvolver as potencialidades das pessoas com deficiência, por meio de
ações socioassistenciais, programas de capacitação profissional, projetos específicos que os
insiram na vida social e econômica;
XXII – implementar ações e campanhas de proteção e de valorização dos direitos
da criança e do adolescente, com prioridade para os temas relacionados à violência, abuso e
assédio sexual, prostituição infanto-juvenil, erradicação do trabalho infantil, proteção ao
adolescente trabalhador, combate à violência doméstica e uso de drogas;
XXIII – implantar, considerando as unidades espaciais do Mapa 12 - Base
Territorial de Planejamento e Gestão, unidades de atendimento que promovam ações de
orientação e apoio sociofamiliar a crianças e adolescentes em situação de risco;
XXIV – otimizar o Cadastro Único de Famílias, especialmente, no que refere à
identificação e à presença de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil,
garantindo ações estratégicas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil;
XXV – garantir o direito à convivência social e à autonomia das pessoas em
situação de rua, promovendo sua reinserção social mediante o desenvolvimento de
programas multisetoriais, ações assistenciais, programas de capacitação profissional,
projetos de geração de renda, cooperativas e sistemas de financiamento;
XXVI – criar políticas de prevenção e de combate a toda e qualquer violência
contra mulher, criança, adolescente e idoso;
XXVII – expandir, estruturar e qualificar a rede socioassistencial para
atendimento e proteção às mulheres, crianças, adolescentes e idosos vítimas de violência;
XXVIII – realizar de atendimento social à população vitimada por situações de
emergência ou calamidade pública, em ação conjunta com a defesa civil;
XXIX – expandir os serviços assistenciais por meio do fortalecimento de
parcerias com outros setores, especialmente, o privado, a sociedade civil e com as
instituições de pesquisa e de ensino;
XXX – disponibilizar assessoria técnica e parceria às ações das organizações da
sociedade civil, associações de moradores e movimentos populares em geral;
51

XXXI – fortalecer e reconhecer as instâncias de participação e de controle da


sociedade civil, relacionadas às políticas desenvolvidas no campo da assistência social
mediante o Conselho Municipal de Assistência Social, Conselho Municipal do Idoso,
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho Municipal Dos
Direitos das Mulheres, Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, Conselho Municipal
da Comunidade Negra e outros da política de assistência social;
XXXII – fortalecer a gestão transparente e participativa do Fundo Municipal de
Assistência Social, do Fundo Municipal de Defesa da Criança e do Adolescente, do Fundo
Municipal do Idoso, Fundo Municipal da Mulher e de outros que porventura venham a ser
constituídos, criando e aperfeiçoando mecanismos de captação de recursos públicos ou
privados;
XXXIII – elaborar o Plano Municipal de Assistência Social, nos termos da Seção
III, Capítulo II, Título II, com a participação de outras esferas de governo e representantes
da sociedade civil, no prazo de 2 anos após aprovação desta Lei Complementar.

Art. 118. O Plano Municipal de Assistência Social - PMAS será o principal


instrumento orientador da Política de Assistência Social, contendo no mínimo:
I – a identificação, no município de Votuporanga, da exclusão social e
elaboração de mapa respectivo;
II – a pesquisa qualitativa e quantitativa da realidade de Votuporanga, visando à
geração informações sobre a população em situação de pobreza, extrema pobreza e os mais
vulneráveis, bem como direcionar recursos e serviços para atender e melhorar a qualidade
da política assistencial;
III – a estudos técnicos, integrados com os órgãos do Executivo Municipal sobre
as condições socioeconômicas do Município de Votuporanga, visando à geração de
indicadores para o Sistema de Informação Municipal e que fundamentem as ações do
planejamento social.
Parágrafo único. O planejamento das ações contidas no Plano Setorial da
Assistência Social basear-se-á nos diagnósticos e resultados obtidos nas pesquisas e estudos
citados nos incisos I, II, III, sem prejuízo da realização de outros estudos complementares.

Subseção I
Do Desenvolvimento e Organização Institucional da Política de Assistência Social

Art. 119. Visando atender aos objetivos e às diretrizes da Política de Assistência


Social, definidos nesta Lei Complementar, os gestores deverão realizar as seguintes ações
no âmbito do desenvolvimento institucional:
I – instalar sistema unificado para cadastro das organizações sociais da rede
socioassistencial e de usuários dos serviços, benefícios, programas e projetos de Assistência
Social;
52

II – participar, de forma frequente e efetiva, de espaços de articulação política


nas esferas estadual e federal, como Colegiados, Comissões e Fóruns, com objetivo de captar
recursos a serem aplicados no município;
III – coordenar a articulação entre os equipamentos privados da rede
socioassistencial e as demais Secretarias quando necessária, visando facilitar a prestação de
serviços complementares, como de saúde e transporte, por exemplo;
IV – prover capacitação e apoio técnico a organizações sociais da rede
socioassistencial para captação de recursos em outras fontes de financiamento, além das
fontes do poder público municipal, visando ampliar os serviços ofertados e a autonomia das
instituições;
V – readequar as áreas de abrangência dos CRAS municipais segundo os recortes
territoriais estabelecidos no Mapa 12: Base Territorial de Planejamento e Gestão com
objetivo de uniformizar a produção de informações de base territorial em articulação com o
Sistema Municipal de Informações;
VI – desenvolver oficinas nos equipamentos da assistência social, com o objetivo
de estimular a realização de atividades eventuais na rede socioassistencial, contribuindo com
a diversificação dos serviços ofertados.

Seção IV
Da Política de Direitos Humanos

Art. 120. A Política de Direitos Humanos do Município de Votuporanga


estabelece os fundamentos que nortearão os atos dos agentes públicos e privados de modo
que as ações e as práticas associadas fortaleçam e criem um ambiente, no qual os direitos
inerentes a todos os seres humanos sejam respeitados, independentemente de raça, sexo,
nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição.

Art. 121. A política de Direitos Humanos tem como objetivos:


I – a elaboração e a implementação de uma política municipal de direitos
humanos, observando a Constituição Federal, as diretrizes do Programa Nacional de Direitos
Humanos e os pactos internacionais dos quais o Brasil seja signatário;
II – a promoção de programas e ações que defendam os direitos humanos e a
cidadania, de forma articulada com os órgãos públicos municipais, estaduais, federais e
organizações civis;
III – a elaboração de projetos e programas que promovam uma sociedade mais
justa, assegurando a igualdade de condições, a justiça social e a valorização da diversidade;
IV – a garantia universal de direitos para as mulheres, guiada pelo compromisso
de combate às desigualdades de gênero e pelo fortalecimento e participação das mulheres
nos espaços de poder e decisão;
V – a promoção de ações e a proteção contra toda forma de discriminação e
tratamento desumano ou degradante no município;
53

VI – a inclusão e a igualdade de oportunidades, em todos os seus aspectos, a


pessoas com deficiência na cidade Votuporanga;
VII – a articulação visando eliminar a discriminação racial em todas as suas
formas, estabelecendo o entendimento entre todas as raças e etnias;
VIII – a garantia da acessibilidade física, intelectual e visual em todos os espaços
públicos às pessoas com deficiência, dificuldades motoras e idosos.

Art. 122. São diretrizes na execução da Política de Direitos Humanos:


I – implementar ações, programas e projetos que combatam o preconceito, as
exclusões e as desigualdades, de forma articulada com a sociedade civil, organizações não
governamentais e instituições de ensino;
II – garantir a inclusão do tema sobre o respeito à dignidade humana e às
diferenças culturais, étnicas, religiosas e de diversidade sexual nos projetos políticos
pedagógicos das escolas públicas e privadas, de forma transversal, nas disciplinas já
existentes;
III – proporcionar a utilização de maneira autônoma, independente e segura do
ambiente, edificações, mobiliário, equipamentos urbanos públicos e privados,
independentemente de idade, estatura ou limitação de mobilidade ou percepção, com ou sem
a ajuda de aparelhos específicos, mediante critérios e parâmetros técnicos a serem
observados quanto ao projeto, construção, instalação e adaptação do meio urbano e das
edificações às condições de acessibilidade;
IV – garantir que as edificações residenciais multifamiliares, condomínios e
conjuntos habitacionais sejam acessíveis em suas áreas de uso comum, bem como a
disposição das unidades autônomas em rota acessível;
V – garantir a aplicação da NBR 9050/2020 e atualizações em todos os espaços
públicos, edificações, mobiliários e equipamentos urbanos que vierem a ser projetados,
construídos, montados ou implantados, bem como as reformas e ampliações de edificações,
de equipamentos urbanos públicos e privados;
VI – implantar projetos de mobilidade urbana para pessoas com deficiência e
idosos, nas instituições de ensino, instituições de saúde, vias públicas, veículos de transporte
público e prédios públicos, buscando a universalização destas práticas no município de
Votuporanga;
VII – prover as instituições de ensino, instituições de saúde, prédios públicos, de
intérpretes de Libras e material em Braille, que garantam a universalização destas práticas
no município de Votuporanga;
VIII – garantir o cumprimento das leis e convenções de acessibilidade: Lei
10.098/2000, Decreto 5.296/2004, Lei de Libras 10.436/2002, Decreto 5.626/2005 e
Convenção Internacional sobre os direitos da pessoa com deficiência;
IX – implantar centros de referência para atendimento, acolhimento e proteção
às mulheres, crianças e adolescentes vítimas de violência;
54

X – fomentar a reserva de vagas em empresas para a população LGBT+, de


maneira a permitir a entrada desta população no mercado de trabalho formal, respeitando a
identidade de gênero e o nome social dessas pessoas;
XI – reordenar os serviços de acolhimento institucional e ampliar o número de
equipamentos, como centros de referência especializados para população em situação de rua
e dispositivos de saúde mental;
XII – criar canal municipal responsável pelo recebimento de denúncias de
violação de Direitos Humanos, encaminhamento as denúncias aos órgãos de garantia e
defesa dos Direitos Humanos;
XIII – divulgar para população os canais municipais de recebimento de
denúncias de violações de Direitos Humanos;
XIV – promover mecanismos de denúncias relacionadas à violação de direitos
humanos, inclusive as anônimas, aos órgãos de defesa dos Direitos Humanos;
XV – divulgar amplamente os mecanismos de acesso aos direitos, por meio de
campanhas continuadas e fortalecimento dos movimentos sociais, tendo como foco a
redução da violência sexual, homofobia e racismo;
XVI – fortalecer e contribuir para o aperfeiçoamento das formas de participação
e de controle social exercidas pela sociedade civil por meio dos seguintes Conselhos
Municipais:
a) Conselho Municipal de Defesa dos Direitos Humanos;
b) Conselho Tutelar;
c) Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – CMDCA;
d) Conselho Municipal do Idoso – CMI;
e) Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência – CMPcD;
f) Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres – CMDM;
g) Conselho Municipal da Comunidade Negra;
h) Conselho Municipal de Políticas Sobre Álcool e Outras Drogas – COMAD;
XVII – criar o Conselho Municipal dos Direitos LGBT, no prazo máximo de 01
(um) ano, a contar da data de publicação desta Lei Complementar, e outros que sejam
constitutivos da política de direitos humanos;
XVIII – assegurar a participação do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos
Humanos na elaboração de todos os programas municipais que contemplem as áreas de
direito à moradia, saúde, educação, esporte, lazer, cultura, ciência e tecnologia, além de
outras áreas relacionadas a políticas de direitos humanos;
XIX – ofertar educação continuada, baseada nos princípios dos Direitos
Humanos, aos profissionais que atuam nas áreas de saúde, educação e assistência social para
identificação e encaminhamento de casos de violência contra mulheres, crianças,
adolescentes, idosos, a população de LGBT+, a população negra e a população em situação
de rua, incluindo os conselhos municipal e conselho tutelar.

Art. 123. Para efetiva implantação da Política de Direitos Humanos no


Município de Votuporanga, o Poder Executivo Municipal deverá elaborar o Plano Municipal
55

de Defesa dos Direitos Humanos, de forma participativa, observando as diretrizes do


Programa Nacional de Direitos Humanos, a Constituição Federal e os pactos internacionais
dos quais o Brasil seja signatário, prevendo os seguintes programas ou incorporando os já
existentes:
I – Programa para as Mulheres;
II – Programa de Promoção da Igualdade Racial;
III – Programa dos Direitos da Crianças e do Adolescente;
IV – Programa para a Juventude;
V – Programa Antidrogas;
VI – Programa para a população LGBTI+;
VII – Programa para Pessoa Idosa;
VIII – Programa para a Pessoa com Deficiência;
IX – Programa para Pessoa em Situação de Rua;
X – Programa para Pessoa Egresso do Sistema Prisional;
§1º Para cada programa do Plano Municipal de Defesa de Direitos Humanos,
devem ser estabelecidos os objetivos e metas mensuráveis, associando-lhes prazos, ações,
responsáveis e indicadores.
§2º Produzir materiais didáticos sobre o Plano Municipal de Defesa dos Direitos
Humanos, que, por meio de metodologias criativas e lúdicas, permitam a compreensão do
Plano por parte dos cidadãos.

Art. 124. O combate à exclusão e às desigualdades socio territoriais, o


atendimento às necessidades básicas, à fruição de bens e serviços socioculturais e urbanos,
à transversalidade das políticas de gênero e raça, destinadas às crianças, aos adolescentes,
aos jovens, idosos e pessoas portadoras de necessidades especiais, devem ser objetivos a
serem atingidos pelos planos setoriais de educação, saúde, esportes, assistência social e
cultura.

Seção V
Da Política de Cultura

Art. 125. É dever do Poder Público garantir a todos o pleno exercício dos
direitos culturais, o acesso às fontes da cultura nacional, a valorização e difusão das
manifestações culturais e a preservação, proteção e recuperação dos bens culturais, conforme
art. 215 da Constituição Federal, art. 180 da Constituição do Estado de São Paulo e art. 150
da Lei Orgânica do Município.
Parágrafo único. São considerados como Bens Culturais:
I – os documentos, obras de arte, objetos e outros bens de valor histórico,
artístico e cultural;
II – os monumentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações
artístico-culturais;
56

III – as formas de expressão;


IV – os modos de criar, fazer e viver;
V – as criações científicas, artísticas e tecnológicas.

Art. 126. São objetivos da Política de Cultura no Município de Votuporanga:


I – a universalização do acesso à produção, à circulação e à fruição dos bens
culturais, especialmente, pelas camadas populares;
II – a democratização da gestão da cultura, estimulando a participação dos
diferentes segmentos responsáveis pela criação e difusão cultural nos processos decisórios;
III – o apoio às manifestações e às produções culturais locais e regionais,
especialmente, àquelas que se situam à margem da indústria cultural;
IV – o incentivo aos repertórios, às manifestações, às práticas e aos saberes da
cultura popular;
V – a ampliação e a manutenção do pleno funcionamento de equipamentos e
serviços culturais municipais;
VI – a construção da cidadania cultural como condição de vida e do exercício da
cidadania plena, o que implica no entendimento dos sujeitos sociais como sujeitos históricos
e partícipes em todo o processo cultural da cidade;
VII – a consolidação da Cidade de Votuporanga como referência na promoção
cultural em suas diversas expressões.

Art. 127. A Política de Cultura tem como diretrizes:


I – impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de
outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;
II – respeitar as diversidades culturais e sociais, atendendo às situações
diferenciadas e às realidades plurais do território;
III – integrar a cultura à construção da cidade moderna, entendida essa como
uma cidade democrática, solidária, inclusiva e responsável pela preservação de sua memória;
IV – promover o resgate da memória como um bem cultural e como forma de
transformação social e política;
V – resgatar referências de origens, formação e transformação da cidade como
condição essencial para a construção de caminhos legítimos e importantes para seu
desenvolvimento;
VI – implantar programas de formação e estímulo à criação, fruição e
participação na vida cultural, com especial atenção aos jovens;
VII – conservar, reabilitar e promover os espaços urbanos que se destacam
culturalmente;
VIII – criar e manter espaços públicos municipais devidamente equipados e
acessíveis à população para as diversas manifestações culturais e artísticas, inclusive por
meio do uso de próprios municipais;
IX – descentralizar as ações culturais, principalmente na periferia da zona
urbana, Vila Carvalho e o Distrito de Simonsen, por meio de projetos estratégicos que
57

articulem e dinamizem os espaços culturais, integrando toda a cidade nos processos


culturais;
X – prever a utilização das praças com infraestrutura adequada como suporte às
ações de descentralização das atividades culturais pelo território;
XI – estimular ações que ocupem diferentes espaços e equipamentos existentes
na cidade para atividades culturais, possibilitando o enriquecimento e novas significações
dos espaços urbanos;
XII – criar e sinalizar rotas, polos e circuitos culturais, identificando os bens,
imóveis e paisagens significativas e áreas protegidas;
XIII – elaborar estratégias para melhorar o acesso ao Parque da Cultura para a
população que reside distante do equipamento, especialmente, àquelas das regiões Oeste,
Norte, Distrito de Simonsen e Vila Carvalho;
XIV – promover a acessibilidade aos equipamentos culturais e às produções
artísticas, culturais e científicas, assegurando a cidadania cultural às pessoas com deficiência
ou mobilidade reduzida;
XV – prestar apoio, valorização, qualificação e divulgação da produção artístico-
cultural local;
XVI – possibilitar o acesso da população à informação, à produção artística,
cultural e científica, como condição da democratização da cultura;
XVII – divulgar as atividades e eventos culturais ofertados no Parque da Cultura
nos equipamentos públicos e privados de educação, saúde e assistência social;
XVIII – articular as ações governamentais no âmbito da cultura com as áreas da
educação, do esporte, do lazer e das comunicações;
XIX – promover a participação de órgãos e entes públicos municipais na
execução dos planos, programas e projetos culturais de interesse municipal;
XX – criar mecanismos que estimulem a captação de recursos privados para
aplicação em projetos culturais;
XXI – ampliar a oferta de atividades culturais no município por meio da parceria
com o governo estadual;
XXII – viabilizar novas parcerias e novas fontes de obtenção de recursos para
implementação das ações e dos programas culturais;
XXIII – estimular a organização de entidades culturais no âmbito da sociedade
por meio de organizações não-governamentais, cooperativas, associações, sindicatos,
federações, dentre outros;
XXIV – fomentar, por meio de editais públicos, todas as manifestações,
expressões e repertórios culturais de grupos, associações e instituições atuantes em
Votuporanga, com ênfase especial para as manifestações e instituições vinculadas aos
repertórios culturais tradicionais e às expressões da cultura popular;
XXV – capacitar organizações sociais culturais para participar de editais,
fornecendo instruções também sobre como prestar contas dos valores recebidos;
58

XXVI – criar condições para o pleno funcionamento do Conselho Municipal de


Políticas Culturais, de forma a contribuir na tomada de decisão na formulação de políticas
públicas, plano, programas e projetos de cultura do município;
XXVII – dar ampla divulgação sobre os serviços e eventos de cultura do
município, visando a formação de público;
XXVIII – manter apoio permanente à realização de Festival Literário de modo a
ampliar o alcance do festival nas escalas local e regional, bem como aumentar a abrangência
do público-alvo atingido, especialmente nas atividades voltadas para o público adulto;
XXIX – consolidar a cidade como referência na promoção de eventos culturais
na área da música, do teatro, das artes plásticas, da literatura, da dança dentre outras.

Art. 128. O Plano Municipal de Cultura deverá, no mínimo:


I – estabelecer objetivos e metas mensuráveis, associando prazos, programas,
projetos, ações, indicadores e responsáveis;
II – diagnosticar a demanda por atividades culturais, considerando os recortes
territoriais estabelecidos por este Plano Diretor Participativo e os estudos demográficos a
serem elaborados pelo SIGEPURB;
III – considerar as demandas identificadas no diagnóstico da revisão deste plano
diretor na definição dos objetivos.

Subseção I
Das Bibliotecas

Art. 129. São diretrizes específicas da Política Municipal de Cultura para as


bibliotecas:
I – instalar, no mínimo, 01 (uma) sala de leitura em cada quadrante da Cidade,
inclusive, 01 (uma) no Distrito de Simonsen e 01 (uma) na Vila Carvalho;
II – promover campanhas de sensibilização e orientação da população acerca do
funcionamento da biblioteca e salas de leitura;
III – ampliar o quadro funcional permanente da biblioteca.

Subseção II
Da Produção Teatral

Art. 130. São diretrizes específicas da Política Municipal de Cultura para a


produção teatral:
I – incentivar a produção, circulação e difusão das expressões artísticas diversas
locais, com a aplicação de subsídios públicos;
II – incentivar programa de formação de plateia nas expressões artísticas
diversas, voltada ao público infanto-juvenil e idoso;
59

III – incentivar formação, capacitação e aprimoramento profissional dos agentes


envolvidos na produção cultural;
IV – qualificar a programação cultural, por meio de intercâmbio de espetáculos
e das expressões artísticas diversas, viabilizada por meio de editais públicos.

Subseção III
Do Museu Municipal

Art. 131. São diretrizes específicas da Política Municipal de Cultura para o


Museu Municipal:
I – apoiar a criação e a manutenção de mecanismos que viabilizem a pesquisa e
a divulgação da criação artística no Museu Municipal e demais espaços culturais gerenciados
pelo órgão competente;
II – fomentar a preservação dos registros das artes e manifestações culturais,
priorizando comunidades e etnias que representam o município;
III – criar, adaptar, recuperar e manter os espaços destinados a abrigar e
disponibilizar ao acesso público as expressões artísticas diversas;
IV – celebrar convênios e parcerias com os demais entes da União e do Estado,
de forma que permita a qualificação do espaço do Museu Municipal, bem como consolide e
amplie as ações museológicas, especialmente ao público escolar e à população idosa;
V – fomentar ações de educação museológica nos espaços culturais gerenciados
pelo órgão competente.

Subseção IV
Da Área Musical

Art. 132. São diretrizes específicas da Política Municipal de Cultura para a área
musical:
I – ampliar as oportunidades de produção musical;
II – apoiar a criação e a manutenção mecanismos que viabilizem a formação,
difusão e capacitação do produto musical;
III – incentivar a criação de meios para a divulgação da música local;
IV – incentivar os circuitos musicais, possibilitando o contato do artista com o
público;
V – fomentar o intercâmbio musical e profissional com outros municípios da
região;
VI – fomentar a educação musical nos equipamentos públicos culturais;
VII – fomentar o aprimoramento técnico-artístico dos professores da Escola
Municipal de Artes;
VIII – adquirir e manter instrumentos musicais na Escola de Artes;
60

IX – promover a formação de plateias, com ações de popularização e


interiorização das diversas expressões musicais;
X – realizar atividades e eventos que impliquem no aumento da projeção musical
do Município de Votuporanga.

Seção VI
Da Política de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural

Art. 133. Constitui o Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural o conjunto de


bens materiais e imateriais como áreas, edificações, imóveis, lugares, paisagens,
monumentos e manifestações culturais existentes no Município de Votuporanga, de domínio
público ou privado, cuja proteção ou preservação seja de interesse comum devido ao seu
valor natural, urbano, paisagístico, arquitetônico, arqueológico, artístico, etnográfico e
cultural.

Art. 134. São objetivos da Política de Proteção ao Patrimônio Histórico,


Artístico e Cultural no Município de Votuporanga:
I – a preservação, proteção, conservação, restauração e valorização dos bens
tangíveis, naturais ou construídos, assim como dos bens intangíveis, considerados
patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico no âmbito do Município;
II – a preservação das identidades locais e de áreas de interesse histórico e
cultural;
III – a identificação de bens e manifestações culturais visando seu registro,
valorização e possível proteção;
IV – o fomento à participação social na pesquisa, identificação, proteção e
valorização do patrimônio histórico e cultural;
V – o desenvolvimento de infraestrutura de turismo nas áreas de interesse
histórico e cultural;
VI – a proteção e a documentação do patrimônio imaterial;
VII – a aplicação e o desenvolvimento do programa de educação patrimonial.

Art. 135. A Política de Proteção ao Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural


tem como diretrizes:
I – identificar e preservar os eixos histórico-culturais, constituídos a partir dos
corredores e caminhos representativos da identidade e memória cultural, histórica, artística,
paisagística, arqueológica e urbanística, podendo fazer parte de territórios e paisagens
culturais e de áreas envoltórias de bens tombados;
II – promover o mapeamento e a identificação de pontos históricos e culturais
votuporanguenses, visando seu registro, valorização e proteção a partir de inventários do
patrimônio histórico-cultural ou outros instrumentos pertinentes;
61

III – incentivar a identificação e desenvolvimento de projetos de valorização de


áreas ou territórios representativos da identidade e memória cultural, histórica e urbanística
para a formação da cidade;
IV – elaborar normas para a preservação de bens de valor histórico, cultural,
natural e arquitetônico;
V – articular com os diferentes órgãos e entes da municipalidade para a
formulação de políticas e programas que viabilizem a preservação dos lugares considerados
como patrimônio histórico, cultural ou natural;
VI – atualizar permanentemente os registros do patrimônio tangível e intangível
do Município;
VII – organizar e fomentar a integração de ações de preservação do patrimônio
histórico-cultural votuporanguense, articulando as instituições oficiais responsáveis pela
proteção desse patrimônio, nos níveis federal, estadual e municipal;
VIII – proteger e incentivar parcerias para manutenção e valorização do acervo
de monumentos e obras de arte em espaços públicos;
IX – incentivar a fruição e o uso público dos imóveis tombados;
X – incentivar a preservação do patrimônio por meio de mecanismos de
transferência de potencial construtivo;
XI – conservar fragmentos de Matas Remanescentes no Município pelo
instrumento jurídico do tombamento;
XII – instituir política de conservação e gestão do patrimônio cultural conforme
orientação das cartas patrimoniais e das recomendações da UNESCO, salvaguardando os
conjuntos urbanos, sítios históricos e arqueológicos;
XIII – realizar o georreferenciamento das informações pertinentes à Política de
Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural, especialmente, os bens tombados, projeção de
áreas envoltórias, bens em estudos de tombamento e projeção de respectivas áreas
envoltórias, áreas ou bens de interesse cultural passíveis de tombamento ou de qualquer outra
forma de salvaguarda, situação de conservação dos imóveis tombados;
XIV – desenvolver programas e ações de educação patrimonial a partir dos bens
culturais e demais elementos que compõem o patrimônio histórico-cultural de Votuporanga
e região;
XV – organizar ações de atendimento e divulgação de informações sobre o
patrimônio cultural, junto à população, objetivando sensibilizar a opinião pública sobre a
importância e a necessidade de preservação de seu patrimônio;
XVI – fortalecer o Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico
Artístico, Arquitetônico, Cultural, Turístico e Natural de Votuporanga - COMDEPHAACT
como órgão colegiado com atribuições normativas, consultivas e fiscalizadoras da Política
de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural.

Art. 136. O órgão competente pela Política de Proteção ao Patrimônio Histórico,


Artístico e Cultural deverá elaborar o Inventário de Proteção do Patrimônio Histórico,
Artístico e Cultural – IPPHAC com a relação de bens materiais e imateriais dotados de
62

identidade cultural, urbana, histórica, paisagística, arquitetônica, arqueológica, artística,


etnográfica e genética no município.
§ 1º O Inventário de Proteção do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural –
IPPHAC deverá conter no mínimo:
I – a relação dos bens materiais e imateriais em processo de tombamento ou de
Interesse para Proteção do Patrimônio contendo:
a) a identificação dos bens;
b) o endereço ou localização dos bens materiais e imateriais;
c) o número do processo de solicitação de tombamento, quando for o caso;
d) a data de inclusão no IPPHAC;
II – a relação de bens tombados ou protegidos pelo Município, Estado -
CONDEPHAAT e Federação (IPHAN), contendo no mínimo:
a) a identificação dos bens;
b) o ato oficial de tombamento;
c) o órgão de Aprovação;
III – Cones visuais:
a) Avenida Horácio dos Santos e Avenida Sebastião Vaz de Oliveira – Vista do
Estádio e Parque Urbano;
b) Avenida Prestes Maia – Formação de eixo monumental que liga o centro ao
patrimônio histórico da Estação Ferroviária;
d) Parque da Cultura - Centro de Informação do Turista – Vista da Rodovia;
e) Rua Amazonas – Via revitalizada, marco da paisagem urbana;
f) Catedral Nossa Senhora Aparecida – a partir da Praça Fernando Costa;
g) Mirante do Ecotudo Sul.
§ 2º. O Inventário de Proteção do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural –
IPPHAC será analisado e aprovado pelo COMDEPHAACT e os bens neles contidos
passarão a integrar a Zona Especial de Proteção ao Patrimônio - ZEPP Seção VI, Capítulo
VI, Título IV, devendo ser oficializado por meio de lei específica.
§ 3º Para efeito desta Lei Complementar, consideram-se cones visuais os pontos
de visualização e observação de determinadas paisagens, naturais ou construídas formadas
pelo ponto de observação e o objeto, aonde o ponto de observação é o olho do observador
(ápice) e o objeto é o elemento (base), que por seu valor simbólico, paisagístico,
arquitetônico, histórico, urbanístico, devem ser preservados e não podem ser bloqueados por
elementos de propaganda ou outros elementos visuais que concorram com sua importância
visual.

Art. 137. A indicação de bens a serem inclusos no Inventário de Proteção do


Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural - IPPHAC e na Zona Especial de Preservação do
Patrimônio – ZEPP poderá ser feita pelo órgão competente a partir de identificação realizada
pelo Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico,
Cultural, Turístico e Natural de Votuporanga - COMDEPHAACT ou por munícipes ou
entidades representativas da sociedade.
63

§ 1º As propostas deverão ser analisadas pelo órgão competente, que poderá,


caso julgue a proposta pertinente, abrir processo de enquadramento e emitir parecer a ser
submetido à aprovação do Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico,
Arquitetônico, Cultural, Turístico e Natural de Votuporanga - COMDEPHAACT.
§ 2º As propostas de inclusão no Inventário de Proteção do Patrimônio Histórico,
Artístico e Cultural - IPPHAC - deverão passar por análises técnicas do Poder Público e após
serão submetidas à aprovação pela Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico,
Artístico, Arquitetônico, Cultural, Turístico e Natural de Votuporanga - COMDEPHAACT.
§ 3º Após o parecer favorável e a inclusão no IPPHAC, o Poder Executivo
Municipal estabelecerá o enquadramento na ZEPP por lei específica.

Art. 138. O Poder Executivo Municipal deverá regulamentar lei específica, que
trate da proteção aos cones visuais do município elencados no inciso III do § 1º do art. 136,
contemplando:
a) a proibição de instalação de veículos de divulgação e mobiliário nos cones
visuais, de forma que estes prejudiquem a visualização do elemento paisagístico de valor
simbólico e imaterial a ser preservado;
b) elaboração de normas complementares de definição de critérios técnicos e
dimensionais para a aprovação de projetos, visando a preservação dos cones visuais a serem
preservados.

Seção VII
Da Política de Esporte, Lazer e Recreação

Art. 139. A Política Municipal do Esporte, Lazer e Recreação tem como


fundamento o desenvolvimento e o gerenciamento das ações que possibilitem a promoção
da saúde, a inclusão do idoso e da pessoa com deficiência e o protagonismo juvenil por meio
da atividade física no espaço público e utilização de áreas de lazer, recreação e
sociabilização, visando ao pleno cumprimento da função social da cidade.
§ 1º O Poder Público Municipal deverá disponibilizar e manter espaços e
equipamentos públicos para o lazer e práticas esportivas, assegurando o acesso livre e
igualitário para todos, especialmente para as pessoas com mobilidade reduzida, portadores
de necessidades especiais, crianças e idosos.
§ 2º São equipamentos públicos para prática do lazer e para práticas esportivas
os parques, as praças, as quadras, os complexos esportivos e sistemas de lazer, que deverão
estar em condições adequadas de utilização.
§ 3º Cabe ao Poder Público ofertar o lazer, não apenas pela disponibilização e
manutenção dos espaços citados no § 1º deste artigo, mas também articular à execução das
demais políticas de desenvolvimento social, possibilitando aos munícipes variadas formas
de entretenimento e recreação nos diversos momentos e espaços da vida pública.
64

§ 4º O suporte e o incentivo a práticas esportivas citados no caput compõem


ações fundamentais na promoção do lazer, mas também tem por objetivo a inclusão social,
a promoção da cidadania, do bem-estar individual e coletivo, além da prevenção de doenças
associadas ao sedentarismo a partir da manutenção de um estilo de vida ativo.
§ 5º É dever do Poder Público Municipal fomentar práticas desportivas formais
e não formais, como direito de cada um, observada a destinação e recursos públicos para a
promoção prioritária do desporto educacional e, em casos específicos, para o desporto de
alto rendimento.

Art. 140. São objetivos da Política de Esporte, Lazer e Recreação:


I – a valorização das atividades físicas, esportivas e de lazer, entendendo-as
como força dinâmica da vida social;
II – a garantia do acesso universal à atividades físicas, esportivas e de lazer, com
especial atenção aos idosos, pessoas com mobilidade reduzida e portadoras de necessidades
especiais;
III – a otimização a capacidade instalada nos equipamentos de esporte do
município a partir da ampliação da oferta de aulas em diferentes modalidades esportivas;
IV – o estímulo à recreação e ao entretenimento nos sistemas de lazer do
município por meio da revitalização dos que estiverem degradados, da construção de novos,
e da realização de atividades e eventos esportivos e culturais nas suas mais diversas formas
de expressão;
V – a expansão da rede de equipamentos esportivos e dos sistemas de lazer do
município, privilegiando os territórios menos assistidos e as atividades voltadas à população
idosa e às mulheres;
VI – a intensificação, em associação com a rede municipal de ensino, do suporte
e do incentivo à pratica esportiva entre a população jovem como meio de promover a
cidadania e prevenir doenças associadas ao sedentarismo;
VII – a utilização do esporte como estratégia de inclusão social de crianças e
adolescentes que se encontram em situação de vulnerabilidade, sobretudo no que diz respeito
ao envolvimento com a criminalidade;
VIII – o desenvolvimento e fomentar práticas de lazer junto à população,
estimulando hábitos saudáveis e a cultura do lazer ativo, fortalecendo a integração com a
natureza e sua identificação com a cidade;
IX – a facilitação do acesso aos equipamentos municipais esportivos, de lazer
ativo e atividades físicas, bem como às suas práticas.

Art. 141. São diretrizes da Política de Esporte, Lazer e Recreação:


I – integrar a política de esportes, lazer e recreação com as demais políticas
públicas municipais;
II – fomentar as formas de lazer ativo, entendido como aquele associado
atividades físicas;
65

III – promover parcerias com instituições de ensino superior, clubes,


associações, ligas e demais órgãos da administração pública e prática esportiva, visando ao
desenvolvimento de ações integradas;
IV – fomentar o intercâmbio com as cidades da Região de Governo de
Votuporanga e demais cidades brasileiras, visando a crescente difusão esportiva do
Município e a valorização de suas equipes representativas;
V – incentivar as modalidades esportivas profissionais mais expressivas do
município por meio da oferta de apoio técnico e administrativo às suas equipes
representativas;
VI – fomentar o desporto escolar, universitário e o para-desporto;
VII – incentivar a realização de práticas recreativas nos espaços e equipamentos
públicos urbanos, bem como no espaço rural, a partir da exploração das diferentes expressões
de manifestação cultural;
VIII – ampliar a infraestrutura esportiva e de lazer sobretudo na região Oeste,
Central, Vila Carvalho e Distrito de Simonsen;
IX – implementar projetos que unam lazer e educação ambiental no Horto-
Florestal;
X – promover a devida arborização no entorno das academias de lazer como
estratégia de melhoria do conforto ambiental e consequente fomento ao lazer ativo;
XI – estimular a criação de Ligas e Associações Esportivas autônomas ao Poder
Público.

Subseção I
Do Desenvolvimento e Organização Institucional da Política de Esporte, Lazer e
Recreação

Art. 142. Visando à execução da Política de Esporte, Lazer E Recreação do


Município por meio dos objetivos e diretrizes expostos nessa Lei Complementar, o poder
público municipal deverá realizar, no âmbito de sua organização interna, as seguintes ações
de desenvolvimento institucional:
I – articular entre os órgãos e entidades da administração pública para definição
das competências quanto à implantação, conservação e manutenção dos equipamentos de
esporte e sistemas de lazer do município, evitando sobreposições e lacunas nos
procedimentos e promovendo ações integradas;
II – implantar mecanismos de avaliação, controle e aferição de resultados dos
programas e projetos;
III – criar um calendário esportivo para a cidade com a participação de todos os
setores envolvidos, em especial, as associações de esportes, ligas esportivas, sindicatos e
sociedades de bairro;
66

IV – elaborar de estudos e diagnósticos permanentes, identificando as áreas que


necessitam de equipamentos esportivos e sistemas de lazer, visando à ampliação e oferta da
rede de equipamentos urbanos municipais;
V – realizar um planejamento específico quanto às academias ao ar livre,
envolvendo os órgãos e entidades da administração públicos, distribuindo as competências
adequadas para o levantamento qualiquantitativo dos aparelhos já existentes, visando a
recuperação dos que estiverem degradados e a implantação de novos em áreas desprovidas.

Seção VIII
Da Política de Segurança Pública e Defesa Civil

Subseção I
Da Segurança Pública

Art. 143. A Política Segurança Pública do Município tem a finalidade preservar


a ordem pública, a incolumidade das pessoas e o patrimônio e será exercida por meio dos
órgãos elencados no art. 144. da Constituição Federal em cooperação com órgãos municipais
competentes.

Art. 144. São objetivos da Política de Segurança Pública do Município de


Votuporanga:
I – a proteção, prevenção e redução da violência, ampliando a disponibilidade
de espaços públicos seguros para todos e diminuindo os índices de criminalidade no
município;
II – a garantia da integridade física e patrimonial dos próprios municipais, tais
como escolas, unidades de saúde, parques, jardins, teatros, museus, bibliotecas, cemitérios,
mercados, feiras livres, Paço Municipal e Câmara Municipal;
III – a garantia da efetiva vigilância e proteção do território municipal,
especialmente nas unidades de educação, saúde, assistência social e habitação;
IV – a garantia do cumprimento das leis e normas de convivência social na
mesma proporção que assegura a defesa dos direitos dos cidadãos;
V – a integração das instituições que atuam no campo da segurança pública com
a comunidade, objetivando a geração de mútua confiança e credibilidade;
VI – a atuação de forma integrada e conjunta com outros setores das esferas
municipal, estadual, federal e sociedade civil na promoção da segurança pública no
município;
VII – o incentivo à projetos de cunho educativo, como medida principal na
prevenção criminal e violência;
VIII – a orientação permanente da população sobre os cuidados necessários para
a sua segurança, de forma direta ou por veículos de comunicação;
67

IX – o incentivo à capacitação permanente dos profissionais que atuam no campo


da segurança pública com foco na melhoria constante dos serviços prestados.

Art. 145. São diretrizes da política de Segurança Pública do Município:


I – realizar convênios com outras esferas de governo, possibilitando a ampliação
da atuação das estruturas de segurança do Estado e da União no município de Votuporanga;
II – adotar estratégias descentralizadas, multidisciplinares e Inter Secretariais,
que resultem na elaboração de planos de combate à violência e de apoio mútuo;
III – articular as secretarias municipais para difusão de políticas públicas de
combate à violência e promoção da cultura de paz;
IV – intensificar ações de policiamento nos bairros para redução da percepção
de insegurança;
V – ampliar e melhorar o sistema de videomonitoramento e os sistemas de
informação criminal;
VI – desenvolver ações preventivas que contemplem grupos mais vulneráveis à
criminalidade;
VII – ampliar a prevenção e a assistência às vítimas de violência doméstica,
violência de gênero, violência contra crianças, adolescentes e idosos, violência à identidade
de gênero e violência decorrente de intolerância religiosa;
VIII – desenvolver, em conjunto com a Polícia Militar do Estado de São Paulo,
ações e campanhas educativas voltadas para prevenção à violência sexual, doméstica e
familiar;
IX – criar programas que tem como foco as famílias em contexto de violência
doméstica e familiar, que contemplem a realização de fiscalizações das medidas protetivas
e visitas solidárias, em parceria com a Polícia Militar do Estado de São Paulo;
X – promover a articulação da Polícia Militar do Estado de São Paulo com os
órgãos que compõem a rede de enfrentamento à violência contra a mulher, bem como com
entidades não-governamentais e sociedade civil;
XI – articular com a Polícia Militar do Estado de São Paulo a criação de
protocolo específico para o atendimento na Delegacia da Mulher, bem como treinamento de
seus funcionários;
XII – desenvolver campanhas educativas de segurança preventiva, relacionadas
ao consumo de drogas, ao trânsito e a violência nas escolas, direcionadas às crianças e aos
adolescentes;
XIII – incentivar participação popular nos conselhos de segurança pública com
a finalidade de reduzir a sensação de insegurança entre a população e melhorar a
solidariedade entre vizinhos;
XIV – instituir a Guarda Municipal de Votuporanga como órgão integrante da
política de segurança pública do município que, ressalvadas as competências da União e dos
Estados, terá as funções:
a) zelar pelos bens, equipamentos e prédios públicos do Município;
68

b) prevenir e inibir, pela presença e vigilância, bem como coibir, infrações penais
ou administrativas e atos infracionais que atentem contra os bens, serviços e instalações
municipais;
c) atuar, preventiva e permanentemente, no território do Município, para a
proteção sistêmica da população que utiliza os bens, serviços e instalações municipais;
d) colaborar, de forma integrada com os órgãos de segurança pública, em ações
conjuntas que contribuam com a paz social;
e) colaborar com a pacificação de conflitos que seus integrantes presenciarem,
atentando para o respeito aos direitos fundamentais das pessoas;
f) proteger o patrimônio ecológico, histórico, cultural, arquitetônico e ambiental
do Município, inclusive, adotando medidas educativas e preventivas;
g) cooperar com os demais órgãos de defesa civil em suas atividades;
h) interagir com a sociedade civil para discussão de soluções de problemas e
projetos locais voltados à melhoria das condições de segurança das comunidades.

Subseção II
Da Defesa Civil

Art. 146. A Política de Defesa Civil no município fundamenta-se em ações


preventivas, de socorro, assistenciais e recuperativas, destinadas a evitar desastres e
minimizar seus impactos para a população, restabelecendo a normalidade social.
Parágrafo Único. As ações de proteção e defesa civil, no âmbito do Município
de Votuporanga, serão promovidas por meio do Sistema Municipal de Proteção e Defesa
Civil - SIMPDEC, regulamentado pela Lei Municipal nº 6059/2017, em consonância com
as previsões contidas na Lei Federal nº 12.608, de 10 de abril de 2012 - Política Nacional de
Defesa Civil.

Art. 147. A Política de Proteção e Defesa Civil do Município de Votuporanga


tem como objetivos:
I – a proteção à vida, por meio de ações de prevenção, mitigação, preparação,
resposta e recuperação voltadas à redução de riscos de desastres;
II – a promoção da segurança e proteção permanente da população e do
patrimônio frente à ocorrência de diferentes tipos de desastres;
III – a minimização de danos decorrentes de eventos geológicos e hidrológicos
adversos;
IV – o planejamento permanente e a ação efetiva, com base em pesquisas e
estudos das áreas de risco e com incidência de desastres no território municipal;
V – a minimização de danos decorrentes de eventos geológicos e hidrológicos
adversos;
69

VI – o estimulo à participação social, individual e coletiva, de forma a ser obtida


a mobilização e a motivação despertadoras da criatividade, na administração da
solidariedade humana, mantendo o sentimento de autodefesa;
VII – a atuação de forma integrada e conjunta com outros setores das esferas
municipal, estadual, federal e sociedade civil na promoção da defesa civil no município.

Art. 148. São diretrizes referentes à Política de Proteção e Defesa Civil:


I – priorizar alternativas mais eficazes e de menor impacto socioambiental;
II – priorizar ações de caráter preventivo;
III – prevenir a formação de novas áreas de risco, por meio de diretrizes de
urbanização e edificação compatíveis com as potencialidades e restrições do meio físico;
IV – coibir o surgimento de ocupações urbanas nas áreas suscetíveis a desastres;
V – adotar instrumentos participativos em todo o ciclo de desenvolvimento dos
programas e ações voltados à redução do risco;
VI – fortalecer o Conselho Municipal de Proteção e Defesa Civil – COMPDEC
como instrumento de participação e de controle das ações voltadas à proteção e defesa civil;
VII – reduzir os níveis de risco de inundações, erosões e deslizamentos, por meio
da implantação de intervenções estruturais nas áreas de risco existentes;
VIII – prestar socorro imediato à população atingida por desastres;
IX – difundir informação sobre áreas de risco e ocorrência de eventos extremos
tanto para os tomadores de decisão quanto ao público em geral e as comunidades em risco
de desastre, em formato adequado;
X – georreferenciar e atualizar periodicamente o levantamento de risco de
desastre, com a avaliação e classificação das áreas quanto a vulnerabilidade, capacidade,
exposição, características dos perigos e seus possíveis efeitos sequenciais sobre os
ecossistemas, os espaços e os sistemas sociais;
XI – melhorar as ferramentas de medição e a coleta, análise e divulgação de
dados sobre riscos de desastres, por meio de Sistemas de Informação Geográfica - SIG,
inovações em tecnologia da informação e comunicação;
XII – promover intercâmbio das informações municipais, estaduais e federais
relativas aos riscos;
XIII – realizar parcerias para a coleta e análise de informações técnicas e para
aplicação de novos métodos e tecnologias que contribuam para melhorias dos sistemas de
prevenção e redução de risco;
XIV – aperfeiçoar a formação dos servidores públicos municipais por meio de
cursos de capacitação para elaboração de diagnóstico, prevenção e gerenciamento de risco,
e possibilitar, ainda, sua participação nas atividades de ensino promovidas pelos governos
Estadual e Federal;
XV – desenvolver ações de educação, formação e aprendizagem sobre redução
do risco de desastres para a sociedade civil, comunidades, voluntários e setor privado;
XVI – promover a incorporação de conhecimento sobre o risco de desastres,
incluindo a prevenção, mitigação, preparação, resposta, recuperação e reabilitação na
70

educação formal e não-formal, bem como na educação cívica de todos os níveis e no ensino
e treinamento profissionalizante;
XVII – estimular a colaboração entre pessoas em nível local para o
compartilhamento de experiências, lições aprendidas, boas práticas e divulgação de
informações sobre o risco de desastres, por meio das organizações comunitárias e de
organizações não-governamentais;
XVIII – implantar um centro de assistência ao cidadão, integrando a defesa civil
e os setores que prestam serviços de socorro, ajuda e apoio à pessoa em situação de risco ou
vulnerabilidade.

Art. 149. O Poder Executivo Municipal deverá revisar o Plano de Contingência


de Proteção e Defesa Civil – PLANCON, de forma a atender aos objetivos e diretrizes
dispostos nos arts 147 e 148 desta Lei Complementar, contendo, no mínimo:
I – o mapeamento georreferenciado das áreas vulneráveis, classificadas segundo
tipo e graus de risco;
II – a análise, quantificação e caracterização das famílias moradoras das áreas
vulneráveis, mencionadas no inciso anterior, segundo perfis demográficos, socioeconômicos
e habitacionais, entre outros aspectos;
III – as estratégias de articulação com o Plano Local de Habitação de Interesse
Social, principalmente em relação à regularização fundiária e ambiental de assentamentos
precários e irregulares;
IV – as estratégias de articulação com o Plano Municipal de Gestão Integrada de
Resíduos Sólidos;
V – a definição das ações e intervenções necessárias para a implantação de obras
estruturais de redução de riscos e a adoção de medidas de segurança e proteção, com fixação
de prioridades, prazos e estimativas de custos e recursos necessários;
VI – a definição de estratégias para realização de realocações preventivas de
moradores de áreas de risco, quando esta for a única alternativa ou mais eficaz para a garantia
das condições de segurança dos moradores.

CAPÍTULO II
DAS POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Art. 150. As Políticas Municipais De Desenvolvimento Econômico deverão


contribuir com a produção de um ambiente institucional, urbano e rural que dinamize as
atividades econômicas, visando à melhoria da qualidade de vida da população
Votuporanguense.
Parágrafo único. É dever do Poder Público zelar para que as vantagens
provenientes da dinamização econômica sejam apropriadas de forma justa entre a
coletividade e redistribuídas equanimemente pelo território, contribuindo com a distribuição
da renda e com o acesso a bens materiais e imateriais.
71

Art. 151. São componentes da Política Municipal de Desenvolvimento


Econômico:
I – a Política de Desenvolvimento da Indústria;
II – a Política de Desenvolvimento do Comércio e Serviços;
III – a Política de Desenvolvimento Rural;
IV – a Política de Segurança Alimentar e Nutricional;
V – a Política de Trabalho, Emprego e Renda;
VI – a Política de Turismo;
VII – a Política da Ciência, Tecnologia e Inovação;
VIII – a Política de Economia Criativa.

Art. 152. São objetivos das Políticas de Desenvolvimento Econômico:


I – a implementação de uma dinâmica econômica municipal que atenda,
simultaneamente, aos interesses do Poder Público e às expectativas do mercado de forma
justa e na mesma proporção;
II – o reforço da articulação entre as cadeias produtivas locais e regionais,
visando à otimização dos processos produtivos, bem como da logística de distribuição e
comercialização dos produtos;
III – a promoção do desenvolvimento sustentável, compatibilizando o
desenvolvimento econômico com o equilíbrio ambiental e o desenvolvimento social e
cultural;
IV – o aumento das atividades intensivas em ciência, tecnologia e inovação no
contexto da economia municipal;
V – a promoção do crescimento econômico conciliado à justa e ampla
distribuição da renda, visando à redução das desigualdades de origem socioeconômica;
VI – a melhoria das condições de trabalho, principalmente, nos setores
produtivos intensivos em mão de obra;
VII –o aumento do alcance das atividades de economia solidária e economia
criativa;
VIII – o fortalecimento de Votuporanga como polo turístico e econômico no
contexto regional;
IX – o aumento da participação dos micro e pequenos empresários no conjunto
da economia municipal;
X – a inserção do jovem, da mulher e das pessoas em situação de vulnerabilidade
social no mercado de trabalho por meio de estratégias e parcerias com agentes particulares,
visando à promoção da cidadania, do direito à cidade e da autonomia;
XI – a diminuição da informalidade dos segmentos produtivos urbanos por meio
de ações de fiscalização e oferta de instrumentos de formalização.

Art. 153. A Política de Desenvolvimento Econômico deverá ser orientada pelas


seguintes diretrizes:
72

I – cultivar as potencialidades de uso do solo, contribuindo com a dinamização


econômica e a produção de uma cidade mista, compacta, justa e ambientalmente sustentável,
observando o ordenamento territorial nos termos do Título IV desta Lei Complementar;
II – incentivar, especialmente, as atividades produtivas intensivas em ciência,
tecnologia e inovação, bem como aquelas engajadas com o desenvolvimento sustentável e a
inclusão social;
III – valorizar a diversidade territorial, cultural, étnica, religiosa e de orientação
sexual como um direito que potencializa as oportunidades de desenvolvimento econômico
do Município;
IV – potencializar a capacidade criativa, a inovação e o conhecimento científico
e tecnológico existentes no Município para gerar atividades econômicas de alto valor
agregado e ambientalmente sustentáveis;
V – incentivar e fomentar espaços e atividades relevantes, inclusive, de
economia criativa, negócios sustentáveis e iniciativas econômicas de caráter solidário e
cooperativo, envolvendo as áreas de cultura, educação, meio ambiente, turismo,
desenvolvimento e inclusão social;
VI – expandir e diversificar a produção agrícola, valorizando a preservação dos
recursos naturais e a geração de trabalho e renda no campo;
VII – promover o desenvolvimento sustentável da zona rural, apoiando a
agricultura familiar, em especial a orgânica, e o turismo sustentável, em especial de base
comunitária;
VIII – contribuir com o desenvolvimento sustentável da cidade a partir de
incentivos a empresas com ações economicamente sustentáveis e que empregam energia
sustentável, reciclagem e tratamento de resíduos;
IX – contribuir com a economia do município a partir da exploração sustentável
e inclusiva de seu potencial turístico;
X – reforçar regionalmente a posição do Município como polo de eventos,
ampliando a infraestrutura e os espaços destinados a exposições e a congressos;
XI – facilitar a instalação de empresas no Município por meio de incentivos
tributários e urbanísticos, facilitando os procedimentos administrativos, em especial, nos
setores prioritários definidos nesta Lei Complementar;
XII – fortalecer a atuação dos micros e pequenos empreendedores por meio de
parcerias com o poder público, incentivos e capacitações, visando ganhos mais facilmente
apropriados pela coletividade;
XIII – combater todas as formas precárias de trabalho;
XIV – estimular o desenvolvimento de economias solidárias por meio do apoio
administrativo e do incentivo fiscal às associações comunitárias, cooperativas e organizações
de trabalhadores;
XV – propor meios de captação de recursos junto ao Ministério da Economia
para desenvolvimento e fortalecimento dos Arranjos Produtivos Locais – APL’s, no âmbito
da agropecuária, indústria, comércio, serviços e turismo;
73

XVI – desenvolver estratégias de articulação entre o Município, Estado (por


meio das Secretarias de Estado) e Federação (por meio do Sistema de Gestão de Convênios
e Contratos de Repasse do Governo Federal – SICONV e Ministérios).

Seção I
Da Política Municipal de Desenvolvimento da Indústria

Art. 154. A política municipal de desenvolvimento industrial tem por objetivos:


I – a ampliação do número de estabelecimentos industriais e a diversificação da
estrutura produtiva com especial interesse e incentivo aos setores intensivos em ciência,
tecnologia e inovação;
II – o aumento da produtividade, bem como da média salarial, nos diversos
setores industriais presentes no município;
III – o fortalecimento do circuito espacial produtivo estabelecido com as demais
atividades econômicas instaladas no município e na região;
IV – o aumento da expressividade de atividades e setores industriais com
potencial de inserção em circuitos espaciais globalizados;
V – a reestruturação do setor moveleiro com base na inovação tecnológica, na
reorganização e reforço dos arranjos produtivos locais;
VI – o aumento da competitividade nas escalas regional e nacional;
VII – o adensamento e a melhoria das cadeias produtivas de Produtos
Alimentícios, Fabricação de Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias e Fabricação
de Móveis, buscando a irradiação das atividades nos diferentes elos a montante e a jusante
das empresas mais representativas, incluindo agregação de valor aos produtos.

Art. 155. São diretrizes que orientarão a política de desenvolvimento industrial:


I – elaborar estratégias e mecanismos de incentivo fiscal capazes de atrair novos
estabelecimentos industriais, sobretudo aqueles intensivos em ciência, tecnologia e
inovação;
II – elaborar estratégias e mecanismos de incentivo fiscal visando desestimular
possíveis evasões de estabelecimentos industriais;
III – adequar o conhecimento, a infraestrutura urbana e a regulamentação
municipal às demandas dos setores industriais intensivos em ciência, tecnologia e inovação;
IV – promover articulação com órgãos estaduais e federais na fiscalização de
atividades industriais potencialmente impactantes;
V – orientar o aproveitamento eficiente do espaço urbano visando o uso misto
do solo, a ocupação de áreas ociosas e o desenvolvimento territorial da indústria atrelado à
estratégia de minimização dos conflitos de vizinhança;
VI – promover a dinamização do setor industrial de forma sustentável,
privilegiando as políticas voltadas ás empresas engajadas com práticas econômicas
sustentáveis;
74

VII – instituição de convênios e parcerias com outros municípios da Região de


Governo de Votuporanga para a implantação de sistema de fiscalização de segurança das
plantas industriais de alto risco, especialmente do polo sucroalcooleiro.

Seção II
Da Política Municipal de Desenvolvimento do Comércio e Serviços

Art. 156. A Política de Desenvolvimento do Comércio e Serviços tem por


objetivos:
I – a articulação com a política de ordenamento territorial de forma a estimular
o surgimento e a consolidação de novas centralidades urbanas, subsidiando o processo de
produção de um espaço urbano policêntrico;
II – o aumento da média salarial dos trabalhadores empregados no setor;
III – o fortalecimento do consumo local e regional dos serviços e bens materiais
e imateriais ofertados na cidade;
IV – a diversificação dos serviços e bens materiais e imateriais ofertados,
visando contemplar as necessidades de consumo da população votuporanguense, atendidas
em São José do Rio Preto ou em outros municípios de nível hierárquico superior;
V – a dinamização do setor como estratégia de consolidação de Votuporanga
como polo econômico regional;
VI – a ampliação dos serviços e comércios envolvidos no circuito produtivo de
bens materiais e imateriais intensivos em ciência, tecnologia e inovação.

Art. 157. São diretrizes que orientarão a Política Municipal de Desenvolvimento


do Comércio e Serviços:
I – contribuir com a distribuição progressivamente mais equânime das atividades
de comércio e serviços, dos empregos e da valorização imobiliária pelo território urbano;
II – traçar estratégias utilizando-se de instrumentos urbanísticos, fiscais e
tributários visando à emergência de novas centralidades urbanas e a dinamização do setor;
III – realizar estudos que objetivem identificar os serviços e comércios ausentes
ou insuficientemente ofertados no município e, com base nos resultados, subsidiar a
definição de estratégias que incentivem sua instalação;
IV – incentivar a diversificação do setor de serviços oportunizada pela instalação
do polo sucroalcooleiro na Região de Governo de Votuporanga.

Seção III
Da Política Municipal de Desenvolvimento Econômico Rural

Art. 158. São objetivos da Política Municipal de Desenvolvimento Econômico


Rural:
75

I – a conciliação das atividades produtivas com a recuperação do solo, dos


recursos hídricos superficiais e subterrâneos e da vegetação florestal;
II – a promoção de atividades econômicas e geração de empregos na zona rural,
de modo compatível com a conservação das áreas prestadoras de serviços ecossistêmicos,
em especial o solo, os recursos hídricos e os remanescentes florestais;
III – a dinamização das atividades produtivas como estratégia de melhoria da
qualidade de vida e a promoção da autonomia à população rural;
IV – a diversificação da produção local e aumento da produtividade a partir de
investimentos em ciência, tecnologia e inovação;
V – o fortalecimento da agricultura familiar e a redução do esvaziamento
populacional do campo;
VI – o fortalecimento do vínculo entre a produção e o consumo local;
VII – a promoção da distribuição da renda proveniente da produção
agropecuária;
VIII – o aumento progressivo da área ocupada pela produção de gêneros
alimentícios vegetais em relação à área ocupada por gêneros não alimentícios e pastagens;
IX – a dinamização das cadeias produtivas da pecuária leiteira, heveicultura,
olericultura, apicultura e citricultura, de forma a oportunizar o acesso da produção ao
mercado e fortalecer os trabalhos coletivos entre os produtores.

Art. 159. São diretrizes da Política Municipal de Desenvolvimento Econômico


Rural:
I – avaliar os resultados obtidos pelas ações propostas no Plano Municipal de
Desenvolvimento Econômico Sustentável – PMDRS, visando ajustá-las e detalhá-las, no que
for preciso, para o atendimento eficiente dos objetivos estabelecidos no referido instrumento
de planejamento;
II – prever ações com base no diagnóstico e diretrizes do Plano Municipal de
Desenvolvimento Econômico Sustentável – PMDRS, no que tange às ações e programas
voltados às cadeias produtivas priorizadas;
III – privilegiar as ações e programas voltados à agricultura familiar;
IV – propor medidas de incentivo aos cultivos requeridos pelos complexos
agroindustriais regional e nacional, privilegiando os de baixo impacto ambiental;
V – fortalecer o circuito espacial produtivo dos gêneros alimentícios na escala
municipal, estimulando o consumo local da produção agropecuária;
VI – incentivar a prática do cultivo orgânico entre os agricultores familiares;
VII – incentivar a cultura da seringueira e outros cultivos florestais de baixo
impacto ambiental como forma de conciliar a produção agrícola e a preservação de áreas
ambientalmente relevantes para o Município;
VIII – expandir a silvicultura, visando à articulação com a cadeia produtiva da
indústria moveleira;
IX – promover articulação com o Polo Regional do Desenvolvimento
Tecnológico do Agronegócio do Noroeste Paulista/APTA/SAA, como estratégia de
76

implementação de novas tecnologias no processo produtivo rural, especialmente em relação


à silvicultura e aos cultivos agroflorestais;
X – adotar as medidas necessárias para estruturação e funcionamento adequado
e permanente do Conselho Municipal de Agricultura e Desenvolvimento Rural;
XI – elaborar estudos e planejar políticas específicas voltadas a ocupar, de forma
econômica e ambientalmente sustentável, as áreas gradativamente desocupadas pelo cultivo
de cana-de-açúcar.

Subseção I
Da Política de Desenvolvimento da Agricultura Familiar

Art. 160. A política de desenvolvimento rural deverá assistir, especialmente, aos


agricultores familiares nos termos da Lei Federal nº 11.326/2006, visando à promoção de
condições dignas de trabalho e moradia no campo bem como garantir a segurança alimentar
no município.

Art. 161. São objetivos da Política de Desenvolvimento da Agricultura


Familiar:
I – a promoção da diversificação e aumento da produtividade;
II – o aumento da comercialização direta entre produtores familiares e
consumidores do município;
III – a valorização das formas tradicionais de produção e o incentivo da sua
incorporação aos mercados locais e regionais;
IV – a criação de programas de capacitação técnico-científicos voltados ao
aumento da produtividade e ao adequado planejamento orçamentário;
V – o aumento da competitividade intersetorial dos agricultores e de suas
atividades;
VI – a ocupação sustentável e o aproveitamento econômico eficaz das pequenas
propriedades rurais, sobretudo as da Bacia do Marinheirinho que circundam o espaço
urbano.

Art. 162. São diretrizes da Política de Desenvolvimento da Agricultura


Familiar:
I – oferecer condições socioeconômicas suficientes à manutenção das novas
gerações de agricultores familiares no campo;
II – incentivar produção orgânica e as agroindústrias de base familiar;
III – realizar e divulgar os eventos técnico-científicos, visando à difusão de
conhecimentos voltados à dinamização da produção;
IV – fomentar a produção e comercialização de alimentos por meio de hortas
familiares, comunitárias e banco de alimentos, de modo a consolidar as formas de economia
solidária no campo;
77

V – estimular a participação dos agricultores em associações, cooperativas e


conselhos, visando o aumento de suas capacidades de planejamento quanto à tomada de
decisão sobre a produção agropecuária;
VI – ampliar e renovar a frota de máquinas e veículos e a relação de implementos
agrícolas utilizados no Programa Patrulha Agrícola, visando o desenvolvimento quantitativo
e qualitativo prestado pelo Poder Público Municipal.

Art. 163. O Poder Público Municipal, em parceria com órgãos das esferas
estadual, federal e da iniciativa privada, deverá assegurar a implantação e manutenção de
infraestruturas necessárias à produção, comercialização e escoamento da produção agrícola,
sobretudo a de base familiar.
Parágrafo único. Deverão ser traçadas estratégias de recuperação e revitalização
do espaço rural voltadas a estimular a comercialização da produção in natura, beneficiada
ou processada, nas próprias propriedades, estimulando o turismo rural e gastronômico, a
ocupação sustentável e ordenada do espaço rural e a dinamização econômica.

Art. 164. Deverá ser garantida a valorização da produção primária dos


agricultores do município por meio do beneficiamento, processamento e da comercialização
direta com os consumidores do município por meio da implementação do Sistema de
Inspeção Municipal - SIM.
Parágrafo único. O poder Executivo deverá viabilizar a aplicação da Lei
Complementar Municipal nº 409/2018, que fixa normas de inspeção e de fiscalização
sanitária para a industrialização, o beneficiamento e a comercialização de produtos de
origem animal no município.

Seção IV
Da Política de Segurança Alimentar e Nutricional

Art. 165. A Política de Segurança Alimentar e Nutricional deve assegurar o


direito humano à alimentação adequada, em consonância com os princípios, diretrizes e
definições fixados na Lei Federal nº 11.346, de 15 de setembro de 2006.
§ 1º Incumbe ao Poder Executivo articular as secretarias municipais e autarquias,
especialmente as de Educação, Saúde, Assistência Social, Desenvolvimento Econômico e
SAEV Ambiental, para a efetiva implantação das ações voltadas à produção, acesso aos
alimentos, educação alimentar e nutricional.
§ 2º As ações da Política de Segurança Alimentar e Nutricional deverão levar
em conta as dimensões ambientais, culturais, econômicas, regionais e sociais do Município,
com prioridade para as regiões e populações mais vulneráveis.
78

Art. 166. No Município de Votuporanga, além dos objetivos previstos na Lei


Federal nº 11.346, de 2006, a Política de Segurança Alimentar e Nutricional tem os
seguintes:
I – a integração estratégica das diferentes políticas públicas visando à
convergência das iniciativas e integração de recursos gerenciais, financeiros e humanos na
redução da insegurança alimentar e nutricional entre a população em situação de
vulnerabilidade social;
II – o acesso à água potável e alimentação adequada e saudável, com prioridade
para as famílias e pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional;
III – o fortalecimento das ações de alimentação e nutrição em todos os níveis da
atenção à saúde, de modo articulado às demais ações de segurança alimentar e nutrição,
considerando todos os ciclos de vida;
IV – o fomento à criação de microempresas para a garantia de trabalho e renda;
V – a valorização da agricultura familiar, garantindo que sua produção seja
utilizada estrategicamente na ampliação do acesso a alimentos saudáveis por famílias em
situação de vulnerabilidade social;
VI – o atendimento às disposições da legislação sanitária vigente na
comercialização de produtos alimentícios;
VII – o estímulo ao aumento do consumo de frutas, verduras e legumes orgânicos
pela população;
VIII – a educação alimentar e nutricional, visando sua contribuição para uma
vida saudável e para a manutenção de ambientes equilibrados, a partir de processos
continuados e estratégias que considerem a realidade local e as especificidades de cada
indivíduo e seus grupos sociais.

Art. 167. A Política de Segurança Alimentar e Nutricional deve orientar-se pelas


seguintes diretrizes:
I – identificar, por meio de parcerias com a sociedade civil organizada, quais as
localidades prioritárias, urbanas e rurais, visando a inclusão no Cadastro Único de famílias
ou pessoa em situação de insegurança familiar;
II – garantir refeições adequadas a todos os usuários da rede socioassistencial do
Município, por meio de boas práticas de manipulação de alimentos e estratégias para melhor
aproveitamento dos alimentos;
III – assegurar melhores condições socioeconômicas às famílias pobres e,
sobretudo, extremamente pobres, por meio de transferência direta de renda e reforço ao
acesso aos direitos sociais básicos;
IV – proporcionar suporte alimentar às famílias e pessoas identificadas em
situação de vulnerabilidade social, com impossibilidade temporária de suprir
emergencialmente suas necessidades básicas, por meio de fornecimento de cestas básicas;
V – assegurar, nas escolas municipais, equipamentos necessários e suficientes
para garantir a qualidade e a diversificação na forma de preparo e melhor controle dos
alimentos recebidos;
79

VI – priorizar alimentos provenientes da agricultura familiar na alimentação dos


alunos das escolas municipais;
VII – promover a cultura de alimentação saudável por meio de atividades
comunitárias com alunos das escolas municipais, envolvendo educação e conscientização de
jovens e crianças acerca de hábitos saudáveis, alimentação, geração de resíduos e
compostagem;
VIII – desenvolver estratégia para renovação e dinamização do Programa de
Aquisição de Alimentos – PAA, Lei Federal nº 10.696/2003 e do Programa Nacional de
Alimentação – PNAE, Lei Federal nº 11.947/2009, no Município;
IX – garantir ao Banco de Alimentos recursos financeiros e humanos para o
cumprimento das seguintes ações:
a) otimizar as ações do equipamento, buscando reduzir o desperdício a partir da
adoção de técnicas mais eficazes de armazenamento e distribuição;
b) promover atividades de educação alimentar junto às famílias beneficiadas;
c) elaborar estratégias para aumentar a captação da parcela produtiva não
comercializada pelos agricultores familiares do município;
d) transferir do Banco de Alimentos para uma sede própria, no prédio da Casa
do Produtor Rural, no 5º Distrito, passando a funcionar alinhado ao packing house da
Cooperativa Agropecuária dos Apicultores do Noroeste de São Paulo – COAPINSP;
X – desenvolver ações de prevenção e cuidado integral dos agravos relacionados
à alimentação e nutrição;
XI – estimular a adesão ao aleitamento materno por meio de orientações nas
consultas de pré-natal;
XII – aperfeiçoar a vigilância de doenças ocasionadas pela contaminação da
água, mediante o monitoramento da qualidade da água para consumo humano;
XIII – capacitar os profissionais da Atenção Básica, especialmente os Agentes
Comunitários de Saúde, enfermeiros da equipe da Estratégia Saúde da Família e
profissionais do Núcleo de Atenção à Saúde da Família - NASF, para a redução da
mortalidade por hipertensão, diabetes e outros agravos por doenças não transmissíveis;
XIV – promover palestras, seminário e oficinas sobre empreendedorismo e
Microempreendedor Individual – MEI;
XV – assessorar grupos e empreendimentos coletivos ligados a agricultura
familiar e orgânica;
XVI – estimular o crescimento econômico e profissional do pequeno produtor,
agricultor, mediante o fortalecimento da Feira do Produtor Rural e a disponibilização de
espaço no Mercado Municipal para comercialização de produtos agroecológicos, orgânicos
e alimentos artesanais;
XVII – fomentar a adoção de técnicas de manejo mais racionais do solo e da
água, apoiando o agricultor nas mudanças cotidianas das práticas agrícolas;
XVIII – promover a alimentação saudável por meio de cursos de capacitação nas
áreas de gastronomia, culinária, segurança e higiene de alimentos;
80

XIX – elaborar materiais informativos com orientações sobre segurança


alimentar e nutricional abordando diversos temas atuais;
XX – promover cursos, oficinas, seminários sobre Segurança Alimentar e
Nutricional visando à formação dos servidores das escolas, dos postos de saúde e da
assistência social;
XXI – implantar do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN
no município, objetivando o funcionamento permanente de um banco de dados atualizado
sobre as condições de vida da população em situação de vulnerabilidade social;
XXII – fortalecer e contribuir para o aperfeiçoamento das ações do Conselho
Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Votuporanga - COMSEA, objetivando
o combater o quadro de insegurança alimentar e nutricional;
XXIII – criar indicadores de Segurança Alimentar e Nutricional, em suas
variadas dimensões, integrados ao Sistema Municipal de Informações – SIM, para subsidiar
a gestão da política de segurança alimentar e nutricional e políticas afins.

Seção V
Da Política de Trabalho, Emprego e Renda

Art. 168. São objetivos da política municipal de Trabalho, Emprego e Renda:


I – a ampliação do acesso às oportunidades de emprego e geração de renda,
especialmente para população de jovens, de mulheres e pessoas em situação de
vulnerabilidade social, visando contribuir com a integração social, a autonomia individual e
o direito à cidade;
II – a criação de novos postos de trabalho e a inserção formalizada de novos
microempreendedores individuais na economia municipal;
III – a ampliação do acesso à educação profissionalizante;
IV – a criação de mecanismos administrativos e tributários de incentivo às micro
e pequenas empresas, como estratégia de garantia e redistribuição da renda;
V – a compatibilização dos cursos de qualificação e requalificação profissional,
ofertados direta ou indiretamente pelo poder público, com as demandas sociais e de mercado;
VI – a ampliação da mão de obra qualificada disponível a atuar em atividades
econômicas intensivas em ciência, tecnologia e inovação, visando criar um ambiente
favorável à instalação dessas atividades no território municipal;
VII – o aumento da média salarial;
VIII – a formalização do trabalho, especialmente, a do micro empreendedorismo
individual.

Art. 169. O Poder Público Municipal deverá estimular o trabalho, o emprego e


o aumento da renda no município a partir das seguintes diretrizes:
I – celebrar convênios, com instituições públicas e privadas, visando à
qualificação e requalificação profissional com base em pesquisa de mercado;
81

II – promover investimentos contra inatividade da força de trabalho com idade


entre 16-24 anos, por meio de programas de bolsas de estudo, inclusive para os níveis
técnicos, tecnólogo e superior, concedidas segundo critérios técnicos e orçamentários a
serem definidos pela Secretaria Municipal de Educação;
III – estimular, mediante medidas de promoção e incentivo, a atração de novos
investimentos de entidades públicas ou privadas no município, coordenando o consequente
desenvolvimento econômico com a geração de emprego e renda, a ocupação correta do solo
urbano e o equilíbrio ambiental;
IV – fortalecer o Conselho Municipal do Trabalho, Emprego e Renda -
COMTERVO, órgão gestor do Fundo Trabalhador, visando:
a) acompanhar o desempenho do mercado de trabalho e analisar o impacto das
políticas públicas praticadas pelos Governos Federal, Estadual e Municipais;
b) sugerir medidas efetivas que minimizem os efeitos negativos dos ciclos
econômicos e do desemprego estrutural sobre o mercado de trabalho;
c) acompanhar as ações voltadas para a expansão do mercado de trabalho;
d) oferecer subsídios às políticas municipais de emprego, trabalho e renda,
promovendo o intercâmbio com o Conselho Municipal de Educação, assegurando a elevação
da escolaridade vinculada com a formação profissional continuada;
V – estabelecer parcerias junto ao Sistema S, UNIFEV, IFSP e outros órgãos da
administração pública direta, autárquica e fundacional para a oferta de cursos e capacitações
voltadas às atividades econômicas intensivas em ciência, tecnologia e inovação;
VI – celebrar convênios com outras instituições públicas dos demais entes da
União e do Estado, a fim de viabilizar e capacitar, técnica e gerencialmente, as economias
de base familiar e solidária;
VII – tornar progressivamente mais eficaz o processo de direcionamento da
população às vagas de trabalho disponibilizadas pelas empresas do município;
VIII – desenvolver estratégias contra a inatividade da população idosa em
condições de trabalhar;
IX – promover projetos de geração de emprego e renda relacionados à
capacitação e organização das mulheres, à criação de empregos permanentes para o
segmento feminino da população e ao incremento da renda familiar;
X – desenvolver estratégia para a disponibilização de linha de crédito voltada
para a criação ou continuidade de pequenos negócios e associações gerenciadas por
mulheres;
XI – promover a igualdade de oportunidade entre homens e mulheres nas
relações de trabalho por meio de ações que trabalhem a discriminação baseada no gênero em
parceria com instituições sindicais, associações profissionais, organizações do movimento
de mulheres e legislativo.
82

Seção VI
Da Política do Turismo

Art. 170. A Política de Turismo compreende as ações de incentivo e estímulo às


atividades turísticas realizadas nos ambientes naturais e construídos do município,
entendidas como instrumentos de desenvolvimento econômico e social.
§ 1º Considera-se atividades turísticas, aquelas realizadas por pessoas físicas
durante viagens e estadas em lugares diferentes do seu entorno habitual, por um período
inferior a 12 (doze) meses, com finalidade de lazer, negócios ou outras, assim como definido
na Lei Federal nº11.771/2008.
§ 2º As ações de incentivo e estímulo às atividades turísticas poderão ser
viabilizadas pelo poder público municipal, por meio da:
I – concessão de benefícios fiscais pontuais, direcionados a determinados setores
e/ou atividades econômicas vinculadas ao turismo;
II – construção e/ou adequação de equipamentos urbanos públicos voltados à
execução de atividades turísticas;
III – melhoria das infraestruturas urbanas públicas com o intuito de oferecer
suporte adequado aos fluxos intermitentes de pessoas atraídas pelas atividades turísticas.
§ 3º Para se garantir o desenvolvimento social a partir das atividades turísticas,
o Poder Público deverá zelar para que os benefícios decorrentes das ações previstas no § 2º
deste artigo sejam redistribuídos de forma justa entre a coletividade e pelo território,
contribuindo com a distribuição per capita e espacial da renda.

Art. 171. São objetivos da Política de Turismo:


I – otimização do uso dos empreendimentos, equipamentos, instalações e
serviços turísticos já existentes no município;
II – consolidação e ampliação do turismo de eventos culturais, turismo rural e de
negócios;
III – qualificação dos equipamentos urbanos destinados às atividades turísticas
por meio de ampliações, modernizações, e melhoria das conexões viárias e da acessibilidade;
IV – articulação institucional com outros municípios da região na constituição
de circuitos turísticos, onde as potencialidades de cada um possam ser exploradas de forma
complementar, gerando benefícios ao setor na escala regional;
V – aumento do fluxo e do índice de permanência de turistas no município,
mantendo-o estável ao longo do ano todo;
VI – promoção de serviços adequados à recepção qualificada dos turistas no
Município e espaços de relevância turística;
VII – fomento ao desenvolvimento das artes, das tradições populares,
folclóricas, gastronômicas e artesanais como atividades potencialmente turísticas.

Art. 172. São diretrizes da Política de Turismo:


83

I – realizar inventário do potencial turístico local e também na sua articulação


com o espaço regional;
II – criar roteiros turísticos integrados, que valorizem o patrimônio histórico-
cultural e ambiental, oportunizando entretenimento e lazer especialmente para os públicos
infanto-juvenil e idoso;
III – desenvolver roteiros turísticos em conjunto com outros municípios
integrantes da Região Turística que o município faz parte, priorizando a integração turística
regional e explorando o melhor do turismo de cada município;
IV – implementar ações conjuntas entre o poder público e privado na gestão,
conservação e exploração turística do patrimônio histórico-cultural do município;
V – integrar programas e projetos turísticos com atividades sociais, econômicas,
culturais, de educação ambiental e de lazer realizadas no Município e na região;
VI – incentivar ações de formação, capacitação e aperfeiçoamento de recursos
humanos, visando ao aprimoramento da prestação de serviços vinculados ao turismo;
VII – criar indicadores municipais capazes de medir a atividade econômica no
município, a partir, inicialmente, da especificação do ISS gerado pelas atividades turísticas
em relação ao conjunto das atividades econômicas, taxa de ocupação hoteleira e fluxo
turístico.

Seção VII
Da Ciência, Tecnologia e Inovação - CT&I

Art. 173. São objetivos da Política da Ciência, Tecnologia e Inovação - CT&I:


I – a instrumentalização do município com ações e estratégias de
desenvolvimento tecnológico por meio de permanente acompanhamento das inovações do
setor e sua contínua introdução nas rotinas locais;
II – o fortalecimento das capacidades de pesquisa e de inovação do Município
na geração de riqueza, emprego, renda e oportunidades, com a diversificação produtiva e o
aumento do valor agregado na produção de bens e de serviços;
III – a promoção e continuidade dos processos de desenvolvimento científico,
tecnológico e de inovação, como estratégias para o desenvolvimento e processos produtivos
sustentáveis;
IV – a formulação, implementação, acompanhamento e avaliação dos programas
e projetos de ciência, tecnologia e inovação, imprimindo maior representatividade e
legitimidade nos processos, bem como promover a capacitação, descentralização e
disseminação dos conhecimentos;
V – a promoção da cooperação e interação entre os entes públicos, entre os
setores público e privado e entre empresas.

Art. 174. Os programas, ações e investimentos, públicos e privados, da Política


da Ciência, Tecnologia e Inovação - CT&I devem ser orientados pelas seguintes diretrizes:
84

I – definir instrumentos de promoção das atividades de ciência, tecnologia e


inovação para um desenvolvimento sustentável, geração de conhecimentos científicos,
inovação tecnológica, formação de competências, consciência de bens coletivos, integração
de políticas públicas e divulgação dos conhecimentos;
II – promover, em ação conjunta entre o poder executivo e instituições de ensino
e pesquisa, programas, eventos e atividades de caráter tecno-científico que possibilitem uma
contribuição ao progresso do município, resgatando as dimensões de sustentabilidade do
processo de desenvolvimento;
III – implantar programas de certificação de processos e práticas tecno-
produtivas ambientalmente saudáveis;
IV – apoiar a formação de redes cooperativas, de incentivos e promoção de
grupos científicos emergentes;
V – incentivar a sinergia entre instituições de pesquisa, universidades e empresas
com atividades relacionadas ao conhecimento e à inovação tecnológica;
VI – possibilitar o acesso aos processos de fomento à pesquisa e qualificação de
equipes, apoiar micro e pequenas empresas, contribuir para a melhoria e modernização da
infraestrutura tecnocientífica;
VII – incentivar o licenciamento das tecnologias limpas disponíveis no mercado
e suporte às empresas e cooperativas para incorporação dos avanços técnico-científicos;
VIII – incentivar a criação de um polo de desenvolvimento tecnológico
(incubadoras tecnológicas) envolvendo as escolas técnicas e empresas, visando aproveitar o
potencial técnico e o alto nível de escolaridade da população jovem;
IX – implantar o Sistema de Informações Geográficas – SIG, na Prefeitura e
promover a disseminação dessa cultura entre os usuários em geral;
X – desburocratizar, simplificar e digitalizar os processos de aprovação de
projetos e licenciamento de atividades econômicas no Município.

Seção VIII
Da Economia Criativa

Art. 175. A política municipal de Economia Criativa compreende o fomento e


desenvolvimento de atividades econômicas, entendidas como o ciclo de criação, produção e
distribuição de bens e serviços tangíveis ou intangíveis que utilizam a criatividade, a
habilidade e o talento de indivíduos ou grupos como insumos primários e composta por
atividades econômicas baseadas no conhecimento e capazes de produzir riqueza, gerar
emprego e distribuir renda.

Art. 176. A Economia Criativa está relacionada às seguintes áreas e atividades:


I – Patrimônio Cultural: atividades que se desenvolvem a partir dos elementos
da herança cultural, envolvendo as celebrações e os modos de criar, viver e fazer, tais como
85

o artesanato, a gastronomia, o lazer, o entretenimento, o turismo a sítios com valor histórico,


artístico e paisagístico, e a fruição a museus e bibliotecas;
II – Artes: atividades baseadas nas artes e elementos simbólicos das culturas,
podendo ser tanto visual quanto performático, tais como música, teatro, circo, dança, e artes
plásticas, visuais e fotográficas;
III – Mídia: atividades que produzem um conteúdo com a finalidade de se
comunicar com grandes públicos, como o mercado editorial, a publicidade, os meios de
comunicação impresso e produções audiovisuais cinematográficas, televisivas e
radiofônicas;
IV – Criações Funcionais: atividades que possuem uma finalidade funcional,
como a arquitetura, a moda, as animações digitais, jogos e aplicativos eletrônicos e o design
de interiores, de objetos, e de eletroeletrônicos.

Art. 177. São objetivos da Política Municipal de Economia Criativa:


I – o incentivo às formas de inovação tecnológica, social e cultural que
estabeleçam conexões entre espaços públicos e privados;
II – a valorização de insumos como conhecimento, talento individual, cultura e
tecnologia;
III – meio das atividades criativas, originando novos modelos de negócios,
serviços e produtos diferenciados, de alto valor agregado;
IV – a disseminação de tecnologia social resultante do trabalho coletivo, que
encontra sustentação e legitimidade no diálogo com a sociedade;
V – apoiar os coletivos de arte e pequenos produtores culturais por meio da
valorização de seus ativos criativos e inovadores;
VI – o estímulo econômico, financeiro e institucional ao desenvolvimento de
atividades baseadas na identidade cultural de Votuporanga;
VII – o intercâmbio de conhecimento e a geração de negócios, estimulando a
realização de eventos, encontros e seminários;
VIII – a criação de novas oportunidades de inserção social e redução das
desigualdades;
IX – o reconhecimento do conjunto de atividades que caracterizam o setor de
economia criativa no Município, possibilitando sua potencialização;
X – a definição de espaços urbanos a serem potencialmente ocupados por
atividades de economia criativa, tais como antigas fábricas, vilas operárias e ferroviárias e
imóveis antigos do município;
XI – a orientação e articulação de políticas públicas que incentivem e fortaleçam
os empreendimentos criativos.

Art. 178. Os programas, ações e investimentos, públicos e privados, da Política


de Economia Criativa devem ser orientados pelas seguintes diretrizes:
I – elaborar um diagnóstico sobre o setor de economia criativa em Votuporanga,
incluindo a localização das atividades e o valor gerado ao Município;
86

II – incentivar o desenvolvimento de polos de economia criativa por meio da


definição de zonas especiais de economia criativa, utilizando o potencial transformador
destas atividades como forma de revitalização de áreas degradadas, abandonadas ou sem
uso;
III – oferecer programas, direta ou indiretamente, de formação e capacitação a
empreendedores da economia criativa;
IV – promover cursos em diversos campos da economia criativa;
V – capacitar os empreendedores culturais para participar de seleções públicas,
recebendo instruções também sobre como prestar contas dos valores recebidos;
VI – criar incentivos fiscais para as atividades de economia criativa, de modo a
fomentar o desenvolvimento local do setor e a geração de renda;
VII – facilitar os procedimentos para transformação de uso dos imóveis e
ocupação de antigas construções da cidade, beneficiando proprietários e empreendedores
que mantenham ou recuperem as características originais desses imóveis, valorizando os
impactos positivos das atividades para a região.

Seção IX
Do Desenvolvimento Institucional da Política de Desenvolvimento Econômico

Art. 179. Visando à execução dos objetivos e diretrizes da Política de


Desenvolvimento Econômico prevista nesta Lei Complementar, o poder executivo deverá
proporcionar, no âmbito da organização interna do órgão responsável, autonomia e meios
eficazes para sua efetiva implementação mediante as seguintes ações desenvolvimento
institucional:
I – redefinir a estrutura organizacional da Secretaria de Desenvolvimento
Econômico visando designar, adequadamente, órgãos específicos responsáveis pela
condução das diferentes políticas que compõem a Política de Desenvolvimento Econômico.
II – promover a ampliação do quadro de pessoal, objetivando a adequada
ocupação por técnicos e especialistas da Prefeitura, nas estruturas criadas;
III – promover maior autonomia ao órgão responsável pela política de
desenvolvimento rural, garantido que essa política considere a Macrozona Rural não apenas
a partir das perspectivas da produção e da economia, mas também a partir da perspectiva
social, ambiental e cultural, entre outras;
IV – promover uma maior parceria do órgão responsável pela política de
Turismo com o órgão responsável pela política de desenvolvimento econômico.
87

CAPÍTULO III
DA POLÍTICA DO MEIO AMBIENTE

Art. 180. Cabe ao Poder Público Municipal garantir o direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado e saudável, para as presentes e futuras gerações mediante uma
Política Ambiental que se articule com as diversas políticas públicas municipais.

Art. 181. A Política de Meio Ambiente se orientará pelos princípios norteadores


elencados pela Lei Federal nº. 6.938, de 31 de agosto de 1981 - Política Nacional de Meio
Ambiente.

Art. 182. São objetivos da Política Municipal de Meio Ambiente:


I – a implementação, no território municipal, das diretrizes contidas na Política
Nacional de Meio Ambiente, Política Nacional de Recursos Hídricos, Política Nacional de
Saneamento Básico, Política Nacional de Resíduos Sólidos, Política Nacional e Municipal
de Mudanças Climáticas, Lei Federal da Mata Atlântica, Sistema Nacional de Unidades de
Conservação e demais normas e regulamentos federais e estaduais, no que couber;
II – a promoção e manutenção do meio ambiente ecologicamente equilibrado,
entendido como bem indissociável das condições necessárias à manutenção da vida;
III – a proteção dos ecossistemas locais, por meio da preservação, proteção e
recuperação de áreas existentes no município;
IV – o planejamento e a fiscalização do uso dos recursos ambientais, por meio
do controle das atividades potencialmente poluidoras;
V – a garantia de proteção dos recursos hídricos e mananciais de abastecimento;
VI – a redução da contaminação ambiental em todas as suas formas;
VII – a promoção e a difusão da educação formal e não formal, objetivando
capacitar toda a população para participação ativa na defesa do meio ambiente;
VIII – o incentivo à adoção de hábitos, costumes e práticas sociais e econômicas
que visem à proteção dos recursos ambientais;
IX – a melhoria da qualidade de vida da população;
X – a articulação, a coordenação e a integração da ação pública entre os órgãos
e entidades do Município e demais níveis de governo, bem como a realização de parcerias
com o setor privado e organizações da sociedade civil, visando a recuperação, preservação
e melhoria do meio ambiente;
XI – a produção e divulgação de informações ambientais organizadas e
qualificadas.

Art. 183. São diretrizes da Política de Meio Ambiente:


I – compatibilizar as atividades e ações do Poder Público e do setor privado, no
âmbito urbano e rural, com a proteção ambiental, o desenvolvimento econômico sustentável
e a qualidade de vida da população;
II – conservar a biodiversidade, os remanescentes da flora e da fauna;
88

III – minimizar os impactos da urbanização sobre as áreas prestadoras de


serviços ecossistêmicos;
IV – integrar a gestão dos recursos ambientas ao planejamento urbano e rural,
em consonância com as diretrizes estabelecidas pelo Comitê e Consórcios das Bacias
Hidrográficas dos Rios Turvo/Grande e São José dos Dourados;
V – articular, no âmbito dos Comitês de Bacias Hidrográficas, ações integradas
de conservação, recuperação e fiscalização ambiental entre os municípios da região;
VI – criar sistema integrado de gestão e fiscalização ambiental municipal, a ser
coordenado pelo órgão executivo municipal do meio ambiente;
VII – conservar e recuperar a qualidade ambiental dos recursos hídricos,
inclusive águas subterrâneas, e das bacias hidrográficas, em especial a do manancial de
abastecimento;
VIII – definir critérios, parâmetros de reflorestamento e de tratamento
paisagístico para empreendimentos imobiliários impactantes, em especial os loteamentos,
condomínios, conjuntos habitacionais e centros comerciais, industriais e de serviços;
IX – determinação ao proprietário, ao possuidor a qualquer título ou ao
responsável pela exploração de recursos naturais, de terraplanagem e de disposição de
resíduos sólidos, a obrigação de recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com
projeto aprovado pelo órgão público competente;
X – contribuir para a redução de enchentes;
XI – contribuir para a minimização dos efeitos das ilhas de calor e da
impermeabilização do solo;
XII – definir padrões e controles mais rigorosos de atividades localizadas em
área de manancial;
XIII – estudar formas de compensação pelo dano e pelo uso de recursos
ambientais;
XIV – promover a pesquisa e a capacitação tecnológica orientadas para a
recuperação, preservação e melhoria da qualidade ambiental em parceria com instituição de
pesquisa ou de ensino superior;
XV – apoiar os produtores rurais na recuperação florestal de suas propriedades;
XVI – melhorar a relação de áreas verdes por habitante do Município de
Votuporanga;
XVII – promover a contínua proteção e ampliação da arborização urbana, tanto
nos espaços públicos como nos privados, de forma a ampliar a cobertura vegetal com
espécies arbóreas nativas da flora regional;
XVIII – preservar a cobertura vegetal de interesse ambiental, em áreas
particulares, por meios de mecanismos de compensação aos proprietários;
XIX – minimizar os processos de erosão e de escorregamentos de solo e rocha,
de forma a evitar o assoreamento de represas, córregos e lagoas;
XX – controlar a poluição sonora, visual, atmosférica, hídrica e do solo, fixando
padrões de qualidade e programas de monitoramento, especialmente nas áreas críticas,
visando à recuperação ambiental;
89

XXI – elaborar inventário das principais fontes fixas de poluição do ar, da água
e dos resíduos sólidos, instaladas no Município, em parceria com o órgão estadual
competente;
XXII – instituir incentivos fiscais e urbanísticos para as construções
sustentáveis, inclusive na reforma de edificações existentes, como o Imposto Predial e
Territorial Urbano Verde - IPTU Verde;
XXIII – ampliar o Programa Vida ao Marinheirinho, inclusive, estendendo para
a Bacia Hidrográfica do Rio São José dos Dourados, como instrumento de Educação
Ambiental e Pagamento por Serviços Ambientais da Política Ambiental do Município;
XXIV – criar Sistema de Áreas Protegidas, Áreas Verdes, Sistemas de Lazer e
Espaços Livres, enquadrando os diferentes tipos de denominações existentes aos espaços
livres de uso público, dentro das categorias de áreas verdes ou sistemas de lazer, sendo:
a) as áreas verdes são áreas públicas, densamente arborizadas por espécies
nativas, permeáveis e que cumprem, entre outras coisas, a função prioritária de manutenção
do microclima local, abrigo e alimentação de fauna. Sendo estas as Reservas Ecológicas e
Ambientais, Bosques, Áreas de Preservação Ambiental, áreas verdes;
b) os Sistemas de lazer são áreas destinadas ao lazer, preferencialmente
arborizados por espécies nativas regionais, sendo aceita arborização exótica e paisagística,
parcialmente impermeabilizadas onde encontram-se implantados equipamentos como
mobiliário urbano, iluminação, academias ao ar livre, etc. Sendo estas as Praças, áreas de
lazer, sistemas de lazer;
XXV – garantir a diversidade de espécies nativas oferecidas no Viveiro
Municipal e distribuídas pelo Disque Árvore, aproveitando a capacidade ociosa, bem como
desenvolver programa de educação ambiental no viveiro;
XXVI – fortalecer e contribuir para o aperfeiçoamento das formas de
participação e de controle social exercidas pela sociedade civil por meio do Conselho
Municipal do Meio Ambiente e Saneamento de Votuporanga - CONDEMA;
XXVII – realizar Conferência Municipal do Meio Ambiente como evento
periódico, de acordo com o calendário das esferas estadual e federal;
XXVIII – fortalecer Fundo Municipal do Meio Ambiente, com dotação
orçamentária proveniente dos recursos oriundos da venda de índices urbanísticos;
XXIX – instituir uma estrutura de Educação Ambiental na SAEV Ambiental;
XXX – criar Comissão Intersetorial de Educação Ambiental com participação
da SAEV e das Secretarias Municipais de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, Assistência
Social e Saúde;
XXXI – elaborar projeto de revitalização e qualificação dos espaços de
convivência do Horto Florestal, que visem atrair a visitação e utilização pela população;
XXXII – rever o Programa Municipal de Educação Ambiental - PMEA, de forma
a atender, no mínimo, as seguintes diretrizes:
a) estabelecer objetivos e metas mensuráveis, associando a cada meta: prazos,
programas, projetos, ações, responsáveis, fontes de financiamento e indicadores de
avaliação;
90

b) prever atividades relacionadas com o estudo do meio em âmbito local,


incluindo leituras do espaço urbano, do ambiente, da cultura e das artes;
c) ampliar ações intersetoriais voltadas à educação não-formal, destinadas a
todas as faixas etárias, contemplando prioritariamente às questões sobre manejo dos resíduos
sólidos, sociedade de consumo, desenvolvimento sustentável, cultura de paz, serviços
ecossistêmicos;
XXXIII – revisar o Plano Municipal da Mata Atlântica, a cada 48 (quarenta e
oito) meses, estabelecendo objetivos e metas mensuráveis, associando a cada meta prazos,
programas, projetos, ações, responsáveis, fontes de financiamento e indicadores,
contemplando, no mínimo, a seguinte diretriz:
a) realizar estudo para identificar áreas com presença significativa de espécies
vegetais e animais da Mata Atlântica e do Cerrado na Macrozona Rural, com o objetivo de
delimitar as áreas importantes para a manutenção da biodiversidade desses biomas e protegê-
los de processos de degradação, demarcando-os como Zona Rural de Conservação
Ambiental;
b) elencar áreas prioritárias, a partir do estudo mencionado na alínea “a” deste
artigo;
c) definir ações de uso sustentável destas áreas;
d) propor criação de Unidades de Conservação nas áreas prioritárias prevendo,
inclusive suas conexões.

Seção I
Da Arborização Urbana

Art. 184. São objetivos específicos da Política de Meio Ambiente para a


arborização urbana:
I – a promoção da arborização urbana compatível com a melhoria da qualidade
ambiental;
II – a melhoria do microclima e minimização das ilhas de calor nas diferentes
regiões do município;
III – a melhoria na gestão da arborização, tendo como base o planejamento e
técnicas de manejo;
IV – a revisão da legislação relacionada a poda e supressão e indivíduos arbóreos
urbanos.

Art. 185. A SAEV Ambiental deverá realizar levantamento censitário arbóreo


georreferenciado do município de Votuporanga, incluindo Simonsen e a Vila Carvalho, até
24 (vinte e quatro) meses, a contar da data de publicação desta Lei Complementar,
considerando as seguintes ações estratégicas:
I – realizar inventário qualitativo e quantitativo por áreas verdes urbanas,
arborização do sistema viário e arborização dos sistemas de lazer;
91

II – manter atualizado as informações das espécies da arborização do sistema


viário municipal, como DAP, espécie, situação fitossanitária, situação em relação a casa, a
via, e a fiação.

Art. 186. O Plano Diretor de Arborização Urbana - PDAU, Lei Complementar


nº 145, de 29 de setembro de 2009, deverá ser revisado no prazo máximo de 24 (vinte e
quatro) meses, a contar da data de publicação desta Lei Complementar, com base no novo
levantamento censitário arbóreo, com detalhamento de programas e ações, determinando
prazos, responsáveis pela execução das atividades, orçamento estimado, metas mensuráveis
e indicadores para medição, contendo no mínimo:
I – Programa de Implantação e Manutenção de Áreas Verdes Urbanas, definindo
os responsáveis e as ações permanentes de implantação e manutenção de parques e praças,
de disciplinamento da arborização nos passeios públicos;
II – diagnóstico do déficit de vegetação arbórea por região e indicação de ordem
de prioridades;
III – identificação das áreas e logradouros públicos passíveis de recepcionar
vegetação arbórea, com a avaliação conjunta de fatores como:
a) largura dos passeios e canteiros;
b) caracterização das vias;
c) presença de fiação elétrica aérea;
d) recuo das construções;
e) largura da pista;
f) características do solo;
g) canalização subterrânea;
h) orientação solar;
i) atividades predominantes;
IV – ações e metas de curto, médio e longo prazo para prover a cidade de
cobertura arbórea, distinguindo as áreas verdes, arborização do sistema viário e sistemas de
lazer dentro da área urbana;
V – classificação e indicação das espécies ou conjunto de espécies mais
adequadas ao plantio, exclusivamente nativas;
VI – ações intensivas de fiscalização e aplicação de multas pela prática da poda
drástica e supressão sem autorização de espécies arbóreas;
VII – ações de educação ambiental não formal articuladas com outros órgãos,
orientando em relação as funções ecossistêmicas e a importância da arborização urbana;
VIII – programa permanente de capacitação de podadores a fim de se evitar a
execução incorreta da poda e comprometimento fitossanitário dos indivíduos arbóreos;
IX – implantação de sistema de informações de plantio e manejo da arborização
urbana integrado ao Sistema de Informações Municipal.
92

Art. 187. Será revista a legislação que trata da poda e supressão de árvore no
município, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data de publicação desta Lei
Complementar, ser, considerando:
I – identificação dos responsáveis pela poda de árvore sob fiação da rede elétrica;
II – autorização pelo órgão ambiental de supressão arbórea somente mediante
compensação, apresentação e comprovação, pelo munícipe, de justificativa que se enquadre
nos seguintes casos de:
a) implantação de obras de edificação ou urbanização quando a localização da(s)
árvore(s) não permitir(em) a mudança do projeto arquitetônico;
b) o estado fitossanitário da árvore justificar a medida;
c) quando a árvore estiver causando comprováveis danos ao patrimônio público
ou privado;
d) a árvore constituir-se em obstáculo fisicamente incontornável à circulação de
veículos ou à acessibilidade de pedestres;
e) o plantio irregular, principalmente de espécies exóticas.

Seção II
Do Sistema Municipal de Áreas Protegidas, Áreas Verdes, Sistemas de Lazer e
Espaços Livres

Art. 188. O Sistema Municipal de Áreas Protegidas, Áreas Verdes, Sistemas de


Lazer e Espaços Livres é constituído pelo conjunto de áreas enquadradas nas diversas
categorias protegidas pela legislação ambiental, de áreas prestadoras de serviços
ecossistêmicos, das diversas tipologias de parques, de logradouros públicos, de espaços
vegetados e de espaços não ocupados por edificação coberta, de propriedade pública ou
particular.
§ 1º A organização das áreas protegidas, áreas verdes, sistemas de lazer e espaços
livres como Sistema compete ao Executivo, ouvidos os órgãos estaduais e federais, e se
configura em estratégia de qualificação, de preservação, de conservação, de recuperação e
de ampliação das distintas tipologias de áreas e espaços que o compõe.
§ 2º O conjunto de áreas protegidas, áreas verdes, sistemas de lazer e espaços
livres referidos no caput é considerado de interesse público para o cumprimento de
funcionalidades ecológicas, paisagísticas, urbanísticas, de lazer e de práticas de
sociabilidade.

Art. 189. Para a implementação do Sistema Municipal de Áreas Protegidas,


Áreas Verdes, Sistemas de Lazer e Espaços Livres, o Executivo deverá criar Comissão
Intersetorial composto por representantes dos órgãos públicos municipais responsáveis pelas
seguintes Políticas:
I – Planejamento;
II – Meio Ambiente;
93

III – Obras;
IV – Esporte e Lazer;
V – Limpeza, preservação, conservação, paisagismo e ajardinamento dos
parques, jardins públicos, avenidas, áreas verdes e córregos no perímetro urbano.

Art. 190. São componentes do Sistema Municipal de Áreas Protegidas, Áreas


Verdes, Sistemas de Lazer e Espaços Livres:
I – áreas públicas:
a) Unidades de Conservação que compõem o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação;
b) áreas verdes;
c) sistemas de lazer;
d) reserva ambiental;
e) parques urbanos;
f) parques lineares;
g) outras categorias de parques a serem definidas pelo Executivo;
h) espaços livres de logradouros públicos, incluindo praças e canteiros centrais;
i) espaços livres e áreas verdes de instituições e equipamentos públicos de
educação, saúde, cultura, lazer, abastecimento, saneamento, transporte, comunicação e
segurança;
j) espaços livres e áreas verdes originárias de parcelamento do solo;
k) Áreas de Preservação Permanente - APP inseridas em imóveis ou áreas de
propriedade pública;
l) faixa de 150 (cento e cinquenta) metros medida em projeção horizontal ao
redor da represa de abastecimento público de água;
II – áreas privadas:
a) Unidades de Conservação de Uso Sustentável;
b) Áreas de Preservação Permanente inseridas em imóveis privados;
c) espaços livres e áreas verdes de instituições e serviços privados de educação,
saúde, cultura, lazer, abastecimento, saneamento, transporte, comunicação, segurança e
cemitérios;
d) espaços livres e áreas verdes com vegetação nativa em estágio avançado em
imóveis residenciais e não residenciais isolados;
e) espaços livres e áreas verdes com vegetação nativa em estágio avançado em
imóveis residenciais e não residenciais em condomínios;
f) clubes de campo;
g) clubes esportivos sociais;
h) sítios, chácaras e propriedades agrícolas.

Art. 191. São objetivos do Sistema Municipal de Áreas Protegidas, Áreas


Verdes, Sistemas de Lazer e Espaços Livres:
94

I – o cumprimento das disposições do Sistema Nacional de Unidades de


Conservação;
II – a proteção da biodiversidade;
III – a conservação das áreas prestadoras de serviços ecossistêmicos;
IV – a proteção e recuperação dos remanescentes de vegetação natural;
V – a qualificação das áreas protegidas, áreas verdes, sistemas de lazer e espaços
livres públicos;
VI – o incentivo à conservação das áreas verdes de propriedade particular;
VII – a formação de corredores ecológicos na escala municipal e regional.

Art. 192. São diretrizes do Sistema Municipal de Áreas Protegidas, Áreas


Verdes, Sistemas de Lazer e Espaços Livres:
I – ampliar a oferta de áreas verdes públicas;
II – recuperar as áreas protegidas, as áreas verdes, os sistemas de lazer e os
espaços livres degradados, incluindo solos e cobertura vegetal;
III – recuperar áreas de preservação permanente;
IV – implantar ações de recuperação ambiental e de ampliação de áreas
permeáveis e vegetadas nas áreas de fundos de vale e em cabeceiras de drenagem e planícies
aluviais;
V – promover interligações entre os espaços livres e áreas verdes de importância
ambiental regional, integrando-os através de caminhos verdes e arborização urbana;
VI – compatibilizar, nas áreas integrantes do sistema, os usos das áreas verdes
com a conservação ambiental;
VII – criar instrumentos que estimulem parcerias entre os setores público e
privado para implantação e manutenção das áreas protegidas, das áreas verdes, dos sistemas
de lazer e dos espaços livres;
VIII – implementar instrumentos de incentivo à conservação de espaços livres e
de áreas verdes particulares previstos no Estatuto da Cidade e na legislação ambiental;
IX – incentivar e apoiar a criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural
- RPPN municipal;
X – áreas protegidas, as áreas verdes, os sistemas de lazer e os espaços livres;
XI – utilizar as áreas remanescentes de desapropriação para ampliação de
espaços livres e áreas verdes públicas, quando não for viável seu aproveitamento para
projetos de interesse social;
XII – estruturar mecanismos de proteção à biodiversidade, em consonância aos
preceitos da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Biodiversidade;
XIII – controlar as espécies vegetais e animais invasoras e a presença de animais
domésticos errantes em benefício da fauna silvestre;
XIV – adotar mecanismos de compensação ambiental para aquisição de imóveis
destinados à implantação de áreas verdes públicas e de ampliação das áreas permeáveis;
XV – condicionar o parcelamento e utilização de glebas com maciços arbóreos
significativos à averbação prévia da área que os contém, podendo esta ser doada para a
95

implantação de área verde pública ou gravada como RPPN, quando seu valor biológico
assim o justificar;
XVI – compensar os proprietários ou detentores de posse justa e de boa fé, de
áreas com ecossistemas prestadores de serviços ecossistêmicos e áreas de soltura de animais
silvestres;
XVII – conservar áreas permeáveis, com vegetação significativa em imóveis
urbanos e proteção da paisagem;
XVIII – apoiar e incentivar hortas comunitárias nos espaços livres na área
urbana;
XIX – priorizar o uso de espécies nativas e úteis à avifauna na arborização
urbana;
XX – compatibilizar a proteção e recuperação das áreas verdes com o
desenvolvimento socioambiental e com as atividades econômicas, especialmente as de
utilidade pública.

Art. 193. A Comissão Intersetorial do Sistema Municipal de Áreas Protegidas,


Áreas Verdes, Sistemas de Lazer e Espaços Livres, o Executivo deverá elaborar Plano
Municipal de Praças, Áreas Verdes, Sistemas de Lazer e Espaços Livres contendo, no
mínimo:
I – definição de tipologias de praças, áreas verdes, sistemas de lazer e espaços
livres;
II – análise e enquadramento de praças, áreas verdes, sistemas de lazer e espaços
livres existentes e propostos, inclusive reenquadramento, quando couber;
III – a criação de novos parques urbanos de conservação, em áreas dotadas de
atributos naturais relevantes, que comportem também estruturas e equipamentos voltados ao
lazer e à fruição;
IV – as prioridades territoriais para a implantação de unidades de conservação,
áreas verdes e espaços públicos;
V – as formas de disponibilização das informações unificadas, inclusive mapas
e bancos de dados;
VI – o conjunto de indicadores de planejamento e gestão e seus mecanismos de
monitoramento;
VII – a adequação do tratamento da vegetação enquanto elemento integrador na
composição da paisagem urbana;
VIII – definição das atribuições de cada órgão municipal envolvido;
IX – a previsão de recursos financeiros;
X – programa de conservação, recuperação e manejo das praças, áreas verdes,
sistemas de lazer e espaços livres.
96

Subseção I
Das Áreas de Preservação Permanente

Art. 194. Área de Preservação Permanente - APP são as porções do território,


protegida nos termos da legislação federal específica, revestida ou não com cobertura
vegetal, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a permeabilidade do solo,
a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, o
solo e de assegurar o bem-estar das populações humanas.
§ 1º A delimitação das Áreas de Preservação Permanente deverá obedecer aos
limites fixados pela norma federal específica.
§ 2º As intervenções em Área de Preservação Permanente apenas poderão ser
admitidas nos casos de interesse social, utilidade pública ou baixo impacto, de acordo com
a norma federal específica.

Art. 195. Os projetos urbanos e planos que envolvam intervenções em Áreas de


Preservação Permanente, deverão apresentar estudo técnico que demonstre a manutenção
e/ou recuperação das funções socioambientais dessas áreas, cuja abrangência deverá ser
regulamentada por norma específica.
§ 1º O Poder Executivo Municipal deverá regulamentar o escopo mínimo do
estudo referido no caput, podendo exigir, de acordo com a escala, dimensão e caráter da
intervenção, os seguintes aspectos:
I – a caracterização socioambiental da bacia ou sub-bacia hidrográfica em que
está inserida a APP, incluindo passivos e fragilidades ambientais;
II – a especificação e a avaliação dos sistemas de infraestrutura urbana e de
saneamento básico implantados, de outros serviços e equipamentos públicos e proposta de
implantação e complementação desses sistemas;
III – a identificação das unidades de conservação e demais áreas protegidas na
área de influência direta da ocupação;
IV – a identificação das áreas consideradas de risco de inundações e de
movimentos de massa, tais como deslizamento, queda e rolamento de blocos, corrida de
lama, e outras definidas como de risco geotécnico;
V – a indicação das faixas ou áreas em que devem ser resguardadas as
características ou as funções ecossistêmicas típicas da Área de Preservação Permanente, com
a devida proposta de recuperação de áreas degradadas, e daquelas não passíveis de
regularização;
VI – a avaliação dos riscos socioambientais;
VII – a identificação das demandas e expectativas da população do entorno com
relação às possibilidades de uso e fruição dessas áreas e a indicação de formas de
participação;
VIII – a indicação de áreas para a realocação da população afetada pelas obras,
em especial aquela de baixa renda;
97

IX – a demonstração da melhoria das condições de sustentabilidade urbano-


ambiental e de habitabilidade dos moradores a ser promovida pela intervenção;
X – a demonstração de garantia de acesso livre e gratuito pela população aos
corpos d’água, sempre que possível.
§ 2º Os projetos urbanos de que trata o § 1º deverão priorizar a implantação de
parques lineares, como intervenção de caráter socioambiental e interesse público, compatível
aos regimes de inundação das várzeas.
§ 3º A regularização fundiária de assentamentos urbanos somente será permitida
em estrita obediência aos arts. 64 e 65 da Lei Federal nº 12.651, de 2012, ou lei que vier a
sucedê-la.

Art. 196. As intervenções em APP, bem como as estratégias para a proteção


dessas áreas, devem estar articuladas com as diretrizes referentes à Macroárea Urbana de
Proteção Ambiental, estabelecidos no art. 289 e ao Programa de Recuperação de Fundos de
Vale, estabelecido na Subseção II, Seção II deste Capítulo.
Parágrafo único. Decreto Municipal do Executivo regulamentará a intervenção
e supressão de vegetação em APPs em áreas urbanas, considerando as funcionalidades
ambientais dessas áreas e estabelecendo condicionantes para o seu licenciamento e
compensação ambiental.

Subseção II
Programa de Recuperação Ambiental de Cursos D’ Água e Fundos de Vale

Art. 197. Fica instituído o Programa de Recuperação Ambiental de Cursos


D’Água e Fundos de Vale compreendendo um conjunto de ações de diversas secretarias, sob
a coordenação da SAEV Ambiental, com a participação de proprietários, moradores,
usuários e investidores em geral, visando promover transformações urbanísticas estruturais
e a progressiva valorização e melhoria da qualidade ambiental do Município de
Votuporanga.

Art. 198. O Programa de Recuperação Ambiental de Cursos D’Água e Fundos


de Vale é composto por intervenções urbanas nos fundos de vales, articulando ações de
saneamento, drenagem, e implantação de parques lineares.

Art. 199. São objetivos do Programa de Recuperação Ambiental de Cursos


D’Água e Fundos de Vale:
I – ampliação progressiva e continuada de áreas verdes permeáveis ao longo dos
fundos de vales, mantendo e criando progressivamente parques lineares, minimizando os
fatores causadores de enchentes e os danos delas decorrentes, aumentando a penetração no
solo das águas pluviais e instalando dispositivos para sua retenção, quando necessário;
II – promoção de ações de saneamento ambiental dos cursos d’água;
98

III – mapeamento e georreferenciamento de nascentes;


IV – integração na paisagem de áreas de preservação permanente com as demais
áreas verdes, públicas e privadas, existentes na bacia hidrográfica;
V – aprimoramento do desenho urbano, ampliando e articulando os espaços de
uso público, em especial os arborizados e destinados à circulação e bem-estar dos pedestres;
VI – utilização de tecnologias socioambientais e procedimentos construtivos
sustentáveis na recuperação ambiental de fundos de vale;
VII – integração de equipamentos esportivos aos parques lineares;
VIII – construção, ao longo dos parques lineares, vias de circulação de pedestres
e ciclovias;
IX – desenvolvimento de atividades de educação ambiental e comunicação
social voltadas ao manejo das águas e dos resíduos sólidos;
X – criação de condições para que os investidores e proprietários de imóveis
beneficiados com o Programa de Recuperação Ambiental de Cursos D’Água e Fundos de
Vale forneçam os recursos necessários à sua implantação e manutenção, sem ônus para a
municipalidade.

Seção III
Da Poluição Ambiental

Art. 200. São objetivos da Política de Meio Ambiente no combate, prevenção e


remediação à poluição ambiental no município:
I – promover a diminuição e o controle dos níveis de poluição ambiental:
atmosférica, hídrica, sonora, visual e do solo;
II – realizar levantamento dos antigos lixões desativados e estudos
investigatórios quanto aos tipos de resíduos presentes e possível contaminação do solo e de
aquíferos;
III – realizar levantamento e cadastrar as atividades potencialmente poluidoras
localizadas na ZEPAM 1;
IV – intensificar a fiscalização das atividades potencialmente poluidoras
localizadas nas ZEPAM 1, 2 e 3.

Seção IV
Da Política dos Recursos Hídricos, Águas Superficiais e subterrâneas

Art. 201. A Política dos Recursos Hídricos compreende os seguintes elementos


estruturais:
I – as ações do Município, para a recuperação e preservação dos recursos
hídricos, são baseadas na legislação federal pertinente, na Política Estadual de Recursos
99

Hídricos, no Plano Estadual de Recursos Hídricos, no Plano da Bacia do Turvo/Grande, no


Plano da Bacia do São José dos Dourados e nas diretrizes deste Plano Diretor Participativo;
II – a água, um bem de domínio público, recurso natural limitado e essencial à
vida, ao desenvolvimento e ao bem-estar social, deverá ser controlada e utilizada, conforme
padrões de qualidade satisfatória, por seus usuários, e de forma a garantir sua perenidade,
em todo o território do Município de Votuporanga;
III – a utilização da água subterrânea e superficial terá como prioridade o
abastecimento público;
IV – o Município poderá buscar parceria no setor privado, para a elaboração e
realização de projetos, serviços e obras para recuperação, preservação e melhoria dos
recursos hídricos;
V – o Município poderá celebrar convênios de cooperação com o Estado visando
o gerenciamento dos recursos hídricos de interesse local;
VI – a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da política
municipal de recursos hídricos.

Art. 202. Em relação às águas subterrâneas que abastecem o Município de


Votuporanga, o Poder Executivo, por meio dos órgãos competentes, deverá:
I – exercer controle sobre as formas de captação e exploração, por meio do
cadastramento, licenciamento e autorização de todos os poços situados no município,
inclusive cisternas;
II – realizar programas permanentes de detecção e controle quantitativo de
perdas no sistema público de abastecimento de água;
III – exigir instalação de hidrômetros em todos os poços perfurados no
município, públicos ou particulares, para medição da quantidade de água extraída;
IV – executar programas de controle das potenciais fontes poluidoras de água
subterrânea;
V – estabelecer critérios para a localização dos empreendimentos com base na
disponibilidade hídrica e assimilação dos corpos d’água;
VI - promover incentivos para reuso de águas em todas as atividades;
VII – as escavações, sondagens ou obras para pesquisa, exploração mineral ou
outros afins, deverão ter tratamento técnico adequado para preservar o aquífero.

Art. 203. Em relação às águas superficiais no Município, o Poder Executivo


Municipal, por meio dos órgãos competentes, deverá:
I – em situação emergencial, limitar ou proibir, pelo tempo mínimo necessário,
o uso da água em determinadas regiões do Município e o lançamento de efluentes nos corpos
d’água afetados, ouvidos os órgãos estaduais competentes;
II – proibir o desvio ou construção de barragens nos leitos das correntes de água,
bem como obstruir de qualquer forma o seu curso sem autorização dos órgãos estaduais e
federais competentes;
100

III – estimular o uso dos rios e dos lagos artificiais para as atividades de turismo
de caráter preservacionista e que respeitem a flora e fauna aquáticas;
IV – apoiar a pesquisa sobre os recursos hídricos do município que versem sobre
a sua preservação, manutenção e qualidade no interesse coletivo;
V – facilitar o acesso público apropriado às margens dos fundos de vale,
córregos, rios e lagos impedindo que os loteamentos ocupem com lotes, as áreas marginais
ao recurso hídrico que deverão sempre ser contornadas por via pública em toda a sua
extensão respeitadas as distâncias previstas nesta Lei Complementar;
VI – a Administração Municipal, por meio do Setor de Planejamento e
Urbanismo, deverá adotar medidas para a proteção e o uso adequado das águas superficiais,
fixando critérios para a execução e fiscalização de serviços, obras ou instalação de atividades
nas margens de rios, córregos, lagos, represas e galerias.

Art. 204. Fica o Poder Executivo autorizado a celebrar convênios com o Estado
ou com a União para representá-los na outorga de concessão, permissão ou autorização para
o uso e derivação das águas públicas, nos termos e condições da legislação pertinente.

CAPÍTULO IV
DA POLÍTICA DE SANEAMENTO BÁSICO

Art. 205. A Política de Saneamento Básico será desenvolvida pela


operacionalização e aperfeiçoamento dos sistemas integrados de abastecimento de água
potável, de esgotamento sanitário, de drenagem e manejo das águas pluviais, da fiscalização
preventiva das redes urbanas, de limpeza urbana e gestão integrada de resíduos sólidos.

Art. 206. O Sistema de Saneamento Básico é composto pelos serviços,


equipamentos, infraestruturas, instalações operacionais e processos necessários à
viabilização:
I – do abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações
prediais, com seus respectivos instrumentos de medição, incluindo os sistemas isolados;
II – da coleta, afastamento, tratamento e disposição final adequada dos esgotos
sanitários, desde as ligações prediais até o lançamento do efluente final;
III – do manejo das águas pluviais, compreendendo o transporte, a detenção, a
retenção, a infiltração e o escoamento destas, integrado ao planejamento da ocupação
urbana;
IV – da coleta, inclusive a coleta seletiva, do transporte, do transbordo, do
tratamento e da destinação final dos resíduos domiciliares, da varrição e limpeza de
logradouros e vias públicas, dos estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, dos
processos e instalações industriais, dos serviços públicos de saneamento básico, dos serviços
de saúde e da construção civil;
101

Parágrafo único. A Política de Saneamento Básico será implementada pela


SAEV Ambiental.

Seção I
Dos Objetivos e Diretrizes

Art. 207. São objetivos da Política de Saneamento Básico:


I – universalização do acesso e efetiva prestação do serviço de Saneamento
Básico;
II – atendimento aos parâmetros, índices referenciais e responsabilidades
estabelecidos nas legislações de saneamento básico, ambiental e de recursos hídricos,
visando o aprimoramento progressivo da prestação dos serviços de Saneamento Básico em
todo território municipal, garantindo a promoção da saúde pública;
III – sustentabilidade econômica do sistema de saneamento básico, assegurada
por meio da cobrança de tarifas ou taxas específicas para cada um dos serviços relacionados
nos incisos de I a IV do art. 206, que garantam a eficiência e a eficácia de sua prestação, bem
como os investimentos necessários à ampliação e ao aprimoramento do sistema, adotando
soluções tecnológicas graduais e progressivas;
IV – articulação e integração com as políticas de ordenamento territorial, de
habitação, de assistência social, de gestão ambiental, de saúde e outras de relevante interesse
para a melhoria da qualidade de vida;
V – estabelecimento de mecanismos de cooperação com outros entes federados
e organismos financiadores para o apoio à implementação e melhoria da prestação dos
serviços de saneamento básico;
VI – conservação, proteção e recuperação dos recursos naturais, promovendo a
qualidade ambiental;
VII – não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamentos dos resíduos
sólidos, bem como a disposição final adequada dos rejeitos;
VIII – estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens
e serviços;
IX – universalização da coleta de resíduos sólidos, inclusive a coleta seletiva;
X – redução do volume de resíduos sólidos destinados à disposição final,
principalmente no aterro sanitário;
XI – fixação de direitos e deveres dos usuários e prestadores dos serviços,
observadas a legislação aplicável;
XII – avaliação sistemática da efetividade, eficiência e eficácia da prestação dos
serviços por meio de indicadores e metas mensuráveis definidos nos planos setoriais;
XIII – participação e controle social no planejamento e na gestão da
implementação da política de saneamento básico;
102

XIV – transparência das ações, por meio da divulgação de informações e dos


processos decisórios institucionais relacionados a prestação dos serviços de saneamento
básico;
XV – promoção da educação ambiental como instrumento de apoio à
implementação da política de saneamento básico, buscando a articulação com as demais
políticas setoriais.

Art. 208. São diretrizes da Política de Saneamento Básico:


I – oferecer os serviços de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário,
drenagem urbana, manejo das águas pluviais, tratamento, limpeza e fiscalização preventiva
das redes, limpeza urbana e manejo dos resíduos de forma adequada à saúde pública, à
conservação dos recursos naturais, à proteção do meio ambiente e à segurança da vida e do
patrimônio público e privado;
II – realizar o planejamento da prestação dos serviços de saneamento básico por
meio do Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB, Plano Municipal de Gestão
Integrada de Resíduos Sólidos – PMGIRS e Plano Municipal de Drenagem - PMD;
III – revisar o Plano Municipal de Saneamento Básico, o Plano Municipal de
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e o Plano Municipal de Drenagem, a cada 48 (quarenta
e oito) meses, estabelecendo objetivos e metas mensuráveis de curto, médio e longo prazos,
associando a cada meta, prazos, programas, projetos, ações, responsáveis e indicadores,
contemplando, no mínimo, as seguintes diretrizes:
a) atender aos objetivos expressos nesta Lei Complementar e aos conteúdos
mínimos instituídos pela Política Nacional de Saneamento Básico, Política Nacional de
Resíduos Sólidos e Resolução CONCIDADE nº 75/2009;
b) articular as ações e metas do Plano Municipal de Saneamento Básico, do
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e do Plano Municipal de
Drenagem com o Plano Municipal de Infraestrutura e às diretrizes das políticas de
saneamento básico, ordenamento territorial, habitação, assistência social, gestão ambiental,
saúde e outras de relevante interesse para a melhoria da qualidade de vida, estabelecidas
neste Plano Diretor Participativo;
c) dimensionar os sistemas que integram o Sistema de Saneamento Básico para
o atendimento às estimativas da demanda para os horizontes de 20, 30 e 50 anos, com base
nos dados do Sistema de Informações Municipais - SIM;
d) prever programas de fiscalização, manutenção e investimentos para os
sistemas de abastecimento e tratamento de água potável; coleta, afastamento e tratamento de
esgoto; drenagem e manejo das águas pluviais, limpeza e fiscalização preventiva das
respectivas redes urbanas; e para a prestação de serviços de coleta, transporte, transbordo,
tratamento e destinação final dos resíduos, observando o disposto no inciso III, do art. 207;
e) prever ações para emergências e contingências relativas a ocorrências que
envolvem os sistemas de saneamento básico;
f) estabelecer estratégicas de articular e parceria com os diferentes entes da
federal buscando implementar programa específico de saneamento rural, prevendo ações de
103

orientação e educação quanto ao adequado afastamento de esgoto, fontes de água potável e


manejo de resíduos sólidos, bem como orientação quanto tecnologias individuais e sociais
disponíveis;
IV – instituir tributos relacionados à prestação dos serviços de saneamento
básico de que tratam os incisos III e IV do art. 206, com base em estudos de reestruturação
da matriz tarifária dos serviços de saneamento básico, observando o disposto no inciso III
do artigo 207 e o dimensionamento de que trata a alínea c, do inciso III deste artigo;
V - elaborar e publicar Manual de Elaboração de Projetos de Saneamento -
MEPS, contendo as normas e diretrizes para os projetos hidráulicos de edificações e para os
projetos de saneamento de parcelamento do solo especificados nas Subseções VIII e IX,
Seção III, Capítulo VII, do Título IV desta Lei Complementar;
VI - fomentar a publicidade, no sítio eletrônico do SAEV Ambiental, aos
relatórios, estudos, decisões e instrumentos equivalentes que se refiram à regulação ou à
fiscalização dos serviços, bem como aos direitos e deveres dos usuários e prestadores, a eles
podendo ter acesso qualquer cidadão, independentemente da existência de interesse direto;
VII - submeter os planos municipais, estudos e legislação relativas ao Sistema
de Saneamento Básico à apreciação da população por meio de audiências públicas e à
aprovação do Conselho Municipal de Meio Ambiente e Saneamento - COMDEMA;
VIII - integrar os dados e informações gerados pela SAEV Ambiental ao Sistema
Municipal de Informações - SIM.

Seção II
Do Sistema de Abastecimento de Água

Art. 209. São componentes do Sistema de Abastecimento de Água:


I – a infraestrutura de captação, tratamento, adução, armazenamento e
distribuição de água potável;
II – os mananciais hídricos.

Art. 210. São diretrizes específicas da Política de Saneamento Básico para o


Sistema de Abastecimento de Água do município:
I – elaborar, no âmbito da próxima revisão do Plano Municipal de Saneamento
Básico - PMSB, estudos para definição das diretrizes e estratégias para ampliação do sistema
de abastecimento de água para as áreas mais vulneráveis e para a Macroárea de Expansão
Urbana;
II – elaborar, no prazo 24 (vinte e quatro) meses, a contar da data de publicação
desta Lei Complementar, estudo de viabilidade da interligação das redes de abastecimento
de água potável do Distrito de Simonsen ao Sistema de Abastecimento Sudeste e das redes
de abastecimento de água da região Sudoeste ao sistema de abastecimento Oeste;
III – elaborar, no prazo 24 (vinte e quatro) meses, a contar da data de publicação
desta Lei Complementar, Plano de Redução e Controle de Perdas (PRCP) e de Modelagem
104

Hidráulica, contemplando a definição de prazos, metodologia e fontes de recursos


financeiros, para as seguintes ações:
a) implantação de setorização do Sistema de Abastecimento de Água, criando
subunidades de abastecimento, com implantação de registros e macro medidores de vazão e
pressão em pontos estratégicos, para obtenção de dados e formatação de modelagem
hidráulica;
b) realização da interligação de todo o sistema de abastecimento de água;
c) implantação de sistema automatizado e telemétrico de medição e cálculos da
vazão e pressão na rede de água, visando a detecção de vazamentos e falhas de
abastecimento, acoplado a um software que contemple a modelagem hidráulica e permita
simulações na rede de abastecimento;
IV – elaborar e implantar programa de consumo consciente com detalhamento
de ações para redução e racionalização do uso da água e incentivo ao uso da água de chuva;
V – cadastrar, no prazo 24 (vinte e quatro) meses, a contar da data de publicação
desta lei complementar, a rede de abastecimento de água potável, em base georreferenciada,
no Sistema Municipal de Informações – SIM, mantendo-o sempre atualizado.
Parágrafo único. As diretrizes, dispostas nos incisos II a IV deste artigo, deverão
ser incorporadas ao conteúdo do Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB em sua
próxima revisão.

Subseção I
Da Proteção dos Mananciais Hídricos de Abastecimento Público

Art. 211. São diretrizes específicas da Política de Saneamento Básico para a


proteção dos mananciais de abastecimento público superficial e subterrâneo do município:
I – realizar as ações necessária para o desassoreamento da Represa “Prefeito Luiz
Garcia De Haro” e a implementação do plano de manutenção da capacidade de reservação
de água bruta, conforme cronograma previsto no PMSB;
II – revisar, no prazo de 24 (vinte e quatro) meses, a contar da data de publicação
desta Lei Complementar, a Lei Municipal, nº. 4.677/2009 que cria a Zona de Proteção dos
Mananciais, observando as seguintes ações estratégicas:
a) adequar a Lei Municipal nº. 4.677/2009 quanto à delimitação da Zona Especial
de Proteção do Manancial de Abastecimento – ZEPAM e aos usos permitidos e proibidos
previstos para aquela Zona;
b) levantar e cadastrar, em base georreferenciada, os usos agrícolas e urbanos
realizados na bacia de contribuição da represa, detalhando os usos desconformes e
potencialmente impactantes;
c) incluir medidas de fiscalização dos usos e atividades urbanos e rurais
localizados na ZEPAM, bem como penalidades ao descumprimento das disposições legais
previstas;
105

d) instituir, no âmbito da SAEV Ambiental e da Prefeitura Municipal, Programa


de Fiscalização Integrado de Monitoramento da ZEPAM 1, 2 e 3, definido as competências
e ações de cooperação entre os órgãos competentes, na fiscalização dos usos, atividades e
ocupações naquela zona;
III – elaborar e implementar o Plano de Gerenciamento de Riscos Ambientais,
incluindo medidas a serem tomadas na Macrozona Urbana com base no levantamento de
atividades proibidas e potencialmente impactantes localizadas na bacia de contribuição da
represa de abastecimento de que trata a alínea “b” do inciso II deste artigo;
IV – revisar o Plano de Segurança da Água, no prazo máximo de 24 (vinte e
quatro) meses, a contar da data de publicação desta Lei Complementar, incorporando o seu
conteúdo no Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB na qualidade de item
relacionado ao sistema de abastecimento de água e estabelecendo objetivos e metas
mensuráveis de curto, médio e longo prazo, associando a cada meta prazos, programas,
projetos, ações, responsáveis, fontes de financiamento e indicadores, contemplando:
a) atendimento ao conteúdo mínimo recomendado pela Organização Mundial de
Saúde - OMS;
b) detalhamento de ações para manutenção da capacidade de reservação de água
bruta da Represa “Prefeito Luiz Garcia De Haro”, visando o controle permanente do nível
de assoreamento;
c) detalhamento de ações para o reflorestamento das áreas de preservação
permanente na bacia da represa;
d) ações de monitoramento da qualidade da água nos poços localizados na bacia
de contribuição da represa de abastecimento, visando detectar possível contaminação com
reflexos na qualidade da água bruta;
e) análise de viabilidade quanto à interligação, na rede de abastecimento pública,
de usuários residenciais urbanos que utilizam poços particulares, como medida de saúde
pública;
f) definição de pontos de monitoramento da qualidade da água a montante da
represa de abastecimento, com base no levantamento de que trata a alínea “b” do inciso II
deste artigo, visando identificar potenciais contaminantes;
g) revisão do levantamento dos represamentos a montante da bacia da represa de
abastecimento público municipal, incluindo, no mínimo, o dimensionamento, estado de
conservação e estrutura do barramento, vazão liberada, regularidade quanto à outorga de uso
de recursos hídricos;
h) previsão de ações de controle da poluição da represa de abastecimento público
municipal, relacionadas ao aporte de contaminantes, incluindo a implantação de dispositivos
de drenagem urbana capazes de realizar pré-tratamento e infiltração das águas pluviais com
redução significativa do grau de carga orgânica e contaminantes químicos;
i) previsão de medidas para o controle do rebaixamento do nível dos poços que
exploram água do Sistema Aquífero Guarani, com base em estudo previsto no inciso V, deste
artigo;
106

j) previsão de ações de controle do volume de água bruta captado da represa de


abastecimento para finalidades não voltadas ao abastecimento público;
k) previsão de ações para conservação do uso do solo nas propriedades rurais
localizadas na bacia da represa de abastecimento, em articulação com a Secretaria de
Desenvolvimento Econômico por meio do Programa Patrulha Agrícola;
V – elaborar estudo hidrogeológico sobre a interferência entre os poços tubulares
profundos do sistema de abastecimento público e poços profundos particulares, que
exploram água do Sistema Aquífero Guarani, prevendo medidas para o controle do
rebaixamento do nível dos poços, a serem incorporadas no Plano de Segurança da Água.

Seção III
Do Sistema de Esgotamento Sanitário

Art. 212. São diretrizes específicas da Política de Saneamento Básico para o


Sistema de Esgotamento Sanitário do Município:
I – utilizar soluções individuais de esgotamento sanitário a serem empregadas,
em caráter temporário, para áreas contíguas à Macroárea Urbana Consolidada não providas
de rede de coleta de esgoto;
II – eliminar os lançamentos de esgotos nos cursos d’água e no sistema de
drenagem e de coleta de águas pluviais;
III – elaborar projeto para o desassoreamento e estudos para o tratamento e a
destinação final do lodo produzido pelas represas de tratamento de esgotos “Antônio
Aparecido Polidoro” e “Antônio Fiorentino” nos termos do Plano Municipal de Saneamento
Básico.

Seção IV
Do Sistema de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

Art. 213. O Sistema de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos é definido como


o conjunto de serviços, equipamentos, infraestruturas e instalações operacionais públicas
voltadas ao manejo diferenciado, recuperação dos resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis
e disposição final dos rejeitos originários dos domicílios e da varrição e limpeza de
logradouros e vias públicas, estabelecidos pelo Plano de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos, além das normativas municipais pertinentes.
Parágrafo único. Compõem também o Sistema de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos os serviços, equipamentos, infraestruturas e instalações operacionais privadas
destinadas ao manejo de resíduos.

Art. 214. São diretrizes específicas da Política de Saneamento Básico para o


Sistema de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do município:
107

I – prever, no âmbito da próxima revisão do Plano Municipal de Gerenciamento


de Resíduos Sólidos, as seguintes diretrizes:
a) ações e estratégias para a implementação de coleta de resíduos sólidos na zona
rural;
b) Plano de Ação visando o aumento da coleta de resíduos recicláveis, em
especial nas regiões com menor adesão, prevendo e detalhando ações de Educação
Ambiental (EA), parcerias institucionais, estratégias de divulgação das ações de EA e do
calendário de coleta, contemplando diversos meios de comunicação, inclusive mídias
digitais;
c) ações e campanhas específicas com a finalidade de reduzir o volume de
resíduo gerado no município;
II – elaborar estudo de composição gravimétrica dos resíduos sólidos recicláveis
e não recicláveis, considerando a divisão em regiões do município, visando subsidiar a
próxima revisão Plano Municipal de Gerenciamento de Resíduos Sólidos;
III – regulamentar, no prazo de 24 meses, a contar da data de publicação desta
Lei Complementar, cadastramento obrigatório e auto declaratório da geração de resíduos
para todas as empresas do município com a finalidade de identificar os grandes geradores, a
quantidade e a classe dos resíduos sólidos gerados;
IV – regulamentar, por meio de legislação municipal específica, a classificação,
cobrança e apresentação do plano de gerenciamento para os grandes geradores de resíduos
sólidos, atendendo aos artigos 20 a 23 da Lei Federal nº 12.305/2010, estabelecendo, no
mínimo, as seguintes diretrizes:
a) elaborar estudo, com base no cadastramento previsto no inciso III, para
implementação da cobrança e apresentação do plano de gerenciamento para os grandes
geradores de resíduos sólidos, atendendo aos artigos 20 a 23 da Lei Federal nº 12.305/2010;
b) exigir na aprovação final dos projetos de conjuntos habitacionais,
condomínios edilícios horizontais e verticais e empreendimentos comerciais e industriais um
plano de gerenciamento de resíduos sólidos a ser aprovado pela SAEV Ambiental.
VI – elaborar estudo para implantação da tarifa de resíduos sólidos, com
definição de critérios de cobrança e valores específicos suficientes para cobrir as despesas
geradas pelos serviços de manejo dos resíduos sólidos domiciliares, demonstrando as
justificativas fiscal, legal e memória de cálculo da tributação;
VII – realizar estudo de viabilidade de Implantação do ECOTUDO Leste,
visando a diminuição da distância entre as fontes geradoras e os centros de recepção e
tratamento dos resíduos sólidos;
VIII – elaborar estudo que busque alternativas à destinação final dos resíduos
para o aterro sanitário privado localizado no Município de Meridiano;
IX – elaborar programa de inclusão produtiva dos catadores informais, de
iniciativa conjunta entre Secretaria Municipal da Saúde, SAEV Ambiental e Secretaria
Municipal de Assistência Social;
X – apoiar a formalização de empreendimentos já estabelecidos, voltados ao
manejo de resíduos sólidos;
108

XI – elaborar estudo de viabilidade visando definir a forma jurídica adequada


para a formalização de parceria com associações ou cooperativas formadas exclusivamente
por pessoas físicas de baixa renda, reconhecidas pelo poder público como catadores de
materiais recicláveis, para a realização dos serviços de triagem e destinação, em
atendimento ao § 1º, do art. 36, da Lei Federal nº. 12.305/2010 e inciso XXVII, do art. 24
da Lei Federal nº. 8.666/1993;
XII – elaborar Programa de Profissionalização da Cooperativa de Catadores de
Materiais Recicláveis de Votuporanga - COOPERVINTE – em conjunto com as Secretarias
da Assistência Social e Desenvolvimento Econômico e SAEV Ambiental;
XIII – manter e aprimorar as estratégias de implementação da logística reversa
junto aos fabricantes, importadores, comerciantes e distribuidores dos materiais previstos na
Política Nacional de Resíduos Sólidos;
XIV – intensificar as ações de fiscalização, notificação e autuação para limpeza
dos locais de descarte irregular de resíduos sólidos, executando as seguintes ações
prioritárias:
a) manter o mapa de pontos de descarte irregular atualizado, incluindo novos
pontos de descarte irregular para monitoramento, fiscalização e limpeza;
b) executar limpeza periódica dos pontos indicados como de descarte irregular
de resíduos sólidos, dando atenção especial para os córregos, áreas verdes e de preservação
permanente;
c) ampliar os esforços de mapeamento de descarte irregular também na zona
rural, utilizando base georreferenciada conforme padrão exigido pelo Município de
Votuporanga, identificando, no mínimo, o tipo de resíduos sólidos encontrados e estimativa
de volume.
XV – elaborar estudos periódicos para inclusão de novos bairros na varrição;
XVI – incluir a Vila Carvalho no contrato e cronograma de varrição após o
asfaltamento das vias;
XVII – implementar o Programa de Compostagem para os resíduos de poda
urbana, observando minimamente as seguintes ações estratégicas:
a) elaborar estudo de viabilidade de implantação de unidade de compostagem
dos resíduos de poda dispostos em área próxima a ETEC, com base nas tecnologias e
métodos apresentados no Plano Municipal de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, Lei
Complementar Municipal nº. 269/2014;
b) prever parcerias para manutenção e destinação do composto gerado.
XVIII – estabelecer, na administração pública direta e indireta, procedimentos
de compra pública sustentável, vise à aquisição de produtos e suas embalagens fabricados
com materiais que propiciem a reutilização ou a reciclagem, estabelecendo a negociação
pelo reconhecimento das responsabilidades pelos custos de coleta, transporte,
processamento e disposição final de rejeitos em aterros sanitários.
109

CAPÍTULO V
DA POLÍTICA E SISTEMAS DE INFRAESTRUTURAS URBANAS

Seção I
Dos Objetivos e Diretrizes

Art. 215. O Sistema Municipal de Infraestrutura é composto pelas


infraestruturas e serviços de Saneamento Básico, definidos no Capítulo IV deste Título, e
pelos serviços, equipamentos, infraestruturas e instalações operacionais relativos a:
I – Sistema Viário Municipal;
II – logística e transporte de cargas;
III – transporte aeroviário;
IV – redes de energia elétrica e iluminação pública;
V – rede de comunicação e telemática;
VI – sistemas de prevenção e monitoramento;
VII – equipamentos urbanos e comunitários e serviços de utilidade pública;
VIII – paisagem urbana.

Art. 216. A Política Municipal de Infraestrutura deverá ser orientada segundo


os seguintes objetivos:
I – a universalização do acesso à infraestrutura urbana e aos serviços de utilidade
pública por toda população;
II – a justa distribuição dos ônus e benefícios decorrentes dos investimentos em
obras e serviços de infraestrutura urbana;
III – a racionalização da ocupação e da utilização da infraestrutura instalada e
por instalar, garantindo o compartilhamento e evitando a duplicação de equipamentos;
IV – a preservação do solo e do lençol freático, realizando as obras e a
manutenção necessárias para o devido isolamento das redes de serviços de infraestrutura;
V – a garantia do equilíbrio adequado entre o direito privado da atividade
econômica e o direito público de evitar a exploração desordenada e desarmoniosa dos
equipamentos;
VI – a preservação dos marcos referenciais do município, bens materiais e
imateriais da cidade, unidades de conservação e áreas de interesse paisagístico;
VII – a garantia da acessibilidade, com conforto, segurança e qualidade
urbanística, aos logradouros públicos;
VIII – a mitigação dos impactos da implantação e ampliação das infraestruturas
e operações aeroportuárias, ferroviárias e rodoviárias no município ou que nele promovam
impactos;
IX – o incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento de novas tecnologias,
buscando otimizar o uso dos recursos dos sistemas de infraestrutura e dos serviços de
utilidade pública, garantindo um ambiente equilibrado e sustentável.
110

Art. 217. O instrumento de planejamento e gestão da Política Municipal de


Infraestrutura é o Plano Municipal Integrado de Infraestrutura – PMI, que será ser elaborado
e revisto a cada 48 (quarenta e oito) meses anos e aprovado, visando subsidiar o
planejamento orçamentário municipal e os investimentos em componentes do Sistema
Municipal de Infraestrutura.
§ 1º. O Plano Municipal Integrado de Infraestrutura – PMI deverá definir, a partir
do conjunto de programas, planos e políticas setoriais do município, as prioridades quanto à
expansão, manutenção e melhoria das infraestruturas e equipamentos que compõem o
Sistema Municipal de Infraestrutura, com o intuito de consolidar as metas e estratégias de
financiamento das demandas, compatibilizando-as com o orçamento municipal.
§ 2º. O Plano Municipal Integrado de Infraestrutura – PMI procurará evidenciar
as interfaces existentes entre os componentes do Sistema Municipal de Infraestrutura,
harmonizando os objetivos e metas presentes nos demais programas, planos e políticas
setoriais, evitando sobreposições e contradições, e apresentando os responsáveis, o
orçamento estimado, as fontes de financiamento e os indicadores de acompanhamento.
§ 3º O Plano Municipal Integrado de Infraestrutura – PMI será elaborado de
maneira articulada e coordenado pela Secretaria Municipal de Obras ou órgão competente.

Art. 218. O Poder Executivo Municipal cadastrará todas as redes de


infraestrutura urbana de abastecimento de água, coleta e afastamento de esgoto, galerias de
águas pluviais, energia elétrica e iluminação pública, cabos e demais redes que utilizam o
subsolo e o espaço aéreo, integrando-as ao Sistema de Informações Municipais - SIM,
incluindo base cartográfica georreferenciada das redes de infraestrutura.

Seção II
Do Sistema Viário Municipal

Art. 219. Constituem-se objetivos do Sistema Viário:


I – a melhoria da mobilidade urbana como direito de todos;
II – a modernização do sistema viário, com o emprego das novas tecnologias de
projeto, construção, manutenção e gestão;
III – a ampliação da capacidade do sistema viário em absorver os fluxos de
tráfego de todos os tipos;
IV – a racionalização no dimensionamento das vias por meio da rigorosa
hierarquização do sistema viário;
V – a priorização do uso para o transporte e circulação livres de interferências
de elementos visuais ou ocupações que possam causar danos ou dificultar o tráfego com
segurança;
VI – implantação de programas de pavimentação e perenização de estradas
rurais.
111

Art. 220. O Sistema Viário Municipal é composto pelo Sistema Viário Urbano
e Sistema Viário Rural, e o órgão competente pelo planejamento de sua expansão é a
Secretaria Municipal de Planejamento.

Subseção I
Do Sistema Viário Urbano

Art. 221. São diretrizes específicas para o Sistema Viário Urbano:


I – promover a integração das regiões norte, sul e oeste do município por meio
da implantação, nos principais pontos da cidade, de passarelas nas transposições às Rodovias
Euclides da Cunha e Péricles Belini e Ferrovia;
II – obedecer ao Mapa 10 - Hierarquia e Diretrizes de Expansão do Sistema
Viário, e aos parâmetros estabelecidos neste Capítulo, para a implantação de novas vias
arteriais e coletoras, bem como para adequação das já existentes e seus prolongamentos
visando à consolidação dos Anéis Viários Interno e Externo;
III – atuar como elemento de estruturação do território do município, articulando
as conexões locais e regionais com diferentes hierarquias, de acordo com a demanda de
tráfego a sua inserção no espaço urbano quanto ao uso e ocupação do solo;
IV – priorizar as melhorias e implantação de vias urbanas onde se concentrem
as necessidades do transporte público coletivo, pela complementação de ligações entre
bairros e pela integração entre os municípios da Região de Governo de Votuporanga;
V – implantar rede cicloviária em consonância com as diretrizes do Plano de
Mobilidade Urbana do Município de Votuporanga, promovendo a adequação viária no que
for necessário, de modo a criar ambientes seguros para a circulação de bicicletas,
estimulando seu uso como meio de transporte;
VI – alcançar um desenho do sistema viário que atue como suporte da Política
de Mobilidade Urbana, com prioridade para a segurança e a qualidade de vida;
VII – dimensionar os projetos do sistema viário, considerando as normas de
acessibilidade, a fluidez e segurança do tráfego, bem como a composição do leito carroçável
pelas faixas de rolamento, faixas de estacionamento e calçadas, conforme a classe da via e
diretrizes especificadas nesta Lei Complementar;
VIII – proibir o uso de publicidade nas vias públicas, somente sendo admitida
aquela de interesse público comunitário, desde que não cause transtorno ou prejudique o
trânsito e esteja aprovada pela Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte e Segurança e
pela Secretaria Municipal de Planejamento, considerando o disposto na Seção VII, deste
Capítulo;
IX – proibir a utilização dos passeios públicos e canteiros centrais das avenidas
para estacionamento de veículos e a instalação de letreiros luminosos e placas de propaganda
de qualquer tipo, observado o disposto no inciso anterior;
112

X – adequar as vias coletoras e arteriais existentes, nos termos do Mapa 10 -


Hierarquia e Diretrizes de Expansão do Sistema Viário, eliminando as depressões, valetas,
calhas ou dispositivos de escoamento superficial de águas pluviais;
XI – condicionar a ocupação dos imóveis lindeiros às vias arteriais e aos eixos
binários e trinários estruturantes, a adaptarem-se quanto aos acessos e vagas de
estacionamento, garantindo a segurança e a fluidez do tráfego nestas vias;
XII – promover tratamento urbanístico adequado nas vias estruturais e arteriais,
observando às diretrizes previstas no Plano de Restruturação e Qualificação Urbana,
dispostas na Seção V, Capítulo II, Título II;
XIII – priorizar as intervenções de mobilidade inclusiva na melhoria de calçadas
existentes, em especial as situadas na região central e nas situações previstas no Plano de
Restruturação e Qualificação Urbana, adequando-as para o atendimento da legislação
existente;
XIV – promover a qualificação urbanística das ruas comerciais, a ser promovida
preferencialmente em parcerias com a iniciativa privada, observando às diretrizes destinadas
a ZCC, dispostas na Seção V, Capítulo II, Título II, incluindo:
a) reforma, adequação e o alargamento das calçadas;
b) acessibilidade;
c) enterramento da fiação aérea;
d) melhoria da iluminação pública;
e) sinalização visual;
XV – incentivar e fiscalizar a qualidade das calçadas e mantê-las em perfeitas
condições de trânsito para todos os pedestres visando reduzir as quedas e acidentes, e
garantindo, em especial, a acessibilidade universal no perímetro central e nos centros dos
bairros;
XVI – implantar estruturas de redução de velocidade, faixas de pedestre,
lombofaixas, especialmente em vias não estruturais;
XVII – priorizar, nas vias arteriais e de trânsito rápido, a instalação de
dispositivos eletrônicos de segurança e de redução de velocidade dos veículos automotores
(radares fixos e móveis) em detrimento às lombadas e lombofaixas, objetivando maior
fluidez na circulação àqueles que prestam serviços de atendimento de urgência;
XVIII – adequar pontes, viadutos e passarelas para a travessia segura de
pedestres e ciclistas.

Art. 222. O Sistema Viário Urbano constitui-se pela infraestrutura física das
vias e logradouros que compõem malha definida e hierarquizada na forma de:
I – Vias Regionais ou de Transição: são as vias destinadas às ligações regionais
e interurbanas, utilizadas para transporte de passageiros e cargas, compostas de Rodovias
Estaduais, Estradas Municipais, Estradas Vicinais e Rodovia Vicinal, conforme descrito:
a) Rodovias Estaduais: são compreendidas pela Rodovia Estadual Euclides da
Cunha (SP 320), pela Rodovia Estadual Péricles Belini (SP 461) e Rodovia Estadual Miguel
Jabur Elias (SP 479);
113

b) Estradas Municipais: são aquelas compreendidas dentro do município que


ligam às propriedades rurais;
c) Estradas Vicinais: são aquelas que interligam um município ao outro e que
não possuem pavimentação;
d) Rodovias Vicinais: são aquelas que interligam um município ao outro e que
possuem pavimentação;
II – Vias Arteriais: são as avenidas, os eixos binários e trinários estruturadores,
os anéis viários e as vias destinadas às ligações intraurbanas e de transição rural-urbana, que
se organizam de forma radial ou perimetral, permitindo o rápido deslocamento entre os
setores da cidade e são utilizadas para transporte coletivo, transporte de cargas pesadas e
transporte veicular individual;
III – Vias Coletoras: são as vias destinadas à conexão e distribuição do tráfego
local às vias arteriais, utilizadas para transporte coletivo, com transporte de cargas limitado
e transporte veicular individual;
IV – Vias Locais: são as vias destinadas ao acesso aos lotes em bairros
residenciais, comerciais ou industriais, e que não possuem função especial no deslocamento
de tráfego entre pontos distantes e são preferencialmente utilizadas para transporte veicular
individual;
V – Vielas de acesso: são as vias que dão acesso a glebas, aos lotes, às áreas
institucionais ou espaços livres de uso público, definido de acordo com o loteamento, e
ligam-se no mínimo a uma via local e são destinadas ao tráfego veicular e de pedestres;
VI – Sistema Cicloviário: constitui-se de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas,
assim definidas:
a) ciclovias são as vias destinadas exclusivamente ao tráfego de bicicletas,
separadas das vias destinadas ao tráfego motorizado;
b) ciclofaixas são faixas destinadas exclusivamente ao uso de bicicletas,
contíguas às faixas de tráfego motorizado;
c) ciclorrotas são caminhos sinalizados que determinam rotas para o melhor
acesso a um destino específico;
d) bicicletários e demais equipamentos urbanos de suporte;
e) sinalização cicloviária;
f) sistema de compartilhamento de bicicletas;
VII – Sistema de Circulação de Pedestres: definido como o conjunto de vias e
estruturas físicas destinadas à circulação de pedestres e composto por:
a) calçadas;
b) faixas de pedestres e lombofaixas;
c) transposições e passarelas;
d) sinalização específica.
Parágrafo Único. O Mapa 10 - Hierarquia e Diretrizes de Expansão do Sistema
Viário, apresenta a classificação e caracterização funcional do sistema viário urbano, sendo
este instrumento a lei da hierarquização viária.
114

Art. 223. Os projetos de parcelamento do solo e de condomínios edilícios,


públicos ou privados, deverão atender às diretrizes, hierarquização, classificação e
dimensionamentos determinados nesta Lei Complementar.
§ 1º Nos termos da hierarquização descrita no art. 222, a classificação, o
dimensionamento e a inclinação longitudinal das vias são:
I – Vias Locais, que deverão possuir o dimensionamento mínimo de 13,00 m
(treze metros), sendo composta pelos seguintes elementos e dimensões mínimas:
a) uma faixa de rolamento de 3,40 m (três metros e quarenta centímetros);
b) duas faixas de estacionamento de 2,20 m (dois metros e vinte centímetros);
c) duas calçadas de 2,60 m (dois metros e sessenta centímetros) para atendimento
aos parâmetros mínimos exigidos à acessibilidade nos termos da NBR 9050, garantindo a
declividade máxima permitida de 8,33% (oito e trinta e três por cento), e possuam a seguinte
composição: 0,70 m (zero setenta metros) de faixa de serviço, 1,20 m (um metro e vinte
centímetros) de faixa livre e 0,70 m (zero setenta metros) de faixa de acesso;
d) inclinação longitudinal desejável deverá ser de no máximo 10% (dez por
cento) e de mínimo de 0,70% (zero setenta por cento);
II – Vias Coletoras de Classe 1, são vias de sentido duplo, localizadas nos fundos
de vale ao longo dos parques lineares dos Córregos Boa Vista, Marinheirinho e Paineiras e
seus afluentes, com largura mínima de 18,00 m (dezoito metros), sendo composta pelos
seguintes elementos e dimensões mínimas:
a) duas faixas de rolamento de 3,50 m (três metros e cinquenta centímetros);
b) duas faixas de estacionamento de 2,50 m (dois metros e cinquenta
centímetros);
c) duas calçadas de 3,00 m (três metros), que atendam aos parâmetros mínimos
exigidos à acessibilidade nos termos da NBR 9050 e possuam a seguinte composição: 0,75
m (zero setenta e cinco metros) de faixa de serviço, 1,50 m (um metro e cinquenta
centímetros) de faixa livre e 0,75 m (zero setenta e cinco metros) de faixa de acesso;
d) uma ciclofaixa localizada no interior do parque linear;
e) inclinação longitudinal desejável deverá ser de no máximo 8% (oito por cento)
e de mínimo de 0,70% (zero setenta por cento);
III – Vias Coletoras de Classe 2, são vias de sentido único, com largura mínima
de 15,00 m (quinze metros), sendo composta pelos seguintes elementos e dimensões
mínimas:
a) uma faixa de rolamento de 4,00 m (quatro metros);
b) duas faixas de estacionamento de 2,50 m (dois metros e cinquenta
centímetros);
c) duas calçadas de 3,00 m (três metros), que atendam aos parâmetros mínimos
exigidos à acessibilidade nos termos da NBR 9050 e possuam a seguinte composição: 0,75
m (zero setenta e cinco metros) de faixa de serviço, 1,50 m (um metro e cinquenta
centímetros) de faixa livre e 0,75 m (zero setenta e cinco metros) de faixa de acesso;
d) inclinação longitudinal desejável deverá ser de no máximo 8% (oito por cento)
e no mínimo de 0,70% (zero setenta por cento);
115

IV – Vias Coletoras de Classe 3, são vias de sentido único, com largura mínima
de 15,00 m (quinze metros), sendo composta pelos seguintes elementos e dimensões
mínimas:
a) uma faixa de rolamento de 4,00 m (quatro metros);
b) uma faixa de estacionamento de 2,50 m (dois metros e cinquenta centímetros);
c) duas calçadas de 3,00 m (três metros), que atendam aos parâmetros mínimos
exigidos à acessibilidade nos termos da NBR 9050 e possuam a seguinte composição: 0,75
m (zero setenta e cinco metros) de faixa de serviço, 1,50 m (um metro e cinquenta
centímetros) de faixa livre e 0,75 m (zero setenta e cinco metros) de faixa de acesso;
d) uma ciclofaixa de 2,50 m (dois metros e cinquenta centímetros);
e) inclinação longitudinal desejável deverá ser no máximo 8% (oito por cento) e
mínimo de 0,70% (zero setenta por cento);
V – Vias Arteriais de Classe 1, são vias de sentido duplo, localizadas ao longo
das faixas de servidão dos linhões de energia de alta tensão, sendo composta pelos seguintes
elementos e dimensões mínimas:
a) quatro faixas de rolamento de 3,50 m (três metros e cinquenta centímetros);
b) duas faixas de estacionamento de 2,50 m (dois metros e cinquenta
centímetros);
c) duas calçadas de 3,00 m (três metros), que atendam aos parâmetros mínimos
exigidos à acessibilidade nos termos da NBR 9050 e possuam a seguinte composição: 0,75
m (zero setenta e cinco metros) de faixa de serviço, 1,50 m (um metro e cinquenta
centímetros) de faixa livre e 0,75 m (zero setenta e cinco metros) de faixa de acesso;
d) canteiro central determinado pelo tamanho mínimo da faixa de servidão
conforme voltagem da rede de alta tensão;
e) inclinação longitudinal desejável de no máximo 8% (oito por cento) e no
mínimo 0,70% (zero setenta por cento);
VI –Vias Arteriais de Classe 2, são vias de sentido duplo, com largura mínima
de 33,00 m (trinta e três metros), sendo composta pelos seguintes elementos e dimensões
mínimas:
a) quatro faixas de rolamento de 3,50 m (três metros e cinquenta centímetros);
b) duas faixas de estacionamento de 2,50 m (dois metros e cinquenta
centímetros);
c) duas calçadas de 3,00 m (três metros), que atendam aos parâmetros mínimos
exigidos à acessibilidade nos termos da NBR 9050 e possuam a seguinte composição: 0,75
m (zero setenta e cinco metros) de faixa de serviço, 1,50 m (um metro e cinquenta
centímetros) de faixa livre e 0,75 m (zero setenta e cinco metros) de faixa de acesso;
d) canteiro central de largura mínima de 8,00 m (oito metros), contendo no seu
interior, no mínimo, uma ciclovia de 2,00 m (dois metros) de largura, arborização e
iluminação;
e) inclinação longitudinal desejável de no máximo 8% (oito por cento) e no
mínimo 0,70% (zero setenta por cento).
116

§ 2º Os balões de retorno (cul de sac), deverão ter dimensões onde seja possível
a inserção de um círculo de no mínimo 18,00 m (dezoito metros) de diâmetros, inclinação
longitudinal máxima de 6% (seis por cento) e mínima de 0,70% (zero setenta por cento).
§ 3º Deverá ser adotado para as vias locais fator K mínimo de 5 (cinco) para
curvas convexas e 7 (sete) para curvas côncavas e, para as vias coletoras e arteriais, deverá
ser adotado fator K mínimo de 9 (nove) para curvas convexas e 11 (onze) para curvas
côncavas.
§ 4º Os leitos carroçáveis das vias arteriais e dos eixos binários estruturantes,
bem como das vias coletoras deverão ser desprovidos de depressões, calhas ou dispositivos
de escoamento superficial de águas pluviais.
§ 5º O prolongamento das vias existentes deverá considerar os parâmetros
determinados para cada classe de via, de forma que deverão prever as melhorias, adequação
e alargamento quando menores do que determinado neste artigo.
§ 6º Os raios de curvatura deverão possuir as seguintes dimensões mínimas:
I – 9,00 m (nove metros) nas esquinas das quadras para o encontro de uma via
arterial com uma via coletora;
II – 7,00 m (sete metros) nas esquinas das quadras para o encontro de uma via
coletora e uma via local ou de uma via coletora com outra da mesma categoria;
III – 5,00 m (cinco metros) nas esquinas das quadras para o encontro de uma via
local com outra da mesma categoria.
§ 7º Deverá ser prevista a implantação de vias coletoras a cada 400 m
(quatrocentos metros) e de vias arteriais ou eixos estruturantes a cada 800 m (oitocentos
metros).

Art. 224. O rebaixamento das guias seguirá os seguintes parâmetros:


I – testada do lote de 8,00m (oito metros) à 9,00m (nove metros), máximo de
3,00m (três metros);
II – testada do lote de 9,01m (nove metros e um centímetro) à 9,99m (nove
metros e noventa e nove centímetros), máximo de 4,00m (quatro metros).
§ 1º Nas testadas dos lotes, com medidas superiores ao disposto no inciso II,
deverá ser garantido o mínimo necessário para o acesso de veículos e o máximo 50%
(cinquenta por cento) de rebaixamento.
§ 2º Nos lotes localizados na esquina, o rebaixamento observará o seguinte:
I - utilização da medida do total das faces que confrontam com a via pública,
rebaixando 50% (cinquenta por cento) em uma das faces;
II - utilização da medida do total das faces que confrontam com a via pública,
dividindo os 50% (cinquenta por cento) exigidos, dentre as faces da esquina.
§ 3º Em todos os casos, deverá ser assegurado no mínimo uma vaga de
estacionamento público, com comprimento de 5,00 m (cinco metros) de guia não rebaixada.
§ 4º O rebaixamento de guias não será permitido nas curvaturas das esquinas ou
em locais cuja posição possa colocar em risco os usuários, observados os termos da NBR
9050.
117

§ 5º Não serão permitidos rebaixamentos em portões sociais para a entrada de


motocicletas, quando o imóvel já possuir o rebaixamento de guia para garagem ou entrada e
saída de veículos, previsto no caput.

Art. 225. Será permitido o rebaixamento total da via, desde que seja garantido
50% (cinquenta por cento) das vagas ao uso público, nas seguintes situações:
I – nos imóveis de usos comerciais, de serviços e industriais, já cadastrados e
consolidados até a data de publicação desta Lei Complementar e localizados na Zona de
Comércio e Serviços Gerais - ZCG e Zona de Comércio e Serviços Central – ZCC;
II – no lado da via que, em decorrência dos binários, a faixa de estacionamento
público foi suprimida.
Parágrafo único. As vagas previstas no caput deverão ser demarcadas por meio
de sinalização visual horizontal e vertical, não podendo ser restringido o acesso ao
estacionamento por veículos automotores.

Subseção II
Das Diretrizes para Expansão do Sistema Viário Urbano

Art. 226. São diretrizes específicas para a expansão do sistema viário urbano e
de expansão urbana para os empreendimentos públicos ou privados nos termos do Mapa 10
– Hierarquia e Diretrizes de Expansão do Sistema Viário:
I – transformar a Estrada Vicinal Ângelo Commar em avenida a partir do trevo
de acesso ao município de Parisi, na Rodovia Estadual Péricles Belini – SP 461, onde serão
previstos os seguintes projetos:
a) construção de avenida ao longo da Estrada Vicinal Ângelo Commar a partir
do trevo de acesso ao município de Parisi, na Rodovia Estadual Péricles Belini – SP 461;
b) construção de travessia (ponte) sobre o Córrego Marinheirinho;
c) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com
avenida a ser criada posterior ao Centro de Eventos Helder Henrique Galera;
II – construir via marginal ao longo da Rodovia Estadual Péricles Belini (SP –
461) em ambos os lados, após o trevo de acesso ao município de Parisi sentido Cardoso, com
dispositivos de interligação, travessias e demais projetos quando necessários;
III – construir transposição na Rodovia Estadual Péricles Belini (SP – 461),
interligando a Avenida Rodrigo Castrequini Castilho Nogueira à Rua Carlos Alberto Parisi;
IV – construir segunda pista da Rua Carlos Alberto Parisi, no 6° Distrito
Empresarial Valdevir Davanço, transformando-a em avenida, prevendo:
a) construção da segunda pista da Rua Carlos Alberto Parisi, no 6° Distrito
Empresarial Valdevir Davanço, transformando-a em avenida;
b) construção de travessia tipo ponte sobre o Córrego Olaria;
V – construir prolongamento futuro da Avenida Carlos Alberto Parisi, após o
Córrego Olaria;
118

VI – construir prolongamento da via coletora Rua Otacílio Franzini, a partir do


6° Distrito Empresarial Valdevir Davanço, ao longo do parque linear na margem direita do
Córrego Olaria até o prolongamento da via marginal Avenida Paschoal Penachioni, onde
será previsto um dispositivo de interligação no encontro destas;
VII – construir via coletora ao longo do parque linear na margem esquerda do
Córrego Olaria interligando a Estrada Municipal Sergio Nogueira até encontrar o
prolongamento da Rua Dinamarca após travessia da Rodovia Estadual Péricles Belini (SP –
461);
VIII – construir prolongamento da via marginal Avenida Octávio Paschoal
Penachioni a partir do 6° Distrito Empresarial Valdevir Davanço até à Rodovia Estadual
Euclides da Cunha (SP – 320) e até ao trevo de acesso ao município de Parisi onde serão
previstos dispositivos de interligação, travessias e demais projetos quando necessários;
IX – construir via marginal ao longo da Rodovia Estadual Euclides da Cunha
(SP – 320) a partir da Rodovia Estadual Péricles Belini (SP -461) até ao viaduto Nasser
Marão, prevendo os seguintes projetos:
a) construção de via marginal ao longo da Rodovia Estadual Euclides da Cunha
(SP – 320) a partir da Rodovia Estadual Péricles Belini (SP -461) até ao viaduto Nasser
Marão;
b) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com a via
coletora a ser construída ao longo do parque linear na margem direita do Córrego Boa Vista;
c) construção de travessia sobre o Córrego Boa Vista;
d) construção de travessia sobre o afluente do Córrego Boa Vista;
X – construir via arterial ao longo da linha de transmissão de energia LT 138 kV
JALES-VOTUPORANGA 2 C-2 SP a partir da futura via marginal da Rodovia Estadual
Péricles Belini (SP – 461) até o Córrego do Barreiro, prevendo os seguintes projetos:
a) construção de avenida ao longo da linha de transmissão de energia LT 138 kV
JALES-VOTUPORANGA 2 C-2 SP a partir da futura via marginal da Rodovia Estadual
Péricles Belini (SP – 461) até o Córrego do Barreiro conforme a necessidade;
b) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via como
prolongamento da via arterial a ser construída a partir da via que faceia ao noroeste o Auto
Posto Trevão;
c) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com a via
coletora a ser construída ao longo do parque linear na margem direita do Córrego Boa Vista;
d) construção de travessia sobre o Córrego Boa Vista;
e) construção de travessia sobre o afluente do Córrego Boa Vista;
f) construção de demais dispositivos, travessias e projetos previstos;
XI – construir via arterial (avenida) a partir da via marginal da Rodovia Estadual
Euclides da Cunha (SP -320), faceando o Auto Posto Trevão seguindo em direção nordeste,
prevendo os seguintes projetos:
a) construção de avenida a partir da via marginal da Rodovia Estadual Euclides
da Cunha (SP -320), faceando o Auto Posto Trevão seguindo em direção nordeste até a
119

avenida a ser construída no prolongamento da Rua Dinamarca, via esta que será o acesso a
travessia sobre a rodovia SP – 320;
b) construção de dispositivo de interligação desta via com a avenida a ser
construída ao longo da linha de transmissão de energia LT 138 kV JALES-
VOTUPORANGA 2 C-2 SP;
c) construção de dispositivo de interligação desta via com avenida a ser
construída no prolongamento da Rua Dinamarca;
XII – construção de via coletora ao longo da Estrada Municipal Sergio Nogueira
a partir do Córrego da Olaria até a Estrada Municipal Emídio Pereira de Araújo, onde serão
previstos dispositivos e travessias conforme Mapa 10 - Hierarquia e Diretrizes de Expansão
do Sistema Viário, e outros projetos quando necessário;
XIII – construção de via arterial ao longo da Estrada Municipal Emídio Pereira
de Araújo a partir da via marginal ao longo da Rodovia Estadual Euclides da Cunha (SP –
320) até a Estrada Municipal Ângelo Commar, onde serão previstos dispositivos, travessias
e outros projetos se necessário;
XIV – interligar os loteamentos Jardim Mastrocola Norte I e II pela Avenida
Nardes Beran Mastrocola (antiga VTG – 341) com a margem direita do Córrego
Marinheirinho, onde serão previstos os seguintes projetos:
a) construção do prolongamento da Avenida Nardes Beran Mastrocola a partir
da Rua Chukichi Kakuda até à margem esquerda do Córrego do Marinheirinho;
b) construção de travessia (ponte) sobre o Córrego do Marinheirinho no
prolongamento da Avenida Nardes Beran Mastrocola;
c) construção de via arterial, transformando a Estrada Municipal Nardes Beran
Mastrocola em avenida, a partir do córrego Marinheirinho;
d) construção de dispositivo de interligação de via arterial e coletora posterior à
travessia no Córrego Marinheirinho na direção nordeste;
XV – construir uma via coletora interligando a Rua Projetada 07 do Loteamento
Jardim Mastrocola Norte II com a Rua Agenor Sagres, no Jardim Belas Águas, onde serão
previstos os seguintes projetos:
a) construção de dispositivo de interligação no cruzamento do final da Rua
Projetada 07 do Loteamento Jardim Mastrocola Norte II, sentido Loteamento Jardim
Residencial João Zanon, com a via coletora à ser implantada ladeando o Loteamento Jardim
Mastrocola Norte II, conforme Mapa 10 - Hierarquia e Diretrizes de Expansão do Sistema
Viário;
b) construção de dispositivo de interligação no cruzamento do prolongamento
desta via coletora com a Rua Projetada 01 do Loteamento Jardim Residencial João Zanon;
XVI – construir o prolongamento da rua coletora Joaquim Ignácio Nogueira no
Loteamento Park Residencial Colinas interligando com a Rua Maria Eduarda Bertanhi
Correa no Loteamento Jardim Mastrocola Norte II;
XVII – construir prolongamento da via coletora Rua Arlindo Francisco a partir
do Loteamento Park Residencial Colinas até o dispositivo de interligação (tipo rotatória)
120

previsto, no cruzamento desta via com a Rua Chukichi Kakuda no Loteamento Jardim
Mastrocola Norte II;
XVIII – construir prolongamento da via coletora Rua Dante Furlani a partir do
Loteamento Jardim Monte Líbano até o dispositivo de interligação previsto, no cruzamento
desta via com o prolongamento da Rua Chukichi Kakuda;
XIX – construir prolongamento da via coletora Rua Humberto Correa Bonetti a
partir do Loteamento Jardim Monte Líbano até o dispositivo de interligação previsto no
cruzamento desta via com o prolongamento da Rua ChukichiKakuda;
XX – construir prolongamento da Rua Chukichi Kakuda, margeando à esquerda
do Parque Linear do Córrego Marinheirinho, partindo do Loteamento Park Residencial
Colinas até interligar com a via de mesmo nome situada no Loteamento Jardim Mastrocola
Norte II, onde serão previstos os seguintes projetos:
a) construção do dispositivo de interligação no cruzamento do prolongamento
da Rua Chukichi Kakuda com o prolongamento da Rua Humberto Correa Bonetti;
b) construção do dispositivo de interligação no cruzamento do prolongamento
da Rua Chukichi Kakuda com o prolongamento da Rua Dante Furlani;
c) construção do dispositivo de interligação no cruzamento do prolongamento
da Rua Chukichi Kakuda com o prolongamento da Rua Arlindo Francisco;
d) construção de travessia do Córrego Colinas no prolongamento da Rua
Chukuchi Kakuda;
XXI – construir via coletora interligando a Avenida Emílio Arroyo Hernandes,
a partir do dispositivo de interligação existente (rotatória) no cruzamento desta, com a
Avenida Rodrigo Castrequini Castilho Nogueira até o dispositivo de interligação proposto,
no cruzamento do prolongamento da Rua Chukichi Kakuda com o prolongamento da Rua
Arlindo Francisco, onde serão previstos os seguintes projetos:
a) construção de travessia do Córrego das Fragatas;
b) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com o
prolongamento da via coletora que interligará a Rua Agenor Sagres até à Rua Projetada 07
no Loteamento Jardim Mastrocola Norte II;
XXII – construir dispositivo de interligação no cruzamento da Avenida Emílio
Arroyo Hernandes com a Avenida Pedro Madrid Sanches e com a Rua Holanda;
XXIII – construir a segunda pista da Rua Holanda no trecho compreendido entre
a Avenida Emílio Arroyo Hernandes e a Rua Inglaterra, e a segunda pista da Rua Dinamarca
compreendida entre a Rua Inglaterra e Rua Austrália, formando assim uma avenida, onde
será previsto o seguinte projeto:
a) construção de dispositivo de interligação no cruzamento da futura avenida a
ser formada na Rua Dinamarca com a Rua Austrália e com a futura via marginal a ser
implantada ao longo da Rodovia Estadual Péricles Belini (SP – 461);
XXIV – construir dispositivo de transposição na Rodovia Estadual Péricles
Belini (SP – 461) no cruzamento da Rua Dinamarca com os prolongamentos das vias
marginais à rodovia, que fará parte da composição do Anel Viário Externo;
121

XXV – construir via marginal ao longo da Rodovia Estadual Péricles Belini (SP
– 461), na sua margem direita, a partir da Rodovia Estadual Euclides da Cunha (SP – 320),
sentido Cardoso até a Avenida Emílio Arroyo Hernandes, onde serão previstos os seguintes
projetos:
a) construção de travessia do Córrego Olaria;
b) construção de dispositivos e travessias e outros projetos se necessário;
XXVI – construir via coletora interligando a Rua Inglaterra no Loteamento
Parque das Nações II com a Rua Carteiro Noel - Noel Wilson De Paula Tomas, no
Loteamento Jardim Residencial Moreira;
XXVII – construir via coletora interligando a Rua Bélgica, no Loteamento
Parque das Nações II com a Rua Serapião Luiz Ferreira, no Loteamento Vila Célio Honório
Junior;
XXVIII – construir via coletora na face leste do Cemitério Jardim das Flores
interligando a Rua José Delgado no Loteamento Jardim Barcelona até a Rua Chico Xavier
no Loteamento Vila Célio Honório Junior;
XXIX – construir via coletora margeando o lado direito do parque linear do
Córrego Olaria interligando os trechos entre as vias existentes, considerando as
desapropriações necessárias para garantir o traçado de geometria regular e adequada,
prevendo os seguintes projetos:
a) construção de travessia sobre o Córrego Olaria interligando as marginais dos
dois lados do parque linear, em local adequado próximo ao final da Rua Carlos Mainardi, no
Loteamento Parque das Nações II;
b) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com o
prolongamento da Avenida Prefeito Mário Pozzobon;
c) construção de via arterial simples no trecho ao longo do parque linear
compreendido entre o prolongamento da Avenida Prefeito Mário Pozzobon e o
prolongamento da Avenida Nasser Marão;
d) reserva de faixa non aedificandi no prolongamento da Avenida Prefeito Mário
Pozzobon para futura transposição do Córrego Olaria;
e) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com o
prolongamento da Avenida Nasser Marão.
XXX – construir via coletora margeando o lado esquerdo do parque linear do
Córrego Olaria, interligado o prolongamento da via marginal Avenida Nasser Marão com a
via marginal a ser construída, paralela à Rodovia Estadual Péricles Belini (SP – 461), onde
serão previstos os seguintes projetos e ações:
a) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com a futura
via marginal paralela a Rodovia Estadual Péricles Belini (SP – 461);
b) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com o
prolongamento da Avenida Nasser Marão;
c) reserva de faixa non aedificandi no prolongamento da Avenida Prefeito Mário
Pozzobon para futura transposição do Córrego Olaria;
122

XXXI – construir prolongamento da Avenida Prefeito Mário Pozzobon a partir


do Loteamento Jardim Santa Iracema até a via marginal a ser implantada ao longo da
Rodovia Estadual Péricles Belini (SP – 461) acompanhando a linha de transmissão de
energia LT 138 kV JALES-VOTUPORANGA 2 C-2 SP, onde serão previstos os seguintes
projetos e ações:
a) construção de dispositivo de interligação no cruzamento da Avenida Prefeito
Mário Pozzobon com o prolongamento da Avenida Dr. Wilson de Souza Foz;
b) construção de dispositivo de interligação no cruzamento da Avenida Prefeito
Mário Pozzobon com a via arterial simples a ser implantada ao longo da margem direita do
Córrego Olaria;
c) reserva de faixa non aedificandi para futura transposição do Córrego Olaria;
d) construção de dispositivo de interligação no cruzamento da Avenida Prefeito
Mário Pozzobon com a via coletora à ser implantada ao longo da margem esquerda do
Córrego Olaria;
e) construção de dispositivo de interligação no cruzamento do prolongamento da
Avenida Prefeito Mário Pozzobon com a futura via marginal a ser implantada ao longo da
Rodovia Estadual Péricles Belini (SP 461);
XXXII – construir dispositivo de interligação no cruzamento da Avenida Emílio
Arroyo Hernandes com a Avenida Prefeito Mario Pozzobon;
XXXIII – construir dispositivo de interligação no cruzamento da Rua Sebastião
de Lima Braga com a Avenida Jerônimo Figueira da Costa;
XXXIV – interligar o loteamento Jardim Canaã com a margem direita do
Córrego Marinheirinho, onde serão previstos os seguintes projetos:
a) construção de dispositivo de interligação no cruzamento da Rua Nicolau
Pignatari e Rua Guerino Vidotti com a Rua Chukichi Kakuda e com o acesso a travessia
sobre o Córrego Marinheirinho;
b) construção de travessia sobre o Córrego Marinheirinho na altura do
prolongamento das ruas Nicolau Pignatari e Guerino Vidotti;
c) construção de dispositivo de interligação de via arterial e coletora posterior à
travessia no Córrego Marinheirinho na direção leste;
XXXV – interligar a Avenida Jerônimo Figueira da Costa com os loteamentos
Parque Cidade Jardim e Jardim Cidade Jardim II, onde serão previstos os seguintes projetos:
a) construção do prolongamento da Avenida Jerônimo Figueira da Costa, até o
dispositivo de interligação no cruzamento da Rua João Bolotari no Loteamento Parque
Cidade Jardim, com a Estrada Municipal Herberth Vinicius Mequi;
b) construção de travessia sobre o Córrego Marinheirinho no prolongamento da
Avenida Jerônimo Figueira da Costa;
c) construção de dispositivo de interligação no cruzamento do prolongamento da
Avenida Jerônimo Figueira da Costa, posterior a travessia sobre o Córrego Marinheirinho
com a via coletora a ser implantada ao longo do parque linear na margem direita do referido
córrego;
123

d) finalização da construção do dispositivo de interligação tipo rotatória situado


no cruzamento da Rua João Bolotari nos loteamentos Parque Cidade Jardim e Cidade Jardim
II com a Estrada Municipal Herberth Vinicius Mequi e com a interligação da via arterial
advinda do prolongamento da Avenida Jerônimo Figueira da Costa;
XXXVI – alargar a Avenida das Nações no trecho entre a Avenida Domingos
Pignatari até a Avenida José Marão Filho, que compõe o Anel Viário Interno, onde serão
previstos os projetos e sendo necessária intervenções urbanísticas quando for o caso:
a) construção de dispositivo de interligação no cruzamento da Avenida
Domingos Pignatari com a Avenida das Nações;
b) construção de dispositivo de interligação no cruzamento da Avenida das
Nações com a Rua Aristides Gallo;
XXXVII – alargar a Avenida José Marão Filho no trecho entre a Avenida das
Nações com a Avenida Dr. Wilson de Souza Foz, que compõe o Anel Viário Interno, onde
serão previstos os seguintes projetos e sendo necessária intervenções urbanísticas quando
for o caso:
a) construção de dispositivo de interligação no cruzamento da Avenida das
Nações com a Avenida José Marão Filho e com a alça de acesso da Rodovia Estadual
Euclides da Cunha (SP – 320);
b) melhoria do dispositivo de interligação no cruzamento da Avenida José Marão
Filho com a Avenida Dr. Wilson de Souza Foz;
XXXVIII – construir dispositivo de interligação no cruzamento da Rua Dagmar
de Mendonça Amendola com a Avenida Dr. Wilson de Souza Foz sendo necessária
intervenções urbanísticas quando for o caso;
XXXIX – construir dispositivo de interligação no cruzamento da Avenida 9 de
Julho com a Rua Aristides Gallo e com a Rua Uruguai, com intervenções urbanísticas se
necessário;
XL – aperfeiçoar o dispositivo de interligação no cruzamento das Ruas Acre e
Minas Gerais com as Avenidas Fortunato Targino Granja e Dr. Wilson de Souza Foz com
intervenções urbanísticas se necessário;
XLI – construir prolongamento da Avenida Dr. Wilson de Souza Foz até a
Avenida Prefeito Mário Pozzobon;
XLII – construir dispositivo de interligação no cruzamento da Avenida das
Nações com a via marginal Avenida Dr. Augusto Aparecido Arroyo Marchi;
XLIII – construir travessia de transposição sobre a Rodovia Estadual Euclides
da Cunha (SP – 320), interligando a Avenida Projetada 20 no Loteamento Parque Boa Vista
I com a via coletora que faceia o Auto Posto Trevão, compondo o Anel Viário Externo;
XLIV – interligar a via coletora Rua Ernesto Beretta no Loteamento Jardim
Carobeiras com a Avenida Projetada 20 no Loteamento Parque Boa Vista I;
XLV – construir o prolongamento da Rua Wagner Antônio Ferreira interligando
a marginal Avenida Dr. Augusto Aparecido Arroyo Marchi até a Avenida Projetada 20 no
Loteamento Parque Boa Vista I;
124

XLVI – construir via coletora interligando a Rua Wagner Antônio Ferreira a Rua
Ida Ernesto Beretta no Loteamento Jardim De Bortolle;
XLVII – construir dispositivo de interligação no cruzamento da Rua Ida Ernesto
Beretta com a Rua Projetada 01 no Loteamento Jardim De Bortolle e com a futura via
coletora a ser crida conforme inciso anterior;
XLVIII – construir dispositivo de interligação no cruzamento da Rua Wagner
Antônio Ferreira com o prolongamento da Avenida Projetada 20 do Loteamento Parque Boa
Vista I;
XLIX – construir via arterial na gleba compreendida entre os loteamentos Parque
Boa Vista I e Jardim das Carobeiras, interligando a Rua Ida Ernesto Beretta ao
prolongamento da Rua João Filetto onde serão previstos os seguintes projetos:
a) construção de dispositivo de interligação (tipo rotatória) no cruzamento desta
via com o prolongamento da Rua João Filetto e acesso a futura travessia do Córrego Boa
Vista;
L – construir travessia sobre o Córrego Boa Vista interligando o prolongamento
da Rua João Filetto na altura do futuro dispositivo de interligação do cruzamento da Rua
João Filetto com a via arterial na margem direita do córrego até o prolongamento da Avenida
Projetada 08, na margem esquerda do referido córrego;
LI – construir o prolongamento da Rua João Filetto ao longo do Córrego Boa
Vista, dos seguintes trechos:
a) construção do prolongamento da Rua João Filetto a partir do Loteamento
Jardim das Carobeiras até o futuro dispositivo de interligação no cruzamento desta via com
a via arterial e com o acesso de travessia do Córrego Boa Vista;
b) construção do prolongamento da Rua João Filetto a partir do 3° Distrito
Industrial Pedro Cerantula até o prolongamento da via marginal Avenida Dr. Augusto
Aparecido Arroyo Marchi, margeando o parque linear do Córrego Boa Vista;
c) melhoria do dispositivo de interligação no cruzamento da Rua João Filetto
com a Avenida Feres Cury;
d) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com o
prolongamento da via marginal Avenida Dr. Augusto Aparecido Arroyo Marchi;
LII – construir o prolongamento da Avenida Projetada 8, nos loteamentos Jardim
Belo Horizonte II e Parque Nova Votuporanga III, prevendo os seguintes projetos:
a) construção do prolongamento da Avenida Projetada 8 a partir do Loteamento
Jardim Belo Horizonte II, absorvendo a Estrada Municipal Antônio de Marchi até a via
marginal Avenida Dr. Augusto Aparecido Arroyo Marchi;
b) construção de dispositivo de interligação no cruzamento do prolongamento
da Avenida Projetada 08 com a segunda pista a ser implantada da Avenida José Arthur V.
Seba (Thui), lado par;
c) construção de travessia sobre o Córrego Colibri;
d) construção de dispositivo de interligação no cruzamento do prolongamento
da Avenida Projetada 08, com a Avenida José Arthur V. Seba (Thui), lado ímpar e com a
Rua Alcídio Roque Ferrarez;
125

e) construção de dispositivo de interligação no cruzamento do prolongamento da


Avenida Projetada 08 com a Avenida Nelson Bolotário, considerando as conexões com o
dispositivo de transposição da Rodovia Estadual Péricles Belini (SP -461);
f) construção de travessia sobre o Córrego Monte Verde;
g) conexão com alça de acesso à Rodovia Estadual Péricles Belini (SP – 461);
h) construção do prolongamento da Avenida Projetada 8 a partir do Loteamento
Parque Nova Votuporanga III, em direção à Rodovia Estadual Euclides da Cunha (SP – 320),
absorvendo a Estrada Municipal Antônio de Marchi (VTG – 441);
i) construção de travessia sobre o Córrego Bem-te-vi e Córrego Andorinha;
j) construção de dispositivos e travessias previstos e outros projetos se
necessário;
LIII – construir o prolongamento da Rua Alcídio Roque Ferrarez ao longo do
parque linear da margem esquerda do Córrego Boa Vista até o prolongamento da marginal
Avenida Dr. Augusto Aparecido Arroyo Marchi, onde serão previstos os seguintes projetos:
a) construção de travessia sobre o Córrego Monte Verde;
b) construção de dispositivo de interligação no cruzamento do prolongamento
desta via com o prolongamento da via marginal Avenida Dr. Augusto Aparecido Arroyo
Marchi;
LIV – construir o prolongamento de via coletora a partir da Rua Rivaldo Fonseca
Miranda, nos loteamentos Jardim Belo Horizonte II e Parque Nova Votuporanga III, onde
serão previstos os seguintes projetos:
a) construção do prolongamento da Rua Rivaldo Fonseca Miranda, no
Loteamento Jardim Belo Horizonte II, até a Avenida Nelson Bolotário;
b) construção de dispositivo de interligação no cruzamento do prolongamento
desta via com a Avenida Nelson Bolotário;
c) construção do prolongamento da Rua Rivaldo Fonseca Miranda, no
loteamento Parque Nova Votuporanga III, em direção a Rodovia Estadual Euclides da Cunha
(SP-320), sentido noroeste;
d) construção de dispositivos e travessias previstos e outros projetos se
necessário;
LV – construir o prolongamento de via coletora a partir da Rua Gilberto Deroide
nos loteamentos Jardim Belo Horizonte II e Parque Nova Votuporanga III, onde serão
previstos os seguintes projetos:
a) construção do prolongamento da coletora Rua Gilberto Deroide no
Loteamento Jardim Belo Horizonte II até a Rua Aparecido Ferreira Dionízio no Loteamento
Jardim Monte Verde;
b) construção de dispositivo de interligação no cruzamento do prolongamento
da Rua Gilberto Deroide com a Avenida Nelson Bolotário;
c) construção do prolongamento da coletora Rua Gilberto Deroide no
Loteamento Parque Nova Votuporanga III, em direção à Rodovia Estadual Euclides da
Cunha (SP – 320), sentido noroeste;
126

d) construção de dispositivos e travessias previstos e outros projetos se


necessário;
LVI – construir o prolongamento a Rua Projetada 8, a partir do Loteamento
Parque Vida Nova Votuporanga III até a Rodovia Estadual Euclides da Cunha (SP-320),
margeando o lado direito do parque linear do Córrego do Barreiro;
LVII – construir a segunda pista da Estrada Municipal Claudinoro Merlotti –
VTG 157, transformando-a em avenida a partir do Córrego do Barreiro, no Loteamento
Parque Residencial Anna Munhoz Alvares até a Avenida Nelson Bolotário, onde serão
previstos os seguintes projetos:
a) construção da segunda pista da Estrada Municipal Claudinoro Merlotti – VTG
157, transformando-a em avenida a partir do Córrego do Barreiro até a Avenida Nelson
Bolotário;
b) construção de travessia na Estrada Municipal Claudinoro Merlotti – VTG 157,
sobre o Córrego do Barreiro;
c) construção de dispositivo de interligação no cruzamento da Estrada Municipal
Claudinoro Merlotti – VTG 157, com a Avenida Simão Alvares Carrilho;
d) construção de dispositivo de interligação no cruzamento da Estrada Municipal
Claudinoro Merlotti – VTG 157 com a Avenida José Arthur V. Seba (Thui), no loteamento
Parque Residencial Ferrarez;
e) construção de dispositivo de interligação no cruzamento da Estrada Municipal
Claudinoro Merlotti – VTG 157 com a Avenida Nelson Bolotário e a Estrada Municipal João
Costa Ramos – VTG 356;
LVIII – construir a segunda pista da Avenida José Arthur V. Seba (Thui),
partindo do futuro dispositivo de interligação no cruzamento desta via com a Estrada
Municipal Claudinoro Merlotti - VTG 157 continuamente até a Rua Carolina Limieri, ponto
a partir do qual esta pista seguirá ao longo da margem esquerda do Córrego Colibri até o
prolongamento da Avenida Projetada 8 (antiga Estrada Municipal Antônio de Marchi);
LIX – construir a segunda pista da Avenida Nelson Bolotário a partir da
Marginal Dr. Augusto Aparecido Arroyo Marchi até o Loteamento Jardim Alto Alegre, onde
serão previstos os seguintes projetos:
a) construção do dispositivo de interligação no cruzamento da Avenida Nelson
Bolotário com o prolongamento da Avenida Projetada 01-A e 01-B;
b) construção do dispositivo de interligação no cruzamento da Avenida Nelson
Bolotário com o prolongamento da Rua Rivaldo Fonseca Miranda;
c) construção do dispositivo de interligação no cruzamento da Avenida Nelson
Bolotário com o prolongamento da Rua Gilberto Deroide;
d) construção do dispositivo de interligação no cruzamento da Avenida Nelson
Bolotário com as Estradas Municipais Claudinoro Merlotti - VTG 157 e João Costa Ramos
- VTG 356;
LX – construir interligação dos trechos não existentes da via marginal Avenida
Dr. Augusto Aparecido Arroyo Marchi a partir da Rodovia Estadual Euclides da Cunha (SP
– 320) até a linha férrea;
127

LXI – construir a segunda pista da Estrada Municipal João Costa Ramos - VTG
356, transformando-a em avenida a partir da Avenida Nelson Bolotário até ao trevo de acesso
à Rodovia Estadual Péricles Belini – SP 461, onde serão previstos os seguintes projetos:
a) construção da segunda pista da Estrada Municipal João Costa Ramos – VTG
356 a partir do dispositivo de interligação no cruzamento da Avenida Nelson Bolotário com
a Estrada Municipal Claudinoro Merlotti - VTG 157 até a Rua José Silvestre Riva;
b) prolongar a Estrada Municipal João Costa Ramos - VTG 356, como avenida
a partir da Rua José Silvestre Riva até ao trevo de acesso na Rodovia Estadual Péricles Belini
– SP 461;
LXII – prolongar a Rua Mario Miranda da Silva a partir do 5º Distrito Industrial
Alcides Alves da Silva até a avenida a ser implantada pelo prolongamento da Estrada
Municipal João Costa Ramos - VTG 356 onde será previsto um dispositivo de interligação
no cruzamento destas;
LXIII – prolongar a Avenida Olívio Commar a partir do Loteamento Jardim
Portal da Brisas até o dispositivo de interligação a ser criado no cruzamento desta avenida
com futura via coletora a ser implantada faceando o do 5º Distrito Industrial Alcides Alves
da Silva;
LXIV – construir uma via coletora ao norte do 5º Distrito Industrial Alcides
Alves da Silva que interligará a via marginal Avenida Dr. Augusto Aparecido Arroyo Marchi
até a futura avenida a ser implantada na Estrada Municipal João Costa Ramos -VTG 356,
onde serão previstos os seguintes projetos:
a) construção de via coletora ao do 5º Distrito Industrial Alcides Alves da Silva
que interligará a avenida marginal Dr. Augusto Aparecido Arroyo Marchi até a futura
avenida a ser implantada na Estrada Municipal João Costa Ramos - VTG 356;
b) construção de dispositivo de interligação no cruzamento da avenida marginal
Dr. Augusto Aparecido Arroyo Marchi com esta via coletora;
c) construção de dispositivo de interligação no cruzamento do prolongamento da
Avenida Olívio Commar com esta via coletora;
d) construção de dispositivo de interligação desta via coletora com a futura
avenida a ser implantada na Estrada Municipal João Costa Ramos - VTG 356;
LXV – construir o prolongamento da Rua Vereador Antônio de Souza Barbosa
a partir do Loteamento Jardim Portal das Brisas até futura via coletora a ser implantada ao
norte do Loteamento 5º Distrito Industrial Alcides Alves da Silva;
LXVI – construir interligação dos trechos não existentes da via marginal
Avenida Domingos Pignatari ao longo da Rodovia Estadual Péricles Belini (SP-461) a partir
da Avenida Dom Pedro I até a linha férrea;
LXVII – construir prolongamento da Avenida Fortunato Targino Granja a partir
do dispositivo de interligação (rotatória) no cruzamento da Avenida Fortunato Targino
Granja com a Avenida José Silva Melo até a via marginal Avenida Domingos Pignatari
(trecho a ser implantado), onde serão previstos os seguintes projetos:
a) construção do prolongamento da Avenida Fortunato Targino Granja a partir
do dispositivo de interligação (rotatória) no cruzamento da Avenida Fortunato Targino
128

Granja com a Avenida José Silva Melo até a via marginal Avenida Domingos Pignatari
(trecho a ser implantado);
b) construção de dispositivo de interligação no cruzamento do prolongamento
da Avenida Fortunato Targino Granja com a via coletora Rua dos Eucaliptos;
c) construção de travessia sobre o Córrego Boa Vista;
LXVIII – construir dispositivo de transposição na Rodovia Estadual Péricles
Belini (SP – 461), interligando o prolongamento da Avenida Fortunato Targino Granja, no
Loteamento Chácara das Paineiras com a Avenida Nelson Bolotário, no Loteamento Jardim
Residencial Monte Verde;
LXIX – construir dispositivo de interligação no cruzamento da Rua Evangelina
Dultra Prado Oliveira, com a Avenida República do Líbano e Rua Ercoli Sereno;
LXX – construir via arterial simples paralela ao Parque Linear situado à margem
esquerda do Córrego Boa Vista do Alto e do Córrego Juriti, sendo esta, prolongamento da
Rua Aldo Antônio Toschi, interligando o prolongamento da via marginal Avenida Domingos
Pignatari até a Avenida Hernani de Mattos Nabuco, onde serão previstos os seguintes
projetos:
a) construção do prolongamento da Rua Aldo Antônio Toschi no Loteamento
Jardim Dharma Ville, a partir da Avenida Onofre de Paula até o prolongamento da via
marginal Avenida Domingos Pignatari, margeando o Córrego Boa Vista do Alto pela
margem esquerda;
b) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com a
Avenida Onofre de Paula;
c) construção do prolongamento da Rua Aldo Antônio Toschi, no Loteamento
Jardim Dharma Ville, até a Avenida Hernani de Mattos Nabuco, margeando o Córrego Boa
Vista do Alto e o Córrego Juriti pela margem esquerda de ambos;
d) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com o
prolongamento da via coletora Rua Mário Laridondo;
e) construção de dispositivo de interligação desta via com o cruzamento do
prolongamento da Rua Francisco Bueno Escobar, após travessia do Córrego Juriti, na sua
margem esquerda;
f) construção de dispositivo de interligação desta via com o cruzamento do
prolongamento da Rua Dr. Joaquim Franco Garcia, após travessia do Córrego Juriti, na sua
margem esquerda;
LXXI – construir prolongamento da via coletora Rua Projetada 07 no
Loteamento Jardim Dharma Ville até a Avenida Onofre de Paula e Avenida Hernani de
Mattos Nabuco, onde serão previstos os seguintes projetos:
a) construção do prolongamento da Rua Projetada 07 a partir do Loteamento
Jardim Dharma Ville a Avenida Onofre de Paula;
b) construção do prolongamento da Rua Projetada 07 a partir do Loteamento
Jardim Dharma Ville até a Avenida Hernani Mattos Nabuco;
c) construção de dispositivo de interligação no cruzamento do prolongamento
desta via com a Avenida Hernani Mattos Nabuco;
129

LXXII – construir via coletora paralela ao Parque Linear situado à margem


direita do Córrego Juriti, onde serão previstos os seguintes projetos:
a) construção de via coletora ao longo da margem direita do Córrego Juriti a
partir do dispositivo de interligação desta via com o prolongamento da Rua Francisco Bueno
Escobar até via arterial a ser construída margeando a linha férrea;
b) construção do dispositivo de interligação no cruzamento desta via com o
prolongamento da Rua Francisco Bueno Escobar;
c) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com o
prolongamento da via coletora Rua Dr. Joaquim Franco Garcia;
d) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com a
Avenida Hernani Mattos Nabuco;
LXXIII – construir o prolongamento da via coletora Rua Mário Laridondo a
partir do Loteamento Waldomiro Nogueira Borges (Duda) até o prolongamento via marginal
Avenida Domingos Pignatari, onde serão previstos os seguintes projetos:
a) construção do prolongamento da via coletora Rua Mário Laridondo a partir
do Loteamento Waldomiro Nogueira Borges (Duda) até o prolongamento via marginal
Avenida Domingos Pignatari;
b) construção de dispositivo de interligação no cruzamento da Rua Mário
Laridondo com a Rua Evangelina Dultra Prado Oliveira;
c) construção de travessia sobre o Córrego Boa Vista do Alto;
d) construção de dispositivo de interligação no cruzamento do prolongamento
da Rua Mário Laridondo com o prolongamento da Rua Aldo Antônio Toschi;
e) construção de dispositivo de interligação no cruzamento do prolongamento da
Rua Mário Laridondo com o prolongamento da via marginal Avenida Domingos Pignatari;
LXXIV – construir prolongamento da Rua Alvim Algarve ao longo da margem
esquerda do Córrego Boa Vista até a Avenida República do Líbano;
LXXV – construir prolongamento da Rua Francisco Bueno Escobar como via
arterial simples a partir da Avenida República do Líbano até a via marginal Avenida
Domingos Pignatari, onde serão previstos os seguintes projetos:
a) construção do prolongamento da Rua Francisco Bueno Escobar como via
arterial simples a partir da Avenida República do Líbano até a via marginal Avenida
Domingos Pignatari;
b) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com a
futura via coletora a ser implantada margeando o Córrego Juriti (margem direita);
c) construção de travessia sobre o Córrego Juriti;
d) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com o
prolongamento da via coletora Rua Aldo Antônio Toschi a ser implantada;
e) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com o
prolongamento da via marginal Avenida Domingos Pignatari a ser implantada;
LXXVI – construir dispositivo de interligação no cruzamento da Avenida
República do Líbano com a Rua Francisco Bueno Escobar e com o prolongamento da Rua
Alvim Algarve;
130

LXXVII – construir prolongamento da via coletora Rua Presidente Dutra até a


prolongamento da via coletora Rua Aldo Antônio Toschi do lado esquerdo do Córrego Juriti,
onde será previsto uma travessia sobre o referido córrego;
LXXVIII – construir prolongamento da via coletora Rua Dr. Joaquim Franco
Garcia a partir da Avenida República do Líbano até a via marginal Avenida Domingos
Pignatari conforme Mapa 10 - Hierarquia e Diretrizes de Expansão do Sistema Viário, onde
serão previstos os seguintes projetos:
a) construção do prolongamento da via coletora Rua Dr. Joaquim Franco Garcia
a partir da Avenida República do Líbano até a via marginal Avenida Domingos Pignatari;
b) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com a
Avenida República do Líbano;
c) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com a futura
via coletora a ser implantada margeando o Córrego Juriti (margem direita);
d) construção de travessia sobre o Córrego Juriti;
e) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com o
prolongamento da via coletora Rua Aldo Antônio Toschi a ser implantada;
f) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com o
prolongamento da via marginal Avenida Domingos Pignatari a ser implantada;
LXXIX – construir prolongamento da via arterial Avenida República do Líbano
a partir da rotatória localizada no cruzamento desta via com a Avenida Hernandes Mattos
Nabuco até a Rua Fábio Cavallari, trecho este que fará parte do Anel Viário Externo do
município, onde serão previstos os seguintes projetos:
a) construção do prolongamento da Avenida República do Líbano a partir da
rotatória localizada no cruzamento desta via com a Avenida Hernandes Mattos Nabuco até
a Rua Fábio Cavallari;
b) construção de dispositivo de transposição sob a linha férrea, observando a
construção de emissário para coleta e afastamento de esgotos;
c) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com a Rua
Fábio Cavallari, após o Loteamento Conjunto Habitacional Votuporanga J (Sonho Meu);
LXXX – duplicar a Rua Fábio Cavallari e a Estrada Municipal Fábio Cavallari
(VTG – 060) em avenida (via arterial) a partir da linha férrea até o aeroporto conforme
demanda e necessidade;
LXXXI – construir dispositivo de interligação no cruzamento da Avenida
Francisco Bueno Baeza com a Avenida Conde Francisco Matarazzo utilizando de
instrumentos urbanísticos quando necessário;
LXXXII – construir dispositivo de interligação no cruzamento da Rua José
Ferreira Vieira Neto com a Rua Van Ervem Filho;
LXXXIII – construir dispositivo de interligação no cruzamento da Rua José
Ferreira Vieira Neto com a Rua Dr. Joaquim Franco Garcia;
LXXXIV – construir dispositivo de interligação no cruzamento da Rua Alfredo
Rodrigues Simões com a Avenida da Saudade e Rua Laureano utilizando de instrumentos
131

urbanísticos cabíveis quando necessário observando também disposições específicas


previstas no Plano de Restruturação e Qualificação Urbana, seus projetos e programas;
LXXXV – melhorar dispositivo de conexão da Avenida Prestes Maia com a
Avenida da Saudade e Rua Osvaldo Padovez considerando disposições específicas previstas
no Plano de Restruturação e Qualificação Urbana, seus projetos e programas;
LXXXVI – prolongar a Rua Presidente Dutra até a Avenida Anita Costa
utilizando de instrumentos urbanísticos cabíveis;
LXXXVII – prolongar a Rua Olga Loti Camargo até a Rua Arthur de Oliveira
utilizando de instrumentos urbanísticos cabíveis;
LXXXVIII – promover adequações na via arterial Rua Thomaz Paes da Cunha
Filho desde a Praça 31 de Março até o encontro com a Rua Pernambuco e Rua São Carlos
utilizando dos instrumentos urbanísticos cabíveis quando necessário.
LXXXIX – construir via arterial a partir da Rua Thomaz Paes da Cunha Filho
com a Rua José Abdo no Bairro São João, margeando a linha férrea até a rotatória localizada
no início da Avenida Antônio Morettin, onde serão previstos os seguintes projetos:
a) construção de uma via arterial a partir da Rua Thomaz Paes da Cunha Filho
com a Rua José Abdo, no Bairro São João, margeando a linha férrea até a rotatória localizada
no início da Avenida Antônio Morettin;
b) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com a Rua
Thomaz Paes da Cunha Filho e a Rua José Abdo;
c) construção de dispositivo de acesso para o viaduto sobre a linha férrea no
cruzamento desta via com a Rua Minas Gerais;
XC – Construir segunda pista da Estrada Municipal Adriano Pedro Assi, onde
serão previstos os seguintes projetos:
a) construção da segunda pista da Estrada Municipal Adriano Pedro Assi
transformando-a em avenida a partir da Rua São Carlos até a rotatória no cruzamento com a
Avenida Antônio Morettin utilizando dos instrumentos urbanísticos no que couber;
b) construção do dispositivo de interligação no cruzamento desta via com a Rua
São Carlos e a Rua Ivaí utilizando dos instrumentos urbanísticos no que couber;
c) construção da segunda pista da Estrada Municipal Adriano Pedro Assi
transformando-a em avenida a partir da rotatória no cruzamento com a Avenida Antônio
Morettin até encontrar dispositivo de interligação que antecede a transposição da linha
férrea;
d) construção de dispositivo de interligação no encontro desta via com a futura
avenida a ser construída na Estrada Municipal VTG – 040 que acompanha a linha férrea;
XCI – transformar a Estrada Municipal VTG – 040 em avenida no trecho
compreendido entre a Estrada Municipal Adriano Pedro Assi até a Rodovia Estadual
Euclides da Cunha – SP 320;
XCII – construir prolongamento da Avenida Pansani a partir da Avenida Dr.
Jardiel Soares até a Estrada Municipal Adriano Pedro Assi, onde serão previstos os seguintes
projetos:
132

a) construção do prolongamento da Avenida Pansani a partir da Avenida Dr.


Jardiel Soares até a Estrada Municipal Adriano Pedro Assi;
b) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com o
prolongamento da Avenida Antônio Morettin, e com a futura avenida a ser criada ao longo
da linha de transmissão de energia LT 69kV VOTII-NHA, considerando toda a
complexidade das interligações envolvidas;
c) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com a
Estrada Municipal Adriano Pedro Assi (futura avenida).
XCIII – construir via coletora ao longo do parque linear do Córrego
Marinheirinho, na margem esquerda, a partir da Avenida Dr. Jardiel Soares até a “Mata dos
Fávaro”;
XCIV – construir prolongamento da via coletora Rua Ângelo Dal Ben a partir
do Loteamento Conjunto Habitacional Jamir D’Antônio ao longo do parque linear do
Córrego Marinheirinho, na margem direita, até a Estrada Municipal Adriano Pedro Assi
(futura avenida), onde serão previstos os seguintes projetos:
a) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com o
cruzamento do prolongamento da Avenida Antônio Morettin;
b) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com o
cruzamento da futura avenida a ser construída ao longo da linha de transmissão de energia
LT 69kV VOTII-NHA;
c) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com o
cruzamento Estrada Municipal Adriano Pedro Assi (futura avenida).
XCV – construir prolongamento da Rua João da Cruz Oliveira a partir do
Loteamento Conjunto Habitacional Jamir D’Antônio até o prolongamento da Avenida
Antônio Morettin;
XCVI – construir prolongamento da Rua Valdevir de Oliveira Guena a partir do
Loteamento Conjunto Habitacional Jamir D’Antônio até o prolongamento da Avenida
Antônio Morettin;
XCVII – construir prolongamento da Rua Felício Gorayeb a partir do
Loteamento Conjunto Habitacional Jamir D’Antônio até ao futuro dispositivo de
interligação no cruzamento desta via com o prolongamento da Avenida Antônio Morettin;
XCVIII – construir via arterial a partir do dispositivo de interligação no
cruzamento do prolongamento da Rua Felício Gorayeb com o prolongamento da Avenida
Antônio Morettin até a Estrada Municipal Adriano Pedro Assi (futura avenida), onde serão
previstos os seguintes projetos:
a) construção de via arterial (avenida) a partir do dispositivo de interligação no
cruzamento do prolongamento da Rua Felício Gorayeb com o prolongamento da Avenida
Antônio Morettin até a Estrada Municipal Adriano Pedro Assi;
b) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com o
prolongamento da Rua Felício Gorayeb com o prolongamento da Avenida Antônio Morettin;
133

c) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com o


cruzamento da futura avenida a ser construída ao longo da linha de transmissão de energia
LT 69kV VOTII-NHA;
d) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com o
cruzamento Estrada Municipal Adriano Pedro Assi (futura avenida);
XCIX – construir uma pista (face norte) ao longo da linha de transmissão de
energia LT 138kV RAM VOTI que passa ao lado da “Mata dos Fávaro” e que será via
coletora a partir do prolongamento da Avenida Pansani até a futura via coletora que margeia
o lado esquerdo do córrego Marinheirinho;
C – construir uma via arterial (avenida) ao longo da linha de transmissão de
energia LT 69kV VOTII-NHA a partir do futuro dispositivo de interligação no cruzamento
da Avenida Antônio Morettin e prolongamento da Avenida Pansani até a Rodovia Euclides
da Cunha (SP – 320) em que trecho desta via fará parte do Anel Viário Externo do município,
onde serão previstos os seguintes projetos:
a) construção de travessias sobre os afluentes do Córrego Marinheirinho
conforme Mapa 10 - Hierarquia e Diretrizes de Expansão do Sistema Viário;
b) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via o
prolongamento da Rua Ângelo Dal Ben;
c) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com a futura
avenida a ser construída a partir da Rua Felício Gorayeb conforme Mapa 10 - Hierarquia e
Diretrizes de Expansão do Sistema Viário;
d) construção de travessia sobre o afluente do Córrego das Paineiras;
e) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com via
coletora a ser construída ao longo do parque linear do Córrego das Paineiras na margem
esquerda;
f) construção de travessia sobre o Córrego das Paineiras;
g) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com via
coletora a ser construída ao longo do parque linear do Córrego das Paineiras na margem
direita;
h) construção de dispositivo de interligação desta via com o cruzamento de
futura avenida que interligará ao viaduto Jornalista Nelson Camargo;
i) construção de dispositivo de interligação desta via com o cruzamento da via
marginal da Rodovia Estadual Euclides da Cunha – SP 320;
CI – Construir prolongamento da Avenida Antônio Morettin até o dispositivo de
interligação no cruzamento desta via com o prolongamento da Rua Felício Gorayeb, onde
serão previstos os seguintes projetos:
a) construção do prolongamento da Avenida Antônio Morettin até o dispositivo
de interligação no cruzamento desta via com o prolongamento da Rua Felício Gorayeb;
b) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com o
prolongamento da Avenida Pansani, e com a futura avenida ao longo da linha de transmissão
de energia LT 69kV VOTII-NHA, conforme Mapa 10 - Hierarquia e Diretrizes de Expansão
do Sistema Viário, considerando toda a complexidade das interligações envolvidas;
134

c) construção de travessia sobre o Córrego Marinheirinho;


d) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com a
futura via coletora ao longo do parque linear do Córrego Marinheirinho, na margem
esquerda;
e) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com o
prolongamento da Rua Ângelo Dal Ben;
f) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com a Rua
Felício Gorayeb;
CII – construir prolongamento de via arterial simples a partir da Rua Archimedes
Brunini no Loteamento Jardim Residencial Vilar III até o futuro dispositivo no cruzamento
do prolongamento da Avenida Antônio Morettin com a Rua Felício Gorayeb;
CIII – construir prolongamento da via coletora Avenida Dr. Jardiel Soares até o
prolongamento da Rua Felício Gorayeb, onde serão previstos os seguintes projetos:
a) construção do prolongamento da coletora Avenida Dr. Jardiel Soares até o
prolongamento da Rua Felício Gorayeb;
b) construção da travessia sobre a cabeceira do Córrego Marinheirinho;
CIV – construir prolongamento da Rua Halim Ibrahim Haddad a partir do
Loteamento Comercial Nova Votuporanga ao longo da margem direita do parque linear do
Córrego das Paineiras até a Rodovia Estadual Euclides da Cunha – SP 320;
CV – construir dispositivo de interligação no cruzamento da Rua Copacabana
com a Rua Ângelo Petenucci utilizando de instrumentos urbanísticos cabíveis;
CVI – adequar travessia do Córrego Marinheirinho na Rua Copacabana;
CVII – adequar dispositivo de interligação no cruzamento da Avenida João
Gonçalves Leite com a Avenida Francisco Ramalho de Mendonça;
CVIII – construir dispositivo de interligação no cruzamento da Avenida
Francisco Vilar Horta com a Rua Tiradentes no Loteamento Jardim Yolanda utilizando de
instrumentos urbanísticos cabíveis;
CIX – construir transposição sob a Rodovia Estadual Euclides da Cunha – SP
320, interligando a Avenida Vale do Sol a Avenida Nasser Marão, que fará parte do Anel
Viário Interno, considerando a possibilidade da sua interligação com a Rua Devanir Vaz de
Oliveira, utilizando de instrumentos urbanísticos cabíveis e onde serão previstos os seguintes
projetos:
a) construção de transposição sob a Rodovia Estadual Euclides da Cunha – SP
320, interligando a Avenida Vale do Sol a Avenida Nasser Marão;
b) construção de dispositivo de interligação no cruzamento da Avenida Vale do
Sol com a Avenida dos Bancários, com a marginal José Marão Filho e o acesso à
transposição sob a Rodovia Estadual Euclides da Cunha – SP 320;
c) construção de dispositivo de interligação no cruzamento da transposição sob
a Rodovia Estadual Euclides da Cunha – SP 320 com a via marginal Avenida Nasser Marão.
CX – construir dispositivo de interligação no cruzamento da Rua João Villar
Pontes com a Avenida Deputado Áureo Ferreira e a Rua Maria Godarelli Baldissera;
135

CXI – construir a interligação da Avenida Sebastião Vaz de Oliveira no


Loteamento Jardim Universitário à Avenida Anastácio Lasso no Loteamento São Cosme,
onde serão previstos os seguintes projetos:
a) construção de via arterial interligando a Avenida Sebastião Vaz de Oliveira
no Loteamento Jardim Universitário à Avenida Anastácio Lasso no Loteamento São Cosme;
b) construção de travessia sobre o Córrego Marinheirinho;
CXII – construir prolongamento da Rua Francisco Rossini no Loteamento
Conjunto Habitacional Votuporanga C – Jaboticabeiras até a Avenida Deputado Áureo
Ferreira;
CXIII – construir dispositivo de interligação no cruzamento da Avenida
Deputado Áureo Ferreira, com o prolongamento da Rua Francisco Rossini, com a Rua
Cezarina Orozilia São João e com a Rua Sargento Noé Gabriel de Oliveira, utilizando de
instrumentos urbanísticos cabíveis;
CXIV – construir dispositivo de interligação no cruzamento da Avenida
Deputado Áureo Ferreira com a Rua Antônio Delalibera, utilizando de instrumentos
urbanísticos cabíveis;
CXV – interligar a Rua Chukichi Kakuda à Rua Antônio Delalibera, ao longo da
margem esquerda do Córrego Marinheirinho observando a possibilidade de adequação a
trechos viários existentes, regularização fundiária, construção de dispositivos de interligação
e transposição de córregos e a utilização de instrumentos urbanísticos cabíveis;
CXVI – alargar a Avenida Deputado Áureo Ferreira a partir da rotatória no
cruzamento da Avenida Sebastião Vaz de Oliveira com a Rua Horácio dos Santos até a
rotatória no cruzamento da Avenida Professor Benhur Aparecido de Paiva com a Estrada
Municipal Herbert Vinicius Mequi, considerando a possiblidade de fixação de maiores
recuos e faixas non aedificandi para esse fim, onde serão previstos os seguintes projetos:
a) construção de alargamento da Avenida Deputado Áureo Ferreira a partir da
rotatória no cruzamento da Avenida Sebastião Vaz de Oliveira coma Rua Horácio dos Santos
até a rotatória no cruzamento da Avenida Professor Benhur Aparecido de Paiva com a
Estrada Municipal Herbert Vinicius Mequi, utilizando os instrumentos urbanísticos que o
caso couber;
b) promover adequações na ponte sobre o Córrego Marinheirinho visando
atender a ampliação do fluxo veicular e a segurança dos transeuntes;
CXVII – construir a segunda pista da Estrada Municipal Herbert Vinicius Mequi
- VTG 020, transformando-a em avenida de acordo com a necessidade, onde serão previstos
os seguintes projetos:
a) construção da finalização da rotatória no cruzamento desta via com a Rua João
Bolotari;
b) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com o
prolongamento da Avenida José Augusto Pereira (Portuga) e com o acesso do pesqueiro Ilha
do Pescador e do Centro de Eventos Valério Giamatei;
CXVIII – construir via coletora ao longo do parque linear da margem direita do
Córrego Marinheirinho a partir da Avenida Deputado Áureo Ferreira, passando pela Rua
136

Projetada 04, no Loteamento Jardim Morada do Sol, até a Rodovia Estadual Péricles Belini
- SP 461, onde serão previstos os seguintes projetos:
a) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com a via
coletora a ser construída margeando o Centro de Eventos Valério Giamatei;
b) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com a
coletora a ser construída margeando o parque linear do lado direito do Córrego Rodeiro;
c) construção de travessia sobre o Córrego Rodeiro;
d) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com a
coletora a ser construída margeando o parque linear do lado esquerdo do Córrego Rodeiro;
e) construção de demais dispositivos, travessias e projetos necessários;
CXIX – construir via coletora ao longo da divisa do Centro de Eventos Valério
Giamatei interligando a futura via coletora de fundo de vale do Córrego Marinheirinho até
ao dispositivo de interligação que será construído no cruzamento com a Estrada Municipal
Herbert Vinicius Mequi (VTG – 020);
CXX – construir via coletora ao longo do parque linear da margem direita do
Córrego do Pescador a partir do dispositivo de interligação no cruzamento da Estrada
Municipal Herbert Vinícius Mequi, com o acesso Centro de Eventos Valério Giamatei e com
o prolongamento da Avenida José Augusto Pereira (Portuga), até o prolongamento da via
coletora Rua Maria Joventina da Silva no Loteamento Jardim Cidade Jardim II;
CXXI – construir o prolongamento da Avenida José Augusto Pereira (Portuga)
interligando a Estrada Municipal Herbert Vinícius Mequi até a subestação de energia da
CTEEP ao longo da linha de transmissão de energia LT 69kV VOTII-CAR, onde serão
previstos os seguintes projetos:
a) construção do prolongamento da Avenida José Augusto Pereira (Portuga) a
partir do Loteamento Jardim Cidade Jardim II até o dispositivo de interligação no
cruzamento da Estrada Municipal Herbert Vinicius Mequi VTG – 020 com o acesso ao
Centro de Eventos Valério Giamatei e com a futura via coletora a ser construída ao longo do
parque linear da margem direita do Córrego do Pescador;
b) construção do prolongamento da Avenida José Augusto Pereira (Portuga) no
Loteamento Parque Cidade Jardim a partir da Avenida Professor Benhur Aparecido de Paiva
até a subestação de energia da CTEEP, acompanhando a linha de transmissão de energia LT
69kV VOTII-CAR;
c) construção de travessia sobre o Córrego do Horto;
d) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com a
futura avenida a ser construída a partir da Rua Caiapós;
e) construção de travessia sobre o Córrego sem denominação afluente do
Córrego das Paineiras – Queixada;
f) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com a
Estrada Municipal Primo Furlani – VTG 371;
g) construção de travessia sobre o afluente do Córrego Queixada;
h) construção de demais dispositivos, travessias e projetos necessários;
137

CXXII – construir o prolongamento da via coletora Rua José Grassato a partir


do Loteamento Jardim Cidade Jardim II até a futura via coletora ao longo do parque linear
da margem direita do Córrego do Pescador;
CXXIII – construir o prolongamento da via coletora Rua Maria Joventina da
Silva a partir do Loteamento Jardim Cidade Jardim II até a futura via coletora ao longo do
parque linear da margem direita do Córrego do Pescador;
CXXIV – construir prolongamento da Avenida Pedro Madrid Sanches a partir
do Loteamento Jardim Cidade Jardim II, acompanhando a linha de transmissão de energia
LT 138 kV GUARIROBA-VOTUPORANGA 2 C-1 SP no sentido sudeste até a subestação
de energia da CTEEP e sentido noroeste conforme Mapa 10 - Hierarquia e Diretrizes de
Expansão do Sistema Viário, onde serão previstos os seguintes projetos:
a) construção do prolongamento da Avenida Pedro Madrid Sanches a partir do
Loteamento Jardim Cidade Jardim II até a Estrada Municipal Herbert Vinicius Mequi e
posterior a ela quando for necessário acompanhando a linha de transmissão de energia LT
138 kV GUARIROBA-VOTUPORANGA 2 C-1 SP;
b) construção do prolongamento da Avenida Pedro Madrid Sanches a partir do
Loteamento Jardim Cidade Jardim II até a subestação de energia da CTEEP, acompanhando
a linha de transmissão de energia LT 138 kV GUARIROBA-VOTUPORANGA 2 C-1 SP;
c) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com a
Estrada Municipal Osvaldo Bertolin – (antiga VTG 353);
d) construção de travessia sobre o Córrego do Horto;
e) construção de demais dispositivos, travessias e projetos previstos;
CXXV – construir via coletora ao longo da margem direita da represa da SAEV
delimitando o parque linear da represa e do Córrego Marinheirinho, a partir da rotatória no
cruzamento da Avenida Deputado Áureo Ferreira com a Estrada Municipal Herbert Vinicius
Mequi e Avenida Professor Benhur Aparecido de Paiva até a Estrada Municipal Primo
Furlani, readequando o traçado original da Estrada Municipal Mário Dorna e da VTG 451,
onde serão previstos os seguintes projetos:
a) construção de via coletora ao longo da margem direita da represa da SAEV
delimitando o parque linear da represa e do Córrego Marinheirinho, a partir da rotatória no
cruzamento da Avenida Deputado Áureo Ferreira com a Estrada Municipal Herbert Vinicius
Mequi e Avenida Professor Benhur Aparecido de Paiva até a Estrada Municipal Primo
Furlani, readequando e redesenhando o traçado original da Estrada Municipal Mário Dorna
e da VTG 451;
b) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com a via
coletora a ser construída na margem esquerda do Córrego do Horto;
c) construção de travessia sobre o Córrego do Horto;
d) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com a via
coletora a ser construída na margem direita do Córrego do Horto;
e) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com a
avenida a ser construída no prolongamento da Rua Caiapós;
138

f) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com a


estrada municipal Primo Furlani;
g) construção de demais dispositivos, travessias e projetos previstos;
CXXVI – construir via coletora ao longo da margem direita do parque linear do
Córrego do Horto e de seu afluente a partir da Estrada Municipal Mário Dorna, onde serão
previstos os seguintes projetos:
a) construção de via coletora ao longo da margem direita do parque linear do
Córrego do Horto e seu afluente a partir da estrada municipal Mário Dorna;
b) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com o
prolongamento da Avenida José Augusto Pereira (Portuga);
c) construção de travessia sobre o afluente do Córrego do Horto;
CXXVII – construir via coletora ao longo da margem esquerda do parque linear
do Córrego do Horto a partir da Estrada Municipal Mário Dorna até o prolongamento da
Avenida Pedro Madrid Sanches conforme Mapa 10 - Hierarquia e Diretrizes de Expansão
do Sistema Viário, onde serão previstos os seguintes projetos:
a) construção de via coletora ao longo da margem esquerda do parque linear do
Córrego do Horto a partir da Estrada Municipal Mário Dorna até o prolongamento da
Avenida Pedro Madrid Sanches;
b) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com o
prolongamento da Avenida José Augusto Pereira (Portuga);
c) construção de demais dispositivos, travessias e projetos previstos;
CXXVIII – construir prolongamento da Rua Caiapós até o Córrego
Marinheirinho, onde serão previstos os seguintes projetos:
a) construção do prolongamento da Rua Caiapós até o Córrego Marinheirinho;
b) construção de nova travessia sobre o Córrego Boa Vista;
CXXIX – construção de via arterial (avenida) a partir do prolongamento da Rua
Caiapós, até Estrada Vicinal VTG 446, com previsão de construção de dispositivos e
projetos;
CXXX – transformar a Estrada Municipal Primo Furlani em avenida, no trecho
entre o Loteamento Conjunto Habitacional Votuporanga “O’ - Vila São Lucas até o
prolongamento da Avenida José Augusto Pereira (Portuga), e em via coletora a partir desta
avenida, onde serão previstos os seguintes projetos:
a) construção de avenida na Estrada Municipal Primo Furlani a partir do
Conjunto Habitacional Votuporanga “O’ - Vila São Lucas até o prolongamento da Avenida
José Augusto Pereira (Portuga);
b) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com o
prolongamento da Avenida Anastácio Lasso;
c) construção de nova travessia sobre o Córrego das Paineiras;
d) construção de dispositivos de interligação no cruzamento desta via com via
coletora a ser construída conforme indicado no conforme Mapa 10 - Hierarquia e Diretrizes
de Expansão do Sistema Viário;
139

e) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com o


prolongamento da Avenida José Augusto Pereira (Portuga) que é a via ao longo da linha de
transmissão de energia LT 138 kV GUARIROBA-VOTUPORANGA 2 C-1 SP;
f) construção de via coletora a partir do prolongamento da Avenida José Augusto
Pereira (Portuga);
CXXXI – construir prolongamento da Avenida Anastácio Lasso ao longo da
linha de transmissão de energia LT 138 kV JALES-VOTUPORANGA 2 C-2 SP a partir do
Conjunto Habitacional Votuporanga “O’ - Vila São Lucas até a subestação de energia da
CTEEP, onde serão previstos os seguintes projetos:
a) construção do prolongamento da Avenida Anastácio Lasso ao longo da linha
de transmissão de energia LT 138 kV JALES-VOTUPORANGA 2 C-2 SP a partir do
Conjunto Habitacional Votuporanga “O’ - Vila São Lucas até a subestação de energia da
CTEEP;
b) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com a
Estrada Municipal Primo Furlani;
c) construção de travessia sobre o Córrego das Paineiras;
d) construção de travessia sobre o Córrego Queixada;
e) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com a via
de acesso ao Pontilhão Jornalista Nelson Camargo que fará parta do Anel Viário Externo.

Art. 227. São diretrizes específicas do Sistema Viário Urbano e de Expansão


Urbana na Vila Carvalho para os empreendimentos públicos ou privados:
I – construir dispositivo de acesso (trevo) da Rodovia Estadual Péricles Belini
(SP – 461) à Vila Carvalho;
II – construir via marginal na margem direita e esquerda da Rodovia Estadual
Péricles Belini (SP – 461), na Vila Carvalho, onde serão previstos dispositivos e travessias
conforme Mapa 10 - Hierarquia e Diretrizes de Expansão do Sistema Viário, e outros
projetos quando necessário;
III – construir via coletora na margem direita do parque linear do Córrego
Carvalho ou Cachoeirinha, onde serão previstos dispositivos e travessias conforme Mapa 10
- Hierarquia e Diretrizes de Expansão do Sistema Viário, e outros projetos quando
necessário;
IV – construir via coletora paralela com a divisa das casas existentes na face sul
interligando a Estrada Municipal Manoel Venâncio de Souza com a futura via marginal;
V – transformar a Estrada Municipal Manoel Venâncio de Souza em avenida,
onde serão previstos dispositivos e travessias e outros projetos quando necessário;
VI – transformar a Estrada Municipal Fábio Cavallari (VTG – 060) em via
arterial simples, onde serão previstos dispositivos e travessias conforme Mapa 10 -
Hierarquia e Diretrizes de Expansão do Sistema Viário, e outros projetos quando necessário;
VII – construir vias coletoras e arteriais, dispositivos de interligação, travessias
e outros projetos quando necessário.
140

Art. 228. São diretrizes específicas do sistema viário urbano e de expansão


urbana no Distrito de Simonsen para os empreendimentos públicos ou privados:
I – construir prolongamento da via marginal ao longo da Rodovia Euclides da
Cunha (SP – 320), no Distrito de Simonsen, onde serão previstos dispositivos, travessias e
outros projetos quando necessário;
II – transformar a Rua São Paulo em coletora do 7º Centro Empresarial Maria
dos Santos Facchini até Rodovia Estadual Euclides da Cunha (SP – 320), onde serão
previstos os seguintes projetos:
a) transformar a Rua São Paulo em via coletora e executar melhorias quando
necessário;
b) construção do prolongamento da Rua São Paulo do 7º Centro Empresarial
Maria dos Santos Facchini até a futura via marginal ao longo da Rodovia Euclides da Cunha
(SP – 320);
c) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com a futura
via marginal;
d) construção de dispositivo de interligação no cruzamento desta via com a
Estrada Municipal VTG – 040;
e) construção de demais dispositivos, travessias e projetos previstos;
III – transformar a Estrada Municipal VTG – 040 em via coletora conforme
demanda do crescimento urbano;
IV – construir via arterial interligando o trevo de acesso a Rodovia Estadual
Euclides da Cunha (SP -320) até a Rua São Paulo onde será previsto um dispositivo de
interligação no cruzamento destas;
V – construir vias coletoras e arteriais, dispositivos de interligação, travessias e
outros projetos quando necessário.

Art. 229. O Mapa 10 - Hierarquia e Diretrizes de Expansão do Sistema Viário


prevalecerá sobre as diretrizes descritas nos arts. 226, 227 e 228 desta Lei Complementar,
devendo ser consultado e respeitado para todos os efeitos da organização do sistema viário
urbano e do direcionamento da expansão urbana.
Parágrafo único. As alterações necessárias ao melhor desempenho técnico da
diretriz do Mapa previsto no caput deverão ser submetidas à apreciação do COMURB e
avaliação do CONCIDADE sobre a necessidade de alteração da cartografia oficial.

Art. 230. Os investimentos públicos e privados na expansão do sistema viário


urbano deverão priorizar a conectividade entre as áreas periféricas da cidade mediante a
consolidação dos Anéis Viários Interno e Externo previstos no Mapa 10 - Hierarquia e
Diretrizes de Expansão do Sistema Viário.
Parágrafo único. Os Anéis Viários, compostos por vias arteriais e dispositivos
de conexão que circundam a área central da cidade, têm como objetivo facilitar e dinamizar
os deslocamentos intraurbanos, estimulando que ocorram sem a utilização das vias centrais.
141

Art. 231. A construção de prolongamento de vias deverá adotar as novas


medidas presentes nesta Lei Complementar conforme sua função hierárquica.

Subseção III
Do Sistema Viário Rural

Art. 232. O proprietário de imóvel rural lindeiro à futura estrada rural poderá
solicitar a doação, ao Município, de faixa de terra tecnicamente necessária para sua
construção.
§ 1º O processo de abertura de novas estradas municipais só poderá ocorrer
mediante justificado interesse público e coletivo, prévia autorização do Poder Executivo
Municipal e deliberação do Conselho Municipal da Cidade - CONCIDADE.
§ 2º Os encargos, os emolumentos, as obras, as licenças, os registros e restrições
para a abertura de estrada municipal, nos termos desse artigo, ocorrerão por conta dos
interessados, sem qualquer ônus ao município.
§ 3º A faixa de terra citada no caput deverá ser gravada pelo proprietário
mediante documento público devidamente transcrito no registro de imóveis.
§ 4º A solicitação para abertura de novas estradas municipais deverá ser feita
pelos interessados ao Poder Executivo Municipal, instruída pelos seguintes documentos:
a) requerimento endereçado ao Chefe do Executivo Municipal;
b) títulos de propriedade dos imóveis a que se refere a doação citada no caput;
c) planta da faixa de domínio da estrada projetada, na escala de 1:2.000, no
mínimo, contendo o levantamento planialtimétrico georreferenciado da estrada projetada e
dos terrenos desmembrados, com curva de nível de 5,00m em 5,00m (cinco em cinco
metros), no máximo, suas divisas e suas intersecções com as vias existentes, além de
indicação dos acidentes geográficos e demais elementos que identifiquem e caracterizem a
referida faixa;
d) perfis longitudinais e transversais da estrada projetada, nas escalas de 1:1.000
ou maior;
e) outros estudos complementares identificados pelo órgão competente do poder
executivo municipal caso necessário.
§ 5ºA planta e os perfis a que se referem as alíneas do parágrafo anterior deverão
ser assinadas por profissional legalmente habilitado acompanhada da anotação ou registro
de responsabilidade técnica do órgão competente e com a inscrição municipal regularizada.
§ 6ºA autorização da abertura da nova estrada municipal no sistema viário rural
dependerá de:
a) parecer favorável do CONCIDADE;
b) aprovação do projeto pelo órgão competente da Prefeitura;
c) apresentação das licenças, necessárias a implantação da estrada, dos demais
órgãos fiscalizadores no que diz respeito aos impactos ambientais decorrentes da abertura
142

da estrada municipal, tais como supressão de árvores, intervenção em áreas de preservação


permanente, interferência nos recursos hídricos.
§ 7º Cumprida as exigências dos parágrafos anteriores, fica a cargo do Poder
Executivo Municipal a emissão da licença de abertura da estrada municipal por meio de lei
municipal específica acompanhada da atualização do Mapa 11 – Sistema Viário Rural e
Córregos.
§ 8º Fica reservado à Municipalidade o direito de exercer fiscalização dos
serviços e obras de abertura da estrada municipal.
§ 9º A estrada municipal só poderá ser extinta, cancelada ou alterada mediante
anuência expressa da Prefeitura.

Art. 233. As estradas particulares já existentes, dentro de estabelecimento


agrícola, pecuário ou agroindustrial e não previstas no Mapa 11 – Sistema Viário Rural e
Córregos, que forem abertas ao trânsito público, deverão obedecer aos requisitos técnicos
definidos nesta subseção.

Art. 234. Identificado o interesse público para a abertura de nova estrada


municipal, o Poder Público Municipal poderá requerer a faixa de terra destinada à sua
implantação, que poderá ocorrer mediante:
I – doação, a ser oficializada por meio de Lei Específica;
II – desapropriação por utilidade pública, nos termos da Lei Federal nº
3.365/1941.
Parágrafo único: A estrada municipal já oficializada segundo Mapa 11 – Sistema
Viário Rural e Córregos, sem averbação de matrícula, deverá ser gravada como servidão
pública, por meio de ato de doação ou desapropriação.

Art. 235. Os projetos das estradas municipais, acompanhados de seu respectivo


memorial técnico e descritivo deverão obedecer aos seguintes parâmetros e características
técnicas:
I – velocidade diretriz, ou velocidade básica para a dedução das características
do projeto, de 60km/;
II – faixa de no mínimo 15,00 (quinze) metros, sendo 7,5m (sete metros e
cinquenta centímetros) de seu eixo, para as estradas não pavimentadas;
III – placas de identificação contendo velocidade máxima permitida, nome da
estrada municipal acompanhada de seu código e sua extensão, ficando a cargo do município
a distância da implantação de uma placa a outra;
IV – divisa entre a estrada e a propriedade deverá ser delimitada por meio de
barreira física.
§ 1º Quando a estrada municipal não contiver, inicialmente, os 15,00 (dez
metros) a que se refere o inciso II deste parágrafo, a faixa livre restante deverá ser ocupada
a partir do eixo.
143

§ 2º As obras de arte como as pontes de concreto, pontes, pontilhões, pisos e


cimbres de estruturas de madeira ou estruturas metálicas, deverão ser projetadas e executadas
de acordo com as prescrições normalizadas pela ABNT.
§ 3º Nos casos de pavimentação de estrada municipal, o projeto e execução dos
serviços obedecerão às prescrições técnicas estabelecidas pelo Departamento de Estrada e
Rodagem - DER e passarão a ter no mínimo 30,00 (trinta) metros de largura, do qual a faixa
livre restante deverá ser ocupada a partir do eixo.

Seção III
Da Pavimentação

Art. 236. São diretrizes específicas da Política Municipal de Infraestrutura para


a pavimentação do município:
I – coordenar, estimular e fiscalizar os serviços de pavimentação e recuperação
de pavimentos deteriorados das vias públicas oficiais urbanas e rurais;
II – cadastrar, no prazo de 24 (vinte e quatro) meses, a contar da data de
publicação desta lei, informações relativas a situação da pavimentação de todas a vias
oficiais do município, em base georreferenciada, no Sistema de Informações Municipais –
SIM, mantendo-o sempre atualizado;
III – prever no Plano Integrado Municipal de Infraestrutura - PMI, entre outras,
as seguintes ações prioritárias para a pavimentação no município:
a) cronograma de pavimentação de vias ainda sem pavimento cadastradas no
Sistema de Informações Municipais - SIM, em especial, as da Vila Carvalho e Vila Formosa;
b) elaborar e implantar Programa de Pavimentação e Perenização das Estradas
Rurais Oficiais conforme Mapa 11 – Sistema Viário Rural e Córregos, garantindo condições
regulares de tráfego;
c) elaborar e implantar Programa de Manutenção e Recapeamento da
Pavimentação Urbana, garantindo condições regulares de tráfego de veículos e pessoas;
d) elaborar e implantar o Programa de Adequação, Recuperação e Qualificação
das Calçadas, prevendo as seguintes ações prioritárias:
1. eliminar barreiras físicas que possam representar riscos à circulação do
usuário, sobretudo de crianças e pessoas com mobilidade reduzida e portadoras de
necessidades especiais;
2. implantar calçadas pavimentadas e rampas de acessibilidade nos canteiros
centrais de todas as Avenidas, em especial aqueles alinhados às esquinas de quadras e aos
locais de maior fluxo de pedestres;
3. adaptar as calçadas e os outros componentes do sistema às necessidades das
pessoas com deficiência visual e mobilidade reduzida;
4. implantar corrimãos em áreas de considerável dificuldade de acesso para
pessoas com mobilidade reduzida;
144

5. integrar as obras de pavimentação e recapeamento das vias com a adequação


das calçadas;
IV – obedecer às diretrizes do Sistema Viário Municipal na escolha do tipo de
pavimento a ser utilizado, de tal forma que nas vias arteriais e coletoras sejam utilizados os
mais resistentes;
V – adotar modelos de gestão mais eficiente, em conjunto, com a comunidade,
para os programas de pavimentação e de manutenção, buscando superar as carências de
infraestrutura das vias públicas;
VI – utilizar sistemas de pavimentação compatíveis com as diretrizes de
sustentabilidade, por meio da adoção de materiais e métodos, cuja utilização resultar na
ampliação da permeabilidade das áreas pavimentadas;
VII – ampliar a capacidade de absorção pluvial das áreas pavimentadas, por meio
da adoção de tipologias construtivas com utilização de técnicas e reuso de materiais
permeáveis e ecológicos.

Seção IV
Das Redes de Energia Elétrica e Iluminação Pública

Art. 237. São diretrizes específicas da Política Municipal de Infraestrutura para


as redes de energia elétrica e iluminação pública:
I – cadastrar, no prazo de 24 (vinte quatro) meses, a contar da data de publicação
desta lei, as redes de energia elétrica e iluminação pública implantadas no subsolo e espaço
aéreo, em base georreferenciada, no Sistema de Informações Municipais– SIM, mantendo-
o sempre atualizado;
II – prever no Plano Integrado Municipal de Infraestrutura - PMI, entre outras,
as seguintes ações prioritárias para a as redes de energia elétrica e iluminação pública no
município:
a) cronograma de implantação de rede de iluminação pública de vias sem
iluminação ou com iluminação deficitária, cadastradas no SIM, incluindo Vila Formosa e
melhorias na rede da Vila Carvalho;
b) implantar Programa de Eficiência Energética, prevendo ações que incentivem
a cogeração de energia e utilização de energias renováveis em edificações públicas e
privadas, iluminação pública e transportes;
c) substituição das lâmpadas de iluminação pública por lâmpadas de LED ou
outro material mais eficiente e com menor gasto energético.
145

Seção V
Da Rede de Comunicação e Telemática

Art. 238. São diretrizes específicas da Política Municipal de Infraestrutura para


a Rede de Comunicação e Telemática:
I – atuar junto às empresas concessionárias do serviço de telefonia móvel
visando à ampliação do atendimento destes serviços em áreas com deficiência ou
inexistência de sinal de rede, conforme apontado no Diagnóstico do Plano Diretor
Participativo;
II – prever no PMI, entre outras, as seguintes ações prioritárias para as redes de
comunicação e telemática no município:
a) instituir Programa Municipal de Gerenciamento da atuação de operadoras dos
serviços de comunicações e telemática, quanto ao cumprimento das presentes diretrizes;
b) - implantar estrutura própria de fibra óptica e sistemas de comunicação interna
para interligação das unidades, visando a otimização da comunicação e diminuição dos
custos com telefonia;
c) implantar Wi-Fi em locais públicos;
III – fixar estratégias para acompanhamento da evolução tecnológica dos
sistemas de comunicações e telemática em nível municipal e regional, estimulando a
participação e controle compartilhado entre o setor público, privado e a sociedade;
IV – adotar um conjunto de medidas e instrumentos legais de gestão visando
acompanhar a manutenção, eficiência, modernização e ampliação dos sistemas de
comunicações, transmissão, informatização e dados na planta municipal e regional;
V – atuar junto às empresas concessionárias visando promover a integração dos
sistemas de telefonia e de transmissão de dados e imagens com centros urbanos regionais,
nacionais e internacionais;
VI – proporcionar os sistemas de telecomunicações e telemática em
infraestrutura de suporte as decisões de planejamento e desenvolvimento socioeconômico e
de atração de novos investimentos e empreendimentos urbanos e rurais;
VII – estimular o funcionamento de estações de rádio e de canais de televisão
compartilhados, considerando a necessidade de compatibilizar infraestruturas, obras civis e
os serviços, com as características peculiares ao meio ambiente e espaço urbano;
VIII – exigir laudos técnicos, quanto aos efeitos à saúde humana e ao meio
ambiente, para a implantação e manutenção da infraestrutura dos serviços de
telecomunicações e emissores de radiação eletromagnética, bem como a aprovação de
Estudo de Impacto de Vizinhança e Viabilidade Ambiental destas atividades;
IX – criar regras de avaliação dos impactos positivos e negativos ambientais,
urbanísticos, econômicos, sociais e para a saúde humana, decorrentes da instalação de
equipamentos para a infraestrutura de telecomunicações de um modo geral;
X – fazer cumprir normas e regras específicas para procedimentos e parâmetros
referentes ao controle ambiental de instalações em áreas urbanas de Estações Transmissoras
que utilizam radiofrequência e ERBs - Estações Rádio Base;
146

XI – estimular as parcerias e operações urbanas público privadas, por meio de


instrumentos de outorga onerosa de uso, na construção de infovias e telecentros
comunitários, integrados à rede de bibliotecas municipais, como tecnologias de inclusão
digital e social.
Parágrafo único. A instalação das infraestruturas deverá observar os gabaritos e
restrições urbanísticas de proteção ao patrimônio ambiental e urbano, de descargas
atmosféricas segundo a ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, e outras
exigências definidas por legislação municipal específica.

Seção VI
Dos Sistemas de Prevenção e Monitoramento

Art. 239. São diretrizes específicas da Política Municipal de Infraestrutura para


os sistemas de prevenção e monitoramento:
I – implantar centro de controle de operações para receber os dados dos
dispositivos eletrônicos (câmeras, sistema de reconhecimento de placas), a ser
operacionalizado conjuntamente pela polícia militar e o órgão responsável pela
implementação da política;
II – implantar estrutura de monitoramento ao longo da cidade por meio de
câmeras, análise de incidentes e barreiras eletrônicas, instaladas em pontos estratégicos
evitando e monitorando pequenos furtos e ocorrências diversas;
III – implantar sistema fortaleza nas entradas e saídas da cidade com
reconhecimento de placas pelo método de OCR (sigla em inglês para reconhecimento óptico
de caracteres) para identificação automática de placas de veículos, interligando-os aos
dispositivos de redução de velocidade existentes e ao centro de controle operacional, afim
de monitorar os veículos que se encontram em situação irregular e veículos furtados;
IV – ampliar a implantação de dispositivos de controle de velocidade dos
veículos automotores e implantar dispositivos de controle de avanço do sinal vermelho e
parada de veículo sobre a faixa de pedestre.
Parágrafo único. O Plano Integrado Municipal de Infraestrutura - PMI deverá
contemplar às diretrizes e ações previstas nos incisos anteriores.

Seção VII
Dos Elementos da Paisagem Urbana

Art. 240. São diretrizes específicas da Política Municipal de Infraestrutura para


os elementos da paisagem urbana no município:
I – regular a utilização dos elementos da paisagem urbana;
II – proteger a paisagem urbana, em especial os cones visuais nos termos do art.
138;
147

III – estimular paisagens cênicas nas estradas rurais;


IV – revitalizar as praças e paisagismo das avenidas do município;
V – proibir o uso inadequado dos elementos da paisagem urbana;
VI – redefinir e delimitar objetivamente as atribuições de cada secretaria
municipal no que tange a melhoria e manutenção dos Sistemas e Elementos da Paisagem
Urbana.

Seção VIII
Dos Equipamentos Comunitários e de Serviços de Utilidade Pública

Art. 241. O Plano Integrado Municipal de Infraestrutura - PMI deverá


contemplar as diretrizes, ações e programas dispostos nesta Lei Complementar, bem como
nos planos setoriais, quanto à expansão, manutenção e melhorias dos equipamentos
comunitários e de serviços de utilidade pública, visando à garantia da acessibilidade e
sustentabilidade dos prédios públicos, bem como da eficiência dos serviços públicos neles
ofertados.

Art. 242. São diretrizes específicas da Política Municipal de Infraestrutura para


os equipamentos e serviços Funerários:
I – elaborar Programa de Ampliação, Manutenção e Melhoria, no prazo de 24
(vinte e quatro) meses, a contar da data de publicação desta Lei Complementar, para a
expansão dos serviços funerários considerando as seguintes ações prioritárias:
a) ampliação de oferta de sepulturas e jazigos;
b) reforma do Cemitério Municipal “Petrolino Gonçalves da Silva” e do
Cemitério Municipal do Distrito de Simonsen, bem como dos velórios municipais “Aldo
Zara” e “Antônio Turioni”, contemplando a instalação de placas de sinalização; sistema de
monitoramento; calçamento; mobiliário urbano; paisagismo; climatização; obras de
saneamento, incluindo drenagem das águas pluviais; bem como pontos de energia,
iluminação predial e pública com a utilização de materiais com eficiência energética;
c) controle de processos de degradação do patrimônio ambiental;
II – controlar e monitorar os serviços de natureza pública prestados pela
iniciativa privada;
III – exigir a aprovação de Estudo de Impacto de Vizinhança e Viabilidade
Ambiental, licenciamento ambiental prévio e diretrizes urbanísticas, antes da instalação
destas atividades.

Art. 243. Para o aperfeiçoamento e ampliação dos Equipamentos e Serviços


Rodoviários e a contínua promoção do acesso, conforto e segurança dos usuários, o Poder
Público Municipal deverá se orientar pelas seguintes diretrizes:
148

I – elaborar Programa de Ampliação, Manutenção e Melhoria, no prazo máximo


de 24 (vinte e quatro) meses, a contar da data de publicação desta lei, considerando as
seguintes ações prioritárias:
a) reformar o Terminal Rodoviário, priorizando obras para adequação às normas
de acessibilidade, reforma dos sanitários, substituição do piso, readequação da iluminação
predial e pública com a utilização de materiais com maior eficiência energética;
b) ampliação do número de vagas de estacionamento;
II – instituir normas e ações mais intensas de fiscalização para o Terminal
Rodoviário incluindo regulamentação sobre a cobrança de tarifas de embarque e uso do
terminal pelos veículos das concessionárias, taxistas e usuários;
III – viabilizar novas concessões para que outras empresas intermunicipais e
interestaduais utilizem o Terminal Rodoviário aumentando a oferta de serviços de maneira
a beneficiar os usuários de transporte rodoviário;
IV – firmar convênio com a Polícia Militar por meio da atividade delegada, para
execução de rondas de policiamento visando melhorar a segurança no Terminal Rodoviário
e entorno;

Art. 244. Para o aperfeiçoamento do serviço de defesa do consumidor, o Poder


Público Municipal deverá:
I – elaborar Programa de Manutenção e Melhoria na unidade do PROCON -
Votuporanga, no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) meses, a contar da data de publicação
desta lei, considerando as seguintes ações prioritárias:
a) ampliar e melhorar a infraestrutura disponibilizada;
b) adquirir novos equipamentos, mobiliário e outros necessários a prestação do
serviço;
II – promover capacitações permanentes e traçar estratégias que visem à
diminuição da rotatividade dos servidores;
III – reativar o Conselho Municipal de Defesa do Consumidor – COMDECON
com o objetivo de promover a adequada gestão do Fundo Municipal de Direitos Difusos.

Art. 245. Para o aperfeiçoamento dos serviços ofertados no Centro de Educação


de Cidadania – CEC, o Poder Público Municipal deverá se orientar pelas seguintes diretrizes;
I – elaborar Programa de Ampliação, Manutenção e Melhoria, no prazo máximo
de 24 (vinte e quatro) meses, a contar da data de publicação desta lei, considerando as
seguintes ações prioritárias:
a) reformar e pintar o Centro de Educação e Cidadania – CEC;
b) adquirir equipamentos necessários a prestação dos serviços;
II – estabelecer parcerias entre as secretarias da Cidade, Assistência Social e
Esporte e Lazer, visando ampliar as atividades desenvolvidas no CEC com a utilização do
espaço para desenvolvimento de ações e projetos integrados.
149

Seção IX
Da Logística e Transporte de Cargas

Art. 246. São componentes do Sistema de Infraestrutura Municipal relacionados


à logística e ao transporte de cargas, o conjunto de instalações e equipamentos envolvidos
no transporte, armazenamento e distribuição, associado a iniciativas públicas e privadas de
gestão dos fluxos de cargas, abaixo relacionados:
I – elementos do Sistema Viário de interesse do transporte de carga;
II – ferrovia;
III – aeroporto;
IV – plataformas e terminais logísticos;
V – centros de armazenamento, transbordo e distribuição;
V – pátios de manutenção e estacionamento;
VI – instalações e edificações de apoio ao sistema.

Art. 247. São diretrizes específicas da Política Municipal de Infraestrutura para


as atividades de logística e transporte de cargas:
I – incentivar o melhor uso da infraestrutura logística instalada no Município,
aumentando sua eficiência e reduzindo seu impacto ambiental;
II – planejar, implantar e ampliar a cadeia logística de diferentes modais,
incluindo os modais rodoviário e ferroviário;
III – planejar, implantar e ampliar a infraestrutura logística em conjunto com as
demais esferas de governo;
IV – regulamentar e monitorar a circulação de veículos de carga, incluindo as
cargas perigosas ou superdimensionadas;
V – planejar soluções de inserção urbana do sistema de abastecimento e logística
que minimizem os conflitos de convivência e as interferências entre este sistema e os demais
fluxos;
VI – promover o controle, monitoramento e fiscalização, diretamente ou em
conjunto com órgãos da esfera estadual ou federal, da circulação de cargas perigosas e dos
índices de poluição atmosférica e sonora nas vias do Município;
VII – promover a integração do sistema de transporte de cargas rodoviárias aos
terminais de grande porte, compatibilizando-o com a racionalização das atividades de carga
e descarga no Município;
VIII – estruturar medidas reguladoras para o uso de veículos de propulsão
humana e tração animal;
IX – aprimorar o sistema de logística e cargas, de modo a aumentar a sua
eficiência, reduzindo custos e tempos de deslocamento;
X – restringir a circulação e operação de veículos pesados na região central do
Município;
XI – regulamentar e viabilizar locais de estacionamento para veículos de grande
porte, desobstruindo as vias públicas municipais.
150

Seção X
Transporte Aeroviário

Art. 248. A infraestrutura de transporte aeroviário é composta pelo Aeroporto


Estadual Domingos Pignatari e demais elementos de infraestrutura necessários à efetivação
do transporte aéreo no município.

Art. 249. São diretrizes da Política de Infraestrutura Municipal para o transporte


aeroviário:
I – adequar os parâmetros de uso e ocupação do solo à legislação federal para as
áreas atingidas pelas novas curvas de ruído e às demais restrições aeroportuárias do
Aeroporto Estadual Domingos Pignatari;
II – promover a adequação dos sistemas viário, rodoviário, ferroviário, de
transporte de passageiros e cargas visando contribuir para a ampliação das atividades do
Aeroporto Estadual Domingos Pignatari, a requalificação da Região Sul e o
desenvolvimento econômico do município;
III – prover alternativas de acesso e diferentes modais que articulem a região do
Aeroporto Estadual Domingos Pignatari às demais regiões do município;
IV – estruturar e qualificar a região do Aeroporto Estadual Domingos Pignatari
visando à instalação de atividades econômicas compatíveis à criação de uma centralidade de
comércio e serviços;
V – observar, na implantação de novos usos e atividades no entorno do
aeroporto, as restrições relativas à curva de ruído e ao cone de aproximação, conforme
legislação vigente e Mapa 09 – Zona Especial Aeroportuária - ZEA;
VI – articular com os municípios da região a elaboração de um Plano Integrado
de Transporte Aéreo e de Superfície para a Região Administrativa de São José do Rio Preto.

CAPÍTULO VI
DA POLÍTICA DE MOBILIDADE URBANA

Seção I
Dos Objetivos e Diretrizes

Art. 250. A Política de Mobilidade Urbana orienta a articulação, a integração e


o gerenciamento dos diversos modos de transporte, serviços, equipamentos, e instalações
operacionais do Sistema Viário Municipal, de forma a assegurar ampla mobilidade às
pessoas e ao deslocamento de cargas pelo território municipal.

Art. 251. A Política de Mobilidade Urbana deve ser orientada pelos seguintes
objetivos gerais:
151

I – a garantia da qualidade dos serviços, da segurança e da proteção à saúde de


todos os usuários do sistema de transporte público, em especial daqueles em condição de
vulnerabilidade social;
II – a melhoria das condições de mobilidade da população, com conforto,
segurança e modicidade tarifária, incluindo os grupos de mobilidade reduzida;
III – a mitigação dos impactos das mudanças climáticas;
IV – a melhoria das condições de integração entre os diferentes modais de
transporte;
V – redução de acidentes e mortes no trânsito bem como a minimização do
conflito entre o trânsito de veículos e de pedestres;
VI – a garantia da acessibilidade plena às pessoas com deficiência ou mobilidade
reduzida em todo o sistema de circulação de pedestres;
VII – universalização do serviço de transporte público coletivo, promovendo o
acesso adequado de toda população a qualquer localidade urbana do Município;
VIII – a garantia de condições adequadas e seguras de acessibilidade autônoma
aos meios de transporte urbano às pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida,
bem como o aumento da mobilidade da população de baixa renda;
IX – o aumento da participação do transporte público coletivo e não motorizado
na divisão modal;
X – a promoção do desenvolvimento sustentável com a mitigação dos custos
ambientais e socioeconômicos dos deslocamentos de pessoas e cargas na cidade, incluindo
a redução dos acidentes de trânsito, emissões de poluentes, poluição sonora e deterioração
do patrimônio edificado;
XI – articulação com as diferentes políticas e ações de mobilidade urbana,
abrangendo os três níveis da federação e seus respectivos órgãos técnicos.

Art. 252. Os programas, ações e investimentos, públicos e privados, na Política


de Mobilidade Urbana devem ser orientados segundo as seguintes diretrizes:
I – integrar o sistema de transporte público coletivo com o sistema de circulação
de pedestres, por meio de conexões entre modais de transporte, calçadas, faixas de pedestre,
transposições, passarelas e sinalização específica, visando à plena acessibilidade do pedestre
ao espaço urbano construído;
II – promover a educação e segurança no trânsito, visando à redução de
acidentes;
III – garantir a toda população a oferta diária e regular de transporte público
coletivo;
IV – racionalizar o sistema de transporte público coletivo, tornando-o provedor
eficaz e democrático da mobilidade e da acessibilidade urbana;
V – reestruturar o sistema de transporte público coletivo no município, de forma
a promover a universalização, a acessibilidade das pessoas com mobilidade reduzida, a
excelência e qualidade dos serviços prestados, o respeito ao meio ambiente, ao equilíbrio
econômico-financeiro do sistema e à comunicação visual eficiente.
152

VI – estimular a utilização do transporte público coletivo pela população, por


intermédio da garantia de deslocamentos rápidos, seguros, confortáveis e com custos
compatíveis;
VII – garantir a excelência de padrões de qualidade no transporte público
coletivo, de modo a proporcionar crescente grau de satisfação dos usuários pelos serviços
prestados;
VIII – promover a qualidade, eficiência, conforto, segurança e economia geral
do sistema de transporte e trânsito, visando às reduções dos custos operacionais e das tarifas
para os usuários;
IX – promover a concorrência e transparência na concessão da exploração do
transporte público coletivo;
X – promover os modos não motorizados como meio de transporte urbano, em
especial o cicloviário, por meio da adequação do Sistema Viário Municipal e da elaboração
de campanhas de conscientização e incentivo;
XI – priorizar a circulação de pedestres sobre os demais modais de transportes;
XII – padronizar, readequar e garantir acessibilidade dos passeios públicos em
rotas com maior trânsito de pedestres;
XIII – modernizar a rede semafórica, aprimorando a sinalização vertical e
horizontal em todo o Sistema Viário Municipal, em especial a sinalização para pedestres;
XIV – utilizar soluções para a travessia de pedestres, com segurança;
XV – incentivar a renovação ou adaptação da frota do transporte público e
privado urbano, visando reduzir as emissões de gases de efeito estufa e da poluição sonora,
e a redução de gastos com combustíveis com a utilização de veículos movidos com fontes
de energias renováveis ou combustíveis menos poluentes, tais como gás natural veicular,
híbridos ou energia elétrica;
XVI – atualizar e adequar as metas, ações e investimentos previstos no Plano de
Mobilidade Urbana do Município de Votuporanga, visando subsidiar a elaboração do
planejamento orçamentário municipal.

Art. 253. A Política de Mobilidade Urbana no tocante à execução de vias,


projetos de sinalização semafórica, aérea e de solo, deverá observar às diretrizes do Sistema
Viário Municipal dispostas na Seção II, Capítulo V, Título III, desta Lei Complementar

Seção II
Da Acessibilidade Universal

Art. 254. A Política de Mobilidade Urbana tem como diretrizes para a


acessibilidade universal no município:
I – incorporar, gradualmente, dispositivos para que permita a travessia da pessoa
com deficiência ou mobilidade reduzida pela faixa de pedestres, com autonomia e segurança,
de acordo com a legislação aplicável;
153

II – implantar, de forma gradativa, semáforos sonoros nos principais


cruzamentos viários da cidade, para a segurança da locomoção da pessoa com deficiência
visual, com base em levantamento a ser realizado pela Secretaria de Trânsito;
III – desenvolver Programa de Adequação à Acessibilidade visando à ampliação
da acessibilidade no município, contendo no mínimo:
a) levantamento das calçadas, faixas de pedestres, lombofaixas, transposições e
passarelas que deverão ser adequadas ou implantadas, de forma gradual, para atender a
mobilidade inclusiva, conforme normas técnicas regulamentares pertinentes;
b) plano para adequação, recuperação e manutenção de passeios públicos às
normas de acessibilidade;
c) intensificação da fiscalização nos edifícios comerciais para atendimento às
normas de acessibilidade;
d) plano para adequação de todos os prédios públicos às normas de
acessibilidade.
Parágrafo único. Por acessibilidade universal entende-se a condição para
utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, das infraestruturas e serviços que
compõem o sistema de mobilidade urbana por pessoa portadora de deficiência ou mobilidade
reduzida.

Seção III
Do Trânsito

Art. 255. São diretrizes específicas da Política de Mobilidade Urbana para o


Trânsito:
I – elaborar, no prazo máximo de 18 (dezoito) meses, a contar da data de
publicação desta Lei Complementar, Estudo de Viabilidade para a ampliação do serviço de
Áreas Azul para novas áreas ou emprego de outras ações que visem resolver o problema da
carência por vagas de estacionamento na cidade, priorizando a ZCC da Zona Norte e a PRQ
1, no entorno da Santa Casa de Misericórdia de Votuporanga, Ambulatório Médico de
Especialidades – AME e Unidade de Pronto Atendimento – UPA;
II – implementar ações que desestimulem o acesso de veículos à área central da
cidade e que melhor organizem o embarque e desembarque de alunos nos horários de pico;
III – elaborar Estudo de Viabilidade para regulamentação e implantação, em
parceria com a iniciativa privada, de estacionamento para veículos de grande porte;
IV – fiscalizar o estacionamento irregular nas guias rebaixadas;
V – aprimorar as ações destinadas ao recolhimento de veículos em situação de
abandono em vias públicas;
VI – aprimorar o Programa de Educação no Trânsito prevendo a utilização de
novas tecnologias, bem como a instalação de uma mini cidade pedagógica de trânsito;
VII - ordenar o tráfego de cargas perigosas e superdimensionadas, implantando
horários específicos de circulação em toda a região da cidade;
154

VIII - restringir a circulação e operação de veículos pesados na região central do


Município, no horário compreendido entre 09h00min e 18h00min;
IX - disciplinar os locais de estacionamento e de carga e descarga atendendo aos
atributos de microacessibilidade de acesso local, compatibilizados com os atributos de
macroacessibilidade com a fluidez do tráfego;
X - disciplinar o transporte de cargas e compatibilizá-lo às características de
trânsito das vias urbanas.

Seção IV
Do Transporte Público Coletivo

Art. 256. O transporte coletivo é um direito social, expresso no art. 6º da


Constituição Federal e, por ser de caráter essencial, é dever do Município organizá-lo e
prestá-lo, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, conforme dispõe o art. 30
da Carta Magma.

Art. 257. São diretrizes específicas da Política de Mobilidade Urbana para o


transporte público coletivo no município:
I – aumentar a confiabilidade, conforto, segurança, qualidade e higiene dos
veículos empregados no sistema de transporte coletivo, por meio de fiscalização permanente
do poder público municipal dos serviços prestados pela concessionária;
II – manter continuamente toda a frota de transporte coletivo adequada às
necessidades de passageiros portadores de necessidades especiais;
III – incentivar o uso de tecnologias veiculares que reduzam significativamente
a poluição ambiental e elevem as condições de conforto e segurança dos passageiros e
transeuntes;
IV – reduzir a carga poluidora gerada pelo sistema de transportes, incluindo nas
exigências para a concessão do serviço de transporte coletivo, a implantação de porcentagem
mínima e gradativa de ônibus movidos à fonte de energia limpa, de modo a respeitar os
índices de qualidade ambiental definidos pela legislação do órgão técnico competente;
V – promover melhorias nos pontos de ônibus disponibilizando iluminação,
abrigos e bancos destinados a mulheres grávidas, idosos e portadores de necessidades
especiais;
VI – implantar sistema de informação dos serviços de transporte coletivo,
constando horários, alterações de horários e itinerários em todos os terminais do transporte
intraurbano;
VII – revisar periodicamente a demanda por transporte coletivo, visando ampliar
o atendimento às demandas por transporte público, em especial aos finais de semana, bem
como àquelas geradas pela ampliação da malha urbana;
155

VIII – garantir o direito social constitucional ao transporte público, expresso no


art. 6º da Constituição Federal, à população residente nas regiões periféricas, por meio da
ampliação do atendimento do transporte público urbano;
IX – implantar prioritariamente abrigos nos pontos de ônibus, bem como de
informações referentes a trajetos e horários, no Distrito de Simonsen e na Vila Carvalho;
X – viabilizar uma linha de ônibus regular na Vila Carvalho;
XI – implantar pontos de parada de ônibus em frente a todos os equipamentos
públicos, sobretudo aos equipamentos de saúde e da rede socioassistencial pública e privada;
XII – implantar nova linha de ônibus que abranja a região do cemitério Jardim
das Flores, ampliar o atendimento de transporte público para a região do Parque da Cultura,
especialmente aos finais de semana e ampliar o horário das linhas que servem instituições
de ensino de forma a atender as turmas do período noturno;
XIII – instalar no Município um novo Terminal Intraurbano de Transporte
Coletivo, em área adequada e integrada ao sistema viário;
XIV – estabelecer, em conjunto com a concessionária responsável pelo
transporte público, procedimento de conduta diante de casos de assédio sexual no transporte
coletivo, no que tange o acolhimento da vítima, prestação dos primeiros socorros e
acompanhamento até a Delegacia da Mulher, bem como treinamento para os motoristas
sobre o procedimento estabelecido;
XV – criar canal SMS de denúncia de casos de assédio sexual no transporte
coletivo para que a administração da concessionária seja informada quanto ao local da
ocorrência e a descrição do agressor, e para que seja tomada providência junto ao órgão de
segurança pública com o intuito de interromper o assédio;
XVI – desenvolver campanhas e peças publicitárias que orientam sobre como
agir em caso de assédio e violência sexual no transporte público coletivo;
XVII – implantar programas de mobilidade urbana, com conforto, segurança e
modicidade, sobremaneira aos idosos, portadores de necessidades especiais, mulheres
grávidas e crianças, facilitando seu acesso ao transporte e ao deslocamento;
XVIII – elaborar Estudo de Viabilidade, objetivando corrigir o valor do subsídio
pago pelo município na passagem de ônibus, tendo em vista estimular a população a se
deslocar por meio do transporte público coletivo.
Parágrafo único. A Secretaria Municipal de Trânsito e Segurança Pública
manterá estudo de revisão periódica sobre a demanda por transporte coletivo, visando
abranger as novas demandas geradas pela ampliação da malha urbana.

Art. 258. O Transporte Coletivo Privado é composto pelo conjunto de modos e


serviços que realizam o serviço rotineiro e não rotineiro de transporte de passageiros de
modo não aberto ao público, sem fixação de itinerários e com preços não definidos pelo
Poder Público.
§1º A utilização de equipamentos, infraestruturas e instalações operacionais por
parte do Sistema Coletivo Privado será fiscalizada e regulamentada por ato do Executivo de
modo a integrar esse sistema aos modais de transporte público.
156

§ 2º São considerados veículos de transporte coletivo privado os serviços de


taxis, mototáxis, TukTuk, transporte por aplicativos, entre outros.

Seção V
Do Desenvolvimento e Organização Institucional da Política e Sistema de Mobilidade

Art. 259. São diretrizes específicas para o desenvolvimento e organização


institucional da Política de Mobilidade Urbana:
I – estabelecer procedimento de planejamento estratégico capaz de monitorar,
avaliar e revisar periodicamente, por meio de indicadores, as Diretrizes previstas no Caderno
de Diretrizes e Propostas do Plano de Mobilidade e os resultados alcançados;
II – avaliar a compatibilidade do quadro de pessoal da SETRAN com a demanda
e eficiência dos serviços executados, visando orientar contratações nas áreas com sobrecarga
de trabalho;
III – criar o Departamento de Trânsito dentro da estrutura organizacional da
Secretaria Municipal de Trânsito, visando suprir a demanda existente na execução de
procedimentos administrativos e operacionais e na elaboração de Planos, Programas e
Projetos;
IV – integrar as ações de planejamento da Secretaria Municipal de Planejamento
com as ações operacionais da Secretaria Municipal de Trânsito.

CAPÍTULO VII
DA POLÍTICA DE HABITAÇÃO

Art. 260. A Política Municipal de Habitação tem como fundamentos a


promoção de moradia própria e digna como direito universal e será desenvolvida de forma
inclusiva, segura e sustentável, visando o atendimento das necessidades de habitação em
todo o município de Votuporanga, sendo promovida pelo poder público ou entes a ele
vinculados mediante a celebração de parcerias e a utilização dos instrumentos urbanísticos
previstos nesta Lei Complementar.

Art. 261. A Política Municipal de Habitação deverá articular-se ao Zoneamento


Especial de Interesse Social com o objetivo de levantar as demandas específicas e
diferenciadas, reconhecendo as culturas territoriais e os vínculos comunitários, visando à
elaboração de estratégias para a eliminação quantitativa e qualitativa do déficit habitacional,
além de garantir a segurança jurídica da posse do imóvel para a população em situação de
vulnerabilidade social ou de baixa renda.
§ 1º Para os efeitos desta Lei Complementar, considera-se população em
situação de vulnerabilidade social aquela em estado de fragilidade, permanente ou
temporário, em decorrência da privação dos direitos sociais, da limitação da autonomia em
157

função de fatores econômicos, sociais ou físicos, ou das restrições quanto ao livre exercício
do direito à cidade impostas pela precariedade do local e das condições de moradia.
§2º Para os efeitos desta Lei Complementar, considera-se população de baixa
renda aquela cuja renda familiar mensal por pessoa (renda per capita) seja de até meio salário
mínimo ou a renda familiar total seja de até três salários mínimos e que o acesso à moradia
própria, digna e regular dependa de financiamentos públicos.

Art. 262. A Política Municipal de Habitação será desenvolvida por meio do


Plano Local de Habitação de Interesse Social – PLHIS, devendo ser revisado por Lei
Específica, no prazo de 12 (doze) meses da publicação deste Plano Diretor Participativo,
podendo ser discutido em plenárias com participação da sociedade interessada.
§ 1º A revisão do PHLIS levantará as áreas do território municipal onde a Política
de Habitação deverá ser prioritariamente direcionada, atualizando, no que couber, a
delimitação das Zonas Especiais de Interesse Social.
§ 2º Caberá ao departamento responsável pelo planejamento, supervisão e
execução da política de programas habitacionais do município, a condução do processo de
revisão do PLHIS, pautando-se no banco de dados dos órgãos federal, estadual e municipal
e demais documentos orientadores elaborados pelos órgãos.
§ 3º Uma vez revisado o PLHIS, o Poder Executivo Municipal poderá proceder
à regularização do município junto ao Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social –
SNHIS, como estratégia de captação de recursos do Fundo Nacional de Habitação de
Interesse Social – FNHIS, viabilizando a execução da Política Municipal de Habitação.

Art. 263. São objetivos da Política de Habitação do município:


I – universalização do acesso à moradia digna, segura, adequada e a preço
acessível no município, entendida como aquela:
a) com dimensões e características arquitetônicas capazes de assegurar padrões
satisfatórios de salubridade, higiene e acessibilidade;
b) coberta pelos seguintes serviços essenciais e infraestruturas: abastecimento de
água, esgotamento sanitário, drenagem de águas pluviais, fornecimento de energia elétrica,
iluminação pública, coleta de lixo doméstico, pavimentação e transporte coletivo;
c) cuja localização no tecido urbano garanta acesso adequado a equipamentos
públicos de saúde, educação, esporte, cultura e lazer, bem como aos centros de comércio e
serviços;
II – identificação e planejamento a curto, médio e longo prazo da redução do
déficit habitacional do município;
III – promoção da requalificação urbanística e a regularização fundiária,
ambientalmente sustentável, dos núcleos urbanos informais de baixa renda passíveis de
consolidação, dotando-os de infraestrutura, equipamentos públicos, serviços urbanos,
erradicando riscos e revertendo o processo de segregação socioespacial;
158

IV – garantia de participação da sociedade civil na definição das ações,


prioridades e no controle social da política habitacional, estimulando o fortalecimento da
gestão e planejamento democráticos;
V – articulação das políticas habitacionais de âmbito federal e estadual com as
demais políticas públicas previstas neste plano diretor participativo, com o intuito de tornar
exequível e sustentável a política habitacional no município;
VI – estímulo a utilização de imóveis não edificados, subutilizados ou não
utilizados, localizados na Macroárea Urbana Consolidada, na implantação de programas,
estratégias e empreendimentos de interesse social.
VII – estímulo à produção de empreendimentos habitacionais de interesse social
com a participação da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano - CDHU,
iniciativa privada, associações e cooperativas em toda área urbana do Município de
Votuporanga;
VIII – fixação de parâmetros urbanísticos e de projetos urbanos sustentáveis para
moradias sociais em situação de risco, moradias sociais provisórias, estabelecendo índices
urbanísticos e procedimentos de aprovação de programas, de forma a facilitar a produção
habitacional de interesse social mediante parcerias entre o poder público e a iniciativa
privada.

Art. 264. São diretrizes da Política de Habitação:


I – desenvolver programas que abranjam pesquisas das condições de moradia do
município, reassentamento de famílias, parcerias para novas moradias, apoio ao projeto e à
execução de moradias populares;
II – desenvolver, nos programas habitacionais, alternativas para locação social,
auxílio moradia, indenização por benfeitorias, financiamento para construção e reforma,
diversificando as formas de acesso à moradia;
III – promover e estimular a elaboração de projetos de empreendimentos de
interesse social em áreas dotadas de infraestrutura urbana, observando o desenho urbano, a
conectividade e integração regional, a mobilidade, a prioridade aos pedestres e aos ciclistas
e a constituição de espaços públicos de dimensões adequadas;
IV – planejar, de maneira articulada, no PLHIS, todas as ações e programas da
Política Municipal de Habitação voltadas à população de baixa renda e em situação de
vulnerabilidade social, visando o aumento da sua eficiência, suas continuidades, e as
previsões orçamentárias necessárias à execução;
V – revisar o Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS) que deverá
conter, no mínimo:
a) diagnóstico das condições de moradia no município;
b) a avaliação da capacidade de infraestrutura dos loteamentos subtilizados do
município;
c) a definição de metas de atendimento da demanda;
d) a definição de programas, projetos e serviços a serem desenvolvidos;
159

e) a definição de diretrizes e identificação de demandas por região, subsidiando


a formulação dos planos regionais;
VI – expandir e consolidar, nos termos das Leis 3.725/2004, alterada pela lei
municipal 5.647/2015 denominada de Planta Popular que elabora Projetos de Arquitetura de
Habitação de Interesse Social, e da Lei Federal nº 11.888/2008, as ações e programas de
assistência técnica para projeto e construção de habitação de interesse social e melhorias
habitacionais voltados à população de baixa renda e em situação de vulnerabilidade social,
que deverão garantir:
a) disponibilização gratuita de projetos de moradia popular, com detalhamento
do sistema construtivo (fundação, estrutura, cobertura, sistema elétrico, hidráulico, etc.), que
buscará envolver a mulher durante a elaboração;
b) disponibilização regular de profissionais para acompanhamento da execução
da obra nos casos daquelas realizadas por sistema de autoconstrução ou mutirão PPPPop
Parceria Público Particular e Popular, ou cooperativas comunitárias;
c) critérios claros para a contemplação das famílias, visando ao atendimento
prioritário em especial àquelas com rendimento inferior a três salários mínimos mensais,
chefiadas por mulheres ou integradas por portadores de necessidades especiais;
d) monitoramento da execução dos projetos e do andamento da obra;
e) encaminhamento dos interessados para os sistemas de financiamento da
habitação;
f) incentivo à programas educativos e de ampliação da renda;
g) divulgação da legislação pertinente a empreendimentos e projetos
habitacionais, agilizando a aprovação destes empreendimentos e estabelecendo acordos de
cooperação técnica entre os órgãos envolvidos;
h) implantação do PAP - Programa de Aprimoramento Profissional, oferendo
orientação técnica para a realização de melhorias em moradias sociais, considerando
requisitos de risco de vida e patrimônio, adequação sanitária, conforto ambiental e
acompanhamento técnico de obras, abrangendo loteamentos e projetos de espaços públicos;
i) incentivo à projetos de ajuda mútua junto às famílias de menor poder
aquisitivo, utilizando-o como meio de garantia de cidadania e processo autoeducativo;
VII – regulamentar as ações de provisão de moradia social provisória e
atendimento habitacional emergencial, com o intuito de transformá-las em programas
regulares da Política Municipal de Habitação de maneira a garantir:
a) a definição objetiva das competências atribuídas a cada órgão municipal
envolvido na execução do programa, evitando sobreposições, lacunas ou conflitos de
competência;
b) o estabelecimento de critérios claros para a contemplação das famílias, bem
como prazos e condições de permanência;
c) ações complementares, envolvendo diferentes órgãos municipais, visando à
inserção social e à autonomia das famílias beneficiadas;
160

VIII – promover ações e programas voltados ao desenvolvimento das condições


da moradia pós-ocupação, com oferecimento de assistência técnica gratuita para
manutenção, reforma e ampliação de imóveis;
IX – priorizar a remoção de moradores residentes em áreas insalubres,
impróprias, de risco ou em locais que interfiram na implantação de obras públicas ou na
urbanização dos núcleos, garantindo aos mesmos soluções de moradia digna;
X – priorizar ações e programas habitacionais destinados à população idosa e de
baixa renda, em especial àquelas com rendimento inferior a três salários mínimos mensais,
chefiadas por mulheres ou integradas por portadores de necessidades especiais;
XI – fortalecer parcerias com universidades, institutos de pesquisa ou empresas
privadas para o desenvolvimento de ações, projetos e programas habitacionais que
contribuam para o atendimento dos objetivos da Política Municipal de Habitação;
XII – estimular a participação da iniciativa privada na produção de Habitação de
Interesse Social - HIS, moradia social para populações em situação de risco e moradia social
provisória, mediante projetos integrados e por meio de incentivos normativos capazes de
criar condições atrativas;
XIII – criar estratégias para aproveitamento habitacional eficiente das redes de
infraestrutura urbana existentes, bem como dos vazios urbanos, com vistas ao aumento da
densidade demográfica e construtiva, à diminuição dos custos dos programas habitacionais
e à melhoria da qualidade de vida relacionada à localização da moradia no território;
XIV – implementar, em parceria com os órgãos competentes pelas políticas
Ambiental e de Educação, programas de educação ambiental, de modo a assegurar a
preservação das áreas de mananciais, a não-ocupação das áreas de risco e dos espaços livres
de uso público ou destinado a bens de uso comum da população;
XV – conhecer a realidade municipal e respeitar as soluções históricas utilizadas
pela própria população na produção habitacional;
XVI – incentivar a pesquisa e o emprego de novas tecnologias, bem como
métodos alternativos durante a construção de moradias no município, visando:
a) diminuir o custo das unidades habitacionais;
b) promover maior qualidade e produtividade das edificações residenciais;
c) minimizar o impacto ambiental do processo produtivo;
d) redução de desperdícios, reutilização e reciclagem de materiais utilizados;
XVII – implantar o Conselho Municipal de Habitação, com objetivo de
contribuir com a gestão dos recursos do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano e
Habitação, de recomendar políticas na área de habitação e monitorar o andamento dos
programas e projetos implementados no município bem como daqueles previstos nesta Lei
Complementar;
XVIII – promover investimentos na infraestrutura do órgão competente pela
Política Habitacional e qualificação dos funcionários, por meio das seguintes ações:
a) promover cursos de qualificação para melhoria do atendimento à população e
conscientização de responsabilidades sociais do funcionalismo público;
161

b) promover instrumentos de qualificação técnica dos funcionários, como por


exemplo, na área jurídica, de engenharia, arquitetura, assistência social, entre outros;
c) promover instrumentos de qualificação administrativa de modo participativo,
gestão em parceria de projetos, comunicação técnica escrita, atendimento eletrônico, entre
outros;
XIX – promover a reestruturação do órgão responsável pelo planejamento,
supervisão e execução da política habitacional do município, de modo a unificar a
administração e o monitoramento das aprovações e elaborações de projetos privados,
públicos e de interesse social;
XX – implementar projetos específicos de regularização urbanística e fundiária
em áreas passíveis da utilização dos instrumentos legais;
XXI – fomentar a formação de estoque de terrenos bem localizados em relação
aos equipamentos públicos, infraestrutura e aos centros de comércio e serviços, para
viabilização de programas habitacionais.

TÍTULO IV
DA POLÍTICA DE ORDENAMENTO TERRITORIAL

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 265. O ordenamento do território far-se-á por intermédio do processo de


planejamento contínuo, de investimentos públicos em infraestrutura, de políticas setoriais e
da regulação e controle do parcelamento, uso e ocupação do solo.
Parágrafo único. A estruturação territorial está explicitada no Macrozoneamento,
Zoneamento, Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo, que abrange as áreas urbana e rural
do Município.

Art. 266. O ordenamento territorial atenderá aos seguintes objetivos:


I – planejamento do desenvolvimento da cidade, da distribuição espacial da
população e das atividades econômicas do Município, de modo a evitar e corrigir as
distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente;
II – ordenação e controle do uso do solo, de forma a combater e evitar:
a) os malefícios causados pela proximidade de usos incompatíveis ou
inconvenientes, especialmente junto aos usos residenciais, por meio da utilização de
gradiente de transição entre as zonas;
b) o aproveitamento excessivo ou uso inadequado em relação à infraestrutura
urbana e aos equipamentos urbanos e comunitários existentes ou previstos;
c) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua subtilização ou
não utilização;
162

d) a deterioração das áreas urbanizadas e dotadas de infraestrutura,


especialmente as centrais;
e) a poluição e a degradação ambiental;
III – eliminação da segregação socioespacial, a fim de se evitar os grandes
deslocamentos entre moradia, trabalho, serviços e lazer;
IV – controle, monitoramento, produção e promoção da cidade, por meio de
instrumentos urbanísticos que incentivem a ocupação e incorporação de glebas e áreas
ociosas, não utilizadas ou subutilizadas, estimulando o desenvolvimento urbano para uma
cidade compacta e sustentável;
V – incentivo à promoção econômica da cidade sustentável, estimulando a
expansão urbana por continuidade ou contiguidade espacial e evitando-se o espraiamento
urbano horizontal e a urbanização que provocam deseconomias urbanas e segregação social;
VI – inovação do desenho urbano por meio da aplicação de novas modalidades
de empreendimentos que propiciem maior distribuição espacial dos usos, combinando de
moradia com comércio e serviços, centros empresariais e outros geradores de empregos;
VII – qualificação dos espaços e equipamentos públicos com desenho urbano
integrado;
VIII – otimização dos investimentos coletivos de forma atender os interesses e
as necessidades da população atual e projetada, garantindo o equilíbrio entre as atividades
humanas e a sustentação ambiental, preservação do patrimônio natural e histórico-cultural;
IX – ampliação e requalificação dos espaços públicos, das áreas verdes, das áreas
permeáveis e da paisagem;
X – implantação de parques lineares em todo o perímetro urbano para a proteção
dos recursos hídricos do Município;
XI – proteção das áreas de preservação permanente, das unidades de
conservação, das áreas de proteção do manancial e da biodiversidade;
XII – mitigação de fatores antropogênicos que contribuem para a mudança
climática, por meio da redução e remoção de gases de efeito estufa, da utilização de fontes
renováveis de energia e da construção sustentável, e para a adaptação aos efeitos reais ou
esperados das mudanças climáticas;
XIII – valorização e reconhecimento da paisagem natural e histórico-cultural do
Município como parâmetro do desenvolvimento urbano;
XIV – preservação, proteção e revitalização do patrimônio histórico, cultural e
religioso e da valorização da memória, do sentimento de pertencimento à cidade e da
diversidade.

CAPÍTULO II
DO MACROZONEAMENTO

Art. 267. O Macrozoneamento compreende todo o Município e delimita as


grandes regiões do território com a finalidade de estabelecer as regras fundamentais de
163

ordenamento do território e orientar o planejamento das políticas públicas, programas e


projetos para o desenvolvimento da cidade de forma sustentável, tendo como referência as
características dos ambientes natural e construído.
Parágrafo único. Fica o território do Município de Votuporanga dividido nas
seguintes macrozonas, conforme Mapa 01 – Macrozonas e Perímetro Urbano:
I – Macrozona Rural: corresponde às áreas de produção agropecuária e de
proteção do ambiente natural, que contribuem para a manutenção da biodiversidade,
conservação do solo e manutenção dos recursos hídricos;
II – Macrozona Urbana: corresponde à porção urbanizada do território, situada
integralmente no perímetro urbano, com ocupação intensiva, grande diversidade de padrões
de uso e ocupação do solo, e padrões diferenciados de urbanização.

Art. 268. As delimitações das Macrozonas têm como diretrizes gerais:


I – promover o ordenamento territorial com base em critérios de
sustentabilidade, conjugando a preservação do meio ambiente com a otimização das
vocações naturais, culturais, econômicas e tecnológicas do Município;
II – incentivar e qualificar a ocupação, compatibilizando a capacidade de
infraestrutura e a proteção ao meio ambiente;
III – otimizar o uso da infraestrutura urbana e serviços públicos essenciais,
minimizando os custos de implantação e manutenção;
IV – ordenar o processo de expansão territorial e o desenvolvimento do
Município, visando uma cidade sustentável, compacta e de alta produtividade urbana;
V – conter a expansão da área urbana que acarrete degradação socioambiental;
VI – distribuir espacialmente, de maneira equânime, as atividades e
empreendimentos geradores de emprego e renda, possibilitando maior equidade e justiça
socioambiental;
VII – incentivar as zonas e áreas de uso misto, polivalente, multidimensional e
de policentralidades;
VIII – preservar o patrimônio natural, histórico, cultural, arqueológico e
paisagístico;
IX – preservar, proteger e recuperar as áreas de conservação e recuperação
ambiental;
X – delimitar as áreas de preservação ambiental urbanas e rurais;
XI – determinar que o projeto de conversão de áreas rurais em urbanas,
prerrogativa do Poder Executivo Municipal, seja previamente submetido a análise do
COMURB, nos termos Capítulo X deste Título e aprovado pelo Conselho Municipal da
Cidade - CONCIDADE;
XII – fixar compensação tributária para imóvel considerado pelo Poder Público
como de proteção ao patrimônio cultural, histórico, arqueológico, artístico ou paisagístico.
164

Art. 269. O perímetro urbano do Município fica fixado conforme Mapa 01 –


Macrozonas e Perímetro Urbano, acompanhado da descrição perimétrica contida no Anexo
02 – Descrição do Perímetro Urbano, partes integrantes desta Lei Complementar.

Seção I
Da Macrozona Rural

Art. 270. A Macrozona Rural caracteriza-se por abranger as áreas externas ao


perímetro urbano, compreendidas por propriedades rurais de uso predominantemente
agrícola, extrativista e pecuário, bem como propriedade de usos não agrícolas como
comerciais, industriais, de lazer e turismo, com presença de vegetação natural e áreas de
preservação ambiental e dos recursos hídricos, formada por reservas florestais e reservas
biológicas, que demandam cuidados especiais para sua conservação.
Parágrafo único. Fica vedado o parcelamento do solo para fins urbanos na
Macrozona Rural.

Art. 271. A Macrozona Rural divide-se em 2 (duas) macroáreas delimitadas no


Mapa 02 – Macroáreas Rurais e Urbanas, parte integrante desta Lei complementar:
I – Macroárea Rural de Produção Agropecuária;
II – Macroárea Rural de Conservação Ambiental.

Art. 272. Os usos e atividades potencialmente impactantes que vierem a se


instalar na Macrozona Rural terão sua aprovação condicionada à elaboração e aprovação do
Estudo de Impacto de Vizinhança e Viabilidade Ambiental, conforme estabelecido por Lei
Municipal específica.

Subseção I
Da Macroárea Rural de Produção Agropecuária

Art. 273. A Macroárea Rural de Produção Agropecuária abrange região situada


integralmente na zona rural, destinada ao desenvolvimento rural e aos usos comerciais,
industriais, de proteção ambiental e de lazer e turismo.
Parágrafo único: Macroárea Rural de Produção Agropecuária é compreendida
pela Zona Rural de Produção Agrícola - ZRPA.

Art. 274. São diretrizes específicas da Macroárea Rural de Produção


Agropecuária:
I – promover o desenvolvimento da zona rural com sustentabilidade ambiental,
econômica e social, e estímulo à agricultura orgânica, bem como a produção de alimentos e
serviços essenciais à segurança alimentar;
165

II – manter a permeabilidade do solo e controle dos processos erosivos;


III – compatibilização dos usos com as condicionantes geológico-geotécnicas e
de relevo dos terrenos, com a legislação referente à proteção e conservação dos biomas da
Mata Atlântica e Cerrado;
IV – garantir o acesso ao saneamento ambiental com uso de tecnologias
adequadas a cada situação;
V – garantir a trafegabilidade das estradas rurais, melhorando o sistema de
escoamento da produção agrícola e pecuária, conservando a permeabilidade do solo e
minimizando os impactos sobre os recursos hídricos e a biodiversidade;
VI – incentivar a capacitação dos produtores rurais em tecnologias de produção
agrícola e pecuária sustentáveis, com destaque para a agricultura orgânica e o cultivo
protegido, o turismo rural e a gestão de negócios.

Subseção II
Da Macroárea Rural de Conservação Ambiental

Art. 275. A Macroárea Rural de Conservação Ambiental – MRCA situa-se


integralmente na zona rural e caracteriza-se pela existência de fragmentos significativos de
vegetação nativa e biodiversidade, entremeados por atividades agropecuárias que protegem
e/ou impactam, em graus distintos, a qualidade dos recursos hídricos e da biodiversidade,
Parágrafo único: A Macroárea Rural de Conservação Ambiental – MRCA é
compreendida pela Zona Rural de Conservação Ambiental – ZRCA, subdividida, de acordo
com o Mapa 02 – Macroáreas Urbanas e Rurais, em:
I – Zona Rural de Conservação Ambiental – Rio São José dos Dourados,
compreendendo áreas privadas do Pedro Quincas e Sítio Andreneli;
II – Zona Rural de Conservação Ambiental - Pólo Regional do Desenvolvimento
Tecnológico do Agronegócio do Noroeste Paulista/APTA/SAA.

Art. 276. São diretrizes específicas da Macroárea Rural de Conservação


Ambiental – MRCA:
I – conservar e recuperar os serviços ecossistêmicos prestados pelos sistemas
ambientais existentes, em especial aqueles relacionados com a produção da água,
biodiversidade, proteção do solo e regulação climática;
II – conservar e recuperar fragmentos florestais, corredores ecológicos e áreas
de preservação permanente;
III – proteger os recursos hídricos, as áreas geotecnicamente frágeis e a
biodiversidade de espécies vegetais e animais, especialmente as ameaçadas de extinção;
IV – respeitar a legislação referente à Mata Atlântica, ao Cerrado, à proteção e
recuperação dos mananciais e recursos hídricos e às Unidades de Conservação;
V – incentivar a criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN)
e Unidades de Conservação de Proteção Integral;
166

VI – cumprimento das determinações previstas para as Áreas de Preservação


Permanente e Unidades de Conservação de Proteção Integral, inclusive zona de
amortecimento, e de Uso Sustentável existentes e as que vierem a ser criadas, nos termos da
legislação federal, estadual e municipal pertinente;
VII – promover atividades compatíveis com o desenvolvimento sustentável,
especialmente o ecoturismo, a educação ambiental e pesquisas científica, tecnológica e de
inovação;
VIII – realizar mapeamento de áreas com remanescentes florestais naturais e
ecossistemas associados com expressiva distribuição espacial e relativo grau de continuidade
e conservação, mantenedoras da biodiversidade dos biomas da Mata Atlântica e do Cerrado
e conservação do solo, bem como várzeas preservadas, cabeceiras de drenagem, nascentes e
cursos d’água ainda pouco impactados por atividades antrópicas, com a finalidade de
demarcar novas Zonas de Conservação Ambiental;
IX – articular os órgãos e entidades municipais, estaduais e federais para garantir
a conservação, preservação e recuperação ambiental, inclusive a fiscalização integrada do
território;
X – articular com municípios vizinhos para a construção de estratégias
integradas de conservação e recuperação ambiental.

Seção II
Da Macrozona Urbana

Art. 277. A Macrozona Urbana é compreendida pela área inserida integralmente


no perímetro urbano legal e caracterizada pela diversidade de padrões de uso e ocupação do
solo e padrões diferenciados de urbanização, sendo a área do Município mais propícia para
abrigar os usos e atividades urbanos.

Art. 278. Para orientar o desenvolvimento urbano, dirigir a aplicação dos


instrumentos urbanísticos e jurídicos e atingir os objetivos específicos, a Macrozona Urbana
divide-se em 3 (três) macroáreas delimitadas no Mapa 02 – Macroáreas Rurais e Urbanas,
parte integrante desta Lei complementar:
I – Macroárea Urbana de Expansão;
II – Macroárea Urbana Consolidada;
III - Macroárea Urbana de Proteção Ambiental.
§ 1º A Macroárea Urbana de Expansão e Macroárea Urbana Consolidada são
compostas por 09 (nove) zonas descritas no Capítulo V, do Título IV e delimitadas no Mapa
03 – Zoneamento da Macroárea Urbana Consolidada e Macroárea Urbana de Proteção
Ambiental e Mapa 04 – Zoneamento da Macroárea Urbana de Expansão e Macroárea Urbana
de Proteção Ambiental, integrante desta Lei Complementar:
I – Zona Estritamente Residencial - ZER;
II – Zona Predominantemente Residencial - ZPR;
167

III – Zona Residencial Mista - ZRM;


IV – Zona de Comércio e Serviços Central - ZCC;
V – Zona de Comércio e Serviços Gerais - ZCG;
VI – Zona de Comércio e Serviços Pesados - ZCP;
VII – Zona dos Parques Empresariais - ZPE;
VIII – Zona de Serviços Institucionais - ZSI;
IX – Zona de Chácaras de Lazer - ZCL.
§ 2º A Macroárea Urbana de Proteção Ambiental Urbana é compreendida pela
Zona de Lazer e Proteção Ambiental – ZLP e delimitadas nos Mapa 03 – Zoneamento da
Macroárea Urbana Consolidada e Macroárea Urbana de Proteção Ambiental e Mapa 04 –
Zoneamento da Macroárea Urbana de Expansão e Macroárea Urbana de Proteção
Ambiental, desta Lei Complementar.
§ 3º A fim de se garantir a diversidade de usos e a mitigação dos impactos
gerados pelas atividades, as zonas na Macroárea Urbana Consolidada deverão ser
delimitadas formando um gradiente de transição entre as zonas, da menos impactante para a
mais impactante (ZLP -> ZER -> ZPR -> ZRM -> ZCG -> ZCP -> ZPE), observando-se
ainda o disposto nos art. 334, 335, 337, 338, 340 e 341 do Capítulo V, deste Título, desta
Lei Complementar.

Art. 279. São objetivos da Macrozona Urbana:


I – promoção do ordenamento territorial com base em critérios de
sustentabilidade, conjugando a preservação do meio ambiente com a otimização das
vocações naturais, culturais, econômicas e tecnológicas do Município;
II – consolidação da urbanização polinuclear nas áreas onde já ocorre essa
estrutura, bem como a sua implantação em áreas atualmente pouco urbanizadas suscetíveis
de serem desenvolvidas de acordo com esse modelo de organização do território;
III – controle e direcionamento do adensamento e da expansão urbana, bem
como da estrutura viária;
IV – ordenamento e controle do uso do solo, assegurando a equilibrada
distribuição de usos e intensidades de ocupação, para evitar ociosidade ou sobrecarga em
relação à infraestrutura disponível para melhor alocar os investimentos públicos e privados;
V – coibição dos vazios e as descontinuidades nas áreas urbanas em terrenos
públicos e privados;
VI – fomento ao uso múltiplo no território do Município, desde que atendidos os
requisitos de instalação;
VII – criação e proteção de áreas de interesse ambiental e geológico;
VIII – garantia da proteção e valorização de áreas de interesse histórico, artístico,
cultural, arqueológico ou paisagístico;
X – melhoria da mobilidade urbana com a implantação das diretrizes para o
Sistema Viário Municipal, conforme Mapa 10 - Hierarquia e Diretrizes de Expansão do
Sistema Viário, desta Lei Complementar;
168

XI – melhoria das condições de circulação de pedestres, garantindo


acessibilidade universal e segurança nas travessias viárias, especialmente no entorno das
paradas de transporte coletivo;
XII – promoção da urbanização do solo urbano assegurando adequada
habitabilidade integrada a preservação, proteção e zoneamento ambiental, incorporando a
Agenda Ambiental no âmbito do ordenamento territorial como previsto no Estatuto da
Cidade;
XIII – reconhecimento de áreas de ocupação irregular e regularização fundiária,
para efeito do planejamento urbano;
XIV – estimulo à abordagens e tecnologias que promovam a permeabilidade do
solo e a infiltração das águas pluviais no aquífero subterrâneo.

Subseção I
Da Macroárea Urbana de Expansão

Art. 280. A Macroárea Urbana de Expansão - MUE é compreendida pela área


de expansão urbana, localizada entre a linha do perímetro urbano legal e área urbana
consolidada, porém não organizadas em lotes, sem a presença de infraestrutura urbana,
inexistência de equipamentos comunitários, com a presença de vegetação natural, uso
agrícola e ocupações periurbanas, caracterizada também, pela presença de vazios urbanos,
fragilidades ambientais e barreiras para a expansão de infraestrutura urbana.

Art. 281. A Macroárea Urbana de Expansão está delimitada no Mapa 02–


Macroáreas Urbanas e Rurais, desta Lei Complementar.
§ 1º O Mapa 04 – Zoneamento da Macroárea Urbana de Expansão e Macroárea
Urbana de Proteção Ambiental, tem por finalidade subsidiar e indicar o zoneamento da
MUE, para a aplicação das diretrizes desta Lei Complementar no que tange ao parcelamento
e uso do solo.
§2º O Mapa 04 – Zoneamento da Macroárea Urbana de Expansão e Macroárea
Urbana Proteção Ambiental, é vinculativo para as certidões e diretrizes municipais do
parcelamento, uso e ocupação do solo, só podendo ser alterado por meio de lei, desde que
comprovado o interesse público e coletivo, nos termos do art. 355 desta Lei Complementar.

Art. 282. São diretrizes específicas da Macroárea Urbana de Expansão:


I – orientar, de forma controlada e ordenada, a expansão urbana;
II – estimular a continuidade física do processo de urbanização, crescimento e
expansão urbana, evitando-se a produção de vazios urbanos, como princípio da cidade
compacta, sustentabilidade urbana e racionalização de sua capacidade de infraestrutura
instalada;
169

III – qualificar o desenho urbano e a mobilidade urbana, com a implantação das


diretrizes para o Sistema Viário Municipal, conforme Mapa 10 - Hierarquia e Diretrizes de
Expansão do Sistema Viário, desta Lei Complementar;
IV – atender o zoneamento incidente pré-estabelecido, conforme Mapa 04 –
Zoneamento da Macroárea Urbana de Expansão e Macroárea Urbana Ambiental, desta Lei
Complementar, respeitando aos critérios estabelecidos nas zonas e zonas especiais,
verificando ainda às fragilidades ambientais e geomorfológicas, bem como a capacidade e
existência de infraestrutura urbana, aos quais os novos empreendimentos imobiliários
deverão observar;
V – conter a expansão urbana e o adensamento construtivo e demográfico
próximo às áreas de proteção ambiental, criando áreas de amortecimento para áreas de
proteção.

Art. 283. Os empreendimentos localizados na Macroárea Urbana de Expansão,


resultantes de parcelamento do solo ou os condomínios edilícios, só poderão ser implantados
mediante o pagamento da Outorga Onerosa de Alteração de Uso, nas condições estabelecidas
e salvos os casos isentos previstos na Seção V, Capítulo I, Título V, desta Lei Complementar.

Subseção II
Da Macroárea Urbana Consolidada

Art. 284. A Macroárea Urbana Consolidada é compreendida pela área urbana


consolidada inserida no perímetro urbano, predominantemente organizada em quadras, com
infraestrutura urbana, concentração de equipamentos urbanos e comunitários, indústrias,
comércio e serviços, caracterizada também, pela presença de áreas vazias, cujo parcelamento
do solo, via desmembramento, é possível devido a presença de infraestrutura urbana.

Art. 285. A Macroárea Urbana Consolidada está delimitada no Mapa 02 –


Macroáreas Urbanas e Rurais, parte integrante desta Lei Complementar.

Art. 286. São diretrizes específicas da Macroárea Urbana Consolidada:


I – estimular a produção da cidade polivalente e de novas centralidades urbanas,
com o estímulo à coexistência de usos e atividades mistas de pequeno porte e baixos níveis
de impacto ambiental com o uso residencial, bem como a ampliação de serviços, evitando-
se segregação dos espaços, fluxos e deslocamentos desnecessários;
II – valorizar e ampliar as áreas públicas e promover a ocupação dos vazios
urbanos, otimizando infraestrutura instalada e requalificando as áreas degradadas sob os
aspectos socioeconômico, urbanístico ou ambiental;
III – promover e valorizar a cidade compacta e sustentável, com controle
adequado e apropriado de parâmetros urbanísticos e densidades urbanas, estimulando o
adensamento construtivo populacional nas regiões com maior infraestrutura disponível;
170

IV – promover e incentivar por meio de instrumentos urbanísticos a função


social da propriedade urbana e equidade sócio espacial;
V – adequar a permissão de usos a partir de critérios de incomodidade, por meio
da implantação da transição entre as zonas de menos para a mais impactante.

Art. 287. Fica vedada a implantação de empreendimentos na modalidade


Chácaras de Lazer na Macroárea Urbana Consolidada – MUC.

Subseção III
Da Macroárea Urbana de Proteção Ambiental

Art. 288. A Macroárea Urbana de Proteção Ambiental é constituída por áreas


públicas ou privadas destinadas à proteção e recuperação dos recursos hídricos e ambientais,
como cursos d´água, cabeceiras de drenagem, áreas úmidas e várzeas, matas ciliares, parques
urbanos, lineares e naturais, áreas verdes significativas, que contribuem para a manutenção
da biodiversidade e prestam serviços ecossistêmicos essenciais para a sustentação da vida.
Parágrafo único - A Macroárea Urbana de Proteção Ambiental é compreendida
pela Zona de Lazer e Proteção Ambiental – ZLP e delimitadas nos Mapa 03 – Zoneamento
da Macroárea Urbana Consolidada e Macroárea Urbana de Proteção Ambiental e Mapa 04
– Zoneamento da Macroárea Urbana de Expansão e Macroárea Urbana de Proteção
Ambiental, partes integrantes desta Lei Complementar.

Art. 289. São diretrizes específicas da Macroárea Urbana de Proteção


Ambiental:
I – incentivar a preservação do ambiente, a biodiversidade e os mananciais, a
vegetação nativa, as faixas de preservação permanente, as matas ciliares, as várzeas e as
planícies de inundação, por meio da implantação dos Parques Lineares;
II – promover a recuperação e a preservação dos recursos hídricos e dos
ecossistemas, delimitando os espaços apropriados que tenham características e
potencialidade para se tornarem áreas verdes, novos parques ou praças;
III – controlar as ações de movimentações de terra, de forma a evitar o
assoreamento de represas, córregos, barragens e lagoas;
IV – promover o desenvolvimento sustentável da cidade, por meio da
conservação e recuperação dos sistemas ambientais urbanos;
V – definir índices urbanísticos e usos específicos compatíveis com a
manutenção e recuperação dos serviços ecossistêmicos prestados pelos sistemas ambientais
urbanos, em especial a integração entre a proteção aos recursos naturais e o lazer da
população;
VI – restringir e controlar à ocupação de áreas ambientais sensíveis como faixas
non aedificandi de proteção às margens d’água e às nascentes, fundos de vale, mata ciliar e
áreas de proteção permanente;
171

VIII – promover atividades compatíveis com o desenvolvimento sustentável e


atividades ligadas à pesquisa e à educação ambiental.

Art. 290. Os planos, projetos e diretrizes, incidentes sobre a Macroárea Urbana


de Proteção Ambiental, deverão ser submetidos previamente a análise e parecer do Conselho
Municipal do Meio Ambiente e Saneamento – COMDEMA.

Subseção IV
Da Alteração das Macroáreas Urbanas

Art. 291. A alteração de áreas na Macroárea Urbana Consolidada e Macroárea


Urbana de Proteção Ambiental estão condicionada a finalização das obras dos
empreendimentos e emissão do respectivo Termo de Verificação de Conclusão de Obras de
Infraestrutura e Liberação Total da Caução – TVO, e deverá ser feita por meio de Decreto
Municipal.

Subseção V
Da Ampliação na Macrozona Urbana

Art. 292. A inclusão de novas áreas na Macroárea Urbana de Expansão será feita
por meio de projeto de lei de iniciativa exclusiva do Poder Executivo, que altera esta Lei
Complementar, contendo no mínimo:
I – demarcação do novo perímetro urbano;
II – delimitação dos trechos com restrições à urbanização e dos trechos sujeitos
a controle especial em função de ameaça de desastres naturais;
III – definição de diretrizes específicas e de áreas que serão utilizadas para
infraestrutura, sistema viário, equipamentos e instalações públicas, urbanas e sociais,
observando os pontos críticos para expansão urbana;
IV – definição das diretrizes do Sistema Viário Municipal no que tange a
hierarquia e expansão do sistema viário, descritas na Seção II, Capitulo V, Título III e Mapa
10 - Hierarquia e Diretrizes de Expansão do Sistema Viário, desta Lei Complementar;
V – definição do zoneamento, parcelamento e uso e ocupação do solo, de modo
a promover a diversidade de usos e contribuir para a geração de emprego e renda, observado
o disposto no Mapa 04 – Zoneamento da Macroárea Urbana de Expansão e Macroárea
Urbana de Proteção Ambiental, desta Lei Complementar;
VI – definição das áreas formadas pelas faixas marginais das nascentes, olhos
d’água, cabeceiras e a extensão de todos os Córregos e seus afluentes que passarão a integrar
a Zona de Lazer Proteção Ambiental – ZLP – Parque Linear;
172

VII – previsão de áreas para habitação de interesse social por meio da


demarcação de zonas especiais de interesse social e de outros instrumentos de política
urbana, quando o uso habitacional for permitido;
VIII – definição de diretrizes e instrumentos específicos para proteção ambiental
e do patrimônio histórico e cultural.
Parágrafo único. O projeto de lei de que trata o caput, deverá estar acompanhado
das alterações nos respectivos mapas e anexos a esta Lei Complementar.

Art. 293. Serão inclusas no perímetro urbano somente áreas contiguas a


Macrozona de Urbana.
§1º Consideram-se contígua a Macrozona Urbana, aquelas que confrontam
diretamente com o perímetro urbano legal, nos termos do art. 269.
§2° Excetuam-se da restrição disposta no caput as chácaras de lazer, distritos
industriais, os usos e atividades, que por sua natureza localizam-se distantes do perímetro
urbano legal, tais como: usina fotovoltaicas, frigoríficos, terminais modais, entre outros.

Art. 294. Os proprietários de glebas que se enquadrem nos critérios do art. 293
poderão solicitar ao Poder Público Municipal a inclusão de área no perímetro urbano,
mediante justificativa, estando sujeitos à aplicação do instrumento previsto na Seção V,
Capítulo I, Título V.
§1° O interessado deverá apresentar o Estudo de Viabilidade de Inclusão de Área
no Perímetro Urbano, que será regulamentado por Decreto Municipal, deverá ser elaborado
por profissional ou equipe de profissionais com atribuição na área de planejamento físico
territorial, que deverá:
I – detalhar como o tipo de empreendimento pretende conectar as novas
infraestruturas (água, esgoto, drenagem, iluminação pública e sistema viário, incluindo o
acesso de pedestres) com aquelas já implantadas no município, observando os pontos críticos
da expansão urbana;
II – demonstrar, para os empreendimentos de parcelamento do solo e
residenciais, a viabilidade econômico-financeira da sua implantação, por meio de Relatório
de Viabilidade Econômica e Financeira, com a previsão de comercialização dos lotes e do
horizonte de ocupação efetiva, esta última, fundamentada em informações sobre as
dinâmicas imobiliária e demográfica do município, capaz de identificar a demanda real a ser
suprida pelo empreendimento;
III – demonstrar os custos de manutenção das infraestruturas previstas no
horizonte de ocupação efetiva do empreendimento;
IV – apresentar seção específica voltada à viabilidade ambiental do tipo do
empreendimento pretendido, demonstrando as fragilidades ambientais da área, observado os
pontos críticos da expansão urbana, em especial no que tange a presença de recursos hídricos,
fauna e flora, assim como os possíveis impactos causados pelo empreendimento e suas
respectivas medidas mitigadoras.
173

§ 2º Os proprietários de glebas que solicitarem a inclusão de seus imóveis no


perímetro urbano, serão considerados proprietários interessados, nos termos do § 1º do art.
569.

Art. 295. O Projeto de Lei Complementar de inclusão de áreas no perímetro


urbano deverá ser submetido previamente a análise e parecer do CONCIDADE, bem como
as audiências públicas dos Poderes Executivo e Legislativo, nos termos do § 4ª, do art. 40
da Lei Federal 10.257/2001, o Estatuto da Cidade, e conforme disposto o art. 79.

Art. 296. A partir da vigência da Lei Complementar Municipal que incluiu a


área no perímetro urbano, o Poder Executivo Municipal efetuará o seu cadastramento, nos
termos do art. 40.

Seção VI
Da Certidão de Perímetro

Art. 297. A Certidão de Perímetro informará se o imóvel está localizado no


perímetro urbano do Município, no qual será expedida pelo setor responsável, no prazo de
até 15 (quinze) dias, contados a partir da data do protocolo da solicitação.
§ 1º Será disponibilizado pelo Poder Executivo Municipal ao interessado,
juntamente de uma via da Certidão de Perímetro, uma cópia autenticada da lei municipal de
inclusão no perímetro urbano.
§ 2º Não será expedida a Certidão de Perímetro de gleba que, mesmo inclusa do
perímetro urbano, não esteja cadastrada do Sistema de Cadastro Físico Territorial, sem que
se proceda o seu cadastramento previamente.
§ 3º As certidões de perímetro terão prazo de validade de 60 (sessenta) dias.

CAPÍTULO III
DO USO DO SOLO

Seção I
Das Categorias de Uso

Art. 298. Os usos do solo no município são classificados em categorias de


acordo com o tipo de atividade e sub classificados em níveis de 1 (um) a 6 (seis) de acordo
com o nível de impacto e a área útil da atividade.
§ 1º O Poder Executivo Municipal deverá emitir decreto, no prazo máximo de
60 (sessenta) dias após a publicação desta Lei Complementar, contendo a descrição
detalhada e classificação dos usos nos termos desta lei.
174

§ 2º Observando o princípio da transparência, as alterações realizadas no Decreto


Municipal que classifica o Uso do Solo no município, deverão preceder de aprovação do
CONCIDADE.

Art. 299. Para efeito de aplicação desta Lei Complementar, no que se refere ao
tipo de atividade, os usos serão classificados segundo as categorias:
I – Rural – R: atividades rurais;
II – Residencial – R: moradia de um indivíduo ou grupo de indivíduos;
III – Comercial e de Serviços – CS: atividades comerciais e de serviços;
IV – Industrial – I: atividades industriais;
V – Serviço Institucional – SI: serviços institucionais públicos ou de concessão
pública;
VI – Especiais – E: atividades que promovem o desenvolvimento
socioeconômico e a proteção ao patrimônio histórico e ambiental.
§ 1º É admitida a instalação, no mesmo imóvel ou edificação, de mais de uma
categoria de uso, bem como a combinação de usos residenciais e não residenciais, desde que
estejam em conformidade com a zona em que se localizam.
§2º Os estabelecimentos de prestação de serviços exclusivamente públicos de
educação, saúde, segurança, lazer, esportes, transportes, saneamento básico e os usos
classificados como Serviços Institucionais, poderão se localizar em qualquer Zona do
Perímetro Urbano e Rural, desde que atendam aos parâmetros e condições de utilização do
terreno da zona em que se localizam.

Art. 300. Para os efeitos de aplicação desta Lei Complementar, no que se refere
ao nível de impacto e adequação à zona, os usos serão classificados nas seguintes categorias:
I – atividades e empreendimentos conforme nível de impacto:
a) Nível 1: não incômodo;
b) Nível 2: incômodo de interferência ambiental de nível 2;
c) Nível 3: incômodo de interferência ambiental de nível 3;
d) Nível 4: incômodo de interferência ambiental de nível 4, que são
incompatíveis com o uso residencial;
e) Nível 5: incômodo de interferência ambiental de nível 5 – industriais - que são
incompatíveis com o uso residencial;
f) Nível 6: incômodo de interferência ambiental de nível 6 – industriais – que
são incompatíveis com o uso residencial;
II – atividades e empreendimentos adequados à Zona:
a) permitidos: são os usos do solo que predominam e caracterizam a zona em
que se localizam;
b) admitidos: são os usos do solo que são compatíveis, mesmo não sendo
caraterística predominante da zona;
c) proibidos ou vedados: são os usos do solo nocivos, perigosos ou incômodos,
considerados incompatíveis com a zona em que se localizam;
175

d) desconformes: são os usos do solo que apesar de proibidos na zona em que se


localizam, ficam autorizados a permaneceram em razão de sua ocupação anteceder a
vigência desta lei, conferindo-lhe direito adquirido à sua permanência e continuidade nas
condições originárias, nos termos da desta Seção.
Parágrafo único. Não isenta de aprovação do Estudo de Impacto de Vizinhança
e Viabilidade Ambiental, atividades ou uso por estarem localizados ou com pretensão de
instalação, na zona em que são permitidos.

Art. 301. O imóvel com testada para mais de uma via, com classificações de
zoneamento distintas, terá o benefício dos usos permitidos para a via menos restritiva, nas
seguintes condições:
I – o imóvel deverá possuir frente mínima definida para a Zona;
II – a via deverá ser oficial, estar implantada e em uso público;
III – o acesso ao empreendimento, entrada e saída de veículos, deverá ser
realizado pela via que permite a atividade de uso pretendida.

Art. 302. Para a análise de usos, o órgão responsável poderá solicitar os


seguintes documentos:
I – projeto aprovado da construção;
II – cópia de alvarás anteriores;
III – memorial descritivo e justificativo da atividade;
IV – Estudo de Impacto de Vizinhança e Viabilidade Ambiental, conforme Lei
Municipal específica;
V – outros documentos não especificados anteriormente.

Seção II
Dos Usos Rurais

Art. 303. A categoria de Uso Rural – R divide-se nas seguintes categorias:


I – Rural de Produção Agrícola – RA:
a) agricultura, compreendendo as atividades de cultivo do solo com a produção
de alimentos e de outros produtos vegetais;
b) pecuária, compreendendo as atividades de criação e tratamento de animais;
c) silvicultura, compreendendo as atividades ligadas ao cultivo de árvores e
florestas;
II – Rural de Produção Agroindustrial – RAI:
a) comércio e serviço rural, compreendendo as atividades de comércio e serviço
que atendam as demandas do município;
b) transformação dos produtos e processamento de matérias-primas provenientes
da agropecuária;
III – Rural de Lazer e Turismo – RLT:
176

a) hotel fazenda, compreendendo atividades de hospedagem tipo hotel fazenda


ou pousada e que não descaracterizem o ambiente rural;
b) atividades de recreação e turismo rural, compreendendo atividades de esporte
e lazer, de agroturismo e ecoturismo vinculados aos usos rurais.

Seção III
Do Uso Residencial

Art. 304. A categoria de Uso Residencial – R - divide-se nas seguintes


subcategorias:
I – Residencial Unifamiliar – RUF: é o uso habitacional constituído por uma
família ou módulo familiar numa única habitação por lote ou gleba com acesso independente
para a via pública oficial;
II – Residencial Multifamiliar – RMF 1: é o uso habitacional constituído por
duas unidades habitacionais implantadas no mesmo lote, justapostas, sobrepostas ou
isoladas, com frente e acesso independente para a via pública oficial;
III – Residencial Multifamiliar – RMF2: é o uso habitacional constituído por
habitação multifamiliar vertical composta por um edifício com até 4 (quatro) pavimentos
com altura de pé-direito máximo de 3,20 metros, desconsiderados os subsolos, ou até 12
(doze) unidades habitacionais;
IV – Residencial Multifamiliar – RMF3: é o uso habitacional constituído por
habitação multifamiliar vertical composta por um edifício com mais de 4 (quatro)
pavimentos com altura de pé-direito máximo de 3,20 metros, desconsiderados os subsolos,
ou mais de 12 (doze) unidades habitacionais;
V – Residencial Multifamiliar – RMF 4: é o uso habitacional constituído por um
conjunto de unidades habitacionais horizontais isoladas ou geminadas, com acesso
independente para cada unidade habitacional por via particular de circulação de veículos ou
de pedestres, interna ao conjunto, ficando vedado o acesso direto de uma unidade autônoma
pela via oficial;
VI – Residencial Multifamiliar – RMF 5: é o uso habitacional constituído por
habitação multifamiliar vertical composta por um conjunto de edifícios.
177

Seção IV
Do Uso Comercial e de Serviços

Art. 305. A categoria de Uso Comercial e de Serviços – CS divide-se nas


seguintes subcategorias:
I – Comercial e de Serviços de Interferência Ambiental Nível 1 - CS 1: são os
usos de comércio e serviços de interferência ambiental de nível 1, cujas atividades podem
ser exercidas em coexistência com a residência;
II – Comercial e de Serviços de Interferência Ambiental Nível 2 – CS 2: são os
usos de comércio e serviços de interferência ambiental de nível 2, compatíveis com o uso
residencial;
III – Comercial e de Serviços de Interferência Ambiental Nível 3 – CS 3: são os
usos de comércio e serviços de interferência ambiental de nível 3, compatíveis com o uso
comercial;
IV – Comercial e de Serviços de Interferência Ambiental Nível 4 – CS 4: são os
usos de comércio e serviços de interferência ambiental de nível 4, incompatíveis com o uso
residencial.
Parágrafo único. Os usos de comércio e serviços e suas subcategorias estão
especificados em Decreto Municipal, conforme disposto no §1º do art. 298.

Seção V
Do Uso Industrial

Art. 306. A categoria de Uso Industrial - I - divide-se nas seguintes


subcategorias:
I – Industrial de Interferência Ambiental Nível 1 - I 1: são os usos industriais de
interferência ambiental de nível 1, cujas atividades podem ser exercidas em coexistência
com a residência;
II – Industrial de Interferência Ambiental Nível 2 -I 2 :são os usos industriais de
interferência ambiental de nível 2, compatíveis com o uso residencial;
III – Industrial de Interferência Ambiental Nível 3 – I 3: são os usos industriais
de interferência ambiental de nível 3; compatíveis com o uso comercial e industrial;
IV – Industrial de Interferência Ambiental Nível 4 –I 4: são os usos industriais
de interferência ambiental de nível 4, incompatíveis com o uso residencial;
V – Industrial de Interferência Ambiental Nível 5 – I 5: são os usos industriais
de interferência ambiental de nível 5, incompatíveis com o uso residencial e que devem estar
localizados nos distritos e Parques Empresariais;
VI – Industrial de Interferência Ambiental Nível 6 –I 6: são os usos industriais
de interferência ambiental de nível 6, incompatíveis com o uso residencial e que devem estar
localizados na zona rural;
178

Parágrafo único. Os usos industriais e suas subcategorias estão especificados em


Decreto Municipal, conforme disposto no §1º do art. 298.

Seção VI
Dos Uso de Serviço Institucional

Art. 307. A categoria de Uso de Serviços Institucionais – SI - divide-se nas


seguintes subcategorias:
I – Serviço Institucional de Interferência Ambiental Nível 1 - SI 1: são os usos
de serviços institucionais de interferência ambiental de Nível 1, compatível com o uso
residencial;
II – Serviço Institucional de Interferência Ambiental Nível 2 -SI 2: são os usos
de serviços institucionais de interferência ambiental de Nível 2, compatível com o uso
residencial;
III – Serviço Institucional de Interferência Ambiental Nível 3 -SI 3: são os usos
de serviços institucionais de interferência ambiental de Nível 3; compatível com o uso
comercial;
IV – Serviço Institucional de Interferência Ambiental Nível 4 -SI 4: são os usos
de serviços institucionais de interferência ambiental de Nível 4, incompatível com o uso
residencial;
Parágrafo único. Os usos de serviços institucionais e suas subcategorias estão
especificados em Decreto Municipal, conforme disposto no §1º do art. 298.

Seção VII
Do Uso Especial

Art. 308. A categoria de Uso Especial- E - divide-se nas seguintes


subcategorias:
I – Especial de Interesse Social – EIS: são os usos que promovem o
desenvolvimento social, permitem a elevação da renda, alteram as condições de dependência
dos programas de ajuda humanitária, elevam os padrões de saúde, garantem melhor
desempenho nos programas de segurança alimentar, promovem os assentamentos e o acesso
à terra, aos lotes urbanizados, a regularidade fundiária e a casa própria para as populações
de baixa renda em situação de irregularidade fundiária e habitacional;
II – Especial de Regularização Fundiária de Interesse Específico – ERFIE: são
os usos que promovem a regularidade fundiária a legalização e permanência de possuidores
em desconformidade com a lei, de forma a promover o direito social a moradia regular a
população não caracterizada como baixa renda, incluindo parcelamentos ou condomínios
industriais ou de serviços;
179

III – Especial de Interesse Turístico – EIT: são os usos urbanos ou rurais que
promovem o turismo e que pela sua importância na estruturação das atividades turísticas,
devem ser especialmente protegidos e conservados;
IV – Especial de Proteção Ambiental - EPRA: são os usos que promovem a
proteção, a preservação e a recuperação dos recursos naturais, das formações originais da
mata nativa, dos mananciais, da paisagem, do habitat das espécies animais e das melhores
condições ambientais necessárias à vida humana;
V – Especial de Proteção ao Patrimônio – EPP: são os usos que qualificam os
espaços que diferenciam e caracterizam a cidade, pois testemunham períodos históricos,
promovem o turismo e subsidiam o conhecimento, e que pela sua importância simbólica e
paisagística, torna-se necessário também a proteção de sua área circundante, evitando-se os
usos inadequados e a competição paisagística;
VI – Especial de Refuncionalização Urbana – ERU: são os usos que alteram e
diversificam a produção do espaço em que se inserem ou intensificam o uso da capacidade
instalada da infraestrutura e que, pela sua característica produtiva, devem harmonizar-se com
os usos existentes no seu entorno.

Seção VIII
Da conformidade e Desconformidade

Art. 309. Os usos e edificações desconformes serão admitidos desde que sua
existência, na forma em que se encontram, seja:
I – anterior à data de vigência desta Lei Complementar;
II – atestada pelo órgão municipal competente, mediante processo
comprobatório instaurado pelo mesmo setor.
§1º São consideradas edificações desconformes, aquelas que não atendem aos
requisitos de ocupação do Código de Obras Municipal e desta Lei Complementar.
§ 2º Nos imóveis desconformes quanto ao uso e ocupação, não serão admitidas
ampliações acima de 30% da área edificável do imóvel, exceto aquelas que sejam essenciais
à segurança e salubridade das edificações ou que respeitem gradativamente as exigências de
conformidade.
§ 3º Nos imóveis desconformes será admitido precariamente o uso conforme,
desde que cumpra o estabelecido nesta Lei Complementar.

Art. 310. Os usos do solo desconformes poderão ser ampliados ou alterados


desde que:
I – sejam essenciais à segurança e salubridade das edificações e que respeitem
gradativamente as exigências de conformidade;
II – a ampliação da atividade seja restrita ao terreno existente anteriormente à
vigência desta Lei e não implique na anexação de outros imóveis, devendo a ampliação
respeitar os parâmetros de ocupação do solo vigentes;
180

III – a atividade mitigue todos os impactos gerados, inclusive eventual


necessidade de ampliação de vagas de estacionamento de veículos;
IV – as novas atividades respeitem os critérios contidos nessa Lei
Complementar;
V – as subdivisões internas atendam às demais restrições da presente Lei e do
Código de Obras do Município.
§ 1º As alterações de uso habitacional, comercial, serviço ou industrial deverão
ser precedidas de projeto, respeitadas as restrições relativas ao novo uso, em especial quanto
às vagas de estacionamento de veículos e as regras de acessibilidade definidas pelas normas
vigentes e ao Código Sanitário do Estado de São Paulo.
§ 2º As características da edificação deverão ser comprovadas por relatório
fotográfico no ato do protocolo da solicitação de autorização de reforma, ampliação ou
alteração de uso.
§ 3º As ampliações deverão respeitar os parâmetros de ocupação do solo
definidas nos Capítulos IV, V e VI deste Título e no Decreto Municipal, conforme disposto
no §1º do art. 298.
§ 4º As reformas que impliquem em demolição superior a 50% (cinquenta por
cento) da área total da edificação só serão autorizadas se o projeto da edificação como um
todo respeitar os parâmetros de ocupação do solo definidos nos Capítulos IV, V e VI deste
Título e no Decreto Municipal, conforme disposto no §1º art. 298.

Art. 311. As atividades ou casos omissos que não estiverem previstas nesta Lei
e descritas no Decreto Municipal, conforme disposto no §1º art. 298, poderão passar por
análise do COMURB.

Seção IX
Da Certidão de Uso e Ocupação Do Solo

Art. 312. A Certidão de Uso e Ocupação do Solo, deverá ser expedida pelo setor
responsável, no prazo de 15 (quinze) dias contados a partir do protocolo.
Parágrafo Único. A Certidão de Uso do Solo é meramente informativa quanto à
permissão do uso ou atividade à zona conforme a legislação vigente na data de sua
expedição, de modo que a mesma não se constitui em autorização ou alvará prévio, tampouco
em isenção quanto a obrigação de aprovação do Estudo de Impacto de Vizinhança e
Viabilidade Ambiental.

Art. 313. As Certidões de Uso e Ocupação do Solo deverão informar, no


mínimo, identificação das classificações do imóvel perante as legislações urbanísticas e
ambientais municipais e estaduais, zoneamento e zoneamento especial incidente sobre o
imóvel, a permissibilidade do uso solicitado, bem como eventuais pendências, condições e
restrições, se houver.
181

Art. 314. As Certidões de Uso e Ocupação do Solo terão prazo de validade de


180 (cento e oitenta) dias (verificar o último capítulo), contados a partir da data de expedição.
Parágrafo Único. Vencido o prazo, a certidão fica cancelada automaticamente, o
interessado deverá protocolar um novo pedido, atendendo a legislação vigente na data do
pedido.

CAPÍTULO IV
DO ZONEAMENTO RURAL

Seção I
Da Zona Rural de Produção Agropecuária

Art. 315. A Zona Rural de Produção Agropecuária - ZRPA são as porções da


zona rural onde predominam a atividade agrícola, pecuária, agroindustrial e extrativista,
sendo permitidos os usos RUF, RA, RAI e RLT, onde serão admitidos os usos Comercial e
Serviços CS1, CS2, CS3 e CS4 e Industrial, I1, I2, I3, I4, I5 e I6 e os especiais EPP, EIT,
EPRA, ERFIE e EIS, caracterizam -se, também:
I – áreas de usos não agrícolas para lazer, recreação ou turismo;
II – áreas de vegetação natural significativas e de preservação ambiental formada
por reservas florestais e reservas biológicas;
III – condições de permeabilidade próximas aos índices naturais;
IV – lotes ou unidades autônomas com área igual ou maior a 20.000m² (vinte
mil metros quadrados).

Art. 316. Os empreendimentos comerciais, de serviços e industriais a serem


instalados na ZRPA, acima de 1.000,00 m² (mil metros quadrados), deverão apresentar
Estudo de Impacto de Vizinhança e Viabilidade Ambiental, comprovando a mitigação dos
impactos no entorno, estabelecidos os critérios conforme determina Legislação Municipal
específica.
Parágrafo único: Fica condicionada a concessão do Alvará de Funcionamento a
apresentação e aprovação do Estudo de Impacto de Vizinhança e Viabilidade Ambiental e
licença da emitida pela CETESB.

Seção II
Zona Rural de Conservação Ambiental – ZRCA

Art. 317. A Zona Rural de Conservação Ambiental - ZRCA são porções da


Macroárea Rural de Conservação Ambiental - MRCA, destinadas à preservação e proteção
do patrimônio ambiental, que têm como principais atributos remanescentes de Mata
182

Atlântica, Cerrado e outras formações de vegetação nativa, arborização de relevância


ambiental, vegetação significativa, alto índice de permeabilidade e existência de nascentes,
entre outros que prestam relevantes serviços ambientais, entre os quais a conservação da
biodiversidade, controle de processos erosivos e de inundação, produção de água e regulação
microclimática, onde são admitidos os usos turístico, de educação ambiental e pesquisa.
§1° A Zona Rural de Conservação Ambiental é subdividida, de acordo com o
Mapa 02 – Macroáreas Urbanas e Rurais, parte integrante deste Lei Complementar, em:
I – Zona Rural de Conservação Ambiental – Rio São José dos Dourados,
compreendendo áreas privadas do Pedro Quincas e Sítio Andreneli;
II – Zona Rural de Conservação Ambiental - Polo Regional do Desenvolvimento
Tecnológico do Agronegócio do Noroeste Paulista da Agência Paulista de Tecnologia dos
Agronegócios - APTA.

Art. 318. Lei específica poderá demarcar novas ZRCA, conforme mapeamento
identificado no Plano Municipal da Mata Atlântica – PMMA, nos termos do inciso XXXIII
do art 183.

Subseção I
Zona Rural de Conservação Ambiental – Rio São José dos Dourados

Art. 319. A Zona Rural de Conservação Ambiental – Rio São José dos Dourados
é composta por áreas privadas situadas à margem direita do Rio São José Dourados,
delimitadas pela área entre a Rodovia Estadual Péricles Belini (SP-461) e a Estrada
Municipal - VTG 060 e o eixo do Rio São José do Dourados até o limite de 100 (cem) metros
posterior a margem direita de sua APP, incluindo a APP do Sítio Andreneli.

Art. 320. São diretrizes específicas Zona Rural de Conservação Ambiental – Rio
São José dos Dourados:
I – dar manutenção ao ecossistema local e de sua qualidade paisagística;
II – incentivar e apoiar à utilização de técnicas de conservação do solo e redução
de insumos agrícolas;
III – manter as estradas em boas condições de trafegabilidade, a fim de facilitar
o acesso da população e de conter os processos de erosão e assoreamento;
IV – estimular o plantio de culturas permanentes e de formação de massas de
vegetação no perímetro da Zona;
V – articular com os proprietários a criação de Reserva Particular do Patrimônio
Natural – RPPN;
VI – realizar parceria institucional com Instituições de Ensino Superior para
identificação das áreas com biodiversidade relevante à manutenção dos biomas de Mata
Atlântica e Cerrado, visando a criação de Unidades de Conservação e corredores ecológicos
que comporão novas zonas rurais de conservação ambiental;
183

V – identificar os usos sustentáveis compatíveis como ecoturismo, educação


ambiental, pesquisa, sistemas agroflorestais entre outros.

Subseção II
Zona Rural de Conservação Ambiental – Polo Regional do Desenvolvimento
Tecnológico do Agronegócio do Noroeste Paulista da Agência Paulista de Tecnologia
dos Agronegócios - APTA

Art. 321. A Zona Rural de Conservação Ambiental do Instituto Agronômico –


IAC, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios - APTA, tem por diretrizes:
I – realizar pesquisa de manejo sustentável dos recursos naturais;
II – propor inovação técnica e pesquisa de subsídios para o setor agrícola;
III – implantar projetos de recuperação e proteção ambiental.

CAPÍTULO V
DO ZONEAMENTO URBANO

Art. 322. São diretrizes específicas para o Zoneamento Urbano


I – designação das unidades de conservação e outras áreas de proteção ambiental
protegidas por Lei, discriminando as de preservação permanentes, nas áreas das bacias de
contribuição das captações utilizadas ou reservadas para fins de abastecimento de água
potável e estabelecendo suas condições de utilização;
II – avaliação e pareceres prévios do COMURB e deliberação do CONCIDADE,
para aprovação de quaisquer projetos de mudança de uso do solo e alteração de coeficientes
de aproveitamento;
III – elaboração de Estudo de Impacto de Vizinhança e Viabilidade Ambiental,
e suas ações complementares, para regularização ou licenciamento das atividades ou
empreendimentos, instalados no território do Município de Votuporanga, conforme lei
específica.

Art. 323. O Zoneamento Urbano é composto pelas seguintes categorias de


zonas:
I – Zonas Residenciais;
II – Zonas de Comércio e Serviços;
III – Zona Industrial;
IV – Zona Institucional;
V – Zona das Chácaras de Lazer;
VI – Zona Ambiental.

Art. 324. Os parâmetros urbanísticos adotados no zoneamento são:


I – lote mínimo;
184

II – Taxa de Ocupação - TO;


III – Coeficiente de Aproveitamento Mínimo - CAmin;
IV – Coeficiente de Aproveitamento Básico - CAbas;
V – Coeficiente de Aproveitamento Máximo - CAmax;
VI – Taxa de Permeabilidade - TP;
VII – recuo frontal;
VIII – recuo lateral;
IX – recuo fundo;
X – testada mínima.

Seção I
Das Zonas Residenciais

Art. 325. As Zonas Residenciais classificam-se segundo as seguintes


subdivisões territoriais:
I – Zona Estritamente Residencial - ZER;
II – Zona Predominantemente Residencial - ZPR;
III – Zona Residencial Mista - ZRM.

Subseção I
Zona Estritamente Residencial – ZER

Art. 326. A Zona Estritamente Residencial - ZER é composta por porções


urbanas do território municipal, onde devem existir somente habitações exclusivamente de
uso residencial, onde serão permitidos os usos RUF e RMF 4 e especiais EIS, ERFIE e
EPRA, e serviços profissionais autônomos sem local fixo, somente para endereço fiscal, e
onde deverão ser obedecidos os seguintes índices de ocupação:
I – lote mínimo – 160,00 m²;
II – Taxa de Ocupação = 70%;
III – Coeficiente de Aproveitamento Mínimo = 0,2;
IV – Coeficiente de Aproveitamento Básico = 1;
V – Coeficiente de Aproveitamento Máximo = 2;
VI – Taxa de Permeabilidade = 12%;
VII – recuo frontal mínimo = 1,50 m;
VIII – testada mínima = 8,00 m.
185

Subseção II
Zona Predominantemente Residencial – ZPR

Art. 327. Zona Predominantemente Residencial - ZPR são as porções urbanas


do território municipal, destinadas predominantemente ao uso residencial onde são
permitidos os usos RUF, RMF 1 e RMF 4 e admitidos os usos CS 1, I 1 e SI 1, e especiais
EIS, ERFIE, EPP e EPRA, sendo vedado o consumo no local e a descaracterização da
fachada do imóvel conforme descrita no art. 328, onde deverão ser obedecidos os seguintes
índices de ocupação:
I – lote mínimo – 160,00 m²;
II – Taxa de Ocupação = 70%;
III – Coeficiente de Aproveitamento Mínimo = 0,2;
IV – Coeficiente de Aproveitamento Básico = 1;
V – Coeficiente de Aproveitamento Máximo = 2;
VI – Taxa de Permeabilidade = 12%;
VII – recuo frontal mínimo = 1,50 m;
VIII – testada mínima = 8,00 m.

Art. 328. Será permitido somente um único anúncio indicativo da atividade por
imóvel público ou privado, que deverá conter todas as informações necessárias ao público e
atender as seguintes condições:
I – as dimensões serão limitadas a 15 cm (quinze centímetros), por metro linear
de testada;
II – não serão permitidas a colocação de "banners", faixas ou qualquer outro
elemento, dentro ou fora do imóvel, visando chamar a atenção da população para ofertas,
produtos ou informações que não aquelas estabelecidas nesta lei;
III – se o imóvel for de esquina ou tiver mais de uma testada para logradouro
público oficial, será permitido um anúncio por testada, atendidas as exigências estabelecidas
neste artigo.

Subseção III
Zona Residencial Mista – ZRM

Art. 329. Zona Residencial Mista - ZRM são as porções urbanas do território
municipal, destinadas ao uso residencial e comércio e serviços compatíveis com a zona
residencial onde são permitidos os usos RUF, RMF 1, RMF 2, RMF 3, RMF 4, RMF 5, e
admitidos os usos CS 1, CS 2, SI 2, I 1 e I 2, e especiais, EIS, EPP, ERFIE, EIT e EPRA,
onde deverão ser obedecidos os seguintes índices de ocupação:
I – lote mínimo – 160,00 m²;
II – Taxa de Ocupação = 70%;
III – Coeficiente de Aproveitamento Mínimo = 0,2;
186

IV – Coeficiente de Aproveitamento Básico = 1;


V – Coeficiente de Aproveitamento Máximo = 4;
VI – Taxa de Permeabilidade = 12%;
VII – recuo frontal mínimo = 1,50 m;
VIII – testada mínima = 8,00 m.

Seção II
Das Zonas de Comércio e Serviços

Art. 330. As Zonas de Comércio e Serviços classificam-se segundo as seguintes


subdivisões territoriais:
I – Zona de Comércio e Serviços Central - ZCC;
II – Zona de Comércio e Serviços Gerais - ZCG;
III – Zona de Comércio e Serviços Pesados - ZCP.

Subseção I
Zona de Comércio e Serviços Central - ZCC

Art. 331. Zona de Comércio e Serviços Central - ZCC são as porções urbanas
do território municipal, destinadas ao uso predominantemente comercial e de serviços e ao
desenvolvimento de centralidades urbanas, com atividades que qualifiquem a paisagem
urbana e não causem desvalorização do entorno, e permitidos os usos CS 1, CS 2, CS 3, e
admitidos os usos RUF, RMF 1, RMF 2, RMF 3, RMF 4, RMF 5, SI 1, SI 2 e SI 3, I 1 I 2 e
I 3 e especiais EPP, EIT, EIS, ERFIE e EPRA. Tem por objetivo:
I – o incentivo ao adensamento e verticalização, promovendo usos com maiores
densidades demográficas e construtivas;
II – o incentivo ao desenvolvimento de comércio e serviços típicos das
centralidades urbanas, tais como: agências financeiras, restaurantes, agência de correios,
escritórios;
III – a promoção da qualificação paisagística dos espaços públicos;
IV – a diminuição do tempo e a distância dos deslocamentos na cidade,
promovendo uma cidade compacta;
V – a ampliação dos critérios exigidos da Lei Municipal que dispõe sobre
Fachada Limpa.
§ 1° Ficam vedadas atividades que, por sua natureza, não atendem aos objetivos
expressos neste artigo, tais como: oficinas mecânicas, galpões, barracões, borracharias, lava-
rápidos, insumos agrícolas, serralherias, tornearias, marcenarias, conforme disposto no
Decreto Municipal, previsto no §1º do art. 298.
§ 2° Na ZCC deverão ser obedecidos os seguintes parâmetros e índices de
ocupação:
187

I – lote mínimo – 240,00 m²;


II – Taxa de Ocupação = 80%;
III – Coeficiente de Aproveitamento Mínimo = 0,2;
IV – Coeficiente de Aproveitamento Básico = 1;
V – Coeficiente de Aproveitamento Máximo = 4;
VI – Taxa de Permeabilidade = 12%;
VII – testada mínima = 10,00 m.

Subseção II
Zona de Comércio e Serviços Gerais – ZCG

Art. 332. Zona de Comércio e Serviços Gerais - ZCG, são as porções urbanas
do território municipal, destinadas ao uso predominantemente comercial e de serviços, onde
são permitidos os usos CS 1, CS 2, CS 3, e admitidos os usos RUF, RMF 1, RMF 2, RMF
3, RMF 4, RMF 5, I 1, I 2, I 3, SI 1, SI 2 e SI 3 e especiais EPP, EIT, ERFIE, EIS e EPRA,
e onde deverão ser obedecidos os seguintes índices de ocupação:
I – lote mínimo – 240,00 m²;
II – Taxa de Ocupação = 80%;
III – Coeficiente de Aproveitamento Mínimo = 0,2;
IV – Coeficiente de Aproveitamento Básico = 1;
V – Coeficiente de Aproveitamento Máximo = 4;
VI – Taxa de Permeabilidade = 12%;
VII – testada mínima = 10,00 m.

Subseção III
Zona de Comércio e Serviços Pesados – ZCP

Art. 333. Zona de Comércio e Serviços Pesados - ZCP, são as porções urbanas
do território municipal, destinadas ao uso predominantemente comercial e de serviços
pesados e industrial, sendo vedado o uso residencial, e permitidos os usos CS 3, CS 4 e I2,
I3, I4, SI 2, SI 3 e SI 4 e especiais ERU, EPP, EIT e EPRA, e onde deverão ser obedecidos
os seguintes índices de ocupação:
I – lote mínimo – 500,00 m²;
II – Taxa de Ocupação = 70%;
III – Coeficiente de Aproveitamento Mínimo = 0,2;
IV – Coeficiente de Aproveitamento Básico = 1;
V – Coeficiente de Aproveitamento Máximo = 2;
VI – Taxa de Permeabilidade = 12%;
VII – recuo frontal= 5,00 m;
VIII – recuo lateral = 3,00 m (de um dos lados);
IX – recuo fundo = 3,00 m;
188

X – testada mínima = 15,00 m.

Art. 334. Os empreendimentos comerciais ou industriais localizados na ZCP,


deverão implantar medidas mitigadoras por meio de soluções arquitetônicas e urbanísticas,
para atividades conflitantes localizadas na mesma zona, tais como:
I – implantação de cinturões verdes;
II – barreiras paisagísticas;
III – elementos e barreiras de vedação;
IV – recuos;
V – paredes empena cega;
VI – outros não especificados anteriormente.

Art. 335. Os empreendimentos de parcelamento do solo, os condomínios ou as


atividades, que confrontem ou prevejam a implantação de uma zona ou uso de ZCP, deverão
garantir a diversidade de usos e a mitigação dos impactos gerados pelas atividades, por meio
da destinação em seus projetos urbanísticos e arquitetônicos, de uma faixa de transição de
no mínimo 50,00 m (cinquenta metros) entre a ZCP e as zonas residenciais, composta por:
I – instalação de ZCG;
II – implantação de vias arteriais e coletoras entre a ZCP e a ZCG;
III – implantação de cinturões verdes e barreiras físicas;
IV – implantação de áreas verdes e sistemas de lazer com arborização.
Parágrafo único. As atividades localizadas nas ZCP já consolidadas,
confrontantes com zonas que permitem o uso residencial, em que não seja possível implantar
o gradiente de transição, deverão implantar medidas mitigadoras por meio de soluções
arquitetônicas e urbanísticas, tais como:
I – implantação de cinturões verdes;
II – barreiras paisagísticas;
III – elementos e barreiras de vedação;
IV – recuos;
V – paredes empena cega;
VI – outros não especificados anteriormente.

Seção III
Da Zona Industrial

Subseção I
Zona de Indústrias Mistas - ZIM

Art. 336. Zona de Indústrias Mistas - ZIM são as porções urbanas do território
municipal destinadas as unidades de produção e uso industrial, que por seu tipo de atividade,
189

processo produtivo ou porte são incômodos a vizinhança, sendo vedado o uso residencial,
são permitidos os usos I2, I3, I4 e I5 e admitidos os usos CS3 e CS 4 e especiais ERU, EPP,
ERFIE, EIT e EPRA e onde deverão ser obedecidos os seguintes índices de ocupação:
I – lote mínimo – 1.500,00 m²;
II – Taxa de Ocupação = 60%;
III – Coeficiente de Aproveitamento Mínimo = 0,2;
IV – Coeficiente de Aproveitamento Básico = 1;
V – Coeficiente de Aproveitamento Máximo = 2;
VI – Taxa de Permeabilidade = 12%;
VII – recuo frontal = 6,00 m;
VIII – recuo lateral = 3,00 m (de ambos os lados);
IX – recuo fundo = 3,00 m;
X – testada mínima = 20,00 m.

Art. 337. Os empreendimentos comerciais ou industriais, localizados na ZIM


deverão implantar medidas mitigadoras, para atividades conflitantes localizadas na mesma
zona, tais como:
I – implantação de cinturões verdes;
II – barreiras paisagísticas;
III – soluções arquitetônicas e urbanísticas tais como: elementos e barreiras de
vedação, recuos, paredes empena cega, entre outros.

Art. 338. Os empreendimentos de parcelamento do solo, os condomínios ou as


atividades, que confrontem ou prevejam a implantação de uma zona ou uso de ZIM, deverão
garantir a diversidade de usos e a mitigação dos impactos gerados pelas atividades, por meio
da destinação, em seus projetos urbanísticos e arquitetônicos, de uma faixa de transição de
no mínimo 50,00 m (cinquenta metros) entre a ZIM e as zonas residenciais, composta por:
I – instalação de ZCP e ZCG, sucessivamente;
II – implantação de vias arteriais e coletoras entre a ZIM, ZCP e ZCG;
III – implantação de cinturões verdes e barreiras físicas;
IV – implantação de áreas verdes e sistemas de lazer com arborização.

Subseção II
Zona dos Parques Empresariais- ZPE

Art. 339. Zona dos Parques Empresariais- ZPE, são as porções urbanas do
território municipal destinadas ao uso comercial e de serviços pesados e industrial, sendo
vedado o uso residencial, são permitidos os usos I2, I3, I4 e I5 e admitidos os usos CS3 e CS
4 e especiais ERU, EPP, EIFIE, EIT e EPRA. Objetiva-se, também:
I – a potencialização da atividade empresarial e industrial;
II – a atração de novos investimentos para geração de emprego e renda;
190

III – o monitoramento e o controle ambiental;


IV – a manutenção da qualidade ambiental por meio da preservação das Áreas
de Preservação Permanente – APPs;
V – o incentivo para implantação de empresas que complementem as cadeias
produtivas locais e regionais.
Parágrafo único. Deverão ser obedecidos os seguintes parâmetros e índices de
ocupação:
I – lote mínimo – 1.000,00 m²;
II – Taxa de Ocupação = 60%;
III – Coeficiente de Aproveitamento Mínimo = 0,2;
IV – Coeficiente de Aproveitamento Básico = 1;
V – Coeficiente de Aproveitamento Máximo = 2;
VI – Taxa de Permeabilidade = 12%;
VII – recuo frontal = 5,00 m;
VIII – recuo lateral = 2,00 m (de ambos os lados);
IX – recuo fundo = 3,00 m;
X – testada mínima = 15,00 m;

Art. 340. Os empreendimentos comerciais ou industriais, localizados na ZPE


deverão implantar medidas mitigadoras, para atividades conflitantes localizadas na mesma
zona, tais como:
I - implantação de cinturões verdes;
II - barreiras paisagísticas;
III - soluções arquitetônicas e urbanísticas tais como: elementos e barreiras de
vedação, recuos, paredes empena cega, entre outros.

Art. 341. Os empreendimentos de parcelamento do solo, os condomínios ou as


atividades, que confrontem ou prevejam a implantação de uma zona ou uso de ZPE, deverão
garantir a diversidade de usos e a mitigação dos impactos gerados pelas atividades, por meio
da destinação, em seus projetos urbanísticos e arquitetônicos, de uma faixa de transição de
no mínimo 50,00 m (cinquenta metros) entre a ZPE e as zonas residenciais, composta por:
I – instalação de ZCP e ZCG, sucessivamente;
II – implantação de vias arteriais e coletoras entre a ZPE, ZCP e ZCG;
III – implantação de cinturões verdes e barreiras físicas;
IV – implantação de áreas verdes e sistemas de lazer com arborização.
191

Seção IV
Da Zona Institucional

Subseção I
Zona de Serviços Institucionais – ZSI

Art. 342. Zona de Serviços Institucionais - ZSI, são as porções urbanas do


território municipal destinadas ao uso institucional, tais como os destinados à educação,
cultura, saúde, promoção social, lazer e esporte, sendo permitidos os usos SI 1, SI 2, SI 3 e
SI 4, admitidos os usos RUF, RMF 1, RMF 2, RMF 3, RMF 5, CS 1, CS 2, CS 3, I1, I2 e I3,
e especiais EIS, EPP, ERFIE, EIT e EPRA, sendo obedecidos os seguintes índices de
ocupação:
I – lote mínimo – 240,00 m²;
II – Taxa de Ocupação = 70%;
III – Coeficiente de Aproveitamento Mínimo = 0,2;
IV – Coeficiente de Aproveitamento Básico = 1;
V – Coeficiente de Aproveitamento Máximo = 4;
VI – Taxa de Permeabilidade = 12%;
VII – recuo frontal= 1,50 m;
VIII – testada mínima = 10,00 m.
Parágrafo único. Ficam vedadas as atividades como: oficinas mecânicas,
galpões, barracões, borracharias, lava-rápidos, insumos agrícolas, serralherias, tornearias,
marcenarias e similares.

Seção V
Zona de Chácaras de Lazer – ZCL

Art. 343. Zona de Chácaras de Lazer - ZCL são as porções urbanas do território
municipal destinadas ao parcelamento do solo para uso de lazer e recreação, sendo
permitidos o uso RUF e especiais ERFIE e EPRA, obedecendo os seguintes índices de
ocupação:
I – lote mínimo – 2.000,00 m²;
II – Taxa de Ocupação= 25%;
III – Coeficiente de Aproveitamento Mínimo = 0,2;
IV – Coeficiente de Aproveitamento Básico = 1;
V – Coeficiente de Aproveitamento Máximo = 1;
VI – Taxa de Permeabilidade= 70%;
VII – recuo frontal = 10,00 m;
VIII – recuo lateral = 5,00 m (de ambos os lados);
IX – recuo fundo = 5,00 m;
VIII – testada mínima = 30,00 m.
192

Art. 344. Por sua característica mista urbano-rural, de baixa densidade


construtiva e populacional, os empreendimentos de Chácaras de Lazer deverão implantar-se
na Macroárea Urbana de Expansão, sendo vedada sua implantação na Macroárea Urbana
Consolidada, nos termos do art. 287.

Seção VI
Da Zona de Proteção Ambiental

Subseção I
Zona de Lazer e Proteção Ambiental – ZLP

Art. 345. A Zona de Lazer e Proteção Ambiental – ZLP - são as porções urbanas
do território municipal destinadas à ampliação da segurança contra inundações, implantação
de barramentos e represas de acumulação, à proteção das várzeas e áreas de proteção
permanente, à recuperação ambiental e promoção do lazer, e é subdividida em:
I – ZLP - Parque Municipal da Represa;
II – ZLP - Parques Urbanos;
III – ZLP - Parques Lineares;
IV –ZLP - Reservas Ambientais.

Art. 346. A delimitação e mapeamento da ZLP é parte integrante desta lei e está
contida no Mapa 03 – Zoneamento da Macroárea Urbana Consolidada e Macroárea Urbana
de Proteção Ambiental e Mapa 04 – Zoneamento da Macroárea Urbana de Expansão e
Macroárea Urbana de Proteção Ambiental, desta Lei Complementar e poderá ser ampliada,
mediante o interesse público e coletivo, em razão:
I – da ocorrência de formações geomorfológicas de interesse ambiental como
planícies aluviais, anfiteatros e vales secos associados às cabeceiras de drenagem e outras
ocorrências de fragilidade geológica e geotécnica;
II – do interesse da municipalidade na criação de Parques Urbanos Públicos;
III – da implantação do Parque Municipal da Represa.
§ 1º Quando finalizado o Sistema Municipal de Áreas Protegidas, Áreas Verdes,
Sistemas de Lazer e Espaços Livres, nos termos da Seção II, Capítulo III, Título III, lei
específica poderá demarcar novas ZLPs.
§ 2º O projeto de lei para ampliação da ZLP deverá ser apreciado pelo Conselho
Municipal da Cidade – CONCIDADE e pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente e
Saneamento– COMDEMA.

Art. 347. Na ZLP, exceto na ZLP – Reservas Ambientais, serão admitidos


somente os usos institucionais destinados à educação ambiental, esporte e lazer tais como:
193

trilhas ecológicas, centros de educação ambiental, quiosques, academias ao ar livre, quadras


esportivas e os usos especiais EPP, EIT e EPRA.
Parágrafo único. São permitidas na ZLP, obras de infraestrutura de utilidade
pública executadas pelo Poder Público Municipal devidamente licenciadas pelos órgãos
ambientais competentes.

Na ZLP deverão ser obedecidos os seguintes parâmetros e índices de ocupação:


I – Taxa de Ocupação = 10%;
II – Taxa de Permeabilidade = 85%;
III – Coeficiente de Aproveitamento Máximo = 0,2.
§ 1º Para efeito do cálculo da taxa de permeabilidade serão computadas como
ajardinadas e arborizadas todas as áreas com cobertura vegetal, além de equipamentos de
lazer e esportivos com pisos drenantes, como tanques de areia, campos, quadras de terra
batida e circulação em pedriscos.
§ 2º No cálculo da taxa de ocupação deverá ser computado todo tipo de
instalação, incluindo edificações, circulações, áreas esportivas e equipamentos de lazer
cobertos ou descobertos com pisos impermeáveis.
§ 3º Para efeito do cálculo do coeficiente de aproveitamento deverá ser
computado o total da área coberta, fechada ou não.
§ 4º Consideram-se espaços de lazer aqueles destinados às atividades esportivas,
culturais, educativas e recreativas, e suas respectivas instalações de apoio.

Art. 348. Fica vedada a alteração de uso das áreas grafadas como ZLP.

Subseção II
ZLP - Parque Municipal da Represa

Art. 349. A ZLP - Parque Municipal da Represa está localizada à margem direita
da bacia de contribuição da Represa de captação de água do Município de Votuporanga –
Represa Municipal Prefeito Luiz Garcia De Haro, que pertence à Bacia do Córrego do
Marinheirinho, destina-se a recuperação das condições ambientais necessárias a proteção do
manancial de abastecimento público, ao provimento de espaços públicos adequados e
qualificados ao lazer da população por meio da implantação do Parque Municipal da
Represa.
§ 1º A ZLP - Parque Municipal da Represa, delimitada nos Mapa 03 –
Zoneamento da Macroárea Urbana Consolidada e Macroárea Urbana Ambiental e Mapa 04
– Zoneamento da Macroárea Urbana de Expansão e Macroárea Urbana Ambiental, inicia-
se cruzamento do córrego Marinheirinho com a Rodovia Estadual Euclides da Cunha – SP
320 e estende-se até o alinhamento do extravasor da Represa Municipal Prefeito Luiz Garcia
De Haro, sendo os seus limites distantes 60,00 m (sessenta metros) do eixo do Córrego
Marinheirinho até prolongamento da Rua Caiapós, e 150,00m (cento e cinquenta metros) a
194

partir desse prolongamento do maior leito sazonal da Represa Municipal Prefeito Luiz
Garcia De Haro.
§ 2° Na ZLP - Parque Municipal da Represa somente será admitida a
implantação de bacias de detenção e retenção de águas pluviais de empreendimentos, cujos
projetos prevejam mecanismos de filtragem e infiltração, que estejam integradas à paisagem
dos sistemas de lazer e não ofereçam riscos à segurança da população.
§ 3º A ZLP - Parque Municipal da Represa está inserida na ZEPAM 2, cujas
diretrizes e especificações estão contidas na Subseção II, Seção IV, Capítulo VI, deste Título,
desta Lei Complementar.

Subseção III
ZLP - Parques Urbanos

Art. 350. A ZLP - Parques Urbanos é composta por áreas públicas ou privadas,
em situação de degradação ambiental, cujos espaços deverão ser recuperados e qualificados
para o lazer da população do entorno e propiciar o equilíbrio ambiental.

Art. 351. ZLP - Parques Urbanos, delimitada no Mapa 03 – Zoneamento da


Macroárea Urbana Consolidada e Macroárea Urbana Ambiental, é subdivida em:
I – Parque Municipal da Zona Norte, a ser implementado pelo Executivo,
localizado no perímetro formado entre as Avenidas Horácio do Santos, Jerônimo Figueira
da Costa e Prefeito Mario Pozzobon, seu entorno caracteriza-se pela presença de ocupações
de uso institucional de educação e esporte;
II – Parque Reserva Ecológica Chico Mendes, localizado nos logradouros (NE-
21-11-02, NE-21-11-11, NE-21-11-14, NE-21-12-18);
III – Parque Urbano Amadeo Ferrari, localizado na Avenida Prestes Maia até
Avenida República do Líbano;
IV – Parque Urbano Lourenço F. Garcia e Irma Maria Ignez Mazzafero, está
localizado na Avenida Pansani entre as Ruas Roraima e Porto Alegre;
V – Parque Urbano Praça Daniel da Silva Dorado, localizado entre a Rua
Copacabana e Avenida Paschoalino Pedrazzoli;
VI – Bosque Maximino Hernandes, localizado na Avenida Vale do Sol.
§ 1° O Executivo deverá elaborar projeto específico de Manejo para cada parque
que deverão contemplar, em seus conteúdos, o resultado das consultas públicas dos bairros
no entorno, com o objetivo de integrar em suas ações a visão da população que convive e
utiliza os parques referidos no caput.
§ 2º Os Planos de Manejo das Reservas Ecológicas deverão ser submetidos à
análise e parecer do COMDEMA.
195

Subseção IV
ZLP- Parques Lineares

Art. 352. A ZLP - Parques Lineares é composta por áreas cuja delimitação é
constituída a partir das faixas marginais das nascentes, olhos d’água, cabeceiras e a extensão
de todos os Córregos e seus afluentes do município, tendo como principais objetivos:
I – a proteção e a recuperação das áreas de preservação permanente e os
ecossistemas ligados aos corpos d’água;
II – a proteção, a conservação e a recuperação de corredores ecológicos;
III – a conexão entre áreas verdes e espaços públicos;
IV – a proteção das áreas de várzeas e o controle de enchentes;
V – o impedimento da ocupação inadequada dos fundos de vale;
VI – a garantia de áreas verdes destinadas à conservação ambiental, lazer, fruição
e atividades culturais;
VII – a ampliação da percepção dos cidadãos sobre o meio físico.
§ 1º Os parques lineares são parte integrante do Programa de Recuperação
Ambiental de Fundos de Vale, nos termos da Subseção II, Seção II, Capítulo III, Título III,
e sua plena implantação pressupõe a articulação de ações de saneamento, drenagem, sistema
de mobilidade, urbanização de interesse social, conservação ambiental e paisagismo.
§ 2º Os parques lineares em planejamento integrantes do Mapa 03 – Zoneamento
da Macroárea Urbana Consolidada e Macroárea Urbana de Proteção Ambiental e Mapa 04
– Zoneamento da Macroárea Urbana de Expansão e Macroárea Urbana de Proteção
Ambiental, estão delimitados na escala de planejamento, não se constituindo em perímetros
definitivos até que sejam elaborados os respectivos projetos.
§ 3º O projeto dos parques lineares deverá ser elaborado de forma participativa,
ouvidos os moradores do entorno, o Conselho Municipal da Cidade – CONCIDADE e o
Conselho Municipal de Meio Ambiente e Saneamento - COMDEMA.
§ 4º Quando houver cursos d’água, nascente ou cabeceiras em áreas rurais
inclusas no perímetro urbano, deverá ser delimitado o perímetro do parque linear e
enquadrado, automaticamente, como ZLP, nos termos do art. 282, desta Lei Complementar.

Art. 353. Os Parques Lineares são compostos por uma faixa de 60,00 m
(sessenta metros), sendo 30,00 m (trinta metros) de área de preservação permanente e mais
30,00 (trinta metros) de áreas verdes e sistema de lazer, a partir do leito do córrego ou
nascente.
§ 1° Nas áreas urbanas consolidadas onde não é possível a destinação de áreas
para sistema de lazer e área verde, o parque linear será composto por uma faixa de 30,00 m
(trinta metros) de área verde sobrepondo-se a APP a partir do leito do córrego ou nascente.
§ 2° As áreas úmidas e de várzea, que definem o maior leito sazonal, são
consideradas faixas de segurança contra inundação, e quando ultrapassarem os limites dos
parques lineares deverão ser integradas a ZLP – Parque Linear, sendo vedada a sua ocupação.
196

§ 3° A faixa de 30,00 m (trinta metros) dos parques lineares destinadas a sistema


de lazer e área verde não poderão sobrepor-se as do maior leito sazonal, consideradas faixas
de segurança contra inundação, nos termos do parágrafo anterior.
§ 4° As áreas verdes e sistemas de lazer contíguos aos parques lineares deverão
ser integradas a ZLP – Parque Linear.
§ 5° Somente serão admitidas bacias de detenção dos loteamentos nas ZLP dos
parques lineares, desde que estas estejam integradas à paisagem do sistema de lazer e não
ofereçam riscos à segurança da população.

Subseção V
ZLP - Reservas Ambientais

Art. 354. A ZLP - Reservas Ambientais é composta por áreas públicas, com
vegetação significativa e preservada, situadas na Macrozona Urbana Consolidada e
Macrozona Urbana de Expansão.
§1° A ZLP - Reservas Ambientais é composta pelas seguintes reservas:
I – Parque Municipal Bosque das Nações;
II – Reserva Ambiental João Curti;
III – Reserva São Francisco de Assis;
IV – Reserva Ecológica Santa Clara de Assis.
§ 2° O Executivo poderá a qualquer tempo sugerir a inclusão de outras áreas
verdes na ZLP – Reservas Ambientais, situadas nas Macrozona Urbana Consolidada e
Macrozona Urbana de Expansão, que se enquadrem nas características definidas para as
reservas ambientais, ouvidos o Conselho Municipal da Cidade – CONCIDADE e o Conselho
Municipal de Meio Ambiente e Saneamento - COMDEMA.

Seção VI
Da Alteração do Zoneamento na Macrozona Urbana

Art. 355. O zoneamento urbano na Macroárea Urbana Consolidada e na


Macroárea Urbana de Expansão, só poderá ser alterado por meio de lei complementar, de
iniciativa exclusiva do Poder Executivo, que altera a presente Lei, acompanhado de Parecer
Técnico de Viabilidade da Secretaria competente, que demonstre:
I – a vocação da área considerando as ocupações e usos existentes e a
disponibilidade de infraestrutura para os usos permitidos na nova zona proposta;
II – a possibilidade de mitigação dos impactos ambientais e socioeconômicos
nas áreas do entorno confrontantes com a nova zona proposta;
III – a garantia da diversidade de usos e a mitigação dos impactos gerados pelas
atividades, por meio da destinação de gradientes de transição entre as zonas, nos termos dos
§3º do art. 278, desta Lei Complementar;
197

IV – a compatibilidade com as diretrizes do Sistema Viário;


V – a garantia da participação dos moradores impactados pela mudança do
zoneamento, através de audiência.
§1º. O projeto de lei de que trata o caput, deverá estar acompanhado da alteração
nos Mapa 03 – Zoneamento da Macroárea Urbana Consolidada e Macroárea Urbana de
Proteção Ambiental e Mapa 04 – Zoneamento da Macroárea Urbana de Expansão e
Macroárea Urbana de Proteção Ambiental a esta Lei Complementar, bem como Parecer
Técnico de Viabilidade que demonstre o disposto nos incisos deste artigo.
§2º O Projeto de Lei Complementar de alteração do Zoneamento Urbano e o
Parecer Técnico de Viabilidade deverão ser submetidos previamente a análise e parecer do
COMURB e deliberação do CONCIDADE, bem como a audiências públicas dos Poderes
Executivo e Legislativo, nos termos do § 4ª, do art. 40 da Lei Federal 10.257/2001, o Estatuto
da Cidade, e conforme disposto o art. 79.

CAPÍTULO VI
DAS ZONAS ESPECIAIS

Art. 356. As Zonas Especiais são porções do território com características


específicas e particularidades que as diferenciam das demais zonas, e que, portanto,
requerem tratamento especial na regulação do uso e ocupação do solo cujas diretrizes,
parâmetros e índices urbanísticos prevalecem sobre aqueles definidos para as zonas inseridas
nas Macrozona Rural e Macrozona Urbana.
§ 1° São criadas as seguintes Zonas Especiais no Município:
I – Zona de Refuncionalização Urbana – ZERU;
II – Zona Especial de Interesse Social – ZEIS;
III – Zona Especial de Regularização Fundiária e Interesse Específico - ZERFIE;
IV – Zona Especial de proteção Ambiental ao Manancial de Abastecimento –
ZEPAM;
V – Zona Especial de Interesse Turístico – ZEIT;
VI – Zona Especial de Interesse ao Patrimônio – ZEPP;
IX – Zona Especial Aeroportuária. – ZEA.

Art. 357. As certidões de uso e ocupação do solo, a aprovação de projetos de


edificação, as diretrizes municipais para empreendimentos de parcelamento do solo e
condomínios e/ou qualquer tipo de análise sobre o uso e ocupação do solo deverão
considerar, no que houver, além do zoneamento, as diretrizes, os parâmetros e índices
urbanísticos das zonas especiais.

Art. 358. Salvo disposto em contrário nesta Lei Complementar, as Zonas


Especiais obedecerão aos parâmetros de uso do solo e aos coeficientes de aproveitamento da
zona a que se sobrepõe.
198

Seção I
Zona Especial de Refuncionalização Urbana – ZERU

Art. 359. A Zona Especial de Refuncionalização Urbana – ZERU - é a zona cujo


uso industrial encontra-se em processo de desfuncionalização e que, pela sua localização na
porção central do território urbano a habilita a receber outros usos que contribuam para o
melhor aproveitamento social e econômico da cidade e que deverão receber tratamento
arquitetônico e urbanístico que promovam a qualificação da paisagem urbana.
§ 1° A delimitação e mapeamento da ZERU é parte integrante desta Lei
Complementar e está contida no Mapa 05 – Zona Especial de Refuncionalização Urbana –
ZERU.
§ 2º Para o atendimento dos objetivos estabelecidos no caput, poderão localizar-
se na ZERU os usos comerciais e residenciais, observadas as condições de transição entre
estes novos usos e o industrial remanescente nos termos do §2º e §3º do art. 298.
§ 3º As novas atividades e usos admitidos de que trata o § 1º, deverão ser
estabelecidos conforme o critério de zonas, organizados em quadras e estarem circundados
por vias oficiais de todos os lados.
§ 4º A fim de se garantir a mitigação dos impactos gerados, as atividades e usos
que pretendem se instalar na ZERU, deverão destinar em seus projetos urbanísticos e
arquitetônicos, uma faixa de transição de no mínimo 30,00 m (trinta metros) entre a zona
industrial remanescente e o novo uso admitido, adotando uma ou mais opções conforme
exemplo abaixo:
I – uma via pública;
II – faixa non aedificandi;
III – cinturões verdes;
IV – barreiras paisagísticas;
V – elementos e barreiras de vedação;
VI – recuos;
VII – paredes empena cega;
VIII – outros não especificados anteriormente.
§ 5º Os empreendimentos que impliquem na alteração do zoneamento industrial
na ZERU deverão obedecer aos parâmetros e índices de ocupação da nova zona definida
pelo Poder Público.

Art. 360. Os interessados pela implantação de empreendimentos que impliquem


na alteração do zoneamento na ZERU deverão solicitar ao poder executivo a análise de
proposta de ocupação, protocolando para este fim:
I – 2 (duas) vias do requerimento assinado pelo proprietário do imóvel, ou seu
procurador devidamente constituído por instrumento de procuração com poderes
específicos, contendo os dados do imóvel objeto da solicitação, dados do proprietário e seu
respectivo endereço eletrônico;
199

II – 1 (uma) via da Certidão de Matrícula retificada e atualizada – máximo 30


dias;
III – 1 (uma) do Estudo de Ocupação demonstrando os usos pretendidos e a
possibilidade do atendimento às exigências para a transição conforme o art. 359;
IV – 1 (uma) via do comprovante de pagamento das taxas de análise e
emolumentos.
Parágrafo único. O Estudo de Ocupação deverá garantir que a proposta
apresentada pelo interessado, para implantação de novos empreendimentos não industriais
na ZERU, seja acompanhada da execução de melhorias urbanísticas que contemplem a
revitalização do entorno e atendam os objetivos da zona de refuncionalização.

Art. 361. Após o protocolo do pedido de análise da proposta de ocupação a


secretaria competente elaborará Parecer Técnico de Viabilidade, em que será avaliada a
viabilidade da ocupação e da alteração do zoneamento industrial para a nova zona que se
propõe, bem como fixadas as diretrizes a serem atendidas e contempladas no Estudo de
Impacto de Vizinhança e Viabilidade Ambiental.
§1º O Estudo de Impacto de Vizinhança e Viabilidade Ambiental do
empreendimento deverá comprovar a compatibilidade desse com os usos de comércio e
serviços e industriais existentes, minimizando assim os conflitos decorrentes do uso misto,
bem como apresentar levantamento histórico dos usos dados ao imóvel para confirmação de
inexistência de possíveis contaminantes de origem industrial.
§ 2º O Estudo de Impacto de Vizinhança e Viabilidade Ambiental, cujo objeto
seja empreendimento que implique na alteração do zoneamento na ZERU deverá ser
submetido a análise do COMURB, que deverá avaliar a viabilidade técnica da proposta de
ocupação e alteração do zoneamento, bem como fazer exigências técnicas relativas a
implantação do empreendimento.
§ 3º No Parecer Técnico de Viabilidade, o Poder Executivo Municipal poderá
negar a proposta apresentada, sem que seja solicitado o Estudo de Impacto de Vizinhança e
Viabilidade Ambiental, caso verifique a inviabilidade da mesma.

Art. 362. O interessado deverá apresentar o Estudo de Impacto de Vizinhança e


Viabilidade Ambiental do empreendimento nos termos da Lei Municipal específica.
§1º Após o protocolo do Estudo de Impacto de Vizinhança e Viabilidade
Ambiental pelo interessado, a secretaria competente encaminhará através da Secretaria
Executiva do COMURB a convocação da reunião do Estudo de Impacto de Vizinhança e
Viabilidade Ambiental, cópia do estudo apresentado, juntamente com cópia do Parecer
Técnico de Viabilidade, para cada representante do colegiado.

Art. 363. Aprovado o Estudo de Impacto de Vizinhança e Viabilidade


Ambiental e após a assinatura do Termo de Compromisso, o poder executivo municipal,
procederá com processo de alteração do zoneamento pela admissão de novos usos na ZERU,
nos termos do art. 355.
200

Art. 364. O poder público municipal deverá executar transformações


urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental na ZERU por meio da
aplicação de recursos provenientes do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano e
Habitação.

Seção II
Zona Especial de Interesse Social – ZEIS

Art. 365. A Zona Especial de Interesse Social – ZEIS é constituída por porções
do território municipal fixadas para o assentamento habitacional de população de baixa renda
e/ou em situação de vulnerabilidade social, sendo subdividida em:
I – ZEIS 1: corresponde as áreas públicas ou particulares ocupadas
irregularmente por assentamentos precários de população de baixa renda, devendo o Poder
Público promover a regularização fundiária, com implantação de infraestrutura e serviços
públicos, bem como estimular atividades de comércio e serviços de caráter local;
II - ZEIS 2: constituída por glebas públicas ou privadas de áreas vazias onde haja
interesse para a implantação de empreendimentos de Habitação de Interesse Social - HIS,
estrategicamente localizadas com o propósito de viabilizar a produção e oferta de moradias
populares para população de baixa renda e em situação de vulnerabilidade social.
§1° Para efeito desta Lei Complementar, considera-se Habitação de Interesse
Social - HIS as unidades construídas ou lotes - destinadas à população com rendas familiares
mensais enquadradas pelos agentes financiadores que operam os recursos do Sistema
Financeiro da Habitação - SFH, por meio de programas habitacionais do Município, Estado
ou União.
§2° A delimitação e mapeamento da ZEIS é parte integrante desta Lei
Complementar e está contida no Mapa 06 – Zona Especial de Interesse Social - ZEIS.

Art. 366. A inclusão de novas áreas na “ZEIS” se dará por meio de Lei
Municipal específica.
Parágrafo único. O projeto de lei de que trata o caput deverá estar acompanhado
de Parecer Técnico de Viabilidade do órgão responsável, contendo as justificativas que
embasam a inclusão de área na ZEIS 2, parecer do COMURB e aprovação do CONCIDADE,
bem como da alteração ao Mapa 06 – Zona Especial de Interesse Social - ZEIS.

Art. 367. São diretrizes gerais das ZEIS:


I – proporcionar aos seus moradores a melhoria das condições ambientais,
urbanísticas, sociais, bem como a regularização jurídica dos assentamentos habitacionais
irregulares;
II – inibir a especulação imobiliária sobre os imóveis situados nessas áreas;
III – promover o acesso à terra e à moradia digna para os habitantes do
Município, em especial população de baixa renda e em situação de vulnerabilidade social;
201

IV – estimular formas consorciadas de produção de moradias populares,


inclusive verticais, com a participação do Poder Público e da iniciativa privada;
V – garantir a permanência das famílias moradoras de assentamentos precários
consolidados em suas áreas de origem, evitando sua transferência para áreas distantes de
modo a preservar a identidade territorial;
VI – inibir ocupações em áreas ambientalmente sensíveis, de risco e non
aedificandi.

Art. 368. Nas ZEIS, além dos instrumentos previstos neste Plano Diretor, são
aplicáveis aqueles previstos em legislações pertinentes municipais, estaduais e federais,
observadas as restrições previstas na legislação ambiental.

Subseção I
Zona Especial de Interesse Social 1 – ZEIS 1

Art. 369. São diretrizes especificas da ZEIS 1:


I – promover a regularização urbanística e fundiária dos assentamentos,
inclusive de conjuntos habitacionais implantados;
II – proporcionar aos moradores a melhoria das suas condições de habitabilidade
e a integração dos assentamentos com a estrutura da cidade;
III – implantar projetos de urbanização voltados à promoção do desenvolvimento
econômico e social dos assentamentos.
Parágrafo único. A regularização fundiária referida no inciso I deste artigo será
regulamentada por lei específica de responsabilidade do Poder Executivo, nos termos do
arts. 630 e 633, desta Lei Complementar.

Art. 370. Havendo, dentro das ZEIS 1, adensamento populacional excessivo ou


ocupação de APPs, áreas de risco, faixas non aedificandi ou outras áreas sob as quais for
inviável a manutenção das moradias, deverá ser promovida a realocação das famílias
residentes, desde que garantido acesso à moradia digna, localizada em áreas dotadas de
infraestrutura urbana, preferencialmente próximas ao local do assentamento.
Parágrafo único. A inviabilidade da manutenção de famílias em decorrência dos
casos citados no caput e a consequente realocação, deverão ser justificadas pelas restrições
de parcelamento do solo definidas na Lei Federal nº 6.766/1979, bem como por proibições
à ocupação de áreas estabelecidas em legislações específicas.

Subseção II
Zona Especial de Interesse Social 2 – ZEIS 2

Art. 371. São diretrizes específicas da ZEIS 2:


202

I – possibilitar a melhoria do padrão das edificações nos programas de HIS


destinados à população de baixa renda e em situação de vulnerabilidade social;
II – inibir a especulação imobiliária e comercial sobre os imóveis situados nessas
áreas;
III – possibilitar oferta de área para o desenvolvimento de programas de HIS em
locais dotados de infraestrutura e inseridos na malha urbana;
VI – garantir espaços específicos para atividades culturais, lazer e geração de
trabalho e renda nos projetos e implantação;
V – garantir moradia digna à população realocada das ZEIS 1;
VI – contribuir com a diminuição do déficit habitacional não associado a
ocupações irregulares, como aquele decorrente do adensamento excessivo ou da coabitação
em moradias regulares.

Art. 372. Os empreendimentos a serem implantados na ZEIS 2 obedecerão aos


parâmetros de uso das zonas em que se localizarem.

Art. 373. A ZEIS 2 será definida a partir do interesse público ou privado para a
construção de HIS, nos termos do §1° do art. 365, desta Lei Complementar.

Art. 374. Os proprietários de imóveis enquadrados nas disposições do § 1° do


art. 365, poderão solicitar ao Poder Executivo Municipal a demarcação da área como ZEIS
2, desde que para a construção de HIS exclusivamente na categoria Conjunto Habitacional,
mediante justificativa e requerimento do interessado, apresentando para este fim.

Art. 375. Será concedida isenção das Outorgas Onerosas de Alteração de Uso e
do Direito de Construir para os empreendimentos destinados a construção de HIS,
enquadrados no disposto no art. 565.

Art. 376. O desenquadramento do empreendimento como interesse social, total


ou parcial, na forma § 1°, Art. 365, desta Lei Complementar, implicará na perda dos
benefícios, bem como de isenção de todos os tributos previstos na legislação vigente, bem
como dos benefícios concedido, previsto pelo art. 565.
Parágrafo único. A perda dos benefícios prevista no caput deste artigo, ensejará
na cobrança, pelo poder executivo municipal, de todos os tributos incidentes, inclusive da
outorga de alteração de uso e do direito de construir, cujos pagamentos devidos pelo
empreendedor condicionará a emissão do Termo de Verificação de Obras de Infraestrutura
e Liberação Total da Caução – TVO.
203

Seção III
Zona Especial de Regularização Fundiária de Interesse Específico – ZERFIE

Art. 377. A Zona Especial de Regularização Fundiária de Interesse Específico –


ZERFIE – é composta por porções do território que demandam procedimentos de
regularização fundiária para sua incorporação ao ordenamento territorial expresso no Art.
XX, Seção XX (regularização) desta Lei Complementar, e que se configuram por:
I – serem parceladas ou loteadas sem autorização do Poder Público Municipal;
II – não atenderem aos parâmetros urbanísticos estabelecidos na lei;
III – não serem ocupadas por assentamentos precários de população socialmente
vulnerável.
Parágrafo único. A delimitação da ZERFIE será realizada pelo poder executivo
municipal, mediante lei específica, a medida em que fique comprovado o enquadramento
dessas áreas nos requisitos do artigo anterior.

Art. 378. São diretrizes da ZERFIE:


I – regularizar;
II – fiscalizar;
III – realizar parcerias institucionais para as ações de fiscalização de
parcelamento ilegal, conjuntamente com órgãos estaduais e federais, bem como com o
Cartório de Registro Imobiliário;
IV – evitar e coibir o parcelamento do solo ilegal.

Seção IV
Zona Especial de Proteção Ambiental ao Manancial de Abastecimento – ZEPAM

Art. 379. A Zona Especial de Proteção Ambiental ao Manancial de


Abastecimento – ZEPAM, e composta por porções do território do Município destinadas à
preservação, conservação e proteção do manancial de abastecimento público e é delimitada
por toda a bacia de contribuição da represa de captação de água do Município “Prefeito Luiz
Garcia De Haro”, que pertence à Bacia do Córrego Marinheirinho.
§ 1° A ZEPAM é dividida em três zonas:
I – ZEPAM 1;
II – ZEPAM 2;
III – ZEPAM 3.
§ 2° - A delimitação da ZEPAM é parte integrante desta lei e está contida no
Mapa 07 – Zona Especial de Proteção ao Manancial de Abastecimento – ZEPAM, desta Lei
Complementar.

Art. 380. São objetivos das ZEPAM:


I – garantia da manutenção do sistema de abastecimento de água;
204

II – conservação dos recursos hídricos existentes;


III – recuperação das nascentes das Áreas de Preservação Permanente (APP) e
de todo o ambiente degradado;
IV – garantia de maiores índices de permeabilidade do solo em áreas públicas;
V – recomposição da vegetação do entorno da represa de abastecimento;
VI – promoção de atividades econômicas compatíveis com o desenvolvimento
sustentável;
VII – conservação da biodiversidade;
VIII – conservação de áreas objeto de prestação de serviços ambientais;
IX – qualificação das áreas verdes públicas;
X – incentivo à conservação das áreas verdes;
XI – garantia da disponibilidade e qualidade da água.

Art. 381. São diretrizes da ZEPAM:


I – ampliar a oferta de áreas verdes permeáveis públicas;
II – compatibilizar os usos e tipologias de parcelamento do solo urbano com as
condicionantes geológicas de relevo, com a legislação de proteção e recuperação aos
mananciais e com a preservação de bens e áreas de valor histórico e paisagístico;
III – proibir a ocupação da área de várzeas e de áreas abaixo da cota do Emissário
da Superintendência de Água e Esgoto de Votuporanga – SAEV Ambiental, ressalvada,
neste último caso, a intervenção para fins de execução de obras de interesse público;
IV – implementar sistemas de infraestrutura com tecnologias que atendam aos
objetivos desta lei, especialmente na coleta, tratamento e infiltração de águas pluviais;
V – articular e estabelecer acordos de cooperação entre os órgãos e entidades
municipais, estaduais e federais para garantir a conservação, preservação e recuperação
urbana e ambiental, inclusive a fiscalização integrada do território;
VI – promover a fiscalização intensiva dos usos, atividades e ocupações pelos
órgãos de fiscalização municipais, estaduais e federais, por meio de ações articuladas e
integradas previstas no Programa dos Mananciais Hídricos de Abastecimento Público e da
aplicação de legislação que revisará e regulamentará a Lei Municipal nº. 4.677/2009,
conforme disposto no Subseção I, Seção II, Capítulo V, Título III;
VII – promover a remediação da contaminação advindas de aterros clandestinos
que estejam localizados na ZEPAM.

Art. 382. Na ZEPAM 1, 2 e 3 são vedados os seguintes usos:


I – atividades industriais I6;
II – atividades industriais químicas, petroquímicas e nucleares (enquadradas nas
divisões 19, 20 e 21 do CNAE 2.0);
III – atividades que realizem operações de tratamento térmico, tratamento
superficial e fundição de metais (metalurgia);
IV – atividades que realizem operações de lavagem e/ou desinfecção de material
plástico para recuperação;
205

V – atividades que utilizem queima de combustíveis fósseis;


VI – atividades de curtumes;
VII – a monocultura de eucalipto e pinus;
VIII – a extração mineral;
IX – a suinocultura, ainda que a artesanal;
X – a agricultura tradicional com o uso de agrotóxicos e sem o emprego das
normas técnicas e legais de conservação do solo;
XI – implantação de aterro sanitário ou qualquer outra forma de disposição final
e/ou sistema de tratamento ou área de transbordo de resíduos urbanos, rurais ou industriais,
nos que se enquadram os Ferro Velhos;
XII – os usos I5, com exceção dos localizados dentro dos limites da Zona dos
Parques Empresariais, delimitados nos Mapa 03 – Zoneamento da Macroárea Urbana
Consolidada e Macroárea Urbana Ambiental e Mapa 04 – Zoneamento da Macroárea Urbana
de Expansão e Macroárea Urbana Ambiental desta Lei Complementar;
XIII – outras atividades e usos que possam comprometer a integridade das águas
das áreas da microbacia, a critério do COMURB.
Parágrafo único. Fica proibida a expansão da Zona de Parques Empresariais
sobre a ZEPAM para além dos limites já estabelecidos no Mapa 03 – Zoneamento da
Macroárea Urbana Consolidada e Macroárea Urbana de Proteção Ambiental e Mapa 04 –
Zoneamento da Macroárea Urbana de Expansão e Macroárea Urbana de Proteção
Ambiental, desta Lei Complementar.

Art. 383. Nas ZEPAMs, além dos critérios previstos nesta Lei Complementar,
são aplicáveis aqueles previstos na Lei Municipal nº 4.677/2009 e outra que vier a revisá-la
e regulamentá-la, observadas as restrições previstas na legislação ambiental.

Subseção I
ZEPAM 1

Art. 384. A ZEPAM 1 é delimitada pela área da bacia de contribuição da represa


de abastecimento do Município que incide sobre a Macrozona Urbana Consolidada e
destina-se a regulação e controle das atividades existentes através de monitoramento e de
fiscalização permanente.
Parágrafo único: A ZEPAM 1 está delimitada no Mapa 07 – Zona Especial de
Proteção ao Manancial de Abastecimento – ZEPAM, desta Lei Complementar.
206

Subseção II
ZEPAM 2

Art. 385. A ZEPAM 2 é destinada a proteção do manancial de abastecimento


público por meio da implantação do Parque da Represa e de uma zona de transição com
ocupação por lotes mínimos e permeabilidade do solo maiores, bem como a destinação de
porcentagem maior de espaços livres de uso público nos parcelamentos do solo e
condomínios edilícios horizontais, visando o aumento da permeabilidade do solo e
infiltração das águas pluviais.
Parágrafo único: A ZEPAM 2 está delimitada no Mapa 07 – Zona Especial de
Proteção ao Manancial de Abastecimento – ZEPAM, desta Lei Complementar,
compreendida por uma faixa de 150,00 m (cento e cinquenta metros) da margem direita da
represa de abastecimento, sobrepondo-se a ZLP - Parque da Represa, acrescida de uma faixa
de 150,00 m (cento e cinquenta metros), como zona de transição, a partir da ZLP - Parque
da Represa da margem direita do Córrego Marinheirinho no trecho à jusante do encontro
com o Córrego Queixada.

Art. 386. Na ZEPAM 2 são vedados os usos CS4 e atividades antiestéticas e


ruidosas tais como, oficinas mecânicas, galpões, barracões, borracharias, lava-rápidos,
materiais de construção em geral, ferramentas, autopeças, serralherias, tornearias,
marcenarias, bem como com potencial de contaminação do solo e dos recursos hídricos a
exemplo dos, postos de combustíveis, depósitos, comércio de insumos agrícolas, e demais
usos atividades a serem regulamentados conforme contido §1° no art. 298.
Parágrafo único. Na ZEPAM 2 deverão ser obedecidos os seguintes parâmetros
e índices de ocupação:
I – Lote mínimo = 480,00 m²;
II – Testada mínima = 15,00 m;
III – Taxa de Ocupação = 50%;
IV – Taxa de Permeabilidade = 30%;
V – Coeficiente de Aproveitamento Básico = 1;
VI – Coeficiente de Aproveitamento Máximo = 1;
VII – Recuo frontal mínimo = 1,50 m.
Parágrafo único. A área inserida na ZLP – Parque da Represa e na ZLP - Parque
Linear no trecho até a jusante do Córrego Queixada seguirão os parâmetros e índices da ZLP,
nos termos do art. 386.

Art. 387. Além dos parâmetros e índices de ocupação dispostos no art. 386,
deverão ser obedecidos os critérios de ocupação na ZEPAM 2 estabelecidos neste artigo.
§ 1º Os empreendimentos deverão reservar, no mínimo, 5% (cinco por cento) de
áreas institucionais e 30% (trinta por cento) de espaços livres de uso público, devendo ser
garantidos no mínimo 5% (cinco por cento) para sistema de lazer.
207

§ 2º Os empreendimentos localizado na ZLP – Parque da Represa deverão


destinar o percentual de espaços livres de uso público preferencialmente para o Parque
Municipal da Represa.
§ 3º Caso se verifique a necessidade de destinação de espaços livres de uso
público nas porções externas ao parque, objetivando a garantia de qualidade ambiental e
paisagística do bairro, serão exigidos percentuais complementares àqueles já destinados ao
Parque da Represa.
§ 4º Na ZLP - Parque da Represa os empreendimentos deverão destinar 5%
(cinco porcento) do total de área destinada ao parque para equipamentos comunitários, que
serão subtraídos do total destinado às áreas institucionais.

Subseção III
ZEPAM 3

Art. 388. A ZEPAM 3 destina-se a proteção do manancial de abastecimento


público por meio da destinação de porcentagem maior de espaços livres de uso público para
novos parcelamentos do solo, visando o aumento da permeabilidade do solo e infiltração das
águas pluviais.
Parágrafo único. A ZEPAM 3 está delimitada no Mapa 07 – Zona Especial de
Proteção ao Manancial de Abastecimento – ZEPAM, desta Lei Complementar e caracteriza-
se como a área de proteção à Represa Municipal de Abastecimento, situada entre o espigão
divisor de águas da bacia do Córrego Marinheiro e o perímetro da Macrozona Urbana
Consolidada e a ZEPAM 2.

Art. 389. A ZEPAM 3 deverá obedecer aos parâmetros e índices de ocupação,


deverão ser seguidos àqueles definidos para a zona a que se destinará o empreendimento,
conforme delimitadas nos Mapa 03 – Zoneamento da Macroárea Urbana Consolidada e
Macroárea Urbana de Proteção Ambiental e Mapa 04 – Zoneamento da Macroárea Urbana
de Expansão e Macroárea Urbana de Proteção Ambiental.

Art. 390. Além dos parâmetros e índices de ocupação estabelecidos no artigo


anterior, deverão ser obedecidos os seguintes critérios de ocupação:
I – os empreendimentos deverão reservar, no mínimo, 5% (cinco por cento) de
áreas institucionais e 30% (trinta por cento) de espaços livres de uso público, devendo ser
garantidos no mínimo 5% (cinco por cento) para sistema de lazer;
II – os empreendimentos com área localizada na ZLP – Parque da Represa
deverão destinar o percentual de espaços livres de uso público preferencialmente para o
parque da represa;
III – caso se verifique a necessidade de destinação de espaços livres de uso
público nas porções externas ao parque, objetivando a garantia de qualidade ambiental e
208

paisagística do bairro, serão exigidos percentuais complementares àqueles já destinados ao


parque;
IV – na ZLP - Parque da Represa os empreendimentos deverão destinar 5%
(cinco porcento) do total de área destinada ao parque para equipamentos comunitários, que
serão subtraídos do total destinado às áreas institucionais.

Seção V
Zona Especial de Interesse Turístico – ZEIT

Art. 391. As Zona Especial de Interesse Turístico – ZEIT, é formada por porções
do território que, pelas suas características de localização e importância estratégica para o
desenvolvimento do turismo, necessitam especial atenção do poder público municipal
quanto a sua priorização dentro do conjunto das ações e diretrizes municipais de uso e
ocupação do solo e aplicação dos instrumentos da política de turismo.
Parágrafo único: A delimitação da ZEIT é parte integrante desta lei e está contida
no Mapa 08 – Zona Especial de Interesse Turístico- ZEIT.

Art. 392. São objetivos das ZEIT:


I – identificação e preservação de imóveis de interesse turístico e de interesse
público;
II – desenvolvimento de infraestrutura de turismo nas áreas de interesse histórico
e cultural;
III – potencialização da implantação e/ou da manutenção de atividades
econômicas, turísticas e culturais condizentes com sua estrutura física;
IV – otimização do uso dos empreendimentos, equipamentos, instalações e
serviços turísticos já existentes no município;
V – qualificação dos equipamentos urbanos destinados às atividades turísticas
por meio de ampliações, modernizações, e melhoria das conexões viárias e da acessibilidade.

Art. 393. São diretrizes da ZEIT:


I – fortalecer as vocações turísticas locais ligadas ao turismo de eventos, cultural,
rural, gastronômico e ecoturismo;
II – criar roteiros turísticos integrados, que valorizem o patrimônio histórico-
cultural e ambiental;
III – adequar e controlar a publicidade, a sinalização pública e qualquer elemento
com interferência nas fachadas dos imóveis, de acordo com a legislação vigente;
IV – valorizar o conjunto urbano e as atividades econômicas, respeitando o
acervo arquitetônico e urbanístico e promovendo sua incorporação a potenciais novos usos;
V – definir estratégias para minimizar a degradação dos locais e recursos sobre
os quais o turismo está estruturado;
209

VI – atrair investimentos públicos e privados e buscar parcerias nas áreas do


turismo, visando a criação e adequações de infraestruturas e melhoria dos serviços públicos
e privados necessários ao turismo;
VII – identificar as principais necessidades de infraestrutura para a facilitação
do trânsito de pedestres com garantia da acessibilidade universal aos pontos turísticos do
município;
VIII – fomentar o empreendedorismo e a comercialização dos serviços e
produtos turísticos.

Art. 394. Qualquer intervenção ou instalação de atividades econômicas na ZEIT


deve observar as normas, índices e parâmetros urbanístico da zona a qual pertence o imóvel.

Art. 395. Fica criada a Zona Especial de Interesse Turístico do Centro – ZEIT-
Centro.
§ 1º A ZEIT - Centro objetiva a proteção da paisagem histórica, cultural e
turística da área central, preservando-se a área de origem do Município de Votuporanga e o
investimento em atividades econômicas voltadas ao turismo de compras, lazer, religioso e
cultural.
§ 2º São integrantes da ZEIT-Centro, os seguintes locais:
I – Praça Cívica “Prof. Benedito Lopes de Oliveira” (que abriga a Escola
Municipal de artes “João Cornachione”, a Concha Acústica “Prof. Geraldo Alves Machado”
e o Centro Cívico Cultural “Vereador José Dirceu de Carvalho”);
II – Praça “Dr. Fernando Costa” (abriga a Fonte Luminosa e o Obelisco Marco
Zero);
III – Praça da Matriz (abriga a Catedral Nossa Senhora Aparecida);
IV – Rua Amazonas (trecho da Rua Paraíba a Rua Itacolomi);
V – Cinema (Cine Votuporanga);
VI – Cartório Eleitoral de Votuporanga (antigo “Palácio da Justiça”);
VII – Mercado Modelo de Votuporanga (localizado na Rua Bahia).

Art. 396. Fica criada a Zona Especial de Interesse Turístico da São Bento –
ZEIT-São Bento.
§1° A ZEIT – São Bento objetiva a proteção da paisagem histórica, cultural e
turística da Praça São Bento, o investimento em atividades econômicas voltadas ao turismo
de compras, lazer, religioso e cultural, preservando a origem da maior vila do município de
Votuporanga, a Vila Marin.
§ 2º São integrantes da ZEIT- São Bento os seguintes locais:
I – Fonte Luminosa;
II – Monumento Tori;
III – Feira livre.
210

Art. 397. Fica criada a Zona Especial de Interesse Turístico da Estação – ZEIT-
Estação.
§ 1º A ZEIT - Estação objetiva a proteção da paisagem histórica, cultural e
turística e de sua identidade, bem como a conservação do padrão arquitetônico adotado na
época de sua construção e o investimento em atividades econômicas voltadas ao turismo
ferroviário, lazer e cultural.
§ 2º São integrantes da ZEIT - Estação, os seguintes locais:
I – Estação Ferroviária;
II – Armazéns (atual almoxarifado da Prefeitura Municipal);
III – Antigo prédio da “Algodoeira Grupo Matarazzo” - Ecotudo Sul;
IV – Instituto Brasileiro do Café – IBC.

Art. 398. Fica criada a Zona Especial de Interesse Turístico da Avenida Prestes
Maia – ZEIT-Avenida Prestes Maia.
§ 1º A ZEIT – Avenida Prestes Maia objetiva a conservação do projeto
arquitetônico e paisagístico original desenvolvido pelo Prestes Maia, bem como os cones
visuais da cidade.
§ 2º São integrantes da ZEIT- Avenida Prestes Maia, os seguintes locais:
I - Avenida Prestes Maia, em toda a sua extensão.

Art. 399. Fica criada a Zona Especial de Interesse Turístico do Parque da


Cultura – ZEIT-Parque da Cultura.
§ 1º A ZEIT- Parque da Cultura objetiva a proteção da paisagem histórica,
cultural e turística do Parque e o investimento em atividades econômicas voltadas ao turismo
de eventos, cultural e gastronômico.
§ 2º São integrantes da ZEIT-Parque da Cultura, os seguintes locais:
I – Parque da Cultura a “Profª Adoração Esteves Garcia Hernandez”;
II – Centro de Lazer do Trabalhador “Oscar Bottura”;
III – Centro de Informações Culturais e Turísticas “Marão Abdo Alfagali”;
IV – Museu Municipal “Edward Coruripe Costa”;
V – Biblioteca Municipal “Castro Alves”;
VI – Praça “Daniel da Silva Dorado”.

Art. 400. Fica criada a Zona Especial de Interesse Turístico do Centro de


Convenções “Jornalista Nelson Camargo” – ZEIT-Centro de Convenções “Jornalista Nelson
Camargo”.
§ 1º A ZEIT-Centro de Convenções “Jornalista Nelson Camargo” objetiva o
incentivo à atividades culturais e artísticas e o investimento em atividades econômicas
voltadas ao turismo de eventos, artístico, gastronômico e ecológico.
§ 2º São integrantes da ZEIT-Parque da Cultura, os seguintes locais:
I – Centro de Convenções “Jornalista Nelson Camargo”;
II – Avenida dos Bancários;
211

III – Centro de Apoio e Educação Ambiental do Bosque “Maximino Hernandes”


e Trilha Ecológica Vale do Sol;
IV – Avenida Vale do Sol.

Art. 401. Fica criada a Zona Especial de Interesse Turístico da Represa


Municipal Represa Municipal “Prefeito Luiz Garcia De Haro” – ZEIT-Represa Municipal
“Prefeito Luiz Garcia De Haro”.
§ 1º A ZEIT - Represa Municipal “Prefeito Luiz Garcia De Haro” objetiva a
proteção da paisagem natural da Represa Municipal e do Horto Florestal e o investimento
em atividades econômicas voltadas turismo náutico, esportivo, ecoturismo e gastronômico.
§ 2º São integrantes da ZEIT - Represa Municipal “Prefeito Luiz Garcia De
Haro”, os seguintes locais:
I – Parque Municipal “Prefeito Luiz Garcia De Haro”;
II – Horto Florestal “Sérgio Ramalho Matta”.

Art. 402. Fica criada a Zona Especial de Interesse Turístico da Arena “Plínio
Marin” – ZEIT-Arena “Plínio Marin”.
§ 1º A ZEIT – Arena “Plínio Marin” objetiva a proteção da paisagem natural
Parque da Zona Norte e o incentivo à eventos e atividades econômicas voltadas ao
ecoturismo e turismo educacional e esportivo.
§ 2º São integrantes da ZEIT - Arena “Plínio Marin”, os seguintes locais:
I – Arena Plinio Marin;
II – Terminal Rodoviário Interestadual e Municipal “Leônidas Pereira de
Almeida”;
III – Complexo Aquático “Savério Maranho”;
IV – Parque Municipal da Zona Norte;
V – Pista de Skate.

Art. 403. Fica criada a Zona Especial de Interesse Turístico da Vila Carvalho –
ZEIT - Vila Carvalho.
§ 1º A ZEIT - Vila Carvalho objetiva a proteção do patrimônio paisagem
histórica, cultural e turística e propiciar a geração de trabalho e renda por meio de atividades
econômicas voltadas ao ecoturismo, cicloturismo, turismo rural, gastronômico, cavalgadas
e de peregrinação.
§ 2º São integrantes da ZEIT - Vila Carvalho, os seguintes locais:
I – Ruínas do Cemitério Boiadeiro da Vila Carvalho;
II – Estrada Boiadeira do Taboado (Divisa de Valentim até o Córrego da Prata
na Divisa de Cosmorama);
III – Vila Carvalho;
IV – Vila do Cruzeiro.
212

Art. 404. Fica criada a Zona Especial de Interesse Turístico da Estrada


Municipal “Adriano Pedro Assi”.
Parágrafo único. A ZEIT - Municipal “Adriano Pedro Assi” objetiva o
desenvolvimento territorial vinculado à produção agrícola com o incentivo ao turismo
gastronômico, de lazer e produtos artesanais.

Art. 405. Fica criada a Zona Especial de Interesse Turístico do São José dos
Dourados.
§1° A ZEIT- São José dos Dourados objetiva a proteção e conservação de
recursos naturais de interesse ambiental e o incentivo a atividades de ecoturismo associado
à educação ambiental.
§ 2º São integrantes da ZEIT – São José dos Dourados, os seguintes locais:
I – Reserva Ambiental do Pedro Quincas;
II – Sítio Andreneli.

Art. 406. Fica criada a Zona Especial de Interesse Turístico do Aeroporto


Estadual “Domingos Pignatari”.
§1° A ZEIT - Aeroporto Estadual “Domingos Pignatari” objetiva o
desenvolvimento de atividades econômicas voltadas ao transporte de turistas de
Votuporanga e Região.
§ 2º São integrantes da ZEIT – Aeroporto Estadual “Domingos Pignatari”, os
seguintes locais:
I – Aeroporto Estadual “Domingos Pignatari”;
II – Aeroclube de Votuporanga.

Art. 407. Fica criada a Zona Especial de Interesse Turístico do Centro de


Eventos “Helder Henrique Galera”.
§1° A ZEIT - Centro de Eventos “Helder Henrique Galera” objetiva a proteção
da paisagem natural e turística do Centro de eventos e o incentivo as atividades econômicas
voltadas a eventos esportivos.
§ 2º São integrantes da ZEIT – Centro de Eventos “Helder Henrique Galera”, os
seguintes locais:
I – Centro de Eventos “Helder Henrique Galera”;
II – Pista de Aeromodelismo da AVA.

Art. 408. Os seguintes locais, também, integram a ZEIT sem delimitação


específica:
I – Parque Municipal Bosque das Nações (abriga a Reserva Ecológica - Mata
dos Macacos);
II – Casa Vila Nirvana;
III – Cemitério “Petronilo Gonçalves da Silva”.
213

Seção VI
Zona Especial de Proteção ao Patrimônio – ZEPP

Art. 409. A Zona Especial de Proteção ao Patrimônio – ZEPP é formada por


porções do território destinadas à preservação, valorização e salvaguarda dos bens materiais
e imateriais, públicos ou privados, de interesse cultural, urbano, histórico, paisagístico,
arquitetônico, arqueológico, artístico, etnográfico e genético, que devido a sua importância
estratégica para a preservação da memória cultural e dos valores simbólicos materiais e
imateriais, necessitam de políticas específicas para efetiva proteção, recuperação e
manutenção.
Parágrafo único. Os bens tombados ou protegidos por legislação Municipal,
Estadual ou Federal enquadram-se como ZEPP e sua delimitação e mapeamento se dará por
meio de Lei Municipal específica.

Art. 410. A ZEPP se caracteriza por:


I – bens edificados tombados ou em processo de tombamento e o seu entorno
relevante, com valor histórico, arquitetônico, artístico, arqueológico e/ou cultural;
II – sítios e logradouros com características ambientais, naturais ou antrópicas,
tais como parques, jardins, praças e formações naturais significativas bem como seu entorno;
III – territórios com características singulares do ponto de vista da morfologia
urbana, arquitetônica, paisagística ou do ponto de vista cultural e simbólico ou conjuntos
urbanos dotados de identidade e memória que constituam documentos representativos do
processo de urbanização de determinada época;
IV – bens de produção e fruição cultural destinados à formação, apropriação e
exibição pública de conteúdos culturais e artísticos, tais como monumentos, teatros, cinemas
de rua, circos e centros culturais;
V – polos de atratividade cultural e turística ou espaços com significado afetivo
e simbólico para a comunidade, cuja proteção é necessária para a dinamização da vida
cultural da cidade.

Art. 411. São objetivos das ZEPP:


I – preservação, conservação, restauro e valorização do patrimônio histórico,
cultural, artístico e paisagístico do Município;
II – preservação da identidade das áreas de interesse histórico, paisagístico e
cultural, valorizando as características históricas, sociais e culturais;
III – identificação e preservação de imóveis e lugares dotados de identidade
cultural, religiosa e de interesse público, cujos usos, apropriações e/ou características
apresentam um valor que lhe são socialmente atribuídos pela população;
IV – proteção e documentação do patrimônio imaterial, definido nos termos da
Lei Municipal n° 5700, de 02 de dezembro de 2015;
V – desenvolvimento ordenado e sustentável das áreas de interesse histórico e
cultural, tendo como premissa a preservação do patrimônio histórico-cultural;
214

VI – realização de ações articuladas para melhoria de infraestrutura, turismo, da


economia criativa e de desenvolvimento sustentável;
VII – estímulo à fruição e ao uso público do patrimônio histórico-cultural do
município.

Art. 412. Na realização de intervenções urbanísticas ou arquitetônicas, públicas


ou privadas, deverão ser observadas as seguintes diretrizes para a manutenção das
características das ZEPP:
I – valorizar o conjunto urbano e as atividades econômicas, respeitando o acervo
arquitetônico e urbanístico e promover sua incorporação as potenciais novos usos;
II – diversificar os usos e a dinâmica de funcionamento de forma compatível
com a preservação da memória da ZEPP;
III – potencializar a implantação e/ou da manutenção de atividades econômicas,
turísticas, culturais e habitacionais condizentes com sua estrutura física;
IV – adequar e controlar a publicidade, a sinalização pública e qualquer elemento
com interferência nas fachadas dos imóveis, de acordo com a legislação vigente;
V – garantir a desobstrução e a plena visibilidade de bens tombados e inscritos
no Inventário de Proteção do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural – IPPHAC.

Seção VII
Zona Especial Aeroportuária – ZEA

Art. 413. A Zona Aeroportuária é constituída pela área do Aeroporto Estadual


Domingos Pignatari e seu entorno, consoante perímetro delimitado no Mapa 09 – Zona
Especial Aeroportuária - ZEA, desta Lei Complementar.

Art. 414. São objetivos da Zona Aeroportuária:


I – expansão do Aeroporto “Domingos Pignatari”;
II – proteção da área envoltória do Aeroporto “Domingos Pignatari”;
III – incentivo à otimização do aeroporto, ampliando sua atividade para o
transporte de cargas;
IV – incentivo a parcerias com a iniciativa privada.

Art. 415. O Plano Básico da Zona de Proteção de Aeródromo é estabelecido de


acordo com as classes especificadas no art. 5º, do Decreto nº 83.399, de 03 de maio de 1979,
sendo sua regulamentação e fiscalização realizados pelo Ministério da Aeronáutica.

Art. 416. Qualquer empreendimento ou projeto localizado na Zona Especial


Aeroportuária - ZEA deverá ser analisado e aprovado pelo Município de Votuporanga.
Parágrafo único. As construções, localizadas na ZEA, deverão obedecer à
legislação do Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (DAESP) e do Ministério
215

da Aeronáutica, sendo obrigatória a apresentação da Certidão de Inexigibilidade ou


documento que comprove a análise e o deferimento dos órgãos competentes responsáveis
pelo espaço aéreo.

CAPÍTULO VII
DO PARCELAMENTO DO SOLO URBANO

Seção I
Das Disposições Gerais

Art. 417. Constituem-se objetivos do parcelamento do solo urbano:


I – o desenvolvimento ordenado do espaço físico, disciplinando o uso do solo
para que as diversas atividades se distribuam de forma equilibrada pelo território;
II – a garantia que o parcelamento do solo urbano atenda ao aumento
populacional e o adensamento ordenado, com a capacidade de ampliação da malha viária,
dos equipamentos comunitários, do serviço de transporte público, dos serviços de coleta de
resíduos sólidos e com a infraestrutura básica, para o correto atendimento à população do
município;
III – a compatibilização do parcelamento do solo com as condições ambientais
possibilitando um desenvolvimento sustentável;
IV – a compatibilização do uso do solo com o sistema viário, possibilitando
maior fluidez do trânsito quando da instalação de novos empreendimentos e novos polos
geradores de tráfegos;
V – o estímulo ao crescimento do Município de Votuporanga na área já
urbanizada, dotada de serviços, infraestrutura e equipamentos, de forma a otimizar o
aproveitamento da capacidade instalada e reduzir os seus custos;
VI – a integração dos usos, promovendo a diversificação e mesclagem de usos
compatíveis, de modo a reduzir os deslocamentos da população e equilibrar a distribuição
da oferta de emprego e trabalho na cidade;
VII – prover a cidade com áreas para a implantação de equipamentos
comunitários para a área da saúde, educação, assistência social, esporte, bem como espaços
livres de uso público que garantam o lazer e a qualidade ambiental;
VIII - distribuição de usos e a intensificação do aproveitamento do solo de forma
equilibrada em relação à infraestrutura, aos transportes e ao meio ambiente, de modo a evitar
sua ociosidade ou sobrecarga e otimizar os investimentos coletivos;
IX – a reestruturação e a requalificação urbanística para melhor aproveitamento
de áreas dotadas de infraestrutura;
X – o estímulo a requalificação, com melhor aproveitamento da infraestrutura
instalada, de áreas de urbanização consolidada, com condições urbanísticas de atrair
investimentos imobiliários para habitação de interesse social;
216

XI – a urbanização e qualificação de áreas de infraestrutura básica incompleta e


com carência de equipamentos sociais;
XII – o aproveitamento dos investimentos urbanos realizados e a geração de
novos recursos, buscando reduzir progressivamente o déficit social representado pela
carência de infraestrutura urbana, de serviços sociais e de moradia para a população de baixa
renda;
XIII – a urbanização, requalificação e regularização dos assentamentos
irregulares, visando sua integração ao restante da malha urbana;
XIV – a promoção da diversificação das tipologias arquitetônicas como garantia
de uma reciclagem das edificações para novos usos;
XV – a coibição e reversão da prática de construção e uso irregular das
edificações, revendo, adequando e simplificando a legislação e implantando sistema eficaz
de fiscalização;
XVI – a coibição do surgimento de assentamentos irregulares, implantando
sistema eficaz de fiscalização e definição das condições e parâmetros para regularizar os
assentamentos consolidados, incorporando-os à estrutura urbana, respeitado o interesse
público e o Meio Ambiente.

Art. 418. O parcelamento do solo poderá ser feito mediante loteamento,


desmembramento, desdobro de lote, remembramento, reloteamento, remanejamento e
condomínio de lotes, sendo:
I – o loteamento, a subdivisão do solo em lotes destinados a edificação de
qualquer natureza, com abertura de vias de circulação ou prolongamento de logradouro
públicos, modificações ou ampliação das já existentes e destinação de áreas públicas para
lazer e serviços públicos básicos para atendimento da população;
II – o desmembramento, a subdivisão do solo de glebas em lotes destinados a
edificação de qualquer natureza, com aproveitamento do sistema viário existente, sem a
abertura de novas vias e logradouros públicos, nem o prolongamento, modificação ou
ampliação dos já existentes;
III – o desdobro de lote, a divisão da área do lote, quando oriundo de
parcelamento regular devidamente aprovado, para a formação de novos lotes, originando
novas matrículas, que deverão atender as dimensões mínimas definidas por esta lei;
IV – o remembramento ou agrupamento, a união de dois ou mais lotes ou glebas
adjacentes, resultando em um novo imóvel com matrícula própria;
V – o reloteamento, a nova subdivisão de área já loteada, construída ou não, a
fim de regularizar a configuração dos lotes, ou adequá-los às de zoneamento, ou para a
criação de lotes que, pela sua situação, forma e dimensão, sejam suscetíveis de emprego
imediato para fins de edificação de qualquer natureza, com abertura, prolongamento, ou
modificação das vias existentes;
VI – o remanejamento, a nova disposição de área já loteada, construída ou não,
afim de regularizar a configuração dos lotes, ou adequá-los às normas de zoneamento, ou
para criação de lotes que, pela sua situação, forma e dimensão, sejam suscetíveis de emprego
217

imediato para fins de edificação de qualquer natureza, sem abertura, prolongamento ou


modificação das vias existentes e criação de novos lotes;
VII – o condomínio de lotes, a divisão do imóvel em unidades autônomas
destinadas à edificação unifamiliar futura, às quais correspondem a frações ideais exclusivas
e das partes de propriedade comum dos condôminos, onde não implique na abertura de
logradouros públicos, nem na modificação ou ampliação dos já existentes, sendo admitida
abertura de vias de domínio privado internamente ao perímetro do condomínio, permitida
em gleba proveniente de parcelamento e de acordo com diretrizes emitidas pela
municipalidade, sendo de responsabilidade dos proprietários das unidades autônomas que
compõem o referido empreendimento a conservação e manutenção dos serviços de vias de
circulação, área verde, sistema viário, redes de saneamento, iluminação, sinalização e coleta
de resíduos de cada unidade/lote e outros que lhes sejam delegados pela Municipalidade.
§1º O Loteamentos de Acesso Controlado é modalidade de loteamento,
caracterizado pela adoção de controle de acesso a pedestres e veículos e de sistema de
tapagem que o separa da malha viária urbana ou da área rural adjacente, constituindo seu
sistema viário e espaços livres de uso público, objetos de concessão especial em favor de
seus moradores, sendo de responsabilidade dos proprietários dos lotes que compõem o
referido empreendimento a conservação e manutenção das áreas verdes, sistema viário, redes
de saneamento, iluminação, sinalização e coleta de resíduos de cada unidade/lote e outros
que lhes sejam delegados pela Municipalidade.
§2º O Conjunto Habitacional poderá ser realizado mediante o parcelamento do
solo ou condomínio edilício, em que o empreendimento se destina à construção de
habitações de interesse social - HIS, cuja implantação das edificações unifamiliares ou
multifamiliares é feita pelo empreendedor, concomitantemente à implantação das obras de
urbanização executadas pelo empreendedor.
§3º A Chácara de Lazer é uma modalidade de parcelamento do solo urbano, que
se destina a moradia ocasional ou não e ao lazer da população, a ser implantado na
modalidade de Loteamento de Acesso Controlado, sendo de responsabilidade dos
proprietários dos lotes que compõem o referido empreendimento a conservação e
manutenção das áreas verdes, sistema viário, redes de saneamento, iluminação, sinalização
e coleta de resíduos de resíduos de cada unidade/lote e outros que lhes sejam delegados pela
Municipalidade.

Seção II
Dos Requisitos Urbanísticos Mínimos do Parcelamento do Solo

Art. 419. Somente será permitido o parcelamento do solo para fins urbanos na
Macrozona Urbana, assim definidas nesta Lei Complementar.
§1º Não será permitido o parcelamento de solo em:
218

I – terrenos alagadiços, sujeitos a inundações, fundos de vales ou erosões, antes


de tomadas as providências para assegurar o escoamento ordenado das águas pluviais e
respeitadas as legislações pertinentes;
II – terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública sem
que sejam previamente remediados e saneados;
III – terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação;
IV – terrenos com declividade igual ou superior a trinta por cento, salvo se
atendidas as exigências específicas das autoridades competentes;
V – áreas de preservação permanente;
VI – áreas encravadas e sem acesso à via pública oficial existente implantada.
§2º O Poder Executivo Municipal poderá recusar a proposta inicial de projeto de
parcelamento do solo, em qualquer modalidade, podendo solicitar parecer do COMURB,
com a justificativa de:
I – excessiva oferta de lotes;
II – sobrecarga nas redes de infraestrutura;
III – necessidade de investimento em obras de infraestrutura e custeio de
serviços;
IV – dentre outras verificadas pela Municipalidade.
§3º Projetos de parcelamento do solo que possuam acesso à via pública oficial
existente, porém sem infraestrutura, somente serão aprovados caso fique o empreendedor
responsável pela execução das obras necessárias até a sua conexão com existente.

Art. 420. Será obrigatória a reserva de faixa non aedificandi, nos seguintes
casos:
I – ao longo das águas correntes: 30,00m (trinta metros), no mínimo, de cada
lado, desde a borda da calha do leito regular;
II – ao longo das faixas de domínio público das rodovias, ferrovias e dutos: 15,00
m (quinze metros) de cada lado;
III – ao longo das linhas de transmissão de energia elétrica deverá ser reservada
faixa não edificante de cada um dos lados, com dimensão conforme a tensão das torres,
determinada pela concessionária responsável, mantidas as distâncias mínimas de segurança
fixadas por esta, conforme o caso.

Art. 421. O sistema viário e cicloviário deverá articular-se com as vias


adjacentes oficiais, existentes e projetadas, e harmonizar-se com a topografia local, devendo
respeitar as diretrizes do Sistema Viário Municipal, conforme disposto no Seção II, Capítulo
V, do Título III e no Mapa 10 - Hierarquia e Diretrizes de Expansão do Sistema Viário, desta
lei complementar.
Parágrafo único: As vias coletoras e arteriais existentes ou projetadas não
poderão ser interrompidas ou suprimidas.
219

Art. 422. As quadras resultantes deverão ter comprimento máximo de 150,00 m


(cento e cinquenta metros), permitindo uma variação de 5% (cinco por cento) para
adequação do projeto urbanístico.
§ 1° Os empreendimentos que confrontem com vias marginais deverão destinar
os lotes voltados a estas vias, para Zona de Comércio e Serviços Pesados – ZCP ou Zona de
Parques Empresariais - ZPE, conforme Mapa 03 – Zoneamento da Macroárea Urbana
Consolidada e Macroárea Urbana de Proteção Ambiental e Mapa 04 – Zoneamento da
Macroárea Urbana de Expansão e Macroárea Urbana de Proteção Ambiental.
§ 2° Os lotes destinados a comércio e serviços deverão estar voltados para vias
coletoras ou arteriais, quando estas estiverem previstas no empreendimento, segundo as
diretrizes municipais do Sistema Viário Municipal, dispostas na Seção II, Capítulo V, Título
III.

Art. 423. Os projetos de parcelamento do solo e condomínios deverão observar


as exigências contidas no zoneamento descritas no Capítulo II, III, IV e V, deste Título.

Art. 424. Deverá ser destinada a porcentagem mínima de 5% (cinco por cento)
da área do empreendimento para áreas institucionais, na categoria equipamento comunitário,
devendo estas:
I – não confrontarem com lotes;
II – estarem voltadas para vias arteriais ou coletoras, quando estas estiverem
previstas no empreendimento, segundo as diretrizes municipais Sistema Viário Municipal,
dispostas na Seção II, Capítulo V, Título III;
III – possuírem dimensões e conformação adequadas que possibilite a
implantação de equipamentos de educação, saúde e assistência social;
IV – estarem bem localizadas no empreendimento;
V – darem continuidade às áreas institucionais de empreendimentos previamente
loteados, quando estas estiverem localizadas nas divisas;
VI – não possuírem declividade igual ou superior a declividade média da gleba
a ser parcelada que impeça ou dificulte a implantação dos equipamentos de saúde, educação
e assistência social.
§1º Não estão inclusos neste percentual as áreas destinadas aos equipamentos
urbanos.
§2º As áreas institucionais deverão possuir placa de identificação de uso, nos
termos do art. 517.

Art. 425. Deverá ser destinada a porcentagem mínima de 20% (vinte por cento)
da área do empreendimento para espaços livres de uso público permeáveis, sendo destes, no
mínimo 5% (cinco por cento) destinados para sistemas de lazer, sendo observado ainda:
I – os espaços livres de uso público não poderão confrontar com lotes em
nenhuma hipótese, com exceção dos sistemas de lazer destinados à mitigação dos impactos
220

causados pelos muros de condomínios de lotes e loteamentos de acesso controlado (fechado),


nos termos do art. 431;
II – para o atendimento da porcentagem mínima de áreas verdes indicadas no
caput, poderão ser computadas as áreas de preservação permanente;
III – as áreas verdes deverão ter calçadas, cercadas e conter placas de
identificação e lixeiras, nos termos do art. 517, sendo possível a implantação de pistas de
caminhada, desde que mantida a permeabilidade do solo;
IV – as áreas verdes deverão possuir dimensões adequadas a sua finalidade, de
forma a não serem fragmentadas em pequenas áreas e estarem localizadas, quando for o
caso, em contiguidade às áreas de preservação permanente de córregos ou de maciços
florestais;
V – os sistemas de lazer, respeitados os índices máximos de impermeabilização
previstos na legislação estadual e federal, deverão possibilitar a implantação de calçadas e
equipamentos de recreação, devendo para tanto, conter áreas em que as declividades sejam
inferiores a 15% (quinze por cento) e ainda prever no mínimo:
a) iluminação pública;
b) mobiliário urbano;
c) arborização paisagística;
d) pontos de abastecimento de água;
e) parque infantil;
f) academia ao ar livre e/ou um equipamento de esporte como quadra
poliesportiva, garrafão, campinho de futebol, conforme a análise da necessidade do entorno;
VI – os sistemas de lazer poderão ser impermeabilizados em até no máximo 5%
(cinco por cento) de sua área total;
VII – os parques lineares dos córregos formados pelas áreas de preservação
permanente, áreas úmidas e sistemas de lazer, deverão estar segregados por uma via Coletora
de Classe 01 (fundo de vale);
VIII – os sistemas de lazer não poderão se sobrepor a área do maior leito sazonal,
consideradas faixas de segurança contra inundação;
IX – poderão ser admitidas bacias de detenção nos espaços livres de uso público
dos empreendimentos, inclusive nos parques lineares, desde que estas estejam integradas à
paisagem do sistema de lazer e não ofereçam riscos à segurança da população.

Art. 426. Para os empreendimentos localizados nas Zonas Especiais de Proteção


ao Manancial de Abastecimento, ZEPAM 2 e 3, deverão ser observadas as porcentagens
mínimas exigidas contidas nas Subseções II e III, Seção IV, Capítulo VI, deste Título.
221

Subseção I
Do Loteamento de Acesso Controlado (Fechado)

Art. 427. O Loteamento de Acesso Controlado (fechado) se caracteriza pelo


controle de acesso de pedestres e veículos, bem como a utilização privativa do sistema viário,
infraestruturas urbanas, áreas verdes e sistema de lazer.
§ 1º A concessão de uso de bens públicos de que trata o caput deverá ser feita,
por meio de decreto municipal.
§ 2º O interessado deverá providenciar, dentro de 30 (trinta) dias, a partir da
expedição do decreto municipal, o registro do instrumento de concessão de uso de bens
públicos no processo de registro do loteamento, junto ao Serviço de Registro de Imóveis e
Anexos da Comarca, para fins de validade jurídica e publicidade, sob pena de caducidade do
decreto municipal.
§ 3º Fica vedada a concessão das áreas institucionais, na categoria equipamentos
comunitários, das áreas verdes e sistemas de lazer que compõe os parques lineares, que
deverão estar situadas fora dos limites da área privativa do empreendimento.
§ 4º Fica vedado o impedimento de acesso a autoridades e agentes públicos no
desempenho de suas funções, bem como pedestres ou condutores de veículos não residentes,
devidamente identificados e cadastrados.

Art. 428. A manutenção, limpeza e conservação das vias internas, das áreas
verdes, da arborização urbana e paisagismo, pintura de solo e placas de sinalização, postes
de iluminação, redes e equipamentos de água, esgoto e drenagem, bem como pelos serviços
coleta de resíduos e iluminação pública no interior do loteamento de acesso controlado,
ficarão sob a responsabilidade dos proprietários dos lotes do empreendimento.
Parágrafo único. A assunção da responsabilidade de conservação e manutenção
do empreendimento por seus proprietários, não isenta do pagamento dos tributos incidentes
sobre os respectivos imóveis.

Art. 429. Para aprovação do Loteamento de Acesso Controlado, o loteador


deverá informar o seu interesse em parcelar nesta modalidade quando do pedido de
Diretrizes, que deverá observar além das disposições específicas desta subseção, os
requisitos urbanísticos mínimos de parcelamento do solo dispostos na Seção II, deste
Capítulo.

Art. 430. O grão máximo para fechamento dos muros de Loteamentos de


Acesso Controlado (fechados) é de 125.000 m² (cento e vinte e cinco mil metros quadrados),
sendo que nenhum dos lados poderá exceder o limite máximo de 400 (quatrocentos) metros,
permitindo uma variação de até 5% (cinco por cento) para adequação do projeto urbanístico,
devendo este ainda respeitar as diretrizes do Sistema Viário Municipal, dispostas no Seção
II, Capítulo V, Título III, cujas vias coletoras e arteriais existentes ou projetadas não poderão
ser interrompidas.
222

Art. 431. A fim de se evitar o impacto paisagístico, urbanístico e na segurança


das vias, os muros dos loteamentos de acesso controlado, não deverão confrontar com as
vias públicas, devendo recuar delas no mínimo 4,00m (quatro metros).
Parágrafo único. O recuo a que se refere o caput deste artigo, poderá ser ocupado
por lotes com frente para as vias públicas, áreas institucionais ou áreas permeáveis e serem
equipadas com iluminação, arborização e mobiliário urbano, devendo para cada caso atender
as disposições especificas desta lei complementar.

Art. 432. Nos loteamentos de acesso controlado, poderá haver a implantação de


lotes mistos ou de comércio e serviços que deverão localizar-se fora da área privativa do
empreendimento.
Parágrafo único. Os projetos de empreendimentos que prevejam unidades de
comércio e serviços internos ao loteamento de acesso controlado, deverão observar o
disposto nos Capítulos V e VI deste Título, afim de se garantir a compatibilidade destes usos
com o uso residencial.

Art. 433. A iluminação das vias, fora dos padrões empregados no município, só
será permitida mediante aprovação do Poder Executivo Municipal e da concessionária local,
e a manutenção será de responsabilidade exclusiva dos proprietários de lotes ou da
associação de moradores do empreendimento.

Art. 434. O empreendimento deverá possuir acesso com dimensionamento


adequado para veículos de serviços públicos como da concessionária de energia elétrica,
SAEV Ambiental e Corpo de Bombeiros, bem como para veículos de grande porte.

Art. 435. No caso de dissolução da associação do loteamento de acesso


controlado, com a demolição do muro e abertura ao uso público das áreas cedidas ao
empreendimento, as mesmas passarão a reintegrar o patrimônio municipal sendo cessada a
sua concessão, bem como de toda a infraestrutura urbana instalada, sem qualquer
indenização, seja a que título for.

Subseção II
Das Chácaras de Lazer

Art. 436. Os empreendimentos de chácaras de lazer deverão atender às


exigências dispostas nesta subseção e aos requisitos urbanísticos mínimos de parcelamento
do solo dispostos na Seção II, deste Capítulo, naquilo que couber.

Art. 437. Os empreendimentos na modalidade Chácaras de Lazer, a serem


implantados em imóveis localizados na Macrozona Rural, deverão ser inclusos no perímetro
223

urbano e à Macrozona Urbana, inserida na Macroárea Urbana de Expansão, nos termos da


Subseção IV, Seção II, Capítulo II, deste Título.
Parágrafo único. Fica vedada a implantação de empreendimentos na modalidade
Chácaras de Lazer na Macroárea Urbana Consolidada – MUC, nos termos do art. 287.

Art. 438. As Chácaras de Lazer só poderão ser aprovadas na modalidade


Loteamento de Acesso Controlado, devendo ser atendidas as diretrizes contidas nos arts.
427, 428, 429, 433, 434 e 435.

Art. 439. Para aprovação da Chácara de Lazer, o interessado deverá informar o


seu interesse em parcelar nesta modalidade quando do pedido de Diretrizes.

Art. 440. As quadras resultantes na modalidade de parcelamento em Chácaras


de Lazer deverão ter comprimento máximo de 200,00m (duzentos metros), permitindo uma
variação de até 5% (cinco por cento) para adequação do projeto urbanístico.

Art. 441. Não será permitido o parcelamento em chácaras de lazer por meio de
desmembramento e o desdobro não poderá resultar em lotes menores do que o mínimo
previsto na Seção V, Capítulo V, deste Título.

Art. 442. Os empreendimentos de Chácaras de Lazer deverão atender às


diretrizes e especificações de infraestrutura para loteamentos, dispostas na Seção III, deste
Capítulo.
§ 1º Por sua característica mista urbano-rural, de baixa densidade construtiva e
populacional, os empreendimentos de Chácaras de Lazer localizados na Macroárea Urbana
de Expansão poderão apresentar, a critério do Poder Executivo Municipal, por meio do
Decreto de Diretrizes e Certidão da SAEV, os seguintes projetos alternativos de
infraestrutura:
I – estações de tratamento de efluentes compactas, conjuntos de biodigestores ou
sistema de fossa séptica, sumidouro e valas de infiltração individuais para os lotes de acordo
com as normativas NBR 7.229/93 e NBR 13.969/97 da Associação Brasileira de Normas
Técnicas - ABNT ou outras que vierem a substituí-las;
II – redes de distribuição, ligações prediais e Sistema de captação, tratamento e
reservação outorgadas pelo Departamento de Água e Energia Elétrica, com reservatório de
no mínimo 6 (seis) horas de consumo;
III – perenização de vias;
IV – sistema de drenagem com utilização de no mínimo calhas em “V”,
detenção, dissipação e lançamento conforme definido tecnicamente, comprovada a
efetividade na prevenção a erosão.
§2º O abastecimento de água deverá ser mediante solução coletiva para todo
empreendimento, ficando proibida a perfuração de poços por lote.
224

§3º No caso em que o projeto de pavimentação apresentado, utilizar o método


de perenização de vias, o projeto de sinalização viária deverá prever no mínimo a sinalização
vertical.

Subseção III
Do Desmembramento de Lotes e Glebas Urbanas

Art. 443. O desmembramento de glebas urbanas deverá atender às exigências


dispostas nesta subseção e àquelas dispostas na Seção II, deste Capítulo, naquilo que couber.
§1º O desmembramento de glebas urbanas é o parcelamento do solo que resulta
em glebas urbanas com área igual ou superior a 10.000 m² (dez mil metros quadrados), sem
a finalidade de urbanização, cuja a finalidade seja a venda, partilha de bens ou doação, razão
pela qual não é necessária a existência de todas as infraestruturas.
§ 2º O desmembramento de lotes é a subdivisão de uma gleba em lotes
destinados a edificação, com aproveitamento do sistema viário e infraestrutura existente,
desde que não implique na abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no
prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes.

Art. 444. Os lotes resultantes de desmembramento deverão ter as dimensões


mínimas previstas segundo o uso e zona a que pertence, conforme disposto nos Capítulos II,
IV, V e VI, deste Título.

Art. 445. Os desmembramentos de lotes ou glebas deverão observar e respeitar


as diretrizes do Sistema Viário Municipal, conforme disposto na Seção II, Capítulo VIII, do
Título IV, cujas vias coletoras e arteriais existentes ou projetadas não poderão ser
interrompidas ou suprimidas.
§ 1º Os projetos de desmembramento não poderão fechar ou inviabilizar o acesso
ao fundo de glebas.
§ 2º Nos desmembramentos de áreas localizadas com frente para as Avenidas
Hernani de Mattos Nabuco e República do Líbano, deverá ser exigida a destinação de faixas
non aedificandi complementares para futuro alargamento das calçadas, nas dimensões
previstas para cada classe de via, conforme diretrizes do Sistema Viário Municipal,
dispostas na Seção II, Capítulo VIII, Título IV.

Art. 446. Para aprovação do desmembramento de lotes que resultem em até 10


lotes e possuam todas as infraestruturas urbanas instaladas, o interessado deverá apresentar
requerimento à Prefeitura Municipal, acompanhado dos documentos e seguir os
procedimentos a serem regulamentados por Decreto Municipal.

Art. 447. O interessado deverá protocolar na Prefeitura Municipal os


documentos, alterações e correções de projetos solicitadas nas exigências técnicas.
225

§ 1° Cada protocolo poderá ter no máximo 5 (cinco) análises técnicas e deverá


o interessado e/ou profissional responsável se manifestar sobre o atendimento a cada
“Comunique-se” no prazo máximo de 30 (trinta) dias sob pena indeferimento e
arquivamento do processo.
§ 2° A manifestação apresentada deverá ser validada e auferida novos prazos, se
for o caso, pelo secretário da pasta.

Art. 448. Os desmembramentos acima de 10 lotes resultantes e/ou aqueles que


não possuam todas as infraestruturas implantadas, seguirão o rito de aprovação disposto na
Seção IV deste Capítulo desta Lei Complementar.
Parágrafo único. As melhorias ou ampliação nas infraestruturas instaladas
necessárias para atender o projeto de desmembramento serão objeto de diretriz municipal e
sua execução ficarão a cargo do empreendedor.

Art. 449. Aprovado o projeto de desmembramento, o interessado deverá


submeter os projetos e documentos ao registro imobiliário junto ao Cartório de Registro de
Imóveis dentro do prazo de 180 (cento e oitenta) dias, sob pena de caducidade da aprovação.

Subseção IV
Do Desdobro

Art. 450. Os desdobros de lotes deverão atender às exigências dispostas nesta


subseção e às exigências dispostas na Seção II, deste Capítulo, naquilo que couber.

Art. 451. O tamanho mínimo dos lotes resultantes do desdobro deverá respeitar
o uso e a zona em que se localiza, conforme disposto nos Capítulos II, IV, V e VI, deste
Título.
Parágrafo único. Serão admitidas áreas de lotes menores nas Zona Estritamente
Residencial – ZER, Zona e Predominantemente Residencial – ZPR e Zona Residencial Mista
– ZRM, garantida a testada exigida na zona em que se localiza e não podendo ser inferiores
à 125,00 m² (cento e vinte e cinco metros quadrados), conforme estabelecido pela Lei
Federal Nº 6.766 (artigo 4º, inciso II), desde que seja o único imóvel do interessado e não se
configure o parcelamento sucessivo, afim de se evitar a utilização do instrumento do
desdobro para tergiversar a lei do parcelamento do solo.

Art. 452. Para aprovação de desdobro de lote, o interessado deverá apresentar


requerimento à Prefeitura Municipal, acompanhado dos documentos e seguir os
procedimentos a serem regulamentados por Decreto Municipal.

Art. 453. O interessado deverá protocolar na Prefeitura Municipal os


documentos, alterações e correções de projetos solicitadas nas exigências técnicas.
226

§ 1° Cada protocolo poderá ter no máximo 5 (cinco) análises técnicas e deverá


o interessado e/ou profissional responsável se manifestar sobre o atendimento a cada
“Comunique-se”, no prazo máximo de 30 (trinta) dias do envio, sob pena indeferimento e
arquivamento do processo.
§ 2° A manifestação apresentada deverá ser validada e concedido novos prazos,
se for o caso, pelo secretário da pasta.

Art. 454. Aprovado o projeto de desdobro, o interessado deverá submeter os


projetos e documentos ao registro imobiliário junto ao Cartório de Registro de Imóveis
dentro do prazo de 180 (cento e oitenta) dias, sob pena de caducidade da aprovação.

Subseção V
Do Remembramento ou Agrupamento

Art. 455. Os projetos de remembramento ou agrupamento de lotes deverão


atender às exigências dispostas nesta subseção e às exigências dispostas na Seção II, deste
Capítulo, naquilo que couber.

Art. 456. Os projetos de remembramento ou agrupamento de lotes deverão


observar e respeitar as diretrizes do Sistema Viário Municipal, conforme disposto no
Capítulo VIII, do Título IV, cujas vias coletoras e arteriais existentes ou projetadas não
poderão ser interrompidas ou suprimidas.

Art. 457. Para aprovação do remembramento ou agrupamento de lotes, o


interessado deverá apresentar requerimento à Prefeitura Municipal, acompanhado dos
documentos e seguir os procedimentos a serem regulamentados por Decreto Municipal.

Art. 458. O interessado deverá protocolar na Prefeitura Municipal os


documentos, alterações e correções de projetos solicitadas nas exigências técnicas.
§ 1° Cada protocolo poderá ter no máximo 5 (cinco) análises técnicas e deverá
o interessado e/ou profissional responsável se manifestar sobre o atendimento a cada
“Comunique-se” no prazo máximo de 30 (trinta) dias do envio, sob pena indeferimento e
arquivamento do processo.
§ 2° A manifestação apresentada deverá ser validada e concedidos novos prazos,
se for o caso, pelo secretário da pasta.

Art. 459. Aprovado o projeto de remembramento e agrupamento, o interessado


deverá submeter os projetos e documentos ao registro imobiliário junto ao Cartório de
Registro de Imóveis dentro do prazo de 180 (cento e oitenta) dias, sob pena de caducidade
da aprovação.
227

Subseção VI
Do Reloteamento e Remanejamento

Art. 460. Os projetos de Reloteamento e Remanejamento de lotes deverão


atender às exigências dispostas nesta subseção e às exigências dispostas na Seção II, deste
Capítulo, naquilo que couber.
Parágrafo único. Os projetos de Reloteamento de lotes deverão observar as
diretrizes do Sistema Viário Municipal, conforme disposto no Capítulo VIII, do Título IV,
cujas vias coletoras e arteriais existentes ou projetadas não poderão ser interrompidas ou
suprimidas.

Art. 461. O reloteamento e o remanejamento poderão ser compulsórios, nos


termos do disposto no artigo 44 da Lei Federal nº 6.766, de 19 de dezembro de 1.979,
mediante Decreto do Poder Executivo.
§ 1º Cabe à Prefeitura Municipal, no caso de reloteamento e remanejamento
compulsórios, delimitar o parâmetro e elaborar o projeto de reparcelamento, o qual incluirá
todas as propriedades públicas e particulares, as vias de comunicação, as áreas livres e os
equipamentos urbanos e comunitários da área.
§ 2º O ônus e os benefícios do reloteamento compulsório serão destituídos
equitativamente entre os proprietários envolvidos no projeto.
§ 3º No caso de incorporação ou venda de lotes, os antigos proprietários terão
preferência na aquisição de novas unidades.

Art. 462. Os projetos de reloteamento de lotes deverão seguir o rito de


aprovação do parcelamento do solo disposto na Seção IV deste Capítulo.
Parágrafo Único. Fica dispensado das obrigações a destinação de áreas públicas
contidas nos arts. 424 e 425, deste Capítulo.

Art. 463. Os projetos de remanejamento deverão seguir o rito de aprovação do


desdobro ou desmembramento, disposto na Subseção IV, da Seção II, deste Capítulo.

Subseção VII
Do Condomínio de Lotes

Art. 464. O Condomínio de Lotes é modalidade de empreendimento híbrido,


regrado como forma de parcelamento do solo conforme disposto no art. 2º da Lei Federal
6.766/1979, constituído de frações ideais de terreno que são propriedades privativas e
frações que são propriedades comuns dos condôminos.

Art. 465. Para aprovação dos Condomínios de Lotes, o interessado deverá


efetuar o pedido de aprovação nesta modalidade, quando do pedido de Diretrizes Municipais,
228

que deverá observar além das disposições específicas desta subseção, os requisitos
urbanísticos mínimos dispostos nos arts. 419 ao 423.
Parágrafo único. Os projetos de empreendimentos que preverem unidades de
comércio e serviços internas ao condomínio de lotes, deverão observar o disposto nos
Capítulos V e VI deste Título, afim de se garantir a compatibilidade destes usos com as
residências.

Art. 466. Os condomínios de lotes deverão destinar 5% (cinco por cento) da área
total do terreno para áreas institucionais, na categoria equipamentos comunitários, conforme
descrito no art. 424.
Parágrafo único. Ficam dispensados desta exigência empreendimento a serem
implantados em terrenos que já foram objeto de parcelamento do solo e tenham doado ao
município o percentual de áreas públicas exigido.

Art. 467. Os condomínios de lotes deverão destinar 20% (vinte por cento) da
área total do terreno ou gleba para áreas permeáveis, não sendo computados neste percentual
as áreas permeáveis privativas aos lotes.
§ 1º São dispensados da exigência do caput aqueles empreendimentos
implantados em terrenos que foram objeto de parcelamento do solo e que tenham doado ao
município o percentual de áreas públicas exigido.
§ 2º Para os empreendimentos implantados em área inferior a 10.000 m² (dez mil
metros quadrados), somente serão exigidas as áreas permeáveis do interior dos lotes.
§ 3º Os parques lineares dos córregos formados pelas áreas de preservação
permanente, áreas úmidas e sistemas de lazer, deverão estar fora do condomínio de lotes,
segregados por uma via pública Coletora de Classe 01 (fundo de vale) que não poderá ser
interrompida ou suprimida, conforme descrito na Seção II, Capitulo XX, Título III, desta lei
Complementar.
§ 4º Os condomínios de lotes localizados nas Zonas Especiais de Proteção ao
Manancial de Abastecimento, ZEPAM 2 e 3, deverão destinar a porcentagem mínima de 30
% (trinta por cento) da área total para área permeável, observado o disposto no art. 468.
§ 5º As áreas verdes e sistemas de lazer que compõe os parques lineares, bem
como as vias coletoras e arteriais, deverão estar fora dos limites do condomínio de lotes e
serão transmitidas ao Município.

Art. 468. Fica obrigatória a destinação de 5% (cinco por cento) da área total do
terreno ou gleba para espaços de uso comum internos ao condomínio, destinados ao lazer,
ajardinados e arborizados, e que não se caracterizem como circulação de acesso aos lotes.
Parágrafo único. A obrigação descrita no caput poderá ser computada como área
permeável descrita no art. 467, desde que seja garantida sua não impermeabilização.

Art. 469. O grão máximo para fechamento dos muros deverá atender o disposto
no arts. 430 e 431.
229

Art. 470. Os condomínios de lotes deverão possuir sistema de coleta de lixo em


dispositivo próprio, conforme estabelecido no Código de Obras, instalado dentro do lote ou
gleba, na frente do condomínio, não sendo permitido a instalação na calçada.

Art. 471. Os projetos de infraestrutura, bem como a interligação da mesma ao


sistema público nas vias lindeiras, obedecerão às normas e diretrizes exigidas pelos órgãos
competentes, que deverão estar em conformidade com o disposto na Seção III, deste
Capítulo.
Parágrafo único. As melhorias ou ampliação na infraestrutura pública instalada,
necessárias ao atendimento da demanda gerada pelo condomínio de lotes, serão exigidas
pelo Poder Executivo Municipal e sua execução ficará a cargo do empreendedor.

Art. 472. Deverão ser observadas as exigências contidas nas normas do


GRAPROHAB sobre a deliberação e análise dos projetos.

Seção III
Das Diretrizes Urbanísticas e de Infraestrutura para os Projetos de Parcelamento do
Solo

Art. 473. Todos os projetos de parcelamento do solo dispostos na seção anterior,


deverão estar georreferenciados no Plano Topográfico Local – PTL com representação de
malha coordenada.
§1º O interessado deverá solicitar ao Poder Executivo Municipal a implantação
das bases oficiais georreferenciadas, que deverão embasar o levantamento planialtimétrico
cadastral.
§ 2º As matrículas das glebas objetos de parcelamento do solo deverão estar
atualizadas e retificadas no Plano Topográfico Local – PTL.

Subseção I
Do Levantamento Planialtimétrico

Art. 474. O Projeto de Levantamento Planialtimétrico Cadastral, deverá estar


georreferenciado no Plano Topográfico Local - PTL e ter sido realizado a partir de bases
oficiais georreferenciadas fornecidas pelo Munícipio, mediante solicitação, conter os
documentos e seguir os procedimentos a serem regulamentados por Decreto Municipal.
Parágrafo único. Quando necessário, poderão ser exigidos levantamentos
planialtimétricos cadastrais complementares para embasamento dos projetos de
infraestrutura.
230

Subseção II
Do Projeto Urbanístico

Art. 475. O Projeto Urbanístico deverá estar georreferenciado no Plano


Topográfico Local – PTL, compatibilizado a todos os demais projetos complementares,
atender às normas e orientações contidas no Manual GRAPROHAB vigente e deverá conter
os documentos e seguir os procedimentos a serem regulamentados por Decreto Municipal.
§ 1º A denominação dos empreendimentos objetos de parcelamento do solo
obedecerão às seguintes normas:
I – Vila, quando a área for inferior a 50.000m² (cinquenta mil metros quadrados);
II – Jardim, quando a área for de 50.000m² (cinquenta mil metros quadrados) a
300.000m² (trezentos mil metros quadrados);
III – Parque, quando a área for superior a 300.000m² (trezentos mil metros
quadrados) e até 500.000m² (quinhentos mil metros quadrados);
IV – Bairro, quando a área for superior a 500.000m² (quinhentos mil metros
quadrados).
§ 2º As denominações de vias, na fase de elaboração e aprovação dos projetos
urbanísticos de que trata esta lei complementar, deverão conter exclusivamente números ou
letras, ressalvados os casos onde haja o prolongamento de vias já denominadas anteriormente
em loteamentos lindeiros ou, quando as diretrizes elaboradas pela Secretaria competente
identificar que a via ora denominada terá sua sequência viária.
§ 3º Não poderão ser adotadas denominações de empreendimentos já existentes.
§ 4º As infraestruturas de drenagem, cuja concepção técnica tenha por finalidade
armazenar temporariamente parte do volume de um evento de precipitação, deverão situar-
se em porções territoriais do empreendimento destinadas a equipamentos públicos urbanos,
os quais deverão possuir acesso individualizado.
§ 5º As infraestruturas de drenagem explicitadas no parágrafo anterior, poderão
ser incorporadas aos espaços livres de uso público, destinados a Sistema de Lazer, desde que
estas estejam integradas à paisagem do sistema de lazer e não ofereçam riscos à segurança
da população.
§ 6º O projeto urbanístico de loteamentos de Conjuntos Habitacionais deverá
constar as informações referentes a esta modalidade, bem como a delimitação gráfica das
unidades habitacionais a construir.

Art. 476. O projeto urbanístico deverá estar acompanhado de Memorial


Descritivo e Justificativo do Empreendimento, atendendo às normas e orientações contidas
no Manual GRAPROHAB.
231

Subseção III
Do Projeto de Terraplanagem

Art. 477. O Projeto de Terraplanagem do sistema viário ou vias de circulação


deverá atender no mínimo as seguintes diretrizes:
I – a manutenção do perfil natural do terreno e a concordância das vias com o
perfil natural das glebas vizinhas, evitando ao máximo a movimentação de terra, de modo
que os volumes resultantes da terraplanagem sejam, prioritariamente, compensados dentro
do próprio empreendimento;
II – a não incidência de saias de corte ou aterro sobre áreas vizinhas à gleba,
salvo quando não implicar em grande alteração do perfil natural do terreno que dificulte a
futura concordância viária e nem implique em grandes obras de contenção nos lotes como
muros de arrimo.
Parágrafo único. Nos casos de taludes incidentes sobre imóveis de terceiros,
deverá ser apresentado junto do projeto de Terraplanagem, carta de anuência devidamente
assinada, com autorização expressa do proprietário vizinho, acompanhada da certidão da
matrícula do imóvel confrontante.

Art. 478. O Projeto de Terraplanagem deverá atender às normas e orientações


contidas no Manual GRAPROHAB vigente, às orientações dispostas nesta subseção, a
outras diretrizes do Poder Executivo Municipal e demais documentos e seguir os
procedimentos a serem regulamentados por Decreto Municipal.

Subseção IV
Do Projeto de Pavimentação

Art. 479. O projeto de Pavimentação e calçamento deverá seguir as normas


estabelecidas pelo órgão municipal responsável e ser composto por documentos e seguir os
procedimentos a serem regulamentados por Decreto Municipal.
§ 1º Em todas as vias a capa asfáltica deverá ser de Concreto Betuminoso
Usinado a Quente – CBUQ, com espessura de 03 (três) centímetros e base solo brita de 15
(quinze) centímetros na proporção de 60% em todas as vias, sendo obrigatório a memória de
cálculo do dimensionamento, memorial descritivo e projeto.
§ 2º A pavimentação dos passeios deverá ser de uma faixa de no mínimo 1,20 m
(um metro e vinte centímetros) em concreto desempenado com espessura de 5cm (cinco
centímetros) e FCK 20Mpa;
3° As faixas de serviço e acesso aos lotes deverá ser efetuado o plantio de grama,
conforme especificações do Poder Executivo Municipal.
232

Art. 480. As rampas de acessibilidade nas vias públicas seguirão as normas da


ABNT NBR 9050 e deverão ser locadas após as bocas coletoras de águas pluviais
obedecendo ao sentido do escoamento das águas pluviais.

Subseção V
Do Projeto de Sinalização

Art. 481. O Projeto de Sinalização do sistema viário ou vias de circulação


deverá seguir as diretrizes para o Sistema Viário Municipal, dispostas na Seção II, Capítulo
V, Título III, as normas estabelecidas pelo órgão municipal responsável e as Resoluções
CONTRAN/DENATRAN outras que vierem a substituí-las, e ainda conter os documentos a
serem regulamentados por Decreto Municipal.
§ 1º Não será permitido processo de adesivagem da nomenclatura nas placas.
§ 2º No projeto de sinalização deverá constar a classificação da via proposta
baseada nas diretrizes do Sistema Viário Municipal, conforme disposto na Seção II, Capítulo
V, Título III.
§ 3º O modelo padrão e as especificações das placas serão exigidos na expedição
das diretrizes municipais.

Subseção VI
Dos Projetos de Arborização das Calçadas e de Paisagismo dos Sistemas de lazer

Art. 482. O Projeto de Paisagismo dos Sistemas de Lazer deverá atender às


normas e orientações contidas no Manual GRAPROHAB, as normativas estaduais vigentes
e àquelas contidas nesta lei, em especial as dispostas no art. 425.

Art. 483. O Projeto de Arborização das Calçadas deverá atender às normas


contidas no Plano Municipal de Arborização e da SAEV Ambiental e atender a no mínimo
as seguintes diretrizes:
I – prever a diversidade de espécies nativas;
II – privilegiar o sombreamento da via pública, de forma que as árvores de
grande porte deverão estar previstas nas faces norte e oeste em relação a via, em oposição
aos postes de iluminação que deverão estar locados nas faces leste e sul;
III – demonstrar a não interferência das espécies arbóreas previstas e as outras
infraestruturas existentes, tais como: bocas coletoras de águas pluviais, rampas de
acessibilidade, postes de iluminação e interligações de água e esgoto e placas de sinalização.
233

Subseção VII
Dos Projetos Ambientais

Art. 484. O Projeto Urbanístico Ambiental deverá estar em base


georreferenciada, na escala do projeto urbanístico, atender às normas e orientações contidas
no Manual GRAPROHAB e as normativas estaduais vigentes, e ainda conter os documentos
a serem regulamentados por Decreto Municipal.

Art. 485. O Laudo Técnico de Recursos Naturais e o Projeto de Revegetação


das Áreas Verdes e APP deverão atender às normas e orientações contidas no Manual
GRAPROHAB e as normativas estaduais vigentes.
§ 1º O Projeto de Revegetação das Áreas Verdes e APP deverá prever o
cercamento das áreas verdes, bem como o calçamento e identificação por placa, sendo
possível a implantação de pistas de caminhada, desde que mantida a permeabilidade do solo.
§ 2º Caso haja a necessidade de compensação ambiental, o Projeto de
Revegetação das Áreas Verdes e APP deverá atender às normativas estaduais e ao Plano
Municipal de Arborização, Lei Complementar nº 145 de 29 de setembro de 2009, e, quando
executada fora do empreendimento, estar acompanhado da matrícula do imóvel indicado
para o plantio e a carta de anuência dos proprietários do mesmo.

Subseção VIII
Dos Projetos de Abastecimento de Água

Art. 486. O projeto de Abastecimento de Água deverá seguir as normativas e


diretrizes emitidas por meio de certidão da SAEV Ambiental e àquelas contidas no Manual
GRAPROHAB vigente, e ainda conter documentos a serem regulamentados por Decreto
Municipal.
§ 1º Os empreendimentos deverão interligar-se às redes de abastecimento
público existentes.
§ 2º Atestada a impossibilidade técnica e a falta de capacidade do sistema no
fornecimento de água tratada ao empreendimento pela SAEV Ambiental, deverá ser
apresentado projeto de sistema coletivo de captação, tratamento e reservação de água, nos
termos do caput deste artigo.
§ 3º Os projetos de sistemas de captação de recursos hídricos subterrâneos no
Sistema Aquífero Bauru deverão respeitar o raio de interferência mínimo de 500
(quinhentos) metros em relação a poços pré-existentes.
§ 4º Caso necessário, outros estudos relativos a dinâmica hidrológica do
manancial e a interferência entre os poços de abastecimento poderão ser solicitados pela
SAEV Ambiental.
234

§ 5º As redes de distribuição de água deverão ser construídas em Polietileno de


Alta Densidade (PEAD), material com maior vida útil, mais resistente a variações de
pressão, intempéries, impactos e produtos químicos.
§ 6º Deverão estar previstos no projeto de abastecimento de água, a instalação
de hidrantes, conforme as normas do Corpo de Bombeiros.

Subseção IX
Do Projeto de Coleta, Afastamento e Tratamento de Esgoto

Art. 487. O projeto de Coleta, Afastamento e Tratamento de Esgoto deverá


seguir as normas emitidas pela SAEV Ambiental e àquelas contidas no Manual
GRAPROHAB vigente e conter documentos a serem regulamentados por Decreto
Municipal.
§ 1º Os empreendimentos deverão interligar-se às redes de esgotamento sanitário
existentes.
§ 2º Atestada a impossibilidade técnica de interligação aos emissores ou troncos
coletores públicos existentes ou falta de capacidade do sistema em receber os efluentes
gerados pelo empreendimento, o interessado deverá apresentar projeto de sistema coletivo
de tratamento e destinação de efluentes sanitários, nos termos do caput deste artigo.
§ 3º No caso de sistemas isolados, além do projeto da rede coletora, apresentar
projetos e desenhos do tronco coletor, emissários, estações elevatórias, estação de tratamento
e disposição final dos esgotos, em nível de projeto básico.
§ 4º As redes de coleta e afastamento de esgoto deverão ser construídas em
Polietileno de Alta Densidade (PEAD), material com maior vida útil, mais resistente a
variações de pressão, intempéries, impactos e produtos químicos.

Art. 488. O projeto de Sistema de Tratamento de Esgotos deverá seguir as


diretrizes da SAEV Ambiental, normas ABNT e CETESB pertinentes, bem como aquelas
descritas no Manual GRAPROHAB e conter os documentos a serem regulamentados por
Decreto Municipal.

Subseção X
Do projeto Drenagem

Art. 489. O sistema de drenagem proposto deverá respeitar a manutenção das


condições naturais hidrológicas e não acarretar impactos negativos no ambiente receptor, em
especial os relacionados ao regime de vazão natural e à ocorrência de processos erosivos.

Art. 490. O Projeto de Drenagem deverá atender às normas e orientações


contidas no Manual GRAPROHAB vigente, às orientações dispostas nesta subseção, as
235

diretrizes do Poder Executivo Municipal e ser composto pelos documentos a serem


regulamentados por Decreto Municipal.

Art. 491. O Projeto de Drenagem deverá prever redes de galerias com


profundidade mínima compatível em cada caso, que garanta a integridades das estruturas e
manutenção das tubulações de água e esgoto.

Art. 492. O Projeto de Drenagem deverá adotar os modelos de bocas coletoras


de águas pluviais, poços de visitas e caixas de transição, fornecidos pelo órgão municipal
responsável pela política de saneamento.
§ 1º As bocas coletoras de águas pluviais deverão estar localizadas sem
prejudicar o rebaixamento de guias de acesso aos lotes e rampas de acessibilidade e deverão
captar as águas a montante das mesmas.
§ 2º Deverá ser evitado o uso de sargetões em vias coletoras e arteriais.

Art. 493. Os pontos de lançamento das galerias nos corpos d’água deverão
observar às seguintes diretrizes:
I – garantir a estabilidade do terreno no local de saída;
II – verificar a existência de obstruções à passagem das águas, como residências,
adutoras, entre outros;
III – implantar dispositivos de dissipação de energia, proteção de canais naturais
e retenção de sólidos, como gradeamento e caixa de areia, para evitar a erosão e
contaminação dos corpos hídricos.

Art. 494. Os projetos de bacias de detenção e retenção deverão atender às


seguintes diretrizes mínimas:
I – prever rampas de acesso de veículos motorizados de grande porte para
manutenção e alambrado circundando todo o perímetro, neste último caso, quando estiverem
localizadas em área destinada a equipamentos urbanos e não integrarem o projeto
paisagístico do sistema de lazer;
II – prever soluções de proteção de taludes contra deslizamentos causados pelas
limpezas de manutenção ou pela ausência temporária da proteção vegetal.
§ 1º Os projetos de bacia de detenção e retenção de empreendimentos localizados
na ZEPAM, deverão prever mecanismos de filtragem e infiltração, especificados nas
diretrizes expedidas pelo poder executivo municipal.
§ 2º Deverão ser observadas às restrições quanto a locação de bacias de detenção
e retenção dispostas no art. 425.
236

Subseção XI
Do Projeto de Contenção da Erosão

Art. 495. É obrigatória a apresentação e aprovação de Projeto de Contenção da


Erosão, a fim de balizar as ações de implantação e fiscalização dos empreendimentos de
parcelamento do solo e evitar os impactos maléficos ao meio ambiente, tais como erosão,
assoreamento de córregos, nascentes e várzeas, disseminação de poeira, causados pela
massiva movimentação de terra realizada na implantação dos mesmos.
Parágrafo único. Ficam obrigados a aprovar seus Projetos de Contenção da
Erosão os loteamentos, condomínios de lotes e edilícios horizontal e vertical, que possuam
sistema de circulação interna de veículos.

Art. 496. O Projeto de Contenção de Erosão a ser implantado durante a


execução das obras de abertura de vias públicas ou de circulação interna dos condomínios,
deverá conter memorial com detalhamento das medidas de prevenção à erosão do solo e
assoreamento dos corpos d’água, e conter os documentos a serem regulamentados por
Decreto Municipal.

Subseção XII
Do Projeto Elétrico

Art. 497. O Projeto Elétrico e de Iluminação Pública deverá seguir as normas


estabelecidas pelo órgão municipal responsável e concessionária local e ser composto pelos
documentos a serem regulamentados por Decreto Municipal.
§ 1º O Projeto Elétrico e de Iluminação Pública deverá contemplar o interior do
empreendimento, bem como a iluminação pública externa necessária até o acesso ao
empreendimento.
§ 2º As lâmpadas dos postes de iluminação pública deverão ser do tipo LED.
§ 3º Os postes de iluminação deverão ser locados nas faces leste e sul em relação
a via pública.

Subseção XIII
Planta Locacional dos Elementos de Infraestrutura

Art. 498. A fim promover a compatibilização e evitar as interferências entre os


elementos de infraestrutura previstos nos projetos complementares dos empreendimentos,
deverá ser apresentada para aprovação, Planta Locacional dos Elementos de Infraestrutura,
contendo a locação dos seguintes elementos:
I – hidrantes;
II – bocas coletoras de águas pluviais;
III – rampas de acessibilidade;
237

IV – arborização;
V – postes de energia elétrica;
VI – sinalização vertical e horizontal.

Seção IV
Do Aprovação dos Projetos, Acompanhamento e Recebimento das Obras

Art. 499. O processo de análise e aprovação dos projetos seguirão os trâmites


do COMURB e será aplicado às seguintes modalidades de empreendimentos:
I – Loteamento;
II – Loteamento de Acesso Controlado;
III – Desmembramentos que resultem em mais de 10 (dez) lotes;
IV – Desmembramentos de lotes onde houver a necessidade de execução de
obras de infraestrutura;
V – Chácaras de Lazer;
VI – Conjuntos Habitacionais;
VII – Condomínio de Lotes;
VIII – Condomínios Edilícios Horizontais que não tenham sido objeto de
parcelamento do solo e acima de 10.000 m² (dez mil metros quadrados) e 100 (cem)
unidades;
IX – Condomínios Edilícios Verticais acima de 10.000 m² (dez mil metros
quadrados) e 100 (cem) unidades;
X – Outros empreendimentos que causem impacto na infraestrutura.
§ 1º Os demais empreendimentos que não estejam caracterizados no caput deste
artigo, serão analisados pelos órgãos responsáveis.
§ 2º Os órgãos responsáveis pela aprovação de outros empreendimentos que não
estejam relacionados no caput deste artigo, poderão a seu critério e a qualquer tempo,
solicitar a análise do COMURB destes empreendimentos, que por sua natureza necessitem
de avaliação do colegiado.

Art. 500. O processo de aprovação é constituído das seguintes etapas


consecutivas:
I – Expedição das Diretrizes Municipais;
II – Aprovação do Estudo de Impacto de Vizinhança e Viabilidade Ambiental;
III – Aprovação Prévia;
IV – Aprovação Final;
V – Registro do Empreendimento;
VI – Obras e Acompanhamento da Execução da Infraestrutura;
VII – Conclusão das Obras de Infraestrutura do Empreendimento.
238

Subseção I
Da Expedição das Diretrizes Municipais

Art. 501. Antes da elaboração do projeto de urbanização, o interessado deverá


solicitar a Prefeitura Municipal e a SAEV Ambiental que definam as diretrizes para o uso e
ocupação da gleba, acompanhado dos documentos e seguir os procedimentos a serem
regulamentados por Decreto Municipal.

Art. 502. A fim de se evitar a indução ou embasamento irregular de diretrizes


municipais fica vedado protocolar, apresentar ou receber anteprojetos urbanísticos antes da
emissão do decreto das diretrizes municipais.

Art. 503. O decreto das diretrizes municipais será emitido a partir da análise
técnica do COMURB sobre ocupação urbana pretendida, considerando os documentos
encaminhados pelo interessado e com base nas normas e diretrizes expressas nesta lei
complementar.

Art. 504. O Decreto de Diretrizes Municipais vigorará pelo prazo de 1 (um) ano,
podendo ser prorrogado por no máximo mais um ano, mediante apresentação de justificativa
e pagamento dos emolumentos.

Subseção II
Da Aprovação Prévia

Art. 505. Para obtenção da Aprovação Prévia do empreendimento, o interessado


deverá solicitar e apresentar ao Poder Executivo Municipal, mediante protocolo e pagamento
de emolumentos, acompanhado dos documentos e seguir os procedimentos a serem
regulamentados por Decreto Municipal.

Art. 506. O interessado deverá apresentar Laudo de Avaliação Preliminar tem


por objetivo subsidiar às diretrizes e certidões municipais, por meio da caracterização das
atividades desenvolvidas e em desenvolvimento na área sob avaliação, identificação de áreas
e fontes potenciais de contaminação (ou mesmo fontes primárias de contaminação) e
constatação de evidências, indícios ou fatos que permitam suspeitar da existência de
contaminação.
§ 1º O Laudo de Avaliação Preliminar deverá ser elaborado por responsável
técnico e embasar-se, naquilo que couber, nas normas da CETESB para avaliação de áreas
contaminadas.
§ 2º As glebas onde forem identificadas contaminação ou houver indícios de
contaminação apontados pelo Laudo de Avaliação Preliminar ou pelo Poder Executivo
Municipal, não poderão ser objetos de parcelamento do solo, nos termos do inciso II, do §
239

1º do art. 419 sem que sejam previamente saneados e remediados conforme normativa da
CETESB.

Art. 507. Para obtenção da Aprovação Prévia do empreendimento, o interessado


deverá solicitar e apresentar ao Poder Executivo Municipal, mediante protocolo e pagamento
de emolumentos, os documentos e projetos exigidos.

Art. 508. A Aprovação Prévia vigorará pelo prazo de 12 (doze) meses a contar
da data de aprovação do projeto de parcelamento do solo.

Subseção III
Da Aprovação Final

Art. 509. Para a obtenção da Aprovação Final e Alvará de Construção, o


interessado deverá solicitar ao Poder Executivo por meio de requerimento e apresentar todos
os documentos e projetos e seguir os procedimentos a serem regulamentados por Decreto
Municipal.
Parágrafo Único. O protocolo da solicitação de aprovação final deverá ocorrer
dentro do prazo de vigência certificado emitido pelo GRAPROHAB.

Art. 510. O interessado deverá protocolar na Prefeitura Municipal os


documentos, alterações e correções de projetos solicitadas nas exigências técnicas.
§ 1° Cada protocolo poderá ter no máximo 5 (cinco) análises técnicas e deverá
o interessado e/ou profissional responsável se manifestar sobre o atendimento a cada
“Comunique-se” no prazo máximo de 60 (trinta) dias do envio, sob pena indeferimento e
arquivamento do processo.
§ 2° A manifestação apresentada deverá ser validada e auferida novos prazos, se
for o caso, pelo secretário da pasta.

Art. 511. A Aprovação Final será oficializada por meio de Decreto Municipal
de Aprovação do Empreendimento, do qual constará:
§ 1º O prazo de execução das obras de infraestrutura e validade do Decreto
Municipal de Aprovação do Empreendimento será de 2 (dois) anos, a contar da data de
publicação do decreto, sendo prorrogáveis por no máximo mais 2 (dois) anos mediante
solicitação justificada.
§ 2º O Decreto Municipal de Aprovação do Empreendimento servirá como
alvará de construção das obras urbanísticas e de infraestrutura para os empreendimentos
especificados no art. 499.
§ 3º Nos casos da aprovação dos empreendimentos especificados nos incisos VI,
VIII e IX do art. 499, o Alvará de Construção das edificações deverá estar vinculado ao
Decreto Municipal de Aprovação do Empreendimento.
240

Art. 512. Poderão ser aceitos pela Municipalidade como competentes


instrumentos de garantia para execução das obras de urbanização dos empreendimentos
dispostos nos incisos I ao V, do art. 499, obedecendo-se a seguinte ordem de prioridade:
I – imóveis num raio de 100 (cem) km do Município, livres de quaisquer ônus;
II – fiança bancária emitida por instituição reconhecida pelo Banco Central do
Brasil, expirando-se sua validade 30 (trinta) dias após o prazo final da obrigação da execução
das obras;
III – seguro-garantia para o cumprimento das obras, emitida por seguradora
reconhecida pela SUSEP - Superintendência de Seguros Privados, autarquia vinculada ao
Ministério da Fazenda;
IV – lotes do próprio empreendimento, escolhidos a critério da Prefeitura do
Município de Votuporanga, e com avaliação de 50% (cinquenta por cento) do seu valor de
mercado, considerando como se urbanizados fossem.
§1º Os valores considerados para oferecimento da garantia devem ser de 130%
(cento e trinta por cento) do custo apurado no cronograma financeiro da obra.
§ 2º Nos casos enquadrados no inciso I deste artigo, o interessado deverá também
apresentar:
I – 3 (três) avaliações imobiliárias do imóvel a ser caucionado, assinadas por
corretores de imóveis credenciados no Conselho Regional de Corretores de Imóveis;
II – carta de anuência caso o imóvel esteja em nome de terceiros.
§ 3º Deverá constar da escritura pública de garantia hipotecária que o imóvel não
poderá ser alienado sem a autorização expressa do Município.
§ 4º As avaliações imobiliárias dispostas na alínea a deste artigo, serão
analisadas pela Comissão de Avaliação de Bens Imóveis da Prefeitura Municipal de
Votuporanga, que emitirá parecer sobre as avaliações imobiliárias apresentadas.

Art. 513. O Poder Executivo Municipal não se responsabiliza por eventuais


diferenças de medidas dos lotes ou quadras, que venham a ser encontradas posteriormente à
aprovação final do projeto.

Subseção IV
Do Registro do Empreendimento

Art. 514. Aprovado o projeto de parcelamento do solo e expedido o Decreto de


Aprovação do Empreendimento e/ou Alvará de Construção, o empreendedor deverá
submeter os projetos e documentos ao registro imobiliário dentro do prazo de 180 (cento e
oitenta) dias, sob pena de caducidade.
§ 1º Registado o parcelamento do solo, o oficial de registro comunicará por
certidão o seu registro ao Poder Executivo Municipal.
§ 2º Vencido o prazo, a licença fica cancelada automaticamente.
241

§ 3º Feito o registro imobiliário, passam a integrar o domínio do município as


vias, os espaços livres de uso público e as áreas institucionais constantes do projeto,
observado o disposto no art. 515.

Art. 515. Por ocasião da aprovação do parcelamento do solo, fica o


empreendedor obrigado a transferir as áreas públicas para a Municipalidade, mediante
registro público sob matrícula individualizada, sem qualquer ônus para o Município.

Art. 516. Os espaços livres de uso público, as vias e as áreas institucionais,


constantes do projeto e do memorial descritivo, não poderão ter sua destinação alterada pelo
empreendedor, desde a aprovação do loteamento, salvo as hipóteses de caducidade da
licença ou desistência do empreendedor, sendo, neste caso, observadas as exigências desta
lei complementar e da legislação federal e estadual pertinente.

Art. 517. O registro do empreendimento só poderá ser cancelado:


I – por decisão judicial;
II – a requerimento justificado do empreendedor, enquanto nenhum lote houver
sido objeto de contrato, com anuência expressa da Prefeitura, por meio de Decreto
Municipal;
III – a requerimento justificado conjunto do empreendedor e de todos os
adquirentes de lotes, com anuência expressa da Prefeitura, por meio de Decreto Municipal.
§ 1º O Poder Executivo Municipal não aprovará o cancelamento se disto resultar
inconveniente comprovado para o desenvolvimento urbano ou se já tiverem sido realizados
quaisquer melhoramentos na área loteada ou adjacências, que impeçam a completa
restituição original do imóvel.
§ 2º O cancelamento das licenças e do registro do empreendimento fica
condicionado a quitação de todos os tributos incidentes sobre o mesmo.
§ 3º Nos casos em que seja possível a restituição das condições originais do
imóvel, o empreendedor deverá apresentar juntamente do pedido de cancelamento, o Plano
de Desativação do Empreendimento, demonstrando as obras já executadas e as medidas para
a contenção da erosão na gleba e para o reestabelecimento de sua situação original.
§ 4º O cancelamento e a aprovação do Plano de Desativação do Empreendimento
dependerão análise do COMURB.
§ 5º O Poder Executivo Municipal, poderá autorizar o cancelamento do
empreendimento, somente após execução total das medidas do Plano de Desativação do
Empreendimento, averiguada por vistorias e pareceres favoráveis dos órgãos responsáveis
pelo acompanhamento das obras de infraestrutura.
242

Subseção V
Das Obras e do Acompanhamento da Execução da Infraestrutura

Art. 518. O empreendedor deverá executar nos empreendimentos, sem ônus


para a Prefeitura, as obras de infraestrutura interna do empreendimento, bem como a
interligação das mesmas ao sistema público nas vias lindeiras, de acordo com os projetos e
cronograma aprovados pelos departamentos técnicos da Prefeitura Municipal e SAEV
Ambiental.
Parágrafo único. As obras a que se refere este artigo serão executadas com
observância das especificações regulamentadas por esta lei complementar e pelo Poder
Executivo Municipal.

Art. 519. O empreendedor deverá executar o isolamento e a identificação das


áreas verdes e institucionais dos projetos de parcelamento do solo nos termos dos art. 425.
§ 1º O isolamento a que se refere o caput deste artigo deverá ser executado
através da implantação de alambrado com 2,30 m (dois metros e trinta centímetros) de altura,
com postes de concreto, com 2,30 m (dois metros e trinta centímetros) de distância entre um
poste e outro.
§ 2º A identificação da área a que se refere o caput deste artigo deverá ser feita
através de placas de 1,5m (um metro e cinquenta centímetros) por 1,00 m (um metro),
contendo:
I – identificação da área como “Área Verde Municipal”, “Área Institucional –
Equipamento Comunitário” e “Área Institucional – Equipamento Urbano”;
II – extensão da área em metros quadrados;
III – número de registro no cadastro da Prefeitura;
IV – telefone para contato do órgão fiscalizador do Município e orientações para
denúncia, em caso de constatação de descarte irregular.

Art. 520. As obras enumeradas nos arts. 533 e 534 deverão ser executadas sob
a responsabilidade do empreendedor, em obediência ao cronograma físico-financeiro para a
sua execução por ele proposto, avaliado e aprovado pelo Poder Executivo Municipal, sendo
que o prazo para a execução destas obras de infraestrutura é de 02 (dois) anos, conforme
descrito no art. 511.
§1º A juízo da Prefeitura e tendo iniciadas as obras do empreendimento, o prazo
fixado neste artigo, poderá ser prorrogado uma única vez e mediante requerimento
devidamente justificado por igual prazo, conforme disposto no §1º do art. 511.
§2º Caso as obras dos Conjuntos Habitacionais, não forem iniciadas no prazo de
24 (vinte e quatro) meses, o executivo deverá revogar a lei de criação da ZEIS e cancelar
todas as licenças expedidas, conforme Subseção II, Seção II, Capítulo VI deste Título.
§3º Findo os prazos para conclusão das obras do empreendimento e não cabendo
o seu cancelamento, o Poder Executivo Municipal executará a caução.
243

Art. 521. Antes do início de cada obra, o interessado deverá solicitar ao Poder
Executivo por meio de requerimento, o início das obras acompanhado dos documentos e
seguir os procedimentos a serem regulamentados por Decreto Municipal.

Art. 522. O Poder Executivo Municipal, através de seus órgãos, acompanhará


as obras de infraestrutura, desde o seu começo até o fim, podendo a qualquer momento
notificar o interessado e seu responsável técnico, caso não estejam sendo cumpridas as
especificações dos projetos aprovados, podendo inclusive aplicar as penalidades previstas
nesta lei complementar, se não atendidas e satisfeitas às exigências feitas pelo Poder
Executivo Municipal.

Art. 523. O interessado deverá entregar durante a execução das Obras de


infraestrutura os seguintes documentos:
I – ensaios periódicos de compactação do subleito e da base;
II – projeto de mistura asfáltica atualizada Faixa III – DER;
III – relatórios de controle de mistura betuminosa coletados em cada entrega na
obra;
IV – ensaio de extração com determinação de espessura de capa de rolamento e
controle tecnológico do Concreto Betuminoso Usinado a Quente – CBUQ, para os trechos
definidos pela fiscalização.

Art. 524. No caso de cancelamento do empreendimento, conforme previsto no


art. 517, o empreendedor, antes de obter a anuência do Poder Executivo Municipal, deverá
restituir o imóvel a sua situação original.
§ 1º Deverá ser executado e apresentado ao Poder Executivo Municipal o Plano
de Desativação do Imóvel, prevendo no mínimo a retirada de materiais instalados, o
reestabelecimento do perfil natural do terreno, medidas para contenção da erosão, bem como
tomadas as providências para a proteção superficial do solo com a semeadura de leguminosas
ou gramíneas e irrigação.
§ 2º O Poder Executivo Municipal acompanhará por meio de vistorias, realizadas
pela equipe técnica, a execução das medidas contidas no Plano de Desativação do Imóvel e
somente após a conclusão das mesmas liberará o parecer favorável ao cancelamento do
empreendimento.

Subseção VI
Da Conclusão das Obras de Infraestrutura do Empreendimento

Art. 525. Ao final da execução de todas obras de infraestrutura o interessado


deverá solicitar ao Poder Executivo Municipal o Termo de Verificação de Conclusão de
Obras de Infraestrutura e Liberação Total da Caução - TVO, devendo para este fim
apresentar:
244

I – Projeto de As built das infraestruturas;


II – Laudo de ensaio de asfalto e solo.
§1º Não será emitido o TVO cujas obras não estejam totalmente concluídas.
§2º No caso dos Conjuntos Habitacionais, não será emitido o TVO sem que as
obras de construção das unidades habitacionais estejam totalmente concluídas.
§3º Após a emissão do TVO, o empreendedor deverá apresentá-lo junto ao
Cartório do Cartório de Registro de Imóveis para o registro e liberação da caução.
§4º Os empreendimentos que estiverem com mais de 50% (cinquenta por cento)
das obras de infraestrutura concluídas, poderão solicitar ao Poder Executivo Municipal , uma
única vez, a emissão do Termo de Verificação da Implantação das Obras de Infraestrutura e
Liberação Parcial da Caução – TVO, atendido o disposto nos incisos deste artigo e após
vistoria e parecer favorável do órgão responsável pelo acompanhamento das obras.

Art. 526. Expedido o TVO, o Poder Executivo Municipal incluirá o


empreendimento na Macroárea Urbana Consolidada - MUC, conforme art. 291.

CAPÍTULO VIII
DOS CONDOMÍNIOS EDILÍCIOS E URBANO SIMPLES

Seção I
Disposições Gerais

Art. 527. Os Condomínios podem ser classificados em duas categorias: os


condomínios edilícios vertical e horizontal e os condomínios urbanos simples:
I – Condomínios Edilícios são empreendimentos com edificações ou conjuntos
de edificações, horizontais, verticais ou mistos, de um ou mais pavimentos, construídos sob
a forma de unidades isoladas entre si, destinadas a fins residenciais ou não residenciais, e
constituindo-se, cada unidade por propriedade autônoma, que são executados
concomitantemente à implantação das obras de urbanização pelo empreendedor, onde sua
implantação é permitida em gleba proveniente de parcelamento do solo e de acordo com
diretrizes emitidas pela municipalidade, sendo de responsabilidade dos proprietários das
unidades autônomas que compõem o referido empreendimento a conservação e manutenção
dos serviços de vias de circulação, área verde, sistema viário e outros que lhes sejam
delegados pela Municipalidade. Divide-se em:
a) Condomínio edilício horizontal é a modalidade de condomínio em que a
construção das edificações unifamiliares, comerciais, de prestação de serviços ou industriais
(térreas, assobradas, geminadas, sobrepostas ou agrupadas), são executadas pelo
empreendedor, concomitantemente com as obras de urbanização internas ao condomínio e
as externas quando necessárias a implantação do mesmo;
245

b) Condomínio edilício vertical é a modalidade de condomínio em que a


construção das edificações multifamiliares, comerciais, de prestação de serviços ou
industriais, com mais de dois pavimentos, devem ser executadas pelo empreendedor,
concomitantemente com a implantação das obras de urbanização internas ao condomínio e
as externas quando necessárias a implantação do mesmo;
c) Condomínio edilício misto é modalidade de condomínio em que são
construídas edificações unifamiliares, multifamiliares e/ou de atividades econômicas com
número de pavimentos diferentes entre si, no mesmo condomínio, concomitantemente à
implantação das obras de urbanização internas ao condomínio e as externas quando
necessárias a implantação do mesmo;
II –Condomínio Urbano Simples é quando um mesmo lote urbano contiver até
duas unidades unifamiliares e/ou comerciais, autônomas isoladas horizontais, geminadas ou
sobrepostas, respeitados os parâmetros urbanísticos legais previstos no zoneamento, em que
são constituídas frações ideais de utilização exclusiva (privativa) e de áreas comuns que
estabelecem passagem para as vias públicas ou para as unidades entre si;
§ 1º A aprovação do condomínio edilício pressupõe o parcelamento do solo
prévio da gleba em que será implantado, com a destinação das áreas públicas exigidas pela
legislação, de modo que, o condomínio edilício a ser implantado em gleba que ainda não foi
objeto de parcelamento do solo em qualquer modalidade, terá que destinar as áreas públicas
estabelecidas no arts. 424, 425 e 426, desta Lei Complementar

Seção II
Dos Condomínios Edilícios

Art. 528. Para aprovação dos condomínios edilícios os projetos deverão


observar as restrições previstas nesta lei complementar, bem como no Código de Obras,
Código Sanitário do Estado e nas leis estaduais e federais pertinentes, em especial o que
dispõem os seguintes incisos:
I – o grão máximo para fechamento dos muros deverá atender o disposto no art.
430;
II - a cota mínima de terreno por unidade autônoma para os condomínios
horizontais será de 90 m² (noventa metros quadrados), considerando-se cota mínima a
divisão da somatória das frações mínimas privativas de terreno (m²) pelo número de
unidades habitacionais a serem implantadas, excetuando-se do cálculo as unidades
autônomas destinadas as atividades comerciais, de prestação de serviços e industriais;

Fórmula:
C = ∑ X/ Y ≥ 90

Onde:
C = Cota Mínima
246

X = Fração mínima de terreno privativo em m²


Y = Número de unidades autônomas habitacionais

III – deverá ser previsto no mínimo uma vaga de estacionamento por unidade
autônoma habitacional, acrescida de 10% (dez por cento) para visitantes nos
empreendimentos acima de 20 (vinte) unidades, caso a aplicação deste percentual não resulte
em números inteiros deverá ser adotado o número inteiro subsequente;
IV – a vaga de estacionamento deverá ter área mínima de 12,50 m² (doze metros
quadrados e cinquenta centímetros quadrados) com largura mínima de 2,40 m (dois metros
e quarenta centímetros), mais a área de manobra que deverá ser de no mínimo 5,00 m (cinco
metros), devendo estas serem enumeradas e vinculadas às unidades;
V – as vagas de estacionamento poderão estar localizadas na própria unidade ou
em bolsão de estacionamento frontal, não podendo ser instaladas nas vias de acesso às
edificações e em todos os casos a distância máxima a ser percorrida a pé, entre a unidade
autônoma e a vaga, será de 50,00 m (cinquenta metros);
VI – os condomínios edilícios deverão destinar 12% (doze por cento) da área
total do terreno para áreas permeáveis;
VII – os condomínios edilícios horizontais localizados na ZEPAM 2 e 3, que não
tenham sido objeto de parcelamento do solo, deverão destinar 30% (trinta por cento) da área
total do terreno para áreas permeáveis;
VIII – os condomínios edilícios deverão reservar 5% (cinco por cento) da área
total do terreno, para espaços de uso comum, destinados ao lazer, ajardinados e arborizados;
IX – os parques lineares dos córregos formados pelas áreas de preservação
permanente, áreas úmidas e sistemas de lazer, deverão estar fora do condomínio edilício,
serem doados ao município e estarem segregados por uma via pública Coletora de Classe 01
(fundo de vale), que não poderão ser interrompidas ou suprimidas, conforme diretrizes para
o Sistema Viário Municipal, dispostas na Seção II, Capítulo V, Título III;
X – em razão do adensamento populacional e a demanda por serviços públicos
gerada, os condomínios edilícios deverão destinar 5% (cinco por cento) da área total do
terreno para áreas institucionais, na categoria equipamentos comunitários, que deverão ser
doadas ao município e estarem localizadas externamente ao condomínio e com frente para a
via pública, sendo dispensados desta exigência, os empreendimentos implantados em área
inferior a 10.000 m² (dez mil metros quadrados) ou com até 100 (cem) unidades.
§ 1º O Poder Executivo Municipal, visando o atendimento de interesse público
e demanda existente, poderá receber por doação antecipada, as áreas públicas de que trata o
inciso X do caput, ficando o empreendedor dispensado de destinar o percentual das áreas
previamente doadas ao município, em futuros empreendimentos a serem implantados na
gleba em questão.
§ 2º Os condomínios Edilícios deverão possuir sistema de coleta de lixo em
dispositivo próprio, conforme estabelecido no Código de Obras, instalado dentro do lote ou
gleba, na frente do condomínio, não sendo permitido a instalação na calçada.
247

§ 3º O empreendedor deverá executar as obras de infraestrutura interna à gleba


ou lote, bem como a interligação das mesmas ao sistema público nas vias lindeiras, de acordo
com as normas e diretrizes exigidas pelos órgãos competentes:
I – sistemas de captação, abastecimento e distribuição de água e coleta,
afastamento e tratamento de esgotos, neste último caso, conforme o previsto no § 2º do art.
486;
II – construção de sistema de escoamento de águas pluviais, inclusive sistemas
estruturais de infiltração e de retenção ou retardamento do fluxo de águas pluviais, nos
termos da Subseção X, Seção III deste Capítulo desta lei complementar;
III – rede elétrica e sistema de iluminação;
IV – pavimentação da via particular de circulação de veículos quando houver, e
do passeio ou via de pedestres;
V – arborização na proporção de, no mínimo, 1 (uma) árvore para cada unidade
habitacional nos condomínios horizontais, sendo que nos condomínios verticais esta
proporção será de no mínimo 1 (uma) árvore a cada 8,00m (oito metros) de testada e,
tratamento paisagístico das áreas de lazer e demais áreas comuns não ocupadas por
edificações.
§ 4º As melhorias ou ampliação na infraestrutura pública instalada, necessárias
ao atendimento da demanda gerada pelo condomínio edilício, serão exigidas pelo Poder
Executivo Municipal e sua execução ficará a cargo do empreendedor.
§ 5º Os projetos de empreendimentos que prevejam unidades de comércio e
serviços internas ao condomínio edilício, deverão garantir a compatibilidade destes usos com
as unidades habitacionais, por meio de medidas projetuais com delimitação de
distanciamentos e áreas de transição.

Art. 529. Os condomínios edilícios com área igual ou superior a 50.000 m²


(cinquenta mil metros quadrados) ou acima de 200 (duzentas) unidades, deverão atender o
disposto no artigo anterior, ressalvada a exigência do seu parágrafo § 5º, que passa a ser de
20% (vinte por cento) da área total do terreno destinada as áreas permeáveis.
Parágrafo único. Os empreendimentos a que se refere o caput deverão ter seus
projetos aprovados pelo GRAPROHAB.

Art. 530. A fim de se evitar o impacto paisagístico, urbanístico e na segurança


das vias, os muros dos condomínios edilícios com face igual ou maior do que 150 m (cento
e cinquenta metros), não deverão confrontar com as vias públicas, devendo recuar delas no
mínimo 4,00m (quatro metros).
Parágrafo único. O recuo a que se refere o caput deste artigo, poderá ser ocupado
por lotes com frente para as vias públicas, áreas institucionais ou áreas permeáveis e serem
equipadas com iluminação, arborização e mobiliário urbano.
248

Art. 531. Os Condomínios edilícios horizontais e verticais com previsão de vias


de circulação interna, implantados em lotes ou glebas deverão atender ainda às seguintes
disposições:
§1º O acesso às unidades habitacionais deverá ser independente e, através de via
particular de circulação de veículos ou de pedestres, internas ao conjunto, sendo que:
I – a viela de circulação de pedestres deverá ter largura mínima de 3,00 (três)
metros, livre de qualquer tipo de barreira física;
II – a via de circulação de veículos interna ao conjunto, com comprimento até
150,00 (cento e cinquenta) metros, deverá ter largura mínima de 11,00 (onze) metros, dos
quais 7,00 m (sete metros) de leito carroçável e 2,00 m (dois metros) de calçada de cada
lado;
III – a via de circulação de veículos interna ao conjunto, com comprimento acima
de 150,00 m (cento e cinquenta metros), deverá ter largura mínima de 12,00 (doze) metros,
dos quais 8,00 m (oito metros) de leito carroçável e 2,00 m (dois metros) de calçada de cada
lado;
IV – a via de circulação de veículos interna ao condomínio com função de
coletora ou arterial, de interligação e acesso a via pública, deverá ter largura mínima de 14,00
m (catorze metros), dos quais 9,00 m (nove metros) de leito carroçável e 2,50 m (dois metros
e cinquenta centímetros) de calçada de cada lado;
V – Os raios de concordância entre as vias internas do condomínio deverão ser
de, no mínimo, 5,00 m (cinco metros) para as vias de 11,00 m (onze metros) e 12,00 m (doze
metros) largura e de 7,00 m (sete metros) para as via de 14,00 m (catorze metros) de largura;
VI – Os raios dos balões de retorno (cul de sac) deverão ser de 11,00 m (onze
metros) de diâmetro de leito carroçável.
§ 2º Os recuos mínimos entre as unidades habitacionais e a demarcação limítrofe
dos terrenos (frações privativas) serão de:
I – Frontal – 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros);
II – Lateral – 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros) de um dos lados;
III – Fundo – 2,50 m (dois metros e cinquenta centímetros), não podendo haver
sobre este recuo a incidência de taludes maiores que 50 cm (cinquenta centímetros) de altura.
§ 3º Deverá ser previsto acesso de veículos de serviços públicos ao
empreendimento, para veículos da concessionária de energia elétrica, SAEV Ambiental do
Corpo de Bombeiros.
§ 4º Nos condomínios edilícios horizontais a distância frontal mínima entre
corpos edificados, quando de circulação restrita a pedestres, deverá ser de 6,00m (seis
metros), sendo portanto, 3,00 m (três metros) de viela de circulação de pedestres e 1,50 (um
metro e cinquenta centímetros) de recuo frontal de cada unidade.
§ 5º Para fechamento entre as unidades autônomas não serão permitidos muros
de alvenaria, elementos vazados (cobogós) ou similares.
§ 6º Só serão permitidas ampliações individuais de tipo e método construtivo
como pérgulas, sombrites, toldos e similares que não incidam sobre a taxa de ocupação.
249

§ 7º Demais ampliações deverão ser devidamente aprovadas pelo Município,


sendo, portanto, necessária a apresentação de projeto ao setor competente da Prefeitura
previamente aprovado pelo condomínio, e desde que atendam aos parâmetros mínimos
definidos nesta Lei Complementar.

Art. 532. Os condomínios edilícios verticais deverão atender, além das


disposições desta lei complementar e as específicas relativas às edificações contidas no
Código de Obras do Município, o recuo mínimo de 6,00 m (seis metros) entre os edifícios.

Seção III
Da Aprovação dos projetos dos Condomínios Edilícios

Art. 533. Os Condomínios Edilícios Horizontais e Verticais com área igual ou


inferior a 10.000 m² (dez mil metros quadrados) ou até 100 (cem) unidades deverão ser
aprovados segundo as normas contidas no Código de Obras do Município e ainda observar
as exigências contidas nesta lei complementar.
§ 1º Os condomínios edilícios deverão obter, antes da análise dos projetos, a
aprovação do Estudo de Impacto de Vizinhança e Viabilidade Ambiental, bem como firmar
o seu respectivo Termo de Compromisso.
§ 2º Deverão compor a equipe técnica de análise do Estudo de Impacto de
Vizinhança e Viabilidade Ambiental, os órgãos responsáveis pelas infraestruturas de água,
esgoto, drenagem e trânsito, ocasião em que formularão exigências e diretrizes aos projetos
e implantação das obras, que deverão constar no Termo de Compromisso.
§ 3º O Poder Executivo Municipal poderá negar a implantação dos condomínios
onde for técnica ou economicamente inviável a implantação de infraestrutura básica,
serviços públicos de transporte coletivo ou equipamentos comunitários.
§ 4º O Poder Executivo Municipal não aprovará o condomínio edilício para fins
urbanos em glebas distantes da área urbana, cuja implantação exija a execução de obras e
serviços de infraestrutura urbana, inclusive de vias de acesso, de abastecimento de água e
outros conexos nas áreas adjacentes, salvo se tais obras ou serviços forem executados pelo
interessado, às suas próprias expensas.

Art. 534. Em razão do seu porte, pelas características de adensamento da


ocupação e impactos causados na infraestrutura instalada, os Condomínios Edilícios
Horizontais e Verticais com área igual ou superior a 10.000 m² (dez mil metros quadrados)
ou acima de 100 (cem) unidades, deverão ser aprovados pelo COMURB e conforme rito de
aprovação disposto na Seção IV, Capítulo VII, deste Título.

Art. 535. Deverão ser observadas as exigências contidas nas normas do


GRAPROHAB sobre a deliberação e análise dos projetos.
250

Art. 536. Fica condicionado a emissão da Carta de Habite-se à liberação do


Termo de Verificação de Conclusão de Obras de Infraestrutura e Liberação Total da Caução
- TVO e cumprimento das exigências do Termo de Compromisso do Estudo de Impacto de
Vizinhança e Viabilidade Ambiental.

CAPÍTULO IX
DO PARCELAMENTO DO SOLO NA ZONA RURAL

Art. 537. O parcelamento do solo rural é aquele realizado na Macrozona Rural,


cujos lotes ou unidades autônomas resultantes possuem área igual ou superior ao módulo
rural, ou seja, a 20.000 m² (vinte mil metros quadrados).

Art. 538. Os projetos de parcelamento do solo rural com finalidade para


implantação de atividades e usos que não sejam exclusivos da produção agropecuária,
deverão ser anuídos pelo Poder Executivo Municipal antes do seu registro, observando as
exigências estabelecidas neste capítulo e no Zoneamento.

Art. 539. O interessado deverá solicitar a anuência do parcelamento do solo


rural apresentando, para este fim documentos a serem regulamentados por Decreto
Municipal.
Parágrafo único. O projeto de parcelamento do solo rural deverá demarcar as
estradas rurais oficiais e não oficiais, bem como respeitar as diretrizes para o Sistema Viário
Municipal, conforme disposto na Seção II, Capítulo VIII desde Título IV, cujas as projeções
das vias coletoras e arteriais não poderão ser interrompidas e, quando necessário, a julgo do
poder executivo, serem grafadas como faixa não edificável.

Art. 540. O projeto de parcelamento do solo rural cujo parecer seja favorável
deverá receber carimbo de anuência constando a data em que foi anuído, o nome e assinatura
do responsável técnico que o anuiu.

CAPÍTULO X
COMITÊ MUNICIPAL DE URBANISMO – COMURB

Art. 541. Fica criado o Comitê Municipal de Urbanismo - COMURB, vinculado


à Secretaria de Planejamento ou órgão competente, com atribuição consultiva exercida por
meio de pareceres referentes aos assuntos que gerarem inconstâncias ou dúvidas técnicas,
relacionadas:
I – ao Estudo de Viabilidade de Inclusão de Área no Perímetro Urbano de
empreendimentos que solicitarem a expansão do perímetro urbano legal do município;
II – às propostas e Projetos de alteração de uso do solo e zoneamento;
251

III – aos projetos para inclusão de áreas na Zona Especial de Interesse Social;
IV– aos projetos de parcelamento do solo e condomínios edilícios, nos termos
do Capítulo VII deste Título;
V – aos projetos de novos empreendimentos imobiliários que demandem a
alteração do uso do solo na Zona Especial de Refuncionalização Urbana – ZERU;
VI – as análise de Usos do Solo e viabilidade para desenvolvimento de atividade;
VII – aos projetos que prevejam a implantação de atividades na Macrozona
Rural;
VIII – aos projetos que prevejam intervenções urbanas no Plano de
Reestruturação e Qualificação Urbana, nos temos da Seção V, Capítulo II, Título II;
IX – outros casos que o órgão competente pelo planejamento e desenvolvimento
urbano do município julgar necessário.
Parágrafo único. A documentação para cada caso especificado nos incisos acima
deverá ser protocolada na Prefeitura Municipal Votuporanga.

Art. 542. O COMURB será constituído por representantes dos seguintes órgãos
e entidades da Administração Pública Municipal, indicados e nomeados pelo Prefeito
Municipal por meio de Decreto:
I – Secretaria Municipal de Planejamento – SEPLAN ou órgão competente;
II – Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte e Segurança – SETRAN ou
órgão competente;
III – Secretaria Municipal de Obras – SEOBR ou órgão competente;
IV – SAEV Ambiental na área de saneamento ambiental ou órgão competente;
V – SAEV Ambiental na área de gestão ambiental ou órgão competente.
§ 1º Os dirigentes dos órgãos e entidades relacionados nos incisos deste artigo
indicarão seus representantes e respectivos suplentes, para comporem o Comitê, no prazo de
90 (noventa) dias, a contar da publicação desta Lei Complementar.
§ 2º Os membros do Comitê terão poderes, expressamente concedidos pelos
órgãos e entidades que representam, para, conforme o caso, proferirem parecer dos projetos
e matérias submetidos a sua análise.
§ 3º Fica autorizada a participação, além dos órgãos municipais da administração
direta e autárquica, representantes dos seguintes órgãos e entidades:
I – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB;
II – Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável – CDRS;
III – Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo;
IV – Empresas concessionárias de energia;
V – Departamento de Estradas e Rodagem – DER;
VI – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Estado de São Paulo -
CREA-SP;
VII – Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo – CAU-SP;
VIII – Conselho Regional de Corretores de Imóveis - CRECI;
IX – Cartório de Registro de Imóveis e Anexos de Votuporanga;
252

X – Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo;


XI – Instituições de Ensino e Pesquisa;
XII – Pessoas com renomado conhecido técnico- científico.

Art. 543. O presidente do COMURB será o Secretário Municipal de


Planejamento e contará com uma Secretaria Executiva, cujas atribuições serão previstas no
Regimento Interno do Comitê.
§ 1º A Secretaria Executiva será composta por um servidor do quadro funcional
da Secretaria de Planejamento, designado pelo Presidente do COMURB.
§ 2º Incumbe à Secretaria Executiva do COMURB:
I – receber e protocolar os projetos e documentos que lhe forem apresentados;
II – gerenciar a tramitação dos expedientes até decisão final, com expedição e
entrega de pareceres e documentos referentes ao processo de aprovação dos projetos
submetidos à análise do COMURB.
§ 3º O Presidente do COMURB será substituído em seus impedimentos pelo
Secretário Executivo, cujos atos decisórios serão revistos de ofício pelo Grupo, na forma de
seu Regimento Interno.
§ 4º Ato do Poder Executivo Municipal regulamentará institucionalização e os
procedimentos do COMURB.

Art. 544. Os interessados nos projetos ou matéria em análise poderão ser


convidados, pelo COMURB, para comparecer às reuniões a fim de prestar esclarecimentos.

TÍTULO V
DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA

Art. 545. A intervenção do Poder Público Municipal na propriedade imóvel terá


como finalidades principais:
I – compatibilizar a densidade populacional, o uso e a ocupação dos imóveis aos
condicionantes ambientais e à possibilidade de adequação da infraestrutura e serviços
urbanos;
II – promover operações que permitam a implantação de infraestrutura e de
serviços públicos em áreas com intensiva ocupação do solo e diversificação de usos;
III – promover, na forma da lei, a regularização de assentamentos informais
consolidados, ocupações e loteamentos irregulares;
IV – estimular a habitação de interesse social em áreas dotadas de infraestrutura
e equipamentos públicos;
V – recuperar os investimentos e parte da valorização imobiliária gerada pelas
ações do Poder Público;
VI – viabilizar os programas de conservação, preservação e recuperação
ambiental;
253

VII – promover o adequado aproveitamento dos imóveis não edificados,


subutilizados e não utilizados;
VIII – estabelecer, por lei específica, as contrapartidas necessárias para mitigar
e compensar os impactos gerados pela implantação de grandes empreendimentos.

Art. 546. Para a promoção, o planejamento, o controle e a gestão do


desenvolvimento sustentável de Votuporanga poderão ser adotados, sem prejuízo de outros
previstos na legislação municipal, estadual ou federal, os seguintes instrumentos:
I – Jurídicos e Urbanísticos:
a) parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;
b) IPTU progressivo no tempo;
c) desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública;
d) Zona Especial de Interesse Social;
e) outorga onerosa do direito de construir;
f) outorga onerosa de alteração de uso;
g) transferência do direito de construir;
h) operações urbanas consorciadas;
i) consórcio imobiliário;
j) direito de preempção;
k) direito de superfície;
l) arrecadação de imóveis abandonados;
m) licenciamento ambiental;
n) tombamento de imóveis;
o) desapropriação;
p) compensação ambiental;
q) Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV);
r) Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto do Meio
Ambiente (RIMA);
II – Regularização Fundiária:
a) concessão de direito real de uso;
b) concessão de uso especial para fins de moradia;
c) usucapião de imóvel urbano;
d) autorização de uso;
e) cessão de posse;
f) direito de preempção;
g) direito de superfície;
h) consórcio imobiliário;
i) arrecadação de imóveis abandonados;
j) legitimação fundiária e a legitimação de posse;
k) intervenção do Poder Público em parcelamento clandestino ou irregular;
l) desapropriação por interesse social;
m) requisição, em caso de perigo público iminente;
254

n) alienação de imóvel pela administração pública diretamente para o seu


detentor;
o) a desapropriação em favor dos possuidores;
III – Tributários e Financeiros:
a) impostos municipais;
b) taxas, tarifas e preços públicos específicos;
c) contribuição de melhoria;
d) incentivos e benefícios fiscais e financeiros;
e) IPTU verde;
f) fundo municipal de desenvolvimento local;
IV – Jurídicos e Administrativos:
a) servidão e limitação administrativas;
b) autorização, permissão ou concessão de uso de bens públicos municipais;
c) concessão dos serviços públicos urbanos;
d) gestão de serviços urbanos com organizações sociais, assim declaradas pelo
Poder Público Municipal;
e) convênios e acordos técnicos, operacionais e de cooperação institucional;
f) termo administrativo de ajustamento de conduta;
g) dação em pagamento.
§ 1º Os instrumentos mencionados neste artigo regem-se pela legislação que lhes
é própria, observado o disposto nesta Lei Complementar, podendo ser utilizados isolada ou
conjuntamente.
§ 2º Nos casos de programas e projetos habitacionais de interesse social,
desenvolvidos por órgãos ou entidades da Administração Pública com atuação específica
nessa área, a concessão de direito real de uso de imóveis públicos poderá ser contratada
coletivamente.
§ 3º Os instrumentos previstos no neste artigo que demandam dispêndio de
recursos por parte do Poder Público Municipal devem ser objeto de controle social, garantida
a participação de comunidades, movimentos e entidades da sociedade civil.

CAPÍTULO I
DOS INSTRUMENTOS URBANÍSTICOS

Seção I
Do Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios - PEUC

Art. 547. O Poder Executivo Municipal, nos termos do art. 182 da Constituição
Federal e dos art. 5º e 6º da Lei Federal nº 10.257, de 2001, poderá determinar o
parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo urbano não edificado,
255

subutilizado ou não utilizado mediante lei específica, a qual deverá fixar as condições e
prazos.
§ 1º São considerados imóveis não edificados, subutilizados ou não utilizados,
nos termos deste Plano Diretor Participativo, aqueles com acesso à infraestrutura básica,
assim definidos pela legislação federal de parcelamento do solo e abrangidos pelas situações
previstas nesta Lei Complementar.
§ 2º São passíveis de aplicação do instrumento previsto no caput deste artigo os
imóveis não edificados, subutilizados ou não utilizados localizados dentro da Macroárea
Urbana Consolidada conforme o Mapa 02 – Macroáreas Urbanas e Rurais.

Art. 548. São considerados imóveis não edificados os lotes e as glebas com área
igual ou superior a 5.000m² (cinco mil metros quadrados) e que apresentem índice de
aproveitamento igual a zero.
Parágrafo único. Também são considerados imóveis não edificados os lotes e as
glebas com área inferior 5.000m² (cinco mil metros quadrados), que somados a outros
contíguos, do mesmo proprietário, perfaçam área igual ou superior 5.000m² (cinco mil
metros quadrados) e que apresentem, conjuntamente, índice de aproveitamento igual a zero.

Art. 549. São considerados imóveis subutilizados os lotes com área igual ou
superior a 5.000m² (cinco mil metros quadrados) e que apresentem índice de aproveitamento
básico inferior a 20% (vinte por cento).
Parágrafo único. Também são considerados imóveis subutilizados os lotes e as
glebas com área inferior 5.000m² (cinco mil metros quadrados), que somados a outros
contíguos, do mesmo proprietário, perfaçam área igual ou superior 5.000m² (cinco mil
metros quadrados) e que apresentem, conjuntamente, índice de aproveitamento básico
inferior a 20% (vinte por cento).

Art. 550. Ficam excluídos das categorias de imóveis não edificados e


subutilizados:
I – os imóveis utilizados como instalações de atividades econômicas que não
necessitam de edificações para exercer suas finalidades;
II – os imóveis que integram o Sistema Municipal de Áreas Verdes e Unidades
de Conservação ou cumpram função ambiental relevante, comprovada pelo órgão municipal
competente;
III – os imóveis destinados a estacionamentos, depósitos e similares;
IV – os imóveis utilizados como postos de abastecimento de veículos;
V – os imóveis integrantes do Sistema de Áreas Institucionais do Município;
VI – os imóveis de interesse do patrimônio cultural, histórico ou arquitetônico;
VII – os imóveis que sejam tombados ou que tenham processo de tombamento
aberto pelo órgão competente de qualquer ente federativo ou ainda cujo potencial construtivo
tenha sido transferido;
VIII – os imóveis que abrigam clubes em atividade ou associações de classe;
256

IX – os imóveis que estejam nestas condições devido a impossibilidades


técnicas, jurídicas ou econômico-financeiras, momentaneamente, insanáveis e apenas
enquanto essas perdurarem;
X – os imóveis de propriedade de cooperativas habitacionais ou que pertençam
a entidades sem fins lucrativos, desde que dotados de projeto de utilização;
XI – o único imóvel do proprietário, ainda que se enquadre nas dimensões dos
arts. 548 e 549, exigindo-se documentação comprobatória desta caracterização.
Parágrafo único. Lei específica poderá determinar outras categorias de imóveis
excluídos da caracterização de não edificados e subutilizados.

Art. 551. Serão considerados imóveis não utilizados aqueles com área edificada
igual ou superior 5.000m² (cinco mil metros quadrados) e com 100% (cem por cento) da
edificação desocupada por mais de dois anos ininterruptos.
§1º A classificação do imóvel como não utilizado poderá ser comprovada por
meio de consulta às concessionárias de serviços públicos, as quais atestarão a não utilização
ou a interrupção do fornecimento dos serviços essenciais como água, luz e gás por prazo
superior ao estabelecido no caput ou por outros meios a serem regulamentados por lei
específica.
§ 2º As edificações enquadradas no caput deverão estar ocupadas no prazo
máximo de 01 (um) ano, a partir do recebimento da notificação a que se refere o art. 552.

Art. 552. O proprietário de imóvel sujeito à aplicação do instrumento de que


trata esta Seção será notificado pelo Poder Público, devendo a Notificação ser averbada na
Serventia Imobiliária competente acompanhada de Laudo Técnico que ateste a situação do
imóvel.
§ 1º A notificação far-se-á da seguinte forma:
I – por funcionário do Poder Público Municipal, ao proprietário do imóvel ou,
no caso de este ser pessoa jurídica, a quem tenha poderes de gerência geral ou administração;
II – por edital, quando frustrada, por três vezes, a tentativa de notificação na
forma prevista no inciso I, deste artigo.
§ 2º Os prazos, a que serem fixados na lei específica referida no caput do art.547,
não poderão ser inferiores a:
I – um ano, a partir da notificação, para que seja protocolado o projeto no órgão
municipal competente;
II – dois anos, a partir da aprovação do projeto, para iniciar as obras do
empreendimento.
§ 3º Em empreendimentos de grande porte, a serem definidos por lei municipal
específica, poderá ser prevista a execução das obras em etapas, desde que o projeto seja
aprovado na íntegra, acompanhado do cronograma de execução de todas as etapas.
§ 4º. A paralisação das obras ou o não atendimento do cronograma, sem
justificativa aceita pelo Poder Executivo Municipal, implicará na imediata caracterização do
257

imóvel como não edificado, subutilizado ou não utilizado, sujeitando o proprietário às


cominações legais aplicáveis à espécie.

Art. 553. Poderão ser aceitas como formas de aproveitamento de imóveis não
edificados, subutilizados ou não utilizados a construção de equipamentos comunitários ou
espaços livres arborizados, desde que seja assegurado o uso público e garantida a melhoria
da qualidade ambiental.

Art. 554. A transmissão do imóvel, por ato inter vivos ou causa mortis, posterior
à data da notificação, transfere as obrigações de parcelamento, edificação ou utilização,
previstas nesta Seção, sem interrupção de quaisquer prazos.

Art. 555. Fica facultado aos proprietários dos imóveis de que trata esta Seção,
propor ao Poder Executivo Municipal o estabelecimento de Consórcio Imobiliário, conforme
disposto na Seção VIII, Capítulo I, Título V desta Lei Complementar e art. 46 do Estatuto
da Cidade.

Seção II
Do IPTU Progressivo no Tempo

Art. 556. Aplicar-se-á alíquotas progressivas do Imposto sobre a Propriedade


Predial e Territorial Urbano – IPTU, majoradas anualmente, pelo prazo de 5 (cinco) anos
consecutivos, nos imóveis não edificados, subutilizados ou não utilizados cujos proprietários
não atenderam à notificação para parcelamento, edificação ou utilização compulsórios nos
prazos e condições estipulados na lei específica de que trata a Seção I deste Capítulo.
§ 1º O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano será fixado na lei específica de
que trata a Seção I, e não excederá a duas vezes o valor referente ao ano anterior, respeitada
a alíquota máxima de 15% (quinze por cento).
§ 2º A majoração anual a que se refere o caput observará os termos do Código
Tributário Municipal de Votuporanga, com o qual deverá compatibilizar-se.
§ 3º Caso a obrigação de parcelar, de edificar ou de utilizar não seja atendida em
cinco anos, o município manterá a cobrança pela alíquota máxima, até que se cumpra a
referida obrigação, garantida a prerrogativa de proceder à desapropriação do imóvel,
mediante pagamento em títulos da dívida pública.
§ 4º É vedada a concessão de isenção ou anistia relativas à tributação progressiva
de que trata este artigo.
§ 5º São passíveis de aplicação do instrumento previsto no caput deste artigo os
imóveis não edificados, subutilizados ou não utilizados, localizados dentro da Macroárea
Urbana Consolidada conforme o Mapa 02 – Macroárea Urbanas e Rurais.
258

Seção III
Da Desapropriação com Pagamento em Títulos da Dívida Pública

Art. 557. Decorridos 05 (cinco) anos de cobrança do IPTU progressivo no


tempo sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou
utilização, o Município poderá proceder à desapropriação do imóvel, com pagamento em
títulos da dívida pública.
§ 1° Os títulos da dívida pública terão prévia aprovação do Senado Federal e
serão resgatados no prazo de até 10 (dez) anos, em prestações anuais, iguais e sucessivas,
assegurados o valor real da indenização e juros legais de seis por cento ao ano.
§ 2º O valor real da indenização:
I – refletirá o valor da base de cálculo do IPTU, descontado o montante
incorporado em função de obras realizadas pelo Poder Público, na área onde o mesmo se
localiza, após a notificação de que trata o art. 10 desta Lei Complementar;
II – não computará expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros
compensatórios.
§ 3º Os títulos de que trata este artigo não terão poder liberatório para pagamento
de tributos.
§ 4º O Poder Público Municipal procederá ao adequado aproveitamento do
imóvel no prazo máximo de 05 (cinco) anos, contados a partir de sua incorporação ao
patrimônio público.
§ 5º O aproveitamento do imóvel poderá ser efetivado diretamente pelo Poder
Público ou por meio de alienação ou concessão a terceiros, observando-se, nesses casos, o
devido procedimento licitatório.
§ 6º Ficam mantidas as mesmas obrigações de parcelamento, edificação ou
utilização previstas na Seção I, Capítulo I, Título V desta Lei Complementar para o
adquirente de imóvel enquadrado nos termos do § 5º, do art.556.

Art. 558. São passíveis de aplicação do instrumento previsto nesta Seção III os
imóveis não edificados, subutilizados ou não utilizados localizados dentro da Macroárea
Urbana Consolidada conforme o Mapa 02 – Macroáreas Urbanas e Rurais.

Seção IV
Da Outorga Onerosa do Direito de Construir

Art. 559. O Poder Executivo Municipal, mediante contrapartida financeira a ser


prestada pelo beneficiário, nos termos dos artigos 28 a 31 da Lei nº 10.257/01 – Estatuto da
Cidade, e de acordo com os critérios e procedimentos definidos nesta Lei Complementar,
outorgará o direito de construir acima do Coeficiente de Aproveitamento Básico adotado até
o limite estabelecido para o Coeficiente de Aproveitamento Máximo.
259

§ 1º A outorga onerosa do direito de construir fica condicionada à existência de


infraestrutura suficiente.
§ 2º As áreas passíveis de outorga onerosa do direito de construir são aquelas
localizadas dentro da Macroárea Urbana Consolidada e Macroárea de Expansão Urbana,
conforme o Mapa 02 – Macroárea Urbanas e Rurais.
§ 3º Para os efeitos deste Plano Diretor Participativo, coeficiente de
aproveitamento é a relação entre a área edificável computável e a área do lote, esse valor é
obtido pela divisão da área total construída pela área do terreno, podendo ser mínimo, básico
ou máximo.
§ 4º O coeficiente de aproveitamento básico a ser considerado para cada zona
está previsto nos parâmetros urbanísticos de Zoneamento deste Plano Diretor Participativo.
§ 5º O limite máximo a ser considerado pelo coeficiente de aproveitamento para
cada zona está previsto nos parâmetros urbanísticos de Zoneamento deste Plano Diretor
Participativo.
§ 6º A outorga onerosa do direito de construir, somada ao coeficiente de
aproveitamento básico adotado, nunca poderá superar o coeficiente de aproveitamento
máximo definido para cada zona.

Art. 560. Para os efeitos de cálculo do valor da outorga onerosa do direito de


construir, será aplicada a seguinte fórmula:

VLO = VV.y. QA

Sendo:

VLO = valor a ser pago pela outorga;


VV = valor venal do metro quadrado do terreno, multiplicado por y;
QA = quantidade de metros quadrados acrescidos;
Y = coeficiente de ajuste, que corresponde a 0,10 (dez centésimos).

Art. 561. A contrapartida referida no caput do art.559 poderá ser substituída


pela doação de imóveis ao Poder Público ou por obras de infraestrutura nas áreas que
necessitam de investimentos, desde que seja acompanhada de parecer técnico e aprovada
pelo Conselho Municipal da Cidade.
Parágrafo único. O parecer técnico, de responsabilidade da Secretaria Municipal
de Obras ou órgão competente, deverá conter a equivalência econômica entre o valor da
outorga e o valor do bem doado ou da obra de infraestrutura com a contrapartida financeira,
seguida da aprovação da substituição pelo Chefe do Poder Executivo Municipal.

Art. 562. A concessão do instrumento referido no caput do art. 17 poderá ser


negada pela Secretaria Municipal de Planejamento ou órgão competente, caso se verifique a
possibilidade de impacto não suportável pela infraestrutura ou o risco de comprometimento
260

da paisagem urbana, garantindo, nesses casos, a apreciação e a aprovação do Conselho


Municipal da Cidade.

Art. 563. Os recursos auferidos com a concessão da outorga onerosa do direito


de construir, excluídos os decorrentes de operação urbana consorciada, serão depositados no
Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação e serão aplicados,
obrigatoriamente, em:
I – regularização fundiária;
II – execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;
III – constituição de reserva fundiária;
IV – ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
V – implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
VI – criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
VII – criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de
interesse ambiental;
VIII – proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.

Art. 564. Na utilização do instrumento referido no caput do art. 558, a expedição


do Alvará de Construção pela Prefeitura Municipal de Votuporanga, com validade de 2
(dois) anos, fica condicionada ao pagamento do valor relativo à outorga onerosa do direito
de construir.

Art. 565. Poderá ser permitida a utilização do coeficiente de aproveitamento


máximo, sem contrapartida financeira, na produção de Habitação de Interesse Social (HIS)
- modalidade conjunto habitacional - e de equipamentos públicos.
Parágrafo único. É vedada a concessão da outorga onerosa do direito de construir
nas ZER, ZCP, ZPE, ZCL, ZRCA e ZLP.

Seção V
Da Outorga Onerosa de Alteração de Uso do Solo

Art. 566. O Poder Executivo Municipal, nos termos dos artigos 29, 30 e 31 da
Lei nº 10.257/01 – Estatuto da Cidade, poderá outorgar, onerosamente, o direito de alteração
de uso do solo ao proprietário de imóvel mediante contrapartida a ser paga ao Poder Público
Municipal e de acordo com os critérios e procedimentos definidos nesta Lei Complementar.
§ 1º É objeto de contrapartida, a ser prestada por beneficiário ou proprietário
interessado, a que se refere o caput, a alteração de uso do solo rural para urbano por meio da
inclusão de área rural no perímetro urbano ou a alteração de uso do solo realizada mediante
o cancelamento do cadastro rural das áreas ou glebas de terras, localizadas na Macrozona de
Expansão Urbana, para transformá-las em empreendimento imobiliário.
261

§ 2º A contrapartida a ser prestada pelo proprietário interessado ou beneficiário


é o mecanismo utilizado para garantir a justa distribuição dos ônus e benefícios decorrentes
da urbanização do território de expansão urbana e visa à recuperação, para a coletividade,
da mais-valia urbanística, permitindo a redistribuição dos benefícios advindos da
urbanização.

Art. 567. O Poder Executivo Municipal fica autorizado a aplicar a Outorga


Onerosa de Alteração do Uso do Solo nos seguintes casos:
I – nas áreas ou glebas de terras, localizadas na Macroárea de Expansão Urbana
conforme o Mapa 02 – Macroáreas Urbanas e Rurais, que tiveram o seu cadastro rural
cancelado para a implantação de empreendimentos imobiliários destinados à habitação, à
indústria, ao comércio e serviços;
II – nas áreas ou glebas de terra, que estavam na Macrozona Rural e passaram a
integrar Macroárea de Expansão Urbano, mediante lei complementar.
§ 1º A Proposta de Alteração de Uso, aplicada nas áreas e glebas do inciso I deste
artigo, é de iniciativa exclusiva do proprietário beneficiário, observados os princípios e
normas desta Lei Complementar.
§ 2º A regulamentação de inclusão no perímetro urbano de áreas rurais referidas
no inciso II deste artigo, é de iniciativa do Poder Executivo Municipal, que deverá elaborar
o Projeto de Lei Específica de inclusão, nos termos da Seção III, Capítulo II, Título IV
consoante com o Artigo 42-B da Lei Federal nº 10.257/01.
§ 3º Precede à elaboração do projeto de lei específica de inclusão no perímetro
urbano, a análise do Estudo de Viabilidade Técnica, elaborado pelo proprietário interessado
de acordo com o § 1º do art. 294 desta Lei Complementar bem como sua análise pelo
COMURB.
§ 4º Não estão sujeitos a Outorga de Alteração de Uso do Solo, até o interesse
em alterar a atividade, os imóveis rurais incluídos no perímetro urbano, cuja propriedade não
se enquadre no disposto no § 1º do art. 566 e que continuem a ser utilizados apenas para
atividades rurais, atendendo aos índices urbanísticos previstos para área rural.
§ 5º Nos imóveis localizados na Macroárea de expansão urbana que pagaram
ITU e IPTU, conforme a Lei Complementar n° 87/2005 - Código Tributário Municipal - até
a data da Súmula Vinculante 626 STJ, de 17 de dezembro de 2018, não incidirá a outorga
onerosa de alteração de uso prevista no inciso I deste artigo, devido a incidência de tributos
caracteristicamente urbanos.

Art. 568. Para efeito de aplicação da Outorga Onerosa de Alteração de Uso do


Solo, ficam estabelecidas as seguintes definições:
I – Proprietário Interessado: é aquele que solicita a inclusão de área ou gleba no
perímetro urbano e, justificando o seu interesse por meio da realização do Estudo de
Viabilidade Técnica, tem sua área rural incorporada na Macroárea de Expansão Urbana, logo
após a aprovação do projeto de lei específico inclusão;
262

II – Beneficiário: proprietário que solicita a alteração de uso do solo, assim como


o parcelamento do solo na Macroárea de Expansão Urbana para a implantação de
empreendimentos imobiliários destinados à habitação, à indústria, ao comércio e serviços;
III – Empreendimento Imobiliário: a divisão ou subdivisão de uma área ou gleba
de terras em lotes ou unidades autônomas para fins residenciais, comerciais e/ou industriais;
IV – Contrapartida: valor em moeda corrente nacional pago pelo beneficiário ou
proprietário interessado;
V – Certificado da Outorga Onerosa de Alteração do Uso do Solo: é a
certificação emitida pelo Poder Executivo Municipal, com ônus para o beneficiário,
permitindo a alteração de uso do solo;
VI – Contrato de Outorga Onerosa de Alteração de Uso do Solo: instrumento
jurídico firmado entre o município de Votuporanga e o proprietário interessado ou
beneficiário para pactuação de parcelamento do valor da contrapartida financeira referente à
Outorga Onerosa de Alteração de Uso do Solo;
VII – Área Aproveitável: é a área ou gleba de terra incluída no perímetro urbano
ou destinada à implantação de empreendimento imobiliário, excluídas as Áreas de
Preservação Permanente (APP) e as faixas não edificantes ao longo das linhas de transmissão
de energia elétrica.

Art. 569. O pagamento da contrapartida referida no caput do art. 566, em


conformidade com o artigo 29 da Lei Federal nº 10.257/01, será realizado:
I – pelo beneficiário, que tencionou a alteração do uso do solo para transformá-
lo em empreendimento imobiliário;
II – pelo proprietário interessado, que teve sua área rural incluída no perímetro
urbano de Votuporanga, observadas as disposições do inciso I do artigo 568.
§ 1º O proprietário interessado, que queira transformar área ou gleba de terras
em empreendimento imobiliário e já tenha realizado o pagamento da contrapartida referida
no inciso II deste artigo, está dispensado do pagamento da contrapartida a que se refere o
inciso I deste artigo.
§ 2º As áreas ou glebas de terra, incluídas na Macroárea de Expansão Urbana,
cujo proprietário exerceu a prerrogativa de transformá-las em empreendimento imobiliário
e apresentou projeto para aprovação definitiva, sujeitam-se a atualizações na área
aproveitável para os efeitos de cálculo e pagamento da contrapartida da outorga, nos
seguintes casos:
I – nas Áreas de Preservação Permanente (APP), se, atualmente, apresentarem
porcentagem inferior à apresentada na data de inclusão no perímetro urbano;
II – nas faixas não edificantes, ao longo das linhas de transmissão de energia
elétrica, se, atualmente, apresentarem porcentagem inferior à apresentada na data de inclusão
no perímetro urbano.
263

Art. 570. O projeto de lei específico a que se refere o § 2º art. 567 bem como a
solicitação de inclusão, realizada pelo proprietário interessado, serão analisados pelo
COMURB, nos termos Capítulo X do Título IV.

Art. 571. A base de cálculo para o cumprimento da contrapartida é estabelecida


da seguinte forma:

VOU = VM.y

Onde:

VM = valor de mercado da área aproveitável (sobre a qual será implantado o


empreendimento imobiliário ou sobre a área incluída no perímetro urbano);
Y = percentual de aplicação, correspondente a 0,04 (quatro centésimos);
VOU = Valor Outorga Onerosa de Alteração de Uso do Solo.
Parágrafo único. O valor de mercado será apurado utilizando a referência de área
aproveitável a que se refere o inciso VII do art. 568.

Art. 572. A contrapartida prestada pelo beneficiário ou proprietário interessado,


referente ao valor da Outorga Onerosa de Alteração de Uso, será correspondente a 0,04
(quatro centésimos) do valor de mercado da área aproveitável do imóvel.
§ 1º O valor de mercado da área aproveitável será fixado pela Comissão de
Avaliação de Bens Imóveis da Prefeitura Municipal de Votuporanga, com base em 3 (três)
Laudos de Avaliação do Imóvel, apresentados pelo proprietário e elaborados por profissional
habilitado e credenciado pelo CRECI-SP.
§ 2º A responsabilidade pela análise do laudo de avaliação a que se refere o § 1º
deste artigo e a fixação do valor de mercado da área ou gleba de terras sobre a qual será
instituído o empreendimento imobiliário ficará a cargo da Comissão de Avaliação de Bens
Imóveis da Prefeitura Municipal de Votuporanga.
§ 3º O valor apurado deverá ser publicado no Diário Oficial do Município e
comunicado ao proprietário beneficiário.
§ 4º Caberá recurso da fixação do valor de mercado referida no § 2º deste artigo,
dentro do prazo de 10 (dias) da publicação no Diário Oficial do Município de Votuporanga.

Art. 573. Incorre nos mesmos trâmites do art. 572, o proprietário interessado,
que teve sua área incluída no perímetro urbano de Votuporanga.

Art. 574. O pagamento da contrapartida dar-se-á em parcela única e será


realizado:
I – pelo beneficiário, antes da aprovação definitiva do empreendimento
imobiliário pela Prefeitura Municipal de Votuporanga, que emitirá o Certificado da Outorga
264

Onerosa de Alteração do Uso do Solo, o qual deverá estar consignado no Decreto Municipal
de Aprovação do Empreendimento;
II – pelo proprietário interessado, em até 120 (cento e vinte) dias da publicação
da lei complementar de inclusão de sua área no perímetro;
§ 1º Decorridos 90 (noventa) dias da publicação da lei complementar, que incluiu
a área ou gleba de terra no perímetro urbano, sem que o proprietário interessado tenha
apresentado os 3 (três) Laudos de Avaliação Técnica a que refere o art. 29, a Comissão de
Avaliação de Bens Imóveis da Prefeitura Municipal de Votuporanga fixará o valor de
mercado para o cálculo da contrapartida a ser paga.
§ 2º Caberá recurso da fixação do valor de mercado referida no § 1º deste artigo,
no prazo de 10 (dias) da publicação da avaliação no Diário Oficial do Município.
§ 3º O Poder Executivo Municipal poderá parcelar a contrapartida da Outorga
Onerosa de Alteração de Uso do Solo em até 12 (doze) parcelas, mensais e consecutivas por
meio da formalização do Contrato de Outorga Onerosa de Alteração de Uso do Solo.
§ 4º Se parcelado, o valor devido a título de contrapartida financeira da Outorga
Onerosa de Alteração de Uso do Solo deverá ser corrigido mensalmente, utilizando-se como
indexador a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA (IBGE),
publicado no mês imediatamente anterior à data da formalização do contrato ou por índice
aplicado na atualização da Unidade Padrão Municipal - UPM.

Art. 575. A aprovação definitiva do empreendimento pela Prefeitura Municipal


de Votuporanga por meio da emissão do Certificado de Alteração de Uso do Solo, está
condicionada ao pagamento em parcela única a que se refere o caput do art. 574 ou à
celebração do Contrato de Outorga Onerosa de Alteração de Uso do Solo a que refere o VI
do art. 569.

Art. 576. Os recursos auferidos com a concessão da Outorga Onerosa de


Alteração de Uso do Solo serão depositados no Fundo Municipal de Desenvolvimento
Urbano e Habitação e serão aplicados, obrigatoriamente, em:
I – regularização fundiária;
II – execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;
III – constituição de reserva fundiária;
IV – ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
V – implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
VI – criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
VII – criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de
interesse ambiental;
VIII – proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.

Art. 577. O não cumprimento do compromisso assumido na Certificação de


Alteração de Uso do Solo ou o não pagamento previsto no art. 31 sujeita às seguintes
penalidades:
265

I – multa incidente sobre o valor devido e calculado nos mesmos percentuais


aplicáveis aos tributos de competência do Município de Votuporanga, recolhidos com atraso;
II – pagamento de juros de mora, nos mesmos percentuais aplicáveis aos tributos
de competência do Município de Votuporanga, recolhidos com atraso;
III – cancelamento do Alvará ou Decreto, com retorno à destinação originária do
imóvel do proprietário referido no inciso I do art. 25, não cabendo indenização;
IV – não serão restituídos os valores pagos a título de Outorga Onerosa de
Alteração de Uso do Solo, previstos nos incisos I e II do art. 25 desta Lei Complementar.
§ 1º As disposições deste artigo, sem prejuízo das penalidades previstas na
legislação edilícia urbanística e ambiental, poderão ser aplicadas cumulativamente.
§ 2º Será inscrito na Dívida Ativa do Município de Votuporanga o valor não
pago correspondente a Outorga Onerosa da Alteração de Uso do Solo previsto no art. 24.

Art. 578. A contrapartida a que se refere o art. 24 desta Lei Complementar


poderá ser substituída por qualquer outra que traga vantagem econômica, social, educacional
ou ambiental ao município, obedecendo aos seguintes critérios:
I – equivalência econômica entre o valor da outorga e o valor do bem oferecido
como contrapartida;
II – aprovação da substituição pelo Órgão Gestor do Fundo de Desenvolvimento
Urbano e Habitação.

Art. 579. A contrapartida substitutiva poderá consistir -se em:


I – doação de imóvel ao município;
II – construção, ampliação ou reforma de equipamentos públicos municipais,
inclusive, escolas, praças, parques e jardins;
III – construção ou melhoria de infraestrutura urbana.
Parágrafo único. A responsabilidade pelo controle, acompanhamento e
fiscalização da contrapartida substitutiva especificada nos incisos II e III deste artigo, ficará
a cargo do profissional-técnico designado pelo órgão gestor do Fundo de Desenvolvimento
Urbano e Habitação.

Art. 580. São isentos do pagamento da contrapartida a que se refere o art. 24:
I – os parcelamentos do solo mediante desmembramento e desdobro;
II – as construções de Habitação de Interesse Social (HIS), na modalidade
conjuntos habitacionais.
§ 1º O desenquadramento do empreendimento como conjunto habitacional,
implicará na perda dos benefícios previsto no caput.
§ 2º A perda dos benefícios prevista no § 1º deste artigo, ensejará na cobrança,
pelo Poder Executivo Municipal, da outorga de alteração de uso e de todos os encargos e
multas a ela inerentes.
266

Seção VI
Da Transferência do Direito de Construir

Art. 581. O Poder Executivo Municipal poderá autorizar, nos termos do art. 35
da Lei nº. 10.257/01 - Estatuto da Cidade, o proprietário de imóvel urbano a exercer em
outro local, ou alienar total ou parcialmente, mediante escritura pública, o potencial
construtivo básico previsto nesta lei complementar, quando o imóvel for considerado
necessário para os fins de:
I – preservação, quando declarado pelo Poder Público como de interesse
histórico, arquitetônico, arqueológico, paisagístico, ambiental, social ou cultural;
II – implementação de programas de regularização fundiária, urbanização de
áreas ocupadas por população de baixa renda e habitação de interesse social;
III – implantação de sistema viário, equipamentos urbanos e comunitários.
§ 1º A mesma faculdade referida no caput será concedida ao proprietário que
doar ao Poder Público Municipal seu imóvel ou parte dele, para os fins previstos nos incisos
I, II, III deste artigo.
§ 2º O proprietário que transferir potencial construtivo de imóvel, considerado
como de interesse do patrimônio, nos termos deste artigo, assumirá a obrigação de mantê-lo
preservado e conservado.

Art. 582. Não dão origem ao instrumento, transferência do direito de construir,


os imóveis:
I – desapropriados;
II – situados em área non aedificandi;
III – de propriedade pública ou que, em sua origem, tenham sido alienados pelo
Município, pelo Estado ou pela União de forma não onerosa.

Art. 583. O Poder Executivo Municipal deve manter registro, constituído de


imóveis transmissores e receptores das transferências do direito de construir ocorridas, bem
como os respectivos potenciais construtivos transferidos e recebidos.
Parágrafo único. Consumada a transferência do direito de construir em relação a
cada imóvel receptor, fica o potencial construtivo transferido vinculado a esse.

Art. 584. As condições relativas à aplicação da transferência do direito de


construir, com base no Estatuto da Cidade e nesta Lei Complementar, serão estabelecidas
em lei municipal específica, que definirá:
I – as formas de registro e de controle administrativo;
II – as formas e mecanismos de controle social;
III – a previsão de avaliações periódicas;
IV – a forma de cálculo do volume construtivo a ser transferido.
267

Parágrafo único. Estão sujeitas à aplicação do instrumento que trata esta Seção,
sem prejuízo de outras, as áreas descritas nas ZCA, ZLP, ZEIT, ZEPP e áreas de
regularização fundiária desta Lei Complementar.

Seção VII
Das Operações Urbanas Consorciadas

Art. 585. O Poder Público Municipal poderá realizar Operação Urbana


Consorciada para implementar intervenções e medidas coordenadas pelo Poder Executivo,
com a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores
privados, tendo como objetivo o alcance de transformações urbanísticas estruturais,
melhorias sociais, econômicas, culturais e ambientais em uma área específica.
§ 1º Estão compreendidas, nas melhorias referidas no caput, a ampliação dos
espaços públicos, a organização do sistema de transporte coletivo, a implantação de
programas de melhorias de infraestrutura, de sistema viário e de habitações de interesse
social em determinada delimitação de perímetro.
§ 2º As áreas passíveis de aplicação de Operação Urbana Consorciada são
aquelas contidas nas Macroárea Urbana Consolidada e Macroárea de Expansão Urbana,
especialmente, as áreas do 1º Distrito Industrial “João Fernandes Cezare”, do Bairro da
Estação, do Parque Municipal da Zona Norte e Arena Plínio Marin, do Centro de Eventos
“Helder Henrique Galera”, do Parque Municipal da Represa e da Zona Aeroportuária.

Art. 586. As Operações Urbanas Consorciadas têm por finalidades:


I – a implantação de equipamentos estratégicos para o desenvolvimento urbano;
II – a otimização de áreas envolvidas em intervenções urbanísticas de grande
porte e a revitalização das áreas consideradas não edificadas, subutilizadas, não utilizadas,
ou degradadas;
III – a implantação de programas de regularização fundiária e de habitação de
interesse social;
IV – a implantação e a melhoria dos espaços públicos com a oferta de serviços,
equipamentos e infraestruturas urbanas bem como de espaços livres e áreas verdes bem
qualificadas, a fim de promover desenvolvimento urbano adequado e sustentável;
V – a proteção, a recuperação, a criação e a valorização dos patrimônios
ambientais, históricos, culturais, arquitetônicos e paisagísticos;
VI – a dinamização das áreas de modo a melhorar as condições urbanísticas e
ambientais que favoreçam a realização de atividades econômicas diversificadas e que gerem
oportunidades de emprego;
VII – a reurbanização e a reabilitação de áreas deterioradas do ponto de vista
urbanístico e ambiental;
VIII – reestruturar espaços urbanos estratégicos de modo a otimizar o
aproveitamento da terra urbana com novos padrões de parcelamento, uso e ocupação do solo;
268

IX – a melhoria e a ampliação da infraestrutura viária e do acesso aos espaços


urbanos mediante o aperfeiçoando das condições de mobilidade dos seus usuários a partir da
integração de diferentes modalidades de transporte, motorizadas e não motorizadas.

Art. 587. Cada Operação Urbana Consorciada será criada por lei específica que,
de acordo com as disposições dos artigos 32 a 34 da Lei Federal nº. 10.257/01 - Estatuto da
Cidade, conterá o plano de intervenção urbana.
§ 1º O plano de intervenção urbana no âmbito da operação urbana consorciada
deve ser coordenado pelo Poder Público Municipal e conter, no mínimo:
I – as finalidades da operação;
II – a definição da área a ser atingida e abrangência da operação;
III – o estudo de viabilidade econômico-financeira;
IV – o programa básico de ocupação da área e a definição de todas as
intervenções previstas, incluindo quadros, mapas e desenhos que mostrem de forma clara e
detalhada todo o conjunto de intervenções propostas;
V – o programa de atendimento econômico e social para a população diretamente
afetada pela operação;
VI – a solução habitacional dentro do seu perímetro ou vizinhança próxima, no
caso da necessidade de remover os moradores de favelas e ocupações;
VII – a proposta para instalação de serviços, equipamentos e infraestrutura
urbana que atenda, segundo ordem de prioridades, as necessidades e demandas sociais,
urbanas, econômicas e ambientais existentes e futuras;
VIII – a proposta de articulação com a Rede Estrutural de Mobilidade,
considerando os diversos modos de transporte, motorizados e não motorizados, com
indicação das rotas com acessibilidade universal para pedestre;
IX – a estrutura institucional, procedimentos e instrumentos a serem utilizados
no processo de gestão da implementação da Operação Urbana Consorciada;
X – o Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança;
XI – a forma de controle da operação, obrigatoriamente compartilhado com a
representação da sociedade civil, incluindo instrumentos e indicadores para monitoramento
e avaliação da operação urbana consorciada;
XII – as contrapartidas a serem exigidas dos proprietários, usuários permanentes
e investidores privados, em função da utilização dos benefícios;
XIII – a natureza dos incentivos a serem concedidos aos proprietários, usuários
permanentes e investidores privados;
XIV – garantia de preservação de imóveis e espaços urbanos de especial valor
cultural e ambiental, protegidos por tombamento ou por ato do Poder Público;
XV – previsão de conta ou fundo específico para recebimento dos recursos de
contrapartidas financeiras decorrentes dos benefícios urbanísticos concedidos.
§ 2º Poderão ser previstas nas Operações Urbanas Consorciadas, dentre outras
medidas, a modificação de coeficientes e características de parcelamento, uso e ocupação do
269

solo e subsolo, bem como alterações das normas edilícias, considerado o impacto ambiental
delas decorrente.
§ 3º Toda Operações Urbana Consorciada deverá ser, previamente, aprovada
pelo Conselho Municipal da Cidade.
§ 4º Os recursos obtidos pelo Poder Público na forma do inciso IX, deste artigo,
serão aplicados, exclusivamente, no programa de intervenções e dentro da área de
abrangência definidos na lei de criação da Operação Urbana Consorciada.

Art. 588. A Lei Municipal Específica que aprovar a Operação Urbana


Consorciada poderá prever a emissão, pelo Município, de determinada quantidade de
Certificados de Potencial Adicional Construtivo - CEPAC, os quais serão alienados em leilão
ou utilizados diretamente na implementação do programa de ações previstas na própria
Operação.
§ 1º Os Certificados de Potencial Adicional Construtivo serão livremente
negociados, mas convertidos em direito de construir e alteração de uso, unicamente, na área
objeto da Operação.
§ 2º A vinculação dos Certificados de Potencial Adicional Construtivo poderá
ser realizada no ato da aprovação de projeto de edificação específico para o imóvel.
§ 3º Os Certificados de Potencial Adicional Construtivo poderão ser vinculados
ao imóvel por intermédio de declaração da Municipalidade, os quais deverão ser objeto de
Certidão.
§ 4º A lei a que se refere o caput deste artigo deverá estabelecer:
I – a quantidade de Certificados de Potencial Adicional Construtivo – CEPAC –
a ser emitida proporcionalmente ao estoque de potencial construtivo adicional previsto para
a Operação;
II – o valor mínimo do CEPAC;
III – as formas de cálculo das contrapartidas;
IV – as formas de conversão e equivalência dos CEPACs em metros quadrados
de potencial construtivo adicional.
§ 5º O estoque de potencial construtivo adicional a ser definido para as áreas de
Operação Urbana terá seus critérios e limites definidos na lei municipal específica.

Seção VIII
Do Consórcio Imobiliário

Art. 589. O Poder Público Municipal poderá facultar ao proprietário de áreas


atingidas pela obrigação de parcelar, edificar ou utilizar previstas nesta Lei Complementar,
na Lei Municipal Específica a que se refere o art. 547 ou as áreas para fins de regularização
fundiária, o estabelecimento de consórcio imobiliário como forma de viabilização financeira
do aproveitamento do imóvel.
270

§ 1º Considera-se Consórcio Imobiliário a forma de viabilização de planos de


urbanização ou edificação por meio do qual o proprietário transfere ao Poder Público
Municipal o seu imóvel e, após a realização das obras recebe, como pagamento, unidades
imobiliárias devidamente urbanizadas ou edificadas.
§ 2º Além das situações previstas no art. 46 da Lei nº. 10.257/01 - Estatuto da
Cidade, o Poder Público Municipal poderá aplicar o instrumento do Consórcio Imobiliário,
para viabilizar a produção de loteamentos de interesse social ou empreendimentos
habitacionais de interesse social (HIS).

Art. 590. O valor das unidades imobiliárias a ser entregue ao proprietário será
correspondente ao valor do imóvel antes da execução das obras e deverá:
I – refletir o valor da base de cálculo do IPTU, descontado o montante
incorporado em função das obras realizadas pelo Poder Público no local;
II – não computar expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros
compensatórios.

Art. 591. A realização do empreendimento poderá ser efetivada diretamente


pelo Poder Executivo Municipal ou por meio de alienação ou concessão a terceiros,
observando-se, nesses casos, o devido procedimento licitatório.

Art. 592. A transferência do imóvel deverá ser feita por escritura pública,
devidamente registrada no Serviço de Registro de Imóveis.

Art. 593. Estão sujeitas à aplicação do instrumento que trata esta Seção, sem
prejuízo de outras, as áreas contidas na Macrozona Urbana da presente Lei Complementar.

Seção IX
Do Direito de Preempção ou Preferência

Art. 594. O Poder Público Municipal poderá exercer o direito de preempção


para aquisição de imóvel urbano, objeto de alienação onerosa entre particulares, conforme
disposto nos artigos 25, 26 e 27 da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 - Estatuto
da Cidade.

Art. 595. O Direito de Preempção será exercido sempre que o Poder Público
Municipal necessitar de áreas para:
I – regularização fundiária;
II – execução de programas e projetos habitacionais de interesse social, bem
como de loteamentos de interesse social;
III – constituição de reserva fundiária;
IV – ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
271

V – implantação de equipamentos urbanos e comunitários;


VI – criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
VII – criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de
interesse ambiental;
VIII – proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.
Parágrafo único. Lei Municipal Específica deverá enquadrar cada área em que
incidirá o direito de preempção ou preferência em uma ou mais das finalidades enumeradas
neste artigo.

Art. 596. O proprietário deverá notificar sua intenção de alienar o imóvel para
que o Município, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, manifeste, por escrito, seu interesse
em comprá-lo.
Parágrafo único. À notificação mencionada no caput será anexado:
I – proposta de compra apresentada pelo terceiro interessado na aquisição do
imóvel, da qual constará preço, condições de pagamento e prazo de validade;
II – endereço do proprietário, para recebimento de notificação e de outras
comunicações;
III – certidão de inteiro teor da matrícula do imóvel atualizada, expedida pelo
Cartório de Registro de Imóveis, da circunscrição imobiliária competente;
IV – declaração assinada pelo proprietário, sob as penas da lei, de que não
incidem quaisquer encargos e ônus sobre o imóvel, inclusive os de natureza real, tributária
ou executória.

Art. 597. Recebida à notificação a que se refere o art. 596, o Poder Executivo
Municipal poderá manifestar, por escrito, dentro do prazo legal, o interesse em exercer a
preferência para a aquisição do imóvel.
§ 1º O Poder Executivo Municipal fará publicar em Diário Oficial Eletrônico do
Município e em jornal local ou regional de grande circulação, edital de aviso da notificação
recebida e da intenção.
§ 2º A ausência de manifestação expressa do Poder Executivo Municipal de que
pretende exercer o direito de preempção na aquisição do imóvel, em até 30 (trinta) dias após
a data do recebimento da notificação referida no caput, autoriza o proprietário do imóvel a
aliená-lo para terceiros, mantidas as mesmas condições apresentadas ao Poder Público
Municipal.

Art. 598. Concretizada a venda a terceiro, o proprietário fica obrigado a entregar


ao Poder Executivo Municipal cópia do instrumento público de alienação do imóvel, no
prazo de 30 (trinta) dias.
§ 1º O Poder Executivo Municipal promoverá as medidas judiciais cabíveis para
a declaração de nulidade de alienação onerosa efetuada em condições diversas da proposta
apresentada.
272

§ 2º Em caso de nulidade da alienação efetuada pelo proprietário, o Poder


Executivo Municipal poderá adquirir o imóvel pelo valor base de cálculo de imposto predial
e territorial urbano ou pelo valor indicado na proposta apresentada, se este for inferior àquele.

Art. 599. Lei Municipal Específica definirá as áreas em que incidirão o direito
de preempção, especialmente as situadas na Macroárea Urbana Consolidada e na Macroárea
Urbana de Expansão da presente Lei Complementar, fixando as condições e prazos de seu
exercício, observadas as disposições dos § 1º e 2º, art. 25 da Lei nº. 10257/01 - Estatuto da
Cidade.

Seção X
Do Direito de Superfície

Art. 600. O Poder Público Municipal poderá receber e conceder diretamente ou


por meio de seus órgãos, empresas ou autarquias, o direito de superfície, nos termos dos
artigos 21, 22 e 23 da Lei nº. 10257/01 - Estatuto da Cidade, para viabilizar a implementação
de diretrizes constantes desta Lei Complementar, inclusive mediante a utilização do espaço
aéreo e subterrâneo.
Parágrafo único. O Direito de Superfície poderá ser aplicado em todo o território
do Município de Votuporanga.

Art. 601. O proprietário urbano poderá conceder a outrem o direito de superfície


do seu terreno, por tempo determinado ou indeterminado, mediante escritura pública
registrada no Cartório de Registro de Imóveis.
§1º O direito de superfície abrange o direito de utilizar o solo, o subsolo ou o
espaço aéreo relativo ao terreno, na forma estabelecida no contrato respectivo, atendidas as
disposições deste Plano Diretor Participativo.
§ 2º A concessão do direito de superfície poderá ser gratuita ou onerosa.
§ 3º O superficiário responderá, integralmente, pelos encargos e tributos que
incidirem sobre a propriedade superficiária, arcando, ainda, proporcionalmente à sua parcela
de ocupação efetiva, com os encargos e tributos sobre a área objeto da concessão do direito
de superfície, salvo disposição em contrário do contrato respectivo.
§ 4º O direito de superfície pode ser transferido a terceiros, obedecidos os termos
do contrato respectivo.
§ 5º Por morte do superficiário, os seus direitos transmitem-se a seus herdeiros.

Art. 602. Em caso de alienação do terreno, ou do direito de superfície, o


superficiário e o proprietário, respectivamente, terão direito de preferência, em igualdade de
condições à oferta de terceiros.

Art. 603. Extingue-se o direito de superfície:


273

I – pelo advento do termo;


II – pelo descumprimento das obrigações contratuais assumidas pelo
superficiário.

Art. 604. Extinto o direito de superfície, o proprietário recuperará o pleno


domínio do terreno, bem como das acessões e benfeitorias introduzidas no imóvel,
independentemente de indenização, se as partes não houverem estipulado o contrário no
respectivo contrato.
§ 1º Antes do termo final do contrato, extinguir-se-á o direito de superfície se o
superficiário der ao terreno destinação diversa daquela para a qual for concedida.
§ 2º A extinção do direito de superfície será averbada no Cartório de Registro de
Imóveis.

Art. 605. Extinta a concessão, o proprietário passará a ter a propriedade plena


sobre o terreno, construção ou plantação, independentemente de indenização, se as partes
não houverem estipulado o contrário.

Art. 606. No caso de extinção do direito de superfície em consequência de


desapropriação, a indenização cabe ao proprietário e ao superficiário, no valor
correspondente ao direito real de cada um.

Seção XI
Do Estudo de Impacto de Vizinhança

Art. 607. O Estudo de Impacto de Vizinhança -EIV compreende o conjunto de


elementos técnicos indicativos das prováveis modificações nas diversas características
socioeconômicas e físico territoriais do entorno, que podem resultar do desenvolvimento de
empreendimentos, atividades ou de projetos urbanísticos.
Parágrafo único. O Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV - será analisado por
uma comissão multidisciplinar constituída por servidores especializados, integrantes dos
órgãos municipais responsáveis pelo planejamento, meio ambiente, urbanismo,
infraestrutura e transportes.

Art. 608. Os usos que venham a causar grande impacto urbanístico e ambiental,
além do cumprimento dos demais dispositivos previstos na legislação urbanística, terão sua
aprovação condicionada à elaboração e aprovação de Estudo Impacto de Vizinhança - EIV,
a ser apreciado pelo órgão competente da Administração Municipal.

Art. 609. O Poder Executivo Municipal, para eliminar ou minimizar impactos


negativos a serem gerados pelo empreendimento, deverá solicitar como condição para
274

aprovação do projeto, alterações e complementações no mesmo, bem como a execução de


melhorias na infraestrutura urbana e de equipamentos comunitários, tais como:
I – ampliação das redes de infraestrutura urbana;
II – área de terreno ou área edificada para instalação de equipamentos
comunitários, em percentual compatível com o necessário para o atendimento da demanda a
ser gerada pelo empreendimento;
III – ampliação e adequação do sistema viário, faixas de desaceleração, ponto de
ônibus, faixa de pedestres, instalação de semáforos, quando necessário;
IV – proteção acústica, uso de filtros e outros procedimentos que minimizem
incômodos da atividade;
V – manutenção de imóveis, fachadas ou outros elementos arquitetônicos ou
naturais considerados de interesse paisagístico, histórico, artístico ou cultural, bem como de
recuperação ambiental da área;
VI – percentual de lotes ou habitações de interesse social no empreendimento.
§ 1º As exigências previstas nos incisos anteriores deverão ser proporcionais ao
porte e ao impacto do empreendimento.
§ 2º A aprovação do empreendimento ficará condicionada à assinatura de Termo
de Compromisso de Ajustamento de Conduta por parte do interessado, devendo este se
comprometer a arcar integralmente com as despesas decorrentes das obras e serviços
necessários à minimização dos impactos decorrentes da implantação do empreendimento e
demais exigências apontadas pelo Poder Executivo Municipal, antes da conclusão do
empreendimento.

Art. 610. Para obtenção das licenças ou autorizações de construção, ampliação


ou funcionamento de atividades ou empreendimentos, públicos ou privados, o interessado
providenciará Estudo de Impacto de Vizinhança de forma a contemplar os efeitos negativos
do empreendimento ou atividades, privados ou públicos, observados os seguintes
parâmetros:
I – adensamento populacional;
II – uso e ocupação do solo;
III – valorização imobiliária;
IV – áreas de interesse histórico, cultural, paisagístico e ambiental;
V – equipamentos urbanos, incluindo consumo de água e de energia elétrica,
bem como geração de resíduos sólidos, líquidos e efluentes de drenagem de águas pluviais;
VI – equipamentos comunitários, como os de saúde e educação;
VII – sistema de circulação e transportes, incluindo, dentre outros, tráfego
gerado, acessibilidade, estacionamento, carga e descarga, embarque e desembarque;
VIII – poluição sonora, atmosférica e hídrica;
IX – vibração;
X – periculosidade;
XI – riscos ambientais;
XII – interferências na paisagem urbana e rural;
275

XIII – impacto socioeconômico na população residente ou atuante no entorno.

Art. 611. Os documentos constantes no EIV serão públicos e ficarão disponíveis


para consulta no órgão municipal competente.
§ 1º Serão fornecidas cópias do EIV, quando solicitadas pelos moradores da área
afetada ou por suas associações.
§ 2º O órgão público responsável pelo exame do EIV deverá realizar Audiência
Pública, antes da decisão sobre o projeto, integrando a participação dos moradores da área
afetada ou por suas associações.
§ 3º Poderão ser disponibilizadas, no local do empreendimento, informações
sobre o empreendimento e a data de realização da Audiência Pública do EIV como forma de
garantir o princípio da publicidade na área afetada.
§ 4º Poderão ser utilizadas novas formas de divulgação da Audiência Pública de
EIV para os moradores da área afetada, como forma de garantir a publicidade, a
economicidade e a eficiência nas informações prestadas pelo serviço público municipal,
devendo sua regulamentação ser realizada por Decreto Municipal.

Art. 612. A elaboração do EIV não substitui o licenciamento ambiental exigido,


nos termos da legislação ambiental pertinente.

Seção XII
Da Arrecadação de Imóveis Abandonados

Art. 613. O Poder Público Municipal fica autorizado a proceder à arrecadação


de bens imóveis urbanos abandonados, conforme o disposto nesta Lei Complementar, no
artigo 64 da Lei Federal nº 13.465, de 11 de julho de 2017, aplicando-se nos casos omissos,
as normas previstas no Código de Processo Civil que regulam a herança jacente, no que
couber.

Art. 614. Os imóveis urbanos privados abandonados cujos proprietários não


possuam a intenção de conservá-los em seu patrimônio ficam sujeitos à arrecadação pelo
Município na condição de bem vago.

Art. 615. O procedimento para arrecadação de bens imóveis, nos termos desta
Lei Complementar, deverá ter início com o respectivo Processo Administrativo, o qual terá,
uma vez constatado haver imóvel nas condições de abandono, um relatório de vistoria
pormenorizado e acompanhado de fotos, contido nesse, ainda, as seguintes informações:
I – localização do imóvel, com seu endereço completo e croqui a ser elaborado
pelo setor competente;
II – registro do requerimento, denúncia ou matéria jornalística que motivou a
instauração do procedimento de arrecadação, quando houver;
276

III – descrição do tipo de imóvel, identificando se esse era de fins comerciais,


residenciais ou outra natureza;
IV – descrição detalhada do estado de abandono do imóvel quanto ao seu
exterior;
V – informação se há indícios de que o imóvel encontra-se ou não na posse do
proprietário ou de terceiros;
VI – constatação, junto ao setor competente, se o bem se encontra com IPTU e
eventuais outros tributos em aberto perante a Municipalidade, relativos ao imóvel,
devidamente lançados, juntando-se a respectiva certidão positiva nos autos;
VII – termo declaratório dos confinantes, quando houver, acerca do estado do
imóvel;
VIII – certidão de matrícula atualizada acerca do registro do bem.
§ 1º O relatório de vistoria deverá ser elaborado pelo setor de fiscalização de
responsabilidade da Secretaria Municipal de Obras, podendo utilizar-se de estagiários como
apoio.
§ 2º Os imóveis enquadrados como em estado de abandono serão identificados
e cadastrados no setor competente, constando nos respectivos cadastros informações sobre
sua situação fiscal.

Art. 616. Após a elaboração do relatório de vistoria e abertura do processo


respectivo, será realizada vistoria do imóvel, em datas diversas, pelo período de quinze dias,
a fim de constatar o abandono e a inexistência de qualquer ato de posse sobre o bem.
Parágrafo único. Cada vistoria realizada deve ser registrada em relatório
acompanhado de fotos do imóvel, a fim de comprovar o estado de abandono em que este se
encontra.

Art. 617. Cumpridas as diligências e sendo constatado que o imóvel se encontra


em estado de abandono, inclusive em decorrência do Imposto Territorial e Predial Urbano -
IPTU em aberto, será remetida notificação ao titular do domínio para, querendo, apresentar
impugnação no prazo de trinta dias, contado da data de recebimento da notificação.
§ 1º Os titulares de domínio não localizados serão notificados por edital, do qual
deverão constar, de forma resumida, a localização e a descrição do imóvel a ser arrecadado,
para que apresentem impugnação no prazo de trinta dias, contados da data da notificação,
nos termos do disposto no § 4º do art. 73 do Decreto Federal nº 9.310, de 15 de março de
2018.
§ 2º A ausência de manifestação do titular do domínio será interpretada como
concordância com a arrecadação.

Art. 618. Constituído o estado de abandono, o Chefe do Poder Executivo


Municipal decretará a arrecadação do bem imóvel, ficando este sob a guarda do Município.
§ 1º O Decreto Municipal será publicado na Imprensa Oficial do Município.
277

§ 2º A publicação do Decreto Municipal não eximirá o proprietário de manter,


conservar o bem e arcar com o pagamento dos respectivos tributos, até a incorporação do
imóvel ao patrimônio do Município.

Art. 619. Deverá ainda ser realizada a publicação do edital informando aos
interessados que o bem imóvel se encontra em estado de abandono e que, conforme processo
administrativo específico fora realizada sua arrecadação pelo Poder Público Municipal.
Parágrafo único. O edital deverá ser publicado por duas vezes na Imprensa
Oficial, com intervalo de cinco dias entre cada publicação, fixando-se ainda uma cópia no
próprio imóvel arrecadado em local visível.

Art. 620. O Município poderá realizar, diretamente ou por meio de terceiros, os


investimentos necessários para que o imóvel urbano arrecadado atinja prontamente os
objetivos sociais a que se destina.
Parágrafo único. O imóvel arrecadado poderá ser utilizado para a implantação
de serviços públicos, unidades da Administração, ou destinado à implantação de programas
habitacionais populares e de regularização fundiária e urbanística, ou ainda, ser objeto de
concessão de direito real de uso a entidades civis que comprovadamente tenham fins
filantrópicos, assistenciais, educativos, esportivos ou outros, no interesse do Município.

Art. 621. A intenção do proprietário em manter o bem em seu patrimônio se dará


através da imediata realização das benfeitorias e do pagamento dos tributos em aberto, com
as respectivas correções e multas devidas ao erário, bem como mediante o ressarcimento de
eventuais despesas realizadas pelo Poder Público.

Art. 622. Caberá à Secretaria Municipal de Planejamento e à Procuradoria Geral


do Município a adoção de todos os atos que se fizerem necessários a fim de, concretizada a
arrecadação, regularizar a propriedade do bem em favor do Município junto ao Cartório de
Registro de Imóveis competente.

Seção XIII
Do IPTU VERDE

Art. 623. O IPTU verde consiste na concessão de benefícios fiscais, definidos


em legislação específica, para imóveis que adotarem medidas que estimulem a proteção,
preservação e recuperação do meio ambiente no Município de Votuporanga.
§ 1º Para os fins de aplicação do instrumento do caput, entende-se como práticas
de conservação e preservação do meio ambiente, a adoção das seguintes iniciativas:
I – sistema de captação de água da chuva para reuso;
II – sistemas de reuso de água;
III – sistemas hidráulico, solar, elétrico solar e de energia eólica;
278

IV – utilização de material sustentável em construções;


V – jardins de chuva;
VI – instalação de telhado verde e jardim vertical;
VII – plantio e manutenção de árvores, em frente ao seu imóvel, em quantidade
superior ao número exigido na concessão do habite-se e definidos em lei específica.
VIII – imóveis que possuírem no perímetro de seu terreno áreas efetivamente
permeáveis, com cobertura vegetal que ultrapassem o quantitativo exigido na concessão do
habite-se e definido em Lei Municipal Específica.
§ 1º Para a fixação do valor do desconto serão considerados o tamanho mínimo
da área permeável em relação ao tamanho do lote e a localização do imóvel dentro do
perímetro urbano, pois nas microbacias classificadas como mais vulneráveis a enchentes, os
incentivos devem ser maiores.
§ 2º A concessão do incentivo deverá ser gradativa à medida que o imóvel
desenvolva as práticas de conservação e preservação do meio ambiente.
§ 3º A concessão dos benefícios regulamentados não gera direito adquirido,
podendo ser anulada a qualquer tempo, quando for constatada a inexatidão de documentos e
informações prestadas pelo beneficiário, ou o não cumprimento de quaisquer exigências
previstas em Lei Municipal Específica.
§ 4º O benefício previsto será aplicado nas Macroáreas Urbana Consolidada e de
Expansão Urbana, excetuadas as Chácaras de Recreio;
§ 5º O Órgão Competente do Poder Executivo Municipal deverá emitir parecer
técnico de que estão cumpridas todas as exigências impostas pela Lei de Responsabilidade
Fiscal, considerando o impacto da perda arrecadatória na estimativa de receita da Lei
Orçamentária e da não afetação das metas de resultados fiscais previstas na Lei de Diretrizes
Orçamentárias.
Parágrafo único: Os estudos para a regulamentação da aplicação do IPTU
VERDE serão desenvolvidos no prazo máximo de 18 (dezoito) meses a partir da publicação
desta Lei Complementar.

CAPÍTULO III
DOS INSTRUMENTOS DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

Seção I
Disposições Gerais

Art. 624. O processo de Regularização Fundiária corresponde ao conjunto de


normas e procedimentos de âmbito jurídico, urbanístico, ambiental e social destinados à
incorporação dos núcleos urbanos informais ao ordenamento territorial urbano e à titulação
de seus ocupantes.

Art. 625. A regularização fundiária compreende as seguintes modalidades:


279

I – Regularização Fundiária de Interesse Social, aplicável aos núcleos urbanos


informais, oriundos de parcelamentos irregulares, assentamentos precários, ocupados
predominantemente por população de baixa renda e em situação de vulnerabilidade social;
II – Regularização Fundiária de Interesse Específico, aplicável aos núcleos
urbanos informais, oriundos de parcelamentos clandestinos, irregulares, ocupados por
população não caracterizada como baixa renda, incluindo parcelamentos ou condomínios
industriais ou de serviços.

Art. 626. A Regularização Fundiária Urbana de Interesse Social deverá ser


aplicada:
I – nas áreas do Município delimitadas como Zonas Especiais de Interesse Social
1 - ZEIS 1, conforme o Mapa 06 – Zona Especial de Interesse Social deste Plano Diretor
Participativo de Votuporanga;
II – nas áreas a regularizar, as quais pelo menos 80% (oitenta por cento) das
famílias sejam de baixa renda e em situação de vulnerabilidade social;
Parágrafo único. A definição de baixa renda e em situação de vulnerabilidade
social, para os efeitos desta Lei Complementar, estão estabelecidas no art. 261, da Seção da
Política de Habitação.

Art. 627. A Regularização Fundiária Urbana de Interesse Específico deverá ser


aplicada nas áreas do território municipal de Votuporanga que apresentem as características
do inciso II do art. 625, sem o predomínio de famílias de baixa renda, as quais poderão ser
levantadas em parceria com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São
Paulo.
Art. 628. Poderão requerer a Regularização fundiária:
I – a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, diretamente ou por
meio de entidades da administração pública indireta;
II – os seus beneficiários, individual ou coletivamente, diretamente ou por meio
de cooperativas habitacionais, associações de moradores, fundações, organizações sociais,
organizações da sociedade civil de interesse público ou outras associações civis que tenham
por finalidade atividades nas áreas de desenvolvimento urbano ou regularização fundiária
urbana;
III – os proprietários de imóveis ou de terrenos, loteadores ou incorporadores;
IV – a Defensoria Pública, em nome dos beneficiários hipossuficientes;
V – o Ministério Público.
§ 1º Nos casos de parcelamento do solo, de conjunto habitacional ou de
condomínio informal empreendidos por particular, a conclusão da Regularização Fundiária
confere direito de regresso àqueles que suportarem os seus custos e obrigações contra os
responsáveis pela implantação dos núcleos urbanos informais.
§ 2º O requerimento de instauração por proprietários de terreno, loteadores e
incorporadores que tenham dado causa à formação de núcleos urbanos informais ou os seus
sucessores, não os eximirá de responsabilidade administrativa, civil ou criminal.
280

§ 3º As áreas sujeitas à Regularização Fundiária terão parâmetros especiais de


parcelamento, de uso e ocupação do solo, em razão das suas características e tipicidades,
com o objetivo de viabilizar a conclusão dos processos do ponto de vista urbanístico,
ambiental e jurídico.
§ 4º Os parâmetros especiais de parcelamento e de uso ocupação do solo, citados
no parágrafo anterior, serão definidos na Lei Municipal Específica que lhe deu causa.

Subseção I
Dos Objetivos da Regularização Fundiária

Art. 629. Constituem objetivos da Regularização Fundiária a serem observados


pelo Município de Votuporanga:
I – identificar os núcleos urbanos informais a serem regularizados, organizá-los
e assegurar a prestação de serviços públicos aos seus ocupantes, de modo a melhorar as
condições urbanísticas e ambientais em relação à situação de ocupação informal anterior;
II – prevenir e desestimular a formação de novos núcleos urbanos informais;
III – ampliar o acesso à terra urbanizada pela população de baixa renda, de modo
a priorizar a permanência dos ocupantes nos próprios núcleos urbanos informais
regularizados;
IV – criar unidades imobiliárias compatíveis com o ordenamento territorial
urbano e constituir sobre elas direitos reais em favor dos seus ocupantes;
V – conceder direitos reais, preferencialmente, em nome da mulher;
VI – promover a integração social e a geração de emprego e renda;
VII – garantir o direito social à moradia digna e às condições de vida adequadas;
VIII – franquear a participação dos interessados nas etapas do processo de
Regularização Fundiária;
IX – estimular a resolução extrajudicial de conflitos, em reforço à
consensualidade e à cooperação entre Estado e sociedade.

Subseção II
Das Diretrizes Específicas para a Regularização de Interesse Social

Art. 630. A regularização fundiária de cada ZEIS 1 deverá ser conduzida por
um Plano de Urbanização, a ser estabelecido por Lei Municipal Específica, que preverá:
I – diretrizes, índices e parâmetros urbanísticos específicos para o parcelamento,
uso e ocupação do solo;
II – diagnóstico, que contenha no mínimo:
a) análise físico-ambiental;
b) análise urbanística e fundiária;
c) caracterização socioeconômica da população residente;
281

III – planos e projetos que, de acordo com as características locais, estabeleça as


intervenções urbanísticas necessárias, contemplando:
a) sistema de abastecimento de água e de coleta de esgotos;
b) drenagem de águas pluviais;
c) coleta regular de resíduos sólidos;
d) iluminação pública;
e) adequação dos sistemas de circulação de veículos e pedestres;
f) eliminação de situações de risco;
g) estabilização de taludes e de margens de córregos;
h) tratamento adequado das áreas verdes públicas;
i) instalação de equipamentos sociais e comunitários.
IV – condições para o remembramento de lotes;
V – formas de participação da população residente durante o planejamento,
implementação e gestão das intervenções previstas;
VI – fontes de recursos para a implementação das intervenções previstas;
VII – plano de ação social, estabelecido em articulação com as demais políticas
públicas municipais, visando à inserção social e à autonomia da população residente;
VIII – estratégias de recuperação das APPs que tenham sido ocupadas.

Art. 631. Na implementação dos Planos de Urbanização das ZEIS 1 deverão ser
constituídos Conselhos Gestores ou Comissões compostas por representantes dos atuais ou
futuros moradores e representantes do Poder Executivo Municipal, com a anuência do
Conselho Municipal da Cidade e do Conselho Municipal de Habitação,, que deverão
participar de todas as etapas de elaboração do Plano de Urbanização e de sua implementação.
Parágrafo único. Os proprietários de lotes ou glebas e as entidades
representativas dos moradores das ZEIS 1 poderão apresentar ao Poder Executivo
Municipal, propostas para o Plano de Urbanização de que trata este artigo.

Art. 632. Os Planos de Urbanização de cada ZEIS 1 deverão ser previstos no


PLHIS, que deverá indicar ordem de prioridade que direcionará as ações do poder público
na elaboração das leis municipais específicas de forma atender:
I – áreas onde os habitantes estão sujeitos a risco de vida em decorrência das
características ambientais da área ocupada e/ou do imóvel habitado;
II – áreas onde os habitantes sofrem prejuízo em relação à qualidade de vida em
decorrência do local da habitação e de sua estrutura física;
III – áreas cujas habitações irregulares gerem impactos ambientais no entorno;
IV – áreas cujas habitações irregulares gerem os ônus arcados pelo Poder
Público.
282

Seção II
Dos Instrumentos Jurídicos Urbanísticos para a Regularização Fundiária

Art. 633. No âmbito da Regularização Fundiária, poderão ser empregados, sem


prejuízo de outros considerados adequados, os seguintes instrumentos jurídicos urbanísticos:
I – a concessão de uso especial para fins de moradia;
II – a concessão de direito real de uso;
III – a doação;
IV – a compra e venda;
V – o usucapião, nos termos do art. 1.238 ao art. 1.244 da Lei Federal nº 10.406,
de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil , do art. 9º ao art. 14 da Lei Federal nº 10.257, de 10
de julho de 2001 , e do art. 216-A da Lei Federal nº 6.015, de 1973 ;
VI – a desapropriação em favor dos possuidores, nos termos dos § 4º e § 5º do
art. 1.228 da Lei Federal nº 10.406, de 2002 - Código Civil;
VII – a arrecadação de bem vago, nos termos do art. 1.276 da Lei Federal nº
10.406, de 2002 - Código Civil;
VIII – o consórcio imobiliário, nos termos do art. 46 da Lei Federal nº 10.257,
de 2001;
IX – a desapropriação por interesse social, nos termos do inciso IV do caput do
art. 2º da Lei Federal nº 4.132, de 10 de setembro de 1962;
X – o direito de preempção, nos termos do inciso I do caput do art. 26 da Lei
Federal nº 10.257, de 2001;
XI – a transferência do direito de construir, nos termos do inciso III do caput do
art. 35 da Lei Federal nº 10.257, de 2001;
XII – a legitimação fundiária e a legitimação de posse, nos termos da Lei Federal
nº 13.465, de 2017, e do Decreto Federal nº 9.310, de 15 de março de 2018;
XIII – a requisição, em caso de perigo público iminente, nos termos do § 3º do
art. 1.228 da Lei Federal nº 10.406, de 2002 - Código Civil;
XIV – a intervenção do Poder Público em parcelamento clandestino ou irregular,
nos termos do art. 40 da Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979;
XV – a alienação de imóvel pela administração pública diretamente para o seu
detentor, nos termos da alínea “f” do inciso I do caput do art. 17 da Lei nº 8.666, de 21 de
junho de 1993;
XVI – o condomínio de lotes a que se refere o Capítulo VII, do Decreto Federal
nº 9.310, de 15 de março de 2018;
XVII – o loteamento de acesso controlado a que se refere o art. 78 da Lei Federal
nº 13.465, de 2017; e
XVIII – o condomínio urbano simples a que se refere o Capítulo IX, do Decreto
Federal nº 9.310, de 15 de março de 2018;
Parágrafo único. No campo de ação da regularização fundiária, os instrumentos
jurídicos urbanísticos previstos neste artigo deverão ser regulamentados e poderão ser
utilizados isolada ou cumulativamente.
283

Seção III
Disposições Finais sobre Regularização Fundiária

Art. 634. Após a Regularização Fundiária de núcleos urbanos informais


situados em áreas qualificadas como rurais, o Município de Votuporanga poderá efetuar o
cadastramento das novas unidades imobiliárias, para fins de lançamento dos tributos
municipais.
§ 1º Constatada a existência de núcleo urbano informal situado, total ou
parcialmente, em área de preservação permanente ou em área de unidade de conservação de
uso sustentável ou de proteção de mananciais definidas pela União, pelos Estados, pelo
Distrito Federal ou pelos Municípios, a Regularização Fundiária observará, também, o
disposto nos art. 64 e art. 65 da Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012 , e será obrigatória a
elaboração de estudo técnico que comprove que as intervenções de regularização fundiária
implicam a melhoria das condições ambientais em relação à situação de ocupação informal
anterior com a adoção das medidas nele preconizadas, inclusive por meio de compensações
ambientais, quando necessárias.
§ 2º O Poder Público Municipal exime-se das ações e encargos de Regularização
Fundiária de Interesse Específico, cabendo ao mesmo notificar os proprietários das áreas e
os moradores, no prazo máximo de 1 (um) ano após a promulgação desta Lei Complementar,
sobre a necessidade de regularização, orientando-os como proceder, e estabelecendo prazos
e medidas punitivas no caso da não regularização.
§ 3º Nos casos excepcionais em que o Poder Público Municipal for o agente
promotor da Regularização Fundiária de Interesse Específico, será assegurada a garantia de
ressarcimento mediante comprovação de dolo ou culpa do agente responsável pela
implantação dos núcleos urbanos, parcelamentos ou loteamentos informais.
§ 4º Havendo dentro das ZEIS 1 ocupação de APPs, áreas de risco, faixas non
aedificandi ou outras áreas sob as quais é inviável a manutenção de moradias, deverá ser
promovida a realocação das famílias residentes, garantido acesso à moradia digna, localizada
em áreas dotadas de infraestrutura, próximas e em empreendimentos de Habitação de
Interesse Social - HIS, implementados nas ZEIS 2;

TÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 635. Serão encaminhados à Câmara Municipal de Votuporanga projetos de


lei que tratem do planejamento urbano e que sejam compatíveis com as políticas, princípios,
objetivos e diretrizes previstos neste Plano Diretor Participativo, especialmente:
I – a Lei Específica do Cadastro Municipal e Sistema de Informações
Municipais, em 120 (cento e vinte) dias;
II – a Revisão da Lei Ordinária nº 5596/2015 - Estudo de Impacto de Vizinhança,
em 180 (cento e oitenta) dias;
284

III – a Lei Específica do Plano Local de Habitação de Interesse Social, em 18


(dezoito) meses;
IV – a Revisão da Complementar nº 145/2009 - Plano Municipal de Arborização
Urbana;
V – a Revisão da Lei Ordinária nº 1.595/1977 - Código de Posturas do
Município;
VI – a Revisão da Lei Complementar nº 195/2011 - Código de Obras, e
alterações;
VII – a Revisão da Lei Complementar nº 87/2005 - Código Tributário Municipal,
e alterações;
§ 1º O Município instituirá comissão permanente com a finalidade específica de
acompanhar e propor as adequações aos projetos da legislação regulamentadora dos
instrumentos urbanísticos, que serão propostos.
§ 2º A regulamentação deste Plano Diretor Participativo será feita por Leis
Específicas e Decretos Municipais.
§ 3º Enquanto não forem publicadas as leis previstas neste Plano Diretor
Participativo, continuarão em vigência as leis que tratam do planejamento urbano da cidade,
devendo ser aplicadas em consonância com o previsto nesta Lei Complementar.

Art. 636. Ficam assegurados os direitos de alvarás de aprovação e de execução


já concedidos, bem como os direitos de construção constantes de certidões expedidas e não
vencidas.
§ 1º Os expedientes relativos à alvarás e certidões de que trata o caput deste
artigo serão analisados e decididos de acordo com os procedimentos constantes das
legislações específicas.
§ 2º Os processos de licenciamento de obras e edificações, protocolados até a
data de publicação desta Lei Complementar, sem despacho decisório, serão apreciados,
integralmente, de acordo com a legislação em vigor à época do protocolo, exceto, nos casos
de manifestação formal do interessado, a qualquer tempo, optando pela análise integral nos
termos desta Lei Complementar.
§ 3º Os processos de licenciamento de obras e edificações referidos no caput
serão indeferidos:
I – nos casos previstos na Lei Complementar nº 195/2011 - Código de Obras e
Edificações - e alterações;
II – se for requerida a modificação da versão do projeto constante do processo
em análise, em data posterior à promulgação desta Lei Complementar para alguma das
seguintes finalidades:
a) alteração de uso, categoria de uso ou subcategoria de uso;
b) acréscimo superior a mais de 5% (cinco por cento) nas áreas computáveis ou
não computáveis;
c) alteração em mais de 5% (cinco por cento) na taxa de ocupação.
285

§ 4º Quando as modificações de projeto forem decorrentes de resoluções dos


conselhos de proteção ao patrimônio histórico, artístico, cultural e arquitetônico, nos níveis
municipal, estadual ou federal, o projeto modificativo será analisado com base na legislação
que serviu de base à expedição do alvará original, caso o proprietário não opte pela análise
nos termos desta lei.
§ 5º A incorporação de novos lotes poderá ser admitida desde que para a área
correspondente ao acréscimo sejam aplicadas todas as disposições, índices e parâmetros
estabelecidos nesta lei.
§ 6º Ficam recepcionadas a Lei Complementar nº 211/2012 - Da Outorga
Onerosa do Direito de Construir - e a Lei nº 6472/2019 - Da Arrecadação de imóveis urbanos
abandonados - as duas em curso, na data da promulgação desta Lei Complementar, e
mantidas as disposições específicas que as instituíram.

Art. 637. Integram esta Lei Complementar:


I – os seguintes mapas:
a) Mapa 1 – Macrozonas e Perímetro Urbano;
b) Mapa 2 – Macroáreas Urbanas e Rurais;
c) Mapa 3 - Zoneamento da Macroárea Urbana Consolidada e Macroárea Urbana
de Proteção Ambienta;
d) Mapa 4 - Zoneamento da Macroárea Urbana de Expansão e Macroárea Urbana
de Proteção Ambiental;
e) Mapa 5 - Zona Especial de Refuncionalização Urbana – ZERU;
f) Mapa 6 - Zona Especial de Interesse Social – ZEIS;
g) Mapa 7 - Zona Especial de Proteção ao Manancial de Abastecimento –
ZEPAM;
h)Mapa 8 - Zona Especial de Interesse Turístico – ZEIT;
i) Mapa 9 - Zona Especial Aeroportuária – ZEA;
j) Mapa 10 - Hierarquia e Expansão do Sistema Viário;
k) Mapa 11 - Estradas Municipais e Córregos;
l) Mapa 12 – Base Territorial de Planejamento e Gestão;
II – os seguintes anexos:
a) Anexo 01 – Conceitos e Definições;
b) Anexo 02 – Roteiro do Perímetro Urbano;
c) Anexo 03 – Parâmetros de Ocupação;
d) Anexo 04 – Roteiro Perimétrico da ZEPAM.

Art. 638. Esta Lei Complementar entra em vigor na data da sua publicação.

Art. 639. Revogam-se as seguintes disposições:


I – a Lei Complementar n ° 106/2007 (alterada pela Lei Complementar n°
150/2009, nº 157/2010, nº 211/2012, n° 216/2012, nº 218/2012, nº 276/2014, nº 282/2015,
286

nº 298/2015, nº 300/2015, nº 307/2016, nº 352/2017, nº 367/2017, nº 372/2017, nº 426/2019,


nº 427/2019 e nº 441/2020);
II – a Lei Municipal n° 2830/1996 (alterada pelas Lei Municipais n° 2.880/1996,
n° 2.903/1996, n° 2.934/1997, n° 2.960/1997, n° 2.981/1997, n° 2.990/1997, n° 2.994/1997,
n° 2.998/1997, n° 3.018/1998, n ° 3.091/1998, n° 3.210/1999, 3.215/1999, n° 3.740/2004,
n° 3.913/2005, n° 4.510/2008, n° 4.711/2009, n° 4.935/2011, n° 4.980/2011, n° 5.001/2011,
n° 5.100/2012, n° 5.364/2013, n° 5.494/2014, n° 5.495/2014, n° 5.506/2014, n° 5.509/2014;
n° 5.595/2015, n° 5.715/2015, n° 5.824/2016, n° 5.890/2016, n° 5.983/2017, n° 6.179/2018
e n° 6.239/2018);
III – a Lei Ordinária n° 3.394/2001;
IV – a Lei Ordinária n° 3.853/2005 (alterada pela Lei n° 5.416/2014);
V – Lei Ordinária n° 5.751/2016 (alterada pela Lei n° 5.862/2016 e n°
6.229/2018).
Secretaria Municipal de
Art. 22. Planejamento
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Art. 10. Fone: (17) 3405-9700 - www.votuporanga.sp.gov.br
Art. 11. CNPJ: 46.599.809/0001-82

Art. 24.
Art. 13. Revisão do Plano Diretor Participativo de Art. 25. 287
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