Baixe no formato PDF, TXT ou leia online no Scribd
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 6
OAB/MG 205.
095 ADVOCACIA E CONSULTORIA JURÍDICA
AO DOUTO JUÍZO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE LAJINHA/MG
STHEFANY CARLA XAVIER ALVES, brasileira, menor, inscrita no CPF sob o nº
150.262.926-74, e RG nº MG-24.741.935, PCMG, nascida em 29/05/2010, filha de Jaisa Xavier Gonçalves e José Carlos Alves dos Santos e ISAAC XAVIER ALVES, brasileiro, menor, inscrito no CPF sob o nº 184.655.156-03, não possui RG, nascido em 11/06/2020, filho de Jaisa Xavier Gonçalves e José Carlos Alves dos Santos, neste ato representados por sua genitora JAISA XAVIER GONÇALVES, brasileira, divorciada, Agente Comunitária de Saúde, inscrita no CPF sob o nº 070.096.616-18 e RG nº MG-14.300.784, SSP/MG, residentes e domiciliados na Rua Geraldo Bretas, nº 372, Bairro Areião, Chalé/MG, CEP 36.985-000, vem com fulcro na Lei 5.478, de 25 de julho de 1968 e art. 1.703 do CC, propor a presente
AÇÃO DE ALIMENTOS C/C TUTELA DE URGÊNCIA DE ARBITRAMENTO DE
ALIMENTOS PROVISÓRIOS
Em face de JOSÉ CARLOS ALVES DOS SANTOS, brasileiro, casado, motorista de
ambulância municipal, inscrito no CPF/MF sob o nº 803.502.166-49, residente e domiciliado na Rua Teonilo Alves de Azevedo, nº 500, Bairro Floresta, Chalé/MG, CEP 36.985-000, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos
(33) 9 9975-3638 sabrinabribeiro.adv@gmail.com OAB/MG 205.095 ADVOCACIA E CONSULTORIA JURÍDICA PRELIMINARMENTE – DA JUSTIÇA GRATUITA
Requer os Autores, a concessão dos benefícios da justiça
gratuita, com fulcro no disposto do artigo 98 e seguintes do Código de Processo Civil, tendo em vista que sua genitora, quem provém o seu sustento, não dispõe de rendimentos para arcar com os encargos decorrentes do processo, sem prejuízo de seu próprio sustento e de sua família, conforme declaração em anexa.
1. DA TUTELA DE URGÊNCIA – ALIMENTOS PROVISÓRIOS
A tutela de urgência, aos moldes do art. 300 do Código de
Processo Civil, é concedida quando houver evidenciada a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
No que tange a probabilidade do direito, não há razões
mais claras para se demostrar o quanto é devido a prestação de alimentos. O Réu é genitor dos menores, conforme certidões de nascimento acostadas, e a genitora por sua vez, não possui condições de prover sozinha o sustento das crianças, sendo imprescindível que desde já seja arbitrado os alimentos provisórios. Além disso, A lei especifica de número 5.478/68 e o Código Civil Brasileiro corroboram com tal possibilidade.
O perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo
reside no fato de que atualmente o Réu abandonou sua obrigação de pai, qual seja, prover os alimentos para os menores. Assim, o Réu não tem a mínima preocupação com a manutenção da vida das crianças, entregando valores ínfimos quando lhe convém, ensejando que a autora desde já, se resguarde na tutela jurisdicional para que tal direito seja imediatamente satisfeito.
POR ISSO, REQUER-SE DESDE JÁ O DEFERIMENTO
DA TUTELA DE URGÊNCIA PARA QUE SEJAM PAGOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS AO MENOR ATÉ A SENTENÇA DO PRESENTE FEITO, NO IMPORTE NÃO INFERIOR A 40% (QUARENTA POR CENTO) DOS
(33) 9 9975-3638 sabrinabribeiro.adv@gmail.com OAB/MG 205.095 ADVOCACIA E CONSULTORIA JURÍDICA VENCIMENTOS, A SEREM DESCONTADOS DIRETAMENTE NA FOLHA DE PAGAMENTO.
2. DOS FATOS
Os Autores são fruto da relação havida entre sua
representante Jaisa e o Réu, conforme Certidões de Nascimento dos menores, devidamente acostadas.
O Réu tem pouco convívio com os autores, suas visitas são
de curta duração e seu compromisso com a ajuda financeira para a manutenção das crianças não tem sido de forma contínua.
Os Autores estão hoje com 13 anos e 03 anos de idade e,
como toda criança, necessitam de inúmeros itens de cuidados essenciais como alimentação, higiene, medicamentos, materiais escolares e vestuário.
O Réu, encontra-se numa situação financeira confortável,
já que este é servidor público municipal efetivo, com ganho mensal fixo de R$ 2.563,65 e diárias que variam a cada mês, e não tem comprovado junto a genitora, nenhuma despesa que lhe escuse do pagamento de alimentos.
Portanto, REQUER SEJA ARBITRADO EM DEFINITIVO
AO FINAL DA PRESENTE DEMANDA, O PAGAMENTO DOS VALORES DOS ALIMENTOS EM 40% (QUARENTA POR CENTO) DOS VENCIMENTOS DESCONTADOS NA FOLHA DE PAGAMENTO E NOTAS DE EMPRENHO, DEPOSITADOS DIRETAMENTE NA CONTA DA GENITORA. para que possa arcar, em partes, com todas as onerosas despesas com a criação dos menores.
3. DO DIREITO
O genitor que mantém a guarda do filho, seja ele pai ou
mãe, tem o direito de requerer pensão para suprir as necessidades plenas da criança.
(33) 9 9975-3638 sabrinabribeiro.adv@gmail.com OAB/MG 205.095 ADVOCACIA E CONSULTORIA JURÍDICA Nessa perspectiva, o Réu, genitor da criança também deve empenhar-se na satisfação das suas necessidades, não podendo esquivar-se da contribuição alimentar ou atribuir com exclusividade a mãe à responsabilidade pelo custeio das despesas com o menor, com base no art. 1.703 do CC, pois inconteste que a obrigação de alimentos incumbe a ambos os pais.
Assim, a presente ação que obedece ao rito da Lei 5.478 e
tem como fundamento o disposto o disposto constitucional contido no art. 227, bem como o artigo 1.696 do diploma Civil diz que:
Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e
filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros.
Ademais, os requerentes estão amparadoa pelo artigo
1.695 do Código Civil que assim dispõe:
Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não
tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque no necessário ao seu sustento.
A doutrina ensina que todo indivíduo tem direito à
subsistência. (...) Quem não pode prover a sua subsistência, nem por isso é deixado à própria sorte. A sociedade há de propiciar-lhe sobrevivência, através de meios ou órgãos estatais ou entidades particulares. (...) Mas o direito não descura o fato da vinculação da pessoa ao seu próprio organismo familiar. E impõe, então, aos parentes do necessitado, ou pessoa a ele ligado por um elo civil, o dever de proporcionar-lhe as condições mínimas de sobrevivência, não como favor ou generosidade, mas como obrigação judicialmente exigível.
Ademais, reforçando não só a obrigatoriedade da
prestação de alimentos, mas também sua possibilidade em regime provisional desde a devida citação do réu, segue jurisprudência do TJMG:
EMENTA: RECURSO DE APELAÇÃO - EXECUÇÃO DE ALIMENTOS
- PRETENSÃO DE PERCEBER OS ALIMENTOS PROVISÓRIOS ANTES DA CITAÇÃO DO RÉU NA AÇÃO PRINCIPAL - AUSÊNCIA DE OBRIGAÇÃO EXIGÍVEL - ART. 13, §2º DA LEI DE ALIMENTOS - EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO - SENTENÇA MANTIDA - RECURSO DESPROVIDO.
(33) 9 9975-3638 sabrinabribeiro.adv@gmail.com OAB/MG 205.095 ADVOCACIA E CONSULTORIA JURÍDICA - Conforme disposto no art. 13, §2º da Lei de Alimentos, os alimentos provisórios são devidos desde a citação do alimentante, e não desde a sua fixação. Assim, antes da citação do réu para responder a ação e ter ciência dos alimentos provisórios fixados, não há obrigação exequível.
Vanessa Verdolim Hudson Andrade , 1ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 06/10/2015, publicação da súmula em 16/10/2015)
4. DOS PEDIDOS DE MÉRITO
Em vista de todo o exposto requer pela PROCEDÊNCIA
dos seguintes pedidos:
1) Pelo deferimento em definitivo da tutela de urgência.
2) A condenação do Réu na prestação de alimentos definitivos
ao menor, na proporção de 40% (quarenta por cento) dos vencimentos, descontados na folha de pagamento e notas de emprenho, depositados na conta bancária da genitora.
3) A citação da Prefeitura Municipal de Chalé/MG, no endereço
Av. Cel. José Maria Gomes, nº 139, Bairro Centro, Chalé/MG, CEP 36.985-000, para que apresente os ContraCheques e Notas de empenho do réu dos últimos 12 meses para comprovação de seus vencimentos.
4) A condenação do Réu no pagamento das custas
processuais e honorários advocatícios.
5) A concessão dos benefícios da justiça gratuita em favor dos
Autores uma vez que é menor, e sua genitora não dispõe de condições econômicas de arcar com as despesas processuais sem prejuízo do seu próprio e do sustento de sua família.
Para tanto requer
A citação do Réu, para comparecer em audiência de
conciliação, bem como oferecer a resposta que entender cabível sob as penas da Lei.
(33) 9 9975-3638 sabrinabribeiro.adv@gmail.com OAB/MG 205.095 ADVOCACIA E CONSULTORIA JURÍDICA A devida intimação do representante do Ministério Público conforme determinação legal.
Pretende os Autores provarem o alegado por todos os
meios lícitos de prova, tais como documentos ora juntados, depoimento pessoal do requerido sob pena de confesso e oitiva de testemunhas a serem arroladas oportunamente.
Reitera-se o pedido de justiça gratuita nos termos
anteriormente requeridos.
Dá à causa o valor de R$ 12.302,40 (doze mil trezentos e dois reais e quarenta