Penal PR Apelação Porte de Arma Branca - 2

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 3

Recurso de Apelao n 2012.0000700-3/0 oriundo do Juizado Especial Criminal da Comarca de Terra Rica. Apelante: Alex Sandro de Castro.

Apelado: Ministrio Publico do Estado do Paran. Relatora: Juza Ana Paula Kaled Accioly

APELAO CRIMINAL. INFRAO NORMA PENAL PREVISTA NO ART. 19 DO DECRETO LEI 3.688/1941. PORTE DE ARMA BRANCA. AUTORIA E

MATERIALIDADE

COMPROVADAS.

DEPOIMENTO

DE TESTEMUNHAS QUE CORROBORADO COM A CONFISSO EMBASAR DO O RU SO SUFICIENTES PARA CONDENATRIO. SENTENA

DECRETO

PRECEDENTES

JURISPRUDENCIAIS.

MANTIDA POR SEUS PRPRIOS FUNDAMENTOS NOS TERMOS DO ARTIGO 82, 5 DA LEI 9.099/95. O elemento subjetivo do tipo traduz-se na vontade livre e consciente de portar arma, no havendo necessidade de existncia do dolo de ferir terceiros, uma vez que se trata de delito de perigo. A natureza infrao formal ou de mera conduta, onde o bem jurdico tutelado o interesse difuso na manuteno da ordem social. Pela anlise teleolgica do contedo da norma impositiva, impe-se pela tipicidade da conduta do agente. Assim, ao caso impe-se a preveno a fim de evitar um dano sobre um risco socialmente no permitido, por ser este o escopo da imputao objetiva impondo o contedo axiolgico na anlise do delito como dever ao aplicador do direito.

Documento assinado digitalmente, conforme MP n. 2.200-2/2001, Lei n. 11.419/2006 e Resoluo n. 09/2008, do TJPR/OE O documento pode ser acessado no endereo eletrnico http://www.tjpr.jus.br Pgina 1 de 3

Todo agente que traga consigo arma branca, com potencial lesivo, fora de casa ou suas adjacncias, sem licena da autoridade competente, pratica, em tese, a contraveno penal do artigo 19 do Decreto-lei 3.688/41, a qual no foi derrogada pelas leis 9.437/97 e 10.826/03. elementar do tipo sem licena da autoridade. Recurso conhecido e desprovido.

I Do relatrio.

Relatrio em sesso.

II - Do voto.

Satisfeitos apenas os pressupostos processuais objetivos e subjetivos viabilizadores da admissibilidade deste recurso, deve ser conhecido.

A sentena merece ser confirmada por seus prprios fundamentos, o que se faz na forma do disposto no art. 82, 5, da Lei n 9.099/95, segundo o qual se a sentena for confirmada pelos prprios fundamentos, a smula do julgamento servir de acrdo.

III - Do dispositivo.

Diante do exposto, decidem os Juzes integrantes desta 1 Turma Recursal dos Juizados Especiais do Estado do Paran, por unanimidade de votos, conhecer do recurso e, no mrito negar-lhe provimento, nos exatos termos do voto da Relatora.

Documento assinado digitalmente, conforme MP n. 2.200-2/2001, Lei n. 11.419/2006 e Resoluo n. 09/2008, do TJPR/OE O documento pode ser acessado no endereo eletrnico http://www.tjpr.jus.br Pgina 2 de 3

O julgamento foi presidido pela Senhora Juza Ana Paula Kaled Accioly (relatora), e dele participaram os Senhores Juzes Leo Henrique Furtado Arajo e Fernanda de Quadros Jorgensen Geronasso.

Curitiba, 19 de abril de 2012.

Ana Paula Kaled Accioly Juza Relatora

Documento assinado digitalmente, conforme MP n. 2.200-2/2001, Lei n. 11.419/2006 e Resoluo n. 09/2008, do TJPR/OE O documento pode ser acessado no endereo eletrnico http://www.tjpr.jus.br Pgina 3 de 3

Você também pode gostar