Decreto 33-1997 - Codigo Sanitario

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04/05/2021 DECRETO 33/1997 12/03/1997

DECRETO Nº 33, DE 12 DE MARÇO DE 1997

REGULAMENTA O SERVIÇO DE INSPEÇÃO E


VIGILÂNCIA SANITÁRIA – CÓDIGO SANITÁRIO
– DO MUNICÍPIO DE CARIACICA, CRIADO COM
A LEI N° 3287/97 E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Artigo 1º Este Serviço de Inspeção e Vigilância Sanitária – Código Sanitário – estabelece


normas de ordem pública e interesse social para a proteção, defesa, promoção, prevenção e
recuperação de saúde, nos termos dos arts. 6°, 23 – ítem II;30 – itens I, II, III, V, VII, VIII; 194 e 196
ao 200 da Constituição Federal, da Lei Federal n° 80880, de 19 de setembro de 1990 (Lei Orgânica da
Saúde), da Lei Federal n° 8142 de 28 de dezembro de 1990 do art 158 ao 168 da Constituição do
Estado do Espírito Santo e da Lei Orgânica do Município de Cariacica, nos artigos 9°, I, n° 25, letras “a,
b e c” e n° 26; art. 10° - inciso VII, XI, XII; art. 209 e incisos II, IV, VI, VIII, IX, XII, e Lei Municipal de
n° 3.287/97.

Artigo 2° A saúde constitui um direito fundamental do ser humano, sendo dever do


Poder Público e da coletividade, adotar medidas com o objetivo de assegurá-lo, mediante políticas
ambientais e outras que visem a prevenção e a eliminação do risco de doenças e outros agravos à
saúde.

Artigo 3° Para execução dos objetivos definidos nesta lei, incumbe:

I - Ao Município, concorrentemente com a União e o Estado, zelar pela promoção,


proteção e recuperação da saúde e pelo bem estar físico, mental e social das pessoas e da coletividade;

II - À coletividade em geral e aos indivíduos em particular, cooperar com órgãos e


entidades competentes na adoção de medidas que visem a promoção, proteção e recuperação da saúde
dos indivíduos;

III - Á Secretaria Municipal de Vigilância á Saúde, a direção do Sistema Único de Saúde


no município de Cariacica.

SEÇÃO II
DAS COMPETÊNCIAS

Artigo 4º Á direção municipal do Sistema Único de Saúde do Município de Cariacica,


além de outras atribuições nos termos da lei, compete:

I - Executar serviços e programas de vigilância sanitária;

II - Colaborar com a União e o Estado na execução da vigilância sanitária de portos e


aeroportos;

III - Normatizar, em caráter complementar, procedimentos para controle de qualidade de


produtos e substancias de consumo humano;

IV - Definir as instâncias e mecanismos de controle e fiscalização das ações e serviços de


saúde;

V - Nos limites de sua competência constitucional, expedir normas supletivas ao presente


código;

VI - Participar, junto com os órgãos afins, do controle dos agravos do meio ambiente,
incluindo o do trabalho, que tenham repercussão na saúde individual ou coletiva;

VII - Participar da formulação da política e da execução das ações e saneamento básico.

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CAPÍTULO II
SEÇÃO I
DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA

Artigo 5º Ao município de Cariacica, com a cooperação técnica e financeira do Estado e


da União , compete executar as ações de controle e fiscalização de serviços, produtos e
estabelecimentos de interesse da saúde, necessários a garantir e promover a qualidade de vida de seus
munícipes, podendo, para tanto, legislar completamente sobre aquilo que não lhe é constitucionalmente
vedado.

Artigo 6º são órgãos competentes para exercício da vigilância sanitária no âmbito da


Secretaria Municipal de Vigilância à Saúde, o Departamento e Saúde Ambiental, a Divisão de Vigilância
Sanitária e Ambiental.

SEÇÃO II
DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA DE PRODUTOS DE INTERESSE À SAÚDE

Artigo 7º O órgão competente de vigilância sanitária da Secretaria Municipal de Saúde


exercerá o controle e a fiscalização da produção, manipulação, armazenamento, transporte,
distribuição, comércio, dispensação e uso de:

I - Drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos, correlatos, produtos biológicos,


dietéticos e nutrientes;

II - Cosméticos, produtos de higiene, perfumaria e correlatos;

III - Saneantes domissanitários compreendendo inseticidas, raticidas, desinfetantes e


correlatos;

IV - Alimento, matéria prima alimentar, alimento enriquecido, alimento dietéticos,


alimento de fantasia e artificial, alimente irradiado, aditivo e produto alimentício;

V - Água para consumo humano;

VI - Outros produtos ou substancias que interessem à saúde da população.

PARÁGRAFO ÚNICO – Ficam adotadas as definições constantes da Legislação Federal e


Estadual próprias, no que se refere aos produtos acima citados.

Artigo 8º No desempenho da ação fiscalizadora, a autoridade sanitária competente


exercerá o controle e a fiscalização dos estabelecimentos em que se produzam, manipulem,
armazenem, comercializem, distribuam e dispensem a final e a qualquer título, os produtos, e
substancias citados no artigo anterior, podendo colher amostras para análises, realizar apreensão
daqueles que não satisfizerem às exigências regulamentares de segurança, eficácia, qualidade e
inocuidade, ou forem utilizados inadequadamente, dispensados e comercializados ilegalmente, como
também, poderá interditar e inutilizar aqueles que, comprovadamente, possam causar riscos ou danos
à saúde da população.

Artigo 9º De igual, fiscalizará os dizeres dos rótulos, bulas, prospectos e embalagens


dos produtos citados no artigo 7°, bem como os dizeres de propaganda que seja o meio de divulgação.

Artigo 10 O controle e a fiscalização de que trata esta lei, quando couber, atingirá,
inclusive, repartições públicas, entidades autárquicas paraestatais e associações privadas de qualquer
natureza.

SEÇÃO III
DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA DE ATIVIDADES PROFISSIONAIS, SERVIÇOS E
ESTABELECIMENTOS DE INTERESSE À SAÚDE

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Artigo 11 O órgão competente da Secretaria Municipal de Saúde exercerá o controle e a


fiscalização dos serviços de saúde e das condições de exercício de profissões que se dediquem à
promoção, proteção e recuperação da saúde.

Artigo 12 A autoridade sanitária competente da Vigilância Sanitária da Secretaria


Municipal de Vigilância à Saúde, no âmbito de sua jurisdição, cabe licenciar e fiscalizar os serviços, tais
como:

a) Hospitais;

b) Clinicas médicas, de diagnóstico por imagem, odontológicas, veterinárias e


congêneres;

c) Consultórios médicos, odontológicos, fisioterápicos, veterinários e congêneres;

d) Laboratório de análises clínicas, patológicas, toxicológicas e bromatológicas e


congêneres;
e) Hemocentros, bancos de sangue e agencias transfusionais e congêneres;
f) Bancos de leite humano, olhos, órgãos e congêneres;
g) Laboratórios e oficinas de órteses e próteses odontológicas, ortopédicas e
congêneres;
h) Institutos e clinicas de beleza, estética, ginástica e congêneres;
i) Clubes sociais, estabelecimentos balneários, colônias de férias e congêneres;
j) Hotéis, motéis, pensões, dormitórios e congêneres;
k) Casas e clínicas de repouso, psiquiátricas, geriátricas, de toxicomanias, de indigentes
e congêneres;
l) Casas de artigos cirúrgicos, ortopédicos, odontológicos e congêneres;
m) Casas que industrializem e comercializem lentes oftálmicas e de contato e
congêneres;
n) Creches, escolas, orfanatos e congêneres;
o) Unidades médico-sanitárias;
p) Farmácias, drogarias, distribuidoras de medicamentos, ervanários e congêneres;
q) Delegacias e congêneres;
r) Teatros, parques de diversão, cinemas, circos e congêneres;
s) Bares, restaurantes e congêneres;
t) Comércio ambulante de alimentos;
u) Açougue, peixaria e congêneres;

v) Estabelecimentos que prestam serviços de desratização, desinsetização e congêneres;

x) Outros serviços e estabelecimentos que interessem à saúde da população.

Parágrafo Único – Em quaisquer dos estabelecimentos acima onde existam piscinas, as


mesmas terão de atender às exigências da legislação em vigor.

SEÇÃO IV
DA CRIÇÃO DE ANIMAIS EM ZONA URBANA

Artigo 13 A critério da autoridade sanitária será permitido a criação e/ou alojamento


e/ou manutenção de animais de residência, particulares, desde que atendidas as normas legais e
pertinentes.

PARÁGRAFO ÚNICO – A criação e manutenção de animais ungulados, aves, e outros de


interesse comercial, assim como os canis de propriedade privada e atividades congêneres, somente
poderão funcionais após vistoria técnica efetuada pela autoridade sanitária, em que serão examinadas
as condições de alojamento e manutenção dos animais e expedição de licença pelo órgão sanitário
responsável.

Artigo 14 É de responsabilidade dos proprietários dos animais perfeita condição de


alojamento, alimentação, saúde e bem estar, bem como as providências pertinentes à remoção dos
dejetos por eles deixados nas vias públicas.

Artigo 15 É proibido abandonar animais em qualquer área pública ou privada.

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PARÁGRAFO ÚNICO - Os animais indesejados serão encaminhados pelo proprietário ao


Serviço de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Vigilância à Saúde.

Artigo 16 O proprietário fica obrigado a permitir o acesso da autoridade sanitária


quando no exercício de suas funções, ás dependências de alojamento do animal, sempre que
necessário, bem como acatar as determinações dela emanadas.

Artigo 17 A manutenção de animais em edifícios condominiais será regulamentada pelas


respectivas convenções, obedecendo à legislação municipal em vigor.

Artigo 18 Todo proprietário de animal é obrigado a mantê-lo permanentemente


imunizado contra a raiva, de acordo com a legislação sanitária.

Artigo 19 Em caso de falecimento do animal, cabe ao proprietário das a disposição


adequada ao cadáver, ou seu encaminhamentos ao serviço municipal competente.

Artigo 20 São proibidas, no Município de Cariacica, salvo em ações excepcionais, a juízo


do órgão sanitário e de meio ambiente responsável, a criação, manutenção e o alojamento de animais
selvagens ou da fauna exótica.

Artigo 21 É proibida a exibição de toda e qualquer espécie de animal bravio ou


selvagem ainda que domesticado em vis e logradouros públicos ou locais de livre acesso ao público.

Artigo 22 É proibida a utilização e/ou exposição de animais vivo em vitrines a qualquer


titulo.

CAPÍTULO III
SEÇÃO I
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

Artigo 23 As infrações sanitárias serão apuradas em processo administrativo próprio


iniciado com a lavratura do auto de infração, observados o rito e os prazos estabelecidos nesta lei.

Artigo 24 O auto de infração será lavrado na sede da repartição competente ou no local


em que for verificada a infração, pela autoridade sanitária que a houver constatado devendo conter:

I - Nome do infrator, seu domicílio e residência, bem como os demais elementos


necessários à sua qualificação;

II - Local, data e hora da lavratura onde a infração foi verificada;

III - Descrição da infração e menção do dispositivo legal ou regulamentar transgredido;

IV - Penalidade a que está sujeito o infrator e o respectivo preceito legal que autoriza a
sua imposição;

V - Ciência, pelo autuado, de que responderá pelo fato em processo administrativo;

VI - Assinatura do autuado ou, na sua ausência ou recusa, de 02 (duas) testemunhas e


do autuante;

VII - Prazo de interposição de recurso.

PARÁGRAFO ÚNICO - Havendo recusa do infrator em assinar o auto, será feita neste,
a menção do fato.

Artigo 25 O infrator será notificado pela ciência da infração:

I - Pessoalmente;

II - Pelo correio ou via postal;

III - Por edital, se estiver em local incerto e/ou não sabido.


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PARÁGRAFO ÚNICO - Oe edital referido no item III deste artigo, será publicado uma
única vez, na imprensa oficial do Município, ou jornal de grande circulação, considerando-se efetivada a
notificação na data de publicação.

SEÇÃO II
DA DEFESA

Art. 26. O infrator poderá oferecer defesa ou impugnação do auto de infração no prazo
de 15 (quinze) dias, contados de sua notificação. (ALTERADO PELO DECRETO Nº
143/2016)
(Redação dada pelo Decreto nº 115/1997)

§ 1° - A petição da defesa, acompanhada dos documentos que a sustentam, deverá ser


assinada pelo autuado, quando pessoa física, ou pelo representante legal da pessoa jurídica, ou
procurador e protocolada na sede da repartição que deu origem ao processo.

§ 2° - Apresentada ou não, a defesa ou impugnação ao auto de infração, o mesmo será


julgado pela autoridade competente.

§ 3° - Não apresentada defesa ou impugnação ao auto de infração, no prazo


de 15 (quinze) dias após sua lavratura, o mesmo será considerado procedente e se comunicará ao
infrator a penalidade aplicada através de notificação. (ALTERADO PELO DECRETO Nº 143/2016)
(Redação dada pelo Decreto nº 115/1997)

Artigo 27 Os servidores ficam responsáveis pelas declarações que fizerem nos autos de
infração, sendo passíveis, nos termos da Lei Orgânica do Município de Cariacica, art 152.

Artigo 28 Os processos nos quais haja sido oferecido defesa, serão julgados, em
primeira instância, pelo Chefe da Divisão de Vigilância Sanitária e Ambiental, no prazo de 08 (oito)
dias. (Redação dada pelo Decreto nº 115/1997)

Artigo 29 A decisão deverá ser clara e precisa e conter:

a) Relatório do processo;

b) Os fundamentos de fato e de direito do julgamento;

c) A precisa indicação dos dispositivos legais infringidos, bem como daqueles que
cominam as penalidades aplicadas;

d) O valor da multa, quando couber.

Art. 30. Do julgamento em primeira instância, será notificado o autuado através de


expediente acompanhado da íntegra da decisão, sendo-lhe dado prazo de 15 (quinze) dias para recurso
ou recolhimento de multa, se houver. (ALTERADO PELO DECRETO Nº 143/2016)
(Redação dada pelo Decreto nº 115/1997)

PARÁGRAFO ÚNICO – Após proferido o julgamento, havendo indicio da ocorrência de


crime contra a saúde pública, será remetida ao Ministério Público, cópia de inteiro teor do processo.

Artigo 31 Não sendo oferecida defesa em primeira instância, caberá à autoridade


julgadora citada no Art. 129 desta Lei, declarar a sua procedência e cominar as sanções do autuado, na
forma do artigo 34 desta Lei.

Artigo 32 Da decisão de primeira instância caberá recurso voluntario, que será


apreciado e decidido pela Chefia da Divisão de Vigilância Sanitária e Ambiental, e, na sua ausência ou
impedimento dessa, por superior hierárquico, em conformidade com o Art. 68 desta Lei.

PARÁGRAFO ÚNICO - Será irrecorrível, no âmbito administrativo, a decisão de julgar o


recurso voluntário.

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Artigo 33 Os recursos das decisões de 1° instância somente terão efeito suspensivo


relativamente ao pagamento da penalidade pecuniária, não impedindo a imediata exigibilidade do
cumprimento da obrigação que deu origem ao auto de infração.

SEÇÃO III
DAS NOTIFICAÇÕES

Artigo 34 As notificações serão procedidas:

I - Pessoalmente, e, mediante aposição de assinatura da pessoa física ou do


representante legal da pessoa jurídica ou de procurador, sendo entregue ao autuado a primeira via do
documento, na recusa deve ser assinado por 2 (duas) testemunhas;

II - Por via postal, com AR, mediante o encaminhamento da primeira via do documento;

III - Por edital, quando a pessoa, a quem é dirigido o documento, estiver em lugar
incerto e não sabido.

§ 1° - Presume-se, para efeito de notificação, representante legal da pessoa jurídica,


aquele que for o responsável pelo estabelecimento no ato da notificação.

§ 2° - Somente se procederá, na forma dos incisos II e III, se for mencionado no


documento próprio, a impossibilidade de localização.

Artigo 35 Presumir-se-ão feitas as notificações:

I - Quando por vis postal, da data da juntada do AR aos autos do processo


administrativos;

II - Quando por edital, após sua publicação.

Artigo 36 Do edital constará, em resumo, o auto de infração ou decisão, e será


publicado uma única vez na imprensa oficial do município, ou jornal de grande circulação.

Artigo 37 Quando a expedição de notificação for por via postal, será a correspondência
dirigida ao endereço no qual foi verificada a irregularidade.

SEÇÃO IV
DOS PRAZOS

Artigo 38 Os prazos serão contínuos e peremptórios, excluindo-se em sua contagem, o


dia em que se iniciam e incluindo-se aquele em que terminam.

SEÇÃO V
DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS

Artigo 39 Considera-se infração à legislação sanitária municipal as configuradas na


presente Lei.

Artigo 40 Responde pela infração quem, por ação ou omissão, lhe deu causa, ou
concorreu para sua pratica ou dela se beneficiou.

PARÁGRAFO ÚNICO – Exclui a imputação da infração à causa decorrente de força


maior ou proveniente de eventos naturais ou circunstancias imprevisíveis, que vierem determinar
avaria, deterioração ou alteração de locais, produtos ou bens de interesse da saúde publica,
devidamente comprovada por certidão expedida por órgão oficial.

Artigo 41 A reincidência especifica caracterizar-se-á quando o infrator, após decisão


definitiva na esfera administrativa que lhe houver imposto a penalidade, cometer nova infração do
mesmo tipo ou permanecer nela continuadamente, e ensejará a aplicação da pena de cancelamento de
licença sanitária e multa em dobro prevista para a infração.

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Artigo 42 O pagamento da multa não exclui a imediata exigibilidade do cumprimento da


obrigação que deu origem ao auto de infração.

Artigo 43 Apurada, no mesmo processo, infração a mais de um dispositivo da legislação


sanitária, será aplicada a pena correspondente à infração mais grave.

SEÇÃO VI
DAS PENALIDADES

Artigo 44 Sem prejuízo das sanções de natureza civil ou penal cabíveis, as infrações à
legislação sanitária serão punidas, isolada ou cumulativamente, com as penalidade de:

I - Advertência;

II - Multa;

III - Apreensão de produtos, equipamentos, utensílios e recipientes;

IV - Interdição de produtos, equipamentos, utensílios e recipientes;

V - Inutilização de produtos, equipamentos, utensílios e recipientes;

VI - Suspensão de venda de produtos;

VII - Suspensão de fabricação de produtos;

VIII - Interdição parcial ou total do estabelecimento, seções, dependências e veículos;

IX - Proibição de propaganda;

X - Cancelamento de alvará;

XI - Cancelamento do certificado de vistoria de veículo, quando expedido pelo município.

Artigo 45 Após julgada precedente a aplicação da multa, o não pagamento da mesma


gerará o encaminhamento do debito à Fazenda Municipal para lançamento em divida ativa e cobrança.

Artigo 46 No exercício da fiscalização sanitária, o pessoal credenciado pela Secretaria


Municipal de Vigilância à Saúde, respeitadas as respectivas áreas de atuação investidos de autoridade
sanitária, têm competência para fazer cumprir as leis e normas sanitárias, em geral, e para impor as
penalidade referentes á prevenção e à repressão de todas as ações que possam comprometer a saúde
pública, tendo livre ingresso em todos os lugares na forma da lei.

Art. 47 Constituem infrações sanitárias: (Redação dada pelo Decreto nº 33/2016)

I - Impedir a ação fiscalizadora das autoridades sanitárias competentes, no exercício de


suas funções;
PENA: interdição e multa de R$ 1.467,20 (hum mil quatrocentos e sessenta e sete reais e
vinte centavos); (Redação dada pelo Decreto nº 33/2016)

II - Retardar ou dificultar a ação fiscalizadora das autoridades sanitárias competentes, no


exercício de suas funções;
PENA: Multa de R$ 733,60 (setecentos e trinta e três reais e sessenta centavos);
(Redação dada pelo Decreto nº 33/2016)

III - Deixar de executar, dificultar ou opor-se à execução de medidas que visem à


prevenção de doenças transmissíveis e sua disseminação, à preservação e manutenção da saúde;
PENA: Cancelamento de alvará, interdição e multa de R$ 1.467,20 (hum mil quatrocentos
e sessenta e sete reais e vinte centavos); (Redação dada pelo Decreto nº 33/2016)

IV - Contrariar normas legais pertinentes:


a) Na construção, instalação ou funcionamento dos estabelecimentos citados no art. 12
do Decreto 33/1997;

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PENA: Advertência, apreensão, interdição, inutilização, suspensão de vendas, suspensão


de fabricação, proibição de propaganda, cancelamento de alvará e multa de R$ 733,60 (setecentos e
trinta e três reais e sessenta centavos); (Redação dada pelo Decreto nº 33/2016)

b) No controle da poluição do ar, do solo, da água e de radiações nos ambientes de


trabalho, residenciais, lazer e outros;
PENA: interdição e multa de R$ 733,60 (setecentos e trinta e três reais e sessenta
centavos); (Redação dada pelo Decreto nº 33/2016)

V - Aviar receitas ou dispensar medicamentos em desacordo com a prescrição medica,


veterinária ou odontológica ou determinação expressa em lei e normas regulamentares;
PENA: cancelamento de alvará, interdição e multa de R$ 1.467,20 (hum mil quatrocentos
e sessenta e sete reais e vinte centavos); (Redação dada pelo Decreto nº 33/2016)

VI - Extrair, produzir, fabricar, transformar, preparar, manipular, purificar, fracionar


alimentos e produtos alimentícios, produtos farmacêuticos, dietéticos, de higiene,
saneantes domissanitários e quaisquer outros que interessem à saúde pública, em desacordo com as
normas legais vigentes;
PENA: Advertência, apreensão, interdição, inutilização, suspensão de vendas, suspensão
de fabricação, proibição de propaganda, cancelamento de alvará e multa de R$ 1.467,20 (mil
quatrocentos e sessenta e sete reais e vinte centavos); (Redação dada pelo Decreto nº 33/2016)

VII - Embalar ou reembalar, armazenar, expedir, comprar, vender, trocar,ceder ou expor


ao consumo alimentos e produtos alimentícios, produtos farmacêuticos, dietéticos, de higiene,
saneantes domissanitarios e quaisquer outros que interessem a saúde pública em desacordo com as
normas legais vigentes;
PENA: Interdição, apreensão e multa de R$ 733,60 (setecentos e trinta e três reais e
sessenta centavos); (Redação dada pelo Decreto nº 33/2016)

VIII - Fraudar, falsificar, adulterar e expor ao consumo produtos farmacêuticos,


dietéticos, alimentos e suas matérias primas, produtos de higiene, saneantes domissanitarios, nessas
condições, e quaisquer produtos que interessem à saúde pública;
PENA: Apreensão, interdição, inutilização, suspensão de vendas, suspensão de
fabricação, proibição de propaganda, cancelamento de alvará e multa de R$ 1.467,20 (hum mil
quatrocentos e sessenta e sete reais e vinte centavos); (Redação dada pelo Decreto nº 33/2016)

IX - Extrair, produzir, fabricar, transformar, preparar, manipular, purificar, embalar


ou reembalar, armazenar, expedir, transportar, comprar, vender, ceder ou usar alimentos, produtos
alimentícios, medicamentos, drogas, insumos farmacêuticos, produtos dietéticos, de higiene,
cosméticos e correlatos, embalagens, saneantes, utensílios e aparelhos que interessem a
saúde pública ou individual, sem registro, sem licença ou autorização do órgão sanitário competente ou
contrariando o disposto na legislação sanitária pertinente;
PENA: Apreensão, interdição, inutilização, suspensão de vendas, suspensão de
fabricação, proibição de propaganda, cancelamento de alvará e multa de R$ 733,60 (setecentos e trinta
e três reais e sessenta centavos); (Redação dada pelo Decreto nº 33/2016)

X - Fornecer, vender ou praticar atos de comércio em relação a medicamentos, drogas e


correlatos, cuja venda e uso dependam de prescrição médica, veterinária, odontológica ou outros,
conforme expresso em lei, sem observância dessa exigência e contrariando as normas legais e
regulamentares;
PENA: Advertência, apreensão, cancelamento de alvará e multa de R$ 1.467,20 (hum mil
quatrocentos e sessenta e sete reais e vinte centavos); (Redação dada pelo Decreto nº 33/2016)

XI - Retirar ou aplicar sangue, proceder operações de plasmaferese ou desenvolver


outras atividades hemoterápicas, contrariando normais legais e regulamentares;
PENA: Cancelamento de alvará, apreensão e multa de R$1.467,20 (hum mil quatrocentos
e sessenta e sete reais e vinte centavos); (Redação dada pelo Decreto nº 33/2016)

XII – Armazenar em local não segregado, expor a venda ou entregar ao consumo,


produtos de interesse da saúde, cujo prazo de validade tenha expirado, ou apor-lhes novas datas de
validade, posteriores ao prazo expirado;
PENA: Advertência, apreensão, inutilização e multa de R$ 733,60 (setecentos e trinta e
três reais e sessenta centavos); (Redação dada pelo Decreto nº 33/2016)

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XIII - Atribuir a produtos medicamentosos ou alimentícios, qualidade medicamentosa,


terapêutica ou nutriente superior a que realmente possuir, assim como divulgar informação que possa
induzir o consumidor a erro, quanto a qualidade, natureza, espécie, origem, quantidade e identidade
dos produtos;
PENA: Apreensão, interdição, inutilização, suspensão de vendas, suspensão de
fabricação, proibição de propaganda, cancelamento de alvará e multa de R$1.467,20 (hum mil
quatrocentos e sessenta e sete reais e vinte centavos); (Redação dada pelo Decreto nº 33/2016)

XIV – Atribuir, entregar ao consumo, desviar, alterar ou substituir total ou parcialmente,


alimento, medicamento e demais produtos sujeitos a fiscalização, que tenham sido apreendidos;
PENA: Cancelamento da licença sanitária e multa de R$ 1.467,20 (hum mil quatrocentos
e sessenta e sete reais e vinte centavos); (Redação dada pelo Decreto nº 33/2016)

XV - Comercializar, usar, expor ao consumo, produtos biológicos, imunoterápicos e


outros que exijam cuidados de conservação, preparação, expedição ou transporte sem observância das
condições necessárias à sua preservação;
PENA: Apreensão, interdição, inutilização, cancelamento de alvará e multa de R$ 733,60
(setecentos e trinta e três reais e sessenta centavos); (Redação dada pelo Decreto nº 33/2016)

XVI - Aplicação de raticidas, produtos químicos para desinsetização ou atividade


congênere, defensivos agrícolas, agrotóxicos e demais substancias prejudiciais à saúde em
estabelecimentos de prestação de serviços de interesse para a saúde, estabelecimentos industriais e
comerciais e demais locais de trabalho, galerias, bueiros, porões, sótãos, ou locais de possível
comunicação com residências ou outros locais freqüentados por pessoas ou animais, assim como
limpeza e higienização de reservatórios de água, sem os procedimentos necessários para evitar-se a
exposição destas pessoas ou animais a intoxicações ou outros danos à saúde ou em desacordo com as
normas técnicas existentes;
PENA: advertência, interdição e multa de R$ 733,60 (setecentos e trinta e três reais e
sessenta centavos); (Redação dada pelo Decreto nº 33/2016)

XVII - Deixar de adotar as medidas necessárias para eliminar ou neutralizar a


insalubridade e as condições inseguras do trabalho;
PENA: Cancelamento de alvará, interdição e multa de R$ 1.467,20 (hum mil quatrocentos
e sessenta e sete reais e vinte centavos); (Redação dada pelo Decreto nº 33/2016)

XVIII - Edificar e/ou utilizar imóvel, para exercer atividades econômicas que manipulam,
utilizam, fracionam, embalam ou reembalam, purificam, produzam, extraiam, fabricam, transformam,
preparam, purificam produtos químicos ou considerados perigosos e, atividades de cozinha industrial e
lavanderia industrial e/ou hospitalar, sem a devida aprovação do projeto hidrosanitário e a respectiva
concessão do habite-se sanitário pelo órgão competente. (Redação dada pelo Decreto nº 33/2016)
a) Edificar e/ou utilizar imóvel para exercer atividades econômicas que manipulam,
utilizam, fracionam, embalam ou reembalam, purificam, produzam, extraiam, fabricam, transformam,
preparam, purificam alimentos e/ou produtos alimentícios sem possuir caixa de passagem/inspeção
(caixa de gordura), dimensionada conforme NBR-ABNT.
b) Ficam desobrigadas a apresentar o projeto hidrosanitário perante a vigilância sanitária
deste Município, as microempresas e empresas de pequeno porte, que estejam desenvolvendo suas
atividades em imóveis, comprovadamente edificados, em data anterior a publicação do Plano Diretor
Municipal.
PENA: Advertência e multa de R$ 366,80 (trezentos e sessenta e seis reais e oitenta
centavos); (Redação dada pelo Decreto nº 33/2016)

XIX - Criar, manter ou alojar animais ungulados, aves e outros de interesse comercial
assim como canis de propriedade privada e atividades congêneres, sem a devida licença sanitária;
PENA: Advertência e multa de R$ 366,80 (trezentos e sessenta e seis reais e oitenta
centavos); (Redação dada pelo Decreto nº 33/2016)
(Redação dada pelo Decreto nº 103/2009)

XX - Criar animais sem a devida cobertura vacinal das doenças de interesse à saúde da
população;
PENA: Advertência e multa de R$ 733,60 (setecentos e trinta e três reais e sessenta
centavos); (Redação dada pelo Decreto nº 33/2016)

XXI - Utilizar e/ou expor animais vivos em vitrines a qualquer titulo;


PENA: Advertência e multa de R$ 366,80 (trezentos e sessenta e seis reais e oitenta
centavos); (Redação dada pelo Decreto nº 33/2016)
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XXII - Transgredir outras normas legais e regulamentares destinadas à proteção


promoção e recuperação da saúde;
PENA: Advertência, apreensão, interdição, inutilização, suspensão de vendas, suspensão
de fabricação, proibição de propaganda, cancelamento de alvará e multa de R$ 733,60 (setecentos e
trinta e três reais e sessenta centavos); (Redação dada pelo Decreto nº 33/2016)

§ 1° - Independem de licença sanitária para funcionamento os estabelecimentos


integrantes da administração ou por ela instituídos, ficando sujeitos, porém, às exigências pertinentes
às instalações, aos equipamentos e à aparelhagem adequados e a assistência e responsabilidade
técnica. (Redação dada pelo Decreto nº 33/2016)

§ 2° - Os valores cobrados nas penalidades serão atualizados pelo IPCA-E (Indice


Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial) ou outro índice que vier a ser adotado pelo
Município de Cariacica. (Redação dada pelo Decreto nº 33/2016)

SEÇÃO VII
DA INTERDIÇÃO
Subseção I – Do Estabelecimento

Artigo 48 A autoridade sanitária competente poderá determinar a interdição parcial ou


total do estabelecimento cujas atividades são regulamentadas por ela Lei e suas normas técnicas
especiais, quando:

I - O mesmo funcionar sem alvará sanitário;

II - Suas atividades e/ou condições insalubres constituírem perigo para a saúde pública;

III - Da aplicação de penalidade decorrente de processo administrativo.

Artigo 49 A interdição parcial ou total de estabelecimento será feita após lavratura do


termo de interdição que deverá conter:

I - Nome do infrator;

II - Nome do estabelecimento, endereço e demais elementos necessários à sua


qualificação e identificação;

III - Local, data e hora do fato;

IV - Descrição da infração e menção do dispositivo legal ou regulamentar infringido;

V - Obrigação a cumprir;

VI - Assinatura do autuado, ou, na sua ausência ou recusa, de duas testemunhas e do


autuante.

Artigo 50 A interdição de que trata o artigo anterior terá seu término quando forem
sanadas as irregularidades que ensejaram o fato.

Subseção II – Do Produto

Artigo 51 A apuração do ilícito, em se tratando de alimentos, produtos alimentícios,


medicamentos, drogas, insumos farmacêuticos, produtos dietéticos, de higiene, cosméticos, correlatos,
embalagens, saneantes, agrotóxicos e congêneres, utensílios, aparelhos e outros produtos de interesse
à saúde pública ou individual, far-se-á mediante colheita de amostras para a realização de analise fiscal
e de apreensão em deposito, se for o caso.

PARÁGRAFO ÚNICO – Os produtos e aparelhos de que trata este artigo


manifestamente alterados, adulterados, contaminados ou falsificados, serão obrigatoriamente
apreendidos e poderão ser sumariamente inutilizados mediante laudo técnico conclusivo, elaborado
pela autoridade competente.

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Artigo 52 A colheita de amostras para efeito de análise fiscal ou de controle, não será
acompanhada de apreensão do produto.

§ 1° - Excetuam-se do disposto neste artigo os casos em que sejam flagrantes os


indícios de alteração ou adulteração de produtos, hipótese em que a apreensão terá caráter preventivo
ou de medida cautelar.

§ 2° - A apreensão e inutilização do produto será obrigatória quando resultarem


provadas, em analise laboratorial ou exame de processo, ações fraudulentas que impliquem
falsificação.

Artigo 53 A apreensão do produto, como medida cautelar, durará o tempo necessário à


realização de testes provas, analises ou outras providencias requeridas, não podendo, em qualquer
caso, exceder o prazo de noventa dias, findo o qual o produto será automaticamente liberado.

Artigo 54 Na hipótese de apreensão do produto, como consta no § 1° do art 53 a


autoridade sanitária lavrará o termo respectivo, cuja primeira via será entregue juntamente com o auto
de infração, ao infrator ou seu representante legal, ou, na sua recusa, por via postal.

Artigo 55 Se a apreensão for imposta como resultado de laudo laboratorial, a autoridade


sanitária competente fará constar do processo despacho respectivo e lavrará o termo de apreensão e
de interdição do estabelecimento, se for o caso.

Artigo 56 O auto de colheita de amostra e o termo de apreensão especificarão a


natureza, nome e/ou marca do produto, procedência, nome e endereço da empresa fabricante e do
detentor do produto.

Artigo 57 A colheita de amostra do produto ou substancia será efetuada no estoque


existente, correspondente ao lote, partida ou equivalente, do produto em questão. Essa amostra será
dividida em três parte iguais, tornada inviolável, sendo uma delas entregue ao detentor responsável, a
fim de servir como contraprova e as duas outras, imediatamente encaminhadas ao laboratório oficial
para realização das analises necessárias.

§ 1° - A quantidade do produto a ser coletado deverá obedecer à quantidade mínima


necessária a ser especificada pelo laboratório oficial para a realização das analises necessárias.

§ 2° - Se a quantidade ou natureza do produto ou substancia não permitir a colheita de


amostra, este será encaminhado ao laboratório oficial para realização de análise fiscal, na presença de
seu detentor ou representante legal da empresa, e/ou perito pela mesma indicado.

§ 3° - Na hipótese prevista no § 2° deste artigo, se ausentes as pessoas mencionadas,


serão convocadas duas testemunhas para acompanhar a analise.

Artigo 58 Quando da realização da analise fiscal, será lavrado laudo minucioso e


conclusivo, e extraídas cópias, uma para integrar o processo e as demais para serem entregues ao
detentor ou responsável pelo produto ou substancia e à empresa fabricante.

§ 1° - O infrator, discordando do resultado condenatório da analise, poderá, em


separado ou juntamente com o pedido de revisão da decisão ocorrida, requerer perícia de contraprova,
apresentando a amostra em seu poder e indicando seu próprio perito.

§ 2° - Quando a discordância for da autoridade sanitária competente, esta poderá


proceder nova colheita de amostra, informando ao detentor do produto a data de realização da nova
analise e solicitando acompanhamento de representante legal da empresa fabricante, ou perito por ela
indicado.

Artigo 59 Da perícia de contraprova será lavrada ata circunstanciada, datada e assinada


por todos os participantes, contendo todos os requisitos formulados pelos peritos cuja primeira via
integrará o processo.

§ 1° - A perícia de contraprova não será efetuada se houver indícios de violação da


amostra em poder do solicitante da pericia, e, nessa hipótese, prevalecerá o laudo condenatório.

§ 2° - Aplicar-se-á na pericia de contraprova o mesmo método de analise empregado na


analise condenatória, salvo se houver concordância dos peritos quanto à adoção de outros.
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Artigo 60 A discordância entre os resultados da analise fiscal condenatória e da pericia


de contraprova ensejará recursos, no prazo de dez dias, quando a autoridade sanitária determinará
novo exame pericial, a ser realizado na segunda amostra em poder do laboratório oficial.

PARÁGRAFO ÚNICO – O recurso citado no caput deste artigo será apreciado no prazo
de dez dias.

Artigo 61 Não sendo comprovada, através da analise fiscal, ou pericia de contraprova, a


infração, objeto de apuração, e, sendo considerado o produto próprio para o consumo, a autoridade
competente lavrará despacho liberando-o e determinando o arquivamento do processo.

Artigo 62 Nas transgressões que independam de analise fiscal, o processo obedecerá o


rito sumaríssimo e será considerado concluído caso o infrator não apresente recurso no prazo de quinze
dias.

Artigo 63 Decorrido o prazo mencionado no artigo 61 desta Lei, sem que seja recorrida
a decisão condenatória, ou requerida a perícia de contraprova, o laudo de analise condenatória será
considerado definitivo e cópia do processo será enviado à Vigilância Sanitária Estadual ou Federal, para
as providências legais pertinentes.

PARÁGRAO ÚNICO – Caso o produto seja de comercialização restrita ao município será


determinada apreensão em todo o território municipal, tendo seu cadastro municipal cancelado.

Artigo 64 A inutilização dos produtos e a cassação do alvará sanitário dos


estabelecimentos, decorrente do laudo laboratorial condenatório, somente ocorrerão após publicação na
imprensa oficial do município, ou jornal de grande circulação, de decisão irrecorrível.

Artigo 65 No caso de condenação definitiva do produto cuja alteração, adulteração ou


falsificação não impliquem torná-lo impróprio para o uso ou consumo poderá a autoridade sanitária, ao
proferir a decisão, destinar a sua distribuição a estabelecimentos assistenciais, de preferência oficiais,
quando este aproveitamento for viável.

Artigo 66 Ultimada a instrução do processo, uma vez esgotado o prazo para recursos e
apresentação de defesa, ou apreciados so recursos, a autoridade sanitária proferirá a decisão final,
dando o processo por concluído, após a publicação desta última na imprensa oficial do município.

CAPITULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo 67 As penalidades prevista nesta Lei será aplicada pelo Prefeito Municipal ou por
ele delegado através de portaria.

Artigo 68 São autoridades sanitárias competentes, exceto para aplicação de


penalidades:

I - Secretário Municipal de Saúde;

II - Diretor do Departamento de Saúde Ambiental;

III - Gerente da Divisão de Vigilância Sanitária e Ambiental

§ 1° - Serão consideradas ainda autoridades sanitárias competentes quaisquer


funcionários ou servidores da Secretaria Municipal de Vigilância á Saúde, devidamente credenciados
com competência delegada por uma das autoridades citadas no caput deste artigo.

§ 2° - A relação de autoridades sanitárias competentes constantes no caput deste artigo


poderá sofrer alterações e/ou acréscimos através de ato administrativo próprio.

Artigo 69 Os estabelecimentos que prestam serviços e comercializam produto de


interesse à saúde que não tiverem sua atividade regulamenta em Legislação Federal ou Estadual, cujas
atividades ou funcionamento dependam de responsabilidade técnica de profissional legalmente
habilitado, serão definidos através de normas técnicas especiais.

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Artigo 70 É vedada a nomeação ou designação para cargo ou função pública de chefia,


assessoramento e fiscalização, em qualquer nível, de pessoa que exerça a direção, gerencia ou
administração ou responsabilidade técnica de estabelecimentos ou serviços de que trata esta Lei.

Artigo 71 Fica a Secretaria Municipal de Vigilância à Saúde, através de atos próprios do


Secretário Municipal de Saúde, autorizada a emitir Normas Técnicas Especiais, destinadas a
implementar esta Lei.

§ 1° - As normas técnicas citadas neste artigo estabelecerão definições, critérios e


padrões para permitir o controle e a fiscalização das ações e atividades contempladas nesta Lei.

§ 2° - À conveniência da administração pública, no estrito interesse da coletividade,


poderá o Poder Público expedir normas técnicas, com vigência temporária ou alterar as definições,
critérios e padrões das já existentes.

Artigo 72 Os serviços de Vigilância Sanitária, objeto desta Lei, executados pela


Secretaria Municipal de Vigilância à Saúde, ensejarão a cobrança de preços públicos que ser[a fixados
pelo Poder Executivo.

Artigo 73 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições
em contrário.

Vitória, 12 de março de 1997.

DEJAIR CAMATA
Prefeito Municipal
Município de Cariacica

Este texto não substitui o original publicado e arquivado na Prefeitura Municipal de Cariacica.

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