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Curso de Tecnologia em Agronegócio

USO DE RESÍDUOS DA LIMPEZA E PRÉ LIMPEZA DAS AGROINDUSTRIAS DAS


CULTURAS DE ARROZ E SOJA PARA A SUPLEMENTAÇÃO ALIMENTAR
BOVINA

Aluno:
Carlos Eduardo Almansa Rubin
Orientador:
Nelson Ruben de Mello Balverde
Instituição:
Universidade Federal do Pampa Campus Dom Pedrito
Titulação
Doutor em Engenharia de Produção

RESUMO

Com os altos custos de produção do cenário atual, os produtores têm buscado alternativas para
aumentar sua rentabilidade. Um dos fatores que mais tem impactado é a alimentação, que
desde o início da pandemia vem sofrendo variações devido a alto preço dos insumos, que são
os ingredientes base para a alimentação animal. A alimentação dos animais durante o período
de estiagem é uma das principais preocupações dos produtores, que precisam se adequar à
estação para não sofrerem prejuízo. Diante desse cenário, é importante estar atento ao manejo
da propriedade, além de outros cuidados para impedir que ocorra a falta de alimentos que
servem de ração animal e, consequentemente, o aumento dos custos de produção. A presente
pesquisa objetivou avaliar o valor nutricional dos resíduos sólidos oriundos da cultura do
arroz e da soja cultivados no município de Dom Pedrito/RS para a complementação da
alimentação bovina. Os resultados obtidos através das análises bromatológicas realizadas nas
amostras de resíduos sólidos de arroz e soja pelo laboratório de Bromatologia e Nutrição
Animal da Unipampa - campus Dom Pedrito/RS, vem corroborar plenamente com o objetivo
desta pesquisa, apresentando índices satisfatórios e compatíveis com aqueles que se busca
fornecer em uma boa dieta alimentar aos animais.

Palavras-chaves: nutrição; análise; bovinos.

ABSTRACT

With the high production costs of the current scenario, producers have been looking for
alternatives to increase their profitability. One of the factors that has had the most impact is
food, which since the beginning of the pandemic has suffered variations due to the high price
of inputs, which are the basic ingredients for animal feed. Feeding animals during the dry
season is one of the main concerns of producers, who need to adapt to the season so as not to
suffer losses. Given this scenario, it is important to be attentive to the management of the
property, in addition to other precautions to prevent the lack of food that serves as animal feed
and, consequently, the increase in production costs. The present research aimed to evaluate
the nutritional value of solid residues from rice and soybean crops grown in the municipality
of Dom Pedrito/RS to complement bovine feeding. The results obtained through the

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bromatological analyzes carried out in the samples of solid residues of rice and soybeans by
the Laboratory of Bromatology and Animal Nutrition of Unipampa - Dom Pedrito/RS
campus, fully corroborates the objective of this research, presenting satisfactory and
compatible rates with those that seeks to provide a good diet to animals.

Keywords: nutrition; analysis; cattle.

Defendido em: ___/08/2022

1 INTRODUÇÃO

A população mundial chegou atualmente a 7,6 bilhões de pessoas, e a Organização das


Nações Unidas (ONU), estima que em 2030 sejamos mais de 8,6 bilhões de habitantes no
planeta, mas a produção de alimentos não aumenta seus índices na mesma proporção, gerando
um aumento na preocupação em como abastecer o mundo com proteína de qualidade. Neste
contexto fica evidente a importância do Brasil na produção de proteína de origem animal,
uma vez que o Brasil possui um dos maiores rebanhos comerciais do mundo, com 213,5
milhões de cabeças de gado, se apresentando como um dos principais produtores de carne
bovina no mundo (IBGE, 2019).
A participação do setor agropecuário no produto interno bruto (PIB) brasileiro é de
aproximadamente 22%, dos quais 31% são oriundos da cadeia pecuária (CEPEA, 2019). No
entanto, o agronegócio contribui muito mais com a balança comercial do país, gerando um
superávit de US$ 105,1 bilhões, em 2021 (IPEA, 2022).
A Região da Campanha do Rio Grande do Sul apresenta no seu solo e clima algumas
características que limitam a produção forrageira, ocasionando a diminuição no desempenho
dos animais. Assim, os produtores necessitam utilizar estratégias que possibilitem melhorar os
índices produtivos de desempenho animal por unidade de área em alguns períodos críticos.
Considerando-se que o Rio Grande do Sul produz aproximadamente 70% do arroz produzido
no Brasil, a região oeste é uma das maiores produtoras do estado, o que ocasiona a geração de
uma grande quantidade de resíduos agroindustriais (CONAB, 2019).
A cada dia a suplementação dos bovinos ganha maior importância no contexto
agropecuário brasileiro, principalmente na produção de bovinos de corte. Com um rebanho
aproximado de 200 milhões de cabeças de bovinos de corte, a pecuária brasileira caracteriza-
se pelo uso de pastagens tropicais, onde aproximadamente 90% dos animais permanecem toda
a sua vida sobre este tipo de pastagem. Desta maneira, o Brasil consegue alcançar o segundo
lugar em produção de carne bovina no mundo, produzindo em torno de 9.7 milhões de
toneladas em 2018 (ANUALPEC, 2018).
Os alimentos concentrados considerados energéticos e proteicos utilizados para a
alimentação animal passaram por um visível aumento no seu valor, de acordo com o CEPEA
(2021), o preço médio real da saca de 60kg de milho teve um aumento de 93,9%, passando de
R$ 50,11, em abril de 2019, para R$ 97,15, em abril de 2021, também neste período, a saca de
soja aumentou em 68,1%, gerando consequentemente uma elevação nos custos de produção e
diminuindo a margem de lucro para os produtores; desta maneira, os resíduos e subprodutos

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oriundos das agroindústrias passaram a ter uma atenção especial, por apresentarem menor
custo de aquisição (CHAVES et al., 2014).
Na agricultura o Brasil também figura entre os maiores produtores mundiais, fato este
que acaba ocasionando a geração de uma enorme variedade e quantidade de resíduos
agroindustriais, os quais podem tornar-se uma opção na alimentação de ruminantes,
principalmente em períodos críticos, onde a escassez de forragens torna-se o fator
preponderante que limita a produtividade desses animais (ANDRADE; QUADROS, 2011).
Segundo a FAO (2013), no mundo são gerados cerca de 113 bilhões de toneladas de
resíduos pelas agroindústrias, e deste montante, algo em torno de ⅓, ou seja 400 milhões de
toneladas, é desperdiçada gerando diversos problemas ambientais;
Estes resíduos ou subprodutos industriais apresentam-se como uma forma de
alternativa aos alimentos convencionais, contribuindo para a redução dos custos de produção
e também apresentam um apelo ambiental. No entanto, precisa-se ficar atento às suas
características e finalidades no momento de sua utilização (LIMA, 2005).
De acordo com Wascheck et al. (2010) e Fernandes (2011), o interesse pela utilização
de resíduos agroindustriais na alimentação animal é grande, principalmente pela sua grande
disponibilidade em algumas regiões brasileiras, e também, pela menor disponibilidade e o alto
custo das matérias-primas que compõe a base nutricional da maioria das rações fabricadas,
aliado ao fato da necessidade de se encontrar alternativas que sejam técnica e
economicamente viáveis para suplementação da dieta dos animais, principalmente nos
períodos de carência nutricional, visando alcançar uma maior produção a um menor custo
possível.
Sob essa ótica, ganha particular pertinência o motivo pelo qual foi escolhido este tema
e assim definiu-se o seguinte problema de pesquisa: Quais as alternativas para a
destinação/utilização de resíduos agroindustriais sólidos (subprodutos) gerados nas
agroindústrias do município de Dom Pedrito? Uma vez que a produção de resíduos no Brasil é
característica à industrialização e às atividades agrícolas (processos de classificação, pré-
limpeza, limpeza, colheita, transporte, entre outros), surge daí a produção de grandes
quantidades de resíduos agrícolas; resíduos estes que possuem diversas características
significativas como matéria-prima para diversos setores industriais, mas que muitas vezes, seu
aproveitamento não é feito de forma adequada, podendo ser descartados, o que gera grandes
problemas ambientais ao País (MARTINS, 2015).
A presente pesquisa busca contribuir para a conscientização dos criadores de bovinos
do município de Dom Pedrito-RS, de que os resíduos (subprodutos) oriundos das
agroindústrias locais representam uma opção de suplementação alimentar para os animais,
além de serem economicamente e nutricionalmente viáveis nos períodos de baixa oferta
natural de forragens, como nos períodos de inverno ou de estiagem que afetam o município e
região.
Assim sendo, o presente artigo tem por objetivo geral avaliar o valor nutricional dos
resíduos sólidos oriundos da cultura do arroz e da soja cultivados no município de Dom
Pedrito para a complementação da alimentação bovina. Os objetivos específicos são: verificar
o valor nutricional dos subprodutos (resíduos) agroindustriais; efetuar a interpretação dos
dados obtidos através da análise bromatológica; demonstrar diferentes possibilidades de uso
dos subprodutos (resíduos) das agroindústrias do município.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO
O referencial teórico trará uma revisão conceitual, dividido em três subcapítulos,
conceituando questões relacionadas a agricultura, resíduos agroindustriais e bovinocultura.

2.1 Agricultura

No mundo, o segundo cereal mais cultivado é o arroz, e o Brasil cultiva a 2,4 milhões
de hectares com este cereal, produzindo mais de 11 milhões de toneladas (CONAB, 2019),
sendo que o Rio Grande do Sul é o estado brasileiro com maior produção, atingindo 69,8%
deste montante, alcançando uma produtividade média de 7466 kg/ha e com uma produção de
7.474,2 mil t na safra 2018/2019 (CONAB 2019); porém utiliza-se apenas cerca de 50 % do
volume para a alimentação, pois desde o processo da colheita até a industrialização podem-se
encontrar vários tipos de resíduos, desde a palha, resíduo da pré-limpeza ou pós-secagem,
casca, farelo até a quirera de arroz (PERIPOLLI, 2016).
Todavia, este subproduto apresenta-se como um alimento com importante potencial de
utilização na dieta de animais das mais diversas categorias durante períodos críticos, nos quais
há escassez de alimentos ou forragens, mantendo a condição corporal dos animais,
intensificando e melhorando o sistema de produção e melhorando a qualidade da nutrição pós-
parto (BARCELLOS; PRATES; SILVA, 1999).
O arroz é produzido com o propósito de ser utilizado para nutrir os humanos, mas
pode ser aproveitado para a alimentação dos animais: o seu volume excedente, grãos
quebrados ou com defeitos e os seus resíduos ou subprodutos (ANDRIGUETTO et al., 1983),
sendo mais aproveitados a quirera de arroz, casca de arroz, e o farelo de arroz desengordurado
e integral.
O farelo de arroz é produzido a partir dos revestimentos que envolvem o grão, que são
retirados dos mesmos durante o processo de industrialização, e no seu estado integral
apresenta grande qualidade se for aproveitado fresco ou se for estabilizado através da adição
de produtos que evitem sua oxidação, utilizando-se geralmente na alimentação de gado
leiteiros e de corte, ovinos, suínos e aves (MARCATO et al., 2003).
No cenário mundial do agronegócio a produção de soja está entre as atividades
econômicas que, nas últimas décadas, apresentaram crescimentos mais expressivos, visto que
possui um comércio internacional de diversos produtos do complexo soja, e por esta ter se
consolidado como uma importante fonte de proteína vegetal, especialmente para atender às
crescentes demandas dos setores ligados à produção de produtos de origem animal
(EMBRAPA, 2009).
O Brasil é o segundo maior produtor mundial do grão, com uma produção de 114,843
milhões de toneladas, deste o Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor com uma
produção anual de aproximadamente 20 milhões de toneladas (EMBRAPA, 2019). O
processamento do grão para extração do óleo é o princípio da obtenção de diversos
subprodutos utilizados na alimentação humana e animal.
O processamento da soja gera uma grande quantidade de resíduos como: palha, farelos,

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fibras, cascos, melaço, farinha de soja, o concentrado proteico e a proteína isolada os quais
devido à alta disponibilidade, baixo custo, e grande quantidade vêm se tornando uma
oportunidade viável para produzir os mais diversos produtos, desde biocombustíveis e
bioprodutos, a utilização para suplementação animal (KELBERT et al., 2015; MARTINS,
2015; COLEN, 2019).
Desde o começo da colheita e limpeza de grãos são gerados diversos resíduos, estima-se
em média que para cada hectare de soja produzido são gerados cerca de 3,0 a 4,0 toneladas de
resíduos, os quais podem ser bem aproveitados para trazer diversos benefícios tecnológicos,
econômicos e ambientais ao país (GUIMARÃES, 2017). O resíduo da pré-limpeza dos grãos
pode ser encontrado em grande quantidade no pátio das indústrias de beneficiamento, o que
traz diversos problemas se forem bem administrados e transferidos para locais mais afastados
antes que o processo de fermentação se inicie (GOES et al., 2011).

2.1.1 Resíduos Agroindustriais na alimentação bovina

Um dos maiores entraves no aumento dos índices de produtividade de gado brasileiro


criado nas pastagens tropicais é a baixa qualidade nutricional delas, especialmente em época
de estiagem, com a queda no teor de proteína, da menor oferta de massa verde, originando
uma menor digestibilidade da matéria seca, diminuição no consumo de forragens o que
ocasiona uma diminuição no desempenho dos animais. Diante desta situação, faz-se
necessário lançar mão de algumas técnicas e medidas que possibilitem o aumento ou a
manutenção dos índices produtivos dos animais, e uma destas medidas é a suplementação da
dieta através de concentrados que vêm demonstrando resultados satisfatórios (MENEZES,
2019).
Na composição e formulação da ração dos animais não ruminantes, dois ingredientes
são mais utilizados, a soja e o milho, sendo que o milho está presente com índices acima de
60% da totalidade dos grãos utilizados, devido ao fato de apresentar muitos carboidratos,
excepcionalmente o amido (BUTOLO, 2002). Por sua vez, a soja está presente em cerca de
20% das dietas, contribuindo com aproximadamente 80% da proteína das rações (CAFÉ et al.,
2000; CARVALHO, 2006).
O estudo e a utilização de subprodutos ou resíduos oriundos da cultura agrícola na
substituição dos cereais na alimentação de bovinos de corte mostra-se como uma excelente
alternativa na busca pela redução dos custos, e dentre os subprodutos analisados, a casca de
soja destaca-se pelo fato de que o Brasil é um dos maiores produtores mundiais de soja, e a
casca é responsável por aproximadamente 7% a 8 % do peso do Grão (RESTLE et al., 2004).
Existe ainda a possibilidade de utilização de outros resíduos ou subprodutos na suplementação
dos bovinos como, por exemplo, o caroço de algodão e o bagaço da cana-de-açúcar
hidrolisado (GERON et al., 2010).
Geralmente as rações destinados aos bovinos possuem grandes quantidades de
volumosos, tendo em vista o fato de que os cereais, as oleaginosas e os concentrados proteicos
apresentam um elevado custo, desta maneira, pode-se utilizar ou aproveitar resíduos ou
subprodutos agroindustriais, que possuem um custo mais acessível do que os concentrados e

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proporcionam um desempenho animal com índices parecidos, ou, em alguns casos, até
superior aos das rações feitas com milho, soja, etc (BULLE et al., 2002).
Na introdução da casca de soja em níveis de 12,5; 25 e 50% na dieta dos bovinos,
observa-se uma melhora nos índices de digestibilidade da fibra em detergente neutro (FDN),
em comparação a utilização do milho nas mesmas quantidades demonstra efeito contrário.
Este fato demonstra um benefício da casca de soja em detrimento ao milho (ANDERSON et
al, 1988).
Por apresentar um alto teor proteico a soja é utilizada na formulação das rações para a
nutrição animal, uma vez que contém grande valor nutritivo e também índices satisfatórios da
maioria dos aminoácidos (COSTA; MIYA, 1972); por outro lado a casca de soja contém um
alto índice de fibras, e vem sendo inserida na alimentação bovina pelo fato de estimular a
salivação e também a ruminação, contribuindo para a manutenção de um bom ambiente
ruminal, apresentando grande valor nutritivo para os ruminantes (TAMBARA et al., 1995).
A casca de soja demonstra-se muito atrativa quanto ao ponto de vista quantitativo
tornando-se uma ótima alternativa ainda pouco utilizada na alimentação dos animais, porém,
por ser pouco conhecida, pode enfrentar preconceitos no que diz respeito ao seu valor
nutricional, no desempenho e na sanidade dos animais, visto que alguns produtores
demonstram resistência a utilizar alimentos que ainda não conheçam (SILVA, 2004).
O aproveitamento de ingredientes alternativos na alimentação animal pode auxiliar na
redução dos custos de produção, uma vez que, está contribui com a maior parte do custo total
do sistema produtivo, e deste modo, pode contribuir para o aumento da renda do produtor
(SILVA, 2004).
Quanto ao valor nutricional, pode-se alcançar até 80% da energia do milho utilizando-
se a casca de soja, já que ela demonstra ser um ingrediente muito energético, e, apresenta um
teor de fibra bem maior que o milho. Os pesquisadores (BERNARD; MCNEIL, 1991;
SARWAR; FIRKINS; EASTRIDGE, 1991; FISCHER et al., 1992), entre outros, dizem que a
casca de arroz é um alimento que pode ser considerado entre concentrado e volumoso, o que o
classifica como intermediário. Segundo Garleb et al. (1988), as forrageiras poderiam ser
substituídas sem problemas pela casca de soja, desde que disponibilizada de forma controlada
aos animais.
Anderson et al. (1988), Nakamura e Owen (1989) e Bernard e Mcneill (1991)
afirmaram que os alimentos ricos em amido podem ser substituídos pela casca de soja na
formulação de concentrados para alimentação de bovinos com crias, por apresentar benefícios
na produção de leite e em relação a digestibilidade. Segundo Ludden et al. (1995), a casca de
soja contém entre 74 a 80% do valor nutricional do grão de milho se for utilizada em volumes
moderados ou altos para alimentação de bovinos em regime de engorda.
Algumas culturas produzidas no Brasil geram grandes volumes de subprodutos ou
resíduos, por isso, existem vários estudos sobre a possibilidade de aproveitarmos estes
subprodutos para complementar a alimentação de ruminantes e alguns desses resíduos já são
muito utilizados pelos produtores. Porém muitos fatores podem influenciar na sua utilização,
como a distância entre a cultura e os rebanhos, o tipo de resíduos e suas características e os
custos desse resíduo quanto ao transporte, armazenagem e preparação (CARVALHO, 1992).

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2.2 Bovinocultura

No estado do Rio Grande do Sul, a bovinocultura de corte influencia tanto


economicamente quanto culturalmente em cada região (BOLDRINI, 2009). Os rebanhos vêm
mantendo estabilização nos últimos anos (NESPRO & EMBRAPA PECUÁRIA SUL, 2018).
No entanto, o sistema de produção é cada vez mais exigido, para que aumente seus índices de
produção e produtividade, para assim dar conta da demanda por proteína impulsionada pelo
aumento da população (BARCELLOS, OLIVEIRA, MARQUES., 2011).
No outono as espécies forrageiras de verão já estão em estágio de maturação e as
espécies de inverno ainda não se estabeleceram, gerando assim, um período de vazio
forrageiro, causando escassez tanto em quantidade como em qualidade de forrageiras
(OLIVEIRA, 2008). Por isso, nesse período o pecuarista deve lançar mão de ferramentas que
o possibilitem garantir a alimentação do rebanho, e uma das medidas que podem ser tomadas
é a suplementação animal.
Da mesma maneira ao que vem ocorrendo em outras regiões pecuárias no mundo, no
Sul do Brasil, é evidente o avanço das atividades agrícolas sobre o campo nativo, que
anteriormente era explorado somente pela atividade pecuária. Desta forma, a utilização de
feno, de forragens e materiais alternativos na alimentação dos bovinos está cada vez mais
sendo pesquisada e estudada com o objetivo de diminuir os custos. O sistema de integração
lavoura e pecuária é utilizado por muitos produtores no Brasil, alguns rotacionando o arroz, a
soja e a pecuária de corte. Nestes sistemas, geralmente são disponibilizados para os animais,
os resíduos das culturas agrícolas ou as palhadas que sobram da colheita e que possuem valor
nutricional (HOERBE, 2017).

3. MÉTODO

O universo a ser estudado é o município de Dom Pedrito localizado no extremo sul do


estado do Rio Grande do Sul, latitude 30º 58' 58" S, longitude 54º 40' 23" W, com uma área
total de 5194,8 Km2, não possui uma estação de seca definida, porém ocorrem épocas de
longas estiagens ou de enchentes, com invernos de temperaturas mínimas chegando a 6 ºC
negativos e verões com temperaturas máximas ultrapassando os 40 ºC, ocorre déficit hídrico
na região entre os meses de novembro a janeiro (ALVES, 2021).
O presente trabalho tem sua pesquisa caracterizada por ser descritiva e quantitativa,
com amostragem não probabilística e por conveniência, pois neste tipo de amostragem, não se
faz uso de formas aleatórias de seleção e nem aplicação de fórmulas estatísticas (MARCONI;
LAKATOS, 2011, p.37).
Segundo Malhotra et al. (2005), esse tipo de amostragem não depende do acaso e sim
do julgamento do pesquisador. Ele escolhe os elementos da amostra arbitrariamente, de
acordo com a conveniência. Já para Mattar (2011) a amostragem por conveniência é
comumente utilizada para testar ou obter conhecimentos sobre determinado assunto de
interesse.
Para a realização deste trabalho contamos com a importante colaboração de 2
empresas agroindustriais localizadas no município de Dom Pedrito Rio Grande do Sul as
quais denominamos de empresa A e empresa B. As coletas das amostras foram realizadas

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entre o início de abril e final de maio de 2022.


A empresa A é integrante do setor privado e trabalha com o recebimento,
processamento e beneficiamento das culturas do arroz e da soja, porém para este trabalho
nessa empresa foram recolhidos somente amostras de resíduos sólidos oriundos dos sistemas
de pré-limpeza (peneira) da cultura do arroz, as quais foram separadas em 3 diferentes
padrões:
Padrão fraco - apresenta maior volume de grãos e resíduos de plantas invasoras
(Capim arroz, angiquinho e outras) e menor volume de resíduos de arroz (grãos quebrados,
grãos descascados, grãos avançados, grãos avariados e grãos falhos);
Padrão médio - contém volumes similares de grão se resíduos das plantas invasores e
de grãos e resíduos do arroz;
Padrão forte - apresenta maior volume de grão se resíduos do arroz em menor volume
de grão sem resíduos de plantas invasoras.
A empresa B faz parte do setor do cooperativismo e trabalha com o recebimento e
processamento da cultura da soja na qual também foram recolhidas 3 amostras de resíduos
obedecendo os seguintes padrões:
Padrão fraco - apresenta maior volume de resíduos sólidos de plantas invasores
(Capim arroz, corda de viola e outros) e menor volume de resíduos sólidos da soja (casquinha
de soja, grão descascados, grãos quebrados, pedaços de galhos secos das plantas);
Padrão médio - apresenta volumes similares de resíduos das plantas invasoras e de
resíduos da soja;
Padrão forte maior volume de resíduo da soja e menor volume de resíduos oriundos
das plantas invasoras.
Tanto para a cultura do arroz quanto para a cultura da soja foram adotados os mesmos
procedimentos:
Para a definição dos padrões acima descritos utilizou-se o aspecto visual das amostras,
após a coleta das amostras, tanto a de soja, quanto a de arroz, foram acondicionadas em sacos
de polietileno, onde foram então homogeneizadas, misturou-se as 3 amostras de arroz em uma
única, e, as 3 amostras de soja em uma única amostra, para se obter um padrão intermediário
das amostras, estas foram pré-secadas ao natural (luz solar), Após esta etapa as amostras
foram trituradas em um aparelho triturador de facas rotativas equipado com peneira fila
granulação (4 mm), com a finalidade de padronizar o tamanho das partículas dos resíduos,
foram então acondicionadas novamente em sacos de polietileno, totalizando 3 amostras finais
de 1,5 Kg cada, amostra 1 (somente arroz), amostra 2 (somente soja) e amostra 3 (arroz e soja
em partes iguais) e encaminhadas ao responsável pelo laboratório de Bromatologia da
Universidade Federal do Pampa para análises laboratoriais para determinação dos teores de
matéria seca (MS), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra bruta (FB), segundo
metodologia descrita por Silva e Queiroz (2006).
A matéria seca é a mais simples e mais usual das análises bromatológicas e representa
a fração do alimento que não é água, com o material da primeira matéria seca, são realizadas
as demais análises bromatológicas (proteína bruta, extrato etéreo, carboidratos estruturais e
matéria mineral). A solução de detergente neutro solubiliza, basicamente, o conteúdo celular,
restando o resíduo insolúvel que é chamado, então, de fibra em detergente neutro (FDN), a
qual de acordo com Mertens (2002) é a melhor opção disponível para representar a fibra da

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dieta, assim esta representa os carboidratos estruturais e mais a lignina, o principal fator
antinutricional dos alimentos para ruminantes. Com procedimento muito parecido com a
FDN, a extração com detergente ácido solubiliza, além do conteúdo celular, a hemicelulose.
Proteína bruta é o resultado do teor de N do alimento multiplicado por 6,25. Por si só é
um valor bastante importante, mas para formulação de rações é necessário particioná-la em
algumas frações, há uma parte do N dos alimentos que está ligada à fibra. Com isso, temos
dois valores que podem ser analisados: Nitrogênio (ou proteína) ligado à fibra em detergente
neutro (NIDN ou PIDN) e Nitrogênio (ou proteína) ligado à fibra em detergente ácido (NIDA
ou PIDA), já o extrato etéreo, que para nós representa a gordura do alimento, é uma das
análises que precisa ser feita sem nenhuma umidade residual (ou com muito pouca umidade)
(EMBRAPA, 2015).
A classificação dos resíduos será realizada de acordo com a Associação Brasileira de
Normas Técnicas NBR 10004:2004, a qual foi elaborada pela Comissão de Estudo Especial
Temporária de Resíduos Sólidos, e fornece subsídios para o gerenciamento de resíduos
sólidos.

4. RESULTADOS

Não foi possível realizar a análise de Fibra Bruta, pois não havia a disponibilidade no
momento de material para se realizar a mesma, como a FB subestima o valor real da fibra e,
portanto, os teores de FDN e FDA são sempre maiores que a FB, esta vem sendo substituída
praticamente em todos os laboratórios de nutrição animal pela fibra em detergente neutro
(FDN), de Van Soest (EMBRAPA, 2015).

Tabela 1: Amostra Resíduos de Arroz


Análise Valores (%)
Umidade 15,40
Matéria Seca 97,20
Matéria Mineral (cinzas) 7,07
Matéria orgânica 92,93
Proteína Bruta 11,46
Fibra em Detergente Neutro
37,90
(FDN)
Fibra em Detergente Ácido
19,87
(FDA)
Extrato Etéreo (Gorduras) 2,90
Fonte: Laboratório de Bromatologia e Nutrição Animal Unipampa (2022)

Podemos observar nos resultados apresentados na Tabela 1 que os resíduos de arroz


apresentaram 97% de Matéria Seca, o que é de extrema importância para alimentação animal,
visto que nela é que estão contidos os nutrientes (carboidratos, proteínas, gorduras, minerais e

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vitaminas). Quanto aos valores de FDN (fibra digestível em detergente neutro) e FDA (fibra
digestível em detergente ácido) os valores foram de respectivamente 37,90% e 19,87%,
sendo superiores aos valores obtidos por Gasparini (2014), na análise de FAI, que obteve
respectivamente 18,72% e 8,77%, estes são parâmetros importantes, uma vez que FDN e
FDA contribuem para o fornecimento de energia e na manutenção do sistema digestório dos
bovinos, devido ao estímulo da ruminação e salivação e posterior regulação do ambiente
ruminal.
Tabela 2: Amostra Resíduos de Soja
Análise Valores (%)
Umidade 16,49
Matéria Seca 98,33
Matéria Mineral (cinzas) 10,95
Matéria orgânica 89,05
Proteína Bruta 16,98
Fibra em Detergente Neutro
40,75
(FDN)
Fibra em Detergente Ácido
17,53
(FDA)
Extrato Etéreo (Gorduras) 5,15
Fonte: Laboratório de Bromatologia e Nutrição Animal Unipampa (2022)

Como apresentado na Tabela 2 o resíduo de soja possui Proteína Bruta de 16,98%,


superior ao apresentado pelo milho, 9,05% (JESUS, 2020), observa-se um perfil de
aminoácidos adequado para suprir as necessidades proteicas de uma dieta de qualidade.

Tabela 3: Amostra Mistura Resíduos de Arroz e Soja


Análise Valores (%)
Umidade 12,09
Matéria Seca 98,48
Matéria Mineral (cinzas) 8,60
Matéria orgânica 91,40
Proteína Bruta 14,87
Fibra em Detergente Neutro
32,96
(FDN)
Fibra em Detergente Ácido
16,28
(FDA)
Extrato Etéreo (Gorduras) 6,97

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Fonte: Laboratório de Bromatologia e Nutrição Animal Unipampa (2022)

Os resultados obtidos da análise da mistura dos resíduos de Arroz e Soja nos apresenta
uma menor quantidade de umidade, e, consequentemente uma maior proporção de Matéria
Seca, o que resulta em maiores quantidades de nutrientes disponíveis para a alimentação
animal.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presente pesquisa objetivou avaliar o valor nutricional dos resíduos sólidos oriundos
da cultura do arroz e da soja cultivados no município de Dom Pedrito para a complementação
da alimentação bovina. Este estudo teve como objetivo verificar o valor nutricional dos
subprodutos (resíduos) agroindustriais; efetuar a interpretação dos dados obtidos através da
análise bromatológica; demonstrar diferentes possibilidades de uso dos subprodutos (resíduos)
das agroindústrias do município de Dom Pedrito/RS.
O resultados obtidos através das análises bromatológicas realizadas nas amostras de
resíduos sólidos de arroz e soja pelo laboratório de Bromatologia e Nutrição Animal da
Unipampa - campus Dom Pedrito/RS e apresentado nas Tabelas 1, 2 e 3 acima descritas vem
corroborar plenamente com o objetivo desta pesquisa, uma vez que as principais elementos
nutricionais como proteína bruta (PB), fibra detergente neutra (FDN) e extrato etéreo (EE,
gorduras) apresentam índices satisfatórios e compatíveis com aqueles que se busca fornecer
em uma boa dieta alimentar aos animais; principalmente no caso da proteína bruta, os valores
encontrados nas amostras aproximam-se ou assemelham-se aos teores disponibilizados em
algumas das rações formuladas encontradas no mercado.
Desta forma os resultados obtidos nos levam a concluir que se levando em
consideração o aspecto nutricional se torna possível a utilização dos resíduos sólidos dos
sistemas de limpeza e pré-limpeza das agroindústrias das culturas de arroz e soja na
suplementação alimentar de bovinos, o que vem a auxiliar os produtores principalmente em
função dos altos custos de produção do cenário atual, bem como durante o período de
estiagem, que é uma das principais preocupações dos produtores, que precisam se adequar à
estação para não sofrerem prejuízo.

5.1 Limitações e Sugestões de Pesquisa

Uma das limitações desta pesquisa é o fato de contarmos com a participação de apenas
duas empresas agroindustriais no fornecimento de material (resíduos sólidos) para análise,
uma vez que, pelo município de Dom Pedrito se apresentar como um dos maiores produtores
de arroz do Brasil, e apresentar nos últimos anos um notável crescimento da área plantada e
da produtividade da cultura da soja, faz com que o município seja contemplado com um
grande número de agroindústrias destinadas ao recebimento e beneficiamento tanto da cultura
do arroz quanto da soja.
Podemos elencar também como um fator limitante desta pesquisa o fato de que a
mesma foi realizada em um período pelo qual todo o estado do Rio Grande do Sul, e não
diferentemente, a região da campanha gaúcha enfrentou forte estiagem, com um longo

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período de chuvas abaixo das médias históricas, fato este que influenciou diretamente nos
índices de produtividade e qualidade dos produtos agrícolas e consequentemente nos
subprodutos (resíduos) gerados pelos processos de industrialização dos mesmos, o que pode
ter influenciado os resultados das amostras.
Como sugestão de pesquisa recomenda-se outros trabalhos similares com a adição de
levantamento dos custos e do montante (quantidade) de subprodutos (resíduos sólidos) que
pode ser disponibilizado pelas agroindústrias do município de Dom Pedrito/RS por fim os
dados aqui apresentados limitam-se a amostra coletada pesquisas similares em outras regiões
podem ocasionar diferentes resultados, sugerindo assim a investigação em outros locais e
culturas.

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