Penal PR Apelação Porte de Arma Branca - 2
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Apelado: Ministrio Publico do Estado do Paran. Relatora: Juza Ana Paula Kaled Accioly
APELAO CRIMINAL. INFRAO NORMA PENAL PREVISTA NO ART. 19 DO DECRETO LEI 3.688/1941. PORTE DE ARMA BRANCA. AUTORIA E
MATERIALIDADE
COMPROVADAS.
DEPOIMENTO
DE TESTEMUNHAS QUE CORROBORADO COM A CONFISSO EMBASAR DO O RU SO SUFICIENTES PARA CONDENATRIO. SENTENA
DECRETO
PRECEDENTES
JURISPRUDENCIAIS.
MANTIDA POR SEUS PRPRIOS FUNDAMENTOS NOS TERMOS DO ARTIGO 82, 5 DA LEI 9.099/95. O elemento subjetivo do tipo traduz-se na vontade livre e consciente de portar arma, no havendo necessidade de existncia do dolo de ferir terceiros, uma vez que se trata de delito de perigo. A natureza infrao formal ou de mera conduta, onde o bem jurdico tutelado o interesse difuso na manuteno da ordem social. Pela anlise teleolgica do contedo da norma impositiva, impe-se pela tipicidade da conduta do agente. Assim, ao caso impe-se a preveno a fim de evitar um dano sobre um risco socialmente no permitido, por ser este o escopo da imputao objetiva impondo o contedo axiolgico na anlise do delito como dever ao aplicador do direito.
Documento assinado digitalmente, conforme MP n. 2.200-2/2001, Lei n. 11.419/2006 e Resoluo n. 09/2008, do TJPR/OE O documento pode ser acessado no endereo eletrnico http://www.tjpr.jus.br Pgina 1 de 3
Todo agente que traga consigo arma branca, com potencial lesivo, fora de casa ou suas adjacncias, sem licena da autoridade competente, pratica, em tese, a contraveno penal do artigo 19 do Decreto-lei 3.688/41, a qual no foi derrogada pelas leis 9.437/97 e 10.826/03. elementar do tipo sem licena da autoridade. Recurso conhecido e desprovido.
I Do relatrio.
Relatrio em sesso.
II - Do voto.
Satisfeitos apenas os pressupostos processuais objetivos e subjetivos viabilizadores da admissibilidade deste recurso, deve ser conhecido.
A sentena merece ser confirmada por seus prprios fundamentos, o que se faz na forma do disposto no art. 82, 5, da Lei n 9.099/95, segundo o qual se a sentena for confirmada pelos prprios fundamentos, a smula do julgamento servir de acrdo.
III - Do dispositivo.
Diante do exposto, decidem os Juzes integrantes desta 1 Turma Recursal dos Juizados Especiais do Estado do Paran, por unanimidade de votos, conhecer do recurso e, no mrito negar-lhe provimento, nos exatos termos do voto da Relatora.
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O julgamento foi presidido pela Senhora Juza Ana Paula Kaled Accioly (relatora), e dele participaram os Senhores Juzes Leo Henrique Furtado Arajo e Fernanda de Quadros Jorgensen Geronasso.
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