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1.
Uma mulher com 45 anos de idade foi atendida na
Unidade de Pronto Atendimento Hospitalar, queixando-se de dor ao urinar, disúria frequente, urgência miccional e ocasionalmente dor pélvica, além de dor nos flancos e febre. Após anamnese, o médico assistente solicitou à unidade de análises clínicas os seguintes exames de urgência: hemograma, exame qualitativo de urina (EQU), urocultura e antibiograma. Após quatro dias, o setor de microbiologia liberou o resultado da urocultura, que demonstrou crescimento de Escherichia coli ≥ 105 UFC/ml e sensibilidade aos antimicrobianos. Com base no caso clínico descrito, avalie as afirmações a seguir. É correto o que se afirma em quais alternativas?
I. A realização da bacterioscopia da urina, após coloração
de Gram, em objetiva de imersão (1000X), demonstra bacilos Gram negativos, além de observação de leucocitose no hemograma. II. A determinação da sensibilidade aos antibacterianos, por meio do teste de difusão em disco, pode ser realizada em ágar sangue de carneiro para Escherichia coli. III. As provas bioquímicas e meios de cultura seletivos como o ágar MacConkey ou Eosin Methylene Blue (EMB) são utilizados para identificação da enterobactéria Escherichia coli. 2. Torcedores passam mal e Vigilância Sanitária apreende alimentos no Maracanã. Fim do jogo, Brasil campeão da Copa das Confederações, festa em grande parte do Maracanã. Em uma ambulância, um paramédico atende uma paciente. Ao informar que o caso não era grave, ele revelou a preocupação com a ingestão de alimentos de qualidade duvidosa no estádio. Vários torcedores procuraram o centro médico e as ambulâncias apresentando mal-estar, vômito e diarreia, ao mesmo tempo em que a Vigilância Sanitária realizava a apreensão de 59 quilos de alimentos. Entre os alimentos apreendidos, alguns apresentavam prazo de validade vencido, outros não apresentavam identificação e ainda havia alguns alimentos que não estavam armazenados em temperatura ideal. A Vigilância notificou imediatamente as empresas responsáveis pelos produtos, que haviam recebido concessão da Fifa para a venda no estádio. De acordo com a Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro, lanches prontos, tais como hambúrguer e cachorro-quente, estavam fora da validade; três quilos de salsicha estavam sem identificação; sanduíches com pasta de frango, que seriam distribuídos aos stewards (seguranças), estavam guardados fora da temperatura ideal; o queijo ralado também não tinha procedência, embora embalado. Os relatos dos pacientes apontavam para o cachorro-quente como causador da intoxicação. Disponível em: . Acesso em: 10 jul. 2013 Considerando a notícia acima, avalie as asserções a seguir. É correto o que se afirma em quais alternativas?
I. Vômito e diarreia são sintomas comuns de intoxicação ou
toxinfecção alimentar causadas por bactérias como Staphylococus aureus, Clostridium perfringens e Escherichia coli, que podem se desenvolver e produzir toxinas em alimentos estocados por longos períodos de tempo ou em temperatura indevida. II. A rapidez do surgimento dos sintomas nos consumidores que estavam no estádio sugere a contaminação dos alimentos por Staphylococus aureus, que pode ter ocorrido a partir do contato com as mãos dos manipuladores dos alimentos, provavelmente no momento do preparo. III. Medidas básicas de higiene, como, por exemplo, lavar as mãos antes do preparo de alimentos e após usar o banheiro, são suficientes para prevenir a contaminação dos alimentos por microrganismos como Escherichia coli e Salmonella spp. e, por isso, são medidas de prevenção aos surtos de intoxicação ou toxinfecção alimentar. IV. As análises microbiológicas e bromatológicas são ferramentas complementares das boas práticas de fabricação, contribuindo para a garantia da qualidade dos alimentos e para a prevenção de eventos adversos à saúde pública, bem como para a detecção do agente causal dos surtos de toxinfecção alimentar.
3. A intoxicação alimentar estafilocócica é devido à
ingestão de enterotoxinas produzidas e liberadas pela bactéria durante sua multiplicação no alimento e representando um risco para saúde pública. A enterotoxina estafilocócicas é termoestável e está presente no alimento mesmo após o cozimento, possibilitando desta forma, a instalação de um quadro de intoxicação de origem alimentar, sendo o agente responsável por, aproximadamente, 45% das toxinfecções no mundo. Vários trabalhos referem os manipuladores como os maiores responsáveis pela sua transmissão. A intoxicação alimentar estafilocócica é caracterizada por náuseas, vômito, dores abdominais e diarreia, e por um curto período de incubação, de 1 a 6 horas após a ingestão do alimento contaminado. O período de incubação e a gravidade dos sintomas, dependem da quantidade de enterotoxina ingerida e da susceptibilidade do indivíduo. Níveis dessas toxinas variando de 0,01 a 0,4µg por grama do alimento são suficientes, para provocar a intoxicação em indivíduos mais susceptíveis. O Ministério da Saúde por meio da Portaria 451 de 19/09/1997, no anexo II, regulamenta a utilização de testes para diferenciar Staphylococcus aureus de outras espécies de Estafilococos em alimentos, exceto quando as bactérias do gênero estafilococos, isoladas a partir do leite e produtos derivados do leite, pois recebem a denominação de estafilococos coagulase positiva. Alguns autores relacionam testes bioquímicos como a produção de coagulase, termonuclease, hemólise e fermentação de manitol com a capacidade das cepas de Staphylococcus spp e S. aureus em produzirem enterotoxinas. Estes são testes indiretos, úteis para detecção de cepas potencialmente enterotoxigênicas, embora autores tenham verificado que características fisiológicas podem ou não diferenciar cepas enterotoxigênicas das não enterotoxigênicas. A contaminação por Staphylococcus spp, pode ocorrer durante os estágios de produção ou estocagem do alimento, por cepas de origem ambiental ou humana. Encontrando condições favoráveis como aquecimento ou refrigeração em temperatura inadequada, este microrganismo prolifera e pode produzir toxinas. O controle das enterotoxinas é possível desde que se observe as boas práticas sanitárias de higiene nos estágios de obtenção, produção, estocagem e manuseio de alimentos, pois a proteção ao público contra esta doença ocasionada por este produto tóxico é uma obrigação de profissionais da área de alimentos e da saúde. Extraído de: CUNHA NETO, Adelino da; SILVA, Celiane Gomes Maia da; STAMFORD, Tânia Lúcia Montenegro. Staphylococcus enterotoxigênicos em alimentos in natura e processados no estado de Pernambuco, Brasil. Food Science and Technology, v. 22, p. 263-271, 2002.
A partir do texto acima apresentado, responda o que se
pede a seguir:
a. Apresente a principal espécie de bactéria responsável
por contaminação alimentar no mundo. b. Descreva as características morfológicas e tinturais da espécie responsável pela liberação de enterotoxina. c. A enterotoxina, é uma endotoxina ou exotoxina? Elabore métodos que possibilitem a prevenção da contaminação alimentar por enterotoxina.
4. As infecções urinarias, são frequentemente
relacionadas a hospitalização de pacientes, elas compreendem várias síndromes, compartilham como etiologia comum a presença de microrganismos no trato urinário. As síndromes mais frequentes incluem: cistite, pielonefrite e bacteriúria assintomática. Geralmente a Escherichia coli é uma das maiores responsáveis pela infecção do trato urinário, que acomete ambos os sexos e todas as idades, com prevalência maior entre mulheres. Considerando o texto apresentado, avalie as afirmações relacionadas a coleta, processamento e identificação de microrganismos e É correto o que se afirma em quais alternativas? I. É recomendado que a coleta da urina seja realizada no laboratório, objetivando eliminar o viés gerado pelo aumento da contagem de colônias durante o transporte. Sendo o conhecimento da história natural e da fisiopatologia das doenças infecciosas, inclusive das infecções urinarias, importante fator para a determinação da ocasião ideal para colher um espécime. II. Há várias opções de meios para cultura, um deles é o ágar MacConkey e o ágar cystine lactose electrolyte deficient (CLED) que são comumente utilizados para o isolamento de patógenos em infecções urinarias. III. Quando há suspeita de uma doença infecciosa urinaria, exames apropriados devem ser solicitados. Culturas e testes bioquímicos são abordagens diagnósticas possíveis.
5. No que diz respeito à Vigilância Sanitária na área de
alimentos, assinale a alternativa correta
A- A principal função da Vigilância Sanitária de
alimentos é a fiscalização de locais que produzem, transportam e comercializam medicamentos.
B- O objetivo da Vigilância Sanitária de alimentos é
promover a boa prática na produção e manipulação de alimentos, a fim de maximizar os potenciais riscos causados pela manipulação inadequada de produtos alimentícios.
C- Fiscalização para liberação de licença sanitária,
investigação de surtos de doenças transmissíveis e coleta de medicamentos são atividades da Vigilância Sanitária de Alimentos.
D- É função da Vigilância Sanitária de alimentos é
fiscalizar locais que produzem, transportam e comercializam alimentos, a fim de promover a boa prática na produção, manipulação de alimentos.
E- Atendimento a denúncias, análise de projetos
arquitetônicos e atividades educativas não são atividades desenvolvidas pela Vigilância Sanitária de alimentos.
6- As doenças de origem alimentar (DOAs) ocorrem,
quando uma pessoa contrai uma enfermidade, devido à ingestão de alimentos contaminados com bactérias patogênicas e/ou suas toxinas. Para facilitar o processo de higienização dos alimentos, os procedimentos operacionais padrão determinam o passo a passo para adequada higiene e repetição da operação em qualquer situação. Considerando o contexto acima, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. Durante o preparo, os alimentos podem receber contaminantes das mais variadas fontes. Essa contaminação pode ser minimizada através da implantação de um programa de Boas Práticas em todos os elos da cadeia produtiva dos alimentos. PORQUE Qualquer superfície que entra em contato direto com os alimentos pode ser fonte de bactérias patogênicas, devendo ser rigorosamente limpa e sanificada, seguindo o procedimento operação padronizado da superfície em questão. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
a- As asserções I e II são proposições verdadeiras e a
II é uma justificativa da I.
b- As asserções I e II são proposições verdadeiras
mas a II não é uma justificativa da I.
c- A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é
uma proposição falsa. d- A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira.
e- As asserções I e II são proposições falsas.
7- "Indivíduos sadios são colonizados intermitentemente
por Staphylococcus aureus desde a amamentação, e podem albergar o microrganismo na nasofaringe, ocasionalmente na pele e raramente na vagina. A partir destes sítios, o Staphylococcus aureus pode contaminar a pele e membranas mucosas do paciente, objetos inanimados ou outros pacientes por contato direto ou por aerossol, ocasionando infecções letais por conta dos fatores de virulência ou através de resistência aos antimicrobianos atualmente utilizados". Detecção e Identificação de Bactérias de Importância Médica - ANVISA Módulo V (https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/microbiologia/mod _5_2004.pdf) Na análise microscópica de uma amostra com cultura pura positiva para Staphylococcus aureus, corada pela técnica de Gram, é correto afirma que a morfologia bacteriana a ser observada é:
8- Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs) e
Intoxicações Alimentares: Uma Perspectiva Abrangente
Procedimentos incorretos de manipulação de alimentos
podem causar as chamadas doenças transmitidas por alimentos – DTAs, isto é, doenças em que os alimentos ou a água atuam como veículo para transmissão de organismos prejudiciais à saúde ou de substâncias tóxicas. As DTAs podem se manifestar das seguintes formas: infecções transmitidas por alimentos, intoxicações alimentares e toxiinfecção causada por alimentos. Como exemplo de infecção transmitida por alimentos, é correto mencionar:
a- Botulismo
b- Meningite
c- Intoxicação estafilocócica
d- Salmonelose
9- ______________ é uma bactéria gram negativa, que
tem forma de bacilo, e é encontrada naturalmente no intestino de humanos e de animais. Algumas cepas desta bactéria podem causar graves doenças transmitidas por alimentos. A transmissão ao homem pode ocorrer pelo consumo de alimentos contaminados, principalmente carne bovina mal cozida e leite cru. A partir do texto acima, a alternativa que preenche adequadamente a lacuna acima é:
10 –
A presença de microrganismos em alimentos é um
fenômeno natural e inevitável. Esses organismos podem ser benéficos, neutros ou patogênicos, e sua capacidade de sobrevivência e multiplicação nos alimentos depende de uma série de fatores intrínsecos e extrínsecos. A compreensão desses fatores é fundamental para garantir a segurança alimentar e prevenir doenças transmitidas por alimentos.
Os microrganismos podem se multiplicar rapidamente em
alimentos com condições favoráveis. Por exemplo, bactérias como Salmonella, Escherichia coli e Staphylococcus aureus podem proliferar exponencialmente em alimentos de origem animal quando armazenados em temperaturas inadequadas.
A capacidade de sobrevivência dos microrganismos em
alimentos também está relacionada à sua capacidade de resistir a condições adversas. Algumas bactérias, como as esporuladas do gênero Bacillus e Clostridium, podem formar esporos resistentes que permitem sua sobrevivência em condições extremas.
Além disso, fatores como higiene durante o
processamento, embalagem adequada, tempo e temperatura de armazenamento, e práticas de manipulação segura dos alimentos desempenham um papel crucial na prevenção da multiplicação microbiana e na preservação da qualidade e segurança dos alimentos. A compreensão desses princípios é essencial para o desenvolvimento de estratégias de controle de qualidade e segurança alimentar eficazes. Ademais, as regulamentações e diretrizes governamentais, como as estabelecidas pela Food and Drug Administration (FDA) nos Estados Unidos e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) no Brasil, desempenham um papel fundamental na proteção dos consumidores e na garantia da qualidade dos alimentos. (Forsythe, Stephen J. Microbiologia da segurança dos alimentos [recurso eletrônico] / Stephen J. Forsythe ; tradução: Andréia Bianchini ... [et al.] ; revisão técnica: Eduardo Cesar Tondo. – 2. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed, 2013) Com base nos conhecimentos adquiridos na Unidade curricular de análises de microrganismos e vigilância sanitária, responda:
A capacidade de sobrevivência e multiplicação de
microrganismos em alimentos depende de uma série de fatores que estão relacionados a fatores inerentes ao alimento, que podem ser também chamados de parâmetros intrínsecos e a fatores inerentes ao ambiente, que podem ser também chamados de parâmetros extrínsecos. Em relação aos fatores intrínsecos que afetam a multiplicação de microrganismos em alimentos, assinale a alternativa CORRETA.
A- Atividade de água, Acidez (Ph), Potencial de
oxidação-redução (Eh), Composição química e Constituintes antimicrobianos naturais
B- Atividade de água, Acidez (pH), Potencial de
oxidação-redução (Eh), Temperatura e Umidade relativa.
C-Atividade de água, Acidez (pH), Potencial de
oxidação-redução (Eh) e Temperatura, Constituintes antimicrobianos naturais.
D-Atividade de água, Acidez (pH), Potencial de
oxidação-redução (Eh), Constituintes antimicrobianos naturais e Umidade relativa