Tema 3 - Lógica Digital
Tema 3 - Lógica Digital
Tema 3 - Lógica Digital
Porta (gate) : É um elemento de hardware, mais precisamente um circuito electrónico, que recebe
um ou mais sinais de entrada e produz um sinal de saída, cujo valor depende do tipo de regra lógica
existente no elemento.
Porta lógica: Em qualquer sistema digital, a unidade básica construtiva é o elemento denominado
“Porta lógica”.
Associando os conceitos, pode-se afirmar que um computador é formado por milhões de Portas
Lógicas (circuitos eletrônicos) distribuídos convenientemente e organizados, a fim de permitir o
funcionamento dos diversos componentes do equipamento tais como processadores,
controladores, discos, cpu..etc. Passaremos a descrever, então, o conjunto básico de portas lógicas
utilizadas na Eletrônica Digital bem como a forma em que são comercialmente disponíveis.
Uma operação lógica qualquer (ex.: soma ou multiplicação de dígitos binários) sempre irá resultar
em dois valores possíveis: 0 (falso) ou 1 (verdadeiro). Assim, pode-se pre-defnir todos os possíveis
resultados de uma operação lógica, de acordo com os possíveis valores de entrada. Para representar
tais possibilidades, utiliza-se de uma forma de organizá-las chamada Tabela Verdade. Dessa
forma, cada operação lógica possui sua própria tabela verdade (MONTEIRO, 2007). A seguir será
apresentado o conjunto básico de portas lógicas e suas respectivas tabelas verdade.
Variáveis Lógicas
A álgebra boleana tem somente três operações básicas (operações lógicas): AND (E), OR (OU)
e NOT (NÃO).
Tabela verdade
1. Função E (AND)
Executa a multiplicação (conjunção) booleana de duas ou mais variáveis binárias para representar
a expressão S = A e B. Adota-se a representação S = A.B, onde se lê S = A e B.
S=A&B
S = A, B
S=A∧B
1.2.Porta AND
A porta E (AND) é um circuito que executa a função E (AND). A porta E executa a tabela verdade
da função E(AND). A operação lógica de uma porta AND se caracteriza pela saída em nível 1
somente quando todas as entradas estão no nível lógico 1. Em qualquer outro caso, a saída da porta
estará no nível lógico zero.
Trata-se de uma operação que aceita dois operandos ou duas entradas (A e B) e uma saída,
conforme mostra a figura abaixo. Os operandos são binários simples (0 e 1).
1.3.Circuito E (AND)
Obs: O sinal + não representa adição convencional, mas sim a operação OR.
S=A|B
S = A; B
S=A∨B
Trata-se de uma operação que aceita dois operandos ou duas entradas (A e B), conforme mostra a
figura abaixo. Os operandos são binários simples (0 e 1).
2.3.Circuito OU(OR)
Notações alternativas
S = A’
S=¬A
S=Ã
Pode-se dizer que a operação NOT realiza a inversão de um dígito binário, permitindo os possíveis
resultados conforme mostra a tabela verdade abaixo.
A porta NOT representa um inversor. Essa operação aceita apenas um operando ou uma entradas
(A), conforme mostra a figura abaixo. O operando pode ser um dígito binário (0 ou 1).
A porta lógica NÃO, ou inversor, é o circuito que executa a função NÃO, o inversor executa a
tabela verdade da função NÃO. Se a entrada for 0, a saída será 1; se a entrada for 1, a saída será 0.
Existem outras portas lógicas derivadas das portas lógicas apresentadas acima, tais como as portas
NAND (porta AND invertida), a porta NOR (porta OR invertida) e a porta XOR (porta
EXCLUSIVE OR). Ambas são apresentadas nas figuras abaixo, respectivamente.
Porta XOR
A denominação XOR é a abreviação do termo EXCLUSIVE OR. Trata-se de uma operação que
aceita dois operandos ou duas entradas (A e B), conforme mostra a figura abaixo. Os operandos
são binários simples (0 e 1).
Conforme é possível observar, a regra é: “se o primeiro operando ou o segundo operando for igual
a 1, o resultado é 1; senão, o resultado é 0”. Ou seja, para entradas iguais a saída será 0 e para
entradas diferentes a saída será 1. A porta XOR possui inúmeras aplicações, sendo um elemento
lógico bastante versátil, permitindo, por exemplo, a fabricação de um testador de igualdade entre
valores, para testar, de modo rápido, se duas palavras de dados são iguais (MONTEIRO, 2007).
Não esqueça de que um circuito lógico pode possuir diversas portas lógicas e, portanto, suas
tabelas verdade poderão ter inúmeras entradas e inúmeras saídas (as quais poderão ser
representadas por suas respectivas equações booleanas). A figura abaixo mostra o resumo dos
símbolos gráfcos e matemáticos (equação booleana) de portas lógicas.
A partir das portas lógicas básicas, é possível interligar diversas de suas unidades, de modo a
construir redes lógicas, também chamadas de circuitos combinatórios. Monteiro (2007) explica
que um circuito combinatório é defnido como um conjunto de portas lógicas cuja saída em
qualquer instante de tempo é função somente das entradas. O autor afrma ainda que existe outra
categoria de circuitos que combina portas lógicas, denominada circuitos sequenciais, os quais,
além de possuir portas, contêm elementos de armazenamento (uma espécie de memória). A figura
abaixo exemplifca um circuito combinatório implementado para uma determinada função.
Avaliando a saída dos circuitos lógicos: pode-se substituir as variáveis pelos valores desejados
e obter o resultado da expressão.
Determinando o nível lógico na saída dos diagramas: Analisa-se a saída de cada porta
separadamente.
FÁVERO, Eliane Maria de Bortoli. (2011). Organização e Arquitetura. Brasil: Pato Branco-PR.