2º Freq Mateus Murta
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2º Freq Mateus Murta
• O objetivo desta Norma é prescrever o tratamento contabilístico dos ativos fixos tangíveis.
Uma entidade deve aplicar esta Norma na contabilização de ativos fixos tangíveis, exceto
quando tiver sido adotado um tratamento contabilístico diferente, de acordo com uma
outra NCP. Esta Norma aplica-se a ativos fixos tangíveis (quer de domínio público, quer de
domínio privado), incluindo:
- Equipamento militar;
- Infraestruturas;
- Bens do património histórico; e
- Ativos de contratos de concessão após reconhecimento.
• A presente Norma exige que uma entidade reconheça os bens relativos ao património
histórico tangível, desde que satisfaçam a definição e os critérios de reconhecimento de
ativos fixos tangíveis. No caso de não ser possível reconhecer tais ativos, a entidade deve,
no mínimo, fazer a sua divulgação em notas às demonstrações financeiras. Os patrimônios
históricos tangíveis tem como características:
- É improvável que o seu valor em termos culturais, ambientais, educacionais e históricos
seja inteiramente refletido num valor financeiro unicamente baseado num preço de
mercado;
- Obrigações legais e ou estatutárias podem impor proibições ou restrições severas à sua
alienação por venda;
- São geralmente insubstituíveis e o seu valor pode aumentar ao longo do tempo, mesmo
se a sua condição física se deteriorar; e
- Pode ser difícil estimar as suas vidas úteis, que em alguns casos podem ser de várias
centenas de anos.
• As entidades que reconheçam ativos do património histórico devem também divulgar a
respeito desses ativos, por exemplo a base de mensuração usada, a quantia escriturada
bruta, entre outros.
• Definições:
- Ativos fixos tangíveis são bens com substância física que: (a) São detidos para uso na
produção ou fornecimento de bens ou serviços, para aluguer a terceiros, ou para fins
administrativos; e (b) Se espera sejam usados durante mais de um período de relato.
- Classe de ativos fixos tangíveis significa um grupo de ativos com idêntica natureza ou
função similar nas operações da entidade;
- Depreciação é a imputação sistemática da quantia depreciável de um ativo durante a sua
vida útil;
- Uma perda por imparidade é a quantia pela qual a quantia escriturada de um ativo excede
a sua quantia recuperável;
- Quantia escriturada de um ativo fixo tangível é a quantia pela qual esse ativo é reconhecido
depois de deduzir qualquer depreciação acumulada e perdas por imparidade acumuladas;
- Quantia recuperável é a maior quantia entre o justo valor de um ativo gerador de caixa
menos os custos de vender e o seu valor de uso;
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- Vida útil é o período de tempo durante o qual se espera que um ativo seja usado por uma
entidade.
• Reconhecimento: O custo de um bem do ativo fixo tangível deve ser reconhecido como
ativo se, e apenas se:
- For provável que fluirão para a entidade benefícios económicos futuros ou potencial de
serviço associados ao bem; e
- O custo ou o justo valor do bem puder ser mensurado com fiabilidade.
• As peças sobressalentes e equipamentos de serviço são geralmente registados como
inventários e reconhecidos nos resultados quando consumidos. Porém, as grandes peças
sobressalentes e equipamentos de substituição contabilizam-se como ativos fixos tangíveis
quando uma entidade espera usá-los durante mais de um período.
• Alguns ativos são geralmente descritos como infraestruturas. Incluem-se entre os exemplos
de infraestruturas as redes de estradas, os sistemas de esgotos, os sistemas de
abastecimento de água e energia e as redes de telecomunicações. São características destes
ativos:
- Fazem parte de um sistema ou rede;
- São de natureza especializada e não têm usos alternativos;
- São inamovíveis; e
- Podem estar sujeitos a restrições na alienação.
• Uma entidade deve reconhecer os custos da assistência técnica corrente de um bem nos
resultados, logo que suportados. Além disso, uma entidade deve reconhecer na quantia
escriturada de um bem do ativo fixo tangível o custo da parte que substitui tal bem quando
suportado, se estiverem satisfeitos os critérios de reconhecimento.
• Mensuração inicial: Um bem do ativo fixo tangível que satisfaça as condições de
reconhecimento como um ativo deve ser inicialmente mensurado pelo seu custo. O custo
de um bem do ativo fixo tangível compreende:
- O seu preço de compra;
- Quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local;
- A estimativa inicial dos custos de desmantelamento e de remoção do bem e da restauração
do local em que está localizado;
• Mensuração subsequente:
- Modelo do custo: após reconhecimento como ativo, um bem do ativo fixo tangível deve
ser registado pelo seu custo, menos qualquer depreciação acumulada e quaisquer perdas
por imparidade acumuladas, devendo aplicar-se essa política a uma classe inteira de ativos
fixos tangíveis.
- Modelo da revalorização: em algumas circunstâncias os ativos fixos tangíveis podem ser
objeto de revalorização de acordo com critérios e parâmetros a definir em dispositivo legal
adequado. Se um bem do ativo fixo tangível for revalorizado, qualquer depreciação
acumulada à data da revalorização deve ser ou eliminada contra a quantia escriturada bruta
do ativo, ou reexpressa proporcionalmente à alteração na quantia bruta registada do ativo.
Se a quantia escriturada de um ativo fixo tangível for aumentada em consequência de uma
revalorização, o aumento deve ser creditado diretamente no património líquido como
excedentes de revalorização. Por outro lado, se a quantia escriturada de um ativo fixo
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• Definições:
- Propriedade de investimento é um terreno ou um edifício, ou parte de um edifício, ou
ambos, detidos para obtenção de rendas ou para valorização do capital, ou ambos, e que
não seja para usar na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para fins
administrativos, ou para vender no decurso normal das operações.
• Reconhecimento: uma propriedade de investimento deve ser reconhecida como um ativo
quando, e apenas quando:
- For provável que fluirão para a entidade benefícios económicos futuros ou potencial de
serviço associados à propriedade de investimento; e
- O custo ou o justo valor da propriedade de investimento puder ser mensurado com
fiabilidade.
• Mensuração inicial: quando uma propriedade de investimento for adquirida numa
transação com contraprestação, a mensuração é ao custo. Por sua vez, quando a
propriedade de investimento for adquirida numa transação sem contraprestação, a
mensuração é feita com o custo sendo o justo valor à data de aquisição.
• Mensuração subsequente: uma entidade deve escolher como sua política contabilística ou
o modelo do justo valor ou o modelo do custo, devendo aplicar essa política a todas as suas
propriedades de investimento.
- Modelo do justo valor: após o reconhecimento inicial, uma entidade que opte por utilizar
o modelo do justo valor deve mensurar todas as suas propriedades de investimento ao justo
valor, exceto se for incapaz de o mensurar com fiabilidade.
Nota: O justo valor das propriedades de investimento é o preço pelo qual tais propriedades
podem ser trocadas numa transação entre partes conhecedoras, dispostas a negociar e sem
relacionamento entre si.
Nota: O justo valor deve refletir as condições de mercado à data de relato, dado que o justo
valor é específico numa determinada data, pois as condições de mercado podem variar.
- Modelo do custo: após o reconhecimento inicial, uma entidade que escolha o modelo do
custo deve mensurar todas as suas propriedades de investimento ao custo menos
depreciação acumulada e perdas por imparidade acumuladas.
• Transferências: As transferências para, ou de, propriedades de investimento devem ser
feitas quando, e apenas quando, existir uma alteração no uso, evidenciada por:
- Começo da ocupação pelo titular— no caso de uma transferência de propriedade de
investimento para propriedade ocupada pelo titular;
- Começo do desenvolvimento com o objetivo de venda— no caso de uma transferência de
propriedade de investimento para inventários;
- Fim da ocupação pelo titular— no caso de uma transferência de propriedade ocupada pelo
titular para propriedade de investimento; ou
- Começo de uma locação operacional (numa base comercial) —no caso de uma
transferência de inventários para propriedade de investimento.
Nota: Quando uma entidade usar o modelo do custo, as transferências entre propriedades
de investimento, propriedade ocupada pelo titular e inventários não alteram a quantia
escriturada da propriedade transferida e não alteram o custo da propriedade para efeitos
de mensuração ou divulgação.
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financeiras são autorizadas para emissão. Podem ser identificados dois tipos de
acontecimentos:
> Os que proporcionam evidência de condições que existiam à data de relato
(acontecimentos após a data de relato que dão lugar a ajustamentos); e
> Os que são indicativos de condições que surgiram após a data de relato
(acontecimentos após a data de relato que não dão lugar a ajustamentos).
• Reconhecimento e mensuração: No período entre a data de relato e a data de autorização
para emissão, os representantes governamentais podem anunciar intenções do Governo
em relação a determinadas matérias. Na maioria dos casos, o anúncio de intenções
governamentais não conduz ao reconhecimento de acontecimentos que dão lugar a
ajustamentos. Uma entidade deve ajustar as quantias reconhecidas nas suas
demonstrações financeiras para refletir os acontecimentos após a data de relato que dão
lugar a ajustamentos.
São exemplos de acontecimentos após a data de relato que dão lugar a ajustamentos:
- A resolução após a data de relato de uma ação judicial que confirma que a
entidade tinha uma obrigação presente à data de relato;
- A obtenção de informação após a data de relato indicando que um ativo estava
em imparidade à data de relato;
- A descoberta de fraudes ou erros que mostrem que as demonstrações financeiras
estavam incorretas.
São exemplos de acontecimentos após a data de relato que não dão lugar a ajustamentos:
- Quando uma entidade tenha adotado uma política de revalorizar regularmente
propriedades para o justo valor, e ocorrer um declínio no justo valor das
propriedades entre a data de relato e a data em que as demonstrações financeiras
foram autorizadas para emissão;
- Quando uma entidade que tenha a seu cargo determinados programas de apoio
à comunidade decide, após a data de relato mas antes das demonstrações
financeiras serem autorizadas, proporcionar benefícios adicionais direta ou
indiretamente aos beneficiários desses programas.
• Dividendos ou distribuições similares: Se uma entidade declarar dividendos ou distribuições
similares após a data de relato, não deve reconhecer essas distribuições como um passivo
na data de relato.
• Continuidade: A avaliação sobre se o pressuposto da continuidade é apropriado deve ser
considerada por cada entidade. Porém, a avaliação da continuidade é provavelmente de
maior relevância para as entidades individuais do que para o governo nos seus diversos
níveis.
# NCP 6 – Locações
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• Esta Norma trata dos procedimentos que uma entidade deve seguir para determinar se um
ativo está em imparidade, como fazer testes de imparidade e como reconhecer uma perda
por imparidade e uma reversão de uma perda por imparidade. A NCP 9 trata especialmente
da imparidade relativa a ativos fixos tangíveis e ativos intangíveis mensurados ao custo.
• Os benefícios económicos ou potencial de serviço proporcionados por um ativo vão
reduzindo sistematicamente em função do seu uso estimado. Essa redução é reconhecida
através das depreciações e amortizações. Qualquer outra perda adicional desses benefícios
económicos ou potencial de serviço é uma perda por imparidade.
• Uma perda por imparidade resulta da diferença entre a quantia escriturada do ativo e a sua
quantia recuperável. Para uma entidade determinar se um ativo está em imparidade utiliza
um conjunto de indicadores ou indícios na base dos quais faz os testes necessários para
concluir se de facto existe ou não uma perda do valor do ativo. Se houver, deve reconhecer
essa perda.
• Os ativos de uma entidade são geralmente detidos para gerar um retorno económico
resultante do seu uso ou venda, isto é, para gerar influxos de caixa. No setor público, há
entidades que detêm ativos para gerar um retorno económico (por exemplo, uma entidade
de produção e venda de água cujos ativos geram influxos de caixa através da faturação aos
utentes), e há entidades – a sua maioria – que detêm ativos principalmente para prestarem
um serviço, isto é, a sua detenção e uso não têm como finalidade principal gerar um retorno
económico.
• Indicadores de imparidade:
- Para avaliar se um ativo não gerador de caixa pode estar em imparidade, uma entidade
pode usar fontes externas e fontes internas de informação. Relativamente às fontes
externas de informação a Norma dá como exemplos: cessação, ou cessação eminente, da
procura ou da necessidade dos serviços proporcionados pelo ativo. Neste caso o ativo ainda
mantém o mesmo potencial de serviço, mas a procura por esse serviço terminou ou está a
terminar.
- Alterações significativas de longo prazo com um efeito adverso na entidade quanto ao
ambiente tecnológico em que opera. Neste caso a utilidade de serviço de um ativo pode ser
reduzido se a tecnologia avançou para produtos alternativos que proporcionam serviços
melhores e mais eficientes.
- Relativamente às fontes internas de informação a Norma dá como exemplos: evidência de
danos físicos no ativo; os danos físicos têm como provável consequência o facto de o ativo
já não ser capaz de proporcionar o mesmo nível de serviço que proporcionava antes; e
alterações significativas de longo prazo com efeitos adversos na entidade, na extensão em
que um ativo é usado ou se espera que seja usado. Neste caso o ativo ainda mantém o
mesmo potencial de serviço mas alterações de longo prazo têm efeitos adversos na
extensão em que o ativo é usado.
- Decisão para suspender a construção do ativo antes de estar concluído ou em condições
de ser utilizado. Um ativo que não será concluído não pode proporcionar o serviço
pretendido.
- Evidência através de relatórios internos que indicam que o desempenho de serviço de um
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ativo está a ser, ou será, significativamente pior do que esperado. Os relatórios internos
podem indicar que um ativo não está a ter o desempenho esperado ou o seu desempenho
está a deteriorar-se com o passar do tempo.
• A perda por imparidade de um ativo não gerador de caixa é a diferença entre a quantia
escriturada e a quantia recuperável de serviço desse ativo.
• Por sua a vez, a quantia recuperável de serviço é a maior quantia entre o justo valor menos
os custos de vender e o seu valor de uso.
• O valor de uso de um ativo não gerador de caixa é o valor presente do potencial de serviço
remanescente do ativo e é determinado utilizando qualquer dos seguintes métodos ou
abordagens:
- Abordagem pelo custo de reposição depreciado: o valor presente do potencial de serviço
remanescente do ativo é o custo de substituição depreciado do ativo. O custo de
substituição depreciado é o custo de reprodução ou de substituição do ativo (dos dois o
mais baixo), deduzido da depreciação acumulada calculada na base desse custo para refletir
o potencial de serviço já consumido.
- Abordagem pelo custo de restauro – o valor presente do potencial de serviço
remanescente do ativo é o custo estimado de restauro deduzido do custo de substituição
depreciado do ativo antes da imparidade. O custo de restauro é o custo de restaurar o
potencial de serviço do ativo para o seu nível antes da imparidade.
- Abordagem pelas unidades de serviço – o valor presente do potencial de serviço
remanescente do ativo é o custo corrente do potencial de serviço do ativo reduzido para
estar conforme a quantidade de unidades de serviço esperadas no estado de imparidade.
• Uma reversão de uma perda por imparidade reflete o aumento na quantia recuperável de
serviço estimado de um ativo desde a data em que uma entidade reconheceu pela última
vez uma perda por imparidade relativa a esse ativo. As alterações nas estimativas que
causaram o aumento na quantia recuperável de serviço devem ser identificadas e
divulgadas.
• Grande parte dos ativos detidos pelo setor público são ativos não geradores de caixa.
Porém, há entidades que detêm ativos geradores de caixa e, também pode haver entidades
que detêm ativos que são simultaneamente geradores de caixa e não geradores de caixa.
Os princípios gerais para a determinação da perda por imparidade de um ativo gerador de
caixa são idênticos aos de um ativo não gerador de caixa. Para efeitos de mensuração da
quantia recuperável, porém, existem diferenças. Desde logo porque a quantia recuperável
do ativo é determinada para o ativo que gera fluxos de caixa independentes. Porém, nem
sempre um ativo gera fluxos de caixa independentes por estar integrado num conjunto de
ativos e, nestes casos, é necessário definir qual o mais pequeno grupo de ativos onde se
integra esse ativo que gera fluxos de caixa independentes. A esse grupo chama-se Unidade
Geradora de Caixa (UGC).
• Apenas quando a quantia recuperável de um ativo for inferior à sua quantia escriturada é
que esta deve ser reduzida para a quantia recuperável. Essa redução é uma perda por
imparidade. Uma perda por imparidade deve ser reconhecida imediatamente nos
resultados.
• Uma entidade deve avaliar em cada data de relato se existe qualquer indício de que uma
perda por imparidade reconhecida em períodos anteriores relativamente a um ativo possa
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ter diminuído ou deixado de existir. Se tal indício existir, a entidade deve estimar a quantia
recuperável desse ativo. Um aumento da quantia escriturada de um ativo atribuível a uma
reversão de uma perda por imparidade não deve exceder a quantia escriturada que teria
sido determinada (líquida de amortização ou depreciação) se nenhuma perda por
imparidade tivesse sido reconhecida no ativo em períodos anteriores.
• Uma reversão de uma perda por imparidade de uma unidade geradora de caixa deve ser
imputada aos ativos da unidade numa base pro rata em relação às quantias registadas
desses ativos.
• Os benefícios dos empregados para efeitos desta Norma são todas as formas de retribuição
que uma entidade faz aos seus empregados como contrapartida dos serviços que estes lhe
prestam durante um determinado período de tempo. O termo “empregados” abrange:
- Todos as pessoas com vínculo laboral independentemente da função que exerçam
(incluindo, assim, os que exercem cargos dirigentes e de gestão), e do tempo em que o
exercem (que pode ser tempo integral, parcial, permanente, temporário ou eventual);
- Todas as pessoas com direito a usufruir desses benefícios para além dos empregados
propriamente ditos como, por exemplo, cônjuges, filhos e outros dependentes.
• Esta norma classifica os empregados em quatro categorias:
- Benefícios de curto prazo;
- Benefícios pós-emprego;
- Outros benefícios de longo prazo; e
- Benefícios pela cessação de emprego.
• Benefícios à curto prazo: Estes benefícios incluem benefícios em dinheiro tais como
ordenados e salários (incluindo férias e subsídio de férias), baixas médicas e gratificações
de desempenho, e benefícios em espécie tais como cuidados médicos, alojamento,
automóvel e telemóvel. Além disso, estes benefícios são liquidados de imediato após a
prestação do serviço ou no prazo de um ano após a data de relato. Assim, o reconhecimento
destas responsabilidades da entidade é relativamente simples pois o seu apuramento é
linear e é feito por quantias nominais.
• Benefícios pós-emprego: Estes benefícios incluem, por exemplo, pensões, seguros de vida
pós-emprego e cuidados médicos pós-emprego. As responsabilidades que derivam destes
benefícios estão geralmente associadas a acordos entre a entidade e o empregado que
podem revestir a forma de um plano de contribuição definida ou de um plano de benefícios
definidos.
• Características dos benefícios pós-emprego:
1) Contribuição definida: A obrigação da entidade é limitada à quantia que acordou
contribuir. A quantia dos benefícios a receber pelo empregado é a quantia das
contribuições pagas pela entidade (e pelo empregado quando aplicável). Neste caso, o
risco atuarial e de investimento são assumidos pelo empregado. As responsabilidades
relativas a um plano de contribuição definida são reconhecidas pela entidade como um
gasto e um passivo no período em que o empregado prestou os serviços e são
mensuradas pela quantia da contribuição acordada pagar. Um plano de contribuição
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definida tem geralmente um fundo (entidade independente) com ativos afetos a partir
dos quais se pagarão os benefícios. Tais pagamentos dependem da situação financeira
e do desempenho do fundo e da vontade de a entidade cobrir eventuais défices.
2) Benefício definido: A obrigação da entidade é a de proporcionar os benefícios
acordados aos atuais e ex-empregados não dependendo, assim, das contribuições
efetuadas. Neste caso, o risco atuarial e de investimento são assumidos pela entidade.
Num plano de benefícios definidos a responsabilidade da entidade é a de proporcionar
os benefícios que acordou e não depende das contribuições efetuadas. A contabilização
deste tipo de plano é mais complexa, devendo ter em alguns elementos (entre vários
outros):
➢ Os benefícios atribuídos aos empregados pela prestação do serviço, no período
corrente e em períodos anteriores, tendo em conta variáveis demográficas, tais
como a taxa de mortalidade, a taxa de rotação dos empregados, a taxa de
invalidez ou incapacidade permanente e o número de dependentes dos
benefícios, e variáveis financeiras;
➢ O valor presente da obrigação e o descontando a quantia dos benefícios custo
dos serviços correntes e passados, usando um método específico: Método da
Unidade de Crédito Projetada;
➢ O justo valor e o retorno dos ativos do plano;
➢ Os ganhos e perdas atuariais; etc.
- A contabilização por uma entidade de planos de benefícios definidos envolve os seguintes
passos:
a) Determinar o défice ou o excedente;
b) Determinar a quantia do passivo (ativo) líquido de benefícios definidos;
c) Determinar as quantias a reconhecer nos resultados;
d) Determinar a remensuração do passivo (ativo) líquido de benefícios definidos.
b) O custo dos serviços correntes e o custo dos serviços passados devem ser reconhecidos
nos resultados do período;
c) O retorno dos ativos do plano e os ganhos e perdas atuariais, que são consideradas
remensurações do passivo (ativo) líquido de benefícios definidos, devem ser reconhecidos
no património líquido.
- O Método da Unidade de Crédito Projetada vê cada período de serviço como dando origem
a uma unidade adicional de direito ao benefício e mensura cada unidade separadamente
para construir a obrigação final.
• Outros Benefícios a Longo Prazo: Os outros benefícios de longo prazo incluem licenças
sabáticas e outras ausências de longo prazo remuneradas, benefícios por jubilação e
benefícios por incapacidade de longo prazo. Incluem também gratificações de desempenho
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se tais obrigações forem pagas para além de um ano após a data de relato. Este tipo de
benefícios de longo prazo não têm o mesmo grau de incerteza dos benefícios pós-emprego,
pelo que a mensuração das obrigações deles decorrentes são mais fáceis de calcular dada a
sua natureza. Quanto ao reconhecimento, porém, e dada a menor incerteza dos benefícios,
as remensurações do passivo (ativo) líquido de benefícios são todos reconhecidos nos
resultados e não no património líquido.
• Benefícios de cessação pós-emprego:
- Uma entidade tem uma obrigação relativa a benefícios de cessação de emprego e deve
reconhecer e mensurar o correspondente passivo e gasto quando:
➢ Faz uma oferta a um ou vários empregados para cessar o emprego antes da
data normal da reforma e já não a pode retirar;
➢ Faz uma reestruturação das suas atividades.
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