9 - Família de Circuitos Lógicos - TTL, CMOS
9 - Família de Circuitos Lógicos - TTL, CMOS
9 - Família de Circuitos Lógicos - TTL, CMOS
Edição - 2020
Índice
FAMÍLIA DE CIRCUITOS LÓGICOS: TTL, CMOS
Introdução...........................................................................................................................2
Família TTL........................................................................................................................5
FAMÍLIA DE CIRCUITOS LÓGICOS: TTL, CMOS
Família CMOS....................................................................................................................4
Referencial..........................................................................................................................15
Anotações...........................................................................................................................17
b)
S=A ‟BD+B ‟C ‟D+A ‟D+ABCD+A ‟BC ‟+AB ‟D+A ‟C ‟D ‟
c)
A ‟B AB AB A ‟B
C ‟D 1 0 0 X
CD 0 0 X 0
CD 1 1 X 1
C ‟D 1 0 0 1
d)
S=B ‟CD ‟E+AB ‟DE ‟+A ‟BCD ‟E+BD ‟E+AB ‟CE+AB ‟CD ‟E ‟+A ‟B ‟DE ‟+BC ‟DE
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saída Vs igual a 5 V), fazendo exatamente a função de uma porta NOT.
Outras funções também podem ser obtidas com transistores, afinal, este é o componente base para a
construção das portas lógicas. Observe as próximas figuras e veja um exemplo de porta NAND e NOR.
FAMÍLIA DE CIRCUITOS LÓGICOS: TTL, CMOS
Melhorando o desempenho
No entanto, usar transistores em circuitos que correspondam a cada função de uma maneira não
padronizada pode trazer algumas dificuldades.
Nos primeiros tempos da eletrônica digital, cada função era montada com seus transistores, diodos
e resistores na sua placa para depois serem todas interligadas. Este procedimento revelou ser
inconveniente por criar uma grande complexidade nos circuitos quando envolvia realizar muitas
funções.
Desta forma surgiu a necessidade de padronizar o modo de funcionamento de cada circuito ou função.
Percebeu-se então que seria muito interessante que todos os circuitos operassem com a mesma
tensão de alimentação e fornecessem sinais que os outros pudessem reconhecer e, ao mesmo tempo,
reconhecessem os sinais gerados pelos outros.
O desenvolvimento da tecnologia dos circuitos integrados possibilitou a colocação de diversos
componentes já interligados em um único encapsulamento. Foi criada uma série de circuitos
integrados que continham numa única pastilha as funções lógicas digitais mais usadas e
construída de tal maneira que todas eram compatíveis entre si, isto é, operavam com as mesmas
tensões e com os mesmos sinais.
Surgiram desta forma as Famílias Lógicas, a partir das quais os projetistas tiveram facilidade em
encontrar todos os blocos para montar seus equipamentos digitais. Logo, precisando montar um
circuito que use uma portas AND, portas NOR e NOT o projetista tem à sua disposição componentes
compatíveis entre si contendo estas funções e de tal forma que podem ser interligados das
maneiras desejadas.
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FAMÍLIA DE CIRCUITOS LÓGICOS: TTL, CMOS
F1g. A4 - Blocos compatíveis contendo Funções Lógicas
O sucesso do advento dessas famílias foi enorme, pois além do menor tamanho dos circuitos e menor
consumo de energia, havia ainda a vantagem do menor custo e obtenção e de maior velocidade de
operação e confiabilidade.
Diversas famílias foram criadas desde o surgimento dos circuitos integrados, recebendo uma
denominação conforme a tecnologia empregada. As principais famílias lógicas desenvolvidas foram:
• RTL: Resistor Transistor Logic
• RCTL: Resistor Capacitor Transistor Logic
• DTL: Diode Transistor Logic
• TTL: Transistor Transistor Logic
• CMOS: Complementary Metal Oxide Semiconductor
• ECL: Emitter Coupled Logic
Há centenas de circuitos integrados disponíveis no mercado para a realização de projetos.
A maioria dos que vamos usar está em invólucros do tipo DIL (dual in line) ou DIP (dual in line plastic)
de 14, 16 ou 18 pinos, conforme mostra a fig. A5:
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As funções mais simples das portas disponíveis numa certa quantidade em cada integrado usam
circuitos integrados de poucos pinos.
No entanto, à medida que novas tecnologias foram sendo desenvolvidas permitindo a integração de
uma grande quantidade de componentes, surgiu a possibilidade de colocar num integrado não apenas
umas poucas portas e funções adicionais (flip-flops, decodificadores etc.), mas também interligá-los de
diversas formas e utilizá-los em aplicações especiais.
Serão analisadas neste anexo as famílias lógicas do tipo TTL e CMOS, que são as mais empregadas em
uma grande quantidade de equipamentos digitais, computadores e periféricos.
Família TTL
A família TTL foi originalmente desenvolvida pela no fato de que utiliza tensão de alimentação de 5 V.
Texas Instruments. Porém, hoje muitos fabricantes
Assim, para os componentes desta família o nível
FAMÍLIA DE CIRCUITOS LÓGICOS: TTL, CMOS
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Corrente de Saída
Quando a saída de um circuito TTL vai a nível baixo (0), a porta lógica consome uma corrente da ordem
de 16mA, Por outro lado, quando a saída de uma função TTL está no nível alto (1), ela pode fornecer
uma corrente máxima de 400uA.
Podemos obter uma capacidade maior de corrente na saída de uma porta TTL quando ela é levada ao
nível 0 (baixo) do que ao nível 1 (alto). Isto justifica o fato de que em muitas funções indicadoras em
que ligamos um LED na saída fazemos com que ele seja aceso quando a saída vai ao nível 0 (portanto,
com capacidade de fornecer mais corrente) e não ao nível 1, como mostra a fig. A121.
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Para os componentes de uma mesma família TTL (por configuração típica de uma porta vista na fig. Al
exemplo, Standard) o fan out pode ter valor de 10. 5, veremos que se for estabelecida uma transição
muito rápida da tensão de entrada, a tensão de
Por outro lado, também pode ocorrer que na
saída não subirá com a mesma velocidade. Este
entrada de uma função lógica TTL seja preciso
sinal terá antes de carregar as capacitâncias
ligar mais de uma saída TTL. Considerando
parasitas existentes de modo que a tensão de
novamente que circulam correntes nestas
entrada suba gradualmente, demorando um
ligações e que os circuitos tem capacidades
determinado tempo que deve ser considerado.
limitadas de condução, é preciso saber qual a
quantidade de ligações que podem ser feitas.
Desta forma, o FAN IN indica a quantidade
máxima de saídas que podem ser ligadas a uma
entrada, conforme mostra a próxima figura:
FAMÍLIA DE CIRCUITOS LÓGICOS: TTL, CMOS
Velocidade
Os circuitos eletrônicos possuem uma velocidade
limitada de operação que depende de diversos
fatores. No caso específico dos circuitos TTL,
temos de considerar a própria configuração
das portas que apresentam indutâncias e
capacitâncias parasitas que influem na sua
velocidade de operação. Levando em conta a
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FAMÍLIA DE CIRCUITOS LÓGICOS: TTL, CMOS
Estes dois tempos são mostrados na figura 16 e são muito importantes nas especificações dos circuitos
TTL, principalmente quando trabalham com dispositivos muito rápidos.
Basicamente, se dois sinais devem chegar ao mesmo tempo a certo ponto do circuito e tal sinal não
aconteceu, isto se deve ao fato de um sinal se retarda mais que o outro ao passar por determinadas
funções, o que pode gerar interpretações erradas do próprio circuito, que funcionará de modo anormal.
Dissipação de Potência
Um ponto importante no projeto de circuitos digitais é a potência consumida e, portanto, dissipada
na forma de calor. Quando usamos uma grande quantidade de funções, esta característica se torna
importante tanto para o dimensionamento da fonte como para o próprio projeto da placa e do aparelho
que deve ter meios de dissipar o calor gerado.
Convém notar que quando aumenta à velocidade, o consumo também aumenta. O projetista deve ser
cuidadoso na escolha dos modelos e famílias de integrados para que uma as duas características,
velocidade e consumo de potência, na medida certa do projeto proposto, inclusive o custo.
Circuitos de Saída
Open Colector
Para elaborar circuitos em que as saídas sejam interligadas utiliza-se a configuração Open Collector,
conforme mostra a fig. A18:
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FAMÍLIA DE CIRCUITOS LÓGICOS: TTL, CMOS
Os circuitos integrados TTL que possuem esta configuração são indicados como "open collector” e
quando são usados exigem a ligação de um resistor externo denominado "pull up”, normalmente igual
ou maior que 2200 Ohm.
Como o nome em inglês diz, o transistor interno (Q3 na fig. A18) está com o coletor aberto (open
collector) e para funcionar precisa de um resistor de polarização. A vantagem desta configuração está
na possibilidade de interligarmos portas diferentes num mesmo ponto, como mostra a figura A19:
A desvantagem está na redução da velocidade de operação do circuito que se torna mais lento com a
presença do resistor, pois ele tem uma cena impedância que afeta o desempenho do circuito.
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Tri-State
“Tri-state” significa terceiro estado e é uma configuração que também pode ser encontrada em alguns
circuitos integrados TTL, principalmente os utilizados em informática.
Na fig. A20 temos o circuito típico de uma porta NAND tri-state que vai servir como exemplo:
Quando um circuito envia seus sinais para a porta, o outro deve ficar em espera. Ora, se o circuito que
está em espera ficar no nível 0 ou no nível 1, estes níveis serão interpretados pela porta seguinte como
informação e isso não deve ocorrer.
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O que deve ocorrer é que quando uma porta estiver Podemos concluir que a função tri-state
enviando seus sinais, a outra porta deve estar apresenta três estados possíveis na sua saída:
numa situação em que na sua saída não tenhamos
Nível Lógico 0
nem 0 e nem 1, ou seja, ela deve ficar num estado
Nível Lógico 1
de circuito desligado, circuito aberto ou terceiro
Alta Impedância
estado (como se não existisse). Isso é conseguido
através de uma entrada de controle denominada As funções tri-state são muito usadas nos
“habilitação” (enable), abreviada para EN. circuitos de computadores, nos denominados
“data bus”, onde diversos circuitos devem
Assim, quando EN está no nível 0 (circuito da fig.
aplicar seus sinais ao mesmo ponto ou devem
A20), o transistor Q5 não conduz e nada acontece
compartilhar a mesma linha de transferência
no circuito, que funciona normalmente. No
desses dados. O circuito que está funcionando
entanto, se EN for levada ao nível 1, 0 transistor
deve estar habilitado e os que não estão
Q5 satura levando Q3 e Q4 ao corte, ou seja,
funcionando, para que suas saídas não
os dois transistores passam a se portar como
influenciem nos demais, devem ser levados
circuitos abertos, independentemente dos sinais
sempre ao terceiro estado (alta impedância).
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Família CMOS
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Conforme pode ser visto, O eletrodo de controle é a porta ou “gate” (G) onde se aplica o sinal que dever
ser amplificado ou usado para chavear o circuito. O transistor é polarizado de modo a haver uma tensão
entre a fonte ou “source” (S) e o dreno ou ”drain” (D). Fazendo uma analogia com o transistor bipolar,
podemos dizer que a porta ou “gate” do MOSFET equivale à base do transistor, enquanto o dreno ou
”drain” equivale ao coletor e a fonte ou “source” ao emissor, de acordo com a fig. A23:
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A corrente que circula entre a fonte e o dreno Especial atenção deve ser dada quando realizar
pode ser controlada pela tensão aplicada na um projeto com CMOS devido à existência de
porta (gate). Isso significa que a corrente de novas famílias que operam em sistemas de
dreno depende da tensão de porta, diferente do comunicação com tensões entre 2,2 V e 3,5
transistor bipolar em que a corrente de coletor V. Portanto, certificar-se de que as conexões
depende da corrente de base. No tipo P uma com os sistemas já existentes não necessitam
tensão positiva de porta (gate) aumenta a sua de circuitos acopladores para casamento das
condução, ou seja, faz com que sature, e no tipo tensões de fonte.
N uma tensão negativa de porta (gate) aumenta a
Sempre, em caso de dúvida, consultar as
condução, ou seja, faz com que sature. Com este
especificações técnicas do manual do fabricante
raciocínio, os transistores de efeito de campo
para verificar se algum sufixo altera as condições
MOS são típicos amplificadores de tensão.
de alimentação do componente.
Desta forma, um transistor de efeito de
campo apresenta uma impedância de entrada Corrente de Entrada
extremamente elevada, significando que apenas
Apesar de a porta estar isolada do circuito dreno-
com a tensão pode-se controlar os dispositivos
fonte com uma resistência teoricamente infinita,
CMOS. Logo, é preciso uma potência extremamente
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para um inversor, este atraso é da ordem de A especificação de velocidade é dada tanto nos
3 ns (nanosegundos). Pode parecer pequeno, termos de frequência quanto nos termos de atraso
mas considerando que o sinal deve atravessar de sinal. Para o caso do atraso do sinal, observamos
centenas de portas para ser utilizado em algum que ele pode ser especificado para uma transição do
ponto do circuito, o atraso total pode acarretar nível alto para o nível baixo, ou vice versa.
diversos problemas de funcionamento.
Dissipação de Potência
Entretanto, a carga de um capacitor num circuito
de tempo é determinada pelo nível de tensão Os circuitos integrados CMOS consomem menos
de alimentação deste capacitor. Logo, com energia que os circuitos integrados TTL.
mais tensão a carga é mais rápida e isso nos
Para os tipos mais comuns, a corrente de
leva a uma característica muito importante dos
alimentação é normalmente da ordem de 1nA
circuitos CMOS digitais e que deve ser levada
tipicamente, com um máximo de 0,05 uA para
em conta em qualquer aplicação: com maior
alimentação de 5 V, o que corresponde a uma
tensão de alimentação os circuitos integrados
dissipação de 5 nW em média para alimentação
CMOS são mais rápidos.
de 5 V, e 10 nW para alimentação de 10 V.
Enquanto nos manuais de circuito integrados
Codificadores e decodificadores
Em eletrônica, um codificador é um circuito Para que a máquina interprete qual foi o
combinacional capaz de permitir a passagem digito decimal teclado, é necessário codificar.
apenas de uma sequência especifica. Vale a Assim entramos no nosso tema: Codificador
pena recordar que circuitos combinacionais são Decimal / Binário.
capazes de traduzir um código conhecido para
uma linguagem de máquina por exemplo. Codificador decimal / binário
Como exemplos, podemos citar os teclados que Consiste em criar um circuito combinacional que
possuem códigos conhecidos como o de nosso transforme um código decimal em código binário.
alfabeto e que são ao ser acionados, traduzidos A entrada decimal é feita por meio de chaves
para códigos de máquinas ou binários, e sendo numeradas como na figura anterior, de 0 até 9,
desta forma interpretada e agindo conforme a por exemplo, e na saída tendo uma codificação
função “teclada”. binária de 4 bit´s (sendo 4 bit´s o necessário
para representar o maior número, nove no caso).
Visualize por exemplo, um teclado de banco que
é composto apenas de números: Por montar uma tabela da verdade, é possível
montar um mapa de Karnough capaz de
7 8 9 demonstrar como deve ser nosso circuito.
4 5 6
1 2 3
0
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REFERENCIAL
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FAMÍLIA DE CIRCUITOS LÓGICOS: TTL, CMOS
Encerra aqui o trecho da apostila disponibilizado
para este estudo. Na biblioteca da instituição,
você encontrará a obra na íntegra.
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Anotações
Anotações
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