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Nome: Osvaldo Nehemias Curso: Quimica 2º ano
Bibliografia: Sílvia A. C. Martins, Ph.D. Antropologia 3, sd.
Tema: correntes sociológica Francesa
Corrente Marxista, Paradigma emergentes na antropologia (Pos-modernisto e interpretativismo) Paginas Conteúdo Observações 153--154 O estruturalismo enquanto paradigma foi desenvolvido e utilizado por Claude Lévi-Strauss, que é o seu mais famoso expositor na Antropologia. Assim, autores foram selecionados para ilustrar e fazer com que possamos ter uma compreensão dessa produção do conhecimento antropológico proveniente da França. Marxismo Antropologia Considero interessante iniciar essa temática do marxismo na Antropologia com o antropólogo brasileiro Edgard Assis (CARVALHO 1985) que no seu artigo intitulado Marxismo Antropológico e a Produção das Relações SociaisA construção de uma teoria da produção das relações sociais no ângulo do marxismo antropológico e das práticas sócio históricas de sociedades não capitalistas” Carvalho inicia seu texto chamando atenção para a dificuldade do uso dos termos como “produção” e “trabalho” em sociedades não capitalistas, uma vez que são noções que estariam mais adequadas ao sistema capitalista. A partir daí, portanto, a dificuldade desses termos serem aplicados àquelas sociedades estudadas pelos antropólogos e, consequentemente, de se ter o desenvolvimento de uma “teoria das relações sociais na modalidade não capitalistas de produção” . CARVALHO (1985) chama atenção que “valores de uso”, prática agrícola enquanto principal atividade produtiva e “a comunidade como mediação da relação homem/terra” seriam características presentes em todas as modalidades de formas précapitalistas, como no modo primitivo, asiático, germânico e romano presentes no processo histórico. Ele acrescenta que o importante é descobrir em quais condições se dá a formação da comunidade, seja “através [d]a dissolução dos laços consanguíneos, do surgimento de novas formas comunitárias e coletivas na ocupação do solo e da formação da relação entre cidade/campo “ Dentro dessa compreensão, é a partir da dissolução dessas condições (surgidas na formação da comunidade), dentro do processo histórico, que irá surgir “o trabalhador livre, não proprietário das condições objetivas, negado em sua subjetividade”. Então, é a partir da quebra dessas relações de propriedade que surge historicamente, as desigualdades, “relações de dominação e poder” . Assim, explica Carvalho (1985), passa a ser central se entender como na Antropologia essas passagens de sociedades sem classes para a de classes que necessariamente se expressa através da quebra da comunidade (necessário também a compreensão de como se constitui a comunidade) e definições sobre o que é “o igualitário, o primitivo, a alteridade. Exemplificando o funcionalismo, que Carvalho cita como “simples e incompleto, as explicações estão centradas na “constituição da comunidade e em sua integridade institucional”. Mas, no marxismo antropológico, Carvalho menciona que: ao tomar por base que a correspondência forças produtivas/relações de produção era fundamental para definir a forma comunitária, acabou por se concentrar mais nas condições de persistência e dissolução dessa modalidade histórico-social e nas contradições a ela imanentes, estas responsáveis diretas pelos movimentos, passagens, evoluções e transições que viriam a ser por ela experimentados ulteriormente. O Marxismo teve uma penetração lenta e difícil na Antropologia. Desprovido de uma teoria do símbolo... o marxismo não pode ser transporto de modo imediato para a interpretação dos resultados da investigação empírica limitada, qualitativa, multidimensional que caracteriza o trabalho antropológico... De modo geral continuou-se a fazer pesquisa como faziam os funcionalistas, mas tentando encontrar ganchos que permitissem interpretar os resultados com conceitos como modo de produção, relações de trabalho e luta de classes (DURHAN, s/d [apud CARVALHO, 1985, p. 155]). Mas, essa crítica que Durhan (s/d) faz ao marxismo na Antropologia parece não se enquadrar na produção de Godelier, uma vez que ele desenvolve explicações, como mais adiante abordaremos, que focalizam questões simbólicas, principalmente nas suas publicações mais recentes, como é o caso do Enigma do Dom (2001) onde, como observa Naveira (1999), ele analisa a lógica simbólica e questões do imaginário dissertando sobre as coisas que se dá, aquelas que se vendem e as que nem se dá nem se vende, mas são guardadas. Sobre o Paradigma Hermenêutico Nessa unidade continuaremos a abordar aspectos simbólicos da cultura, mas agoradentro de perspectivas voltadas para o paradigma hermenêutico formado na tradiçãoempirista, como (CARDOSO 1988) explica: “o paradigma hermenêutico... abreseu espaço na antropologia primeiramente por uma negação radical daquele discursocientificista exercitado pelos três outros paradigmas”. Daí, essa é uma marca quese instaura como característica da pós-modernidade na antropologia desenvolvida nosEstados Unidos, centrada em críticas, por exemplo, da “construção do texto etnográfico,passando a ser de fundamental importância contextualização da própria pesquisa etnográfica dentro de uma interlocução com os pesquisados”. ``...a reformulação de três elementos que haviam sido domesticados pelos paradigmas da ordem: a subjetividade que, liberada da coerção da objetividade, toma sua forma socializada, assumindo-se como inter- subjetividade: o indivíduo, igualmente liberado das tentações do psicologismo, toma sua forma personalizada (portanto o indivíduo socializado) e não teme assumir sua individualidade; e a história, desvencilhadas das peias naturalista que a tornavam totalmente exterior ao sujeito cognoscente, pois dela se esperava fosse objetiva, toma sua forma interiorizada e se assume como historicidade (CARDOSO, 1988, p. 97). Assim, CARDOSO (1988) aponta que são esses três elementos que atuam como “fatores de desordem daquela ‘antropologia tradicional’ propiciando assim: “...o exercício pleno da intersubjetividade – que não se confunde com subjetividade – nos domínios privilegiados da investigação etnográfica”. Assim, essa nova forma de investigação etnográfica: ...revitaliza o pesquisador e o pesquisado enquanto individualidades explicitamente reconhecidas, uma vez que a própria biografia deste último pode ser a autobiografia do primeiro. A antropologia interpretativa Os primeiros sinais da abordagem interpretativa na antropologia datam da década de 1960, e têm a ver com a influência dos estudos literários e da crítica literária (CLIFFORD & MARCUS 1986). Um dos primeiros antropólogos a popularizar a ideia de que as culturas são como textos literários à espera de interpretação antropológica foi CLIFFORD (1973). Segundo ele, os antropólogos(ou melhor, os etnógrafos) são intérpretes selectivos que escolhem os aspectos que mais lhes interessam nas sociedades que estudam. São eles que tornam a cultura do “outro” acessível a um “público” ansioso por consumir a diferença, e a diferença é aquilo que esse público não encontra na sua própria cultura e que acha fascinante na cultura dos outros. O antropólogo funciona como um intérprete que torna inteligíveis as coisas estranhas após o exercício da sua capacidade interpretativa, uma espécie de tradutor intercultural que só traduz as partes que acha capazes de cativar a sua audiência (GEERTZ 1973, MARCUS & FISCHER 1986). Para muitos antropólogos a interpretação é o único objectivo que a antropologia pode prosseguir com sucesso. Aos defensores da “antropologia interpretativa” opõem-se os defensores de uma “antropologia científica”, baseada em critérios de observação e análise semelhantes aos das ciências naturais. William Haviland (1934 ) é um conhecido defensor da antropologia enquanto ciência, o que aliás se vê pela maneira como a antropologia é tratada no seu manual, sucessivamente re-editado ao longo das últimas três décadas. A distinção entre antropologia interpretativa e antropologia explicativa é claramente estabelecida pelo antropólogo francês Dan Sperber (1985:34) ao afirmar que enquanto o objectivo da interpretação é tornar acessível o entendimento intuitivo emanado da própria cultura que está a ser objecto dessa interpretação, o objectivo de uma explicação é proporcionar um entendimento geral e universal, cuja validade não emana da própria cultura que é objecto dessa explicação. Enquanto o intérprete lida com sentimentos e emoções, o cientista lida com causas cujo entendimento escapa aos próprios participantes (ver Batalha 1998). A interpretação e a explicação não se excluem mutuamente, podem antes ser abordagens complementares. Uma interpretação intuitiva descrita em termos causais e universais pode, quando cientificamente testada, gerar uma poderosa explicação. O problema é definir como se testam intuições de modo a transformá-las em generalizações científicas.
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