MS1 - RMS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

Departamento de Engenharia Elétrica

MS1: Motor Síncrono

Grupo 3 :
André Luiz Rosário de Azevedo
Laysa Calvi Geaquinto
Lukas Müller de Oliveira
Rodrigo Gomes Martins

Professor: Richard Magdalena Stephan

Rio de Janeiro
06 de Dezembro de 2021
Conteúdo

1 Introdução 2

2 Fundamentos Teóricos 3
2.1 Circuito Equivalente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2.2 Partida do motor via enrolamentos amortecedores . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.3 Curva V . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

3 Realização do Experimento 5
3.1 Descrição do Experimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3.2 Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

4 Conclusão 7

5 Referências Bibliográficas 8

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Capítulo 1

Introdução

Largamente utilizadas em aplicações como geradores ou motores, as máquinas síncronas


são compostas, basicamente, por dois circuitos acoplados magneticamente. O primeiro desses
circuitos corresponde a armadura trifásica, alojada nas ranhuras do núcleo do estator e respon-
sável pela transferência de potência elétrica entre a máquina e o sistema de potência ao qual
ela se conecta, por meio de um fluxo de corrente alternada. O segundo circuito é o campo, o
qual alimenta o rotor com CC, produzindo um fluxo magnético de amplitude ajustável [1].
Nesse sentido, o presente relatório tem por objetivo apresentar um estudo detalhado sobre a
composição e o funcionamento de motor sícrono. Ressalta-se que algumas das imagens utilizadas
no corpo desse documento não tiveram seu uso autorizado pelos respectivos autores e, portanto,
só devem ser usadas nos limites da disciplina de Laboratório de Máquinas Elétricas.

2
Capítulo 2

Fundamentos Teóricos

As máquinas síncronas geralmente são compostas por duas partes: parte fixa, chamada de
estator, e uma parte móvel, chamada de rotor. O enrolamento de armadura está presente no
estator, enquanto que o enrolamento de campo está presente no rotor.
O enrolamento de campo produz apenas um par de polos magnéticos e é excitado por uma
corrente contínua. O enrolamento de armadura possui uma bobina única, e possui condutores
dispostos em ranhuras estreitas e diametralmente opostas.
Na operação como motor, a máquina síncrona apresenta algumas características: o en-
rolamento de campo recebe excitação CC, o campo magnético produzido pelas correntes de
armadura gira em velocidade síncrona, uma corrente alternada é aplicada ao enrolamento de
armadura.

2.1 Circuito Equivalente


O circuito equivalente por fase de um motor síncrono pode ser representado como uma fonte
de tensão senoidal em série com uma reatância síncrona e sua resistência de armadura, como
visto na figura 2.1. Os circuitos equivalente da máquina operando como motor ou gerador
diferem entre si apenas nos sentidos das tensões e correntes do circuito.

Ra Xs Ia
+

+
Eaf Va

Figura 2.1: Circuito equivalente de um motor síncrono

Tomando como base este circuito, é escrita então a tensão de terminal monofásica do motor
como:
Va = Eaf + jXs Ia + Ra Ia (2.1)

3
Laboratório Máquinas Elétricas: Relatório 1 4

Onde a reatância síncrona da máquina é Xs = ωe Ls escrita em função da frequência angular


elétrica e da indutância síncrona da máquina, Ra a resistência de armadura, Va sua tensão de
armadura terminal e Eaf a tensão induzida.

2.2 Partida do motor via enrolamentos amortecedores


Uma vez que o motor síncrono só produz torque quando está girando em sua velocidade
síncrona, ele não possui um mecanismo de partida própria, sendo necessário soluções externas
para a partida do motor.
Dentre os métodos disponíveis, o mais popularmente empregado é a partida a partir de
enrolamentos amortecedores, fazendo uso de enrolamentos do tipo gaiola de esquilo, os mesmo
utilizados em máquinas de indução, nas faces dos polos do rotor de forma que, durante a
partida, apenas a gaiola de esquilo produz o torque que é utilizado para acelerar a máquina
síncrona, levando sua velocidade a um valor próximo de sua velocidade síncrona. Neste ponto,
a frequência da corrente induzida no rotor é baixa e a tensão contínua pode ser aplicada no seu
circuito de campo, de forma que o motor esteja em pleno funcionamento.

2.3 Curva V
A curva V apresenta a relação entre corrente de armadura e corrente de campo, mantendo
tensão terminal e potência ativa constantes. Podem haver três casos: Fator de potência adian-
tado (subexcitado), Fator de potência unitário, e Fator de potência atrasado (sobre-excitado).
Um exemplo de uma curva V está presente na figura 1.2.

Figura 2.2: Curva V. Fonte: Fitzgerald [2].

UFRJ - 2021.1
Capítulo 3

Realização do Experimento

3.1 Descrição do Experimento


O realização do experimento consiste em utilizar duas máquinas síncronas: uma operando
como gerador e outra operando como motor. A partida do motor será feita a partir da gaiola
de amortecimento. Seu funcionamento é semelhante ao da gaiola de esquilos em um motor de
indução. O motor apresenta uma corrente nominal de 10 A.
Será utilizado um equipamento para aplicação do campo no motor síncrono, através da
aplicação de uma tensão contínua no motor. Além disso, serão utilizados um amperímetro
digital para medir a corrente de campo, e um amperímetro analógico para medir a corrente de
armadura.

Figura 3.1: Máquinas síncronas utilizadas no experimento

3.2 Resultados
Após o acionamento da máquina, a corrente de armadura atinge valores muito elevados
(próximo de 150 A), mas após um curto intervalo de tempo essa corrente diminui.
Com a maquina em regime permanente, a escala do amperímetro é alterada para 15 A e
podemos observar que a corrente de de armadura e de campo ficam estabilizadas por volta de
5 A e 7.5 A respectivamente.

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Laboratório Máquinas Elétricas: Relatório 1 6

Figura 3.2: Amperímetros utilizados para medir as correntes de armadura e de campo

A partir disso foram aumentados os valores de corrente de campo, e um fato interessante


de ser notado é que, com esse aumento, a corrente de armadura parece apenas diminuir, mas
a partir de um certo valor da corrente de campo, a corrente de armadura volta a crescer
evidenciando um ponto de mínimo e uma curva em formato de V como apresentado na figura
1.2.

UFRJ - 2021.1
Capítulo 4

Conclusão

A partir do experimento foi possível validar o aspecto em V da relação entre corrente de


campo e corrente de armadura, de forma que o motor possa apresentar, quando olhado de fora,
como uma carga com fator de potência indutivo ou capacitivo, a depender se opera subexcitado
ou sobre-excitado. Uma das utilidades deste comportamento é a possibilidade de, a partir do
motor operando em sua condição sobre-excitada, utilizar o motor como um capacitor síncrono,
de forma que este forneça potência reativa para um sistema de potência, podendo ser utilizado
para a correção do fator de potência, por exemplo.

7
Capítulo 5

Referências Bibliográficas

[1] Garcia, Welinton Barcelos. "Simulação e Análise de Transitórios Eletromecânicos Utili-


zando Controladores Clássico e Fuzzy."(2018).
[2] Umans, Stephen D. Máquinas Elétricas de Fitzgerald e Kingsley-7. AMGH Editora,
2014.

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