2021 - Geomorfologia Fluvial
2021 - Geomorfologia Fluvial
2021 - Geomorfologia Fluvial
Introdução........................................................................................... 15
I.1 Processos endógenos e exógenos................................................................15
I.2 Geomorfologia histórica e funcional........................................................... 16
I.3 Sistema fluvial................................................................................................ 17
I.4 Uniformitarismo e ergodicidade................................................................. 24
I.5 Tempo de reação, relaxação
e recuperação (sensibilidade)....................................................................... 26
I.6 Frequência e magnitude...............................................................................27
1.1 Histórico e evolução da Hidrologia..............................................................33
Glossário...................................................................................... 275
Referências bibliográficas................................................................
HIDROLOGIA DA BACIA DE
CAPTAÇÃO: PRECIPITAÇÃO
1
E ESCOAMENTO DE VERTENTE
curta duração. Por outro lado, a bacia do rio Amazonas evoluiu ao longo de muitos
milhões de anos. Sua configuração atual começou a ser definida há ~6,5 milhões
de anos, durante o final do Mioceno (Latrubesse et al., 2010).
A B 70º 50º
0º 0º
0 400 800 km
Fig. 2.3 Escala espacial da bacia de drenagem: (A) sulco sobre solo de terra roxa gerado em um único
evento de chuva intenso; (B) dimensão continental da bacia do rio Amazonas
Durante seu trajeto na rede de drenagem, uma partícula pode ser sedimentada
e removida várias vezes. A transferência das partículas sedimentares desde
os pontos mais altos da bacia até sua deposição final, geralmente num lago ou
oceano, dá-se por uma alternância contínua de processos de erosão, transporte e
sedimentação. Trata-se, portanto, de processos coexistentes, e a predominância
de um deles, juntamente com a natureza e a quantidade do material transporta-
do, definirá não apenas a eficácia do rio na transferência de sedimento (ou íons
em solução) do continente para o oceano, mas o tipo, o tamanho e a forma dos
canais e da planície aluvial, bem como terá participação fundamental nas carac-
terísticas ecológicas desse sistema. Neste capítulo serão abordados os processos
de transporte do material em solução ou particulado pelo canal, bem como a
morfologia e a composição dos depósitos associados.
A Planície de
inundação
w
Frente erosiva
Acréscimo lateral
B Regiões do canal C
D
1 2 3 Poço 4
E D
E D E D D
D E
Barra E Erosão
D E D E E
D lateral D D Deposição
E Barra E E
de pontal
E
Fig. 6.7 (A) Afloramento de uma barra de pontal com estratificação heterolítica gerada por acreção lateral (foto
de F. C. Meira) e seu hipotético canal (esquema); (B) estruturação do fluxo numa curva de meandro;
(C) fluxo helicoidal através de uma curva, com a formação de leito em banco (pool and riffle); (D) está-
gios evolutivos a partir de um canal retilíneo: formação de barras laterais alternadas por ação de fluxo
helicoidal (1) (ver Fig. 5.16), aumento de sinuosidade por incremento no fluxo helicoidal (2 e 3) e canal
meandrante instalado (4)
Fonte: modificado de (B) Markham e Thorne (1992) e Gorycki (1973), (C) Thompson (1986) e (D) Keller (1972).
Fig. 7.11 (A) Barranco no rio Madeira, com tronco em posição de vida (2) coberto por sedimentos
finos de inundação finos e maciços (1). Troncos como esse podem ser relativamente recen-
tes ou ter vários milhares de anos. Essa sequência foi exposta por erosão lateral do canal.
(B) Barranco de 12 m de altura expondo sedimentos da planície de inundação do rio Ama-
zonas próximo a Iquitos, no Peru, com argila maciça cinza-esverdeado de origem palustre
(1-2), camadas ricas em restos vegetais e matéria orgânica em geral (folhas e pequenos
galhos) (3), camada maciça de sedimento siltoargiloso, bioturbado, que soterrou o ambiente
pantanoso anterior (4), e camada de areia muito fina sobrepondo-se a um nível de pedogê-
nese correspondente aos depósitos do dique marginal atual do rio (5)