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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

TGA – Noções de Administração – Conceitos Básicos II


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TGA – NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO – CONCEITOS BÁSICOS II

Variáveis Interdependentes no Estudo das Organizações

Há uma evolução do pensamento administrativo. Há diversas teorias administrativas.


Cada uma dá ênfase em um aspecto das organizações. Taylor, por exemplo, não enfatiza as
pessoas, não as dota de autonomia, desejo, motivação necessidade. Ele parte da premissa
de que as pessoas só querem dinheiro. Ele vê complexidade no trabalho, tentando decom-
pô-lo. O que se precisa entender é que, hoje, esses aspectos são considerados em conjunto.
São variáveis interdependentes, uma depende da outra.

Tarefas: quando a administração científica surgiu o que se pensou foi qual é o jeito certo
de fazer o trabalho.
Estrutura: teoria clássica passa a considerar toda a estrutura, os níveis organizacionais e
a hierarquia. A teoria burocrática considera a estrutura. A abordagem estruturalista também
avalia a estrutura.
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Pessoas: teoria das relações humanas. As pessoas eram o centro dos estudos, em suas
motivações, anseios e aspectos. Mais tarde, a teoria comportamental também dá ênfase
para as pessoas.
Ambiente: teoria contingencial, teoria sistêmica.
Tecnologia: teoria contingencial, teoria sistêmica – analisando o impacto das tecnologias
ou ambiente nas organizações.
Competitividade: qualidade, abordagem contingencial (avalia o impacto da indústria e do
mercado e do sistema competitivo, a eficiência das organizações).
As variáveis foram introduzidas uma a uma pelas teorias da administração. Cada teoria
deu ênfase em um aspecto, mas, hoje, se considera tudo. Parte-se da complexidade, os prin-
cípios da administração são relativos. Nada é absoluto na teoria contingencial.
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DIRETO DO CONCURSO
1. (2016/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E ESPORTES DE PERNAMBUCO/PROFES-
SOR/LOGÍSTICA) A Teoria Geral de Administração está baseada nas seguintes variá-
veis básicas: tarefa, pessoas, tecnologia, ambiente e estrutura. Assinale a opção que
apresenta a teoria administrativa que enfatiza a variável tarefas.
a. Teoria da Contingência (1972).
b. Teoria do Desenvolvimento Organizacional (1962).
c. Administração Científica (1903).
d. Estruturalista (1947).
e. Teoria da Burocracia (1909).

COMENTÁRIO
A ênfase recaiu sobre a eficiência, um jeito de fazer as coisas. A primeira teoria que veio
buscar isso, substituindo o improviso pelo método científico foi a administração científica,
com ênfase nas tarefas.
a. dá ênfase ao ambiente.
b. dá ênfase às pessoas.
d. dá ênfase maior à estrutura.
e. dá ênfase na estrutura.
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TEORIA GERAL DE ADMINISTRAÇÃO

A Teoria Geral da Administração começou com a ênfase nas tarefas (atividades executa-
das pelos operários em uma fábrica), por meio da Administração Científica de Taylor.
A seguir, a preocupação básica passou para a ênfase na estrutura com a Teoria Clássica de
Fayol e com a Teoria da Burocracia de Weber, seguindo-se mais tarde a Teoria Estruturalista.
A reação humanística surgiu com a ênfase nas pessoas, por meio da Teoria das Relações
Humanas, mais tarde desenvolvida pela Teoria Comportamental e pela Teoria do Desenvol-
vimento Organizacional.
A ênfase no ambiente surgiu com a Teoria dos Sistemas, sendo completada pela Teoria da
Contingência. Essa, posteriormente, desenvolveu a ênfase na tecnologia (competitividade).
Mais recentemente, as novas abordagens trouxeram à tona a emergente necessidade
de competitividade das organizações em um mundo globalizado e carregado de mudanças
e transformações.
Assim, cada uma dessas seis variáveis – tarefas, estrutura, pessoas, ambiente, tecnolo-
gia e competitividade – provocou a seu tempo uma diferente teoria administrativa, marcando
um gradativo passo no desenvolvimento da TGA. Cada teoria administrativa privilegia ou
enfatiza uma ou mais dessas seis variáveis.
No começo era muito estanque. Depois se avança para a teoria clássica e burocrática,
enfatizando na estrutura, em uma abordagem de cima para baixo. A teoria das relações huma-
nas considera as pessoas, a organização informal, a necessidade de autonomia, de trazer
diversidade do trabalho, de criar uma integração entre as pessoas e não isolamento entre elas.
Hoje, não se parte da premissa de que um aspecto só é importante ou relevante, mas
todos em conjunto. Há uma ênfase específica. Analisa-se todos esses elementos. Por isso,
as variáveis são interdependentes.
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CONCEITOS IMPORTANTES PARA O ESTUDO DAS TEORIAS


ADMINISTRATIVAS

Abordagem prescritiva ou descritiva

Abordagem prescritiva/normativa: o que uma organização deve fazer para ser bem-su-
cedida, prescrições para o sucesso, princípios gerais da administração. O enfoque é mais
fechado. É uma fórmula para o sucesso.
Abordagem descritiva/explicativo: o que é uma organização, suas características, com-
ponentes, funcionamento. O enfoque é mais aberto. Busca-se compreensão da dinâmica das
organizações e não conceitos fechados.
Sistema fechado ou aberto
Uma visão de sistema fechado considera a organização só quanto a seus componentes
internos. Não analisa os concorrentes, indústria, mercado, tecnologia, economia, política,
região dentro da organização. Isso era muito inerente às primeiras teorias, que não conside-
ravam aspectos externos relevantes do ambiente, apenas o ambiente interno das organiza-
ções. Não havia muita concorrência e diversificação grande na época. Os padrões de gosto
e exigência dos clientes não eram tão amplos.
Com o avançar do tempo, com a pressão tecnológica, política, religiosa, não se dava
mais para conceber uma organização isolada no tempo e espaço. Passa-se a ter uma visão
de sistema aberto. Hoje, se fala de organizações em rede. No início do século XX, por exem-
plo, a indústria automobilística tinha como premissa básica o modelo fordismo de produção,
altamente centralizado, não dependia de terceiros, era tudo produzido internamente. Mais
adiante, em 1960, o paradigma de gestão passou a ser o japonês e não mais o americano,
o Toyotismo. Há células de produção em que se tem a organização focando no essencial e
contrata vários parceiros externos para produzir com ela. Formam-se redes organizacionais
e parcerias para conseguir produzir mais e melhor.
No sistema aberto, as organizações estão em constante troca de informações com o
ambiente, outras organizações, com pressão tecnológica, religiosa, política, econômica.
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No desenho mecanicista há hierarquia e centralização. No desenho orgânico, há mais


autonomia. O primeiro revela uma organização mais burocrática e a outra vai ser mais adho-
crática. O sistema fechado é mecânico, burocrático, centralizado. O sistema aberto é orgâ-
nico, adhocrático, descentralizado.

O PULO DO GATO
As abordagens sistêmicas caem muito em prova. Alguns editais, elas são destacadas.

Organização formal e informal

A organização formal é planejada e a informal é espontânea. Ex.: na organização formal


monta-se organograma, cria regimento, a lei define, há estruturação, como funcionam as
comissões, órgãos internos. A organização formal nasce da norma, da lei, dos estatutos, do
regimento. Já, a organização informa não está definida de maneira sistematizada. São as
redes de relações interpessoais. São as relações que surgem espontaneamente entre as pes-
soas. Ex.: fez um concurso, passou e foi nomeado. Trabalha-se com chefes, colegas, em um
setor. Só se sabe quais são as relações informais depois de certo tempo, surgindo relações
de amizade, apreço, desapreço, inimizada. Não há como saber ou lei prever essas relações.
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VISÕES DE HOMEM

Cada teoria tem uma visão de homem dentro da organização. Trabalho e organização,
pessoas são elementos que sempre estão em conflito, sempre estão relacionados. As organi-
zações ainda não dispensaram o trabalho humano por máquina. Há um auxílio muito grande
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das máquinas e das tecnologias, mas, sem uma mente pensante e que cria, inove e dê
comandos para essas máquinas, nada funciona. Na área de TI, por exemplo, os profissionais
são extremamente requeridos. É uma demanda que não para de crescer e o conhecimento
sobre a tecnologia está aumentando sem dispensar o trabalho humano e cada vez mais se
precisa de pessoas competentes, qualificadas.
Homem Econômico: Não se limitava a ver o homem como um empregado por dinheiro.
Pior ainda: via no operário da época um indivíduo limitado e mesquinho, preguiçoso e cul-
pado pela vadiagem e desperdício das empresas e que deveria ser controlado por meio do
trabalho racionalizado e do tempo padrão. Parte da premissa de que os homens são inimigos
das organizações que querem mais eficiência, produtividade. Para produzir, o homem tinha
que ser vigiado, controlado para não enganar a organização e só trabalhava porque preci-
sava do dinheiro. Dá origem a teoria X.
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Homem Social: Os trabalhadores são criaturas sociais complexas, dotados de sentimen-
tos, desejos e temores. É a concepção do ser humano motivado por recompensas e sanções
sociais e simbólicas em contraposição ao homo economicus (motivado por recompensas e
sanções salariais e materiais). Parte-se da premissa de que as pessoas estavam dispostas a
trabalhar, querem contribuir e participar. Dá origem a teoria Y, conforme Mcgregor.
Homem Organizacional: O homem que desempenha diferentes papéis em várias organi-
zações. Na sociedade de organizações, moderna e industrializada, avulta a figura do homem
organizacional que participa simultaneamente de várias organizações. É muito da teoria
estruturalista. O homem faz parte de diversas organizações como a igreja, escola, trabalho,
em cada uma ele tem um papel e determinado comportamento.
Homem Funcional: É o conceito do ser humano para a teoria de sistemas: o indivíduo
comporta-se em um papel dentro das organizações. As organizações são sistemas de papéis
desempenhados pelas pessoas. Nas suas ações em um conjunto de papéis, o “homem fun-
cional” mantém expectativas quanto ao papel dos demais participantes e procura enviar aos
outros as suas expectativas de papel. Está muito orientado na abordagem sistêmica.
Homem Administrativo: O homem administrativo procura a “maneira satisfatória” e não
a melhor maneira (“the best way”) de fazer um trabalho. O comportamento administrativo é
satisfaciente (“satisficer”) e não otimizante. É da teoria comportamental, que tem muito a ver
com a teoria da decisão. Age-se para atender as necessidades, a satisfação.
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Homem Complexo: o homem como um sistema complexo de valores, percepções, carac-


terísticas pessoais e necessidades. Ele opera como um sistema capaz de manter seu equi-
líbrio interno diante das demandas feitas pelas forças externas do ambiente. Não se pode
definir o que motiva outra pessoa, apenas a si mesmo e, ainda assim, o pensamento pode
mudar, porque o homem é complexo. Parte da concepção de que tudo é relativo, nada é
absoluto. Está mais relacionado a teoria contingencial de administração.
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GABARITO
1. c

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Renato de Sousa Lacerda.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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