CASO 7 - Recurso Ordinário - Morada Eterna LTDA
CASO 7 - Recurso Ordinário - Morada Eterna LTDA
CASO 7 - Recurso Ordinário - Morada Eterna LTDA
Processo nº 0050000-80.2019.5.22.0090
RECURSO ORDINÁRIO
Termos em que,
Pede deferimento.
Local, data.
Advogado OAB.
AO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO
Processo nº 0050000-80.2019.5.22.0090
Recorrente: MORADA ETERNA LTDA.
Recorrido(a): DÉBORA PIMENTA
Todavia, o Juízo de 1º Grau não apenas indeferiu a produção dessa prova, como também
condenou a recorrente ao pagamento do valor requerido. A recorrente não teve a oportunidade de
demonstrar suas alegações, configurando uma violação ao princípio da ampla defesa, conforme
previsto no artigo 5º, inciso LV, da CRFB/88.
Diante disso, requer a nulidade por cerceamento de defesa pelo indeferimento da oitiva
das testemunhas da empresa, com a consequente anulação do processo e retorno à Vara de origem
para oitiva delas e prolação de nova sentença, conforme o art. 5º, inciso LV, da CRFB/88 e art. 369
do CPC.
Por fim, pugna pela inépcia em relação aos feriados, porque indicados de forma
genérica, eis que “todo e qualquer feriado” brasileiro abrange inclusive os feriados locais e
regionais do país inteiro, aplicando-se o art. 330, inciso I, art. 330, § 1º, inciso II, do CPC e art. 840,
§ 1º, da CLT.
Ora, a alegação de uma causa de pedir genérica, sem elementos que impedem o
exercício de defesa, configura a inépcia da petição inicial, em relação ao referido pedido, nos
termos do artigo 330, §1º, I, do CPC.
Assim, pugna pela inépcia em relação aos feriados, porque indicados de forma genérica,
eis que “todo e qualquer feriado” brasileiro abrange inclusive os feriados locais e regionais do país
inteiro, aplicando-se o art. 330, inciso I, art. 330, § 1º, inciso II, do CPC e art. 840, § 1º, da CLT.
2. MÉRITO
A sentença que deferiu 15 (quinze) minutos como extras, relativos aos intervalos para
refeição usufruídos parcialmente. Apesar da confissão real acerca do usufruto de 10 (dez) minutos
de intervalo, conforme o §4º do artigo 71 da CLT, a recorrida tem direito apenas ao período faltante
para completar o intervalo integral, ou seja, apenas 05 (cinco) minutos.
Ademais, não há que se falar em reflexos, pois tal pagamento possui caráter
indenizatório, conforme previsto no dispositivo legal mencionado. Dessa forma, a sentença deve ser
reformada para que a condenação seja limitada a 05 (cinco) minutos extras e, igualmente, para que
seja afastada a condenação quanto aos reflexos indevidamente aplicados.
Assim, requer o pagamento integral do intervalo, por tempo suprimido, e, ainda assim,
com caráter indenizatório, sem repercussão em outras parcelas, na forma do art. 71, § 4º, da CLT.
Ora, em se tratando de doença degenerativa, não há o que se falar em nexo causal entre
o trabalho desenvolvido e a moléstia em questão, tendo em vista o que prevê o artigo 20, parágrafo
primeiro, letra a, da Lei nº 8.213/1991. Com efeito, em se tratando de doença degenerativa, não há o
que se falar em responsabilidade civil da recorrente, nos termos dos artigos 186 e 927 do Código
Civil.
Contudo, não poder mantida a condenação, uma vez que, nos termos do § 3º, do artigo
614 da CLT, resta vedada a ultratividade das normas coletivas, razão pela qual, em não havendo
nova norma coletiva, não há o que se falar em direito adquirido da categoria.
Assim, a norma coletiva não tem ultratividade, na forma do art. 614, § 3º, da CLT, daí
indevida para a autora, pois ela foi admitida após o término da convenção coletiva anterior.
3. CONCLUSÃO
Termos em que,
Pede deferimento.
Local, data.
Advogado OAB.