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Lucca - Mimosa Strobiliflora TCC

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INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ

LUCCA EDUARDO SGANZERLA DE CARVALHO

USO DE DIFERENTES SUBSTRATOS PARA O DESENVOLVIMENTO DE MUDAS


De Mimosa strobiliflora BURKART EM VIVEIRO

CAMPO
LARGO 2023
Lucca Eduardo Sganzerla de Carvalho

USO DE DIFERENTES SUBSTRATOS PARA O DESENVOLVIMENTO DE MUDAS


DE Mimosa strobiliflora BURKART EM VIVEIRO

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso Superior de
Tecnologia em Agroecologia do Instituto
Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Paraná – IFPR, Campus
Campo Largo, como parte dos requisitos
necessários à obtenção do título de
Tecnólogo em Agroecologia.

Orientador: Emilio Romanini Netto.


Co-orientador: Pablo Melo Hoffmann

Campo Largo
2023
Dedico este trabalho ao Bruno,
professor que viveu a agroecologia e
passou um pouco dela para todos nós.
AGRADECIMENTOS

Concluir esta etapa é o primeiro passo para muito do que ainda está por vir. E
não tem como passar por tudo isso sem se rodear por pessoas que te influenciam e
incentivam a continuar apesar das dificuldades.
Agradeço a minha noiva, Luiza, sem ela não teria a motivação de continuar a
buscar aquilo que sonho. Seu incentivo e paciência para lidar comigo, e só tenho
que agradecer, obrigado pelo amor e carinho.
A meu pai, Izaias, por me direcionar sempre no melhor caminho e sempre
frisar a importância de terminar o que comecei. A minha mãe e meu pai, Eliana e
Danilo, por estarem sempre me apoiando em minhas decisões. Aos meus irmãos,
Lunna e Bruno que me acompanharam durante meu processo de criação.
Aqueles que dispuseram de seu tempo para me ensinar e colaboraram com
todo o meu caminho, sendo eles meus professores, que acompanharam todo o meu
crescimento dentro do curso superior. Ao pessoal da Sociedade Chauá, Pablo,
Patrícia, André, Nene, Rogério e Bruno, que além de ceder tempo e recursos para a
realização desse trabalho, realizam um trabalho nobre de recomposição de nossa
Floresta Ombrófila Mista.
A meu professor Bruno que começou o meu processo de orientação, porém
que nos deixou cedo. E ao Emílio, que aceitou essa tarefa de terminar a orientação,
sempre me centrando no projeto e confiando em minhas capacidades para concluir
o trabalho.
“Eu sou pessoa
A palavra pessoa hoje não soa
bem Pouco me importa”

Belchior
RESUMO

O cenário atual de produção de mudas nativas abrange questões pouco estudadas


como a escassez de informações acerca de espécies endêmicas. A espécie Mimosa
strobiliflora Burkart, é endêmica do estado do Paraná -BR, ocorrendo naturalmente
nas margens do Rio Iguaçu nos municípios de Porto Amazonas e Lapa, estando
atualmente classificada como “criticamente em perigo”. Por conta da parca
informação sobre a espécie, procurou-se avaliar os diferentes substratos e
enriquecedores de substratos na produção de mudas. Para isso utilizou-se dois
substratos comerciais, Florestal-3 (S1) e Mix 2 (S2), da marca MecPlant, com adição
de diferentes componentes, resultando em 16 tratamentos: T1: testemunha S1; T2:
S1 + 30% Cama de Frango (CF); T3: S1 + Fertilização de Liberação Controlada
(FLC); T4: S1 + FLC + CF; T5: S1+ 30% Biochar B300; T6: S1 + 30% Biochar B300
+ 30% CF; T7: S1 + 10% solo; T8: S1 + FLC (repicagem); T9: testemunha S2; T10:
S2 + 30% CF; T11: S2 + FLC; T12: S2 + FLC + 30% CF; T13: S2 + 30% Biochar
B300; T14: S2 + 30% Biochar B300 + 30% CF; T15: S2 + 10% solo; T16: S2 + FLC
(repicagem). O experimento foi conduzido na Sociedade Chauá, ONG voltada para a
produção de mudas nativas da Floresta Ombrófila Mista, em casa de vegetação com
irrigação controlada e presença de sombrite 50%. Antes da semeadura realizou-se a
quebra da dormência com imersão das sementes em água a 80ºC durante uma
hora. Para obtenção dos resultados avaliou-se altura (H), diâmetro (D) e número de
folhas por muda, os dados obtidos foram analisados em esquema fatorial 2x5, pelo
software ASSISTAT, versão 7.7 beta. Apresentou melhores resultado os tratamentos
T3 para todas as variáveis, enquanto T7 e T13 não equipararam com T3 em uma
variável, D e H respectivamente. Os tratamentos com 30% CF resultaram em perda
total, especulada por não estar corretamente curtida. A espécie apresenta
viabilidade para repicagem, não contabilizando em perdas, somente no atraso de
desenvolvimento por conta do estresse do transplante. Por a espécie ser da família
da Fabáceas e ter hábito pioneiro, possibilita sua utilização para restauração de
fragmentos ambientais além de seu uso como pasto apícola e melífera, tornando a
espécie de alto interesse ecológico, pelo seu valor de escassez de matrizes naturais.

Palavra-chave: ecologia; espécie endêmica; Floresta Ombrófila


Mista;Sociedade Chauá.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 8
1.1 OBJETIVOS ..................................................................................................... 9
1.1.1 Objetivo geral............................................................................................. 9
1.1.2 Objetivos específicos ................................................................................. 9
2 DESENVOLVIMENTO.............................................................................................. 10
2.1 REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................... 10
2.1.1 MIMOSA STROBILIFLORA BURKART ................................................... 10
2.1.2 SOCIEDADE CHAUÁ .............................................................................. 11
2.1.3 FORMULAÇÃO DE SUBSTRATOS ........................................................ 11
2.1.4 ENRIQUECEDORES ............................................................................... 14
2.1.5 PRODUÇÃO SEMINAL DE MUDAS FLORESTAIS ................................ 15
2.1.6 SEMENTES DO GÊNERO MIMOSA ....................................................... 17
2.1.7 NODULAÇÃO DO GÊNERO MIMOSA .................................................... 17
2.1.8 PROCESSO DE REPICAGEM ................................................................ 18
2.2 METODOLOGIA .............................................................................................. 18
2.3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ............................................... 21
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 26
4 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 27
5 APÊNDICES ............................................................................................................ 33
APÊNDICE A – Sementes de Mimosa strobiliflora BURKART. ............................. 33
APÊNDICE B – Quebra de dormência tegumentar das sementes de Mimosa
strobiliflora BURKART. .................................................................................. 33
APÊNDICE C – Tratamento substrato Florestal-3 + 30% cama de frango, primeira
semana de avaliação. .................................................................................... 34
APÊNDICE D – Tratamento substrato Florestal-3 + FLC, avaliação dia 14 de nov.
2023. .............................................................................................................. 34
APÊNDICE E – Tratamento substrato Florestal-3 + 10% solo de reflorestamento
de Mimosa strobiliflora, avaliação dia 14 de nov. 2023. ................................. 35
APÊNDICE F – Substrato Mix 2 + 30% Biochar, avaliação dia 14 de nov. 2023. .. 35
8

1 INTRODUÇÃO

A Mata Atlântica é o bioma brasileiro mais explorado historicamente no Brasil,


possuindo altos índices de biodiversidade ao mesmo tempo em que se situa como
um dos mais ameaçados do planeta: restam apenas 12% da vegetação original cujo
conjunto de ecossistemas abriga aproximadamente 70% da população brasileira.
Entre os sistemas ecológicos pertencentes ao domínio da Mata Atlântica, a
Floresta Ombrófila Mista ou Mata de Araucárias é o mais ameaçado, principalmente,
pela exploração de madeiras e abertura de fronteiras agrícolas, além das mudanças
no uso e ocupação do solo, atividades lesivas ao meio ambiente e a falta de políticas
públicas de proteção ao ecossistema.
Com esse histórico de degradação, muitas espécies da flora e da fauna
entraram para a lista de espécies ameaçadas de extinção, e algumas já foram
declaradas extintas. O domínio da Floresta Ombrófila Mista possuía em sua
composição original um território de aproximadamente 200.000 Km², ocorrendo com
maior frequência no estado do Paraná (40%). Hoje o que resta do ecossistema não
chega a 1% da sua composição original (MEDEIROS et al. 2005).
Devido à alta presença de Araucaria angustifolia - cerca de 40% nas matas
exploradas - e da presença de Ocotea porosa (Imbuia), a pressão antrópica tornou-se
alta na região, traduzindo-se pela ampla derrubada de florestas para a remoção de
madeiras para a construção, além do aproveitamento das áreas derrubadas para o
desenvolvimento da agricultura de larga escala, pastagem e reflorestamento
homogêneos de Eucalyptus spp. e Pinus spp. (MEDEIROS et al. 2005).
Dentre as espécies da flora ameaçadas, a Mimosa stobiliflora Burkart consta
na lista nacional do Ministério do Meio Ambiente como “criticamente em perigo”
(Portaria MMA nº148/2022) e muito pouco se sabe ao seu respeito, sendo escassos
estudos científicos sobre a espécie.
Conhecida popularmente como Angiquinho-rosa, a Mimosa stobiliflora
pertence à família Fabaceae, ocorrendo no Bioma Mata Atlântica, especificamente na
floresta Ombrófila Mista estando associada aos campos de altitude do sul do Brasil
(Resolução CONAMA nº 423/2010), e sendo endêmica das margens do Rio Iguaçu,
nos municípios da Lapa e de Porto Amazonas (BOLETIM CHAUÁ, 2020).
A espécie foi catalogada pela primeira vez em 1914, no município de Porto
Amazonas, Estado do Paraná-Brasil, e sua segunda coleta foi realizada somente no
ano de 2001. Dentro da pouca ocorrência da espécie foram levantadas hipóteses
9

sobre que fatores afetariam a sua frequência, entre eles o alto índice de
desmatamento verificado no estado, com o alastramento de espécies invasoras e, por
outro lado, aspectos de sua fenologia que dificultam sua dispersão, como fatores
necessários para quebra de dormência de suas sementes (BIONDI & LEAL, 2008).
Assim, o objetivo do presente estudo foi testar diferentes substratos na
produção de mudas de Mimosa stobiliflora e determinar a eficiência de cada um deles
no desenvolvimento das mudas em estágio inicial em condições controladas.

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo geral

• Comparar diferentes substratos e enriquecedores de substratos para a


produção de mudas da espécie Mimosa strobiliflora, em viveiro visando sua
reintrodução em fragmentos florestais.

1.1.2 Objetivos específicos

• Mensurar altura, diâmetro, número de folhas.


• Observar o desenvolvimento das mudas nos diferentes tratamentos.
• Observar a viabilidade das mudas semeadas direto e as repicadas.
• Levantar os dados e compará-los a fim de classificar os melhores resultados.
10

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 REVISÃO DE LITERATURA

2.1.1 MIMOSA STROBILIFLORA BURKART

Na subfamília Mimosoideae, pertencente à família da fabaceae, encontra-se


uma espécie, Mimosa strobiliflora, endêmica do estado do Paraná ocorrendo nos
municípios de Porto Amazonas e Lapa, estritamente as margens do Rio Iguaçu. Hoje
na lista nacional, encontra-se como Criticamente em Perigo-CR. (BOLETIM CHAUÁ,
2020, Portaria MMA nº148/2022).
Sua morfologia apresenta hábito arbustivo que pode atingir até 3 metros de
altura, um fuste irregular, curto e de coloração ferrugínea, com a copa ampla e aberta,
variando de 0,5 a 3 metros, sendo uma espécie de hábito pioneiro. Apresenta folhas
untuosas ao tato, alternadas, bipinadas, com até 13 pares de pinas opostas, sendo
semidecídua quanto a senescência foliar. Flor monóica, de 1-3 inflorescências
interfoliares de coloração lilás-rosada. O fruto é uma infrutescência globosa
apresentando cor verde clara quando imaturo, e maduro de marrom escuro, com 6 a
7 frutos, cada fruto apresenta de 3 a 4 sementes, lustrosas, de cor marrom escuro.
(BOLETIM CHAUÁ, 2020; BIONDI, LEAL, 2008).
A floração tem como início e extensão do mês de julho a novembro,
apresentando frutificação de agosto a dezembro. Apresentando por suas
características um grande potencial melífero, por conta de sua florada que se estende
do mês de julho até novembro, podendo suprir a necessidades de colônias de
abelhas africanizadas e até das abelhas nativas (BOLETIM CHAUÁ, 2020).
A espécie hoje é pouco estudada, tendo como primeira coleta datada de junho
de 1914, e sendo sua segunda coleta em 2001. Encontra-se poucos exemplares na
natureza, e sua baixa incidência é devida à ação antrópica, agricultura, pecuária,
reflorestamento de Pinus spp. e a urbanização próxima a áreas de sua incidência
natural (BIONDI, LEAL, 2008).
11

2.1.2 SOCIEDADE CHAUÁ

A Sociedade Chauá fica localizada na Rua Júlio Gorski, 2000, CEP 83607-314,
bairro Fazendinha, município de Campo Largo no estado do Paraná. O início de
suas atividades se deu a partir de 1998 de modo informal na conscientização para a
recuperação e preservação dos remanescentes da Mata Atlântica, mas somente em
2003 formou-se como personalidade jurídica dando origem à Sociedade Chauá, uma
ONG sem fins lucrativos.
Hoje a ONG desenvolve pesquisas, atua na produção de mudas e
reflorestamento dedicados à conservação da floresta Ombrófila Mista, que é um dos
ecossistemas mais ameaçados do planeta. Apresenta um conjunto de mais de 200
espécies nativas, algumas de difícil reprodução, com mais de 70.000 mudas de
espécies provenientes das mais de 2.800 matrizes cadastradas para a coleta de
sementes em 40 remanescentes da região, incluindo 50 espécies raras e ameaçadas

2.1.3 FORMULAÇÃO DE SUBSTRATOS

Um dos principais fatores que influencia a produção de mudas é o substrato. O


substrato é definido como um meio adequado para a sustentação, retenção e
fornecimento de água, oxigênio e nutrientes para as plantas, proporcionando um pH
compatível, baixos níveis tóxicos de elementos químicos e condutividades elétricas
compatíveis. O substrato por ser o berço onde emergirá as sementes, possui relação
com o desenvolvimento de uma boa muda florestal (CARRIJO et al. 2004,
GUERRINI; TRIGUEIRO, 2004, BORTOLOZZO et al. 2007).
Os substratos podem ser formados por diferentes matérias primas: origem
vegetal (turfa, carvão, fibra de coco, bagaços e cascas); origem mineral (vermiculita,
perlita, granito, calcário, areia, cinasita); origem sintética (lã de rocha, espuma
fenólica e isopor) (FERRAZ; CENTURION; BEUTLER, 2005).
Os substratos comerciais são geralmente compostos por uma
misturade componentes minerais e orgânicos, os quais contribuem com
ofornecimento de nutrientes. Os componentes orgânicos apresentam-se como
fundamental nos substratos, uma vez aumentam a capacidade de retenção d’água.
Apresenta ainda vantagem quanto a redução na densidade e o aumento da
12

porosidade do meio (GUERRINI; TRIGUEIRO, 2004). A elaboração de substratos


toma-se por duapontas de partida, uma sendo a escolha do substrato visando
aquele que apresenta os melhores resultados quanto ao desenvolvimento da
espécie trabalhada. E conciliar essa escolha com um substrato que apresente em
sua composição recursos que sejam sustentáveis a longo prazo (CARRIJO et al.
2004).
Dentro do cenário da sustentabilidade, encontramos alguns subprodutos que
teriam o descarte como destino final, como a casca de coco verde e a casca de
pinus. Hoje esses dois produtos são amplamente difundidos dentro do mercado de
substratos, e antes de sua utilização para substratos esses subprodutos
encontravam problemas para o descarte adequado, causando grandes danos
ambientais (CARRIJO et al. 2004, MATTOS et al. 2011, MAIA, 1999).
A casca de coco verde, produto de descarte da produção do coco, é um
excelente produto para a produção de substratos, de acordo com Carrijo et al. (2004)
é um excelente material orgânico, devido às propriedades de retenção de umidade,
aeração do meio de cultivo e estimulador de enraizamento.
A casca de pinus é um produto barato por tratar-se de um resíduo dos
reflorestamentos, com destino para serraria, celulose e carvão. Para sua utilização
encontra-se presente em partículas moídas, misturadas a outros componentes, de
acordo com Suguino et al. (2011).
Os substratos que emprega somente componentes vegetais, como casca de
pinus e fibra de coco, tornam-se substratos com ótimas qualidades físicas, porém
com poucos nutrientes disponíveis para absorção da plântula,Por isso, busca-se
misturar a esses substratos componentes que contribuam com propriedades
químicas, como esterco bovino e adubos químicos.

2.1.3.1 PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS

Dentro de um substrato observa-se algumas propriedades estudadas, onde:


potencial de hidrogênio (pH), a capacidade de troca de cátions (CTC), a salinidade, o
teor de matéria orgânica, a densidade, a porosidade, o espaço de aeração e a
retenção hídrica em diferentes potenciais, são indicadores da qualidade do substrato,
apresentando as limitações que o substrato possui (PINTO et al. 2021, SOARES et
13

al. 2014, GUERRINI; TRIGUEIRO, 2004, LOPES et al. 2008).


Na formação de mudas florestais de boa qualidade envolve processos
de germinação das sementes, iniciação radicular e formação do sistema radicular
e parte aérea, estando intrinsecamente ligados com as características que o
substrato apresenta. As características essenciais no substrato estão
correlacionadas entre si: a macroporosidade com aeração e drenagem, e a
microporosidade com retenção de água e nutrientes (GUERRINI; TRIGUEIRO, 2004).
Suguino et al. (2011) ressalta a importância de uma relação entre macro e
microporos presentes em um substrato, uma vez que, em uma composição de 100%
de casca de pínus ≤0,1mm (partículas pequenas), resultou numa baixa germinação e
desenvolvimento das mudas de grumixama. Enquanto outras composições da casca
de pinus resultaram em taxas ideais de germinação e desenvolvimento.
Segundo Wall e Heiskanen (2009 apud SUGUINO et al. 2011, p.645) “[...] a
alta quantidade de água do meio de cultivo orgânico, como a casca de pínus,
associado ao pequeno volume de ar disponível limitam a aeração do meio, o que
prejudica o crescimento da planta.” Sendo assim quanto maior a quantidade de
partículas finas em um substrato, menor a macroporosidade e porosidade total, e
aumenta os microporos, que uma vez preenchidos com água diminuem a aeração do
meio desfavorecendo a germinação das sementes (SUGUINO et al. 2011).
As características químicas dos substratos estão relacionadas à sua
capacidade de fornecer nutrientes às plantas, as principais características são:
potencial hidrogeniônico (pH), a capacidade de troca catiônica(CTC), a salinidade e o
teor de matéria orgânica (SANTOS et al. 2014)
Diferentemente das propriedades físicas, as químicas uma vez desequilibradas
podem ser corrigidas após o plantio (dependendo do desequilíbrio que se encontra).
Um substrato com falta de nutrientes e com pH baixo, pode ser facilmente corrigido
com fornecimento de nutrientes e corretivos de acidez (SANTOS et al. 2014).

2.1.3.2 ENRIQUECIMENTO DO SUBSTRATO

Hoje dentro do cenário comercial de substratos encontram-se dois tipos de


substratos a pronta entrega, os inertes e os enriquecidos. Os substratos inertes são
uma opção para aqueles que produzem de forma hidropônica, e servindo o substrato
somente de um meio para fixação da planta e para reter umidade, uma vez que a
14

suplementação de nutrientes será controlada pela solução hidropônica (fertirrigação),


os componentes presentes são geralmente vegetais (fibra de coco, casca de pinus)
ou minerais (vermiculita, areia) e até a mistura desses dois (FURLANI; JÚNIOR,
2004). Os substratos enriquecidos por sua vez, exercem a função de disponibilizar
nutrientes ao decorrer do desenvolvimento de uma planta, sendo muitas vezes esse
enriquecimento ocorrendo por meio da adição de adubos químicos, geralmente esses
substratos são misturas de componentes vegetais com minerais (BERTI et al. 2017,
SORREANO; RODRIGUES; BOARETTO, 2012).
Tem ainda algumas outras formas de enriquecimento de substratos, podendo-
se utilizar corretivos de acidez, como o calcário, e de nutrientes como NPK e adubos
orgânicos. O termo enriquecimento utilizado trata-se de que esses elementos
adicionados exercem função no crescimento e desenvolvimento de espécies vegetais
(BERTI et al. 2017).

2.1.4 ENRIQUECEDORES

2.1.4.1 FERTILIZANTE DE LIBERAÇÃO CONTROLADA

Para produção de mudas florestais um dos principais fertilizantes químicos são


os de liberação controlada, o Basacote®, é constituído de grânulos com composição
de nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K) e micronutrientes, que são cobertos por
uma camada de resina orgânica, que controla a liberação desses nutrientes para a
planta a medida em que é necessário. Sendo a composição de Basacote®, é de 16-
08-12 (NPK) (BRONDANI et al., 2008).

2.1.4.2 CAMA DE FRANGO

A cama de frango é um condicionador de solo, resíduo da produção aviária,


sendo uma possibilidade de implementação de matéria orgânica no solo, com
agregação de nutrientes, tanto da presença dos macros como: N, P, K, Ca, Mg e S; e
15

de micronutrientes: Fe, Zn, Cu, Mn e Na. A cama de frango passa por um processo
chamado de normalização, onde é pego o material “cru” e realizado um processo de
decomposição com finalidade de evitar a presença de agentes patogênicos, bem
como a diminuição do gás amônia presente (GUIMARÃES et al. 2016; MILLE; MILAN,
1993).

2.1.4.3 BIOCHAR

O condicionador de solo carbono pirogênico, conhecido como biochar, é


constituído principalmente de biomassa carbonizada (carvão vegetal), apresentando
características físico-químicas como a alta porosidade e elevada área de superfície
específica, favorecendo a absorção de compostos orgânicos solúveis. O biochar que
foi utilizado é um produto proveniente do lodo de esgoto que é disponibilizado pela
rede de saneamento básico do Paraná (SANEPAR) (PETTER et al., 2012).
O biochar em sua composição apresenta os seguintes componentes, P2O5,
K2O, Ca, Mg e S, como macronutrientes com as seguintes quantidades
respectivamente: 2,21%; 0,3%; 1,14%; 0,37% e 1,07%. Enquanto que apresenta os
seguintes micronutrientes: B, Na, Mo e Co, com as seguintes quantidades
respectivamente: 22,16 mg kg-1; 777,45 mg kg-1; 7,94 mg kg-1 e 8,13 mg kg-1.
(FOGAÇA, 2023, p.56).

2.1.5 PRODUÇÃO SEMINAL DE MUDAS FLORESTAIS

O método de propagação sexuada, através de sementes, é realizado devido a


algumas vantagens , como facilidade de produção e menor custo em algumas
espécies florestais. Permitindo a propagação de determinadas características da
planta-mãe sejam herdadas para a próxima geração. Levando em conta a
variabilidade genética das mudas produzidas por esse método (JUNIOR; GOULART,
2019).
Dentro do método de produção da Sociedade Chauá busca-se o uso de
sementes visando atingir uma gama de variabilidade genética, tendo na ONG mais de
16

2800 matrizes de coleta cadastradas, produzindo mais de 70 mil mudas por ano,
sendomais de 200 espécies nativas (VIVEIRO).
Para o preparo inicial da propagação seminal é importante atentar-se a
questões que influenciarão na qualidade da muda final. De acordo com Biondi & Leal
(2008) esses fatores podem ser extrínsecos ou ambientais, como: luz, temperatura,
umidade, agentes químicos, gases e agentes biológicos; e intrínsecos ou internos à
semente, como morfologia, viabilidade e dormência.
Para algumas espécies é necessário a quebra de dormência para a
germinação das sementes. A dormência em sementes é uma estratégia reprodutiva
das plantas que criam um banco de sementes, e que através dele irão se regenerar
na área quando atingir condições propícias à germinação (SPERANDIO; LOPES;
MATHEUS, 2013. BIONDI; LEAL, 2008. BRUNO et al. 2001).
As possíveis causas de dormência em sementes se dá por: embriões imaturos,
quando a semente precisa de um tempo após a maturação para tornar-se
fisiologicamente viável para o desenvolvimento; Impermeabilidade da membrana:
quando a casca da semente tornam-se mais densa e rígida, impedindo a penetração
de água e do ar; substâncias inibidoras; quando partes do fruto podem conter
substâncias químicas que inibem a germinação (BIONDI; LEAL, 2008).
A partir das causas destaca-se três tipos de dormências em sementes:
tegumentar, embrionária e a combinada. A tegumentar se dá pela impermeabilidade
do tegumento à água pela presença de inibidores químicos e pela resistência
mecânica que impede o crescimento do embrião. A embrionária relaciona-se à
imaturidade do embrião da semente. Enquanto que a combinada apresenta os dois
tipos de dormência. (BIONDI; LEAL, 2008).
A dormência por impermeabilidade do tegumento à água é uma característica
comumente encontrada nas sementes da família das Leguminosas. Buscando-se
superar essa etapa dois métodos são amplamente utilizados, sendo a escarificação,
aumento a permeabilidade à água, podendo induzir a um aumento da sensibilidade à
luz e influenciando o metabolismo da semente e, consequentemente, na dormência.
A embebição da semente à água quente ou fervente é um processo, que demonstra
alta efetividade na superação da dormência de semente de várias espécies florestais
(BRUNO et al. 2001, BIONDI; LEAL, 2008. SPERANDIO; LOPES; MATHEUS, 2013).
17

2.1.6 SEMENTES DO GÊNERO MIMOSA

Mimosa é o segundo maior gênero presente na subfamília Mimosoideae,


registrando 480 espécies. Apresentando sementes ovais, achatadas, com
endosperma mucilaginoso e tegumento com linha fissural em ferradura, segundo
descreveu Burkart (1979 apud IWAZAKI, 2008, p.10).Apesar de ser um gênero
abundante e apresentar variedade vegetativa e reprodutiva, poucas informações
encontram-se disponíveis a respeito de frutos e sementes (IWAZAKI, 2008, p.10).
A espécie Mimosa strobiliflora apresenta um tipo de sementes ortodoxa, com
tamanho de 3,11 mm de comprimento, 2,89 mm de largura e 1,42 mm de espessura.
Um quilo de sementes corresponde a 154.062 unidades, apresentando dormência
tegumentar, facilmente quebrada pela submersão em água por uma hora, com
temperatura inicial de 80 ºC. A plântula é epígea fanerocotiledonar. (BOLETIM
CHAUÁ, 2020, BIONDI; LEAL, 2008).

2.1.7 NODULAÇÃO DO GÊNERO MIMOSA

Segundo Carvalho & Carpanezzi (1982), a maioria das espécies da família das
Fabáceas, são suscetíveis à nodulação, e a nodulação é quase total em
Mimosoideae e Papilionoideae. A nodulação está sujeita a presença do agente
nodulador, em geral bactérias do gênero Rhizobium.
Espécies nodulíferas, apresentam a possibilidade de estarem noduladas na
natureza, para ocorrer uma nodulação a espécie vegetal tem de ser compatível a
espécies inoculantes de bactérias. A nodulação de Fabáceas pode ocorrer de forma
espontânea ou induzida, através do preparo das sementes com o inoculante. A forma
espontânea depende da ocorrência natural dos inoculantes no solo (PINHEIRO et al.
2023).
18

2.1.8 PROCESSO DE REPICAGEM

Para a produção de mudas existem duas formas de realizar a semeadura,


podendo utilizar a sementeira ou sacos plásticos, tubetes ou vasos, para o plantio das
mudas. A diferença entre essas duas formas é que a sementeira terá uma
concentração de plantas por área muito maior quando comparado com outros
métodos, sendo necessário o transplante da muda da sementeira, para outro
recipiente (STURION, 1981).
O processo de repicagem consiste na retirada da muda do substrato, tomando
cuidado para que na retirada evite a quebra da raiz, e realizando o plantio no
recipiente próprio para a muda (PEREIRA; PEREIRA, 1998). Carvalho (2007, 2014),
elabora que o tempo em que deve-se esperar para realizar a repicagem varia de
acordo com a espécie, sendo um dos fatores de importância o tamanho em que a
muda encontra-se na sementeira.Para Mimosa caesalpiniifolia, o tamanho ideal para
o procedimento varia de 3 a 5 cm, enquanto que para a Mimosa pilulifera a altura é de
no mínimo 14 cm de altura e de 6 cm de diâmetro.

2.2 METODOLOGIA

O experimento foi realizado na propriedade da Sociedade Chauá, Organização


Não Governamental (ONG), que atua na produção de mudas de espécies nativas,
inclusive ameaçadas, para enriquecimento de povoamentos florestais remanescentes
da Mata Atlântica.
A espécie escolhida para o processo de experimentação é a Mimosa
stobiliflora Burkart pela criticidade de sua presença em remanescentes florestais do
sul do Brasil e a parca informação sobre seu desenvolvimento em viveiros.
O experimento consiste na comparação dos efeitos de diferentes substratos e
suas misturas com enriquecedores, sobre os estágios iniciais da espécie, junto com a
comparação de um teste de repicagem em um dos tratamentos. O experimento foi
implementado num delineamento inteiramente casualizado (DIC), com esquema
fatorial 2x5, totalizando 16 tratamentos com quatro repetições cada, e 12 mudas por
unidade experimental.
19

Os tratamentos foram divididos da seguinte forma em dois substratos


®
comerciais da marca MecPlant , o Florestal-3 e o Mix-2O florestal-3 tem
composição de casca de pinus, vermiculita, NPK e superfosfato simples, enquanto o
Mix-2 é composto de casca de pinus com fibra de coco, vermiculita, calcário, NPK e
superfosfato simples. Cada um dos substratos foram enriquecidos em diferentes
combinações contendo:, os seguintes elementos: substrato, cama de frango
decomposta, fertilizante de liberação controlada (FLC) de marca Basacote® (16--08-
12), biochar e solo de um local de plantio de M. strobiliflora Burkart, conforme
demostrado na Tabela 1.

Tabela 1 - Representa os substratos e os seguintes tratamentos que receberam, junto


com o número de repetições e de plantas.

Substrato Tratamento Repetições Plantas


Florestal-3 Testemunha (T1) 4 12
Florestal-3 Substrato + 30% C.F. (T2) 4 12
Florestal-3 Substrato + FLC (T3) 4 12
Florestal-3 Substrato + FLC + 30% C.F. (T4) 4 12
Florestal-3 Substrato + 30% Biochar (T5) 4 12
Florestal-3 Substrato + 30% Biochar + 30% C.F. (T6) 4 12
Florestal-3 Substrato +10% de solo (T7) 4 12
Florestal-3 Substrato + FLC (Repicagem) (T8) 4 12
Mix 2 Testemunha (T1) 4 12
Mix 2 Substrato + 30% C.F. (T2) 4 12
Mix 2 Substrato + FLC (T3) 4 12
Mix 2 Substrato + FLC + 30% C.F. (T4) 4 12
Mix 2 Substrato + 30% Biochar (T5) 4 12
Mix 2 Substrato + 30% Biochar + 30% C.F. (T6) 4 12
Mix 2 Substrato +10% de solo (T7) 4 12
Mix 2 Substrato + FLC (Repicagem) (T8) 4 12

Produção do próprio autor.


20

No Bosque dos Filhos, situado no município de Campo Largo – PR.


encontra-se um projeto realizado pela a Sociedade Chauá de recuperação de
área degradada, nesta propriedade encontra-se matrizes de Mimosa strobiliflora.
Coletou-se o solo da propriedade do Bosque dos Filhos, em uma área de plantio de
M. strobiliflora, o tipo do solo é Argissolo. O solo foi coletado de 0 a 20 cm de
profundidade.
O processo para o beneficiamento dos frutos secos da Mimosa strobiliflora foi de
macerar com o intuito de remover as sementes das vagens. Para isso se colocou os
frutos secos dentro de um saco para realizar as macerações com o auxílio de um taco
para bater e quebrar as vagens.
Após a maceração realizou-se uma peneiração com a finalidade de separar as
sementes das cascas, e deixar o mínimo de resíduo junto às sementes. Após a
peneiração passou por uma separação com o auxílio de um ventilador para separar
as sementes do restante dos resíduos (APÊNDICE A).
Para a quebra da dormência da M. strobiliflora, o método escolhido foi o de manter
as sementes imersas em água aquecida a 80 ºC, e resfriando durante uma hora
(BIONDI; LEAL, 2008).
Seguiu-se as seguintes proporções 2:1 para os T2, T4, T5, T10, T12 e T13, a
maior parte sendo composta por substrato comercial. Para os T6 e T14 a proporção
foi de um terço para cada componente. Os substratos que apresentam adição de
FLC, utilizou-se 2,77 g/L do adubo químico. Para os substratos T7 e T15, a proporção
utilizada é de 10:1, sendo a maior parte substrato comercial.
A preparação dos tubetes se deu com o auxílio de uma betoneira para a
mistura homogênea dos componentes, e o preparo dos tubetes foi logo em seguida.
Após o preparo realizou-se a semeadura com duas sementes por tubetes, realizou-se
também o plantio de seis mudas a mais por tratamento com finalidade de substituição
em caso de perdas.
Com as bandejas já prontas, foram mantidas em casa de vegetação com
sombrite 50%, e com irrigação diária, sendo realizada pelo menos uma vez ao dia. As
avaliações realizadas foram semanais, iniciando após a emergência das mudas, o
que se deu em uma semana de experimento (APÊNDICE B).
Buscou-se durante a avaliação mensurar o número de folhas, iniciado no dia
10 de out. de 2023. Uma semana (17 out.) após, iniciou-se medição de altura
semanalmente, as avaliações seguiram até o dia 14 de nov. de 2023, quando fizemos
a única medição de diâmetro de colo. Os dados da última avaliação foram utilizados
21

para a análise estatística. As avaliações de altura e diâmetro foram realizadas com


auxílio de um paquímetro digital de precisão.
A análise estatística foi realizada no software Assistat versão 7.7 beta. As
variâncias dos tratamentos foram testadas quanto à homogeneidade pelo teste de
Bartlett (p < 0,05) sendo, posteriormente, submetidas à análise de variância (p < 0,01
e p < 0,05) e suas médias comparadas pelo teste de Tukey.

2.3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Os tratamentos que receberam a cama de frango (C.F.) a 30%(T2, T4, T6, T10,
T12, T14), apresentaram uma baixa emergência e após cerca de um mês todas
morreram, por esse motivo, esses tratamentos foam excluídos da análise estatísticas
(APÊNDICE C) . Esse processo que observou nesses tratamentos com a cama de
frango, são similares a resultados obtidos por Torres et al. (2011), onde utilizou
diferentes doses de cama de frango não decomposta, e valores acima de 10%,
resultou em uma regressão quadrática decrescente, diminuindo as variáveis
analisadas conforme o aumento da dosagem do adubo.
De acordo com Torres et al. (2011), fatores que podem influenciar uma baixa
emergência é que na medida em que se aumenta a quantidade de cama de frango,
proporciona dentro do substrato condições ideais para a decomposição dessa
matéria orgânica por bactérias, que resultam na diminuição de oxigênio, elemento
essencial para uma boa germinação.
Lucena et al. (2006), observaram que aplicações de 30% e 50% de proporção
de cama de frango não decomposta, inferiram em baixos índices de germinação da
espécie Mimosa caesalpiniafolia. E ressaltam que uma proporção mais adequada
seria de 10%.
Vieira & Weber (2015) observaram para a produção de Jatobá (Hymenaea
courbaril L.) que o tratamento que possuía composição de 50% substrato comercial,
Plantmax , e 50% cama de frango decomposta, mostrou ser o mais viável para a
produção. Resultados parecidos foram encontrados por Faria et al. (2016), onde na
busca por substratos alternativos para a produção de Mimosa setosa Benth,
concluíram que a utilização de 25% de substrato comercial + 35% de cama de frango
+ 40% de terra de subsolo, proporcionou os melhores resultados na produção de
22

mudas.
O que difere os resultados de Torres et al. (2011) dos realizados por Vieira &
Weber (2015) e Faria et al. (2016), está no tratamento de normalização ou
estabilização desse composto orgânico. Esse processo é uma forma de acelerar a
decomposição da matéria orgânica através da atividade dos microrganismos
(bactérias e fungos). Ocorre a proliferação desses microrganismos, provocando o
aumento da temperatura (fase termofílica), que possui alto poder de destruir
patógenos e sementes de plantas daninhas (JÚNIOR; ORRICO; JÚNIOR, 2010).
No presente trabalho os tratamentos com a utilização da cama de frango
decomposta a 30% apresentou resultados similares a tratamentos com cama de
frango não decomposta em concentração superior a 10%. O que levanta suspeitas de
que o produto utilizado não estava estabilizado corretamente. Um produto não
estabilizado corretamente pode causar toxicidade nas plantas, pelo excesso de
amônia na forma de gás, principalmente quando a semeadura ocorre em seguida do
preparo do substrato (GUIMARÃES et al. 2016).
Quanto aos demais tratamentos, houve interação dos substratos e diferentes
tratamentos com enriquecedores para todas as variáveis analizadas (Tabela 2).
O substrato comercial Florestal -3 apresentou melhor desempenho
comparado com o Mix -2, para todas as variáveis analisadas. Destacando os
tratamentos com uso de FLC (T3) e 10% Solo (T7) que obtiveram melhores resultado.
No quesito altura (H) obrserva-se na Tabela 3 que os tratamentos T3 e T7
obtiveram os melhores resultados, e os tratamentos Mix 2 com Biochar (T13) e o
Florestal-3 testemunha (T1) obtiveram bons resultados mas não superiores e iguais aos
já citados. Os tratamentos Florestal-3 FLC repicagem (T8) e Mix 2 FLC repicagem
(T16), apresentaram um desempenho mediano quando comparado aos demais.
Enquanto o tratamento Florestal-3 e biochar (T5)e os Mix 2 testemunha (T9), FLC (T11)
e 10% Solo (T15) apresentaram os resultados mais baixos para essa variável.
Quanto a variável número de folhas encontra-se como melhores tratamentos
os T3, T7 e T13, os três não diferindo signitificamente entre eles. Para valores
medianos os T1, T8 e T16 encaixam-se sendo superiores aos T5, T9, T11 e T15 que
apresentaram os piores desempenho.
Para o diâmetro (D) os melhores resultados são expressos por T3 e T13 onde
não há diferença significativa, e apresentando valores medianos os T1, T5, T7 e T8,
enquanto os piores resultados expressos por T9, T11, T15 e T16.
23

Tabela 2 - ANÁLISE DE VARIÂNCIA PARA ALTURA (H), NÚMERO DE FOLHAS E


DIÂMETRO DE PLÂNTULA DE Mimosa strobiliflora EM DIFERENTES SUBSTRATOS.
Quadrado Médio
Fator de Variação GL H (cm) Nº Folhas D (cm)
Substratos (S) 1 27,23** 135,05** 0,00551**
Tratamentos (T) 4 48,52** 200,08* 0,00637**
Interação S x T 4 43,92** 223,91** 0,00291**
Tratamentos 9 119,67** 558,80** 0,01479**
Resíduos 30 6,27 23,93 0,00051
Total 39 125,94 582,74 0,0153
CV (%) 9,11 7,08 5,9
Teste de Bartlett (X²) 13,4 - 14,79
** significativo a 1%. Grau de liberdade (GL).

Tabela 3 – TABELA DE RESULTADOS DA INFLUÊNCIA DE DIFERENTES


SUBSTRATOS EM PLÂNTULA DE Mimosa strobiliflora.

TRATAMENTOS
H (cm)
SUBSTRATOS Testemunha FLC Biochar 10% Solo FLC repicagem
Florestal-3 5,9986 aB 7,5474 aA 4,2881 bC 7,6363 aA 3,7456 aC
Mix 2 2,4391 bD 6,4125 bA 5,0936 aB 3,0619 bCD 3,9576 aC
Nº FOLHAS
SUBSTRATOS Testemunha FLC Biochar 10% Solo FLC repicagem
Florestal-3 15,375 aAB 17,125 aA 13,75 bB 16,625 aA 9,375 aC
Mix 2 5 bC 14 bA 15,25 aA 9 bB 10,625 aB
D (cm)
SUBSTRATOS Testemunha FLC Biochar 10% Solo FLC repicagem
Florestal-3 0,0934 aAB 0,1015 aA 0,0718 aC 0,0874 aB 0,055 aD
Mix 2 0,0483 bBC 0,0749 bA 0,0748 aA 0,0514 bB 0,0424 bC

Valores seguidos da mesma letra não diferem entre si, a nível de 5% de significância
pelo teste de Tukey. Letras minúsculas representam o eixo vertical e letras
maiúsculas representa o eixo horizontal.
24

Stüpp et al. (2015) obtiveram resultados do desenvolvimento inicial de Mimosa


scabrella Benth, com a adubação de FLC (16 -06 -10), apresentando que aplicação
de 6g por L de substrato apresentou melhor desempenho comparado a outras doses.
Desempenho semelhante ao Florestal -3 com tratamento FLC (16-08 -12), no
entanto com uma dose menor, 2,77 g por L, uma vez que esse tipo de tratamento
disponibiliza nutrientes de forma contínua de acordo com desenvolvimento da muda
(BRONDANI et al. 2008; APÊNDICE D).
O tratamento T7, composto por 90% substrato Florestal -3 e 10% solo, indica
desempenho superior no quesito H, em relação ao testemunha, e valores similares
ao T3, o que difere o T7 dos demais é a possibilidade nodulação espontânea das
raízes, por fixadores biológicos de nitrogênio. O fator que levanta essa possibilidade é
a presença de 10% de solo de mata na presença da espécie. Como realizado por
Neto (2016, p. 39), que coletou espécies de Mimosa com finalidade de identificar a
ocorrência natural de nódulos de bactérias fixadoras de nitrogênio. Com as
avaliações realizadas no presente trabalho não é possível afirmar que houve
nodulação espontânea nas raízes de Mimosa strobiliflora, mas essa suposição é algo
que justifica o desempenho que o T7 obteve em relação aos demais tratamentos
(APÊNDICE E).
A relação entre os substratos, Florestal -3 e Mix 2, levanta questionamentos a
respeito sobre qual dos elementos presente nos substratos resultou na diferença
observada entre eles. A composição do Mix 2 compreende dois elementos que o
Florestal -3 não possui, sendo ele a fibra de coco e o calcário. Júnior, Carmello e
Faria (2008), observaram que na fase de enraizamento de mudas de Cacau, que
quanto maior a presença de fibra de coco no substrato, menor é o CTC, em
comparação ao substrato comercial Plantmax. Apresentando que substratos que
possuem em sua composição de fibra de coco, tendem a maior lixiviação dos
nutrientes. Braga et al. (2007), ao compararem a utilização de fibra de coco para
produção de substratos, recomendou agregar compostos com maiores níveis de
CTC.
O T13, dentre os tratamentos com o substrato Mix 2, apresentou o melhor
desempenho, equiparando-se ao T3 e T7 em alguns quesitos. Um fator que explicaria
esse desempenho é o alto CTC, e a agregação por matéria orgânica, condições pela
presença do Biochar. Conforme Fogaça (2023, p. 56) o Biochar B300 apresenta uma
-1
CTC de 39,82 cmolc kg , e a incorporação de formas de matéria orgânica pode
melhorar as qualidades físico-químicas do solo, aumentando a comunidade
25

microbiana (GHINI; SCHOENMAKER; BERTTIOL, 2002; APÊNDICE F).


Os tratamentos T5, T11 e T15 não superaram e nem se comparam com seus
tratamentos homólogos (T13, T3 e T7, respectivamente). Considerando que o T5 é o
único do substrato Florestal -3, evidencia que em geral os tratamentos de substrato
Mix 2 tendem a ter menor desempenho. Quando utilizado esse substrato (Mix 2) com
incorporação de matéria orgânica (Biochar), tende a melhores resultados.
26

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A diferença dos substratos com os diferentes tratamentos enriquecedores,


influenciou no desempenho e viabilidade das mudas. A cama de frango em
concentração de 30%, não é viável para produção de mudas da espécie. Tratamentos
com a utilização do substrato Florestal -3 desempenhou rendimento superior aos de
substrato Mix 2.
Recomenda-se para a produção de Mimosa strobiliflora o substrato comercial
Florestal -3 com adição de FLC, Basacote (16 -08 -12), e ou o uso do mesmo
substrato com 10% solo de local de reflorestamento de Mimosa strobiliflora.
Os tratamentos de repicagem, apesar de não compararem-se com os
tratamentos sem repicagem, apresentaram valores que podem ser replicados em
viveiros de pequeno porte, por ser um método mais econômico que possibilita uma
produção mais intensiva em menor espaço.
Sugere-se que mais estudos sejam realizados acerca da espécie, uma vez que
comparação de diferentes substratos com diferentes enriquecedores, é importante
para o desenvolvimento inicial da espécie.
27

4 REFERÊNCIAS

ASSISTAT. Versão 7.7 beta (2014) - Homepage http://www.assistat.com. Por Francisco


de A. S. e Silva DEAG-CTRN-UFCG – Atualizado em 01/01/2014.

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formação de viveiro de seringueira por semeadura direta no campo, sem sementeira e
repicagem. Pesquisa Agropecuaria brasileira, Brasília, v.33, n.7, p. 1061 -1065, jul.
1998

ANTÔNIO CARLOS GOMES BELCHIOR FONTENELLE FERNANDES. Conheço


meu lugar. Cidade: Rio de Janeiro. Gravadora: Warner Music Brasil. 1979. Suporte
(3:03 min).

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33

APÊNDICES

APÊNDICE A – Sementes de Mimosa strobiliflora BURKART.

APÊNDICE B – Quebra de dormência tegumentar das sementes de Mimosa


strobiliflora BURKART.
34

APÊNDICE C – Tratamento substrato Florestal-3 + 30% cama de frango, primeira


semana de avaliação.

APÊNDICE D – Tratamento substrato Florestal-3 + FLC, avaliação dia 14 de nov.


2023.
35

APÊNDICE E – Tratamento substrato Florestal-3 + 10% solo de reflorestamento de


Mimosa strobiliflora, avaliação dia 14 de nov. 2023.

APÊNDICE F – Substrato Mix 2 + 30% Biochar, avaliação dia 14 de nov. 2023.

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