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A Afirmação Do Neoliberalismo e A Globalização Da Economia

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A afirmação do Neoliberalismo e a globalização da economia

A década de 70 marca o fim dos “Trinta Gloriosos”, devido principalmente á instabilidade


monetária e á crise energética.

Nos finais dos anos 60,a economia Norte-americana já apresentava sinais de abrandamento.
A inflação, a fuga de capitais e a desacelaração do comércio e da produção originaram uma
contínua depreciação do dólar.

Com o intuito de melhorar a economia norte-americana, o presidente Nixon, em agosto de


1971 decidiu suspender a convertibilidade do dólar em ouro. A desregulamentação do
sistema monetário internacional provocou uma enorme instabilidade monetária e alastrou-
se a inflação.

Contribui ainda para o decréscimo da economia a crise energética, provocada pelos choques
petrolíferos, com isto, os países ocidentais dependentes deste recurso foram afetados.
Muitas empresas fecharam e consequentemente o desemprego cresceu, o consumo retraiu-
se e a inflação tornou-se galopante, a este fenómeno deu-se o nome de estagflação.

Neste contexto de crise abriu-se caminho a novas soluções políticas e económicas.

O Estado é forçado ao rigor orçamental, os governos dos países capitalistas enveredaram


por planos de austeridade e de redução da despesa. Em consequência emerge um novo
modelo político e económico: o neoliberalismo.

 Demarca-se do Estado-providência por rejeitar a intervenção do Estado;


 Defende a privatização dos setores tradicionalmente geridos pelo estado.

A Grã-Bertanha ( Margareth Thatcher) e os EUA ( Ronald Reagan) foram os laboratórios do


neoliberalismo.

Entretanto, os progressos tecnológicos, dos transportes e das comunicações encurtam as


distâncias e fazem reduzir os custos. Em consequência, o comércio cresce e as operações de
negócios espalham-se pelo mundo, criando verdadeiras cadeias de produção internacional.

A crescente interdependência das economias acelera então o fenómeno da globalização:

 O colapso do comunismo na URSS juntamente com a integração da China e dos


antigos países comunistas da Europa Balcânia e oriental na OMC, criou novas
oportunidades para o comércio internacional e o capitalismo.
 Os Estados estabelecem acordos de cooperação económica que derrubam as
barreiras aduaneiras e criam vastas organizações regionais de comércio.
 A expansão dos mercados e das trocas mundiais obrigaram a criação da OMC
O século XXI apresenta um fluxo comercial intenso,dando a impressão de um mercado
global único: fluxo comercial prodigioso

Polos dominadores das trocas internacionais:

 A triade formada pela América do Norte, União Europeia e Asia Pacífico concentra
mais de 80% do comércio mundial, com a União Europeia nas trocas inter- regionais
 China destaca-se como a fábrica do mundo” na ásia pacífico
 Oriente médio é o principal fornecedor mundial de petróleo.

Impactos da crise financeira de 2008: Houve um abrandamento no comércio, no entanto


manteve crescimento médio de 4% em volume e 5% em valor desde 1995.

Desafios do século XXI:

Surto pandémico do Covid-19: causou um declínio no multilateralismo e interrupção da


atividade comercial global devido a confinamentos e fechamentos de fronteiras.

Guerra na Europa: A Rússia e a Ucrânia são grandes fornecedores de produtos essenciais. A


guerra e as sanções impactaram os preços e fluxos internacionais do comércio.

Riscos futuros: O aumento das tensões geopolíticas pode aumentar os riscos de


fragmentação económica, especialmente no comércio internacional.

A liberalização das trocas e o aumento do volume das transações de bens e serviços


geraram um aumento dos fluxos internacionais de capitais.

Com o fim dos sistemas de taxas fixas e a progressiva adoção ao neoliberalismo, diversos
paises deixaram de ver necessidade em manter restrições financeiras.

Na União Europeia, o processo de liberalização dos mercados culmina no Tratado da


Maastrich, que suprime todas as restrições ao movimento dos capitais

A desregulamentação dos mercados fez aumentar os investimentos estrangeiros, sob a


forma de ações, emprestimos ou compras de divisas, negociados nas bolsas de valores. No
entanto, os bancos expandem as suas redes internacionais e desenvolvem novos
instrumentos financeiros.

A revolução das TIC transformou a indústria dos serviços financeiros e acelerar a


globalização financeira, no entanto a interdependência dos mercados aumenta, o risco de
crises financeiras globais.

Beneficiando da liberalização dos mercados e aproveitando os progressos nos transportes e


nas TIC, as multinacionais sofrem mudanças estruturais e adotam estratégias de
implementação á escala global:
 A conceção do produto, o processo de fabrico e o setor da comercialização
encontram-se dispersos por diversos continentes.

As empresas multinacionais contribuem para o estabelecimento de uma “divisão


internacional do trabalho” entre os países em desenvolvimento e emergentes.

O uso do computador nas empresas e a divulgação da internet vieram revolucionar os


sistemas produtivos, estas redes de comunicação permitiram:

 O desenvolvimento comercial; a expansão das multinacionais; a transferência de


capitais e a divulgação de produtos e serviços.

Pode-se afirmar que a revolução digital é a marca da globalização do século XXI.

Para os defensores da globalização, esta, impulsionou o desenvolvimento económico,


facilita o acesso a bens e serviços, estimulou a procura e a produção, impulsionou o
desenvolvimento tecnológico, incrementou os investimentos estrangeiros, proporcionou a
criação de postos de emprego.

Por outro lado, os críticos da globalização denunciam o aumento das desigualdades, o


agravamento da situação social, responsabilizam os governos e as grandes empresas pelos
problemas ambientais, e por favorecer a ocidentalização cultural.

Na sociedade civil surgem cada vez mais movimentos ativistas que usam as redes sociais
para mobilizarem os cidadãos e inventarem novas formas de luta.

O movimento alterglobalização, composto por cidadãos nascidos nos anos 90, é vasto e
diversificado. Ganhou notoriedade em 1999, nas ruas de Seattle, Washington, durante um
protesto com cerca de 70 mil pessoas. Formado por universitários, membros de sindicatos,
ecologistas e ONGs, o grupo buscou impedir a reunião da OMC e chamar a atenção para os
efeitos negativos da globalização.

Desde 2001, o Fórum Social Mundial reúne anualmente ONGs e outras organizações para
debater problemas sociais. A alternativa que propõem à globalização liberal não envolve
uma "revolução" política e econômica. Sob o lema "um outro mundo é possível", a
alterglobalização propõe um desenvolvimento equilibrado, que elimine as desigualdades
entre pessoas e povos, respeite as diferenças, promova a paz e preserve o planeta.

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