Fundamentação em Direitos Humanos

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Fundamentação em Direitos Humanos

Unidade 1 Direitos humanos e dignidade da pessoa humana

1.1 A construção da ideia de dignidade da pessoa humana na passagem da idade


média à modernidade

 A ideia de igualdade é recente na humanidade, época moderna


 Estratificação social antes da modernidade, determinismo
 Pessoas concebidas como naturalmente desiguais pelo nascimento
 Modernidade trás o ideal de que todos nascem iguais, a vida social que gera
a desigualdade
 Todo indivíduo possui um valor universal simplesmente por ser humano,
logo todos possuem a dignidade da pessoa humana

1.2 A crítica à narrativa ocidentalista da dignidade da pessoa humana e de sua


relação com os direitos humanos

 Crítica pela visão ocidentalista e etnocêntrica de direitos humanos, baseada


nos acontecimentos europeus e dos Estados Unidos

1.3 A dignidade da pessoa humana como fundamento dos direitos humanos

 A dignidade da pessoa humana é a justificativa última dos direitos humanos


Presente na constituição federal de 1988, artigo 1, inciso III
 Principais tratados internacionais: Declaração Universal dos Direitos
Humanos e Pacto de San José da Costa Rica

1.4 A crítica à ideia de dignidade da pessoa humana e o debate entre universalismo


e relativismo

 O conceito de direitos humanos seria ocidental e tentar leva-lo para o cenário


oriental seria uma colonização de ideais
 Controvérsia entre relativismo (conceções de mundo, sociedade, ser
humano e direitos diferentes entre ocidente e oriente, logo é opressivo impor
a outro povo) e universalismo (direitos humanos abrange todo e qualquer
indivíduo)
Universalistas: Habermas
Relativistas: Costa Douzinas
 Posição intermediária: Boaventura Santos

“Para que os direitos humanos possam ser expressão de uma “globalização contra-
hegemônica” – ou seja, de um processo em que os grupos dominados do mundo
como um todo possam fazer frente e resistir aos grupos dominantes ocidentais –,
eles precisam ser concebidos em termos multiculturais.” p. (22)

1.5 Direitos humanos e direitos fundamentais

 Direitos humanos: retratam a ordem internacional e reivindicam eles ao


Estado
 Direitos fundamentais: reconhecidos pelo Estado

1.6 Definição conceitual dos direitos humanos

 Abordagem, geralmente, legalista, preocupados com a efetivação:

“Direitos humanos podem ser definidos como um conjunto de direitos que estão
inscritos em normas jurídicas, geralmente tratados e acordos de natureza
internacional, cujo conteúdo refere-se a aspectos fundamentais da dignidade
universal do ser humano.” p. (23)

 Características dos direitos humanos: historicidade, inexauribilidade,


universalidade, imprescritibilidade, inalienabilidade, irrenunciabilidade,
inviolabilidade, inter-relacionaridade, efetividade, indivisibilidade,
interdepêndencia, concorrenciabilidade, vedação de retrocesso.

Unidade 2 Classificações dos direitos humanos

2.1 A primeira geração de direitos humanos: direitos individuais ou civis e direitos


políticos

 Alguns direitos, como o da saúde, não eram reconhecidos como tal, sendo
considerados caridade p. (25)
 Marco inicial das gerações de direitos: Revolução liberal
 Direitos individuais ou civis: são aqueles que visam proteger o indivíduo
poder do Estado p. (26)
 Direitos políticos: aqueles que asseguram a participação do indivíduo na
formulação das leis, além do direito de votar e ser votado

2.2 A segunda geração de direitos humanos: direitos sociais, econômicos e


trabalhistas

 Lutas em prol da efetivação e universalização dos direitos da primeira


geração, não acessível para as minorias contemporâneas p. (27)
 Vitória da burguesia proporcionou a ascensão do modelo econômico liberal
 Modelo econômico eleva a desigualdade e a pobreza p. (28)
 Criação do estado de bem estar social, para tentar modificar a situação, por
meio de novos direitos humanos, como os direitos sociais, direitos
econômicos e direitos trabalhistas p. (29)
 Como também, da efetivação dos direitos civis e políticos, garantindo que
mais cidadãos tenham acesso a estes

2.3 A terceira geração de direitos humanos: direitos coletivos, difusos e individuais


homogêneos

 O desejo de igualdade sufocou a diferença e as medidas não eram corretas


para todos os grupos sociais p. (30)
 Direitos coletivos: direitos que pertencem a determinado grupo social que
necessita de proteção, atendendo as suas especificidades
 Direitos difusos: aqueles que pertencem a toda a humanidade, que visa
garantir a proteção da existência material, geralmente. Ex: direito ambiental
 Direitos individuais homogêneos: visão proteger os indivíduos contra as
empresas. Ex: direito do consumidor p. (31)

2.4 Outras gerações de direitos humanos

 Com o desenvolvimento da humanidade, novos direitos vão surgindo, como o


da bioética p. (33)

2.5 Os equívocos do uso da noção de gerações de direitos humanos

 Os direitos são conservados e podendo se modificar entre as gerações, mas


nunca desaparecer
 Não se deve fragmentar esses direitos, devem ser abordados sempre em
unidade p. (34)
 Visão europeia dos direitos humanos, no máximo se estendendo aos Estados
Unidos
 Substituição de gerações por “dimensões” ou “paradigmas”
 Programa Bolsa Família é exemplar, ao abordar problemas para além da
fome e desigualdade, resolvendo a raiz desses problemas, nas especificidaes
do Brasil p. (35)

Unidade 3 Direitos humanos e cidadania

3.1 Cidadania, surgimento e efetivação de direitos humanos

“Cidadania diz respeito ao conjunto de modos de agir que ligam os indivíduos e os


grupos sociais, as cidadãs e os cidadãos como um todo, ao sentido geral de sua
vida em sociedade.” p. (37)

 Direitos humanos reconhecidos e proclamados por lei demoram a ser


efetivados, principalmente em paises muito desiguais p. (38)

3.2 Cidadania e intersubjetividade

 O indivíduo não existe fora da sociedade, ele foi desenvolvido no interior


dessas relações p. (38)
 De acordo com Axel Honneth, todas as lutas sociais são fundadas em uma
luta pelo por reconhecimento p. (39)
 Usa-se o termo intersubjetividade pois os seres humanos sempre formam uns
aos outros

3.3 Cidadania, participação e controle social

 Três modelos de administração pública: p. (39)


Modelo burocrático: fechado e si, nem privado nem pessoas
Modelo gerencial: participação de empresas privadas, não aberto a
participação popular
Modelo participativo: aberto a participação popular e de empresas, porém o
interesse público se sobrepõe ao privado
 Arrigo 14 da constituição de 1988 prevê o plebiscito (consulta à população
antes de elaborar a lei), o referendo (consulta à população após elaborar a
lei) e a iniciativa popular (população cria um projeto de lei para ser votado)
p. (40)
 Ação popular: ação judicial para anular atos prejudiciais ao patrimônio
público e entidades estatais p. (41)
 Lei de acesso à informação p. (42)

Unidade 4 Breve explanação sobre a educação em direitos humanos

4.1 Por que educação em direitos humanos?

 Estratégia eficaz para a promoção da cultura em direitos humanos p. (45)


 É necessário transformar que a educação seja formativa e não de
treinamento
 O ensino apolítico é perigoso, ao não contribuir para a análise social

“A consciência histórica é aquela que aponta que o passado retorna, e que, sem
consciência do passado, se torna impossível agir no presente com vistas à mudança
no futuro (BITTAR, 2007, p. 321)” p. (46)

 A noção do contexto social que se está inserido é importante, ao fornecer


uma visão ampla da sociedade, para que comportamentos indesejados não
sejam perpetuados

4.2 O que é educação em direitos humanos?

 Para Benevides, “a educação em direitos humanos é essencialmente a


formação de uma cultura de respeito à dignidade humana através da
promoção e da vivência dos valores da liberdade, da justiça, da igualdade, da
solidariedade, da cooperação, da tolerância e da paz” p. (47)
 A educação formal ainda é tímida na inclusão dos direitos humanos
 A educação em direitos humanos deve ser humanizadora e libertadora, para
isso, deve-se apoiar em aspectos da realidade cotidiana e utilizar outros
meios para se propagar, como a música, dança, filmes, etc. Além de tornar os
alunos protagonistas da situação, de forma ativa
4.3 Previsão internacional e nacional da educação em direitos humanos

 Agenda mundial para a educação em direitos humanos surge em 2005 p. (50)


 O processo de aprendizado deve ser modificado, para ser tratado de forma
holística, de modo global, para o melhor entendimento
 Plano Nacional de Educação, PNE: determina as diretrizes, metas e
estratégia da política educacional pelos próximos 10 anos p. (51)
 Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, PNEDH: compromisso do
Estado com a concretização dos direitos humanos e de uma construção
histórica da sociedade civil organizada
 A inclusão dos direitos humanos viabiliza a difusão do saber, como também o
pensamento crítico e empoderamento do aluno p. (53)

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