Aquecimento Global

Fazer download em doc, pdf ou txt
Fazer download em doc, pdf ou txt
Você está na página 1de 9

O termo aquecimento global refere-se ao aumento da temperatura média dos oceanos e

do ar perto superfície da Terra que se tem verificado nas décadas mais recentes e à
possibilidade da sua continuação durante o corrente século.

Se este aumento se deve a causas naturais ou antropogénicas (provocadas pelo homem)


ainda é objecto de muitos debates entre os cientistas, embora muitos meteorologistas e
alguns climatólogos tenham recentemente afirmado publicamente que consideram
provado que a ação humana realmente está influenciando a ocorrência do fenômeno

Evidência do aquecimento global

A principal evidência do aquecimento global vem das medidas de temperatura de


estações meteorológicas em todo o globo desde 1860. Os dados com a correção dos
efeitos de "ilhas urbanas" mostra que o aumento médio da temperatura foi de 0.6 ± 0.2
ºC durante o século XX. Os maiores aumentos foram em dois períodos: 1910 a 1945 e
1976 a 2000[1]. De 1945 a 1976, houve um arrefecimento que fez com que
temporariamente a comunidade científica suspeitasse que estava a ocorrer um
arrefecimento global[2].

O aquecimento verificado não foi globalmente uniforme. Durante as últimas décadas,


foi em geral superior entre as latitudes de 40°N e 70°N, embora em algumas áreas,
como a do Oceano Atlântico Norte, tenha havido um arrefecimento[3]. É muito provável
que os continentes tenham aquecido mais do que os oceanos[4]. Há, no entanto que
referir que alguns estudos parecem indicar que a variação em irradiação solar pode ter
contribuído em cerca de 45–50% para o aquecimento global ocorrido entre 1900 e 2000.

Evidências secundárias são obtidas através da observação das variações da cobertura de


neve das montanhas e de áreas geladas, do aumento do nível global das mares, do
aumento das precipitações, da cobertura de nuvens, do El Niño e outros eventos
extremos de mau tempo durante o século XX.

Por exemplo, dados de satélite mostram uma diminuição de 10% na área que é coberta
por neve desde os anos 60. A área da cobertura de gelo no hemisfério norte na
primavera e verão também diminuiu em cerca de 10% a 15% desde 1950 e houve
retração os glaciais e da cobertura de neve das montanhas em regiões não polares
durante todo o século XX[5]. No entanto, a retração dos glaciais na Europa já ocorre
desde a era Napoleônica e, no Hemisfério Sul, durante os últimos 35 anos, o
derretimento apenas aconteceu em cerca de 2% da Antártida; nos restantes 98%, houve
um esfriamento e a IPPC estima que a massa da neve deverá aumentar durante este
século. Durante as décadas de 1930 e 1940, em que a temperatura de toda a região ártica
era superior à de hoje, a retração dos glaciais na Groelândia era maior do que a atual. A
diminuição da área dos glaciais ocorrida nos últimos 40 anos, deu-se essencialmente no
Ártico, na Rússia e na América do Norte; na Eurásia (no conjunto Europa e Ásia),
houve de fato um aumento da área dos glaciais, que se pensa ser devido a um aumento
de precipitação[6].

Estudos divulgados em Abril de 2004 procuraram demonstrar que a maior intensidade


das tempestades estava relacionada com o aumento da temperatura da superfície da
faixa tropical do Atlântico. Esses fatores teriam sido responsáveis, em grande parte, pela
violenta temporada de furacões registrada nos Estados Unidos, México e países do
Caribe. No entanto, enquanto, por exemplo, no período de quarto-século de 1945-1969,
em que ocorreu um ligeiro aquecimento global, houve 80 furacões principais no
Atlântico, no período de 1970-1994, quando o globo se submetia a uma tendência de
aquecimento, houve apenas 38 furacões principais. O que indica que a atividade dos
furacões não segue necessariamente as tendências médias globais da temperatura [7].

Determinação da temperatura global à superfície

A determinação da temperatura global à superfície é feita a partir de dados recolhidos


em terra, sobretudo em estações de medição de temperatura em cidades, e nos oceanos,
recolhidos por navios. É feita uma seleção das estações a considerar, que são as que se
consideram mais confiáveis, e é feita uma correção no caso de estas se encontrarem
perto de urbanizações. As tendências de todas as seções são então combinadas para se
chegar a uma temperatura global.

O globo é dividido em seções de 5º latitude/5º longitude e é calculada uma média


pesada da temperatura mensal média das estações escolhidas em cada seção. As seções
para as quais não existem dados são deixadas em branco, sem as estimar a partir das
seções vizinhas, e não entram nos cálculos. A média obtida é então comparada com a
referência para o período de 1961-1990, obtendo-se o valor da anomalia para cada mês.
A partir desses valores é então calculada uma média pesada correspondente à anomalia
anual média global para cada Hemisfério e, a partir destas, a anomalia global [8].

Desde Janeiro de 1979, os satélites da NOAA passaram a medir a temperatura da


troposfera inferior (de 1000m a 8000m de altitude) através da monitorização das
emissões de microondas por parte das moléculas de oxigénio na atmosfera. O seu
comprimento de onda está diretamente relacionado com a temperatura (estima-se uma
precisão de medida da ordem dos 0.01°C). Estas medições indicam um aquecimento de
menos de 0.1°C, desde 1979, em vez dos 0.4°C obtidos a partir dos dados à superfície.

É de notar que os dois conjuntos de dados não divergem na América do Norte, Europa
Ocidental e Austrália, onde se pensa que os dados das estações são registrados e
mantidos de um modo mais fiável. É apenas fora destas grandes áreas que os dados
divergem: onde os dados de satélite mostram uma tendência de evolução quase neutra,
os dados das estações à superfície mostram um aquecimento significativo (Dentro da
mesma região tropical, enquanto os dados das estações na Malásia e Indonésia mostram
um aquecimento, as de Darwin e da ilha de Willis, não.)

Existe controvérsia relativamente à explicação desta divergência. Enquanto alguns


pensam que existem erros graves nos dados recolhidos à superfície, e no critério de
selecção das estações a considerar, outros põem a hipótese de existir um processo
atmosférico desconhecido que explique uma divergência em certas partes do globo entre
as duas temperaturas.

Por sua vez, Bjarne Andresen[9] , professor do Niels Bohr Institute da Universidade de
Copenhaga, defende que é irrelevante considerar uma única temperatura global para um
sistema tão complicado como o clima da Terra. O que é relevante é o caracter
heterogénio do clima e só faz sentido falar de uma temperatura no caso de um sistema
homogénio. Para ele, falar de uma temperatura global do planeta é tão inútil como falar
no «número de telefone médio» de uma lista telefónica.
Causas possíveis

Aumento nas emissões de gases do efeito estufa, como CO2

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) defendeu que o


aquecimento global é causado pela emissão de gases poluentes tipo CO2 (gás
carbónico). No entanto, investigação recente parece indicar que, embora pareça estar a
ocorrer um aquecimento global, a estratosfera (uma secção da atmosfera) está a
arrefecer em resposta ao aumento dos gases de estufa (como o CO2)[10].

Grande parte da comunidade científica acredita que aquecimento observado se deve ao


aumento da concentração de poluentes antropogênicos na atmosfera que causa um
aumento do efeito estufa. A Terra recebe radiação emitida pelo Sol e devolve grande
parte dela para o espaço através de radiação de calor. Os gases responsáveis pelo efeito
estufa (vapor de água, dióxido de carbono, ozônio, CFC´s) absorvem alguma da
radiação infravermelha emitida pela superfície da Terra e radiam por sua vez alguma da
energia absorvida de volta para a superfície. Como resultado, a superfície recebe quase
o dobro de energia da atmosfera do que a que recebe do Sol e a superfície fica cerca de
30ºC mais quente do que estaria sem a presença dos gases «de estufa». Sem esse
aquecimento, a vida, como a conhecemos, não poderia existir. O problema é que os
poluentes atmosféricos aumentam esse efeito de radiação, podendo ser os responsáveis
pelo aumento da temperatura média superficial global que se parece estar a verificar. O
Protocolo de Kyoto visa a redução da emissão de gases que promovem o aumento do
efeito estufa.

A reportagem entitulada “O começo do fim”, da revista Super Interessante, da Editora


Abril, apresentou algumas causas do aquecimento global. Entre elas:

 O vapor de água é estimulado pelo calor e aumenta ainda mais o mesmo,


contribui com o efeito estufa.

 O reflexo no gelo pode acabar, pois com o calor, e sua conseqüente evaporação,
o espaço por ele ocupado deixaria de refletir 80% do calor e apenas 10%. O
tanto que a água reflete.

 A absorção de gás carbônico diminuiria, já que os principais responsáveis pelo


processo, os oceanos, não atingem seu limite de absorção mais facilmente,
quando o calor é maior.

 Existem muitos gases presos em antigas geleiras, que ao derreterem, ficam


sujeitas às bactérias e acabam se transformando em gás metano, um forte
contribuinte para com o efeito estufa. Além disso, o calor estimula a emissão de
gás carbônico.

 O uso descontrolado de aerossóis pode aumentar o calor global, já que os


mesmos, geralmente, criam nuvens refletoras da luz solar.
Modelos climáticos

O alarme com o aquecimento global deriva, sobretudo, dos resultados das simulações
estatísticas feitas com base em modelos numéricos climáticos e não da observação
direta da evolução de variáveis físicas reais. Quando a concentração de gases de efeito
de estufa é aumentada nessas simulações, quase todas elas mostram um aumento na
temperatura global, sobretudo nas mais altas latitudes do Hemisfério Norte. No entanto,
os modelos atualmente usados não simulam todos os aspectos do clima e fazem várias
previsões erradas para a época actual: nomeadamente, prevêem o dobro do aquecimento
que tem sido efetivamente observado e, por exemplo, uma diminuição de pressão no
Oceano Índico, uma área muito sensível para o sistema global, quando se observa o
contrário. Estudos recentes indicam igualmente que a influência solar poderá ser
significativamente maior da que é suposta nos modelos.

Embora se fale de um consenso de uma maioria dos cientistas de que modelos melhores
não mudariam a conclusão de que o aquecimento global é sobretudo causado pela ação
humana, existe também um certo consenso de que é provável que importantes
características climáticas estejam sendo incorretamente incorporadas nos modelos
climáticos[15]. De facto, nesses modelos, os parâmetros associados ao efeito de estufa são
«afinados» inicialmente de modo a que os modelos forneçam uma estimativa correcta
do aumento de temperatura observado nos últimos 100 anos (0.6°-0.7°C). Ou seja, as
simulações partem do princípio que é realmente o efeito de estufa que está na origem
desse aquecimento. Se houver outras causas naturais desconhecidas para o aquecimento,
como as associadas à influência solar e à recuperação desde a Pequena Era Glacial, elas
não podem ser incluídas na modelação.

São essas limitações dos modelos usados para as previsões, que não têm em conta o
desconhecimento actual sobre as causas naturais para as variações da temperatura
ocorridas durante os últimos milénios, que fazem com que muitos climatólogos
acreditem que a parte do aquecimento global causado pela ação humana é bem menor
do que se pensa atualmente[16]

Modelo de Hansen

Em setembro de 2006, James Hansen, diretor do Instituto Goddard de Estudos Espaciais


da Nasa, juntamente com seus colaboradores, publicou na revista "PNAS", da Academia
Nacional de Ciências dos EUA, uma matéria em que são apresentadas informações
detalhadas de um modelo climático aperfeiçoado desde os anos 80, alimentado por
medições originadas de satélites, navios e estações meteorológicas no mundo inteiro.

O estudo afirma que nos últimos 30 anos o planeta esquentou 0,6°C, perfazendo um
aumento total de 0,8°C no século XX. A temperatura média atual é a maior dos últimos
12 mil anos, faltando apenas mais 1°C para que seja a mais alta do último milhão de
anos.

Segundo Hansen, caso o aquecimento aumente a temperatura média em mais 2°C ou


3°C, o cenário geográfico do planeta será radicalmente diferente do atual. A última vez
em que a Terra esteve tão quente foi 3 milhões de anos atrás, na época do Plioceno,
quando o nível do mar estava vinte e cinco metros acima do atual.
Verificou-se que o aquecimento foi maior na região do pólo norte, porque o gelo
derretido nessa área expôs água, terra e rochas com cores mais escuras, diminuindo o
albedo local e, conseqüentemente, a absorção de calor solar foi maior.

A temperatura da água está sofrendo alterações mais lentas, mas foi registrado
aquecimento dos oceanos Índico e Pacífico, o que fará com que fenômenos como o El
Niño sejam mais significativos nos próximos anos.

Conseqüências

Devido aos efeitos potenciais sobre a saúde humana, economia e meio ambiente o
aquecimento global tem sido fonte de grande preocupação. Importantes mudanças
ambientais têm sido observadas e foram ligadas ao aquecimento global. Os exemplos de
evidências secundárias citadas abaixo (diminuição da cobertura de gelo, aumento do
nível do mar, mudanças dos padrões climáticos) são exemplos das conseqüências do
aquecimento global que podem influenciar não somente as atividades humanas mas
também os ecossistemas. Aumento da temperatura global permite que um ecossistema
mude; algumas espécies podem ser forçadas a sair dos seus habitats (possibilidade de
extinção) devido a mudanças nas condições enquanto outras podem espalhar-se,
invadindo outros ecossistemas

Entretanto, o aquecimento global também pode ter efeitos positivos, uma vez que
aumentos de temperaturas e aumento de concentrações de CO2 podem aprimorar a
produtividade do ecossistema. Observações de satélites mostram que a produtividade do
hemisfério Norte aumentou desde 1982. Por outro lado é fato de que o total da
quantidade de biomassa produzida não é necessariamente muito boa, uma vez que a
biodiversidade pode no silêncio diminuir ainda mais um pequeno número de espécies
que esteja florescendo.

Uma outra causa de grande preocupação é o aumento do nível médio das águas do mar.
O nível dos mares está aumentando em 0.01 a 0.025 metros por década o que pode fazer
com que no futuro algumas ilhas de países insulares no Oceano Pacífico fiquem debaixo
de água. O aquecimento global provoca subida dos mares principalmente por causa da
expansão térmica da água dos oceanos. O segundo fator mais importante é o
derretimento de calotas polares e camadas de gelo sobre as montanhas, que são muito
mais afetados pelas mudanças climáticas do que as camadas de gelo da Gronelândia e
Antártica, que não se espera que contribuam significativamente para o aumento do nível
do mar nas próximas décadas, por estarem em climas frios, com baixas taxas de
precipitação e derretimento. Alguns cientistas estão preocupados que no futuro, a
camada de gelo polar e os glaciares derretam significativamente. Se isso acontecesse,
poderia haver um aumento do nível das águas, em muitos metros. No entanto, os
cientistas não esperam um maior derretimento nos próximos 100 anos e prevê-se um
aumento do nível das águas entre 14 e 43 cm até o fim deste século.(Fontes: IPCC para
os dados e as publicações da grande imprensa para as percepções gerais de que as
mudanças climáticas).

Foi preciso ter em conta muitos fatores para se chegar a uma estimativa do aumento do
nível do mar no passado. Mas diferentes investigadores, usando métodos diferentes,
acabaram por confirmar o mesmo resultado. O cálculo que levou à conclusão não foi
simples de fazer. Na Escandinávia, por exemplo, as medidas realizadas parecem indicar
que o nível das águas do mar está a descer cerca de 4 milímetros por ano. Mas pensa-se
que isso se deve ao fato da Escandinávia estar ainda a subir, depois de ter sido
pressionada por glaciares de grande massa durante a última era glacial. No norte das
Ilhas Britânicas, o nível das águas do mar está também a descer, enquanto no sul se está
a elevar. Em Bangkok, por causa do grande incremento na extração de água para uso
doméstico, o solo está a afundar-se e os dados parecem indicar que o nível das águas do
mar subiu cerca de 1 metro nos últimos 30 anos.

O aquecimento da superfície favorecerá um aumento da evaporação nos oceanos o que


fará com que haja na atmosfera mais vapor de água (o gás de estufa mais importante,
sobretudo porque existe em grande quantidade na nossa atmosfera). Isso poderá fazer
com que aumente cada vez mais o efeito de estufa e com que o aquecimento da
superfície seja reforçado. Podemos, nesse caso, esperar um aquecimento médio de 4 a
6ºC na superfície. Mas mais umidade (vapor de água) no ar pode também significar uma
presença de mais nuvens na atmosfera o que se pensa que, em média, poderá causar um
efeito de arrefecimento.

As nuvens têm de fato um papel importante no equilíbrio energético porque controlam a


energia que entra e que sai do sistema. Podem arrefecer a Terra, ao refletirem a luz solar
para o espaço, e podem aquecê-la por absorção da radiação infravermelha radiada pela
superfície, de um modo análogo ao dos gases associados ao «efeito de estufa». O efeito
dominante depende de muitos fatores, nomeadamente da altitude e do tamanho das
nuvens e das suas gotículas.

Por outro lado, o aumento da evaporação poderá provocar pesados aguaceiros e mais
erosão. Muitas pessoas pensam que isto poderá causar resultados mais extremos no
clima, com um progressivo aquecimento global.

O aquecimento global também pode apresentar efeitos menos óbvios. A Corrente do


Atlântico Norte, por exemplo, é provocada por diferenças de temperatura entre os
mares. E aparentemente ela está diminuindo à medida que a temperatura média global
aumenta. Isso significa que áreas como a Escandinávia e a Inglaterra que são aquecidas
pela corrente poderão apresentar climas mais frios a respeito do aumento do
aquecimento global.

Curiosidades

 1,1 a 6,5 °C. De acordo com estimativas feitas pelo painel intergovernamental de
mudança climática, em 2007, essa é a faixa de elevação que pode sofrer a
temperatura média global até o final deste século. (A previsão anterior era de 1,6
a 5,8 °C, o que implica um aumento de incerteza quanto a esta previsão.)
 2.000 quilômetros quadrados. Todo ano, áreas desse tamanho se transformam
em deserto devido à falta de chuvas.
 40% das árvores da Amazônia podem desaparecer antes do final do século, caso
a temperatura suba de 2 a 3 graus.
 2.000 metros. Foi o comprimento que a geleira Gangotri (que tem agora 25 km),
no Himalaia, perdeu em 150 anos. E o ritmo está acelerando.
 750 bilhões de toneladas. É o total de CO2 na atmosfera hoje.
 2050. Cientistas calculam que, quando chegarmos a esse ano, milhões de
pessoas que vivem em deltas de rios serão removidas, caso seja mantido o ritmo
atual de aquecimento.
 a calota polar irá desaparecer por completo dentro de 100 anos, de acordo com
estudos publicados pela National Sachetimes de Nova Iorque em julho de 2005,
isso irá provocar o fim das correntes marítimas no oceano atlântico, o que fará
que o clima fique mais frio, é a grande contradição de aquecendo esfria.
 o clima ficará mais frio apenas no hemisfério norte, quanto ao resto do mundo a
temperatura média subirá e os padrões de secas e chuvas serão alterados em todo
o planeta.
 o aquecimento da terra e também outros danos ao ambiente está fazendo com
que a seleção natural vá num ritmo 50 vezes mais rápido do que o registrado a
100 anos.
 de 9 a 58% das espécies em terra e no mar vão ser extintas nas próximas
décadas, segundo diferentes hipóteses.

A disputa pelas causas do aquecimento global

A teoria do efeito estufa é um assunto estritamente científico que trata do aquecimento


adicional dos ambientes planetários que possuem alguma atmosfera ou simplesmente
das estufas de vidro para a criação de plantas. Sobre este assunto não há qualquer
controvérsia. A controvérsia, que se tornou mais política do que científica, advém das
causas do aquecimento global acelerado (do último século e meio) que a maioria dos
pesquisadores imputa às emissões de gases estufa na atmosfera devido a ações humanas.
Um grupo menor de cientistas, embora concorde que está ocorrendo de fato o
aquecimento global, afirma que as causas principais são de ordem natural,
principalmente astronômica, isto é, o aumento da radiação solar por causas não
completamente conhecidas.

A disputa a nível político e público tem sobretudo que ver com saber se algo pode e
deve ser feito, e sobre que acções seriam efectivas em termos de custo/benefício, para
tentar reduzir ou reverter o aquecimento futuro, ou para lidar com as suas esperadas
consequências.

A variabilidade do clima da Terra

O planeta já sofreu, ao longo de sua existência de 4,5 bilhões de anos, processos de


resfriamentos e aquecimentos extremos. Está comprovado que houve alternância de
climas quentes e frios (Terra estufa - "hothouse" - e Terra geladeira - "icehouse", na
linguagem dos paleoclimatologistas), sendo este um fenômeno corrente na história do
planeta. Atualmente o planeta está na situação de geladeira.

O último episódio de resfriamento ou glaciação, iniciado no Pleistoceno - 1,8 milhões


de anos antes do presente- teve seu ápice há cerca de 18.000 anos, quando, então,
começou o processo de aquecimento, que continua nos dias de hoje. No entanto, o
aquecimento não se dá sobre uma curva contínua. Neste espaço de tempo de 18.000
anos houve épocas de aquecimento e resfriamento, causando variações às vezes bruscas
de temperaturas em períodos variáveis, mas que podiam ser de décadas ou menos, de
vários graus Celsius. A comprovação destes fatos é fornecida pela análise de
testemunhos de sondagens, de centenas de metros, obtidos no Ártico e na Antártida,
através da análise da composição isotópica do oxigênio encontrado nas bolhas de ar
presas no gelo.

Durante os últimos 500 milhões de anos, a Terra passou por quatro episódios
extremamente quentes ("hothouse episodes"), sem gelo e com níveis elevados dos
oceanos, e quatro episódios extremamente frios("icehouse episodes"), como o que
vivemos actualmente, com camadas de gelo, glaciares e níveis de água relativamente
baixos nos oceanos. Pensa-se que esta variação de mais longo termo se deve a variações
no influxo de radiação recebida devidas à viagem do nosso sistema solar através da
galáxia, correspondendo os episódios mais frios a encontros com os braços espirais mais
brilhantes, onde a radiação é mais intensa. Os episódios frios mais frequentes, cada 34
milhões de anos, mais ou menos, ocorrem provavelmente quando o sistema solar passa
através do plano médio da galáxia. Os episódios extremamente frios de há 700 e 2300
milhões de anos, em que até no equador havia gelo, correspondem a períodos em que
havia uma taxa de nascimentos de estrelas na nossa galáxia anormalmente alta,
implicando um grande número de explosões de estrelas e uma radiação cósmica muito
intensa.

O carbono-14 radioactivo e outros átomos raros produzidos na atmosfera pelas


partículas cósmicas fornecem um registo de como as suas intensidades variaram no
passado e explicam a alternância entre períodos frios e quentes durante os últimos
12000 anos. Sempre que o Sol era fraco e a radiação cósmica forte, seguiram-se
condições frias, como a mais recente, na Pequena Idade do Gelo de há 300 anos.
Considerando escalas de tempo mais longas, encontra-se uma explicação credível para
as variações de maior amplitude do clima da Terra

As seis pragas do Aquecimento Global

1. O Ártico e a Groelândia estão derretendo

A cobertura de gelo da região no verão diminuiu ao ritmo constante de 8% ao


ano há três décadas. No entanto, a temperatura na região era superior à actual
nas décadas de 1930 e 1940, sendo os glaciares mais pequenos do que hoje. Em
2005, a camada de gelo foi 20% menor em relação à de 1979, uma redução de
1,3 milhão de quilômetros quadrados, o equivalente à soma dos territórios da
França, da Alemanha e do Reino Unido. No entanto, no Hemisfério Sul, durante
os últimos 35 anos, o derretimento apenas aconteceu em cerca de 2% da
Antártida, onde 90% do gelo do planeta está acumulado; nos restantes 98%,
houve um esfriamento e a IPPC estima que a massa da neve deverá aumentar
durante este século. Mesmo um aquecimento de 3 a 6 graus tem um efeito
relativamente insignificante já que a temperatura média da Antártida é de 40
graus negativos. É de notar igualmente que no período quente da Idade Média
havia quintas dos Viking na Groenlândia e também não havia gelo no Ártico. E,
mesmo que derretesse todo o gelo do Ártico, isso não afetaria o nível da água
nos oceanos porque se trata de gelo flutuante: o volume de água criado seria
igual ao volume de água deslocado pelo gelo quando flutua.
2. Os furacões estão cada vez mais fortes

Devido ao aquecimento das águas, a ocorrência de furacões das categorias 4 e 5


(os mais intensos da escala), dobrou nos últimos 35 anos.

3. O Brasil na rota dos ciclones

O litoral sul do Brasil foi varrido por um forte ciclone em 2004.

4. O nível do mar subiu

A elevação desde o início do século passado está entre 10 e 25 centímetros. Em


certas áreas litorâneas, como algumas ilhas do Pacífico, isso significou um
avanço de 100 metros na maré alta. Actualmente (Setembro de 2006), o painel
intergovernamental de mudança climática estima que o nível das águas poderá
subir entre 14 e 43 cm até o fim deste século. Estudos recentes parecem indicar
que, contrariamente ao que antes se pensava, o aumento das taxas de CO2 na
atmosfera não está provocando nenhuma aceleração na taxa de subida do nível
do mar[19].

5. Os desertos avançam

O total de áreas atingidas por secas dobrou em trinta anos. Um quarto da


superfície do planeta é agora de deserto. Só na China, as áreas desérticas
avançam 10.000 quilômetros quadrados por ano, o equivalente ao território do
Líbano.

6. Já se contam os mortos

A Organização das Nações Unidas estima que 150.000 pessoas morrem


anualmente por causa de secas, inundações e outros fatores relacionados
diretamente ao aquecimento global. Estima-se que em 2030, o número dobrará.

Você também pode gostar