Português Instrumental - Enfermagem

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INSTITUTO PEDREIRENSE DE EDUCAÇÃO E EXTENSÃO – IPEDE

CREDENCIADO E APROVADO PLEA RESOLUÇÃO N° 141/2015 CEE-MA


SISTEC-MEC: 44290; CNPJ: 15.466.680/0011-82;
FILIAL SANTA LUZIA - MA

CURSO TÉCNICO EM
ENFERMAGEM
PORTUGUÊS INSTRUMENTAL

RUA MENDES JÚNIOR, Nº 321 – CENTRO - EM FRENTE A IGREJA ADVENTISTA


SANTA LUZIA – MA, CEP:65390-000 TEL: (98) 98133-8383 (98) 98782-4234
EMAIL: ipede.santaaluzia@gmail.com
SITE: www.institutoipede.com.br INSTAGRAM: @instituto_ipede
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ..................................................................................................................... 4
1 O QUE É PORTUGUÊS INSTRUMENTAL?...................................................................... 5
2 A LINGUAGEM COMO FACILITADORA DA INTERAÇÃO SOCIAL........................ 5
3 PROCESSO DE COMUNICAÇÃO E SEUS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS............ 6
4 LÍNGUA FALADA E ESCRITA ........................................................................................... 7
4.1 Qual a importância da comunicação oral e escrita no mundo
atual?...............................8
4.2 Os elementos textuais que organizam sua exposição oral ................................................. 8
5 NOÇÕES DE REDAÇÃO .......................................................................................................8
5.1 Dicas para escrever bem ...................................................................................................... 8
5.2 O que é redação técnica ...................................................................................................... 10
5.3 A importância da leitura. .................................................................................................. 12
6 PRINCIPAIS PROPRIEDADES DO TEXTO: COESÃO E COERÊNCIA .................... 12
7 GÊNEROS TEXTUAIS E TIPOS TEXTUAIS .................................................................. 13
7.1 Tipos de textos: sequências discursivas nos gêneros ........................................................ 15
8 REGRAS DE ORTOGRAFIA .............................................................................................. 17
9 NOÇÕES DE CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL ............................................. 18
APRESENTAÇÃO

Querido(a) aluno(a),

Bem-vindo(a) à nossa disciplina de Português Instrumental.


A língua é o nosso maior instrumento de comunicação e
interação social. Iremos refletir sobre nossa comunicação verbal através de textos
falados e escritos. Faremos um passeio pela linguagem começando pelos elementos
responsáveis pelo processo de comunicação. Conheceremos os critérios, os fatores e as
características responsáveis pela textualidade, isto é, responsáveis pelo conjunto de
características que dão a um discurso a garantia de ser aceito como texto.
Aprenderemos também que a linguagem se materializa através dos gêneros
textuais e que os eventos comunicativos se realizam em diversas práticas de interação
estabelecidas socialmente.
Estudaremos alguns gêneros acadêmicos, como o resumo e a resenha, bem
como suas formas canônicas de apresentação e de escrita necessárias para
desenvolvermos uma produção adequada. Esta disciplina nos proporcionará uma visão
ampla do funcionamento de nossa língua, suas nuances e seus modos de comunicação.
Esperamos que essa disciplina seja proveitosa e que você se entusiasme com a riqueza
da Língua Portuguesa como instrumento sociointeracional.

Bons estudos!
1. O QUE É PORTUGUÊS INSTRUMENTAL?
Português Instrumental é o estudo da língua portuguesa, que objetiva a
capacitação para a compreensão, para a interpretação e para a composição de
textos.
Muitos estudantes e profissionais têm dúvidas sobre o texto técnico,
equívocos de concordância, de regência e a elaboração de textos sem clareza e
objetividade são as maiores deficiências apresentadas por quem redige tecnicamente
um texto.
Atualmente, as empresas investem cada vez mais nos treinamentos de seus
funcionários, em cursos de informática, atendimento ao cliente e técnicas de vendas,
entretanto, se não houver domínio do idioma pátrio, o resultado final será pouco
satisfatório. Comunicar-se bem, tanto na expressão oral quanto na escrita, exige
objetividade, clareza e coesão. Evitar modismos e gírias, além de cuidar da ortografia,
correção e coerência das ideias apresentadas ajudam bastante na boa comunicação.
Ainda não se deve esquecer de fazer boas leituras (livros literários, livros técnicos,
revistas, jornais e artigos).
Expressões como "vou esta transferindo" ou "Aonde você mora?", utilizadas
na oralidade e na escrita, podem comprometer a credibilidade de seu texto, de seu
argumento, ou até mesmo de seus negócios. Imagine, então, "erros" de português em
um currículo. O candidato(a) pode ser eliminado(a) antecipadamente do processo
seletivo. Vivemos em uma era altamente tecnológica e que exige rapidez nas
comunicações. Assim, as possibilidades de "erros", sejam elas por meio do correio
eletrônico (e-mail), memorandos, cartas comerciais e outros aumentam. Se a
agilidade é importante em plena era da "sociedade conectada", comunicar-se bem e
de forma eficiente em língua portuguesa, tornou-se algo essencial.

2. A LINGUAGEM COMO FACILITADORA DA INTERAÇÃO SOCIAL


Você já parou para pensar que os conceitos de língua, cultura e sociedade
estão intimamente ligados? Pois é, eles estão! O problema é que frequentemente
estudamos esses conceitos isolados, sem relacioná-los. Mas me responda então
como uma sociedade, um povo ou um indivíduo podem expressar sua identidade, sua
cultura, seu modo de pensar se não for por meio da linguagem?
Sem a linguagem, nossa interação sociocultural não seria possível.
Dependendo do contexto situacional, usamos a linguagem de forma diferente, não
é verdade?
Se vamos fazer uma entrevista de emprego ou se participamos de uma
seleção para um estágio, com certeza, procuraremos falar de forma mais rebuscada, elegante,
com palavras mais formais, às vezes diferentes daquelas que utilizamos em casa, não é? Isso
acontece porque nossa intenção com o uso da linguagem é causar boa impressão no
entrevistador, mostrar que somos os melhores.

Embora saibamos que existem diferentes formas de expressarmos as


linguagens utilizadas pelo ser humano, como as esculturas, a pintura, a dança, os
logotipos, as placas de trânsito, o cinema, os sistemas gestuais, a escrita, etc.

3- PROCESSO DE COMUNICAÇÃO E SEUS ELEMENTOS CONSTITUINTES


Para que haja comunicação, é preciso que uma pessoa ou um
grupo de pessoas tenham algum objetivo ou alguma razão para quererem se
comunicar. E essa atividade de comunicar-se será materializada por um conjunto de
signos, códigos, que formarão uma mensagem, essa mensagem necessitará de um
veículo, de um canal que a faça chegar ao seu destino. É certo que você sabe que
qualquer situação de comunicação compreende a produção de uma mensagem por
alguém e a recepção dessa mensagem por outra pessoa. Sempre que escrevemos,
desenhamos, falamos, etc., pensamos em nossa audiência, isto é, naquele para
quem a comunicação se destina.
Por isso, qualquer análise do propósito da comunicação precisa responder a
questão: a quem ela se destinou? A este “quem” damos o nome de receptor e àquele
que produziu a mensagem de emissor.
Vamos analisar quais os elementos do processo de comunicação já
reconhecemos até agora:

Temos assim todos os elementos do processo de comunicação, certo? Bom,


na verdade, falta um! Olhemos novamente o gráfico com os cinco elementos do
processo de comunicação. Vemos que quem toma a iniciativa de comunicação é o
emissor. É ele quem tem um objetivo discursivo e para atingi-lo usa códigos para
materializar sua mensagem. O meio que o emissor selecionou para que a mensagem
já codificada chegue ao receptor é o canal. Mas me diga uma coisa: que elemento
garante que a mensagem será decodificada pelo receptor, isto é, quem garante que o
receptor compreenderá a mensagem? O raciocínio é um só: da mesma forma que o
emissor precisa codificar a mensagem por meio do código linguístico (alfabeto, por
exemplo), o receptor precisa de um decodificador para decifrá-la e colocá-la em forma
de ação discursiva. Esse codificador se chama contexto ou referente. Será ele o
elemento que garantirá a compreensão da mensagem pelo receptor. Agora sim temos
todos os seis elementos básicos do todo o processo de comunicação:

Então, quando você escreve ou fala um texto, seu papel é o de emissor. O


receptor é a pessoa ou grupo a que seu texto será dirigido (um professor, um amigo,
seus colegas de classe ou de trabalho, seu tutor, o coordenador do curso, o pessoal
do bairro, etc.). A mensagem será aquilo que você está comunicando sobre um objeto
ou uma situação, e o seu referente/contexto será a ideia principal daquela mensagem
(pode ser a descrição de uma discussão, a narração de um programa ou de uma
novela, o resumo de um filme, etc.). Se você estiver escrevendo, o canal de
comunicação será
a própria página escrita sobre a qual o texto foi codificado; agora, se você estiver
conversando, o canal será sua voz (a própria fala). Por fim, o código utilizado para
materializar a mensagem será, muito provavelmente (salvo em situações de interação
com pessoas de outras nacionalidades), a Língua Portuguesa. Pronto! Deciframos
com muita facilidade todos os elementos envolvidos na comunicação.
4. LÍNGUA FALADA E LÍNGUA ESCRITA
Não devemos confundir língua falada com escrita, pois são dois meios de
comunicação distintos. A escrita representa um estágio posterior de uma língua. A
língua falada é mais espontânea, abrange a comunicação linguística em toda sua
totalidade. Além disso, é acompanhada pelo tom de voz, algumas vezes por mímicas,
incluindo-se fisionomias.
A língua escrita não é a representação da língua falada, mas sim
um sistema mais disciplinado e rígido, uma vez que não conta com o jogo fisionômico,
as mímicas e o tom de voz do falante. No Brasil, por exemplo, todos falam a língua
portuguesa, mas existem usos diferentes da língua devido a diversos fatores. Dentre
eles, destacam-se:
Fatores regionais: é possível notar a diferença do português falado por um habitante
da região nordeste e outro da região sudeste do Brasil. Dentro de uma mesma região,
também há variações no uso da língua. No estado do Rio Grande do Sul, por
exemplo, há diferenças entre a língua utilizada por um cidadão que vive na capital e
aquela utilizada por um cidadão do interior do estado.
Fatores culturais: o grau de escolarização e a formação cultural de um indivíduo
também são fatores que colaboram para os diferentes usos da língua. Uma pessoa
escolarizada utiliza a língua de uma maneira diferente da pessoa que não teve acesso
à escola.
Fatores contextuais: nosso modo de falar varia de acordo com a situação em que
nos encontramos: quando conversamos com nossos amigos, não usamos os termos
que usaríamos se estivéssemos discursando em uma solenidade de formatura.
Fatores profissionais: o exercício de algumas atividades requer o domínio de certas
formas de língua chamadas línguas técnicas. Abundantes em termos específicos,
essas formas têm uso praticamente restrito ao intercâmbio técnico de engenheiros,
químicos, profissionais da área de direito e da informática, biólogos, médicos,
linguistas e outros especialistas.
Fatores naturais: o uso da língua pelos falantes sofre influência de fatores naturais,
como idade e sexo. Uma criança não utiliza a língua da mesma maneira que um
adulto, daí falar-se em linguagem infantil e linguagem adulta.
4.1 Qual a importância da comunicação oral e escrita no mundo atual?
Fundamental! Sempre foi e sempre será! Nós vivemos em um mundo cada
vez mais competitivo, por conta do crescimento populacional e, especialmente nas
grandes cidades, quem não estiver bem preparado está fadado ao insucesso.
Expressão é tudo!
4.2 Os elementos textuais que organizam sua exposição oral
Saber falar em público é uma habilidade essencial para os profissionais de
hoje. E vale ressaltar: ninguém nasce com um gene para essa habilidade. É preciso
desenvolvê-la com muito treinamento. Para fazer uma boa exposição oral em público,
é preciso que você domine formas que permitam construir ligar as suas ideias e guiar
o seu ouvinte. Os principais elementos da exposição oral são os seguintes:
Coesão temática: elementos que asseguram a articulação das diferentes partes
temáticas.
5. Noções de redação: aprenda como escrever bem
Escrever é uma das formas mais eficazes para transmitir informação e
conhecimento.
5.1 Dicas para escrever bem
A primeira coisa que deve fazer é um esqueleto do texto que pretende
escrever, com algumas notas que identificarão o que irá ser escrito. Por exemplo:
número de palavras; tema; estilo (formal, informal); pesquisas a fazer e data limite
para terminar.
Organizar notas e rascunhos
Uma das piores coisas que podem acontecer quando estamos a escrever é
ter de parar para procurar uma ideia que colocamos não sabemos bem onde. Quebra
totalmente o ritmo criativo do texto.
Procure uma aplicação informática se costuma usar o computador para
escrever ou anda com ele para todo o lado. Se for menos tecnológico, compre um
bloco de notas e uma pasta para guardar documentos e ande sempre acompanhado.
Crie um hábito para escrever bem
Podemos aprender a escrever bem se criarmos um hábito diário de escrever
sempre na mesma hora e no mesmo local. Se para ser um escritor inesquecível é
necessário algo mais (um dom) escrever corretamente pode ser alcançado por
qualquer um, com esforço e dedicação.
Concentre-se no que está a fazer.
Concentre-se em produzir para escrever bem
Não se fala como se escreve
"Português é fácil de aprender porque é uma língua que se escreve
exatamente como se fala." Pois é. U purtuguêis é muito fácil di aprender, purqui é
uma língua qui a gentiiscreviixatamenticumu si fala. Num é cumuinglêisqui dá até
vontadidi ri quandu a gentidiscobricumu é qui si iscrevi algumas palavras.
Impurtuguêis não. É só prestátenção. U alemão purexemplu. Qué coisa mais doida?
Num bate nada cum
nada. Até nu espanhol qui é parecidu, si iscrevimuintodiferenti. Qui bom qui a minha
língua é u purtuguêis. Quem soubéfalásabiiscrevê.
O comentário é do humorista Jô Soares, para a revista Veja. Ele brinca com a
diferença entre o português falado e escrito. Na verdade, em todas as línguas, as
pessoas falam de um jeito e escrevem de outro. A fala e a escrita são duas
modalidades diferentes da língua e é com esse fato que o Jô brincou. Na língua
escrita há mais exigências, em relação às regras da gramática normativa. Isso
acontece porque, ao falar, as pessoas podem ainda recorrer a outros recursos para
que a comunicação ocorra - pode-se pedir que se repita o que foi dito, há os gestos,
etc. Já na linguagem escrita, a interação é mais complicada, o que torna necessário
assegurar que o texto escrito dê conta da comunicação.
A escrita não reflete a fala individual de ninguém e de nenhum grupo social.
Por essa razão, a fala e a escrita exigem conhecimentos diferentes.
Dez mandamentos para que sua redação surpreenda o leitor:
1) Não escreva difícil, usando palavras para parecer que sabe de tudo! Prefira uma
linguagem mais simples. Não falo aqui do uso de coloquialismo, sem restrições!
2) Críticas sem fundamento, sem objetivo não devem ser feitas. A análise sobre algo
deve ser realizada baseada em fatos, acontecimentos reais. Sempre aponte soluções
coerentes para os problemas levantados.
3) Uso de palavrões, jargões, gírias e coloquialismo é proibido!
4) A linguagem do face ou instagran deve ficar em casa. Nunca abrevie palavras: vc,
qdo, msm, dentre outras. Exceção: etc.
5) Não faça repetição desnecessária de palavras! O texto fica enfadonho e pobre,
pois o leitor verá que você não tem muita leitura, uma vez que não tem muito
vocabulário. Use sinônimos: menina, garota, criança, guria.
6) Não “encha linguiça”, como dizem! Uns dizem coisas sem sentido, outros falam a
mesma coisa várias vezes, de vários modos. Seja objetivo, claro. Melhor qualidade do
que quantidade. No entanto, processos seletivos exigem o mínimo de 15 linhas.
Escreva sobre algo que você tenha conhecimento. Baseie-se (não copie) em um texto
da coletânea, nas ideias expostas ali. Faça um parágrafo para introdução, um para o
desenvolvimento e um para a conclusão, pelo menos!
7) Não esqueça a cedilha no “c”, o cortado do “t”, o pingo do “i”, as letras maiúsculas
em nomes próprios!
8) Coloque ponto final! Começou um novo argumento, uma nova ideia? Coloque
ponto final e não vírgula! Os períodos ficam tão confusos que o leitor não sabe nem
mais qual é o assunto inicial ou quem é o sujeito do período!
9) Faça a concordância verbal. Se o sujeito está no plural, o verbo também deverá
estar! Ficou em dúvida? Leia a oração e identifique o sujeito.
10) Releia o texto! É impossível tentar organizar melhor o texto, corrigir os erros e tirar
nota boa sem reler o que se escreveu! Detalhe: Coloque-se no lugar de um leitor que
não sabe nada sobre o assunto abordado em seu texto e se pergunte: Será que ele
entenderia sobre o que estou escrevendo e o meu ponto de vista? Saiba que
mandamentos foram feitos para serem seguidos, mas não como obrigação ou por
imposição, mas para nosso bem! Pense nisso!
5.2 O que é redação técnica?
Primeiramente, vejamos esses dois termos em separado: Redação é o ato de
redigir, ou seja, de escrever, de exprimir pensamentos e ideias através da escrita.
Técnica é o conjunto de métodos para execução de um trabalho, a fim de se obter
um resultado.
Logo, para que você escreva uma redação técnica é necessário que certos
processos sejam seguidos, como o tipo de linguagem, a estrutura do texto, o
espaçamento, a forma de iniciar e finalizar o texto, dentre outros. Dessa forma, a
necessidade de certa habilidade e de se ter os conhecimentos prévios para se fazer
uma redação técnica é imprescindível!
A redação técnica engloba textos como: ata, memorando, parecer,
procuração, recibo, relatório, currículo.
Ata - documento no qual deve constar um resumo por escrito, detalhando os fatos e
as soluções a que chegaram as pessoas convocadas a participar de uma assembleia,
sessão ou
reunião. A expressão correta para a redação de uma ata é "lavrar a ata". Uma das
principais
funções da ata é historiar, traçar um painel cronológico da vida de uma empresa,
associação ou
instituição. Serve como documento para consulta posterior, tendo em alguns casos
caráter
obrigatório pela legislação.
Ofício - Correspondência de caráter oficial, equivalente à carta comercial. É dirigido
por um
funcionário a outro, da mesma ou de outra categoria, bem como por uma repartição a
uma pessoa ou instituição particular, ou, ainda, por instituição particular ou pessoa a
uma repartição pública. Por tratar-se, de comunicação de caráter público, o ofício
requer certo grau de formalidade. A redação, tal como no caso da carta comercial,
tem de ser breve e concisa.
Requerimento - Se você precisar se dirigir a uma autoridade para fazer um pedido
para o qual necessite ter amparo na lei, deve fazê-lo através de um requerimento.
Serve para requerer ou pedir uma coisa específica à Administração ou aos
organismos públicos.
Em geral, podemos observar as seguintes partes: A autoridade destinatária
(usa-se Excelentíssimo "Exmo." para Juiz, Promotor, Senadores, Deputados,
Vereadores, Presidente da República, Governador, Prefeito e Ministros de Estado;
usase Ilustríssimo "Ilmo." para as demais autoridades); Nome e qualificação do
requerente; Exposição e solicitação;
Pedido de deferimento; Localidade e data; Assinatura.
Peculiaridades da redação técnica
Impessoalidade
A redação oficial deve ser isenta da interferência da individualidade. O tratamento
impessoal que deve ser dado aos assuntos que constam das comunicações oficiais
decorre: a) da ausência de impressões individuais de quem comunica; b) da
impessoalidade de quem recebe a comunicação; e c) do caráter impessoal do próprio
assunto tratado.
Linguagem
O texto oficial requer o uso do padrão culto da língua. Padrão culto é aquele em que:
a) se observam as regras da gramática formal, b) se emprega um vocabulário comum
ao conjunto dos usuários do idioma.
A linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações que a exijam:
Formalidade -As comunicações oficiais devem ser sempre formais. Não só ao correto
emprego deste ou daquele pronome de tratamento, mais do que isso, a formalidade
diz respeito à polidez e à civilidade.
Padronização - A clareza de digitação, o uso de papéis uniformes e a correta
diagramação do texto são indispensáveis à padronização.
Concisão - uma qualidade do texto, principalmente o do oficial. Conciso é o texto que
consegue
transmitir um máximo de informações com um mínimo de palavras. A concisão é,
basicamente, economia linguística. Isso não quer dizer economia de pensamento,
isto é, não se devem eliminar passagens substanciais do texto no afã de reduzi-lo em
tamanho. Trata-se exclusivamente de cortar palavras inúteis, redundâncias,
passagens que nada acrescentem ao que já foi dito.
Clareza - deve ser a qualidade básica de todo texto oficial. Claro é aquele texto que
possibilita
imediata compreensão pelo leitor. A clareza não é algo que se atinja por si só: ela
depende estritamente das demais características da redação oficial.
A ocorrência, em textos oficiais, de trechos obscuros e de
erros gramaticais provém principalmente da falta da releitura que torna possível sua
correção.
A revisão atenta exige, necessariamente, tempo. A pressa com que são elaboradas
certas comunicações quase sempre compromete sua clareza. Não se deve proceder
à redação de um texto que não seja seguida por sua revisão. “Não há assuntos
urgentes, há assuntos atrasados”, diz a máxima. Evite-se, pois, o atraso, com sua
indesejável repercussão no redigir.
5.3 A importância da leitura
As tecnologias do mundo moderno fizeram com que as pessoas deixassem a
leitura de livros de lado, o que resultou em jovens cada vez mais desinteressados
pelos livros, possuindo vocabulários cada vez mais pobres. A leitura é algo crucial
para a aprendizagem do ser humano, pois é através dela que podemos enriquecer
nosso vocabulário, obter conhecimento, dinamizar o raciocínio e a interpretação.
Muitas pessoas dizem não ter paciência para ler um livro, no entanto isso
acontece por falta de hábito, pois se a leitura fosse um hábito as pessoas saberiam
apreciar uma boa obra literária.
6. PRINCIPAIS PROPRIEDADES DO TEXTO: COESÃO E COERÊNCIA
Você certamente já ouviu alguém dizer que algo não faz ou tem sentido, ou
ainda que uma parte não tem relação ou ligação com o todo. Por exemplo, quando
vamos fazer um bolo, pegamos todos os ingredientes (farinha, ovos, leite, fermento) e
unimos na quantidade e na dosagem certas para que eles juntos formem um bolo.
Teria sentindo se eu colocasse papel na massa para fazer esse bolo? Obviamente,
não! Ou se eu colocasse os ingredientes certos em qualquer ordem e em qualquer
quantidade? Bom, até formaria uma liga ou uma pasta, mas dificilmente resultaria em
um bolo, não é? Pois é isso mesmo que acontece com os nossos textos!
Em determinados contextos, um texto pode não fazer sentido para o receptor,
ou seja, pode não ter coerência. Se não unirmos as partes dos textos, articulando as
sentenças e orações, o texto não terá coesão e isso implicará na coerência! Vejamos
o esquema a seguir:

Nele percebemos que há vários “ingredientes” para se construir um texto,


porém nunca podemos nos esquecer de duas propriedades principais, pois é a partir
delas que se consolidará o produto final, isto é, o texto. Estas propriedades principais
são a coesão e a coerência. Pois vamos às definições:
Antunes (2010, p. 17) faz uma excelente explicação acerca desses dois
importantes critérios. Segundo ela, a coesão é uma das propriedades que fazem com
que um conjunto de palavras funcione como um texto. Por isso, assim como um bolo,
para que um conjunto de palavras ou de orações forme um texto, é preciso que esse
grupo apresente um encadeamento, uma articulação, isto é, elos. E será exatamente
dessa articulação que resultará o fio condutor para a sequência, continuidade.
Antunes
ressalta que a coesão visível funciona como marcas da coerência e por isso a coesão
se materializa nas ocorrências de vários recursos morfossintáticos e lexicais, nas
relações semânticas entre palavras e categorias gramaticais, etc.

7. GÊNEROS TEXTUAIS E TIPOS DE TEXTO: FORMAS DE INTERAÇÃO SOCIAL


Os gêneros textuais contribuem para ordenar e estabilizar as atividades
comunicativas que acontecem no dia a dia. Por esta razão, tanto os professores
quanto os alunos sabem (ou deveriam saber) que todas as produções (orais ou
escritas) devem ser construídas e desenvolvidas a partir dos gêneros. Usar a
linguagem, isto é, usar os gêneros, é uma forma de agir socialmente, de interagir. Os
gêneros se materializam através de textos!
A partir dessa premissa, surgiram novas pesquisas e estudos que
contribuíram
para nos auxiliar na produção de textos no cotidiano acadêmico. Há uma distinção
entre o conceito de gênero e tipo textual, já que gênero corresponde ao texto
empírico, que se apresenta sob diferentes formas, como e-mail, entrevista, blog;
enquanto tipo textual compreende os aspectos linguísticos como tempos verbais,
construções sintáticas, presentes nos diferentes gêneros e que caracterizam as
narrativas, as exposições, as argumentações, as descrições e as dissertações.
Quando um indivíduo utiliza uma língua, sempre o faz por meio de texto,
mesmo que não tenha consciência disso. Quando falamos, podemos estar interagindo
por meio de uma conversa, um telefonema, uma aula, uma palestra, uma
videoconferência, um discurso, um sermão, entre tantos outros gêneros ligados ao ato
de falar. Da mesma forma, existe outra gama de gêneros que estão diretamente
relacionados ao ato de escrever, como resumo, resenha, artigos, bula de remédio,
fóruns de discussão, relatórios, etc. Esses gêneros textuais são estabelecidos pela
sociedade para facilitar e permitir a comunicação!
Para Marcuschi (2008), um domínio discursivo constitui muito mais do que
uma esfera da atividade humana, pois indica instâncias discursivas. No quadro a
seguir, veremos os domínios e alguns dos gêneros que se realizam nesses domínios:

Baseado em Marcuschi (2008, p. 194 a 196)

Cada domínio discursivo produz gêneros específicos? Isso quer dizer


que não usamos os gêneros a partir de modelos que construímos individualmente,
mas a partir de modelos previamente acordados pelos participantes de comunidades
discursivas!
7.1 Tipos de texto: sequências discursivas nos gêneros
Os tipos de texto são definidos por naturezas linguísticas, como a narração,
a descrição, a argumentação e a exposição. Tipo de texto, portanto, corresponde à
constituição estrutural interna e este pode apresentar na sua estrutura várias
sequências ou tipos textuais. Vejamos o quadro a seguir. Ele traça a diferença entre
tipo de texto e gênero textual:

Baseado em Marcuschi (2010, p. 24)

Os tipos de texto são definidos predominantemente por suas características


linguísticas. Por isso, eles são caracterizados por um conjunto de traços que formam
uma sequência e não um texto!
Um texto de base descritiva tem como objetivo oferecer ao leitor/ouvinte a
oportunidade de visualizar o cenário onde uma ação se desenvolve e as personagens
que dela participam. Ele também pode ter uma finalidade subsidiária na construção
de outros tipos de texto, funcionando como um plano de fundo, o que explica e situa
a ação (na narração) ou que comenta e justifica a argumentação. Podemos encontrar
descrição facilmente em gêneros como bula de remédio, uma receita médica ou
culinária, um anúncio de classificados, dentre muitos outros.

A argumentação é uma atividade discursiva que possibilita a defesa de pontos


de vista. Nos gêneros textuais, cuja sequência argumentativa é realçada, têm-se
uma preocupação constante com o interlocutor, além de apresentar explícita ou
implicitamente pontos de vista. Geralmente, nos gêneros que trazem argumentação,
o tema proposto é passível de debate, pois se tem o interesse de convencer o
interlocutor acerca de nosso ponto de vista, e o contexto de produção (jornalístico,
acadêmico, jurídico) favorece a defesa desse ponto de vista. Daí a necessidade de
termos conhecimentos a respeito do tema que estamos tratando no gênero (seja em
uma resenha, num artigo ou numa monografia) e dos diferentes posicionamentos a
respeito dele para que possamos argumentar!

8. REGRAS DE ORTOGRAFIA
A Ortografia é a parte da gramática que se encarrega da forma correta de
escrita das palavras da Língua Portuguesa.
Uso do Por que, Porquê, Por quê e Porque
Por Daniela Diana
Na língua portuguesa, existem 4 tipos de porquês (por que, porque, por quê
e porquê) que são empregados da seguinte forma:
 Por que: utilizado em perguntas. Exemplo: Por que não voltamos para a casa?
 Porque: utilizado em respostas. Exemplo: Porque agora não temos tempo.
 Por quê: utilizado em perguntas no fim das frases. Exemplo: Você não gosta dessa
matéria, por quê?
 Porquê: possui o valor de substantivo e indica o motivo, a razão. Exemplo: Gostaria
de saber o porquê dele não falar mais comigo.
Quando usar Por que?
"Por que" separado e sem acento é usado no início das frases interrogativas diretas
ou no meio, no caso de frases interrogativas indiretas.
Assim, utilizamos o "por que" em perguntas ou como pronome relativo, com o sentido
de "por qual e "pelo qual".
 Por que ele não voltou mais?
 Por que isto é tão caro?
 Queria saber por que você não me telefonou ontem.
Quando usado no meio das frases, "por que" tem a função de pronome relativo. Pode
ser substituído por "por qual e "pelo qual".
Exemplos:
 O local por que passei é muito bonito. (O local por qual passei é muito bonito.)
 A razão por que sobra sempre para mim, eu não sei. (A razão pela qual sobra
sempre para mim, eu não sei.)
 Não sei o motivo por que as pessoas têm dúvidas. (Não sei o motivo pelo qual
as pessoas têm dúvidas.)
Quando usar Porque?
"Porque", escrito junto e sem acento, é utilizado em respostas. Ele exerce a função
de uma conjunção subordinativa causal ou coordenativa explicativa.
Pode ser substituído por palavras, como “pois”, ou pelas expressões “para que” e
“uma vez que”.
Exemplos:
 Não fui à escola ontem porque fiquei doente.
 Leve o casaco porque está frio.
 Não preciso de mais exemplos, porque já entendi.
Quando usar Por quê?
"Por quê", escrito separado e com acento circunflexo, é usado em perguntas no fim
das frases interrogativas diretas ou de maneira isolada.
Antes de um ponto mantém o sentido interrogativo ou exclamativo.
Exemplos:
 O almoço não foi servido por quê?
 Andar a pé, por quê?
 Não vai errar mais? Por quê?
Quando usar Porquê?
"Porquê", escrito junto e com acento circunflexo, possui o valor de substantivo na
frase e significa “motivo” ou “razão”. Ele aparece nas sentenças precedido de artigo,
pronome, adjetivo ou numeral com objetivo de explicar o motivo dentro da frase.
Exemplos:
 Não foi explicado o porquê de tanto barulho na noite de ontem.
 Queria entender o porquê de isto estar acontecendo.
 Você pode me explicar o porquê de tanta gente complicar algo fácil?
Mais ou Mas?
O “mais” e o “mas” são duas palavras que tem um som parecido, no entanto,
são utilizadas em contextos distintos. Confira abaixo a diferença entre elas e suas
regras de uso.
Mais
A palavra “mais” possui como antônimo o “menos”. Nesse caso, ela indica a
soma ou o aumento da quantidade de algo.
Embora seja mais utilizada como advérbio de intensidade, dependendo da
função que exerce na frase, o “mais” pode ser substantivo, preposição, pronome
indefinido ou conjunção.
Exemplos: Quero ir mais vezes para a Europa.
Hoje vivemos num mundo melhor e mais justo.
Jonatas foi à festa com seu amigo mais sua namorada.
Dica: Uma maneira de saber se você está usando a palavra corretamente é
trocar pelo seu antônimo “menos”.
Mas
A palavra “mas” pode desempenhar o papel de substantivo, conjunção ou
advérbio.
1. Como substantivo, o “mas” está associado a algum defeito. Exemplo: Nem mas,
nem meio mas, faça já seus deveres de casa.
2. Como conjunção adversativa, o “mas” é utilizado quando o locutor quer expor uma
ideia contrária a que foi dita anteriormente. Exemplo: Sou muito calmo, mas estou
muito nervoso agora. Nesse caso, ela possui o mesmo sentido de: porém, todavia,
contudo, entretanto, contanto que, etc.
3. Como advérbio, o “mas” é empregado para enfatizar alguma informação. Exemplo:
Ela é muito dedicada, mas tão dedicada, que trabalhou anos vendendo doces.
As orientações ortográficas levam em conta a etimologia (origem) das
palavras, bem como a fonologia (sons), de modo que a Ortografia se insere numa
categoria ainda maior da gramática que é justamente a Fonologia.
Disponível em:< https://www.todamateria.com.br/lingua-portuguesa/ortografia/>
Acesso em 20 abr. 2022

9. NOÇÕES DE CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL


Por Márcia Fernandes
Concordância verbal e nominal é relação que garante que as palavras
concordem umas com as outras. A concordância verbal garante que os verbos
concordem com os sujeitos, enquanto a concordância nominal garante que os
substantivos concordem com adjetivos, artigos, numerais e pronomes. Exemplo: Nós
estudaremos regras e exemplos complicados juntos.
Neste exemplo, quando concordamos o sujeito (nós) com o verbo
(estudaremos) estamos fazendo a concordância verbal. Por sua vez, quando
concordamos os substantivos (regras e exemplos) com o adjetivo (complicados)
estamos fazendo concordância nominal.
Regras de concordância verbal
Para garantir a concordância verbal, precisamos respeitar as relações de número e
pessoa entre verbo e sujeito. Vejamos algumas regras.
1. Concordância de sujeito composto antes do verbo
Quando o sujeito é composto e vem antes do verbo, esse verbo deve estar sempre no
plural. Exemplos:
 Maria e José conversaram até de madrugada.
 Construção e pintura ficarão prontas amanhã.
2. Concordância de sujeito composto depois do verbo
Quando o sujeito composto vem depois do verbo, o verbo tanto pode ficar no plural
como pode concordar com o sujeito mais próximo. Exemplos:
 Discursaram diretor e professores.
 Discursou diretor e professores.
3. Concordância de sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes
Quando o sujeito é composto, mas as pessoas gramaticais são diferentes, o
verbo deve ficar no plural. No entanto, ele concordará com a pessoa que, a nível
gramatical, tem prioridade. Isso quer dizer que 1.ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em
relação à 2.ª (tu, vós) e a 2.ª tem prioridade em relação à 3.ª (ele, eles). Exemplos:
 Nós, vós e eles vamos à festa.
 Tu e ele falais outra língua?
Regras de concordância nominal
Para garantir a concordância nominal, precisamos respeitar as relações de
gênero e número entre substantivos, adjetivos, artigos, numerais e pronomes.
Vejamos algumas regras.
1. Concordância entre substantivo e mais do que um adjetivo
Quando há mais do que um adjetivo para um substantivo, há duas formas de
concordar: Colocar o artigo antes do último adjetivo. Exemplos:
 A língua francesa e a italiana são encantadoras.
 A música clássica e a popular são manifestações artísticas.
Colocar o substantivo e o artigo que o acompanha no plural. Exemplos:
 As línguas francesa e italiana são encantadoras.
 As músicas clássica e popular são manifestações artísticas.
2. Concordância entre substantivos e um adjetivo
Quando há mais do que um substantivo e apenas um adjetivo, há duas
formas de concordar: Se o adjetivo vem ANTES dos substantivos, o adjetivo deve
concordar com o substantivo mais próximo. Exemplos:
 Linda filha e bebê.
 Querido filho e filha.
Se o adjetivo vem DEPOIS dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o
substantivo mais próximo ou com todos os substantivos. Exemplos:
 Pronúncia e vocabulário perfeito.
 Vocabulário e pronúncia perfeita.
 Pronúncia e vocabulário perfeitos.
 Vocabulário e pronúncia perfeitos.
Disponível em https://www.todamateria.com.br/concordancia-verbal-e-nominal/
Acesso em 20 abr. 2022.

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