TCC Layla e Andressa VERSÃO FINAL

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

ESCOLA DE CIÊNCIAS SOCIAS DA SAÚDE


CURSO DE ENFERMAGEM

ANDRESSA MORAES DE LIMA


LAYLA MYLENA NERES DE OLIVEIRA

ATRIBUIÇÕES DOS ENFERMEIROS FRENTE AO PROGRAMA DE


PLANEJAMENTO FAMILIAR NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE NO BRASIL:
REVISÃO INTEGRATIVA

Goiânia

2020

1
ANDRESSA MORAES DE LIMA
LAYLA MYLENA NERES DE OLIVEIRA

http://lattes.cnpq.br/9654341422818254

http://lattes.cnpq.br/4092001747875332

ATRIBUIÇÕES DOS ENFERMEIROS FRENTE AO PROGRAMA DE


PLANEJAMENTO FAMILIAR NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE NO BRASIL:
REVISÃO INTEGRATIVA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


Eixo temático ENF 1113 - Trabalho de Conclusão
de Curso III, como requisito obrigatório para
obtenção do título de Bacharel em Enfermagem
pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás.

Orientadora: Prof. Enf. Ms. Lorena Aparecida de


Oliveira Araújo.

http://lattes.cnpq.br/1655462345908495

Goiânia
2020

RESUMO

2
INTRODUÇÃO: Os direitos sexuais e reprodutivos são reconhecidos em leis
nacionais e internacionais O Planejamento Familiar poder ser realizado
individualmente pelo homem, pela mulher ou pelo casal, independente de união
estável e da opção de constituir ou não família. O termo Planejamento Familiar vem
sendo substituído, atualmente, por Planejamento Reprodutivo, por tornar-se um
conceito mais abrangente, pois baseia-se no respeito aos direitos sexuais e aos
direitos reprodutivos de cada cidadão . A Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996, em
seu 7º art. regulamenta o Programa de Planejamento Familiar (PPF) no país.
Dentro do PPF o Enfermeiro pode atuar na organização, execução, coordenação e
avaliação das ações do programa, como também as consultas e prescrições.
OBJETIVO: Elencar junto a bibliografia científica, as atribuições dos Enfermeiros no
Programa de Planejamento Familiar na Atenção Primária em Saúde do Brasil.
METODOLOGIA: Se trata de uma Revisão Integrativa, empreendida nas bases de
dados SCIELO, BDENF, Periódicos CAPES, Google Acadêmico, Materiais do
Ministério da Saúde, Portarias, Normativas. Utilizamos como critérios de inclusão
artigos publicados após a normatização da Lei 7.498 de 25 de junho de 1986 e
textos disponíveis na íntegra. Não foram incluídos na busca artigos em línguas
estrangeiras, Teses, Dissertações e Monografias. Os critérios de exclusão se
basearam na adequação das resenhas realizadas a temática abordada. A análise
de dados desse estudo foi realizada por Categorização dos conteúdos em vista de
suas similaridades. RESULTADOS: As autoras realizaram 64 resenhas críticas,
dessas emergiram 37 estudos que permearam a temática e nortearam os resultados
e discussão dessa pesquisa, houve duplicidade de 2 artigos entre as resenhas e
totalizou 27 artigos excluídos. Foi realizado também a busca de Manuais e
Normativas das Entidades Federativas do Brasil, como o MS, COFEN e COREN GO
encontrando 14 documentos. DISCUSSÃO: Foram selecionadas e discutidas as
seguintes Categorias: Documentos normatizadores que subsidiam a prática
profissional; Enfermeiro frente ao Programa de Planejamento Familiar; Métodos
Contraceptivos mais disponibilizados nos serviços públicos de saúde no Brasil;
Percepções de profissionais e usuários sobre a efetivação do PPF; e Importância
das ações de educação em saúde. CONCLUSÃO: O estudo concluiu que as
atribuições dos Enfermeiros frente ao PPF são assistenciais, de promoção,
prevenção e de educação em saúde. Realizam consultas clínicas, prescrições de
métodos contraceptivos segundo protocolos específicos de cada UBS, dispensação
3
dos métodos ofertados na Atenção Primária, orientações tanto quanto a saúde
reprodutiva como a saúde sexual, incluindo a prevenção de IST e canceres dos
órgãos genitais. Estes direcionados para as mulheres, homens, casais e
adolescentes. Apresenta ainda, a importância de buscarmos mais conhecimentos
acerca da atuação do Enfermeiro na Atenção Primária para ampliar a autonomia e o
embasamento teórico científico, mais especificamente no PPF.

Palavras-chave OU DECS:
Enfermeiros; Planejamento Familiar; Atenção Primária a Saúde; Educação em
Saúde; Assistência à Saúde; Métodos Contraceptivos; Condutas na Prática de
Enfermeiros.

ABSTRACT

4
INTRODUCTION: Sexual and reproductive rights are popular in national and
international laws. Family planning can be carried out individually by the man, the
woman or the couple, regardless of a stable union and the option of forming or not a
family. The term Family Planning has been replaced, nowadays, by Reproductive
Planning, as it has become a more encompassed concept, as it is based on respect
for sexual rights and reproductive rights of each citizen. Law No. 9,263, of January
12, 1996, in its 7th art. regulates the Family Planning Program in the country. Within
the Family Planning Program, the Nurse can act in the organization, execution,
coordination and evaluation of the program's actions, as well as consultations and
prescriptions. OBJECTIVE: To list with the scientific bibliography, according to the
duties of Nurses in the Family Planning Program in Primary Health Care in Brazil.
METHOD: This is an Integrative Review, undertaken in the databases SCIELO,
BDENF, CAPES journals, Google Scholar, Materials from the Ministry of Health,
Ordinances, Regulations. We used as inclusion criteria the articles published after
the normalization of Law 7,498 of June 25, 1986 and texts available in full. They
were not included in the search for articles in foreign languages, Theses,
Dissertations and Monographs. The exclusion criteria were based on the adequacy
of the reviews carried out on the topic addressed. Data analysis was performed by
categorizing the contents in view of their similarities. RESULTS: As authors carried
out 64 critical reviews, of these 37 studies emerged that permeated the theme and
guided the results and discussion of this research, there were two articles duplicated
between reviews and totaled 27 excluded articles. There was also a search for
Manuals and Regulations of the Federative Entities of Brazil, such as the MS,
COFEN and COREN GO, finding 14 documents. DISCUSSION: The following
categories were selected and discussed: Standardizing documents that support
professional practice; Nurse in front of the Family Planning Program; Contraceptive
methods most available in public health services in Brazil; Perceptions of
professionals and users about the effectiveness of the PPF; and Importance of
health education actions. CONCLUSION: The study concluded that the nurses'
duties in relation to the Family Planning Program are assistance, promotion,
prevention and health education. They carry out clinical consultations, prescriptions
of contraceptive methods according to specific criteria of each UBS, dispensation of
the methods offered in Primary Care, guidance on reproductive health as well as

5
sexual health, including STI prevention and genital organ cancers. These targeted at
women, men, couples and teenagers. It also presents the importance of seeking
more knowledge about the role of Nurses in Primary Care to expand autonomy and
the theoretical scientific basis, more specifically in the Family Planning Program.

Keywords OR DECS:

Nurses; Family Planning; Primary Health Care;


Health Education; Delivery of Health Care; Contraception; Practice Patterns,
Nurses’.

6
LISTA DE SIGLAS

ACO - Anticoncepcionais Orais


ACS - Agentes Comunitários de Saúde
BDENF - Base de Dados de Enfermagem
BVS - Biblioteca Virtual de Saúde
CE - Contracepção de Emergência
CO2 - Dióxido de Carbono
COFEN - Conselho Federal de Enfermagem
COREN GO - Conselho Regional de Enfermagem de Goiás
DESC - Descritores em Saúde
DIU - Dispositivo Intrauterino
ESF - Estratégia de Saúde da Família
HAS - Hipertensão Arterial Sistêmica
IMD - Instrumento de Monitoramento do Desempenho
IST - Infeções Sexualmente Transmissíveis
LILACS - Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
MACs - Métodos Anticoncepcionais
MS - Ministério da Saúde
OMS - Organização de Saúde
PNAISH - Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem.
PNAISM - Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher
PNDS- Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde
PF – Planejamento Familiar
PPF – Programa de Planejamento Familiar
PSF – Programa de Saúde da Família
SCIELO - Scientific Electronic Library Online
TE - Tecnologia Educacional
SIU - Sistema Liberador de Levonorgestrel
SUS - Sistema Único de Saúde

7
UBS - Unidades Básicas de Saúde
USF - Unidade de Saúde da Família

8
LISTA DE QUADROS

QUADRO 1. Apresentação dos artigos selecionados diante a busca científica,


destacando o ANO, TÍTULO, OBJETIVO e CONCLUSÃO (GOIÂNIA, 2020).
QUADRO 2. Apresentação dos Manuais e Normativas que subsidiam a prática
assistencial do Programa de Planejamento Familiar (GOIÂNIA, 2020).

9
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................11
2. OBJETIVOS.........................................................................................................................15
2.1 Objetivo Geral...................................................................................................................15
2.2 Objetivos Específicos.......................................................................................................15
3. METODOLOGIA........................................................................................................................16
4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS...............................................................................18
5. DISCUSSÃO E ANÁLISE DOS DADOS...................................................................................33
6. CONCLUSÃO...............................................................................................................................56
REFERÊNCIAS:................................................................................................................................58

10
1. INTRODUÇÃO

Os direitos sexuais e reprodutivos são direitos humanos reconhecidos em leis


nacionais e internacionais. Esses direitos são conceitos desenvolvidos
recentemente que representam uma conquista histórica, fruto da luta pela cidadania
e pela equidade (OMS, 2007a; BRASIL, 2010a).

Segundo (MORSE e MOSS, 2018; SOUSA et al., 2016; FLORES,


LANDERDAH, CORTES, 2017), o planejamento da vida reprodutiva necessita ser
centrado no paciente, avaliando sua predileção e considerando os fatores raciais,
emocionais, constância das atividades sexuais e antecedentes fisiológicos. Pois
também, se o paciente se adapta corretamente e está satisfeito com seu método
escolhido, utilizara-lo com mais eficácia, reduzindo as gestações indesejadas.

O Planejamento Familiar (PF) poder ser realizado individualmente pelo


homem, pela mulher ou pelo casal, independente de união estável e da opção de
constituir ou não família, o termo Planejamento Familiar vem sendo substituído,
atualmente, por Planejamento Reprodutivo, por tornar-se um conceito mais
abrangente, pois baseia-se no respeito aos direitos sexuais e aos direitos
reprodutivos de cada cidadão (MENESES, 2018).

De acordo com os autores, o Planejamento Reprodutivo é muitas vezes, de


modo explícito ou subentendido, sinônimo de contracepção. Não apenas se vê o
Planejamento Familiar como parte inerente de toda e qualquer ação em saúde
reprodutiva, como também se excluem as demandas relacionadas à infertilidade e à
concepção dessas ações (LUIZ, NAKANO e BONAN, 2015).

Ele permite aos indivíduos espaçarem e limitarem as gestações de acordo


com seu desejo, com impacto direto em sua saúde e bem-estar, bem como, sobre o
resultado de cada gestação, uma vez que permite seu espaçamento adequado e
pode atrasar a gravidez em mulheres jovens, reduzindo os riscos de problemas de
saúde e de mortalidade materna e infantil (MOURA e GOMES, 2014).

Observa-se, que o Planejamento Familiar muitas vezes inicia-se sem o


contato prévio com os profissionais de saúde, sendo que o próprio casal ou
individualmente, determinam um método que coincidem com seus valores e
recursos (MORSE e MOSS, 2018).
11
A consulta de Planejamento Familiar pode ser realizada a fim de se escolher
um método contraceptivo ideal, de planejar a gravidez, de evitá-la, de fazer
contracepção após um parto, manter o controle da prole e evitar doenças sexuais
(OMS, 2007a).

Este atendimento propicia conhecer suas amplas opções, identificar uma


preferência, manter o acompanhamento da fertilidade e cuidar também da saúde
sexual dos indivíduos. Além disso, há as pessoas que buscam a avaliação clínica
preconcepção, para prevenção de intercorrências na gestação e sanar dúvidas
recorrente a esse período (MORSE e MOSS, 2018).

Abrange também situações mais delicadas como a contracepção pós-aborto,


violência sexual e a infertilidade. Nos casos de aborto, a mulher retorna à ovulação
rapidamente, necessitando de anticontraceptivos imediatos. A violência contra a
mulher causa problemas como ferimentos, gravidez indesejada, Infecções
Sexualmente Transmissíveis (ISTs), ausência de desejo sexual e dores crônicas.
Além disso, é considerado como violência a privação exercida por algum homem de
escolher um método de Planejamento Familiar (OMS, 2007b).

Dentre os métodos de Planejamento Familiar temos: os anticoncepcionais


orais combinados, pílulas só de progesterona, pílulas de emergência, injetáveis
hormonais, adesivo combinado, anel vaginal combinado, implantes, Dispositivos
Intrauterino (DIU) de cobre e hormonal, laqueadura e vasectomia, preservativos
masculinos e femininos, espermicidas, diafragmas, métodos baseados na
percepção da fertilidade, coito interrompido e amenorreia lactacional (OMS, 2007c).

O avanço farmacológico, com a produção de anticoncepcionais foi


significativo para o processo de “liberação da mulher”, sendo o direito ao prazer
sexual uma de suas bandeiras, possibilitando a separação entre reprodução e
sexualidade. Nos anos 1960, os métodos contraceptivos, como a pílula e o DIU, já
se encontravam disponíveis no mercado (MOREIRA e ARAÚJO, 2004).

Aproximadamente 60,0% das mulheres em idade reprodutiva utilizam algum


método contraceptivo. Essa prevalência, atinge cerca de 70,0% no Brasil, e os

12
anticoncepcionais orais (ACO) e a esterilização feminina, são os métodos mais
comuns (CORRÊA et al., 2017).

Segundo (BRASIL, 2010a) a definição de Saúde Reprodutiva engloba bem-


estar físico, mental e social. É possuir um sistema reprodutivo saudável, vivenciar
relações sexuais protegidas e escolher quando e quantos filhos desejam obter.

As ações voltadas para a saúde sexual e reprodutiva, tem como alvo as


mulheres. Predominam aquelas voltadas ao ciclo gravídico-puerperal e à prevenção
do câncer de colo de útero e de mama. Para os homens também existe iniciativas
para o envolvimento nas ações, mesmo sendo direcionadas para as mulheres. É
preciso ampliar a abordagem para outras dimensões que contemplem a saúde
sexual em diferentes momentos do ciclo de vida e também para promover o efetivo
envolvimento e corresponsabilidade dos homens (BRASIL, 2010b).

A Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996, em seu 7º art. regulamenta o


Programa de Planejamento Familiar e estabelece neste, as ações frente a
fecundidade e limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo
casal (BRASIL, 1996).

A mesma Lei, em seu art. 9º, destaca que para o exercício direito ao
Planejamento Familiar, serão oferecidos todos os métodos e técnicas de concepção
e contracepção cientificamente aceitos e que não coloquem em risco a vida e a
saúde das pessoas, garantida a liberdade de opção (BRASIL, 1996).

A Lei Nº 7.498, de 25 de junho de 1986, em seu Art. 11, nº II, letra c, dispõe
que o Enfermeiro pode exercer a prescrição de medicamentos estabelecidos em
Programas de Saúde Pública e em rotina aprovada pela Instituição de Saúde
(BRASIL, 1986). Segundo ALMEIDA et al., (2016) há outras normativas que
permitem os Enfermeiros realizarem prescrições de métodos contraceptivos.

A inserção do DIU é um procedimento invasivo realizado pelos Enfermeiros


respaldado segundo o Parecer nº 17/2010 do COFEN, posteriormente ele foi
firmado pelo Parecer da Conselheira nº 278/2017 e fundamentado detalhadamente
na publicação da Nota Técnica do MS nº 05/2018 (COFEN, 2010; COFEN, 2017;
BRASIL, 2018).

13
Após esses documentos, a inserção do DIU estava respaldada oficialmente
para os Enfermeiros capacitados para tal, contudo, foi lançada a Nota Técnica nº 38
de 2019 pelo MS suspendendo a realização desse procedimento pelos Enfermeiros,
posterior a classe médica criticar duramente o ato. Desde então, não houve mais
posicionamento do MS acerca do assunto (BRASIL, 2019).

O Brasil possui também a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da


Mulher (PNAISM) que prevê uma assistência ampliada as mulheres do país. Uma
de suas estratégias, é estimular a realização do Planejamento Familiar pelas
mulheres, homens e adolescentes (BRASIL, 2004).

Portanto, as instâncias gestoras do Sistema Único de Saúde (SUS), em todos


seus níveis, estão obrigadas a garantir a atenção integral à saúde que inclua a
assistência à concepção e à contracepção (BRASIL, 2010b).

Com a implementação do Programa de Planejamento Familiar nas Unidades


Básicas de Saúde (UBS) dos municípios, os Enfermeiros tornam-se o primeiro
contato dos pacientes com este programa. Eles atuam na organização, execução,
coordenação e avaliação das ações do programa, como também as consultas e
prescrições (COSTA e CRISPIM, 2010).

A consulta de Enfermagem no PPF, possui foco no aspecto biológico,


sobretudo na indicação de contraceptivos. As Enfermeiras ressaltam que a
sistematização desse programa é fragilizada e que possuem muitas dificuldades
para realizarem as ações necessárias (FLORES, LANDERDAH, CORTES, 2017).

Investiga-se então, segundo a literatura nacional, quais são as atribuições


dos Enfermeiros frente ao Programa de Planejamento Familiar nas Unidades
Básicas de Saúde do Brasil e as influências desse atendimento?

Aprimorar o cuidado oferecido com profissionais mais preparados e


disponibilizar variedades de métodos nas Unidades são essenciais para efetivar o
Programa. (FLORES, LANDERDAH, CORTES, 2017). Os Enfermeiros são cruciais
para a viabilização do conhecimento desses indivíduos, pois são comprometidos
com a saúde sexual e reprodutiva, assim, realizam diversas medidas para promover
e implantar o Programa de Planejamento Familiar (COSTA e CRISPIM, 2010;
SOUSA et al., 2016).

14
2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

· Elencar junto a bibliografia científica, as atribuições dos Enfermeiros no


Programa de Planejamento Familiar na Atenção Primária em Saúde do
Brasil.

2.2 Objetivos Específicos

§ Levantar as normatizações específicas que regem a atuação do Enfermeiro


no Programa de Planejamento Familiar.
§ Buscar na literatura as contribuições das atividades de Educação em Saúde
no PPF.
§ Listar os métodos contraceptivos disponíveis na Atenção Primária mais
ofertados pelos Enfermeiros.
§ Entender as fragilidades que este programa de saúde enfrenta, segundo os
estudos disponíveis.

15
3. METODOLOGIA

Este estudo fundamentou-se em uma Revisão Integrativa, que segundo


(SOUZA et al., 2010) é um método robusto de categorização de delimitada temática,
sendo ideal para embasar os conhecimentos das práticas de saúde.

Foi empreendido através das bases de dados Scientific Electronic Library


Online (SCIELO), Base de Dados de Enfermagem (BDENF), Portal de Periódicos
CAPES, Google Acadêmico, Materiais do Ministério da Saúde, Portarias,
Normativas. Aplicando os seguintes descritores em saúde (DECS): Enfermeiros;
Planejamento Familiar; Atenção Primária a Saúde; Educação em Saúde;
Assistência à Saúde; Métodos Contraceptivos; Condutas na Prática de Enfermeiros.
Utilizando o operador lógico booleano “AND”.

Utilizamos como critérios de inclusão artigos publicados após a normatização


da Lei 7.498 de 25 de junho de 1986, sendo assim abordou-se o período entre 1986
a 2020, que institui a regulamentação do exercício da Enfermagem e textos
disponíveis na íntegra. Não foram incluídos na busca artigos em línguas
estrangeiras, Teses, Dissertações e Monografias. Os critérios de exclusão se
basearam na adequação das resenhas realizadas a temática abordada.

A coleta de dados foi desenvolvida entre os meses de março e setembro de


2020. Com o levantamento inicial realizado a partir dos descritores acima
mencionados nas referidas bases de dados, os artigos foram elencados inicialmente
pela leitura dos títulos e posteriormente seus resumos. A inclusão ou exclusão dos
estudos nesta pesquisa se deu por compatibilidade ao tema. Após essa seleção
inicial, os artigos foram lidos na íntegra e realizada resenha crítica dos mesmos a
fim de viabilizar análise dos dados. Ao realizar a análise das resenhas finalizadas,
observou-se que algumas não se adequavam a temática central do estudo.

As pesquisas foram divididas por similaridade de tema e peculiaridades,


assim construídas tabelas com os resultados encontrados. A partir dessa primeira
exposição dos estudos, elaborou-se a Categorização temática dos achados
bibliográficos para auxiliar na discussão.

Essa análise de dados ocorreu entre os meses de setembro e outubro de


2020 e foram definidas as seguintes Categorias de Analise: Documentos

16
normatizadores que subsidiam a prática profissional; Enfermeiro frente ao Programa
de Planejamento Familiar; Métodos Contraceptivos mais disponibilizados nos
serviços públicos de saúde no Brasil; Percepções de profissionais e usuários sobre
a efetivação do PPF; e Importância das ações de educação em saúde.

17
4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

As autoras realizaram 64 resenhas críticas, dessas emergiram 37 estudos


que permearam a temática e nortearam os resultados e discussão dessa pesquisa,
houve duplicidade de 2 artigos entre as resenhas e totalizou 27 artigos excluídos.

A maioria das pesquisas selecionadas resultaram de dados primários, sendo


utilizados diversos tipos de estudos e abordagens metodológicas, em especial a
abordagem descritiva. Entre os autores, destacaram-se a autora Escolástica Rejane
Ferreira Moura, Dra. em Enfermagem, Professora do Programa de Pós Graduação
da Universidade Federal do Ceará e a autora Raimunda Magalhães Silva, Pós
Doutora em Saúde Coletiva, Professora na Universidade de Fortaleza, que juntas
publicaram 4 dos artigos presentes nessa revisão.

Em relação aos periódicos, as revistas com maior número de publicações


acerca do tema, foram a Revista de Enfermagem da Universidade Federal de
Pernambuco, com 4 artigos e a Caderno de Saúde Pública com 3 artigos.

A seguir, o QUADRO 1 completará a descrição dos achados deste estudo,


apresentando a distribuição dos artigos quanto ao ano de publicação, título do
estudo, objetivo e conclusão.

QUADRO 1. Relação dos artigos selecionados (n 37), destacando o ANO, TÍTULO, OBJETIVO e
CONCLUSÃO (GOIÂNIA, 2020).

ANO TÍTULO OBJETIVO CONCLUSÃO

Informação e Descrever as barreiras Na região do estudo, a informação


2004 planejamento relacionadas à oferta de dada ao cliente em PF ocorre,
familiar como informações em planejamento predominantemente, através da
medidas de familiar (PF) / métodos orientação individual realizada por
promoção anticoncepcionais (MACs); enfermeiros. Apesar de ser uma
da saúde. identificar os atores oportunidade indiscutível para se
responsáveis por esta estabelecer um adequado processo de
atividade; levantar o orientação, tem limitado poder de
conhecimento da clientela alcance. Embora reconheçam a
sobre os MACs e a noção que importância das atividades grupais e
esta tem a respeito da coletivas como estratégias para
importância de planejar a informar em PF, os enfermeiros as
família. realizam esporadicamente,
apresentando a demanda superior à
capacidade de atendimento como
principal causa. Este aspecto, uma vez
analisado, não justificou a omissão
dos enfermeiros em priorizar as ações

18
grupais. A pílula, o preservativo
masculino e o injetável foram os MACs
mais conhecidos das mulheres
entrevistadas, seguidos pelo DIU, a
tabela e o aleitamento materno.
Planejamento Permitir aos indivíduos planejamento familiar é de primordial
2004 familiar: uso dos espaçarem e limitarem as importância para a experiência de vida
serviços de saúde gestações de acordo com sexual e reprodutiva saudável,
por jovens com seu desejo, com impacto especialmente entre adolescentes e
experiência de direto em sua saúde e bem- jovens que devido aos
gravidez estar, bem como sobre o comportamentos de risco estão mais
resultado de cada gestação, expostos às consequências negativas
uma vez que permite seu de práticas sexuais inseguras, sejam
espaçamento adequado, elas no âmbito biológico, psicológico
e pode atrasar a gravidez em ou social faz-se necessário engajá-los
mulheres jovens, reduzindo os precocemente nos serviços de
riscos de planejamento familiar, antes da
problemas de saúde e de ocorrência e recorrência de gravidez,
mortalidade materna e infantil. para que possam ter capacidade de
prevenir uma indesejada, bem como,
controlar sua fecundidade ao número
de filhos que desejam. E que estes
venham de forma planejada, em
contexto socioeconômico favorável
para seu nascimento e
desenvolvimento
Planejamento Analisar a percepção de A pesquisa ainda mostrou que, se a
2004 familiar: trabalhadores de nível escolha do método contraceptivo é
autonomia ou Superior de ESF consideradas uma iniciativa geralmente feminina,
encargo feminino? de referência no município de sem o suporte adequado do Estado,
João Pessoa/Paraíba acerca as mulheres pobres se valem de
do objeto de iniciativas próprias para evitar a
trabalho na ESF. gravidez indesejada, arcando com o
ônus financeiro e os danos para a
própria saúde.
Competência Avaliar a competência técnica Em conclusão, o que se percebeu foi a
2005 profissional e de profissionais que atuam no falta de sistematização do trabalho em
assistência em cuidado em anticoncepção. equipe, com determinação de
anticoncepção. atribuições e tarefas. Assim, sugere-se
o Instrumento da Metodologia de
Melhoria da Qualidade como uma
ferramenta de apoio ao processo de
educação continuada em
anticoncepção. Além disso, estudos
futuros devem ser desenhados com
vistas a discutir a competência
profissional na perspectiva de um
trabalho em equipe, que proponha a
divisão de tarefas e a assistência final
integrada e resolutiva.
2006 Qualidade da Avaliar a Qualidade do As vozes dessas mulheres permitiram
assistência em planejamento familiar a partir reconhecer a importância de valorizar
planejamento das opiniões de usuários do a escuta aos usuários e recomendar
familiar na opinião Programa Saúde da família. às equipes de PSF, em geral.
das usuárias do
Programa Saúde
da Família.
2006 Direitos Investigar o conhecimento e a A orientação ao planejamento familiar
Reprodutivos: O prática dos profissionais deve, além da informação em relação
Discurso e a enfermeiros envolvidos na ao método contraceptivo, abranger a

19
Prática dos atenção à saúde da mulher orientação no concernente a
Enfermeiros sobre sobre “Direitos Reprodutivos” sexualidade, reforçando a autonomia
Planejamento tendo como foco o da mulher e respeitando sua
Familiar. Planejamento Familiar necessidade em saúde. A dissonância
entre o discurso e a prática que vem
sendo desenvolvido nas Unidades
Locais de Saúde pelos profissionais
enfermeiros, a respeito de direitos
reprodutivos voltados para o
planejamento familiar, reflete que
estes têm trabalhado com a demanda
espontânea, não concretizando o que
evidenciam como importante para a
saúde da mulher, que é a sua
autonomia como sujeito capaz de
escolher e decidir por si mesma.
Atenção ao Avaliou-se a disponibilidade de Verificou-se que as ações de
2006 planejamento métodos anticoncepcionais planejamento familiar, com frequência,
familiar no Brasil nas Unidades Básicas de são executadas de forma isolada e
hoje: reflexões saúde de municípios que os profissionais das equipes de
sobre os brasileiros, e características da saúde da família não entendiam o
resultados de uma atenção ao planejamento planejamento familiar como parte da
pesquisa. familiar e a articulação com a atenção básica e não se consideravam
estratégia de saúde da família. capacitados para prestar assistência
nessa área. A atenção ao
planejamento familiar continua a ser
marcada pela indisponibilidade de
métodos anticoncepcionais nos
serviços públicos de saúde.
Qualidade da Avaliar a qualidade da As participantes apontaram os
2006 assistência em assistência em planejamento seguintes elementos como
planejamento familiar a partir de opiniões de determinantes da qualidade de
familiar na opinião usuárias do Programa de serviços de planejamento familiar:
de usuárias do Saúde da Família (PSF). orientação/informação aos clientes,
Programa Saúde envolvendo o casal; divulgação do
da Família. serviço e captação das pessoas;
continuidade e oferta dos métodos
anticoncepcionais que as mulheres
desejam; serviço próximo de onde as
pessoas vivem; facilidade no
recebimento do método; bom
tratamento a clientela; equipe de PSF
permanente; e cuidado diferenciado às
mulheres de risco. A voz dessas
mulheres permitiu reconhecer a
importância de valorizar a escuta aos
usuários e recomendar às equipes de
PSF, em geral, que criem condições
para esta iniciativa.
Dinâmica do Identificar a dinâmica do É sugerido que a dinâmica do
2007 atendimento em atendimento em planejamento atendimento em planejamento familiar
planejamento familiar e verificar barreiras no contexto do PSF seja
familiar no voltadas ao atendimento e redimensionada, de maneira a facilitar
Programa Saúde entrega dos métodos o acesso dos usuários aos métodos
da Família no anticoncepcionais, na anticoncepcionais, promovendo maior
Brasil. perspectiva de uma rede participação do auxiliar de
apropriada de serviços. enfermagem e dos ACS nas ações e
estabelecendo parcerias com várias
instâncias da comunidade para
funcionar como ponto de entrega de

20
métodos. Sugere-se que ações de
planejamento familiar no contexto do
PSF rompam com o simples ato de
entrega de anticoncepcionais e
promovam relações familiares,
comunitárias e sociais mais saudáveis.
Escolha dos Este artigo teve como Com relação à caracterização dos
2007 métodos objetivos caracterizar a participantes do Grupo de
contraceptivos de população que participa do Planejamento Familiar, observou-se
um grupo de planejamento familiar de uma que 96% eram do sexo feminino; 37%
planejamento Unidade Básica de Saúde está na faixa etária de 21 a 30 anos;
familiar em uma (UBS) do município de 51% dos entrevistados não concluíram
UBS de Guarulhos e identificar os o ensino fundamental e têm em média
Guarulhos. métodos contraceptivos dois filhos. Com relação aos métodos
utilizados e os mais contraceptivos mais utilizados, 56% e
procurados. 44% dos entrevistados usam
preservativos masculinos e
contraceptivo oral respectivamente. Os
métodos contraceptivos mais
procurados pela população estudada
foram: a esterilização feminina com
59% dos participantes; 37% desejam
implantar o Dispositivo Intrauterino
(DIU) e 4% pretendem realizar a
esterilização masculina.
Processo de (re) Objetivou-se relatar a As estratégias utilizadas na
2007 construção de um experiência vivida na qual se (re)construção do grupo, permitiram
grupo de processou a (re)construção de uma inter-relação dialógica entre as
planejamento um grupo de Planejamento usuárias, as agentes comunitárias e a
familiar: uma Familiar numa Unidade Básica equipe de saúde. Os resultados
proposta de de Saúde num bairro do alcançados demonstram que esta
educação município do Rio Grande - RS, forma de trabalhar permitiu superar o
popular em saúde. com base em conceitos de modelo normativo e autoritário,
educação popular em saúde. substituindo-o pelo democrático
participativo, porque possibilitou, a
cada participante, o direito de
expressar-se, livremente, e assim
reconstruir seus valores e conceitos, a
partir de uma conscientização
dialógica e crítica. Observou-se que o
processo de (re)construção do grupo
de planejamento familiar , trabalho
anteriormente realizado através de
palestras e do simples fato da oferta
de medicamentos, para uma
abordagem coletiva do ser na sua
individualidade, possibilitou expressar
suas angustias, seus pesares, seus
desejos, suas preocupações, suas
expectativas e oportunizou
opções/escolhas/decisões conscientes
e responsáveis que vieram ao
encontro de suas necessidades.
Planejamento Investigar características Foi evidente a maior participação no
2008 familiar: socioeconômico-culturais e programa de Planejamento Familiar de
importância do métodos contraceptivos mulheres, tanto na população como na
conhecimento das adotados em população amostra do estudo. A baixa
características da assistida no programa de participação masculina foi coerente
clientela para planejamento familiar de com dados nacionais. Isso confirma a
implementação de uma unidade de atenção necessidade de haver maior

21
ações de saúde. básica de Estratégia Saúde da investimento em ações programáticas
Família. e de pesquisas sobre o tema homens
e saúde reprodutiva.
Política de Saúde Investigar as dificuldades Sugere-se a criação de protocolo
2010 do Planejamento enfrentadas pelos enfermeiros assistencial, capacitações
Familiar na Ótica para efetivação da Política de continuadas, participação do médico
do Enfermeiro. Saúde do Planejamento na assistência regular às mulheres,
Familiar oferta em quantidade e diversidade
dos métodos contraceptivos para
amenizar as dificuldades de retorno
das usuárias e inserção do homem ao
programa.
Planejamento O objetivo deste estudo foi Pode-se concluir, por este estudo, que
2010 familiar em identificar a assistência há necessidade de capacitação em
Unidade de Saúde oferecida pelos profissionais planejamento familiar para os
da Família. de saúde que atuam em profissionais da Unidade de Saúde da
planejamento familiar, em uma Família, além de incremento na oferta
Unidade de Saúde da Família, de ações educativas em grupo para os
no município de Ribeirão clientes, de forma contínua, incluindo
Preto, São Paulo. homens e todos os profissionais da
equipe de saúde nas ações
educativas. Os profissionais da
Unidade de Saúde da Família
reconhecem algumas deficiências da
assistência oferecida em planejamento
familiar e cogitam ações para transpor
as fragilidades.
Avaliando a Avaliar o acolhimento e a Sugere-se aos enfermeiros que
2010 consulta de qualidade das consultas atendem em PF: melhor acolhimento
enfermagem em subsequentes de PF dos clientes, escutando suas
planejamento realizadas pelo enfermeiro, demandas de cuidado e maior
familiar: estudo utilizando o IMD. cumprimento dos cronogramas de
descritivo. atendimento no programa de PF. Aos
enfermeiros supervisores do serviço
de PF, enfatiza-se a necessidade de
educação permanente sobre a
temática PF e humanização da
assistência entre os enfermeiros;
criação de um prontuário em PF, a
nível municipal, para
acompanhamento dos usuários e,
intervenção junto aos gestores, para
adequação da infra-estrutura de
algumas UBS, permitindo maior
privacidade do profissional e cliente,
bem como a regularidade dos insumos
para as unidades.
Gênero e Os objetivos do estudo Atualmente, o programa do
2011 planejamento constituíram-se em planejamento familiar encontra-se
familiar: uma caracterizar as atividades implementado como ação educativa e
abordagem ética desenvolvidas pelos clínica nas instituições estudadas,
sobre o profissionais de saúde, sendo a ação educativa realizada por
compromisso especialmente os(as) enfermeiras e assistentes sociais. O
profissional enfermeiros(as), na execução compromisso com uma ação
para a integração do Programa de Planejamento libertadora é demonstrado por aqueles
do homem. Familiar; analisar a conduta que vislumbram a possibilidade de
dos profissionais de saúde mudar, atuando mais com a família,
quanto à integração do envolvendo parceiros, mulheres,
homem nessas atividades e adolescentes e até idosos, que atuam
discutir a dimensão ética como multiplicadores das informações.

22
dessa conduta para a Alguns profissionais de saúde,
integração do homem no envolvidos com a ação educativa, não
programa. reconhecem a diferença entre inclusão
e integração, na medida em que
trabalham para o grupo, mais do que
com o grupo. A integração desse
homem é uma questão que exige o
compromisso de todos: Estado,
família, escola, grupos e sociedade
para um mundo melhor e sustentável.
Atuação do O estudo teve como objetivo As informações analisadas no
2013 Enfermeiro na conhecer e analisar a atuação presente estudo permitiram observar
prescrição de do enfermeiro na prescrição que o profissional precisa estar
contraceptivos dos contraceptivos hormonais capacitado durante a prescrição do
hormonais na reversíveis na Rede de anticoncepcional escolhido pela
rede de atenção Atenção Primária a Saúde. cliente. Isto só se torna possível a
primária em partir da aquisição de conhecimento
saúde. técnico-científico sobre as principais
reações adversas, indicações e
contraindicações e formas de
orientação por parte do enfermeiro
quanto ao uso de contraceptivos
hormonais, sendo está uma das
principais atividades desse
profissional. A utilização de protocolos
clínicos proporcionará uma melhora na
qualidade da assistência prestada pelo
profissional de Enfermagem durante
as consultas de Planejamento
Familiar.
Orientação Tem por objetivo abordar O melhor método contraceptivo será
2013 contracepção na alguns temas práticos em aquele que a adolescente utilizar de
adolescência: relação à orientação da forma regular, acertada e segura. A
critérios médicos contracepção na adolescência equipe de saúde que participa desse
de elegibilidade. dando destaque aos critérios processo preventivo e assistencial
médicos de elegibilidade. deve acompanhar a adolescente
periodicamente para se esclarecer
dúvidas, reafirmar o compromisso do
uso correto do método escolhido e
acompanhar qualquer problema que
tenha uma repercussao clínica ou
psicossocial na vida sexual das
adolescentes.
Características da O objetivo do estudo foi Os dados deste estudo sugerem que a
2014 oferta de descrever as características rede de saúde se encontra,
contracepção de da utilização da contracepção majoritariamente, preparada para a
emergência na de emergência (CE) em oferta do método às mulheres. A não
rede básica de Unidades de Saúde da Família existência da prática sistemática da
saúde do Recife, (USF) da cidade do Recife orientação e divulgação da CE pelos
Nordeste do entre março e setembro de serviços de saúde ou a forma tímida
Brasil. 2011. ou restrita como esta ação possa estar
ocorrendo pode contribuir com o uso
incorreto ou com a busca da CE nas
farmácias privadas sem orientação
adequada. A não aceitabilidade plena
do método pelos profissionais de
saúde demanda maior investimento
por parte da gestão para sensibilizar
estes profissionais no sentido de
incorporarem tal prática na rotina do

23
atendimento ofertado às mulheres.
Além disso, consideram que a
influência religiosa pode interferir na
decisão da prescrição e no uso da CE
pelas mulheres.
Planejamento Analisar o uso de serviços de A vida sexual e reprodutiva saudável,
2014 familiar: uso dos planejamento familiar por especialmente entre adolescentes e
serviços de saúde jovens com experiência jovens que devido aos
por jovens com de gravidez. comportamentos de risco estão mais
experiência expostos às consequências negativas
de gravidez. de práticas sexuais inseguras, sejam
elas no âmbito biológico, psicológico
ou social.
Fatores Estimar a prevalência de Cerca de 20,0% de mulheres
2015 associados ao uso contraindicação ao uso de brasileiras apresentaram alguma
contraindicado anticoncepcionais orais condição que contraindica o uso de
de contraceptivos e os fatores associados em ACO. Essa proporção foi menor
orais no Brasil. mulheres brasileiras. (11,7%) em mulheres usuárias de
ACO. A principal condição para uso
contraindicado foi HAS, seguida da
idade maior que 35 anos concomitante
ao tabagismo.
2015 Planejamento Objetivou avaliar a qualidade O planejamento familiar constitui um
familiar: avaliação da assistência do aspecto importante da assistência à
da qualidade nas planejamento familiar nas saúde que não deve ser
dimensões da unidades da ESF nas negligenciado. Esse estudo
estrutura, dimensões estrutural, possibilitou identificar, de forma geral,
organização e organizacional e assistencial. a qualidade do planejamento familiar
assistência. como intermediária. Para atingir a
excelência faz-se necessário que as
ESFs, em sua maioria, se adéquem
para que possam oferecer aos clientes
um atendimento apropriado e que
valorize a dignidade humana.
Processo de Objetivou relatar a experiência Verificou-se progresso para a
2016 readequação de na qual se processou a Unidade, posto que o atendimento se
um planejamento readequação do modelo de tornou mais rápido e eficaz, e as
familiar: assistência ao planejamento mulheres que participam do
construção familiar de uma Unidade planejamento familiar passaram a ser
de autonomia Básica de Saúde (UBS) de um coparticipantes no processo de
feminina em uma município do Ceará. escolha do método contraceptivo.
Unidade Básica Além disso, começaram a
de Saúde no compreender os fatores de risco para
Ceará. uma relação desprotegida e o que
acontece em seu corpo com o uso dos
hormônios. Assim, essa nova forma de
abordagem permitiu superar o modelo
de rotina, e tornou-o mais dinâmico,
participativo e expressivo. Percebeu-
se que esse processo de (re)
construção fugiu do simples fato de
entregar medicamentos contraceptivos
e ampliou sua abordagem, com vistas
ao autocuidado, à autoestima, à
autonomia, à maior oportunidade de
decisões e escolhas, além do espaço
de difusão das dúvidas, angústias,
desejos e anseios.
A Puérpera Analisar a percepção da Torna-se necessário a efetividade de
2016 Internada Frente à puérpera em relação ao ações com o intuito nos direitos

24
Prevenção planejamento reprodutivo. sexuais e reprodutivos, com o foco no
da Gravidez: planejamento reprodutivo e nos
Possibilidades e direitos das mulheres, direitos esses
Limites da conquistados pela luta do movimento
Enfermagem. feminista quanto ao controle de seu
próprio corpo quanto às gestações.
2016 Planejamento Lidar com conflitos inerentes a A sexualidade pode ser compreendida
familiar: do que esse duplo enfoque: o melhor como a mais radical expressão e
estamos falando. interesse manifestação da identidade de
da mãe e da criança. alguém; dinamismo revelador da
Discutimos sobre a própria intimidade e simultaneamente
congruência desses busca do outro. Vivenciada numa
interesses, conjugal idade saudável, é ao mesmo
por acreditar que usualmente tempo posse do outro e entrega de si
a mãe quer o melhor para seu mesmo.
filho e que
nenhuma sociedade deseja o
aborto por si mesmo.
2016 Atenção em Analisar a atenção em saúde, A construção de uma atenção em
Saúde no empregada por enfermeiros, saúde que atue nas premissas da
Planejamento no qualidade, efetividade e equidade
Reprodutivo: planejamento reprodutivo, por poderão contribuir para uma
Atitudes e meio de equipes de saúde da enfermagem mais autônoma e
Práticas de família de Juazeiro, Bahia. condizente com as necessidades da
Enfermeiros. população no planejamento
reprodutivo.
2016 Planejamento Intuito principal do estudo foi O planejamento familiar é o direito que
Familiar: responder a pergunta toda pessoa tem de optar em ter ou
importância das norteadora: qual a não ter filhos, por meio de uma
práticas importância das práticas assistência especializada e com
educativas em educativas em saúde para informação. Estas informações são
saúde para atrair os jovens e ofertadas por intermédio da atenção
jovens e adolescentes para o básica durante o programa de
adolescentes na planejamento familiar na planejamento familiar. Englobar os
Atenção Básica. atenção básica. adolescentes no planejamento familiar
é uma tarefa de grande importância,
sendo que neste período os jovens
estão despertando em si a
sexualidade. Por meio de estudos já
realizados observa-se que há um
despreparo da equipe de enfermagem
para abordar esses usuários
Grupo Educativo Relatar a experiência da É fundamental que as atividades
2017 em Planejamento realização de um grupo de educativas implementadas em
Reprodutivo: planejamento reprodutivo; unidades de atenção básica sejam
Experiência informar os métodos mais valorizadas e em constante
Durante a contraceptivos de barreira e busca de estratégias para a captação
Residência em debater sobre a utilização dos de homens, mulheres e casais.
Enfermagem mesmos, identificando e
Obstétrica. sanando dúvidas dos
participantes.
Planejamento Compreender o papel e a As mudanças em relação aos papéis
Familiar e Papéis participação de mulheres e feminino e masculino na família, as
2017 Parentais: O homens no quais são indiscutíveis, basta voltar à
Tradicional, a planejamento familiar, a partir atenção para as transformações
Mudança e os do ponto de vista das econômicas e históricas pelas quais a
Novos Desafios. mulheres, uma vez que sociedade passou para refletir sobre
essa é uma ação que contribui como estas afetaram e tem afetado
para o exercício dos papéis homens e mulheres. Contudo, tais
parentais mudanças não ocorrem de forma

25
responsáveis. abrupta e homogênea para todos os
seguimentos sociais, não sendo
possível se generalizar tal situação.
Ações de Conhecer as ações em O planejamento reprodutivo não
2017 enfermeiras em planejamento reprodutivo ocorre da forma como é preconizada
planejamento realizadas por pelo Ministério da Saúde no município
reprodutivo na enfermeiras na atenção em foco e, que sua implementação
atenção primaria a primária à saúde em um não depende somente da enfermeira.
saúde. município no interior do É necessário empreender esforços
estado do Rio Grande do Sul. onde a gestão dos serviços de saúde,
juntamente com profissionais
comprometidos com a saúde sexual e
reprodutiva, dentre eles a
enfermagem, se proponham a
visualizar o espaço de educação em
saúde em planejamento reprodutivo
como instrumento de promoção à
saúde.
2017 Atuação do Objetivou discutir a atuação do Os resultados deste estudo
Enfermeiro Acerca enfermeiro acerca das práticas evidenciaram que os enfermeiros da
das Práticas educativas na Estratégia de Atenção Básica atuam desenvolvendo
Educativas na Saúde da Família. ações voltadas ao modelo assistencial
Estratégia de de prestação de cuidados à saúde da
Saúde da Família. família e comunidade, direcionando
suas ações à promoção da saúde e
prevenção de doenças, por meio da
orientação relacionada à mudança de
comportamentos da população. Nesse
sentido, o indivíduo e/ou população
são receptores dos conhecimentos e
informações repassadas pelos
profissionais de saúde.
O planejamento Analisar o acesso da Revela-se, por meio da análise da
2018 familiar para população masculina aos literatura quanto ao acesso de homens
homens. métodos de no planejamento familiar, a existência
planejamento familiar. de barreiras a serem transpostas,
incluindo os aspectos culturais
marcados pelo machismo.
2018 Planejamento Este estudo objetivou A heteronormatividade no contexto
Reprodutivo em identificar a percepção do/a dos cuidados em saúde ainda
Casais enfermeiro/a da Estratégia representa um forte influenciador do
Homossexuais na Saúde da Família acerca do cuidado, sendo que, muitas vezes,
Estratégia Saúde significado de família durante as ações programáticas da
Da Família. homoafetiva e a necessidade Estratégia Saúde da Família, inclusive
de planejamento reprodutivo frente ao Programa de Planejamento
em casais homossexuais. Reprodutivo, atitudes discriminatórias
dos/as enfermeiros/as em razão da
orientação sexual do usuário tornam-
se evidentes, elevando nestes, a
suscetibilidade a agravos.
2018 Participação do Descrever o conhecimento Partindo do pensamento que a
homem no científico sobre a participação concepção é resultado natural e
planejamento do homem no planejamento sexual entre homem e mulher, é
reprodutivo: familiar. imprescindível que continuemos a
revisão trabalhar isso em todos os espaços de
integrativa. ações educativas, principalmente no
planejamento reprodutivo, para que
possamos construir a igualdade de
gênero na escolha do método
contraceptivo.

26
Percepção das Esse artigo tem como objetivo Buscou entender a percepção das
2018 mulheres a analisar a percepção das mulheres sobre a participação dos
respeito da mulheres a respeito da homens no planejamento familiar. O
participação participação masculina na planejamento reprodutivo é um direito
masculina na consulta de planejamento da mulher, do homem e do casal ao
consulta de familiar. acesso à assistência e aos recursos
planejamento que permitam a opção livre e
familiar. consciente quanto a ter ou não ter
filhos e a escolha do método
contraceptivo sem discriminação nem
coerção
Tecnologia Descrever conhecimentos e Constatou-se que os enfermeiros têm
2019 educacional sobre práticas de enfermeiros no conhecimento e domínio com relação
contracepção oral: contexto da contracepção oral à contracepção oral e suas práticas
construção e construir, de forma são pertinentes ao que está
compartilhada compartilhada, uma tecnologia preconizado pelo Ministério da Saúde.
com enfermeiros educacional (TE). Foi muito gratificante a participação
da assistência dos enfermeiros durante a construção
reprodutiva. da TE, além do apoio e encorajamento
prestado por estes com o
reconhecimento de que a TE é uma
importante ferramenta no trabalho de
educação em saúde realizado na
Atenção Primária e de que o seu uso
permitirá uma melhor qualificação
dessas atividades.

Demanda por Estimar a demanda por Apesar do aumento contínuo no uso


contracepção no contracepção no Brasil a partir de contraceptivos no país, observou-
2019 Brasil em 2006: dos últimos se que o Brasil está longe de
contribuição para dados disponíveis e identificar assegurar o direito reprodutivo a todas
a implementação possíveis associações entre às mulheres, pois a demanda
das preferências características insatisfeita por planejamento da
de fecundidade. sociodemográficas e fecundidade, encontrada na PNDS
econômicas das mulheres com 2006, para as brasileiras
a ocorrência desse casadas/unidas, foi de 8,3%.
fenômeno.

Após a análise dos estudos dispostos no Quadro 1, observa-se que os anos


de 2006, 2016, 2017 e 2018 tiveram o maior número de publicações, 4, 5, 4 e 4
respectivamente. Destaca-se que nos 10 primeiros anos há um número maior de
publicações sobre o tema do que nos últimos 10 anos. A maior parte dos artigos
analisados contemplam o profissional Enfermeiro em seu título.

A maioria dos estudos concluíram que o programa possui várias fragilidades,


tanto em níveis estruturais como de coordenação. Contudo, todos ressaltam a
importância do PPF para sensibilização da comunidade, acerca da saúde sexual e
reprodutiva, como também fator essencial para a qualidade de vida das mulheres e
dos casais.

27
A fim de consolidar legalmente as atribuições dos Enfermeiros no Programa
de Planejamento Familiar, foi realizado a busca de Manuais e Normativas das
Entidades Federativas do Brasil, como o Ministério da Saúde e o Conselho
Profissional Nacional e Regional (COFEN, COREN GO) que sustentam essa prática
assistencial.

Foram encontrados 14 documentos que estão dispostos no Quadro 2 a


seguir.

QUADRO 2. Relação dos Manuais e Normativas (n 14), que sustentam a prática assistencial do
Programa de Planejamento Familiar (GOIÂNIA, 2020).

ANO ENTIDADE TÍTULO DO ASSUNTO DO DOCUMENTO


DOCUMENTO
1986 COFEN LEI Nº 7.498/86, DE 25 Dispõe sobre a regulamentação do exercício
DE JUNHO DE 1986. da Enfermagem e dá outras providencias.

1988 BRASIL CONSTITUIÇÃO DA Art. 226. § 7º Fundado nos princípios da


REPÚBLICA dignidade da pessoa humana e da
FEDERATIVA DO paternidade responsável, o planejamento
BRASIL DE 1988 familiar é livre decisão do casal, competindo
ao Estado propiciar recursos educacionais e
científicos para o exercício desse direito,
vedada qualquer forma coercitiva por parte
de instituições oficiais ou privadas.
1996 BRASIL LEI Nº 9.263, DE 12 DE Regulamenta o § 7º do art. 226 da
JANEIRO DE 1996. Constituição Federal, que trata do
planejamento familiar, estabelece
penalidades e dá outras providências.
2004 MINISTÉRIO Política Nacional de Estimular a implantação e implementação da
DA SAÚDE Atenção Integral à assistência em planejamento familiar, para
Saúde da Mulher homens e mulheres, adultos e adolescentes,
no âmbito da atenção integral à saúde.
2007 OMS Planejamento Familiar: Material de acesso rápido para os gestores e
um profissionais de saúde que realizam o
manual global para planejamento familiar no mundo todo.
profissionais e serviços Capacitando e qualificando os profissionais
de saúde. de forma abrangente com as orientações
atualizadas desenvolvidas pela OMS.
2009 COFEN RESOLUÇÃO COFEN- Dispõe sobre a Sistematização da
358/2009 Assistência de Enfermagem e a
implementação do Processo de Enfermagem
em ambientes, públicos ou privados, em que
ocorre o cuidado profissional de
Enfermagem, e dá outras providências.
2010 MINISTÉRIO Caderno de Atenção Abordar a saúde sexual como essencial para
DA SAÚDE Básica nº 26: Saúde a qualidade de vida e de saúde das pessoas
Sexual e Saúde e o papel fundamental que as equipes de
Reprodutiva. Atenção Básica/Saúde da Família têm na
promoção da saúde sexual e da saúde
reprodutiva.
2010 COFEN PARECER Nº 17/2010/ Parecer sobre a “viabilidade dos Enfermeiros

28
COFEN/ CTLN. realizarem procedimentos com
Medicamentos e Insumos para Planejamento
Familiar Reprodutivo”.
2011 COFEN Resolução nº 381 de Normatiza a execução, pelo Enfermeiro, da
18/07/2011. coleta de material para colpocitologia
oncótica pelo método de Papanicolaou.
2012 MINISTÉRIO Política Nacional de Atribuições do Enfermeiro na Atenção
DE SAÚDE Atenção Básica. Básica: realizar consulta de enfermagem,
procedimentos, atividades em grupo e
conforme protocolos ou outras normativas
técnicas estabelecidas pelo gestor federal,
estadual, municipal ou do Distrito Federal,
observadas as disposições legais da
profissão, solicitar exames complementares,
prescrever medicações e encaminhar,
quando necessário, usuários a outros
serviços.
2014 COREN-GO Protocolo de Protocolo de Enfermagem na Atenção à
Enfermagem na Saúde da Mulher.
Atenção Primária à
Saúde no Estado de
Goiás.
2017 COFEN PARECER DE Resposta do pedido de Parecer do Ministério
CONSELHEIRA da Saúde sobre Viabilidade dos Enfermeiros
RELATORA Nº Realizarem Procedimentos com
278/2017. Medicamentos e Insumos Para
Planejamento familiar e Reprodutivo.
2018 MINISTÉRIO Nota técnica 5/2018- Colocação de Dispositivos Intrauterinos
DA SAÚDE CGSMU/DAPES/SAS/M (DIU) por enfermeiros (as).
S.
2019 MINISTÉRIO NOTA TÉCNICA Nº Trata-se da Revogação de Notas Técnicas
DA SAÚDE 38/2019-DAPES/SAPS/ (Nota Técnica COSMU/DAPES nº 5/2018).
MS.

O Quadro 2 nos apresenta 14 documentos regulamentadores do PPF bem


como as ações do Enfermeiro frente ao mesmo. O maior número de publicações ou
normativas foram estabelecidas pelo MS, seguido do COFEN. No ano de 2010
foram publicados dois documentos, um pelo MS e outra pelo COFEN, este último
que foi de extrema importância para a atuação do Enfermeiro no PPF, pois se trata
do parecer que viabiliza a autonomia dos Enfermeiros frente a realização de
procedimentos dentro do PPF, como pode ser visto no Quadro 2.

Foram levantados também outros documentos norteadores como as


resoluções, pareceres, nota técnica e até mesmo, protocolos específicos que
subsidiam as ações do Enfermeiro no âmbito do PPF e da Atenção Primária de
Saúde. Há também o manual da OMS, que norteiam os profissionais dentro do
Planejamento Familiar em nível mundial.

29
Podemos perceber que a maior parte dos documentos legislativos, foram
publicados há muitos anos, sendo que as discussões sobre o PPF e o Enfermeiro
iniciaram-se com a lei regulamentadora em 1986 e a Constituição Federal em 1988.
Todavia, as publicações estudadas independente do ano de lançamento possuem
sua aplicabilidade nos dias de hoje.

5. DISCUSSÃO E ANÁLISE DOS DADOS

Após a leitura dos estudos e resenhas críticas, os conteúdos foram


classificados a partir de categorias de análise elencadas de acordo com as
assertivas presentes nos periódicos.

 Documentos normatizadores que subsidiam a prática profissional:


A Enfermagem como profissão existe há dezenas de anos. Contudo, no
Brasil a profissão foi normatizada em 1986 por meio da lei Nº 7.498/86, de 25 de
junho de 1986, que dispõe acerca da regulamentação do exercício da Enfermagem
e dá outras providências. A lei aborda diversos critérios que subsidiam a existência
da profissão e norteiam os profissionais quanto os seus direitos e deveres (BRASIL,
1986).

O Art. 11 da Lei Nº 7.498/86, determina as atividades do Enfermeiro e diante


o contexto deste estudo podemos citar algumas: o planejamento, organização e
execução dos serviços de Enfermagem; a realização de consulta de enfermagem; a
participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de
saúde; a prescrição de medicamentos em programas de saúde aprovados pelas
instituições; e educação em saúde (BRASIL, 1986).

O Planejamento Familiar se torna um direito de todos os cidadãos brasileiros


na Constituição Federal de 1988, que em seu Art. 226 § 7º afirma que o
Planejamento Familiar é livre decisão do casal, sendo dever do Estado providenciar
recursos educacionais e científicos para este fim, proibindo qualquer forma
coercitiva pelas instituições públicas ou privadas (BRASIL, 1988).

30
E para ampliar o entendimento dos direitos e deveres dos cidadãos no PPF,
foi criada a lei Nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996. Esta que em seu Art. 3 relata que
esse Programa é parte do conjunto de ações que proporciona uma saúde integral,
seja para a mulher, homem ou o casal. Dispõe que o SUS deve ofertar assistências
básicas, como a concepção e contracepção; o controle das ISTs; e o tratamento e
prevenção dos cânceres cérvico-uterino, de mama, de próstata e de pênis (BRASIL,
1996).

Em 2004 o Ministério da Saúde publicou a Política Nacional de Atenção


Integral à Saúde da Mulher (PNAISM) que define os princípios e diretrizes que
elucidam a saúde dessa população no país. Dentre esses princípios, estão a
integralidade dos cuidados e a promoção da saúde sexual e reprodutiva, o qual o
PPF atribui diversas funções. A política objetiva que o PPF seja trabalhado com
mulheres, homens, adultos e adolescentes; que seja uma atenção qualificada;
tenham assistência a infertilidade; que ocorra a distribuição correta dos métodos;
fomente o acesso dessas mulheres as informações quanto aos métodos; e
alcancem mais participação dos homens e adolescentes (BRASIL, 2004).

A OMS disponibilizou o documento “Planejamento Familiar: um manual global


para profissionais e serviços de saúde” em 2007, com o intuito de facilitar e
padronizar as ações do PPF no mundo, já que as gravidezes indesejadas e o
aumento dos números de ISTs se tornaram problemas de Saúde Pública de
diversos países. Para a OMS, os profissionais de saúde têm papel de aconselhar os
pacientes sobre o método mais adequado segundo sua realidade de vida (OMS,
2007).

O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) estabeleceu a Resolução


COFEN-358/2009, que fundamenta a Sistematização da Assistência de
Enfermagem e o Processo de Enfermagem, que são instrumentos de trabalho que
aprimoram as rotinas de cuidado. Todas as etapas desses instrumentos são
aplicáveis ao PPF e respaldam a atuação desses profissionais, sendo que são
capazes cientificamente de atender as demandas (COFEN, 2009).

No propósito de ampliar ainda mais os conhecimentos dos profissionais


nesse âmbito, o Ministério da Saúde lançou o Caderno de Atenção Básica nº 26:
Saúde Sexual e Saúde Reprodutiva em 2010 e a Política Nacional de Atenção

31
Básica em 2012, estes que abordam a assistência efetiva no PPF e o papel do
Enfermeiro nesse contexto (BRASIL, 2010a; BRASIL, 2012).

A participação dos Enfermeiros no PPF muitas vezes foi alvo de críticas pela
classe médica, fazendo com que os Conselhos de Enfermagem publicassem
Pareceres e Notas respaldando e norteando essa atuação. O Parecer Nº 17/2010/
COFEN/ CTLN é um deles, que encaminha documentos ao MS para análise acerca
da viabilização dos Enfermeiros realizarem procedimentos com os métodos do PPF
(COFEN, 2010).

Um dos métodos em questão é o DIU, um procedimento invasivo que pode


ocorrer na Atenção Primária e Secundária, e que os Enfermeiros são devidamente
capacitados para realizar a consulta clínica, a prescrever e inserir o dispositivo. Uma
vez que essa atuação já foi fundamentada na Resolução do COFEN 358 de 2009
(COFEN, 2010).

Vale ressaltar que a coleta do material para colpocitologia, o exame


Papanicolau, é uma atribuição do Enfermeiro nas UBS, este que é o principal meio
de diagnóstico do câncer de colo de útero e podendo ser abordado nas consultas de
PPF. E segundo protocolos específicos de determinadas cidades o Enfermeiro
também pode solicitar exame de imagem nas consultas do SUS (COFEN, 2011).

Somente em 2017 que se obteve resposta para o Parecer Nº 17/2010/


COFEN/ CTLN por meio do Parecer de Conselheira Relatora Nº 278/2017, que
mantém a posição de que não há impedimento legal que prive o Enfermeiro de
realizar consulta de PF, indicar, inserir e retirar o DIU, desde que o profissional
esteja capacitado para o procedimento. Eles também orientam que todas as
Instituições que realizem essa prática criem protocolos locais que subsidiem as
decisões dos Enfermeiros (COFEN, 2017).

A fim de esclarecer ainda mais essa prática dos Enfermeiros, em 2018 foi
publicado o Manual Técnico para Profissionais de Saúde – DIU com cobre, e em
seu Anexo 2 traz a Nota técnica 5/2018-CGSMU/DAPES/SAS/MS que tem como
assunto a realização do procedimento de inserção do DIU de cobre pelos
Enfermeiros. Segundo a Nota, esses profissionais são capazes conforme suas
atribuições citadas na Lei do Exercício Profissional, na Resolução do COFEN 358
de 2009 e na Política Nacional de Atenção Básica. Solicitando apenas, que as

32
Instituições locais mantenham educação continuada sobre o tema com esses
trabalhadores (BRASIL, 2018).

Entretanto em 2019, o MS realizou outra publicação, a NOTA TÉCNICA Nº


38/2019-DAPES/SAPS/MS que revoga a Nota técnica
5/2018-CGSMU/DAPES/SAS/MS. Assim impedindo os Enfermeiros de realizar o
procedimento de inserção do DIU. E após esse posicionamento não houve novos
esclarecimentos pelo MS, portanto até o presente momento deste estudo os
cuidados com o DIU não são mais atribuições dos Enfermeiros (BRASIL, 2019).

Em Goiás o Conselho Regional (COREN GO) tem como publicação que


permeia a condução do PPF, o Protocolo de Enfermagem na Atenção Primária à
Saúde no Estado de Goiás que possui em dos seus capítulos, o Protocolo de
Enfermagem na Atenção à Saúde da Mulher que traz detalhadamente como os
Enfermeiros devem conduzir as consultas com as mulheres e as famílias (COREN
GO, 2017).

A fim de sistematizar a assistência no estado, o Protocolo de Goiás, traz


fluxogramas sobre a “Consulta de enfermagem a mulher”, que abrange a coleta dos
dados pessoais, anamnese, o exame físico, exames complementares e as
condutas; e acerca do “Planejamento Reprodutivo” o qual especifica os métodos
contraceptivos, sendo os temporários, de barreira, intrauterinos e comportamentais
ou naturais. Materiais que podem auxiliar no PPF (COREN GO, 2017).

Observa-se que a profissão do Enfermeiro é robusta em legislações que


propiciam respaldo técnico e cientifico para suas ações, seja no PFF ou em outros
âmbitos da saúde. As normatizações são fundamentais para despertar autonomia e
empoderamento nos profissionais Enfermeiros frente a assistência em saúde.

 Enfermeiro frente ao Programa de Planejamento Familiar:

Dentre as atividades do Enfermeiro na implementação do PPF, estão os


momentos de Educação em Saúde; a capitação das mulheres para o Programa; a
apresentação e explicação dos métodos anticoncepcionais; as orientam sobre
gravidez na adolescência e o uso dos métodos; assim como a importância dos
preservativos para a prevenção de ISTs; consulta de Enfermagem e

33
encaminhamentos, como em casos de laqueadura e vasectomia; realização de
exames preventivos do útero e mama; ações nas escolas com os adolescentes; e o
treinamento dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) (COSTA e CRISPIM, 2010;
LINDNER et al., 2006).

Segundo Dombrowski, Pontes, Assis (2013) a apresentação de todas as


possibilidades de anticoncepção acontece na consulta de Enfermagem, primeiro
contato do paciente com o Programa de Planejamento Familiar. Com isso, podemos
perceber a importância do Enfermeiro nessas ações.

É função imprescindível dos Enfermeiros a criação de vínculos sólidos com


sua comunidade, conhecendo as necessidades de saúde de cada grupo, nas
diferentes dimensões da vida, utilizando ferramentas para fortalecer essa interação
profissional-paciente, o que é super eficaz para melhorar a compreensão de ambos
(RODRIGUES, TEIXEIRA, NOGUEIRA, 2019).

Além disso, despertar na comunidade a cultura da prevenção de gravidezes


indesejadas, como também a responsabilidade de número da prole, gerenciando o
prazer sexual com proteção quando não se quer mais filhos (HAYASHI e
NOGUEIRA, 2007).

Segundo Lindner et al. (2006), os profissionais relataram que trabalham o


PPF individualmente, utilizando vários materiais de suporte, como folders, álbum
seriado, próteses das partes intimas e seios e os métodos. Para muitos deles,
realizar as consultas é fácil, porém, gostariam de possuir mais certezas em suas
falas, mais variações de material e tempo para realizar reuniões de equipes sobre o
programa.

No estudo de Costa e Crispim (2010), realizado em UBSs de uma cidade do


estado de Goiás, as Enfermeiras dividiram as opiniões em relação a autonomia
completa perante o PPF, algumas relatam a impossibilidade de prescrever, outras
afirmam que a falta de insumos impede a realização da assistência integral. Este foi
um contexto encontrado em muitos estudos, sobre conseguirem ou não
prescreverem os métodos.

A pesquisa de Moura, Silva, Galvão (2007), que ocorreu em munícipios do


Ceará, identificou que 48% dos Enfermeiros avaliados, realizavam prescrições de

34
métodos anticoncepcionais, mas alguns encaminhavam os pacientes de primeira
consulta para os médicos. Dos profissionais que prescreviam, eles utilizavam a
maioria dos métodos disponíveis, exceto o injetável hormonal. Observa-se assim,
quais situações os Enfermeiros pedem auxilio dos médicos, tornando a assistência
mais completa.

Assim como no estudo de Dombrowski, Pontes, Assis (2013), executado na


cidade de Rio Branco no Acre, quando questionados pelos autores quais
Enfermeiros realizavam as prescrições, 96,9% praticavam a atribuição e apenas
3,1% não. Destes, 15 Enfermeiros relataram que prescreviam somente pílulas orais
e os injetáveis eram transcritos mediante prescrição médica. Contudo, os
entrevistados ressaltaram a ausência das atividades médicas no Programa, em
algumas unidades nem há um médico na equipe e estes fatos impossibilitam a
oferta de cuidados mais efetivos.

A pesquisa de Pierre e Clapis (2010) também se referiu quanto a quais


atividades os profissionais desempenham no serviço e pôde-se identificar que as
orientações sobre os contraceptivos são majoritárias. Sendo assim, a abordagem
quanto a saúde sexual e reprodutiva, doenças sexualmente transmissíveis,
canceres de órgãos íntimos, gravidez responsável e aspectos de concepção são
fragilizados nas consultas.

Na pesquisa de Almeida, et al. (2016), a maior parte dos profissionais não


conheciam as normativas que regulam as prescrições do Enfermeiro e relatam a
constante mudança das mesmas. Como também algumas cidades não possuem um
protocolo de enfermagem atualizado e mais elaborado sobre o assunto. Já segundo
Dombrowski, Pontes, Assis (2013), 90,6% dos profissionais conheciam a lei que
permite o ato de prescrever medicamentos e 9,4% não há conheciam
completamente.

Dombrowski, Pontes, Assis (2013) traz também que as avaliações clínicas


realizados pelos Enfermeiros para seleção do método ideal foram: 36% da escolha
da paciente, 34% por anamnese, 18% por disponibilidade e 12% pela idade. A
maioria deles consideram-se capacitados para prescrever, pois trabalham a muito
tempo na área, obtinham acesso aos manuais de saúde e livros auxiliares. Contudo,

35
alguns afirmaram não ser capazes porque os métodos estão sempre atualizando,
assim necessitando de um manejo mais criterioso.

No estudo de Moura, Silva, Galvão (2007), realizados em munícipios


cearenses, observou-se que as Enfermeiras orientam quanto as dúvidas, eventos
adversos e falhas do método escolhido. Já no estudo de Cordeiro et al. (2010),
produzido em UBS de Fortaleza, percebeu-se a dificuldade dos Enfermeiros em
manusear clinicamente a presença de contra indicações e efeitos adversos. Estes
fatos nos mostra a ausência de capacitação continuada da equipe.

O uso de métodos anticoncepcionais, em sua maioria, traz reações colaterais


as pacientes, por isso, são imprescindíveis o reconhecimento dos mesmos, para
impedir que as mulheres insatisfeitas, faça o uso inadequado corrompendo sua
ação desejada (CORDEIRO et al., 2010). Destaca-se também a importância de
monitorar o peso e a pressão arterial rotineiramente das mulheres (MOURA, SILVA,
GALVÃO, 2007).

A maior dificuldade dos Enfermeiros com a identificação das contraindicações


é relacionada aos anticoncepcionais hormonais, sobretudo as alterações
menstruais; e ao uso de métodos durante a lactação (MOURA e SILVA, 2005).
Esses são cuidados básicos e primordiais para a orientação as mulheres, sendo
considerado como falhas técnicas, resultando em efeitos colaterais sérios.

Na pesquisa de Dombrowski, Pontes, Assis (2013) os profissionais também


afirmaram que realizam orientações, como as vantagens e desvantagens do método
selecionado e as prováveis reações adversas do mesmo. Em relação aos efeitos
colaterais, alguns disseram nunca terem notificado esses casos por não terem esse
retorno dos usuários, outros expuseram que não existe uma ficha de notificação
para anticoncepcionais, contudo, alguns deles registram nos prontuários e alteram o
medicamento.

Moura e Silva (2005), traz nos depoimentos dos Enfermeiros, dois pontos já
citados em outros estudos, como a dificuldade de manuseio das pacientes
hipertensas que querem utilizar as pílulas hormonais e a falta de interesse dos
médicos diante ao programa, muitas vezes deixando como responsabilidade apenas
do Enfermeiro.

36
Lindner et al. (2006) questionaram os Enfermeiros sobre quais são os direitos
reprodutivos, eles responderam ser o direito de conhecer os métodos contraceptivos
disponíveis, a opção de escolher o que melhor lhe convêm, isto dentro das
orientações técnicas, o acesso facilitado a estes itens na rede de saúde e a livre
escolha de gerar ou não filhos, assim como sua quantidade. Ao questionados
acerca da lei do programa do planejamento, não se recordam, mas deduzem o que
nela esteja imposto. E declaram a necessidade de mais envolvimento da
comunidade nessas ações de saúde, para resolução das deficiências.

Os autores Spinelli et al. (2014) questionaram alguns aspectos de


conhecimento, como quantos deles conheciam o Manual de Planejamento Familiar
do Ministério da Saúde e 87,7% dos enfermeiros referiram que sim. Observamos
então, a crescente busca por conhecimento destes profissionais.

Segundo Moura e Silva (2004) e Pierre e Clapis (2010), os Enfermeiros


realizavam as orientações individualmente e outros mantinham as consultas
individuais, mas com reuniões de grupos esporadicamente. Além disso, duas
Enfermeiras relataram fazer reunião em grupo sempre antes dos atendimentos e
uma reunião por mês. Identificou também que uma Enfermeira estava planejando
um curso sobre fecundidade, sexualidade e questões do corpo, para melhor
assimilação da comunidade, o que representa mais dedicação dos profissionais a
essas questões.

No estudo de Flores, Landerdahl, Cortes (2017) poucos profissionais


realizavam atividades em grupos, embora essa abordagem seja uma oportunidade
de usuárias interagirem com outras usuárias do serviço. Esse tipo de abordagem
serve para que as mulheres contribuam umas com as outras no processo de
empoderamento que pode levá-las a fazer suas próprias escolhas em relação ao
que desejam para si e sua saúde.

Para Lindner et al. (2006), o programa de PPF deve possuir um caráter mais
geral em relação aos assuntos abordados, como a sexualidade e não somente a
caráter de reprodução humana. Sendo primeiramente desenvolvido a autonomia
das mulheres, que elas confiem nas orientações e tratamentos, assim tenha uma
adesão correta e resultados efetivos na sua realidade. E como já enfatizado em

37
tantos outros estudos, é necessário realizar a aplicação da educação continuada
para aprimorar os serviços à população.

Os Enfermeiros afirmam que mantem poucos atendimentos por motivos de


acumulo de tarefas nas Unidades, sendo que as Equipes do PSF possuem muitas
famílias para poucos Enfermeiros. Completam ainda, que são muitos programas a
serem desenvolvidos, muitas demandas, reduzindo a qualidade da assistência
(MOURA e SILVA, 2004).

Segundo Rodrigues, Teixeira, Nogueira (2019) as consultas individuais são


as abordagens mais comuns no programa, devido à ausência de espaços maiores e
recursos nas unidades. Afirmam também, que há baixa busca do PPF, assim
dificulta a formação de grupos maiores. Reforça-se a necessidade de buscar
tecnologias educacionais pelos Enfermeiros, para aprimorar as estratégias de
assistência a comunidade.

É imprescindível ampliar a escuta ativa das realidades vivenciadas pelas


usuárias e fomentar vínculos para auxiliar na assistência de qualidade. Além disto, é
preciso mais capacitações e materiais diversificados e chamativos em relação ao
programa (PIERRE e CLAPIS, 2010).

Poucos profissionais utilizam a sala de espera como local de promoção do


programa, realizam reuniões em grupos nos pequenos consultórios e também não
usufruem das visitas domiciliares para o mesmo. Destaca-se as oportunidades
perdidas por eles para propagar a prevenção de agravos nos indivíduos (MOURA e
SILVA, 2004).

No estudo de Santos et al. (2016), os autores realizaram uma readequação


do PPF em uma UBS do Ceará e o programa se transformou em reuniões grandes
e periódicas, com abertura pela Enfermeira. Utilizaram materiais impressos e
digitais, para fixar orientações, este que ocasionava várias dúvidas e relatos criando
um ambiente construtivo e acolhedor e mais resolutivo. Esses encontros,
trabalhavam a autonomia, a atitude, confiança e aumento de conhecimento dessas
mulheres, perante seu corpo, as mudanças fisiológicas causadas pelos métodos,
assim como sua funcionalidade, embasando-as para planejarem suas vidas e suas
famílias.

38
Silva et al. (2016) afirma que, por meio de estudos já realizados observa-se
que há um despreparo da equipe de enfermagem para abordar os adolescentes.
Acredita-se que a abordagem de novas pedagogias de ensino baseadas na arte e
criatividade poderá atrair os jovens e adolescentes ao programa.

Disponibilizar informações lúdicas durante o PPF é um dos melhores


elementos para prevenção de IST e de gravidez indesejadas, os profissionais
devem utilizar métodos individuais e coletivos para orientar as pessoas que buscam
os serviços, oferecendo as informações necessárias para a escolha do método
anticoncepcional mais eficaz (SILVA et al., 2016).

Destaca-se a importância do aprimoramento científico e em possuírem


interesse em buscar educação continuada. Contudo, mesmo com a participação em
cursos, quase todos afirmam desempenho frágil de suas ações, pois segundo os
autores, obter o conhecimento não significa que haverá qualidade do cuidado.
Enfatiza-se também, a relevância do trabalho dos gestores em incentivar a
educação permanente e continuada de suas equipes.

Os profissionais se sentiriam mais seguros na indicação dos métodos e mais


respaldados se houvessem protocolos mais específicos quanto ao planejamento
familiar, assim como também, fortalecer a Sistematização da Assistência de
Enfermagem nas rotinas de trabalho.

 Métodos Contraceptivos mais disponibilizados nos serviços públicos de


saúde no Brasil:

No Brasil existem diversos métodos contraceptivos. Há os temporários, que


são os hormonais orais, injetáveis e pílula de emergência; implantes subcutâneos;
os percutâneos; e o sistema liberador de levonorgestrel (SIU). Os de barreira, mais
comumente, os preservativos masculinos e femininos; e o diafragma e o
espermaticida utilizados pelas mulheres. Há também os intrauterinos, o DIU de
cobre e o de levonorgestrel. Os comportamentais ou naturais, como a tabela
(OGINO-KNAUS); a curvatérmica basal ou de temperatura; o Billings
(mucocervical); e o coito interrompido. Por fim, os definitivos, a laqueadura e a
vasectomia (COREN GO, 2017).

39
O método mais comumente disponível é o preservativo, este que é um
método de barreira, sendo que o masculino é o mais solicitado (ALMEIDA, et al.
2016). Disponível também o Dispositivo Intrauterino (DIU); diafragma, método de
barreira; anticoncepcional injetável, oral e pílula de emergência, que são métodos
temporários; o coito interrompido, um método comportamental; e a laqueadura e
vasectomia, métodos definitivos (LINDNER et al., 2006; SOUSA et al. 2016;
PIERRE e CLAPIS, 2010).

No estudo de Souza et al. (2017) as Enfermeiras expuseram e questionaram-


as sobre o uso do preservativo feminino, muitas das mulheres presentes afirmaram
nunca terem visto, nem usado, o que nos mostra o controle dos homens diante as
relações sexuais. Após as enfermeiras apresentarem imagens e falar mais sobre o
preservativo feminino, as usuárias relataram que iriam experimenta-lo e declararam
que esse proporciona mais autonomia a elas, pois se o parceiro não mostrar
interesse em usar, elas usarão.

As mulheres utilizam o preservativo somente para prevenir gravidezes, não


se sensibilizaram quanto aos riscos de contraírem Infecções Sexualmente
Transmissíveis em nenhum momento das conversas. Além disso, utilizaram o coito
interrompido como método seguro, o que não é (SOUSA et al., 2016). Assim, é
visível a desinformação ou acumulo de informações equivocadas sobre a saúde
sexual de algumas mulheres.

Segundo Hayashi e Nogueira (2007), dos indivíduos que fazem uso rotineiro
dos contraceptivos, 56% se tratava dos preservativos e 44% das pílulas orais. Isto
se explica por serem os métodos mais disponibilizados no serviço de saúde público.
Além disso, ressalta-se que estes são métodos comportamentais, que necessitam
de disciplina e conhecimento para atingir a eficácia desejada.

Acerca do Dispositivo Intrauterino (DIU), há questionamentos sobre a


localização e modo de uso por muitas. Isso, como em outros estudos, questiona-se
a fragilidade do PPF e a ausência de informações oferecidas pelos profissionais
(SOUZA et al., 2017). Na pesquisa de Moura e Silva (2006) as usuárias relatam
que não há como irem nos centros das cidades para colocarem o DIU, que
deveriam ser introduzidos na UBS mesmo.

40
Na pesquisa de Osis et al. (2006), os profissionais afirmaram que as
mulheres recebem informações acerca de todos os métodos anticoncepcionais
disponíveis, orientadas pelos Enfermeiros e Médicos. No entanto, muitas vezes já
escolhem o método antes das consultas, o que refleti a influencia de familiares e
amigos nessas condutas, o que pode ser equivocado.

No estudo de Hayashi e Nogueira (2007) os usuários definiram como os


métodos mais procurados, a laqueadura em primeiro lugar, depois o DIU e a
vasectomia. Porém, estes são tratamentos que possuem uma longa fila de espera
no sistema público, fazendo com que as usuárias usem outros métodos como foi
citado acima, até conseguirem a realização de tais procedimentos.

Um método que divide as opiniões profissionais é a Pílula de Anticoncepção


de Emergência. Em alguns lugares estão disponíveis, mas os profissionais não
sabem e não oferecem, por muitas vezes colocarem seus valores pessoais em
confronto com as normas de saúde. As demandas são poucas e quando há são de
adolescentes, este público que geralmente não realizam uso rotineiro de método. E
ainda, para alguns gestores deveria ser entregue somente mediante consulta
médica, por ser um método emergencial e não preventivo propriamente dito. Muitas
vezes, ela só é utilizada em momentos de violência sexual, novamente mediante
prescrição médica (OSIS et al., 2006).

De acordo com Spinelli et al. (2014) 73% dos profissionais afirmaram que a
oferta da Contracepção de Emergência (CE) ocorria pelos prescritores médicos e/ou
Enfermeiros, já 12% deles, referiram que a oferta acontecia por não prescritores,
técnico de enfermagem ou farmacêuticos. E na maioria das vezes eram
dispensados apenas o comprimido da CE e não o “kit saúde da mulher”. Além disso,
85% dos profissionais já haviam realizado essa prescrição, porém 8,5% acreditavam
ser um direito das mulheres.

No estudo de Spinelli et al. (2014) quase 90% dos enfermeiros entendiam as


três indicações do uso da CE, que é relação sexual desprotegida, estupro e falha do
método contraceptivo. E um pouco mais da metade dos profissionais responderam
correto sobre o mecanismo de ação da pílula. O que é de grande valia,
considerando outros estudos que trazem pouco conhecimento dos profissionais
acerca do assunto.

41
Neste estudo afirma-se que as Unidades de Saúde estão aptas a ofertar esse
método de contracepção as mulheres. E refleti sobre a assistência tímida em
relação a orientação e divulgação deste uso para a população, podendo contribuir
para uso indiscriminado das pílulas de farmácia privada (SPINELLI et al., 2014).
Para alguns profissionais de saúde a CE não é um método “correto”, assim esses
conceitos próprios atrapalham a rotina de atendimentos, necessitando de um melhor
planejamento da gestão.

Segundo os Enfermeiros da pesquisa de Rodrigues, Teixeira, Nogueira


(2019) existe uma certa dificuldade de trabalhar com o contraceptivo oral, pois
muitas escolhem os métodos injetáveis, o que não é tão interessante, sendo que as
pílulas orais possuem uma quantidade hormonal mais indicada para prevenção de
efeitos adversos.

O principal método indisponível ou de longa espera, é o cirúrgico, definitivo.


Realizar a laqueadura ou vasectomia é difícil no sistema, segundo elas. Afirmaram
que as equipes de saúde precisam se preocupar mais com as mulheres que
engravidam seguidamente, por exemplo os agentes de saúde, que conhecem mais
a realidade de cada mulher e deveriam repassar para gestão afim de resolver essas
gravidezes indesejadas (MOURA e SILVA, 2006).

Segundo o estudo de Santos et al, (2016), realizado em um município do


Ceará, os métodos mais ofertados, foram a injeção mensal, seguido da pílula diária.
Questionadas sobre o uso dos preservativos, elas afirmaram que os parceiros não
gostam, as tornando as únicas responsáveis para evitar as gestações. Isto ressalta
o que outros autores também já elencaram, a falta de comprometimento e
participação masculina no PPF.

Todos os métodos têm suas limitações, é importante que se saibam quais


são elas, para que eventualmente possa-se trocar de métodos (RIBEIRO et al.,
2008). Todavia, na orientação sobre os métodos anticoncepcionais deve ser
destacada a necessidade da dupla proteção, contracepção e prevenção de IST,
mostrando a importância dos métodos de barreira, como os preservativos
masculinos ou femininos

No ponto de vista da Saúde Coletiva, o conhecimento do padrão de consumo


dos métodos contraceptivos e das características dos usuários do PPF pode

42
subsidiar as Políticas Públicas quanto à adequação ao uso e da disponibilidade para
a população.

 Percepções de profissionais e usuários sobre a efetivação do PPF:


Segundo o estudo de Souza et al. (2017), há muitos fatores sociais e culturais
que devem ser considerados e trabalhados para atingir os propósitos de eficácia do
controle de gestações indesejadas, assim como a saúde sexual. Os profissionais
também possuem dificuldade de atender adolescentes, de como introduzir os
homens nas consultas, já que há uma pequena presença deles no PPF e tornam
somente as mulheres responsáveis pelo planejamento reprodutivo (ALMEIDA, et al.
2016).

No estudo de Sauthier e Gomes (2011), realizado em Centros de Saúde e em


um Hospital do Rio de Janeiro, os profissionais afirmam que não há a
implementação de políticas para captar o público masculino. Educar os homens em
relação a paternidade responsável, comportamento reprodutivo e sexual consciente,
é uma percepção ética mundial. E segundo Pereira et al. (2007) os homens não se
propõem para os métodos de proteção e quando ganham os filhos, culpam as
mulheres e as deixam com toda responsabilidade parental.

Em relato, as Enfermeiras dizem que as orientam a escolher o método junto


com seus parceiros, mas que a decisão final deve ser da mulher, reconhecendo as
circunstancias do seu corpo, definindo o mais efetivo. Contudo, os autores
reconhecem que a visão dos profissionais sobre gênero também é limitada, eles
necessitam de participar dos grupos não somente para escolha conjunta dos
métodos, mas como compreender outros assuntos relacionados a saúde sexual
(SAUTHIER e GOMES, 2011).

A maioria dos achados discutem insipidamente a presença física e ativa do


homem no PPF. Percebem-se que as relações de gênero é um dos fatores
determinantes nesse contexto das consultas e grupos de planejamento reprodutivo,
de como os homens não se acham responsáveis por essas questões, resultante da
construção social e cultural imposta nas mulheres sobre serem as únicas
encarregadas da contracepção (NOGUEIRA et al., 2018).

43
O PPF tem como um dos princípios, instigar a liberdade do quantitativo de
filhos que os indivíduos desejam obter, através do uso dos métodos
anticoncepcionais e este fato deve ser discutido como casal, por isso a enorme
importância do homem, tanto para conhecer os processos de saúde como para
auxiliar e apoiar sua companheira (NOGUEIRA et al., 2018).

O estudo de Silva et al. (2018), traz que segundo a Pesquisa Nacional de


Demografia e Saúde, 46% das gravidezes no Brasil não foram planejadas e
observa-se que, as políticas e as ações do PPF ainda restringem a participação de
homens. Recomenda-se a ampliação de ações, a respeito da importância do
homem no Planejamento Familiar, bem como a sua integração vista como essencial
no mundo que busca a igualdade de gênero.

Como as ações de saúde implantadas pela PNAISM foram desenvolvidas


exclusivamente para a população feminina, isso fez com que as mulheres
adquirissem responsabilidades e compromissos muito mais onerosos que os
homens perante a saúde sexual (MENESES, 2018).

Somente com a implantação da Política Nacional de Atenção Integral à


Saúde do Homem (PNAISH), que foi desenvolvido o objetivo do cuidado específico
à saúde masculina e que foram apresentadas estratégias para estimular a
participação e inclusão do homem nas ações de planejamento de sua vida sexual e
reprodutiva (MENESES, 2018).

Os adolescentes são outro grupo de grande dificuldade de capitação, as


meninas buscam a UBS já gestantes, sendo elevado o nível de gravidez na
adolescência em todas as capitais, gerando um grande problema de Saúde Pública.
Já com os meninos, a necessidade era de prevenção de Infecções Sexualmente
Transmissíveis (IST), contudo também era um trabalho de difícil adesão (OSIS et
al., 2006).

Moura e Gomes (2014), consideram que as escolhas reprodutivas dos


adolescentes têm muito impacto sobre sua saúde, escolaridade, perspectivas de
emprego e transição para a vida adulta. A prestação e a utilização de serviços de
saúde reprodutiva tornam-se imprescindíveis para melhores perspectivas de vida e
de participação produtiva na sociedade.

44
Ao reduzir as taxas de gravidez indesejada, o Planejamento Familiar reduz a
necessidade de abortos inseguros, que responde por 13% da mortalidade materna
global. Repercute também no aspecto social, haja vista a maternidade na juventude
estar relacionada com educação precária, baixa inserção no mercado de trabalho,
baixa autoestima e falta de perspectiva de vida (MOURA e GOMES, 2014).

A adolescência é marcada essencialmente pelas transformações biológicas


que asseguram a possibilidade de reprodução. Mas as mudanças corporais e de
comportamento dizem também respeito às novas descobertas emocionais e sociais.
Mesmo havendo grande quantidade de informações, elas são insuficientes diante os
desejos e descobertas sexuais (BOUZAS, TAKEY e EISENTEIN, 2013).

As meninas jovens geralmente têm mais chances de engravidar nos


primeiros seis meses de relacionamento do que as mulheres adultas, devido à falta
de informações e de acesso aos contraceptivos, e também devido à falta de
planejamento da vida sexual, que ocorre em intervalos irregulares. Geralmente os
amigos ou a família são os que indicam os métodos contraceptivos utilizados no
início, até a busca efetiva de aconselhamento profissional (BOUZAS, TAKEY e
EISENTEIN, 2013).

No estudo de Costa e Crispim (2010), as principais dificuldades vivenciadas


na assistência do PPF, foram a ausência de compromisso das mulheres frente aos
métodos, a escassez de métodos disponíveis nas Unidades, a carência de
educação continuada dos profissionais, a participação e apoio ineficiente dos
homens, e sobretudo a sobrecarga de trabalho dos Enfermeiros (MOURA, SILVA,
GALVÃO, 2007). A maioria dos Enfermeiros conduzem o programa sozinhos, pois
dizem que os médicos não se interessam por esses cuidados e relatam serem
funções exclusivas da enfermagem

As atividades do PPF devem imprescindivelmente serem efetivadas em


equipe, proporcionando cuidados sistematizados e integrais, reduzindo possíveis
danos na saúde dos indivíduos e a sobrecarga de trabalho dos Enfermeiros,
fazendo com que possam desempenhar ações com mais competência e qualidade
(MOURA e SILVA, 2005).

Cordeiro et al. (2010), observou que há uma descontinuação do cronograma


das consultas do PPF, impedindo o acompanhamento mais efetivo dos usuários.

45
Isso se dá por motivos de reuniões de equipe, participação em eventos
profissionalizantes, poucos Enfermeiros nas Unidades, campanha de vacinação,
mudanças no calendário e baixa procura pelo planejamento familiar.

No estudo da MOURA e SILVA (2004), com 95 usuárias, levantou-se que 40


delas afirmavam que seus conhecimentos sobre os métodos anticoncepcionais
eram frutos de momentos de educação em saúde individual ou coletivo promovido
por Enfermeiros, 14 pelos ACS, 9 por médicos e 32 por fontes externas (amigas,
professores, leitura, familiar, televisão e igreja).

Em algumas cidades o programa segue mais como uma proposta dos


serviços de saúde, pois a realidade da implantação é frágil. Os impasses mais
destacados foram acerca dos gestores delimitarem as Unidades para a
implementação da assistência, nem todas unidades conseguem oferece-la. Assim
como, a disposição dos profissionais para o PPF de acordo com as demandas de
cada região (SAUTHIER e GOMES, 2011).

A maioria dos profissionais não conhecem as normativas que regulam as


prescrições do Enfermeiro e relatam a constante mudança das mesmas. Como
também algumas cidades não possuem um protocolo de enfermagem atualizado e
mais elaborado sobre o assunto (ALMEIDA, et al. 2016).

Osis et al. (2006), na etapa qualitativa do seu estudo iniciou uma discussão
acerca dos aspectos estruturais da Saúde da Família e o PPF. Segundo eles o PPF
estava, na maioria das unidades, em segundo plano quando se tratava da saúde da
mulher, que os cuidados grávido-puerperal eram prioridades para os profissionais.

Ademais, as respostas dos gestores divergiam dos profissionais, segundo


eles ofereciam capacitações sobre o PPF, mas os trabalhadores afirmaram que nas
capacitações abordavam o PPF dentro de outros temas, como no pré-natal e que
não se consideram capazes de realizar esse Programa e nem o definem como um
programa indispensável para saúde da família (OSIS et al., 2006).

Albuquerque et al. (2018), pesquisou acerca do PF em casais homossexuais


e os Enfermeiros afirmaram que os casais homoafetivos necessitam participar,
porém os profissionais sempre associam com a adoção, não abordando as
questões reprodutivas convencionais. Afirmam ainda, que o papel do Enfermeiro,

46
neste contexto, é de orientar acerca do planejamento estrutural familiar para receber
uma criança e sobre o uso dos preservativos para prevenção de Infecções
Sexualmente Transmissíveis.

No estudo do Pierre e Clapis (2010) os dados apresentados indicaram


ausência da liberdade de escolha das mulheres, pois não conhecem todos os
métodos possíveis, assim as privam do direito da informação diversificada e da livre
escolha. Ao serem questionados, os profissionais afirmaram que as pessoas são
amplamente informadas, que a escolha do método é somente delas e que o acesso
aos métodos é bastante facilitado. Contudo, possuem condições clínicas
preexistentes que impedem as mulheres de utilizar selecionados métodos,
reduzindo as opções.

Outro ponto ressaltado pelos profissionais como critério de exclusão de


método, é a questão financeira, pois quando não há na unidade e a má adaptação
perante alguns métodos, tem se a necessidade de a usuária adquirir de forma
particular. Houve também fala de uma classe profissional não identificada no
estudo, que afirmava que o método ideal era o que o médico indicava, e para os
autores este é o reflexo do modelo biomédico, onde não se consideram as
necessidades reais dos indivíduos (PIERRE e CLAPIS, 2010).

De acordo com Moura e Silva (2006) as usuárias do PPF, que são em sua
maioria mulheres, elencaram diversos pontos que refletem a qualidade deste
Programa para elas. Sendo, oferta de conhecimento/orientação, que envolva o casal
e as torne empoderadas para escolher; este também, que não possua ausência de
insumos para oferta, tendo os métodos que são mais desejados por elas; que
proporcionem acessibilidade quanto a distância da comunidade; que sejam tratadas
adequadamente; seja uma equipe permanente; e reforcem os fatores de risco nas
prescrições.

Para as usuárias as reuniões em grupos não são convidativas, relatam que


deveriam ser mais chamativas e que despertassem um maior interesse nelas. Em
conjunto com isso, existem as mulheres das áreas mais distantes, que moram em
fazendas e sítios, necessitam de uma atenção maior quanto a orientação e
atendimento das mesmas, já que não frequentam rotineiramente as unidades de
saúde (MOURA e SILVA, 2006).

47
Segundo Santos et al. (2016), um dos principais motivos das usuárias
prevenirem a gravidez era o fator econômico. Elas queriam gerar os filhos no
momento ideal para o casal e após a equipe de saúde despertar a autonomia nas
pacientes, foi de suma importância nas suas vidas e para consolidar um dos
objetivos do PPF.

Para Fiuza et al. (2015), de forma geral o Programa de Planejamento Familiar


se mostrou com score intermediário nas unidades pesquisadas. Isso se dá, pois o
atendimento e acolhimento ainda estavam negligenciados, assim como as
estruturas físicas e disposição de equipamentos, esses que são diferenciais para
consultas mais completas e assertivas.

Segundo estes autores, o ponto mais crítico do serviço é a insuficiência dos


contraceptivos, o que estreita as escolhas das usuárias, assim como a sua
participação rotineira, já que elas vão buscar outros meios quando não conseguirem
nas unidades. O estudo concluiu que o fornecimento de uma assistência
multidisciplinar resulta na qualidade essencial dos serviços, o que muitas das
unidades precisam aprimorar (FIUZA et al., 2015).

O estudo de Corrêa et al. (2017), estimou a prevalência de quase 12% das


mulheres brasileiras em idade reprodutiva que fazem uso de ACO apresentam
contraindicações. A escolaridade foi fator predisponente a rejeição ao uso do ACO e
o grupo de mulheres acima de 35 anos apresentou-se como potencial grupo de
vigilância para contraindicações.

A distribuição da demanda para contracepção no país ocorre de maneira


muito diferenciada entre as mulheres. As desigualdades sociodemográficas e
econômicas presentes nas diversas esferas da vida social são importantes no
delineamento do perfil de mulheres que enfrentam a demanda para contracepção no
país. Variáveis como estado econômico, religião, experiência reprodutiva e idade
acabam por reforçar desigualdades no acesso ao planejamento da fecundidade
(CARVALHO, 2019).

O Brasil está longe de assegurar o direito reprodutivo a todas às mulheres,


pois a demanda por planejamento da fecundidade foi insatisfatória, entre as
brasileiras casadas (83%). Apesar de apresentar pequena redução em relação à
década anterior, cerca de 10,8%, esse ainda é um percentual muito elevado, sendo

48
que esses dados representam que a metade das mulheres não utilizam
contracepção (CARVALHO, 2019).

Além da assistência em Planejamento Familiar, a integração com outros


serviços de atenção à saúde reprodutiva, como pós-parto, aborto, prevenção do
câncer do colo do útero e de controle das IST, a fim de promover assistência
integral à usuária em qualquer contato com o serviço de saúde (MOURA e GOMES,
2014).

Segundo Moura e Gomes (2014), não se observa o mesmo empenho para


atender as necessidades de mulheres em idade reprodutiva que ainda não possuem
antecedente gestacional ou que sejam sexualmente inativas ou ainda aquelas que
tenham dificuldade para engravidar. Mostrando, portanto, que na organização dos
serviços não é prioridade oferecer às usuárias a possibilidade de trilhar sua
trajetória sexual sem risco de gravidez indesejada ou mesmo ter os filhos que
deseje.

O PPF, como foi concebido, deveria possibilitar condições para a vivência da


sexualidade de forma consciente e segura, com possibilidade de diálogo,
conhecimento e acesso aos meios para a concepção e anticoncepção, compondo
uma decisão consciente, da mulher, do homem e do casal. Entende-se, que o
direcionamento das ações de Planejamento Familiar é através de informação e
educação, o que pode ser uma abordagem mais eficaz diante a população de renda
média e baixa.

 Importância das ações de educação em saúde:


A educação é uma prática social, onde as experiências dos usuários devem
ser valorizadas. Esta deve ser entendida como um processo de participação de toda
a população no contexto de sua vida e não apenas sob a possibilidade de
adoecimento. É importante que as equipes de enfermagem utilizem a metodologia
da educação em saúde durante a realização do PPF fazendo com que a população
participe de forma ativa na escolha do método contraceptivo (SILVA et al., 2016).

No estudo de Rodrigues, Teixeira, Nogueira (2019) os Enfermeiros relataram


utilizar diversas abordagens educativas, como encontros individuais, em grupo por

49
meio de palestras e roda de conversa, utilizando vários materiais, como cartazes e
álbuns seriados. Este fato enfatiza uma das principais funções dessa classe
profissional na saúde primária, a promoção de educação em saúde.

Os profissionais de saúde são os responsáveis pela orientação e


sensibilização dos indivíduos perante as escolhas contraceptivas, por meio de
educação em saúde e intervenções em sala de espera e grupos específicos do
Programa de Planejamento Familiar (HAYASHI e NOGUEIRA, 2007).

O Enfermeiro de Saúde Pública tem possibilidade de desenvolver atividades


com a comunidade, tornando-se um profissional de grande importância para tomada
de decisão na escolha de métodos contraceptivo. Englobar os adolescentes no PPF
é uma tarefa de extrema importância, ainda porque, a adolescência é um período
em que ocorre um importante desenvolvimento que torna o indivíduo capaz de
reproduzir (SILVA et al., 2016).

No estudo de Bonfim et al. (2017), que se desenvolveu em um município da


Bahia, os autores puderam identificar nas falas das Enfermeiras que a educação em
saúde é um instrumento de prevenção de agravos, assim como uma troca de
conhecimentos entre a equipe de saúde e a comunidade. Ela também é importante
para os casos que as doenças já estão instauradas, com intuito curativo, as
orientações restaurarão o estado íntegro de saúde ou proporcionará uma melhor
adaptação a nova condição vivenciada pelo paciente.

As Enfermeiras realizam as atividades de educação em saúde para


desenvolver nas pessoas, a responsabilidade e a consciência de que a promoção e
proteção da saúde é um dever individual e coletivo (BONFIM et al., 2017).

As ações educativas são importantes também perante o determinante


Igualdade de Gênero, onde a mulher e o homem são corresponsáveis pela
concepção por relação sexual, sendo necessário despertar e quebrar estigmas que
inferiorizam a mulher (NOGUEIRA et al., 2018). Estamos avançados quanto ao
ganho continuo de espaço para as mulheres, porém na saúde sexual e reprodutiva,
assim como na educação dos filhos, as mulheres ainda são mais responsabilizadas.

As orientações e métodos são ofertados pelos serviços de saúde na Atenção


Primária, que é o primeiro contato dos indivíduos com o sistema público de saúde

50
(SILVA et al., 2016). É consensual que os países que adotam princípios da Atenção
Primária geram os melhores resultados de adesão as medidas de prevenção e
promoção da saúde.

A educação em saúde deve acontecer de maneira integral, possibilitando que


os profissionais de saúde na Atenção Primária e pacientes, construam sentidos e
significados a partir de saberes já existentes. Os estudos reforçam que a ação
educativa em saúde é de responsabilidade da equipe, com realce principal para a
equipe enfermagem e deve ser aplicada a todos os níveis de atenção à saúde
(SILVA et al., 2016).

No estudo de Cordeiro et al. (2010), realizado em UBSs de Fortaleza,


identificou que em relação as ações educativas em grupo no PPF, 9 Enfermeiros
realizavam e 11 não proporcionam nenhuma atividade de Planejamento Familiar.
Afirmaram não possuírem tempo, espaço físico e grande demanda para assim faze-
las.

Segundo Moura e Silva (2004), os programas do PSF possuem um caráter


grupal de educação em saúde, porém os profissionais não conseguem implantar o
PPF dessa forma, proporcionando consultas centradas nos pacientes e segundo os
autores, assim é efetivo, entretanto não tem longo alcance.

Outros problemas encontrados para realização de ações educativas, são a


escassez de materiais impressos e de mídia para auxilio nas orientações e espaço
físico propicio para as atividades. Em alguns lugares é encontrado cartilhas e
folhetos, mas em quantidades reduzidas. Muitos informaram a necessidade de a
Secretaria de Saúde local enviar kits demonstrativos dos métodos e protótipos das
regiões intimas de borrachas para aprimorar os atendimentos (MOURA e SILVA,
2004).

A pesquisa de Osis et al. (2006), desenvolveu-se por meio de entrevistas


semiestruturadas com coordenadores e profissionais de UBSs de várias capitais do
Brasil e verificou-se que havia a realização de atividades educativas, tanto
individuais quanto de grupo. Sendo capitadas as mulheres, dificilmente os homens e
os adolescentes eram orientados nas escolas.

51
Um relato de experiência realizado por Pereira et al. (2007) em uma UBS do
Rio Grande (RS), apresentou a reconstrução de um grupo de PF e entre os
assuntos abordados neste grupo, estavam a saúde da mulher, IST, prevenção de
colo de útero, métodos contraceptivos, sexualidade, saúde da família, relação de
cônjuges, educação e cuidados com os filhos e assuntos relacionados ao bem-estar
próprio, como autoestima.

O grupo também se tornou um apoio para as mulheres, onde elas podiam


desabafar e aprender diversos assuntos. Elas conseguiram conduzir a rotina com os
filhos e maridos com mais disciplina e menos agressão por exemplo. Adequaram os
cartões de vacina, elevaram as buscas pelos métodos, aprenderam sobre o auto
cuidado, realizaram mais exames citopatológicos e acima de tudo, preservaram uma
relação efetiva com a equipe de saúde, o que é fundamental para uma comunidade
livre de agravos (PEREIRA et al. 2007).

Entende-se então, que os usuários/comunidade são recebedores das


informações e conhecimentos que os profissionais de saúde proveem. Para os
autores, os Enfermeiros como líderes das equipes devem trabalhar com uma visão
multidimensional, reconhecendo todas as demandas, para assim nortear as
orientações disseminadas (BONFIM et al., 2017).

De acordo com Fiuza et al. (2015) as práticas de educação em saúde


necessitam maior destaque e empenho, sendo elas, muito efetivas na saúde
pública. E é importante que os Enfermeiros realizem essas ações voltadas para a
realidade da comunidade, permeando seus valores, culturas, sendo representativas
e desenvolvendo problemáticas que despertem o pensamento crítico, e
consequentemente, modifiquem seus hábitos diários (BONFIM et al., 2017).

Portanto este estudo, mostra a importância de buscarmos mais conhecimentos


acerca da atuação do Enfermeiro na Atenção Primária para ampliar a autonomia e o
embasamento teórico científico, mais especificamente no PPF. Acreditamos que
este estudo auxilia no entendimento dos Enfermeiros e dos acadêmicos frente as
ações no serviço público de saúde, em especial inseridos no PPF.

O PPF surgiu e foi implantado no SUS há mais de duas décadas. Entretanto,


muitos profissionais ainda possuem dificuldades para efetivá-lo e torná-lo mais
visível diante a população. Os indivíduos que não conhecem o programa, estão

52
suscetíveis a gravidezes indesejadas e danos à saúde como IST. Portanto, é
necessário incentivo para realização de novos estudos a cerca deste tema dentro da
enfermagem.

6. CONCLUSÃO

O presente estudo concluiu que as atribuições dos Enfermeiros frente ao PPF


são assistenciais, de promoção, prevenção e de educação em saúde. Realizam
consultas clínicas, prescrições de métodos contraceptivos segundo protocolos
específicos de cada UBS, dispensação dos métodos ofertados na Atenção Primária,
orientações tanto quanto a saúde reprodutiva como a saúde sexual, incluindo a
prevenção de IST e canceres dos órgãos genitais. Estes direcionados para as
mulheres, homens, casais e adolescentes.

A maioria dos artigos abordam o protagonismo do Enfermeiro frente ao PPF,


sendo que este profissional conduz as ações de Saúde Pública, são frequentemente

53
o primeiro contato dos usuários com esses serviços, assim constroem vínculos mais
sólidos proporcionando uma assistência mais eficaz.

A busca na literatura acerca das normativas regulamentadoras da atuação do


Enfermeiro no PPF, resultou em achados extremamente pertinentes a temática.
Entre eles, leis, manuais, políticas, resoluções, pareceres, protocolos e notas
técnicas, que subsidiam e respaldam as atividades desses profissionais no contexto
na Atenção Primária, primordialmente na saúde da mulher. Estes documentos que
empoderam e oferecem ao Enfermeiro autonomia na assistência aos usuários que
procurar o serviço do PFF.

Destacou-se neste estudo que os métodos contraceptivos mais ofertados na


Atenção Primária são os preservativos, sobretudo os masculinos; os hormonais
orais, injetáveis e a pílula de emergência; o DIU de cobre; a laqueadura e a
vasectomia. Observa-se ainda, que o Enfermeiro é um profissional que participa
ativamente da escolha, distribuição e orientação sobre o uso correto do preservativo
como método contraceptivo, bem como seu uso na prevenção e proteção contra
ISTs.

Identificou-se as contribuições das ações educativas realizadas no PPF, visto


que a maioria das pacientes são vulneráveis intelectualmente, elas possuem muitas
demandas no âmbito da saúde própria e da família. Tornando esses encontros na
comunidade enriquecedores para as usuárias e as transformam em disseminadoras
de informações coerentes, propagando a promoção e prevenção de agravos a
saúde.

Por fim, a busca científica proporcionou entender as fragilidades que o PPF


enfrenta em sua aplicabilidade, seja em fatores estruturais das unidades de saúde,
coordenações efetivas, escassez de insumos e materiais educativos, disponibilidade
de profissionais para as ações, frequentes demandas das usuárias e ausência de
educação continuada para aprimorar a equipe multidisciplinar.

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