Paralisia Facial

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Paralisia Facial

Profa Liana Praça


Anatomia do Nervo Facial
Nervo Misto (composto de uma raiz motora e outra sensitiva).
A raiz motora é o nervo facial propriamente dito e inerva todos
os músculos da mímica facial.
A raiz sensitiva ou nervo intermédio é responsável pela
sensibilidade da região auricular posterior, do meato auditivo
externo, gustação dos 2/3 anteriores da língua, secreção das
glândulas sudoríparas da face, glândulas salivares e
lacrimais.

OBS.: O restante da sensibilidade da face é inervada pelo


trigêmeo.
Trajeto do Nervo Facial
Raiz motora: O núcleo está localizado na ponte,
sua fibra desce formando o joelho interno do
facial e sai da ponte ao nível do suco bulbo
pontino.

Raiz sensitiva: Seu núcleo também se encontra


na ponte, próxima a uma região chamada
fascículo solitário, saindo a nível do suco bulbo
pontino.
Nervo Facial

Nervo Intermédio

Nervo Vestibulo-coclear
Nervo Abducente
Trajeto do Nervo Facial
Ao saírem do sulco bulbo pontino, as duas
raízes se dirigem para o conduto auditivo interno,
entram no canal facial (aqueduto de Falópio) onde
fundem-se e chegam ao gânglio geniculado; lá, fazem
uma curva em ângulo reto (joelho externo do facial).
Emergem da cavidade craniana pelo forame
estilomastóideo, onde se dirigem para a face
formando, primeiramente, dois ramos: Temporofacial e
Cervicofacial.
Nervo Facial
Trajeto do Nervo Facial
O ramo CERVICOFACIAL se ramifica em mais três ramos:
bucal, mandibular e cervical.
O ramo bucal inerva: prócero, nasal, depressor do septo, elevador
do lábio superior, zigomático maior e menor, orbicular da boca e
bucinador.
O ramo mandibular inerva: risório, depressor do lábio inferior e
mentoniano.
O ramo cervical inerva: platisma
O ramo TEMPOROFACIAL se ramifica em mais dois ramos:
temporal e zigomático.
O ramo temporal inerva os músculos: auricular superior e anterior,
occiptofrontal ou frontal e temporo parietal.
O ramo zigomático inerva os músculos: corrugador do supercílio
(superciliar) e orbicular das pálpebras.
Músculos da Face
A - Masseter
B - Elevador do lábio
superior
C - Zigomático maior
D - Triângular da face
E - Depressor do lábio inf.
F - Mentoniano
G - Orbicular da boca
H - Corrugador
I - Orbicular do olho
J - Frontal
K - Platisma
Função dos Músculos da Mímica Facial

• Occipitofrontal: Enruga a região frontal


• Orbicular do olho: Fecha os olhos.
• Superciliar: Aproxima as sobrancelhas.
• Prócero: Enrruga o nariz.
• Nasal: Leva a asa do nariz em direção ao septo
nasal.
• Bucinador: Retrai as bochechas, como o ato de
sugar.
• Elevador do ângulo da boca e elevador do lábio
superior: Eleva o ângulo da boca e o lábio superior.
Função dos Músculos da Mímica Facial

• Orbicular da boca: Protusão dos lábios.


• Risório: Lateraliza o ângulo da boca com um sorriso.
• Depressor do ângulo da boca e depressor do lábio
inferior: Deprime o ângulo da boca e o lábio inferior.
• Mentoniano: Enruga o queixo, sendo muito
importante para o ato de beber porque prende o lábio
inferior no copo e impede que o líquido escorra.
Lesões do Nervo Facial
Paralisia facial central – a lesão é supra-nuclear.

Paralisia facial periférica (Paralisia de Bell) – a


lesão pode ser tanto a nível nuclear como infra
nuclear, ou seja, no núcleo do nervo ou no
trajeto do nervo.

Paralisia facial bilateral (Diplegia facial) – é como


uma paralisia facial periférica bilateral - é rara e
ocorre nas lesões bulbares.
Causas das Paralisias Faciais

• Central: Tem como causas isquemias ou


hemorragias cerebrais, tumores no encéfalo,
abscessos cerebrais, traumatismos crânio
encefálicos. Normalmente, é acompanhanda de
hemiplegia (homolateral à paralisia facial central).

• Bilateral: Tem como causa a polineuropatias


(Guillian Barré.)
Causas das Paralisias Faciais
Periférica:
• Neurites do nervo facial (inflamação)
• Origem metabólica, infecciosa ou tóxica,
• Compressões por tumores a nível da ponte
• Afecções de ouvido ou garganta
• Herpes zoster
• Lesões traumáticas de ouvido
• Processos cirúrgicos (cirurgia de glândulas parótidas de
ouvido médio),
• Focos dentários
• Afrígore (ocasionada por mudança brusca de
temperatura).
Quadro Clínico
Paralisia Facial Central

Paralisia do andar inferior da hemiface oposta à lesão.


Frequentemente associada a uma hemiplegia ipsilateral
ou monoplegia.
A paralisia é do tipo espástica (comissura labial puxada
para o lado da lesão cerebral).
O palato e a salivação não estão afetados.
Os músculos do andar superior da hemiface ipsilateral à
lesão cerebral são poupados (devido a inervação cortical
dos dois hemisférios cerebrais).
A boca tem a forma de raquete(a comissura do lado
paralisado abre menos).
Quadro Clínico
Paralisia Facial Periférica
A paralisia facial periférica pode ocorrer em
qualquer idade, porém é mais comum no grupo etário de
20 a 50 anos.
Paralisia da hemiface: paciente com face assimétrica;
Apagamento das rugas frontais do lado paralisado;
Apagamento do suco nasolabial;
Ocorre o Sinal de Bell (ao fechar as pálpebras, o globo
ocular do lado afetado pode ser visto girar para cima e
para o lado externo);
Quadro Clínico - Periférica
Sinal de Negro: Pedir para o paciente olhar para cima. No
lado paralisado o globo vai se elevar primeiro.

Ocorre o Sinal do Cílio de Barre ou Souques: Pedir para o


paciente fechar os olhos e os cílios do olho paralisado vão
estar mais proeminentes.

Sinal da Boca Oval de Petris: Quando se pede para o


paciente abrir a boca, o fisioterapeuta nota uma abertura
mais ampla no lado sadio.
Quadro Clínico - Periférica
Sinal de Lagoftalmo: Observa-se uma abertura mais
ampla no olho que está paralisado e devido o elevador da
pálpebra superior estar intacto.

Sinal de Epífora: A lágrima ao invés de descer no canto


do olho, ela desce pela pálpebra inferior em direção a
bochecha.
Sinal de
Lagoftalmo

Sinal da Boca
Oval de Petris
Quadro Clínico
Além de todos os sintomas anteriores pode apresentar
também:

Ageusia (ausência da gustação dos 2/3 anteriores da língua);


Hiperacusia (dor quando ouve sons graves do lado lesado);
Alterações das secreções salivares.
Alteração lacrimal sendo comum úlceras de córnea.
Quadro Clínico
Diplegia Facial
Paralisia de toda musculatura da face
Face inexpressiva;
Ausência das rugas frontais bilaterais;
Logoftalmia bilateral;
Sinal de Bell bilateral;
Ausência dos sulcos nasolabiais.
Córtex Frontal Área motora da
Área 4 Face
Feixe Cort
Nuclear

 Feixe Cortico
nuclear Cruzado

 Feixe Cortico
Nuclear Direto
Área Motora
para Face

Lesão do
Trato
Cortico
Nuclear
(neurônio
motor
superior)
Núcleo do
Nervo Facial

Lesão do Nervo
Facial (neurônio
motor inferior)

Paralisia Paralisia Facial


Periférica Central
Fisioterapia
Crioestimulação
Facilitação neuromuscular proprioceptiva
Propriocepção
Eletroterapia

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