Decreto Regulamentar 5-1997

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N.

o 75 — 31-3-1997 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 1397

houver actualização total do valor locativo do edifício O regime agora previsto tem por base, no essencial,
ou de todas as suas partes a que a respectiva dedução um projecto elaborado por um grupo de trabalho inte-
seja imputável. grado por representantes da Direcção-Geral dos Espec-
5.o Das correcções a que se proceda nos termos do táculos, Direcção-Geral do Turismo, Direcção-Geral da
número anterior não poderá, em caso algum, resultar Saúde, Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge,
importância total das deduções inferiores à que já cor- Instituto do Consumidor, Instituto de Socorros a Náu-
responda, na matriz, ao respectivo rendimento antes da fragos e Associação Portuguesa de Parques Aquáticos
actualização. e de Lazer, e contou com a colaboração do Instituto
6.o Às reclamações são aplicáveis, na parte respectiva, do Desporto e da Associação Portuguesa de Defesa do
as disposições do referido Código. Consumidor.
Conscientes de que as questões de segurança no fun-
Ministério das Finanças. cionamento dos recintos com diversões aquáticas são
prioritárias, foi dado especial relevo aos aspectos téc-
Assinada em 3 de Março de 1997. nicos e à articulação da actuação das entidades com
Pelo Ministro das Finanças, António Carlos dos San- competências nessa matéria.
Assim:
tos, Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.
Ao abrigo do disposto no artigo 3.o do Decreto-Lei
n.o 65/97, de 31 de Março, e nos termos da alínea c)
TABELA DAS PERCENTAGENS PARA CÁLCULO DOS
ENCARGOS ANUAIS A DEDUZIR AO VALOR LOCATIVO do artigo 202.o da Constituição, o Governo decreta o
DOS PRÉDIOS URBANOS, NOS TERMOS DOS ARTI- seguinte:
GOS 115.o E 121.o, ALÍNEA B), DO CÓDIGO DA CONTRI- Artigo 1.o
BUIÇÃO PREDIAL E DO IMPOSTO SOBRE A INDÚSTRIA
AGRÍCOLA. É aprovado o Regulamento das Condições Técnicas
e de Segurança dos Recintos com Diversões Aquáticas,
1 — Elevadores e ou monta-cargas (incluindo escadas
que constitui anexo ao presente diploma, do qual faz
rolantes com funções equivalentes): parte integrante.
1.1 — Por cada um, até 2 — 5 %;
1.2 — Por cada um a mais, até 10 — 1 %; Artigo 2.o
1.3 — Por cada um a mais além de 10 — 0,1 %. As entidades interessadas neste tipo de recintos cujo
2 — Retribuição de porteiros (incluindo os trabalha- projecto esteja pendente de aprovação à data de entrada
dores que, mesmo com outra designação, sejam assim em vigor do presente diploma deverão adaptar os mes-
classificados nos termos do respectivo regula- mos às condições técnicas e de segurança nele esta-
mento) — 10 %. belecidas.
2.1 — Na dedução global dos encargos a título de Artigo 3.o
remuneração de porteiros, em caso algum poderá con-
siderar-se, por cada porteiro ou equiparado, quantitativo O presente diploma entra em vigor no dia seguinte
inferior a 130 000$ ou superior a 900 000$ anuais, o ao da sua publicação.
qual será distribuído proporcionalmente pelo valor loca- Presidência do Conselho de Ministros, 27 de Dezem-
tivo de cada andar, divisão susceptível de arrendamento bro de 1996.
separado ou fracção autónoma em regime de proprie- António Manuel de Oliveira Guterres — António
dade horizontal. Manuel de Carvalho Ferreira Vitorino — Alberto Bernar-
3 — Iluminação de vestíbulos e escadas — 3 %. des Costa — João Cardona Gomes Cravinho — Augusto
4 — Aquecimento central (incluindo sistemas equi- Carlos Serra Ventura Mateus — Maria de Belém Roseira
valentes de climatização) — 3 %. Martins Coelho Henriques de Pina — Elisa Maria da
5 — Administração da propriedade horizontal, quando Costa Guimarães Ferreira — Manuel Maria Ferreira Car-
o número de condomínios não for inferior a 10 — 5 %. rilho — Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho.

Promulgado em 6 de Março de 1997.


Publique-se.
MINISTÉRIO DO EQUIPAMENTO,
DO PLANEAMENTO O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.
E DA ADMINISTRAÇÃO DO TERRITÓRIO Referendado em 10 de Março de 1997.
O Primeiro-Ministro, em exercício, António Manuel
Decreto Regulamentar n.o 5/97 de Carvalho Ferreira Vitorino.
de 31 de Março
o ANEXO
O Decreto-Lei n. 65/97, de 31 de Março, que regula
a instalação e o funcionamento dos recintos com diver- Regulamento das Condições Técnicas e de Segurança
sões aquáticas, dispõe no seu artigo 3.o que as normas dos Recintos com Diversões Aquáticas
necessárias à regulamentação das condições técnicas e
de exploração deste tipo de recintos serão objecto de CAPÍTULO I
diploma próprio. Disposições gerais
Impõe-se, pois, proceder à regulamentação desta
matéria, delimitando o âmbito de aplicação do diploma Artigo 1.o
e definindo as competências das diversas entidades cuja Objecto
intervenção se afigura necessária para o correcto desen-
volvimento de uma actividade, que se pretende de lazer, O presente Regulamento tem por objectivo definir
em segurança. as condições a que devem obedecer os recintos com
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diversões aquáticas, adiante designados por recintos, à sua correcta interpretação, incluindo as espe-
com vista a proporcionar adequadas condições de segu- cificações referentes ao seu modo de montagem,
rança aos utentes, a limitar os riscos da ocorrência de utilização e manutenção;
acidentes, a facilitar a evacuação dos ocupantes e sinis- b) Projecto de estabilidade das edificações e equi-
trados e a proporcionar a intervenção dos meios de pamentos recreativos;
socorro. c) Projecto das instalações de recirculação e tra-
Artigo 2.o tamento de águas;
d) Projecto do sistema de tratamento de águas resi-
Classificação de recintos duais, se não existir colector municipal;
1 — Os recintos ou conjunto de recintos são classi- e) Plano de prevenção, contendo as soluções e
ficados em categorias, consoante a lotação máxima ins- meios adequados a enfrentar situações ocasio-
tantânea (lotação de ponta) que lhes for atribuída, a nadas por acidentes ou avarias, assegurando,
qual é determinada pelos critérios fixados no artigo 7.o nomeadamente, a evacuação de todos os utentes
do presente Regulamento. e sinistrados, meios de primeira intervenção
2 — Segundo a lotação máxima instantânea N que apropriados, facilidades de actuação dos bom-
lhes for fixada, os recintos classificam-se nas seguintes beiros e afixação em lugares adequados das ins-
categorias: truções de segurança.
a) 1.a categoria — N › 1000;
b) 2.a categoria — 500 ‹ N ‹ 1000; Artigo 4.o
c) 3.a categoria — 200 ‹ N ‹ 500; Classificação das actividades
d) 4.a categoria — N ‹ 200.
1 — A classificação e especificações técnicas das acti-
o vidades aquáticas abrangidas pelo presente Regula-
Artigo 3.
mento figuram no anexo I.
Condições de licenciamento 2 — Não serão consideradas actividades aquáticas e,
1 — O pedido de licenciamento é instruído nos termos consequentemente, não se encontram incluídas no
do Decreto-Lei n.o 445/91, de 20 de Novembro, na redac- anexo I aquelas actividades em que, estando a água pre-
ção introduzida pelo Decreto-Lei n.o 250/94, de 15 de sente, esta não constitui parte decisiva das mesmas.
Outubro, e da Portaria n.o 1115-B/94, de 15 de Dezem- 3 — As actividades que não estejam classificadas no
bro, devendo ainda ser apresentados os seguintes presente Regulamento mas que, pelas suas caracterís-
elementos: ticas, o devam ser ficam sujeitas a licenciamento pro-
visório até à sua inclusão no anexo I.
a) Memória descritiva, esclarecendo devidamente
a pretensão quanto às características gerais do
empreendimento e justificando as soluções con- Artigo 5.o
cretamente adoptadas; Área dos recintos
b) Planta de localização, à escala de 1:25 000, com
indicação das distâncias aos núcleos populacio- 1 — A área que constitui o recinto com diversões
nais mais próximos; aquáticas é determinada pelos espaços onde são implan-
c) Planta de síntese, à escala de 1:1000 ou de tadas as actividades aquáticas, as instalações de apoio
1:2000, indicando, nomeadamente, a modelação e de prestação de serviços complementares, as zonas
proposta para o terreno, as vias de acesso, de livres para expansão ou lazer e as zonas de circulação.
comunicação e a delimitação das áreas desti- 2 — Não se inclui na área do recinto o espaço des-
nadas a estacionamento; tinado aos acessos e estacionamento de viaturas, o qual
d) Implantação geral, à escala de 1:500, onde este- deve ser dimensionado com base na proporção de um
jam representados os diferentes serviços, ins- lugar de estacionamento de viatura por cada 10 utentes
talações, edificações, vias, equipamentos aquá- do recinto, acrescido de lugares de estacionamento para
ticos, zonas arborizadas, zonas relvadas e todos autocarros de passageiros.
os elementos que compõem a estrutura; 3 — A área destinada a zonas livres de lazer deve
e) Projecto das edificações previstas, à escala de ser, pelo menos, igual ao somatório das que se destinam
1:100, com plantas, alçados e cortes necessários às actividades aquáticas, às das instalações de apoio e
à sua correcta compreensão e interpretação, de serviços complementares.
devidamente cotados; 4 — Não se incluem nas zonas livres de lazer as áreas
f) Extracto do instrumento de planeamento ter- afectas às actividades desportivas.
ritorial ou alvará de loteamento válido nos ter-
mos da lei. Artigo 6.o
2 — O projecto de arquitectura deve ser elaborado Acesso aos recintos
e subscrito por um arquitecto, ou por um arquitecto
1 — Os acessos aos recintos fazem-se de acordo com
em colaboração com um engenheiro civil ou engenheiro
as directrizes fixadas nos condicionamentos da apro-
técnico civil.
vação do empreendimento, tendo em conta a fluidez
3 — Além dos projectos das especialidades indicados
e segurança do tráfego.
na Portaria n.o 1115-B/94, de 15 de Dezembro, devem
2 — Os recintos são vedados em todo o seu perímetro
ainda ser apresentados:
por rede ou material adequado, devendo existir na cerca
a) Projecto dos equipamentos fixos de diversão assim formada saídas de largura não inferior a 2,4 m
aquática, com os elementos gráficos necessários em número proporcional à lotação máxima instantânea.
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3 — Para efeitos do estabelecido no número anterior, devem ser autorizados pela entidade competente, nos
deve observar-se o seguinte: termos da legislação específica.
2 — O funcionamento em período nocturno só pode
a) As portas giratórias ou torniquetes e as portas ser autorizado desde que sejam satisfeitas as seguintes
de deslizamento lateral não são consideradas condições:
como portas de saída;
b) Sempre que existam nos caminhos de evacuação a) Iluminação da envolvente de cada uma das acti-
portas do tipo referido na alínea anterior, deve vidades aquáticas que venham a entrar em fun-
ser disposta, junta a elas, outra porta de saída; cionamento por um sistema que garanta um
c) Por cada grupo de 900 pessoas integradas na nível de iluminação uniforme com um mínimo
lotação do recinto deve existir uma porta de de 200 Lx, extensivo a qualquer ponto da super-
saída comportando afixada a inscrição de «Saída fície da água ocupada pelos utentes, e de 150 Lx
de emergência», devendo, para o efeito, o efec- nos caminhos de circulação, zonas de lazer e
tivo de público ser arredondado para o múltiplo na generalidade do recinto;
de 900 imediatamente superior; b) A distribuição dos aparelhos de iluminação deve
d) Em recintos das 1.a, 2.a e 3.a categorias devem ser programada por forma a evitar o factor de
existir pelo menos duas portas de saída, com espelho;
as características definidas neste artigo; c) Além da instalação referida anteriormente, os
e) Uma das saídas calculadas com base nestes cri- tanques devem possuir iluminação subaquática
térios, a localizar na frente principal do em conformidade com as disposições legais em
empreendimento, será concebida e sinalizada vigor;
por forma a permitir o acesso de viaturas de d) Disponibilidade de um gerador de recurso que
socorro; garanta, em situações de falta de energia na
f) Sempre que existam três ou mais saídas do rede pública de abastecimento, um nível de ilu-
recinto, uma delas cumprirá as condições refe- minação que permita fazer face a tal emer-
ridas na alínea anterior, cuja distância relati- gência.
vamente à situada na frente principal será defi-
nida caso a caso; 3 — Sem prejuízo dos licenciamentos concedidos para
g) Os portões das saídas devem abrir para fora, funcionamento dos recintos com diversões aquáticas,
rebatendo os batentes sobre as portas laterais pode ser autorizada, caso a caso, fora do horário de
da vedação; funcionamento normal, a realização de actividades dis-
h) As saídas existentes devem ser distribuídas pelo tintas das actividades próprias do recinto, desde que
perímetro do recinto, localizando-se por forma não se revelem incompatíveis com as instalações.
a evitar que possam ser simultaneamente blo-
queadas pelo efeito de um mesmo sinistro; CAPÍTULO II
i) O acesso às saídas deve ser claramente assi-
nalado no interior do recinto e estas identifi- Da concepção e organização funcional
cadas como «Saídas de emergência».
SECÇÃO I
Actividades aquáticas
Artigo 7.o
Critérios para fixação das lotações SUBSECÇÃO I
Disposições de segurança nos tanques
1 — A lotação máxima instantânea de um recinto não
pode exceder o menor dos valores encontrados para Artigo 9.o
as relações «uma pessoa por 5 m2 da superfície dos
espaços livres de lazer» «ou «uma pessoa por metro Disposições gerais
quadrado de plano de água», englobando a área do 1 — No interior dos tanques não são admitidos des-
plano de água todos os tanques que constituem o níveis, mudanças bruscas da inclinação do fundo ou
equipamento. quaisquer obstáculos submersos que não sejam os ele-
2 — A lotação máxima das instalações anexas onde mentos de desenvolvimento das escadas e rampas de
se prestam os serviços complementares determina-se acesso, nas condições definidas no presente Regula-
segundo as regras específicas que regulamentarmente mento.
sejam aplicáveis. 2 — As paredes de contorno dos tanques devem apre-
3 — A alteração da lotação fixada para um recinto sentar paramentos interiores verticais, sem relevos, reen-
pode, a todo o tempo, ser revista a requerimento da trâncias ou obstáculos submersos de qualquer tipo.
entidade exploradora, que a justificará com pormenor 3 — Os paramentos e todos os elementos integrados
à entidade licenciadora. na construção dos tanques devem desenvolver-se sem
4 — Nos casos que impliquem o aumento da lotação saliências, arestas vivas, concavidades ou diedros que
devem ser ajustados todos os parâmetros que deter- formem ângulos inferiores a 90o, devendo ser consti-
minaram a fixação da lotação inicial. tuídos por materiais de estrutura e de revestimento que
reúnam as seguintes características:
Artigo 8.o a) Estabilidade estrutural e durabilidade;
Regime de funcionamento b) Permeabilidade das superfícies inferior a 3 %;
c) Resistência aos esforços e acções mecânicas;
1 — O horário e a época de funcionamento propostos d) Resistência às acções dos agentes atmosféricos
pela entidade que procede à exploração do recinto e aos fungos;
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e) Resistência às acções dos produtos desinfectan- acesso dos utentes às proximidades dos planos por onde
tes usados; é feita a insuflação e agitação da água.
f) Superfícies lisas, não abrasivas e antiderrapantes 2 — Devem ser previstos corrimãos de apoio para os
até 1,6 m de profundidade; utentes, constituídos por guias de cabo com 30 mm de
g) Superfícies de tons claros, brancos ou tons azu- bitola, dispostos em suspensão entre apoios fixos nas
lados-claros que sublinhem as qualidades e a paredes, à distância máxima de 3 m.
transparência da água. 3 — As paredes por onde se faça a insuflação ou agi-
tação da água são protegidas com grelhas solidamente
4 — Na vertical das paredes de delimitação dos tan- fixas, devendo o espaçamento dos elementos que as
ques, a altura do bordo do cais, em relação ao nível constituem obedecer ao fixado no n.o 5 do artigo 9.o
do plano de água, não pode ser superior a 0,35 m,
excepto em tanques equipados com dispositivos de agi- Artigo 12.o
tação de águas.
5 — Todas as ligações de comunicação entre tanques Tanques de recepção
são protegidas por grelhas rígidas, em material inoxi- 1 — Os tanques que integram a recepção das acti-
dável, firmemente fixadas ao paramento de aplicação, vidades aquáticas devem respeitar as seguintes regras:
devendo o espaçamento dos elementos de grelhagem
que as constituem impedir a passagem de uma esfera a) O número de espaços de segurança deverá ser
com o diâmetro máximo de 12 mm. equivalente ao número de pistas de chegada
6 — Todos os tanques devem ser dotados de meios existentes;
que possibilitem a saída dos utentes, em conformidade b) Não deverão ser possíveis os cruzamentos de
com o que se fixa no artigo 16.o linhas que resultem das componentes de che-
7 — Os dispositivos de ancoragem dos flutuadores, gada das actividades para além do plano de
escadas e demais material móvel devem ser fixados às saída;
paredes e bordadura dos tanques e disporão de tampas c) Deverá ser garantida a impossibilidade de coli-
de obturação não salientes e fixadas por meio adequado. são com os utentes de pistas adjacentes ou com
as paredes e o fundo do tanque.
Artigo 10.o 2 — A zona de recepção poderá igualmente ser con-
Caixas de evacuação das águas cebida como pista de frenagem, mediante o prolonga-
mento da pista na horizontal numa extensão mínima
1 — As caixas de evacuação das águas de despejo dos de 15 m, por forma a ocasionar a desaceleração da velo-
tanques devem ser colocadas nas zonas mais profundas cidade de chegada do utente até à sua completa
da soleira, protegidas por meio de grelhas de material paragem.
inoxidável e solidamente fixadas, por forma a evitar a 3 — As dimensões de segurança para os tanques refe-
sua remoção pelos utentes. ridos neste artigo são as indicadas no anexo I.
2 — Quando as caixas funcionarem como órgãos de
aspiração, nos sistemas de recirculação em hidraulici-
dade mista, deverão observar-se, designadamente, as Artigo 13.o
seguintes regras: Cais dos tanques
a) As bocas de aspiração localizam-se, preferen- 1 — Os cais devem ser pavimentados numa faixa não
cialmente, fora do tanque utilizado pelos uten- inferior a 2 m de largura, contados a partir dos bordos
tes; dos tanques, com material impermeável, antiderrapante,
b) Em caso contrário, devem instalar-se vários de fácil limpeza e com ligeira pendente para o lado
ramais de ligação à conduta de retorno comum, contrário ao do tanque.
de forma que uma eventual obstrução de uma 2 — São proibidas caleiras circundantes de lava-pés.
das bocas não constitua um factor de risco 3 — Nos acessos aos cais deverão ser instalados lava-
devido ao acréscimo da pressão na aspiração; -pés, preferencialmente equipados com chuveiros, que
c) O diâmetro de cada ramal de ligação terá o não poderão produzir acumulação de água e deverão
máximo de 0,08 m e deve limitar, por cálculo, dispor de sistemas de drenagem que, em caso algum,
uma velocidade de aspiração que não exceda permitam a sua circulação para uso posterior.
os 0,6 m/s; 4 — Os chuveiros instalados nos termos do número
d) A boca de aspiração de cada ramal de ligação anterior poderão ser contabilizados até ao limite de um
será protegida com grelha em material inoxi- quarto do total calculado para ambos os sexos.
dável, solidamente fixada ao respectivo para-
mento, obedecendo o espaçamento dos respec- Artigo 14.o
tivos elementos ao estipulado no n.o 5 do
artigo 9.o, e deverá ser, preferencialmente, de Sinalização
tipo antivórtice, com aspiração tangencial. 1 — Nos tanques de recreio e de diversão, na tran-
sição para as zonas de profundidade superior a 1,3 m,
Artigo 11.o deverão instalar-se um cabo que suporte bandeirolas
Piscina de ondas
de cor vermelha e um painel central, nos quais serão
colocadas as inscrições «Limite de zona com pé — Pro-
1 — Os tanques equipados com dispositivos de for- fundidade: 1,3 m».
mação de ondas, submersos, devem ser concebidos para 2 — O cabo deverá ser suspenso a cerca de 2 m de
resistir às vibrações, sendo necessária a colocação de altura acima do nível de água e na vertical da linha
elementos específicos de protecção que impeçam o de fundo correspondente a 1,3 m, ou, em alternativa,
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poderão ser utilizados flutuadores ancorados ao fundo zona menos profunda, desenvolvendo-se exteriormente
e com os mesmos dizeres. às dimensões úteis fixadas para o tanque.
3 — As profundidades dos tanques são inscritas no 8 — O acesso aos tanques infantis ou chapinheiros
paramento vertical das respectivas bordaduras, de forma deve ser executado com rampas de 4 % de declive
bem visível e destacada, assim como as inscrições rela- máximo ou por escadaria com degraus de 0,08 m de
tivas às profundidades máxima e mínima e as de inter- altura máxima.
dição de mergulhar. Artigo 16.o
4 — As indicações referidas no número anterior
devem figurar de ambos os lados do tanque e nos topos Acessos às actividades aquáticas
do mesmo, sendo constituídas por números de altura 1 — As escadas de acesso às plataformas de partida
não inferior a 0,08 m seguidos da letra «m». dos escorregas devem formar um ângulo máximo de
5 — Caso a configuração do tanque não permita ins- 60o com a horizontal e dispor de corrimãos de ambos
crever as indicações no paramento vertical, deve uti- os lados, com protecções laterais, prolongados até aos
lizar-se outro sistema de marcação que seja claramente guarda-corpos dessas plataformas.
visível do interior do tanque. 2 — Admite-se como excepção à regra anterior a exis-
tência de um só lanço com a inclinação máxima de 75o,
SUBSECÇÃO II desde que não vença uma altura superior a 3 m.
3 — Os degraus devem ser executados sem arestas
Escadas, rampas e circulações vivas, ter o piso constituído por material antiderrapante
e a largura da escada igual ou superior a 0,7 m.
Artigo 15.o 4 — A largura do cobertor dos degraus não deve ser
Acesso aos tanques inferior a 0,08 m em escadas de lanços rectos, salvo
nas escadas de caracol, onde, na linha de circulação
1 — Para o acesso aos tanques com profundidades medida a 0,2 m do bordo interno, a largura do cobertor
superiores a 0,5 m devem ser previstas escadas em do degrau, nesse ponto, deve ser igual ou superior a
número igual ao quociente entre a superfície do plano 0,12 m.
da água, em metros quadrados, e o perímetro do tanque, Artigo 17.o
em metros, arredondando para a unidade mais próxima,
com o mínimo de uma escada por cada tanque. Circulações no recinto
2 — As escadas de acesso definidas no número ante- 1 — As rampas que se implantem para vencer os des-
rior podem ser concebidas como escadas verticais, de níveis existentes no recinto não podem apresentar pen-
prumo ou de marinheiro, escadarias ou escadas incli- dentes superiores a 12 %.
nadas com degraus de espelho ou em rampa. 2 — Quando os desníveis se vençam por degraus, as
3 — As escadas verticais devem desenvolver-se até escadas assim concebidas devem obedecer aos seguintes
1,2 m de profundidade e serem constituídas por mate- requisitos:
riais inoxidáveis, degraus com superfície antiderrapante
e montantes encastrados em mangas situadas no pavi- Número de degraus não inferior a 3 e não superior
mento das bordaduras dos tanques: a 12;
Cobertor de degraus com uma dimensão não infe-
a) Os degraus: rior a 0,28 m;
Altura máxima entre degraus: 0,3 m; Espelho do degrau variável entre 0,15 m e 0,18 m.
Largura mínima: 0,08 m;
Cota do degrau superior: de nível com a bor- 3 — As escadas ou rampas sustentadas por elementos
dadura do cais; estruturais de qualquer tipo devem obedecer ao fixado
nos n.os 1 e 2, não podendo a sua largura mínima ser
b) Os montantes: inferior a 1 m.
4 — O pavimento utilizado tanto em rampas como
Largura mínima entre montantes: 0,5 m; em escadas será obrigatoriamente antiderrapante.
Distância mínima à parede: 0, 1 m; 5 — As circulações em que exista risco de queda
Os montantes devem prolongar-se sobre o devem ser guarnecidas por protecções laterais suficien-
pavimento do cais e terão alturas diferen- temente rígidas, com uma altura mínima de 0,9 m e
tes, de 0,7 m e de 1 m, respectivamente. em que o espaçamento entre os elementos verticais que
as constituem não ultrapasse os 0,14 m.
4 — Quando as escadas verticais não forem consti-
tuídas por degraus encastrados em nichos nas próprias
SUBSECÇÃO III
paredes, o espaço livre entre os degraus e a saída será,
no mínimo, de 0,02 m, e de 0,08 m no máximo, devendo Escorregas e pistas
o degrau superior estar afastado da parede, no máximo,
de 0,02 m. Artigo 18.o
5 — Nas escadarias, os degraus terão uma relação Plataformas de partida
espelho/cobertor próxima de 8:15, com um mínimo de
0,24 m. 1 — É proibida a instalação de elementos com saliên-
6 — As rampas serão constituídas por superfícies não cias de arestas vivas e a utilização de materiais porosos
abrasivas e antiderrapantes, com o declive máximo de ou susceptíveis de se constituírem como campo para
10 %. o desenvolvimento de microrganismos patogénicos.
7 — Nos tanques de recreio e diversão deve existir 2 — Os pavimentos devem ser executados com mate-
um acesso, em escadaria ou em rampa, localizado na riais de fácil limpeza, impermeáveis, antiderrapantes,
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resistentes ao desgaste e às reacções dos desinfectantes 6 — A parte final das pistas deve ser concebida de
utilizados. modo a abrandar a velocidade da descida dos utentes
3 — As plataformas de partida devem ser protegidas e a prepará-los para a chegada numa posição controlada
lateral e posteriormente com vedação guarda-corpos ao tanque de recepção ou pista de frenagem.
suficientemente rígida, com o mínimo de 1,1 m de altura, 7 — A pendente máxima na parte final das pistas não
de forma que o espaçamento entre os elementos verticais pode exceder os 10 %.
de protecção que a constituem não ultrapasse os 0,14 m.
4 — Nos escorregas cujo percurso de acesso ou saída SECÇÃO II
implique a passagem dos utentes por zonas de pavi-
mentos que não satisfaçam as condições sanitárias exi- Dos projectos especiais
gidas para os cais serão obrigatoriamente instalados no
patamar de acesso às plataformas ou nas escadas que Artigo 20.o
às mesmas conduzam lava-pés com 0,1 m a 0,2 m de Equipamentos fixos de diversão aquática
profundidade, que serão alimentados com água corrente
desinfectada e esvaziados pelo menos uma vez por dia, 1 — Os projectos dos equipamentos fixos de diversão
para limpeza e desinfecção. aquática devem conter os elementos gráficos necessários
à sua correcta interpretação, incluindo as especificações
5 — As cabeceiras de partida, ao nível das platafor-
referentes ao seu modo de montagem, utilização e
mas, devem ser concebidas com observância das seguin- manutenção, estando instruídos com um termo de res-
tes condições: ponsabilidade subscrito pelo autor do projecto que
a) Deverão ser instalados dispositivos de segu- garanta terem sido tomadas em consideração as ins-
rança, nomeadamente barras transversais ou truções do fabricante.
pegas laterais, que auxiliem os utentes a pre- 2 — Do projecto deve constar ainda o certificado de
parem-se para o início do deslizamento, evitan- origem dos equipamentos a montar, comprovativo do
do-se assim que as largadas possam ser efec- respeito pelas especificações técnicas e de segurança
tuadas de pé ou em salto sem prévia preparação; que garantam as condições óptimas de utilização dos
b) Nas pistas de forma fechada com extensão supe- equipamentos.
rior a 50 m e em todas as pistas cuja localização 3 — Quando existam estruturas para suporte e desen-
da plataforma não permita ao vigilante o ade- volvimento dos equipamentos, deve ser apresentado o
quado controlo do tanque de recepção e do correspondente projecto de estabilidade.
ponto de chegada das pistas que coordene
devem ser instalados semáforos; Artigo 21.o
c) Os semáforos devem estabelecer a cadência de Projecto da instalação de recirculação e tratamento de águas
utilização das actividades por meio de comandos
temporizados ou células eléctricas, por forma 1 — A concepção dos edifícios das centrais de bom-
que, ao acenderem, dêem a pista como livre bagem ou de tratamento das águas deve respeitar as
e permitam gerir a sua utilização em perfeitas seguintes condições:
condições de segurança, e deverão dispor ainda a) A localização deverá ser adequada a evitar a
de um sistema de bloqueio em caso de obstrução sobreposição dos seus circuitos de acesso com
da pista por um utente. as zonas destinadas à permanência e circulação
dos utentes;
Artigo 19.o b) Quando a instalação se efectue em espaços
enterrados, as escadas de acesso devem facilitar
Disposições gerais de segurança nas pistas a circulação das pessoas e as operações de reti-
1 — As estruturas de suporte das pistas devem ser rada dos equipamentos para reparações ou
construídas de modo a suportarem com segurança todas substituições;
as tensões estáticas e dinâmicas e o desgaste resultante c) Existência de dependências seguras para arrumo
da sua utilização. e resguardo dos produtos químicos utilizados,
2 — As superfícies de deslizamento das pistas devem devidamente isoladas e com condições de segu-
ser construídas com materiais inoxidáveis, dotadas de rança;
d) Os pavimentos deverão ser resistentes, antider-
superfícies lisas, não abrasivas, impermeáveis, de fácil
rapantes, de fácil limpeza e dotados de um sis-
limpeza e sem saliências ou obstruções de qualquer natu- tema de drenagem eficiente;
reza na secção tipo de utilização. e) Existência de sistemas eficientes de ventilação,
3 — As superfícies de deslizamento, bordos e pro- natural ou forçada.
tecções laterais devem ser contínuos em toda a sua
extensão, sem que as possíveis juntas ou uniões pro- 2 — As instalações de filtragem e bombagem devem
voquem ressaltos ou descontinuidades do plano de des- ser dimensionadas com base num cálculo hidráulico que
lizamento natural. dê resposta às necessidades de caudais de recirculação,
4 — De ambos os lados do exterior das pistas de des- velocidades de circulação e regimes de funcionamento
lizamento deverão existir zonas completamente livres compatíveis com o número de utilizadores.
de elementos estruturais, sendo estas calculadas a partir 3 — Deve prever-se um número suplementar de bom-
do bordo exterior da pista, do qual não podem distar bas prontas para a entrada em serviço, com capacidade
menos de 0,5 m. para garantirem um suprimento mínimo de 50 % dos
5 — Todos os trajectos das pistas de deslizamento caudais de serviço.
devem ser concebidos de forma a evitar que os utentes 4 — Os grupos de bombagem devem dispor de manó-
possam ser projectados para fora da estrutura ou percam metros e órgãos de protecção de modo a ser possível
o contacto com a superfície de deslizamento durante a reparação de qualquer grupo avariado sem a paragem
todo o percurso. dos restantes grupos da instalação.
N.o 75 — 31-3-1997 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 1403

5 — Os tanques destinados à compensação dos volu- 2 — Estas instalações devem ser concebidas e rea-
mes de água deslocados pelos utentes, à reserva de repo- lizadas de forma a cumprirem os mais elementares requi-
sição e à lavagem dos filtros devem observar as seguintes sitos de segurança, qualidade sanitária, facilidade de uti-
condições: lização e conservação, nomeadamente quanto às carac-
terísticas dos materiais, à organização de espaços e à
a) A concepção a partir do cálculo analítico que qualidade de construção.
tenha aqueles factores em consideração; 3 — As instalações deverão ainda observar as seguin-
b) Deverão ser dotados de fáceis condições de tes regras:
acesso para inspecção e limpeza, bem como de
uma capacidade mínima útil não inferior a a) Não é permitida a instalação de elementos e
0,08 m3 por cada metro quadrado de plano de apetrechos com saliências ou arestas vivas e a
água que sirvam; utilização de materiais porosos ou susceptíveis
c) Os sistemas de abastecimento de água deverão de contribuírem para o desenvolvimento de
ser formados por ramais próprios e de funcio- microrganismos patogénicos;
namento automatizado, com comandos por son- b) Os pavimentos devem ser executados com mate-
das e válvula de abertura electromagnética. riais de fácil limpeza, impermeáveis, antiderra-
pantes, resistentes ao desgaste e às acções dos
6 — A injecção ou lançamento de produtos químicos desinfectantes utilizados;
não pode ser feita directamente nos tanques, devendo c) Os pavimentos devem dispor de sistemas de dre-
as instalações de tratamento incluir sistemas para o nagem que evitem os encharcamentos e faci-
doseamento e injecção das soluções nos circuitos das litem a evacuação das águas;
tubagens de circulação. d) As paredes devem ser revestidas, até uma altura
de pelo menos 2 m, com materiais impermeá-
7 — Os dispositivos de doseamento das soluções são
veis, resistentes aos desinfectantes e fáceis de
constituídos por recipientes para a sua preparação e limpar, evitando na sua execução a formação
por bombas doseadoras reguláveis, de funcionamento de arestas vivas;
automático, em número correspondente aos diferentes e) A escolha, localização e protecção de aparelhos
produtos utilizados e com capacidades adequadas às e acessórios deve ser feita de modo que estes
necessidades da instalação. não constituam factor de risco para a segurança
dos utentes e do pessoal.
SECÇÃO III
4 — Os vestiários devem dispor de um serviço de
Distribuição dos espaços livres depósito para roupas, que pode ser organizado com sis-
temas individuais ou colectivos, desde que os diferentes
Artigo 22.o tipos de unidades receptoras possuam características de
Composição dos espaços concepção que garantam a sua repetida limpeza e
desinfecção.
1 — Os espaços livres de lazer que constituem o 5 — Os balneários e vestiários devem integrar-se em
recinto são compostos por zonas verdes arborizadas ou dependências ou em áreas adjacentes que comuniquem
relvadas, áreas de sombra, solários para os utentes e com os depósitos para a roupa, localizando-se prefe-
por uma rede de itinerários pedonais. rencialmente junto à entrada do recinto.
2 — Como zonas de lazer poder-se-ão considerar 6 — A área dos vestiários, com um espaço comum
ainda os terraços ou esplanadas dos similares de afecto a cada zona destinada a homens e mulheres, deve
hotelaria. ser equipada com cabides fixos e dispor de bancos para
Artigo 23.o os utentes, devendo ainda respeitar as seguintes regras:
Repartição dos espaços a) Os espaços comuns devem ser, no mínimo, de
15 m2 para os recintos de 3.a e 4.a categorias
1 — A repartição destes espaços deve ser harmoniosa, e de 30 m2 para os recintos de 2.a e 1.a categorias;
de forma a ter em conta a relação que deve existir com b) À última categoria são acrescidos 8 m2 por cada
a lotação máxima fixada para o recinto. 1000 pessoas a mais que excedam o limite infe-
2 — A área de sombra é obtida por recurso a arbo- rior da lotação fixada para a mesma;
rização ou dispositivos de concepção adequada, ocupando, c) As fracções superiores a 500 pessoas são arre-
no mínimo, 5 % da área dos espaços livres de lazer, não dondadas para o milhar imediato.
incluindo a área das esplanadas.
7 — Os blocos sanitários devem dispor de água cor-
SECÇÃO IV rente potável, de secadores de mãos ou toalhetes de
papel, de doseadores de sabão e de papel higiénico.
Instalações 8 — Quando a dimensão do recinto o justificar, os
SUBSECÇÃO I
aparelhos sanitários devem ser distribuídos por blocos
de menor capacidade, cuja dispersão permita a cada
Apoio ao público utente, onde quer que se encontre, a sua utilização sem
ter de percorrer mais de 120 m.
Artigo 24.o 9 — Os núcleos de balneários podem combinar áreas
Vestiários, balneários e sanitários destinadas a duches colectivos ou com cabina individual,
cabendo a cada espaço de banho uma área de
1 — Os vestiários, balneários e sanitários devem ser 0,8 m×0,8 m, acrescida de área própria contígua de
distintos por sexos e concebidos por forma a permitir passagem e secagem.
a sua utilização por cidadãos com deficiência, idosos 10 — Tendo em conta o disposto no n.o 1, o número
e crianças. de aparelhos sanitários a distribuir por cada uma das
1404 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 75 — 31-3-1997

instalações nele referidas deve ser calculado de acordo 2 — Esta dependência disporá, além de outros espa-
com a lotação máxima instantânea fixada para o recinto ços necessários à sua operacionalidade, de bilheteiras
e com as seguintes proporções: em número proporcional ao da lotação do recinto.
a) Um lavatório por cada 100 utentes, com o 3 — A lotação do recinto é controlada através de
mínimo de três; meios mecânicos ou electrónicos que permitam, a cada
b) Um chuveiro por cada 100 utentes, com o instante, a informação do número de pessoas que se
mínimo de quatro; encontram no recinto, de forma a impedir que se exceda
c) Bacias de retrete: a lotação máxima fixada.
4 — Integrado neste conjunto deve existir uma depen-
Mulheres: uma por cada 100 utentes, com dência que funcionará como recepção e que constituirá
o mínimo de quatro; o centro de relações entre a exploração e os utentes,
Homens: uma por cada 200 utentes, com o para efeito de prestação de informações ou de aten-
mínimo de duas; dimento de reclamações.
d) Um urinol de descarga automática por cada 100
utentes, com o mínimo de quatro. Artigo 28.o
Zonas técnicas c de armazenamento
Artigo 25.o
1 — As dependências destinadas às zonas técnicas ou
Serviços de socorro de armazenamento devem localizar-se em áreas adja-
1 — Os recintos devem dispor de um posto de socor- centes aos equipamentos que servem, mas distanciadas
ros situado em local imediatamente identificável, de fácil e isoladas das áreas e percursos acessíveis ao público.
acesso pelo interior do recinto e que permita uma ime- 2 — As áreas necessárias ao seu funcionamento
diata e rápida evacuação para o exterior. devem dispor de condições higiénicas e de ventilação
2 — O posto de socorros deve estar provido de medi- que garantam a segurança do pessoal que ali presta
camentos e material sanitário, tendo permanentemente serviço.
a dotação mínima a fixar por despacho do presidente 3 — As dependências para a instalação de sistemas
do Instituto Nacional do Desporto (IND), ouvido o Ins- de tratamento de água por cloro em estado gasoso
tituto Nacional de Emergência Médica. devem respeitar os seguintes requisitos:
3 — O posto de socorros deverá ter uma dimensão a) Os pavimentos devem situar-se à cota do terreno
mínima que permita a inscrição de um círculo com 3 m exterior adjacente, sendo proibida a instalação
de diâmetro, possuir acesso directo pelo exterior através do sistema em cave;
de vão com um mínimo de 1,2 m, ser equipado com b) As instalações ou dependências devem locali-
pia sanitária e lavatório e dispor das seguintes áreas zar-se a uma distância não inferior a 25 m de
mínimas: qualquer entrada ou do sistema de ventilação
1.a e 2.a categorias — 18 m2; de outras instalações;
3.a e 4.a categorias — 12 m2. c) Deverá ser observado um afastamento relati-
vamente às áreas ou caminhos públicos que
4 — O posto de socorros deverá ter em divisão con- desincentive o acesso a estranhos e previna
tígua um sanitário de apoio, privativo da instalação. acções de vandalismo;
5 — A instalação deve ter acesso directo à rede tele- d) As portas devem abrir para o exterior e ser dota-
fónica e à rede de intercomunicação interna do recinto, das de frestas para ventilação;
englobando-se nesta, obrigatoriamente, a segurança, o e) As instalações não podem comunicar com outras
director de exploração, o supervisor e os chefes de zona. partes do edifício em que se integrem e o seu
acesso deve fazer-se apenas pelo exterior, no
Artigo 26.o qual será colocado um dístico referindo
«Perigo — Cloro em gás»;
Postos de água para consumo público
f) O dimensionamento do compartimento destinado
1 — Devem ser instalados postos de água para con- às botijas atenderá ao número mínimo de cilin-
sumo público, de jacto ascendente, na proporção de dros em espera, em uso e vazios, e terá o máximo
um por cada 750 utentes. de 2 m×1,25 m, por forma a evitar o encerra-
2 — Estes postos distribuem-se por diferentes zonas, mento completo de uma pessoa no seu interior.
preferencialmente nas de maior concentração de pes-
soas, devendo o seu pavimento ser concebido com uma 4 — Os diversos elementos necessários à activação,
protecção perimetral, antiderrapante, contra o enchar- bombagem, filtração e tratamento da água, bem como
camento da área circundante. os geradores, os transformadores de energia eléctrica
e outros equipamentos de apoio às instalações existen-
SUBSECÇÃO II
tes, serão instalados em dependências de acesso inter-
dito ao público.
De apoio à exploração
Artigo 29.o
Artigo 27.o Apoio ao pessoal
Controlo e recepção
1 — Devem ser previstos vestiários, balneários e ins-
1 — Os recintos devem ter uma dependência adequa- talações sanitárias para apoio ao pessoal localizados em
damente localizada para o controlo de acesso e saída zonas que não interfiram ou coincidam com as desti-
dos utentes. nadas ao público.
N.o 75 — 31-3-1997 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 1405

2 — Os vestiários devem ser providos de cacifos indi- 2 — A água das actividades aquáticas deverá ser pró-
viduais para guarda de roupa, bancos e cabides fixos pria ou aceitável, de acordo com o anexo II.
em número suficiente ao das pessoas a servir. 3 — A classificação é aceitável quando algumas das
3 — Nos casos em que o pessoal esteja exposto a subs- características ultrapassarem, pontualmente, os limites
tâncias tóxicas, irritantes ou desinfectantes, os armários recomendados no anexo II, até um máximo de três vezes
devem ser constituídos por dois compartimentos inde- não consecutivas na época, excepto no que se refere
pendentes, que permitam guardar a roupa de uso pessoal a produtos tóxicos, radioactivos, indicadores de conta-
em local diferente do destinado ao fato de trabalho. minação fecal, ou microrganismos patogénicos, casos em
4 — As instalações devem ser dimensionadas em rela- que se considera imprópria.
ção ao número de funcionários a servir e respeitar as 4 — A existência de água imprópria obriga à reali-
seguintes condições: zação de nova análise em laboratório oficial ou creditado
a) A existência de blocos independentes para junto da entidade fiscalizadora.
homens e mulheres; 5 — Caso a nova análise confirme a má qualidade
b) No caso de a totalidade do pessoal ser igual da água, a entidade fiscalizadora procederá de imediato
ou superior a 100 pessoas, deve ser prevista uma ao encerramento da actividade ou actividades aquáticas
divisão, com área não inferior a 16 m2, que ser- servidas pela água imprópria, até que a mesma se encon-
virá de sala de convívio ou de descanso; tre em condições potáveis.
c) As instalações devem ser dotadas do seguinte:
Um lavatório fixo; Artigo 32.o
Uma bacia de retrete por cada 15 mulheres Instalação de recirculação e tratamento da água
ou fracção trabalhando simultaneamente;
Uma bacia de retrete por cada 25 homens 1 — As instalações de recirculação e tratamento da
ou fracção trabalhando simultaneamente; água devem ser dimensionadas para fornecerem o dese-
Um urinol, na antecâmara da retrete, e na jável caudal de água, filtrada, desinfectada e da qua-
proporção anterior; lidade exigida no artigo anterior, e deverá ainda obser-
Um chuveiro por cada grupo de 10 pessoas var-se o seguinte:
ou fracção que cessem simultaneamente o a) O período de recirculação de todo o volume
trabalho. de água de cada actividade aquática não poderá,
em caso algum, ser superior a seis horas;
5 — As instalações referidas neste artigo devem ainda b) Devem ser instalados caudalímetros ou medi-
observar o disposto no n.o 2 do artigo 24.o
dores instantâneos de caudal para assegurar o
controlo dos caudais de recirculação em cada
tanque;
CAPÍTULO III c) Como meio de regeneração complementar da
Das condições de exploração água deverá ser assegurada uma reposição diária
de água nova na proporção mínima de 2% do
SECÇÃO I volume de cada tanque, salvo nos casos em que
os resultados da qualidade da água registem
Requisitos da qualidade e tratamento da água insuficiências nos níveis exigidos, o que deter-
minará uma intervenção das autoridades de
Artigo 30.o saúde para impor uma reposição diária mínima
Água para consumo humano que poderá ir até aos 5%;
d) Para controlo dos volumes de água de reposição
1 — A água para consumo humano deve ser potável,
as instalações serão equipadas com contado-
de acordo com a legislação em vigor.
res-totalizadores.
2 — O abastecimento da água para consumo humano
deve ser feito pela entidade distribuidora de água da 2 — O número de unidades filtrantes em serviço será
região, ou, caso tal não seja possível, pode ser utilizado
determinado em função dos caudais de serviço, mas
um sistema próprio de captação de água, desde que
nunca será inferior a duas unidades com características
esta obedeça aos critérios de potabilidade, ao controlo
regular e à vigilância sanitária legalmente exigíveis. idênticas e montadas em paralelo.
3 — Quando a água para consumo humano tiver ori- 3 — As tubagens, válvulas de manobra e de seccio-
gem diferente da da rede pública, o seu controlo será namento de toda a instalação devem ser estabelecidas
da responsabilidade da entidade administrativa com por forma a permitir as operações de lavagem ou de
competência na matéria. reparação individuais sem necessidade da paragem do
funcionamento desta.
Artigo 31.o Artigo 33.o
Água para consumo nas actividades aquáticas Filtração e renovação

1 — A água de alimentação dos tanques tem de ser 1 — A água nos tanques das actividades aquáticas
potável, devendo ser proveniente de uma rede pública deve ser filtrada, desinfectada e possuir um poder desin-
de abastecimento, ou, caso tal não seja possível, deve fectante residual de modo que as suas características
ser obtida autorização emitida pelos organismos de físico-químicas e bacteriológicas correspondam ao cons-
tutela da saúde e da gestão dos recursos hídricos. tante no anexo II.
1406 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 75 — 31-3-1997

2 — A reposição diária de água nova deve proces- 2 — As amostras de água para as análises diárias
sar-se por meio de sistemas automáticos, com válvulas devem ser colhidas pelo menos em dois pontos da massa
de abertura controlada por sondas de nível, e sempre de água presente em cada tanque.
com a passagem prévia da água através de um tanque 3 — As análises físico-químicas e bacteriológicas
de desconexação, que funcionará igualmente como tan- serão feitas duas vezes por mês, com um mínimo de
que de compensação, cuja instalação e funcionamento 10 dias de intervalo, por recurso a laboratórios oficiais
obedecerá ao expresso no n.o 5 do artigo 21.o ou acreditados, devendo a entidade exploradora indicar
os produtos utilizados no tratamento da água.
3 — As instalações de filtração de água devem obede-
cer ao disposto no anexo III.
Artigo 36.o
Artigo 34.o Registo do resultado das análises

Tratamento 1 — Para registo dos resultados relativos às análises


deve existir em cada empreendimento um ou mais livros
1 — Os produtos químicos a utilizar na desinfecção de registo do controlo da água, previamente paginados
da água dos tanques das actividades aquáticas devem e visados pela autoridade competente.
ser autorizados expressamente pelas autoridades de 2 — O preenchimento diário e a manutenção do livro
saúde. de registo do controlo da água são da responsabilidade
2 — Desde que se alcancem os parâmetros do do director do empreendimento.
anexo II, podem ser utilizados os seguintes sistemas: 3 — Os valores do pH, teores de desinfectante e tem-
a) Sistema de desinfecção com produtos de cloro peraturas da água de cada tanque devem ser afixados
em local bem visível a todos os utentes.
e derivados (sistema de tipo I):
4 — À entrada do empreendimento devem ser afi-
Hipoclorito de sódio; xados os resultados das análises laboratoriais e das ins-
Hipoclorito de cálcio; pecções sanitárias.
Cloro em estado líquido ou gasoso;
Produtos que contenham ácido tricloroisocia-
SECÇÃO II
núrico ou dicloroisocianurato de sódio ou
de potássio, ou outros derivados do ácido Condições hígio-sanitárias
isocianúrico;
Artigo 37.o
b) Sistema de desinfecção com bromo (sistema de
Condições gerais
tipo I);
c) Sistema de desinfecção com ozono (sistema de 1 — Todas as actividades aquáticas, instalações e
tipo II): equipamentos dos empreendimentos devem manter-se
em perfeito estado hígio-sanitário e de conservação.
A ozonização da água deve ser efectuada fora 2 — Antes da reabertura anual ao público deverão
dos tanques e de modo que nos circuitos ser assegurados:
de retorno e à entrada destes o residual
de ozono seja inferior a 0,01 mg/l. a) Reparações e pinturas que se revelem neces-
sárias;
4 — Entre o ponto de injecção do ozono e o dis- b) Funcionamento normal de todos os equipa-
positivo de desozonização deve dispor-se um depósito mentos;
de mistura e contacto que permita manter uma taxa c) Desinfecções e desinfestações em todos os locais
residual mínima de 0,4 mg/l de ozono durante quatro e dependências onde se revelem necessárias
estas acções;
minutos.
d) Limpeza eficaz de todo o recinto.
5 — Para assegurar a capacidade desinfectante resi-
dual das águas nos tanques, e após a desozonização, 3 — Após a conclusão das pinturas, a desinfecção dos
deve ser injectado um desinfectante complementar, de tanques das actividades aquáticas deve ser efectuada
modo a manter um teor residual e um valor do pH por lavagem, manual ou por aspersão, com hipoclorito
que se situem nos parâmetros definidos no anexo II. de sódio, sendo a primeira lavagem com uma concen-
6 — A adição do desinfectante ou de outro aditivo tração de cloro na razão de 50 mg/l ou com outro pro-
autorizado processa-se obrigatoriamente mediante sis- duto autorizado com poder desinfectante equivalente,
tema automático de dosagem. seguida de uma outra com uma concentração reduzida
a um quinto, mantendo-se as descargas de fundo abertas
em ambos os casos.
Artigo 35.o 4 — Para limpeza e desinfecção dos sistemas de cir-
Controlo da qualidade da água culação da água das actividades aquáticas estes devem
ser postos previamente a funcionar, com uma concen-
1 — As determinações do cloro livre, do pH e da tur- tração de cloro na razão de 30 mg/l, que se vai baixando
vação serão realizadas de quatro em quatro horas, sendo até à obtenção de níveis de concentração admissíveis
a primeira obrigatoriamente feita antes da abertura diá- para funcionamento da instalação com público, podendo
ria das instalações ao público, devendo as entidades em alternativa ser utilizado outro produto autorizado
exploradoras dos empreendimentos dispor dos dispo- com poder desinfectante equivalente e nas proporções
sitivos e reagentes necessários à operação. adequadas ao mesmo.
N.o 75 — 31-3-1997 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 1407

5 — A desinfecção da rede de abastecimento de água mação para as tarefas que lhes são distribuídas, sem
para consumo humano, antes da sua entrada em serviço prejuízo dos acordos laborais que possam estar esta-
e após intervenção para reparações da tubagem enter- belecidos para as actividades em causa.
rada, deve efectuar-se com uma solução de hipoclorito 2 — O desempenho das funções que garantem o fun-
de sódio, com uma concentração em cloro disponível cionamento do recinto é distribuído por pessoal de:
não inferior a 10 mg/l, ou outro produto autorizado
de características idênticas. a) Direcção;
6 — No caso do número anterior, a água com desin- b) Vigilância;
fectante deverá ser retida na rede durante vinte e quatro c) Recepção e controlo;
horas, após o que se procede ao seu esvaziamento com- d) Salvamento — nadadores-salvadores;
pleto, efectuando-se posteriormente o seu enchimento e) Prestação de socorros;
com água da rede e o seu esvaziamento tantas vezes f) Manutenção e conservação;
quantas as necessárias até que o teor detectável de cloro g) Segurança;
residual livre na água esteja em conformidade com o h) Auxiliar.
disposto na legislação em vigor.
Artigo 42.o
Artigo 38.o Pessoal de direcção
Desinfecções e desinfestações 1 — A direcção do empreendimento compete a um
1 — Os balneários e sanitários devem ser lavados e director, sem prejuízo das competências e responsabi-
desinfectados diariamente, prestando particular atenção lidades que cabem à entidade exploradora.
aos pavimentos e estrados onde os utentes se desloquem 2 — O director do empreendimento representa a enti-
descalços, de modo a impedir a proliferação de fungos. dade exploradora, a menos que a mesma tenha sido
2 — A desinfestação das instalações do empreendi- conferida a outrem.
mento deve realizar-se uma vez por ano, um mês antes 3 — O director do empreendimento é o responsável
da reabertura, ou sempre que tal acção se apresente pela ordem e correcto funcionamento de todas as acti-
como conveniente. vidades, bem como pelo cumprimento das disposições
regulamentares estabelecidas para a exploração.
Artigo 39.o 4 — O director do empreendimento e a entidade
exploradora do recinto respondem solidariamente pelas
Águas residuais ocorrências sucedidas durante a exploração e pelo
1 — Os empreendimentos devem dispor de uma rede incumprimento de todas as formalidades legais relativas
de águas residuais que impeça o seu escoamento a céu à mesma.
aberto. 5 — O director permanece no recinto durante todo
2 — A evacuação das águas residuais deve proces- o período de funcionamento, podendo ser substituído
sar-se através do colector municipal. por pessoa por ele designada, que assumirá as suas res-
3 — Caso não exista colector municipal, o empreen- ponsabilidades durante o período de impedimento ou
dimento deverá ter, obrigatoriamente, uma estação de de ausência temporária.
tratamento de águas residuais (ETAR), para drenagem
das mesmas, situada a uma distância tal que não afecte Artigo 43.o
a saúde, o bem-estar e a segurança das pessoas.
4 — O efluente tratado respeitará a legislação em Pessoal de vigilância
vigor, nomeadamente a Portaria n.o 624/90, de 4 de 1 — O pessoal de vigilância garante a ordem e o cor-
Agosto. recto funcionamento das actividades do empreendi-
Artigo 40.o mento, exercendo todas as tarefas relacionadas com o
Resíduos sólidos seu cargo que lhe sejam fixadas pelo director.
2 — Nas plataformas de partida de cada actividade
1 — No empreendimento, além dos recipientes para deve existir pelo menos um vigia, sem prejuízo do dis-
papéis colocados nas zonas públicas, serão instalados posto no anexo I.
dispositivos, constituídos por material lavável, com
tampa, para recolha do lixo produzido pelos utentes, Artigo 44.o
em número compatível com a lotação do mesmo. Pessoal de recepção e controlo
2 — Os resíduos sólidos diários são armazenados em
contentores de fecho hermético e de material adequado 1 — O pessoal de controlo e recepção encarrega-se
à sua limpeza, localizados em ponto afastado das zonas de controlar a entrada dos utentes e visitantes, prestando
destinadas ao público e de fácil acesso à viatura de reco- as informações ou esclarecimentos que lhe sejam soli-
lha, sendo a sua remoção feita diariamente. citados.
2 — A este pessoal compete assegurar que as pessoas
SECÇÃO III que se encontram dentro do recinto em nenhum
momento excedam a lotação máxima autorizada.
Requisitos do pessoal e suas funções

Artigo 41.o Artigo 45.o


Distribuição de funções Pessoal de salvamento — nadadores-salvadores

1 — O funcionamento dos recintos deve ser assegu- 1 — O pessoal de salvamento deve estar habilitado
rado por um conjunto de pessoas com adequada for- com um certificado de nadador-salvador e ainda com
1408 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 75 — 31-3-1997

o curso de primeiros socorros emitido por entidade auto- venham a ser fixadas pela empresa exploradora do
rizada para o efeito. recinto.
2 — A este pessoal compete zelar pela segurança e
direcção das actividades aquáticas, desenvolvendo as Artigo 50.o
acções que se revelarem ajustadas. Uniformes do pessoal
3 — Consoante a dimensão do empreendimento, este
pessoal organiza-se pelas seguintes funções: O pessoal deve exercer as suas funções envergando
um uniforme próprio, definido pela entidade explora-
a) Supervisor — cargo a desempenhar por um dora, que permita a sua fácil distinção e identificação.
monitor nadador-salvador, que será o respon-
sável pela aptidão e treino do restante pessoal
interessado na segurança das actividades, bem SECÇÃO IV
como por todo este sector, que coordenará, esta-
belecendo para o efeito as necessárias ligações Funcionamento
com a direcção do empreendimento, com o ser-
viço de segurança e com o serviço de socorro; Artigo 51.o
b) Chefe da zona — cargo a desempenhar por um
nadador-salvador com experiência comprovada Exploração
nesta área, que será o responsável por um grupo 1 — Os titulares dos empreendimentos podem pro-
de actividades aquáticas, nas quais coordena a mover a exploração dos mesmos directamente ou por
acção e distribuição dos nadadores-salvadores recurso a terceiros, cabendo-lhes, em qualquer dos
afectos à sua zona; casos, assumir solidariamente as responsabilidades e
c) Nadador-salvador — é o responsável directo obrigações inerentes à organização e funcionamento dos
pela segurança de cada actividade que lhe tenha respectivos empreendimentos.
sido confiada, devendo vigiar atentamente os 2 — Caso os serviços complementares sejam explo-
utentes, para garantir a sua integridade física, rados por entidades distintas da entidade exploradora
não permitindo qualquer infracção às normas do empreendimento, esta responde solidariamente pela
estabelecidas de conduta e utilização dos equi- manutenção das condições de segurança, de higiene e
pamentos e prestando os primeiros socorros em qualidade dos serviços prestados.
caso de acidente ou doença súbita, que comu-
3 — A entidade exploradora do empreendimento
nicará imediatamente o facto ao chefe da zona.
obriga-se a:
Artigo 46.o a) Tomar as medidas de segurança e higiene, de
carácter geral ou específico, que em qualquer
Pessoal de prestação de socorros
momento se venham a mostrar necessárias, por
O pessoal de prestação de socorros é constituído por forma a manter o recinto, os equipamentos e
pessoal médico ou de enfermagem e socorristas que as instalações de apoio em perfeitas condições
possuam a formação necessária, a quem compete a deci- de uso e funcionamento;
são do recurso aos meios externos de socorro e tra- b) Permitir e facilitar as inspecções efectuadas
tamento, cuja comunicação é obrigatoriamente efec- pelas autoridades competentes, fazendo-se
tuada ao responsável pela segurança do empreendi- representar, obrigatoriamente, através de um
mento. dos seus titulares;
Artigo 47.o c) Ter os livros legalmente exigidos, com os regis-
tos em dia, em bom estado de conservação,
Pessoal de manutenção e conservação
facultando a sua apresentação ao público e às
1 — Ao pessoal de manutenção e conservação com- autoridades encarregadas das inspecções e con-
pete assegurar o regular funcionamento dos equipamen- trolo;
tos e instalações. d) Responder civil ou criminalmente pelas ocor-
2 — O referido pessoal organiza-se de acordo com rências verificadas no empreendimento em con-
as categorias profissionais que lhe permita a adequada sequência das quais resultem danos materiais
intervenção nas áreas da sua competência. ou pessoais abrangidos pela legislação vigente;
3 — A coordenação do pessoal a que se refere o pre- e) Promover e manter actualizado o seguro obri-
sente artigo compete a um encarregado geral de expe- gatório de responsabilidade civil que cubra os
riência comprovada. normais riscos do funcionamento, incluindo os
Artigo 48.o de acidentes dos utentes;
f) Informar a entidade licenciadora acerca do
Pessoal de segurança
encerramento temporário que o empreendi-
O pessoal de segurança é constituído por elementos mento venha a ter e das datas da sua reabertura;
com formação profissional adequada para o cargo e inte- g) Requerer à entidade licenciadora vistoria às ins-
gra o serviço de segurança descrito na secção III do talações com, pelo menos, 30 dias de antece-
capítulo IV do presente Regulamento. dência em relação à data prevista para a
reabertura;
Artigo 49.o h) Nos casos em que os empreendimentos tenham
funcionamento contínuo, deverá ser requerida
Pessoal auxiliar
uma vistoria anual no mês de Março;
Considera-se pessoal auxiliar o que realiza tarefas de i) Facultar ao público, quando este o solicitar, o
natureza executiva simples e diversificada, que lhe regulamento interno da exploração;
N.o 75 — 31-3-1997 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 1409

j) Promover a manutenção, à entrada do empreen- 2 — Na primeira página de cada livro figurará a data
dimento, dos cartazes com as informações diri- da sua abertura, a designação comercial do empreen-
gidas ao público relativas à identificação da enti- dimento, a entidade exploradora, a respectiva sede e
dade exploradora, à lotação máxima instantânea a designação do livro em conformidade com o referido
do recinto, aos preços do custo dos diferentes no n.o 1.
serviços prestados e às normas genéricas da 3 — Havendo mais de um livro de registo do controlo
exploração com interesse imediato para o utente da água, devem também ser indicados quais os tanques
que vai obter o seu ingresso no recinto, desig- ou actividades aquáticas a que o mesmo diz respeito.
nadamente a indicação dos riscos inerentes no
uso dos vários equipamentos de diversão aquá-
tica por parte de pessoas que sofram de doenças Artigo 55.o
dos foros neurológico e cardiovascular. Livro de reclamações

4 — A reabertura ou manutenção do funcionamento 1 — Em todos os empreendimentos deverá existir um


dos recintos fica condicionada ao resultado favorável livro de reclamações, aprovado pelo IND, que será sem-
das vistorias. pre facultado a quem o solicite, desde que exiba do-
Artigo 52.o cumento comprovativo da sua identificação e indique
a sua morada.
Verificação das instalações 2 — As entidades exploradoras ou os proprietários
1 — Antes da abertura diária das instalações ao dos empreendimentos, através do director do empreen-
público deve verificar-se, sob a supervisão do director dimento, devem enviar cópia integral das reclamações,
do empreendimento, se as condições hígio-sanitárias das por carta registada e no prazo de quarenta e oito horas,
instalações respondem aos condicionamentos legais exi- ao IND.
gidos, nomeadamente verificando o correcto funciona- 3 — À entrada do empreendimento, em lugar bem
mento e efectuando o controlo sanitário da água de visível, deve ser afixada a indicação da existência de
cada uma das actividades aquáticas. livro de reclamações.
2 — Quando da verificação resulte que alguma acti-
vidade aquática não possa entrar em funcionamento, Artigo 56.o
deve proceder-se de imediato à interdição do seu uso,
a qual deve ser divulgada através de cartazes bem visíveis Regulamento interno
colocados na zona de acesso do público às instalações.
1 — Os recintos abrangidos pelo presente diploma
3 — As instalações não podem ser abertas ao público
devem dispor de um regulamento interno, a elaborar
enquanto não estiverem nos seus postos o pessoal de
pela entidade exploradora, que estabeleça o regime de
vigilância, de salvamento e de socorro afecto a cada
uma das actividades. uso e de funcionamento do mesmo.
4 — Quando a entidade exploradora, por razões 2 — A entidade exploradora deve submeter à apro-
extraordinárias, não possa dispor de nadadores-salva- vação da entidade licenciadora do funcionamento uma
dores para cobrir alguma actividade aquática, o director cópia do regulamento interno no prazo de 30 dias antes
ordenará o encerramento da mesma nos termos fixados da entrada em funcionamento do recinto ou de eventuais
no n.o 2. alterações ao referido regulamento.
3 — Como normas gerais, o regulamento interno deve
Artigo 53.o
conter disposições sobre:
Trabalhos realizados nos recintos
a) Pessoal, nomeadamente as instruções sobre a
1 — Todos os trabalhos de reparações ou alterações organização e respectivas obrigações;
a realizar nos recintos só podem ser efectuados fora b) A não admissão de menores de 12 anos que
do horário de abertura ao público. não se façam acompanhar por pessoas de maior
2 — Exceptuam-se do caso anterior os trabalhos de idade que se responsabilizem pela sua vigilância
manutenção normal ou reparações pontuais, realizados e comportamento;
nas instalações às quais o público não tenha acesso, c) A proibição de acesso às pessoas que, pelo seu
e desde que deles não resulte a paragem dos equipa- estado, possam perturbar a ordem ou tranqui-
mentos ou variações no seu regime de funcionamento lidade públicas;
que alterem os regulamentares padrões de segurança d) A interdição do acesso a pessoas portadoras de
ou qualidade que deles dependam. armas ou objectos que possam ser utilizados
como tal;
Artigo 54.o e) A proibição de comer, beber ou fumar nas zonas
Livros de registo das actividades aquáticas;
f) A interditação do acesso de animais ao recinto;
1 — Qualquer empreendimento disporá dos seguintes g) O não abandono no recinto de artigos ou mate-
livros de registo, os quais devem ter as respectivas pági- riais sem préstimo.
nas numeradas, com a autenticação da entidade licen-
ciadora:
4 — O referido regulamento deve ainda estabelecer
a) Livro de registo de ocorrências assistidas no que as actividades aquáticas não poderão ser utilizadas
posto de socorros referido no n.o 1 do por pessoas com óculos ou portadoras de anéis, relógios,
artigo 25.o; pulseiras, fios ou quaisquer outros objectos que possam
b) Livros de registo do controlo da água, previstos causar dano nas superfícies de deslizamento ou aos res-
no n.o 1 do artigo 36.o tantes utentes.
1410 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 75 — 31-3-1997

5 — Como normas de uso dos escorregas, pistas e terá obrigatoriamente de dispor do pessoal a que se
rampas, o regulamento deve determinar as seguintes faz referência na secção III do capítulo III do presente
proibições: Regulamento em número adequado às dimensões do
a) Os lançamentos de pé, ou de forma diferente recinto e devidamente preparado e especializado.
da expressamente indicada para cada actividade; 2 — O quadro mínimo do pessoal de salvamento e
b) A paragem em qualquer ponto das pistas e a de vigilância é determinado em função das actividades
formação de cadeias ou uniões com outros aquáticas existentes, por aplicação das exigências que
utentes; para cada uma são estabelecidas no anexo I.
c) A utilização das pistas a partir de qualquer 3 — Nos recintos de 1.a categoria, o pessoal do posto
ponto intermédio que não seja a plataforma de de socorros deve ser reforçado com mais um profissional
lançamento; de enfermagem no período que decorre entre 15 de
d) A permanência nos tanques de recepção após Junho e 15 de Setembro.
a queda nos mesmos. 4 — O pessoal de prestação de socorros permanece
no posto de socorros durante a totalidade do período
SECÇÃO V de abertura ao público.
Registo
SECÇÃO II
Artigo 57.o
Registo Meios materiais

1 — A entidade exploradora dos recintos com diver- Artigo 59.o


sões aquáticas deve promover o registo e a actualização
dos seguintes elementos: Meios de apoio ao salvamento

a) Nome comercial do recinto; Devem existir meios de apoio ao pessoal de salva-


b) Data da aprovação do projecto, classe do recinto mento em número suficiente para que em qualquer
e lotação; momento possam ser utilizados pelo pessoal em serviço:
c) Localização do recinto;
d) Entidade proprietária e respectivo domicílio ou a) Bóias circulares com retenida de 36 m de
sede e identificação dos seus administradores, comprimento;
directores ou gerentes; b) Bóias-torpedo, que constituem equipamento
e) Entidade ou entidades exploradoras, respectivo próprio do salvador;
domicílio ou sede, identificação dos adminis- c) Varas de salvamento telescópicas de 3 m a 6 m
tradores, directores ou gerentes e menção dos de comprimento;
respectivos títulos de exploração; d) Maca portátil para transporte dos acidentados;
f) Identificação do director do recinto. e) Maca portátil rígida, com possibilidade de flu-
tuação, dotada de correias para imobilização do
2 — Os elementos referidos no número anterior são acidentado;
enviados à câmara municipal e ao IND para registo,
bem como todas as suas actualizações. f) Coletes salva-vidas;
3 — Além dos elementos referidos no n.o 1 do pre- g) Dispositivos de emergência, consistindo num
sente artigo, a câmara municipal e o IND podem, a interruptor ou similar, que permitam a para-
qualquer momento, solicitar às entidades exploradoras lisação imediata dos mecanismos de agitação
a junção de outros que julguem necessários, bem como da água, os quais deverão situar-se em lugar
exigir a prova documental das informações prestadas. de acessibilidade imediata;
4 — O registo deve ser solicitado até 30 dias antes h) Barcos salva-vidas com capacidade para dois
da abertura ao público, devendo qualquer alteração aos socorristas e o acidentado, nos casos em que
elementos do mesmo ser enviada à câmara municipal as actividades o justifiquem;
e ao IND nos 30 dias posteriores à sua verificação. i) Máscaras de ressuscitação para adultos e crian-
5 — Poderão ser passadas certidões dos elementos ças;
constantes do registo, a requerimento de quem mostre
interesse legítimo na sua obtenção. j) Outro material de apoio ou de primeiros socor-
6 — Do requerimento deverão constar os fins a que ros e imobilização.
se destinam as certidões, que não poderão ser usadas
para efeitos diferentes dos requeridos. Artigo 60.o
Meios passivos
CAPÍTULO IV
São considerados meios passivos de salvamento todos
Dos meios de segurança aqueles que, uma vez instalados, informam o público,
SECÇÃO I facilitam o trabalho do pessoal de salvamento, indicam
as disposições regulamentares e as características que
Meios pessoais particularizam o uso de cada actividade, nomeadamente:
Artigo 58.o a) Placas indicadoras de normas regulamentares
e de uso de cada actividade, bem assim como
Pessoal de controlo, salvamento e vigilância
as proibições ou limitações impostas, a colocar
1 — Para o controlo e vigilância da utilização das acti- em locais visíveis, devendo manter-se legíveis
vidades aquáticas, a entidade exploradora do recinto em todas as circunstâncias, sendo os respectivos
N.o 75 — 31-3-1997 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 1411

textos escritos nas línguas portuguesa, inglesa 3 — Ao serviço de segurança são confiadas as seguin-
e francesa; tes funções:
b) Inscrições com as marcas de profundidade dos a) Zelar pelo desimpedimento dos caminhos de
tanques, traduzidas em metros, tomando como evacuação durante os períodos de presença do
referência o fundo destes e a sua superfície de público;
espelho de água, cuja colocação em todos os b) Garantir a operacionalidade de todos os dis-
tanques obedece às condições referidas no positivos e instalações de segurança;
artigo 14.o; c) Garantir a manutenção adequada das instala-
c) Cabos flutuadores, dispondo de pequenas bóias ções que possam afectar as condições de segu-
de cor bem visível, que se utilizam para separar rança e, de um modo geral, pelo cumprimento
entre si duas ou mais zonas dos tanques; das disposições regulamentares relativas à
d) Elementos de descanso e apoio dos pés, colo- exploração dos recintos;
cados em todos os tanques onde a profundidade d) Elaborar relatórios escritos referentes a todas
máxima exceda 1,75 m em qualquer ponto, colo- as ocorrências relacionadas com a segurança dos
cados 1,2 m abaixo do nível da água, com um recintos;
máximo de 0,15 m de largura e localizados nas e) Orientar e auxiliar as acções que envolvam a
zonas onde a profundidade exceda o limite participação do público sempre que alguma
indicado; situação de emergência as torne necessárias.
e) Barreiras arquitectónicas que impeçam a entrada
descontrolada dos utentes nos tanques das acti-
vidades aquáticas, exceptuando nas zonas de Artigo 63.o
acesso ou saída dos mesmos, protegidas neste Composição do serviço de segurança
caso por lava-pés;
f) Cadeiras de vigilância para os nadadores-sal- 1 — Nos recintos de 1.a categoria, o serviço de segu-
vadores, com toldo e plataforma elevada em rança será assegurado, no mínimo, por três elementos,
relação ao plano de água com 2 m acima do para além do responsável, devendo o responsável pelo
nível de apoio da torre; serviço ser afecto exclusivamente à sua tarefa no caso
g) Escadas e rampas para acesso/saída dos tanques, de lotações superiores a 3000 pessoas.
nas condições fixadas no artigo 15.o 2 — Nos recintos de 2.a categoria, o número de ele-
mentos afectos ao serviço de segurança deve ser de dois,
para além do responsável.
Artigo 61.o 3 — Nos recintos das restantes categorias, este serviço
pode ser desempenhado apenas por um elemento, que
Sistema de comunicações
será igualmente o responsável.
1 — Cada actividade deverá ser dotada de meios de
comunicação que permitam o estabelecimento directo Artigo 64.o
de contacto com os responsáveis do sector da segurança
das instalações e do posto de socorros. Posto de segurança
2 — Todos os elementos integrados no pessoal de sal- 1 — Os recintos de 1.a e 2.a categorias devem ser dota-
vamento ou vigilância devem dispor de um dispositivo dos de uma dependência destinada a posto de segurança,
sonoro, podendo ser accionado por sopro, facilmente com acesso fácil, devidamente identificado e localizado,
audível, e que, por sinais sonoros estabelecidos no regu- sempre que possível, ao nível de chegada dos meios
lamento da actividade do recinto, comuniquem entre de socorro exteriores.
si através de código ou sirvam de chamada de atenção 2 — As centrais de alarme, bem como os meios de
dirigida aos utentes. comunicação interna ou externa necessários ao eficaz
3 — Sempre que a distância entre postos de uma funcionamento do serviço, devem ser instalados no posto
mesma actividade aquática o justifique, deve ser criado de segurança.
um sistema de comunicação entre o pessoal de salva-
mento e os vigilantes por recurso a rádios emissores- Artigo 65.o
-receptores portáteis. Acções de formação

1 — A entidade exploradora deve promover acções


SECÇÃO III de formação dirigidas ao seu pessoal tendentes ao
conhecimento e execução prática do regulamento da
Serviço de segurança exploração.
2 — A entidade exploradora organizará ainda, ou pro-
Artigo 62.o moverá por recurso a terceiros, cursos práticos em que
Funções do serviço de segurança se estudem e resolvam diferentes situações especiais que
podem ocorrer durante a exploração do recinto, asse-
1 — Nos períodos de abertura ao público deve per- gurando a comparência do pessoal afecto à segurança.
manecer no recinto um representante da entidade explo- 3 — Os cursos ou acções de formação referidos nos
radora, a quem compete a responsabilidade pelo serviço números anteriores obedecem a um programa previa-
de segurança. mente estabelecido pela entidade exploradora, no qual
2 — Os elementos do serviço de segurança podem serão também registados os participantes, as apetências
desempenhar, cumulativamente, outras tarefas desde mostradas, a duração da acção de formação, a data em
que, em caso de emergência, possam ser rapidamente que a mesma se realizou e o monitor ou monitores que
reunidos. a acompanharam.
1412 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 75 — 31-3-1997

CAPÍTULO V t) A violação das normas para a exploração dos


recintos previstas nas alíneas b) e e) a j) do
Das contra-ordenações n.o 3 do artigo 51.o;
u) A inexistência, o não preenchimento actualizado
Artigo 66.o ou o preenchimento deficiente do livro de
Contra-ordenações registo das ocorrências assistidas no posto de
socorros previsto na alínea a) do n.o 1 do
1 — Constituem contra-ordenações: artigo 54.o;
a) O excesso à lotação fixada para o recinto, con- v) A inexistência ou falta de acessibilidade do livro
trariando o disposto no artigo 7.o; de reclamações, em violação do disposto no
b) A inexistência das grelhas de protecção ou a artigo 55.o;
falta das características regulamentares das mes- x) A inexistência do regulamento interno previsto
mas, em violação do estabelecido no n.o 5 do no n.o 1 do artigo 56.o;
artigo 9.o, na alínea d) do n.o 2 do artigo 10.o z) O não cumprimento dos prazos para apresen-
e no n.o 3 do artigo 11.o; tação do regulamento interno ou suas altera-
c) A instalação de caixas de evacuação de água ções, em infracção ao disposto no n.o 2 do
nos tanques das actividades aquáticas em infrac- artigo 56.o;
ção ao disposto no corpo do n.o 2 do artigo 10.o; aa) A falta de registo dos elementos previstos no
d) A falta de sinalização nos tanques a que se refere n.o 1 do artigo 57.o, bem como a sua não
o artigo 14.o; actualização;
e) A inexistência ou falta de operacionalidade dos bb) O subdimensionamento do pessoal, contra o dis-
semáforos previstos nas alíneas b) e c) do n.o 5 posto nos n.os 1 a 3 do artigo 58.o;
do artigo 18.o; cc) A inexistência ou insuficiência do material de
f) A falta das zonas laterais de protecção às pistas apoio ao salvamento previsto no artigo 59.o;
a que se refere o n.o 4 do artigo 19.o; dd) A inexistência ou insuficiência de meios passivos
g) A inexistência ou falta de operacionalidade dos relativos à segurança previstos no artigo 60.o;
sistemas de doseamento automático e a injecção ee) A inexistência ou falta de operacionalidade do
de produtos químicos directamente nos tanques, sistema de comunicações a que se refere o
em infracção ao disposto nos n.os 6 e 7 do artigo 61.o;
artigo 21.o; ff) A inexistência ou falta de operacionalidade do
h) A inexistência ou falta de operacionalidade do posto de segurança previsto no artigo 64.o
posto de socorros previsto no n.o 1 do artigo 25.o;
i) A inexistência ou insuficiência do material sani- 2 — As contra-ordenações previstas nas alíneas a),
tário e dos medicamentos a que se refere o n.o 2 b), c), g), h), j), o), q), e), x), aa), bb) e ff) do número
do artigo 25.o; anterior são puníveis com coima de 300 000$ até
j) A manutenção da má qualidade da água nos 750 000$ ou de 800 000$ até 9 000 000$, conforme o
tanques das actividades aquáticas e a falta dos infractor for, respectivamente, pessoa singular ou colec-
procedimentos indicados, em violação do dis- tiva.
posto no artigo 31.o; 3 — As contra-ordenações previstas nas alíneas e), f),
k) O prolongamento, para além do máximo fixado, k), l), t) e z) do n.o 1 são puníveis com coima de 200 000$
do período de recirculação de água a que se até 750 000$ ou de 400 000$ até 7 000 000$, conforme
refere a alínea a) do n.o 1 do artigo 32.o; o infractor for, respectivamente, pessoa singular ou
l) A falta de reposição complementar de água nas colectiva.
condições fixadas na alínea c) do n.o 1 do 4 — As contra-ordenações previstas nas alíneas d),
artigo 32.o; i), m), n), p), s), u), v), cc), dd) e ee) do n.o 1 são
m) A inexistência, o não preenchimento actualizado puníveis com coima de 50 000$ até 500 000$ ou de
ou o preenchimento deficiente do livro de 100 000$ até 5 000 000$, conforme o infractor for, res-
registo do controlo da água previsto no n.o 1 pectivamente, pessoa singular ou colectiva.
do artigo 36.o e na alínea b) do n.o 1 do
artigo 54.o;
n) A falta de desinfecção diária dos balneários e Artigo 67.o
sanitários prevista no n.o 1 do artigo 38.o; Tentativa e negligência
o) A drenagem das águas residuais a céu aberto,
em violação do disposto no n.o 1 do artigo 39.o; 1 — A negligência é sempre punível.
p) A inexistência de contentores para resíduos sóli- 2 — A tentativa é punível nas contra-ordenações pre-
dos ou a sua não conformidade com o disposto vistas na alíneas c), e), f), g), h), j), k), l), m), n), o),
no n.o 2 do artigo 40.o; t), u), v) e ff) do n.o 1 do artigo 66.o
q) A utilização de pessoal de salvamento sem as
devidas habilitações, como referido no n.o 1 do Artigo 68.o
artigo 45.o;
r) A utilização do pessoal de prestação de primei- Sanções acessórias
ros socorros sem a formação adequada ao
Às infracções previstas no artigo 66.o poderão ser
desempenho das funções próprias da sua pro-
aplicadas as seguintes sanções acessórias:
fissão, a que se refere o artigo 46.o;
s) A utilização de pessoal que não satisfaça os a) A interdição de todas as actividades aquáticas
requisitos exigidos no artigo 50.o; do recinto até que a situação se encontre regu-
N.o 75 — 31-3-1997 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 1413

larizada, nos casos previstos nas alíneas a), c), na variante de piscina de surf, em que as características
g), h), j), o), q), r), s), x), bb), cc) e ff) do n.o 1 de ondulação são ajustadas para o tipo de prancha ou
do artigo 66.o; de acessório flutuante utilizado.
b) A interdição da utilização de uma ou mais acti- 2 — Lagoa ou laguna. — São assim identificados os
vidades aquáticas até que a situação se encontre espaços constituídos por tanques artificiais com grande
regularizada, nos casos previstos nas alíneas b), extensão de superfície aquática, concebidos com formas
e), f), k), l) e t) do n.o 1 do artigo 66.o livres e isentas de acessórios lúdicos, à excepção de even-
tuais grutas ou canais, e destinados ao banho e natação
de carácter livre e informal.
Artigo 69.o
3 — Lagoa navegável. — São espaços aquáticos cons-
Fiscalização tituídos por grandes concentrações de água, de concep-
ção semelhante ao definido no n.o 2, onde não é per-
1 — A fiscalização do disposto no presente Regula-
mitido o banho dos utentes, mas somente o uso de
mento compete às câmaras municipais, ao IND e às
embarcações de recreio.
autoridades administrativas e policiais competentes, nos
4 — Rio lento. — É um espaço constituído por um
termos fixados no artigo 20.o do Decreto-Lei n.o 65/97,
curso de água, em que esta circula em correntes de
de 31 de Março.
pouca velocidade e em circuito fechado, por acção de
2 — As autoridades administrativas e policiais que dispositivos mecânicos, pneumáticos ou hidráulicos,
verifiquem infracções ao disposto no presente devem onde é permitido aos utentes vogar com o apoio de
elaborar os respectivos autos de notícia, que remeterão bóias ou outros equipamentos de flutuação.
às câmaras municipais e ao IND no prazo máximo de
5 — Rio turbulento ou rápido. — É o espaço de carac-
quarenta e oito horas. terísticas semelhantes ao anterior, mas onde a veloci-
dade da corrente é variável, em função da diferença
ANEXO I
de cotas do leito, dos declives e dos obstáculos insta-
Classificação e caracterização dos espaços lados, e em que os equipamentos de flutuação obedecem
de actividades aquáticas a concepção específica.
(Artigo 4.o) 6 — Escorregas aquáticos. — São instalações consti-
tuídas por pistas inclinadas para permitir o deslizamento,
I — Classificação
por efeito da gravidade e o auxílio de uma lâmina de
Os espaços e instalações para actividades aquáticas, água lubrificadora que reduz o atrito, para serem uti-
que poderão integrar os recintos abrangidos pelo pre- lizadas pelos banhistas em contacto directo ou com o
sente Regulamento, são dos seguintes tipos: auxílio de pranchas ou tapetes deslizadores. A altura
1 — Piscinas. — Neste grupo incluem-se os tanques de queda na recepção, medida entre o plano de des-
artificiais concebidos e apetrechados para actividades lizamento e a superfície do plano de água, não pode
natatórias e derivadas, designadamente para o banho ser superior a 0,5 m, em qualquer caso.
com fins lúdicos, desportivos, de jogo ou de lazer, Os tanques onde desemboquem estes escorregas
podendo, consoante a valência funcional dominante na devem também obedecer ao preceituado no artigo 12.o
sua concepção, classificar-se como se segue: 6.1 — Atendendo às suas diferentes formas e modos
1.1 — Piscinas infantis ou chapinheiros. — São as que de utilização, os escorregas aquáticos poderão ser dos
preenchem os requisitos funcionais e construtivos idó- seguintes tipos, tendo em comum:
neos para a utilização autónoma por crianças até aos a) Tipo A — escorrega individual para crianças. —
6 anos de idade, constituindo-se sempre como tanques É uma pista de deslizamento para uso indivi-
independentes e convenientemente afastados das pis- dual, que não excede 3 m de altura acima do
cinas e instalações para outros usos; plano de água e com inclinação máxima de 45o,
1.2 — Piscinas de diversão. — São as que comportam e em que a altura de queda, medida na prumada
características morfológicas e funcionais que as tornam da saída, não pode ser superior a 0,3 m;
particularmente adequadas para as actividades de jogo b) Tipo B — escorrega lento. — É um escorrega
e diversão aquática, nomeadamente pelo recurso a aces- individual, sem restrições de altura, composto
sórios lúdicos, tais como escorregas, cascatas, repuxos, por troços curvos e rectos, de secção aberta ou
jactos de água e outros dispositivos de animação; fechada, com uma inclinação média de 11 %,
1.3 — Piscinas polivalentes. — São as que, partindo excluindo o troço final, e máxima de 50 % nos
de uma concepção para actividades tradicionais, com- eventuais tramos com salto, concebido para
binam características de diferentes tipos, podendo dispor velocidades de deslizamento médias de 5 m/s
de paredes e fundos móveis ou outros dispositivos de e máximas de 7 m/s;
reconversão morfológica que permitam variar as suas c) Tipo C — escorrega de velocidade. — É um
características geométricas e adaptá-las para diferentes escorrega individual, sem restrições de altura,
categorias de utentes e de actividades, com excepção caracterizado por directriz recta, de secção
dos usos e vocações previstos exclusivamente para os aberta ou fechada, com uma inclinação média
chapinheiros; inferior a 20 %, excluindo o troço final, e com
1.4 — Piscinas de ondas. — São as que, através de máximos de 50 % nos eventuais troços com salto,
especiais características de concepção associadas a dis- em que a velocidade média de deslizamento é
positivos mecânicos, hidraúlicos ou pneumáticos, pro- de 10 m/s e a máxima de 14 m/s;
porcionam a geração de ondas, com períodos e alturas d) Tipo D — pistas brandas. — É um escorrega,
adaptados ao tipo de uso dominante, nomeadamente sem restrições de altura, formado por uma ou
1414 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 75 — 31-3-1997

mais pistas paralelas com separadores (pistas aberta, com declive máximo de 100 % e médio
múltiplas), com directriz recta na secção aberta de 20 %, excluindo o troço final, em que é obri-
e superfície de deslizamento em material não gatória a utilização de deslizadores ou outros
rígido, com inclinações variando entre 4 % e dispositivos auxiliares de descida.
20 %, e média de 11 %, excepto no troço final,
concebido para velocidades de deslizamento II — Condições técnicas e de utilização
médias de 5 m/s e máximas de 7 m/s;
e) Tipo E — rampa ou escorrega de alta veloci- Além das condições técnicas gerais contidas na sec-
dade. — É um escorrega individual, sem restri- ção I do capítulo II do Regulamento, tomar-se-ão outras
ções de altura, caracterizado por uma acentuada em consideração, específicas para cada actividade, e que
inclinação em pista de directriz recta e de secção constam a seguir:

2 — Condições técnicas e de uso


2.1 — Piscinas infantis ou chapinheiros

Profundidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A profundidade destes tanques não pode ser superior a 0,45 m, com o máximo
de 0,2 m junto aos bordos.
Quando se prevejam dois ou mais tanques infantis próximos entre si, um
deles poderá ter a profundidade máxima de 0,6 m.
Inclinação máxima do fundo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 %.
Capacidade máxima de utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Uma pessoa por metro quadrado de plano de água.
Pessoal de apoio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . No mínimo, um nadador-salvador por cada 200 m2 de plano de água ou fracção.
Normas genéricas de utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Não é permitido mergulhar em qualquer ponto do tanque. O uso deste espaço
não é permitido a menores de 3 anos, a menos que hajam acompanhantes,
que o farão nas condições a fixar pela entidade exploradora.

2.2 — Piscinas de recreio e diversão

Profundidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Inferior a 1,3 m em pelo menos dois terços da sua superfície e as zonas
mais profundas poderão atingir um máximo de 2 m.
Inclinação máxima do fundo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 % nas zonas com profundidade inferior a 1,6 m.
30 % nas rampas de transição para profundidades superiores a 1,6 m.
Capacidade máxima de utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Uma pessoa por metro quadrado de plano de água.
Pessoal de apoio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . No mínimo, um nadador-salvador por cada 200 m2 de plano de água ou fracção.
Equipamento de apoio e salvamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Uma cadeira de nadador-salvador.
Uma bóia circular com retenida por 100 m2 de plano de água.
Uma vara de salvamento telescópica.
Normas genéricas de utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Não é permitido mergulhar em qualquer ponto do tanque.
O uso do espaço de actividade só é permitido a maiores de determinada
idade, a fixar em projecto.

2.3 — Piscinas polivalentes

Características morfológicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Conforme definidas em 1.3.


Profundidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Como em 2.2, podendo atingir o máximo de 3 m.
Capacidade máxima de utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Variável em conformidade com a reconversão posta em uso, com o máximo
de uma pessoa por metro quadrado.
Pessoal de apoio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Variável em conformidade com a reconversão posta em uso, com o mínimo
de um nadador-salvador por 200 m2 de plano de água.
Equipamento de apoio e salvamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Variável em conformidade com a reconversão posta em uso.
Normas genéricas de utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Não é permitido mergulhar em qualquer ponto do tanque.
Não é permitido ultrapassar os limites das zonas de segurança que se encontrem
assinaladas.
O uso da actividade é permitido a maiores de determinada idade, a fixar
em projecto.

2.4 — Piscinas de ondas

Características morfológicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Altura das ondas de 0,8 m a um máximo de 1 m, períodos de 2,5 a 3 segundos.
Comprimentos da onda de 10 m a 15 m, no máximo. Comprimento da
piscina igual, no mínimo, a dois comprimentos de onda (três comprimentos
de onda permitem obter condições mais satisfatórias).
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Características morfológicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Largura mínima (junto à câmara de ondulação) igual ao comprimento de


onda, dimensão que se deve verificar, no mínimo, a uma distância igual
à referida largura. A altura dos bordos, medida sobre o plano de água
em repouso, será igual a meia altura de onda, no mínimo, sendo conveniente
adicionar 0,15 m a esse valor, para absorver a elevação das ondas. As paredes
laterais deverão dispor de corrimãos de apoio, constituídos por cordas de
nylon de 30 mm de calibre, colocados em suspensão sobre olheiros fixos
às paredes à distância máxima de 3 m.
Profundidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A profundidade máxima com a água em repouso é de 2 m, indo até à cota
0 na zona de praia. Nas piscinas de surf, a profundidade máxima pode
atingir 2,5 m.
Inclinação do fundo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Mínima de 5 % e máxima de 7 % nas zonas de praia inferiores a 1,3 m e
de 30 % nos restantes, medidas com a água em repouso.
Capacidade máxima de utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Uma pessoa por cada 1 m2 em repouso.
Uma pessoa por cada 2 m2 durante a ondulação.
Pessoal de apoio e salvamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . No mínimo, um nadador-salvador por 200 m2 de plano de água ou fracção,
no caso de água em repouso. No período de desenvolvimento de ondas
tomar-se-á o dobro deste valor.
Equipamento de apoio e salvamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Uma cadeira de nadador-salvador.
Uma bóia circular com retenida por 85 m2 de plano de água.
Uma vara de salvamento telescópica.
Uma bóia-torpedo (equipamento dos nadadores-salvadores) por cada 500 m2
de plano de água ou fracção.
Dispositivos de segurança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Existência de um comando exterior de acesso aos nadadores-salvadores que
permita a imediata paragem da movimentação da água.
O mecanismo gerador de ondas deve dispor de uma protecção que impeça
que voluntariamente ou involuntariamente qualquer utente se possa apro-
ximar do mesmo pelo interior do tanque.
Normas genéricas de utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . As mesmas que em 2.3.

2.5 — Lagoa ou laguna

Profundidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . As mesmas que em 2.2.


Inclinação máxima do fundo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . As mesmas que em 2.2.
Capacidade máxima de utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Uma pessoa por cada 2 m2 de plano de água.
Pessoal de apoio e salvamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . No mínimo, um nadador-salvador por cada 200 m2 de plano de água ou fracção.
Equipamento de apoio e salvamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Uma bóia circular com retenida por 100 m2 de plano de água.
Uma vara de salvamento telescópica.
Uma bóia-torpedo (equipamento dos nadadores-salvadores) por cada 500 m2
de plano de água ou fracção.
Disposições de controlo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . No caso de existirem grutas ou a geometria do plano de água determinar
a existência de zonas que dificultem um eficaz controlo à distância, os nada-
dores-salvadores deverão incidir a sua acção sobre estas zonas e com a
maior frequência.
Normas genéricas de utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O uso da actividade só é permitida a maiores de determinada idade, a fixar
em projecto.

2.6 — Lagoa navegável

Profundidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,5 m, no máximo, podendo a mínima atingir a cota 0.


Inclinação máxima do fundo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 %.
Capacidade máxima de utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Uma embarcação para o máximo de cinco utentes por cada 25 m2 de plano
de água.
Pessoal de apoio e salvamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O número mínimo de nadadores-salvadores, a prever em projecto, deve ser
o necessário para que os mesmos possam alcançar qualquer ponto da lagoa,
por meios naturais ou mecânicos, em tempo não superior a dois minutos,
obrigando-se os utentes à utilização permanente de coletes salva-vidas se
as profundidades forem superiores a 1,5 m.
Bóias circulares com retenida em número igual ao dobro da lotação máxima
de uma embarcação das utilizadas para recreio.
Uma bóia-torpedo (por cada nadador-salvador).
Uma vara de salvamento telescópica por cada 500 m2 de plano de água.
Equipamento de apoio e salvamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Quando a superfície da lagoa exceda 10 000 m2, deverá haver pelo menos
uma embarcação ligeira motorizada que facilite as eventuais acções de
salvamento.
Disposições de controlo e vigilância . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . No caso de existirem grutas ou a geometria do plano de água determinar
a existência de zonas que dificultem ou impeçam um eficaz controlo à dis-
tância, o nadador-salvador deverá patrulhar estas zonas com a frequência
que as situações imponham.
Dispositivos de segurança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O perímetro da lagoa deve estar protegido por vedação que impeça o acesso
ao lago fora dos cais criados para o efeito.
Normas genéricas de utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Obrigatoriedade do uso de colete salva-vidas quando as profundidades forem
superiores a 1,5 m.
O uso da actividade deve ser interdito a menores de 16 anos, quando não
acompanhados por um adulto.
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2.7 — Rio lento

Profundidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Máxima de 1,5 m e mínima de 0,5 m.


Inclinação máxima do fundo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 %.
Velocidade máxima da corrente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 m/s.
Capacidade máxima de utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Uma pessoa por cada 2 m2 de plano de água.
No mínimo, um nadador-salvador na relação de um por cada 50 m de percurso
de rio.
Equipamento de apoio e salvamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Uma bóia circular com retenida por cada 50 m de percurso.
Disposições de controlo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . No caso de existirem curvas ou recantos acessíveis, o vigilante ou socorrista
deverá patrulhar essas zonas com a frequência que as situações impuserem.
Normas genéricas de utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Utilização restrita por recurso a flutuadores apropriados.
O uso da actividade é permitido a maiores de determinada idade, a fixar
em projecto.

2.8 — Rio turbulento ou rápido

Profundidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tem como profundidade máxima 2 m e como profundidade mínima 0,5 m,


excepto nas rampas na periferia das lagoas intermédias.
Inclinação máxima do fundo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 %, se integrar uma lagoa intermédia com profundidade não inferior a 1,5 m,
ou, em caso contrário, a inclinação máxima será de 35 %, sendo, na gene-
ralidade, de 7 % a rampa média.
Capacidade máxima de utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Uma pessoa por cada 2 m2 de lagoas intermédias, se as houver, ou uma
pessoa por cada 5 m2 de plano de água, se o curso do rio for contínuo.
Pessoal de apoio e salvamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . No mínimo, um nadador-salvador por lagoa intermédia que exista ou por
cada 25 m de curso de rio, se este for contínuo, ou ainda, na generalidade,
um por cada 35 utentes.
Equipamento de apoio e salvamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Uma bóia circular com retenida por 25 m de curso.
Uma bóia-torpedo (por nadador-salvador).
Uma vara de salvamento telescópica localizada perto das zonas mais profundas.
Disposições de segurança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Se a construção do canal integrar obstáculos ou superfícies abrasivas, para
além dos seus limites, devem eliminar-se ou suavizar-se todos os que se
situem em zonas que estejam a um alcance igual ou inferior a 1 m para
além dos bordos de delimitação das margens do rio.
Normas genéricas de utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cada utente utilizará um deslizador individual, permitindo-se, todavia, que
duas pessoas de idades claramente distintas, tendo a mais velha condições
de acompanhante, se sirvam de um só dispositivo.

2.9 — Escorregas

1 — Disposições de segurança na recepção (pistas) . . . . . . . . . . . a) A separação entre pistas adjacentes, na zona de recepção, não pode ser
inferior a 2 m entre bordos. Exceptuam-se desta regra os escorregas com
pistas múltiplas. As rampas terão as características particularizadas em 2.9.5.
b) A distância, livre de obstáculos, na zona de chegada, entre o bordo lateral
de uma pista extrema e a parede do tanque de recepção, não pode ser
inferior a 2 m no ponto mais desfavorável, mas pelo menos à distância
de 8 m do plano da prumada de saída.
c) A altura livre de queda, na prumada de saída, entre o plano de escor-
regamento da pista e o plano de água, no caso de haver tanque de recepção,
não pode ser superior a 0,5 m.
d) O caudal de água para o efeito de lubrificação das pistas deverá ser definido
pelo fornecedor do equipamento, não devendo, todavia, ser inferior aos
seguintes valores mínimos:

Caudal de água
Tipo de escorrega
(litros
(6.1)
por minuto)

A ................................................... 40
B, C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 000
D ................................................... (*) 500
E ................................................... 1 000

(*) Por cada pista.

Nota. — Recomenda-se a existência de um alarme que seja activado logo


que se verifiquem situações anómalas de funcionamento no débito.
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2 — Disposições de segurança (tanques de recepção) . . . . . . . . .


Disposições nos tanques
(em metros)

Tipo de escorrega
Profundidades Inclinação
Distância
livre à frente máxima
Máxima Mínima (mínimo) de fundo

Tipo A ................. 1 0,6 5 4%


Tipo B ................. 1,5 0,8 6 7%
1
Tipo C ................. 1,5 0,8 ( ) 12 7%
Tipo D ................. 1,5 0,8 10 7%
Tipo E ................. (2) 2 (3) 1,3 20 –

(1) Se for utilizada pista de frenagem, o comprimento desta não poderá ser inferior a 15 m.
(2) Profundidade na zona da queda.
(3) A profundidade mínima deve situar-se em valores não superiores a 1,3 m em pelo menos dois
terços da superfície do tanque.

2.9.1 — Escorrega individual para crianças — tipo A

Lotação máxima de utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Uma pessoa de cada vez e por pista.


Cadência de utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O tempo de descida acrescido do de saída da zona de recepção.
Pessoal de controlo e salvamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Um vigia por equipamento na sala e um nadador-salvador na recepção por
cada grupo de quatro pistas ou fracção.
Normas genéricas de utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Deve esperar-se a indicação do vigia para iniciar o deslize.
Não se pode deslizar de joelhos ou em pé.
O uso da actividade só é permitido a maiores de determinada idade ou estatura,
a fixar em projecto.

2.9.2 — Escorrega lento — tipo B

Capacidade máxima de utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Uma pessoa por cada 50 m de comprimento da pista.


Pessoal de controlo e salvamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Vigias na relação de um por plataforma de partida e por grupo de duas
pistas e de um nadador-salvador na recepção por cada grupo de quatro
pistas ou fracção.
Outras disposições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Longitudinalmente, à saída das pistas, até ao fim da zona de recepção, serão
instaladas linhas de bóias constituindo separação entre zonas de recepção
das respectivas pistas.
Normas genéricas de utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Deve esperar-se a indicação do vigia para iniciar o deslize.
Não é permitido sair da pista.
Não se pode deslizar de joelhos ou em pé.
O uso da actividade é permitido a maiores de determinada idade ou estatura,
a fixar em projecto.

2.9.3 — Escorrega rápido — tipo C

Capacidade máxima de utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Uma pessoa de cada vez e por pista.


Cadência de utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125 % do tempo de descida, confirmado por ensaio, se houver tanque de
recepção, ou 150 %, se houver pista de frenagem.
Pessoal de controlo e salvamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Vigias na relação de um por plataforma de lançamento e por grupo de duas
pistas e de um nadador-salvador na recepção por cada grupo de pistas
ou fracção, no caso de esta se fazer em tanque, ou um nadador-salvador
por cada grupo de duas pistas, se a recepção se realizar em pistas de
frenagem.
Outras disposições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Longitudinalmente, à saída das pistas, até ao fim da zona de recepção, serão
instaladas linhas de bóias constituindo separação entre zonas de recepção
das respectivas pistas.
Estes dispositivos dispensam-se com a utilização das pistas de frenagem.
Normas genéricas de utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Deve esperar-se a indicação do vigia para iniciar o deslize.
Não é permitido sair da pista.
A posição de descida será com as pernas cruzadas para a frente e os braços
cruzados sobre o peito.
O uso da actividade é permitido a maiores de determinada idade ou estatura,
a fixar em projecto.

2.9.4 — Pistas brandas — tipo D

Capacidade máxima de utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Uma pessoa de cada vez e por pista.


Cadência de utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125 % do tempo de descida, confirmado por ensaio.
Pessoal de controlo e salvamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . No caso de existir labirinto na plataforma de saída para acesso às pistas,
um vigia por cada seis pistas.
A inexistência de labirinto implica a colocação de um vigia à partida de cada
uma das pistas.
No tanque de recepção colocar-se-á um nadador-salvador por cada grupo
de três pistas ou fracção.
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Normas genéricas de utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Deve esperar-se a indicação do vigia para iniciar o deslize.
Não é permitido, durante o deslize, trocar de pista.
Não se pode deslizar em pé ou de joelhos.
O uso da actividade é permitido a maiores de determinada idade ou estatura,
a fixar em projecto.
Outras considerações técnicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A inclinação máxima do último metro de percurso da pista não pode exceder
os 10 %.

2.9.5 — Rampas — tipo E

Capacidade máxima de utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Uma pessoa de cada vez e por pista.


Cadência de utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200 % do tempo de descida, confirmado por ensaio.
Pessoal de controlo e salvamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Vigias na relação de um por plataforma de lançamento e por grupo de duas
pistas e um nadador-salvador na recepção em igual proporção.
Normas genéricas de utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Deve esperar-se a indicação do vigia para iniciar o deslize.
A posição de deslize será sentado sobre o deslizador, com os pés para a
frente e as mãos em apoio lateral, para garantir o equilíbrio do corpo.
O uso da actividade é permitido a maiores de determinada idade ou estatura,
a fixar e projecto.
Outras considerações técnicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . No mínimo, os últimos 2 m de percurso da pista devem ter um declive inferior
a 2 %.
A separação entre pistas consecutivas, na recepção, não pode ser inferior
a 5 m entre eixos.

ANEXO II
Parâmetros do controlo sanitário da água
(Artigos 31.o a 33.o)

O controlo da qualidade da água que se prevê no presente Regulamento deverá entender-se sem prejuízo
da vigilância sanitária que cabe às autoridades de saúde.
As análises a efectuar compreendem o estudo dos parâmetros a seguir indicados, onde se estabelecem os
níveis máximos e mínimos.
QUADRO I

Análises físico-químicas

Valores
Parâmetros Valores limite
recomendados

A determinar no local:
Temperatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ‹ 24o a 30o (para piscinas aquecidas).
Turvação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ‹ 6 UNF ou disco de Secchi (1).
pH . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7,4 a 7,6 7 a 8.
Cloro residual livre (expresso em Cl2) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Piscinas:
0,5 — 1,2 mg/l com pH de 7 a 7,4;
1 — 2 mg/l com pH de 7,4 a 8.

Outros tanques de actividades (2):


1 mg/l a 3 mg/l.

Cloro residual total (expresso em Cl2) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cloro residual livre + 0,6 mg/l.
A determinar em laboratório:
Condutividade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ‹ 900 1700.
Oxidabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . – Não ultrapassar em 4 mg/l de O2 o valor determinado
na água que abastece o tanque (medida pelo
KMnO4 a quente e em meio alcalino).
Amoníaco (3) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,5 mg/l ‹ 1,5 mg/l.

(1) A transparência deve ser visualmente controlada em contínuo, através de uma marca, em que uma das dimensões tenha no máximo 0,15 m, colocada no ponto mais fundo do
tanque.
(2) Nos tanques em que as actividades aquáticas são realizadas com o apoio de bóias, embarcações ou outros equipamentos de flutuação.
(3) Quando pedido pela autoridade de saúde.

QUADRO II

Concentrações residuais para produtos não clorados

Valores
Parâmetros Valores limite
recomendados

Ácido isocianúrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . – 75 mg/l.


Bromo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 0,8 a 2 mg/l.
Cobre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . – 2 mg/l.
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Valores
Parâmetros Valores limite
recomendados

Ozono . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0 ‹ 0,01 mg/l.


Prata . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,1 10 mg/l.
Outros desinfectantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A fixar pela autoridade de saúde.

QUADRO III

Análises bacteriológicas

Valores
Parâmetros Valores limite
recomendados

Coliformes totais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0/100 ml 10/100 ml.


Escherichia coli . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . – 0/100 ml.
Enterococos fecais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . – 0/100 ml.
Pseudomonas aeruginosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . – 0/100 ml.
Total de Staphylococcus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ‹ 20/100 ml (1).
Staphylococcus produtores de coagulase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0/100 ml 0/100 ml em 90 % das amostras.
Microrganismos viáveis em meio nutritivo gelosado, em aerobiose, a 37oC ‹ 100 ml às (1).
vinte e qua-
tro horas

(1) Poder-se-á ultrapassar o valor recomendado uma vez por época de abertura ao público.

Nota. — Os métodos usados nas determinações devem seguir normas oficialmente reconhecidas (exemplo: NP, CEN, AFNOR, ISO ou
Standard Methods for Water and Waste Water) ou ainda métodos próprios validados.

ANEXO III f=3 m2 h/banhista, em piscinas ao ar livre ou


Requisitos das instalações de filtração de água convertíveis;
f=4 m2 h/banhista, em piscinas cobertas;
(N.o 3 do artigo 33.o)
f=6 m2 h/banhista, nos tanques destinados às acti-
1 — As instalações de filtração de água devem ser vidades em lagoa ou laguna, lagoa navegável,
dimensionadas para fornecer, a todo o momento e a rio lento e rio turbulento ou rápido.
cada tanque que alimentem, um caudal de água filtrada
e desinfectada de qualidade conforme aos requisitos 3 — Decorrendo das expressões anteriores, o período
definidos no Regulamento das Condições Técnicas e de recirculação será dado por T=R.H (horas), com o
de Segurança dos Recintos com Diversões Aquáticas. máximo de oito horas.
2 — O caudal de recirculação mínimo a assegurar pela 4 — Para a filtração da água deverão ser utilizados
instalação de filtração de água será dado pela seguinte filtros fechados, de funcionamento em pressão, e com
expressão: leito filtrante único em areia ou leito misto de areia
V e antracite (hidro-antracite), com as seguintes carac-
Q= (m3/h) terísticas:
R.H

em que: a) Filtros de areia:

V=capacidade do tanque (metros cúbicos); Altura do leito filtrante:


H=profundidade média do tanque (metros)= » 0,8 m para velocidades inferiores a
=volume/superfície; 20 m3/m2.h;
R=factor de recirculação (horas por metro de » 1 m para velocidades de 20 a 30 m3/m2.h,
profundidade). no máximo;
O factor de recirculação R depende das condições b) Filtros mistos de areia e antracite (hidro-antracite):
de ocupação e de exposição dos tanques e da eficácia
do sistema de tratamento adoptado, sendo igual a Altura do leito filtrante:
R = kf, em que k (factor de rendimento do sistema de
» 0,8 m para velocidades inferiores a
tratamento) e f (factor de ocupação específica) podem 40 m3/m2.h.
tomar os seguintes valores:
k=0,5 banhistas por metro cúbico, no sistema de A granulometria dos materiais de filtração deverá ser
tratamento tipo I: floculação + filtração + desin- ajustada às velocidades de filtração admitidas e às alturas
fecção (cloro); das respectivas camadas filtrantes, com coeficiente de
k=0,6 banhistas por metro cúbico, no sistema de uniformidade inferior a 1,5.
tratamento tipo II: floculação + filtração + ozo- O teor de sílica (SiO2) na areia utilizada deverá ser
nização + filtração em carvão activado + desin- superior a 98 %. O máximo teor de cinzas na antracite
fectante (cloro); será de 10 %.
1420 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 75 — 31-3-1997

5 — Nas piscinas onde esteja autorizada a utilização d) Descida na posição de sentado sobre um des-
de água do mar ou de outras proveniências, com ele- lizador flexível (figura 6);
vados teores de sais dissolvidos, as velocidades de fil- e) Descida na posição de sentado sobre um des-
tração atrás referidas serão reduzidas em 30 %, pelo lizador rígido (figura 7);
menos. f) Descida na posição de deitado sobre o peito
6 — Só em situações devidamente justificadas se (figura 8);
deverão utilizar filtros de areia abertos ou filtros de g) Descida de joelhos (figura 9);
diatomites.
h) Descida com uma criança em protecção (figura 10);
7 — Os filtros de carvão activo só poderão ser ins-
talados como órgãos do segundo estágio de filtração i) Descida formando cadeira (figura 11);
previsto nos sistemas de tratamento com utilização do j) Descida em pé (figura 12);
ozono como bactericida — sistemas do tipo II. k) Profundidade do tanque na recepção (figura 18);
l) Sair imediatamente — área de recepção (figura 19).
ANEXO IV
3.1.3 — Para usar em piscinas ou rios:
Sinalização indicadora do uso das actividades,
das proibições e das limitações a) Usar elementos flutuadores (figura 13);
b) Mergulhar (figura 14);
[Alínea a) do artigo 60.o] c) Sair do tanque pela bordadura (figura 15);
I — Âmbito da aplicação. — A sinalização prevista na d) Bloquear as escadas de acesso (figura 16);
alínea a) do artigo 60.o do presente Regulamento apre- e) Ultrapassar a linha de bóias (figura 17);
senta-se nos moldes a seguir descritos. f) Crianças acompanhadas por adultos (figura 20).
II — Requisitos gerais. — Forma e dimensões:
1.1 — Suportes da sinalização: 3.2 — Para usar nas zonas destinadas à circulação e
São de forma rectangular, devendo ajustar-se às medi- estacionamento do público:
das resultantes da sinalética que comportarem. a) Correr (figura 21);
Executar-se-ão em materiais resistentes e duráveis. b) Jogar à bola (figura 22);
1.2 — Sinais:
c) Água potável (figura 1);
Os sinais terão a forma quadrada, com cantos arre-
dondados e a dimensão de 0,2 m de lado. d) Existência de livro de reclamações (figura 2).
2 — Cores:
3.3 — Proibições:
2.1 — Suportes de sinalização:
A base é em cor azul específica do sistema inter- a) Proibição de acesso a animais (figura 23);
nacional PANTONE-299. b) Actividade interdita (figura 24);
Naqueles que se destinam a receber inscrições, o c) Idades não admitidas no uso da actividade
fundo é branco e as inscrições efectuar-se-ão a preto. (figura 25).
2.2 — Sinais:
O fundo dos sinais é de cor branca. 4 — Composição dos cartazes:
Os sinais de advertência, perigo, proibição ou limi- 4.1 — A selecção da sinaléctica é feita em função das
tação terão as seguintes características: especificações fixadas para o uso de cada actividade em
particular.
O sinal indicador de «actividade interdita»
(figura 24) é composto por um círculo vermelho 4.2 — Qualquer símbolo não previsto neste anexo
PANTONE-485, no interior do qual se inscreve deverá ajustar-se aos requisitos de forma, cor e dimen-
um rectângulo branco; sões estabelecidos anteriormente.
Para a interdição de qualquer acção ou procedi-
mento (figura 23), o símbolo correspondente cru-
za-se com uma diagonal de vértice superior
esquerdo e vértice inferior direito de cor ver-
melha PANTONE-485.

3 — Símbolos:
Os símbolos a utilizar na aplicação desta norma são
os seguintes:
3.1 — Em actividades aquáticas:
3.1.2 — Para usar em escorregas e tanques de recep-
ção:
a) Descida, deitado, de peito para cima (figura 3);
b) Descida, deitado, de peito para cima, com as
pernas cruzadas e as mãos sobre o peito
(figura 4);
Figura 1
c) Descida na posição de sentado (figura 5);
N.o 75 — 31-3-1997 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 1421

Figura 2 Figura 3 Figura 4

Figura 5 Figura 6 Figura 7

Figura 8 Figura 9 Figura 10

Figura 11 Figura 12 Figura 13


1422 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 75 — 31-3-1997

Figura 14 Figura 15 Figura 16

Figura 17 Figura 18 Figura 19

Figura 20 Figura 21 Figura 22

Figura 23 Figura 24 Figura 25

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