Aquecimento Global
Aquecimento Global
Aquecimento Global
do ar perto superfície da Terra que se tem verificado nas décadas mais recentes e à
possibilidade da sua continuação durante o corrente século.
Por exemplo, dados de satélite mostram uma diminuição de 10% na área que é coberta
por neve desde os anos 60. A área da cobertura de gelo no hemisfério norte na
primavera e verão também diminuiu em cerca de 10% a 15% desde 1950 e houve
retração os glaciais e da cobertura de neve das montanhas em regiões não polares
durante todo o século XX[5]. No entanto, a retração dos glaciais na Europa já ocorre
desde a era Napoleônica e, no Hemisfério Sul, durante os últimos 35 anos, o
derretimento apenas aconteceu em cerca de 2% da Antártida; nos restantes 98%, houve
um esfriamento e a IPPC estima que a massa da neve deverá aumentar durante este
século. Durante as décadas de 1930 e 1940, em que a temperatura de toda a região ártica
era superior à de hoje, a retração dos glaciais na Groelândia era maior do que a atual. A
diminuição da área dos glaciais ocorrida nos últimos 40 anos, deu-se essencialmente no
Ártico, na Rússia e na América do Norte; na Eurásia (no conjunto Europa e Ásia),
houve de fato um aumento da área dos glaciais, que se pensa ser devido a um aumento
de precipitação[6].
É de notar que os dois conjuntos de dados não divergem na América do Norte, Europa
Ocidental e Austrália, onde se pensa que os dados das estações são registrados e
mantidos de um modo mais fiável. É apenas fora destas grandes áreas que os dados
divergem: onde os dados de satélite mostram uma tendência de evolução quase neutra,
os dados das estações à superfície mostram um aquecimento significativo (Dentro da
mesma região tropical, enquanto os dados das estações na Malásia e Indonésia mostram
um aquecimento, as de Darwin e da ilha de Willis, não.)
Por sua vez, Bjarne Andresen[9] , professor do Niels Bohr Institute da Universidade de
Copenhaga, defende que é irrelevante considerar uma única temperatura global para um
sistema tão complicado como o clima da Terra. O que é relevante é o caracter
heterogénio do clima e só faz sentido falar de uma temperatura no caso de um sistema
homogénio. Para ele, falar de uma temperatura global do planeta é tão inútil como falar
no «número de telefone médio» de uma lista telefónica.
Causas possíveis
O reflexo no gelo pode acabar, pois com o calor, e sua conseqüente evaporação,
o espaço por ele ocupado deixaria de refletir 80% do calor e apenas 10%. O
tanto que a água reflete.
O alarme com o aquecimento global deriva, sobretudo, dos resultados das simulações
estatísticas feitas com base em modelos numéricos climáticos e não da observação
direta da evolução de variáveis físicas reais. Quando a concentração de gases de efeito
de estufa é aumentada nessas simulações, quase todas elas mostram um aumento na
temperatura global, sobretudo nas mais altas latitudes do Hemisfério Norte. No entanto,
os modelos atualmente usados não simulam todos os aspectos do clima e fazem várias
previsões erradas para a época actual: nomeadamente, prevêem o dobro do aquecimento
que tem sido efetivamente observado e, por exemplo, uma diminuição de pressão no
Oceano Índico, uma área muito sensível para o sistema global, quando se observa o
contrário. Estudos recentes indicam igualmente que a influência solar poderá ser
significativamente maior da que é suposta nos modelos.
Embora se fale de um consenso de uma maioria dos cientistas de que modelos melhores
não mudariam a conclusão de que o aquecimento global é sobretudo causado pela ação
humana, existe também um certo consenso de que é provável que importantes
características climáticas estejam sendo incorretamente incorporadas nos modelos
climáticos[15]. De facto, nesses modelos, os parâmetros associados ao efeito de estufa são
«afinados» inicialmente de modo a que os modelos forneçam uma estimativa correcta
do aumento de temperatura observado nos últimos 100 anos (0.6°-0.7°C). Ou seja, as
simulações partem do princípio que é realmente o efeito de estufa que está na origem
desse aquecimento. Se houver outras causas naturais desconhecidas para o aquecimento,
como as associadas à influência solar e à recuperação desde a Pequena Era Glacial, elas
não podem ser incluídas na modelação.
São essas limitações dos modelos usados para as previsões, que não têm em conta o
desconhecimento actual sobre as causas naturais para as variações da temperatura
ocorridas durante os últimos milénios, que fazem com que muitos climatólogos
acreditem que a parte do aquecimento global causado pela ação humana é bem menor
do que se pensa atualmente[16]
Modelo de Hansen
O estudo afirma que nos últimos 30 anos o planeta esquentou 0,6°C, perfazendo um
aumento total de 0,8°C no século XX. A temperatura média atual é a maior dos últimos
12 mil anos, faltando apenas mais 1°C para que seja a mais alta do último milhão de
anos.
A temperatura da água está sofrendo alterações mais lentas, mas foi registrado
aquecimento dos oceanos Índico e Pacífico, o que fará com que fenômenos como o El
Niño sejam mais significativos nos próximos anos.
Conseqüências
Devido aos efeitos potenciais sobre a saúde humana, economia e meio ambiente o
aquecimento global tem sido fonte de grande preocupação. Importantes mudanças
ambientais têm sido observadas e foram ligadas ao aquecimento global. Os exemplos de
evidências secundárias citadas abaixo (diminuição da cobertura de gelo, aumento do
nível do mar, mudanças dos padrões climáticos) são exemplos das conseqüências do
aquecimento global que podem influenciar não somente as atividades humanas mas
também os ecossistemas. Aumento da temperatura global permite que um ecossistema
mude; algumas espécies podem ser forçadas a sair dos seus habitats (possibilidade de
extinção) devido a mudanças nas condições enquanto outras podem espalhar-se,
invadindo outros ecossistemas
Entretanto, o aquecimento global também pode ter efeitos positivos, uma vez que
aumentos de temperaturas e aumento de concentrações de CO2 podem aprimorar a
produtividade do ecossistema. Observações de satélites mostram que a produtividade do
hemisfério Norte aumentou desde 1982. Por outro lado é fato de que o total da
quantidade de biomassa produzida não é necessariamente muito boa, uma vez que a
biodiversidade pode no silêncio diminuir ainda mais um pequeno número de espécies
que esteja florescendo.
Uma outra causa de grande preocupação é o aumento do nível médio das águas do mar.
O nível dos mares está aumentando em 0.01 a 0.025 metros por década o que pode fazer
com que no futuro algumas ilhas de países insulares no Oceano Pacífico fiquem debaixo
de água. O aquecimento global provoca subida dos mares principalmente por causa da
expansão térmica da água dos oceanos. O segundo fator mais importante é o
derretimento de calotas polares e camadas de gelo sobre as montanhas, que são muito
mais afetados pelas mudanças climáticas do que as camadas de gelo da Gronelândia e
Antártica, que não se espera que contribuam significativamente para o aumento do nível
do mar nas próximas décadas, por estarem em climas frios, com baixas taxas de
precipitação e derretimento. Alguns cientistas estão preocupados que no futuro, a
camada de gelo polar e os glaciares derretam significativamente. Se isso acontecesse,
poderia haver um aumento do nível das águas, em muitos metros. No entanto, os
cientistas não esperam um maior derretimento nos próximos 100 anos e prevê-se um
aumento do nível das águas entre 14 e 43 cm até o fim deste século.(Fontes: IPCC para
os dados e as publicações da grande imprensa para as percepções gerais de que as
mudanças climáticas).
Foi preciso ter em conta muitos fatores para se chegar a uma estimativa do aumento do
nível do mar no passado. Mas diferentes investigadores, usando métodos diferentes,
acabaram por confirmar o mesmo resultado. O cálculo que levou à conclusão não foi
simples de fazer. Na Escandinávia, por exemplo, as medidas realizadas parecem indicar
que o nível das águas do mar está a descer cerca de 4 milímetros por ano. Mas pensa-se
que isso se deve ao fato da Escandinávia estar ainda a subir, depois de ter sido
pressionada por glaciares de grande massa durante a última era glacial. No norte das
Ilhas Britânicas, o nível das águas do mar está também a descer, enquanto no sul se está
a elevar. Em Bangkok, por causa do grande incremento na extração de água para uso
doméstico, o solo está a afundar-se e os dados parecem indicar que o nível das águas do
mar subiu cerca de 1 metro nos últimos 30 anos.
Por outro lado, o aumento da evaporação poderá provocar pesados aguaceiros e mais
erosão. Muitas pessoas pensam que isto poderá causar resultados mais extremos no
clima, com um progressivo aquecimento global.
Curiosidades
1,1 a 6,5 °C. De acordo com estimativas feitas pelo painel intergovernamental de
mudança climática, em 2007, essa é a faixa de elevação que pode sofrer a
temperatura média global até o final deste século. (A previsão anterior era de 1,6
a 5,8 °C, o que implica um aumento de incerteza quanto a esta previsão.)
2.000 quilômetros quadrados. Todo ano, áreas desse tamanho se transformam
em deserto devido à falta de chuvas.
40% das árvores da Amazônia podem desaparecer antes do final do século, caso
a temperatura suba de 2 a 3 graus.
2.000 metros. Foi o comprimento que a geleira Gangotri (que tem agora 25 km),
no Himalaia, perdeu em 150 anos. E o ritmo está acelerando.
750 bilhões de toneladas. É o total de CO2 na atmosfera hoje.
2050. Cientistas calculam que, quando chegarmos a esse ano, milhões de
pessoas que vivem em deltas de rios serão removidas, caso seja mantido o ritmo
atual de aquecimento.
a calota polar irá desaparecer por completo dentro de 100 anos, de acordo com
estudos publicados pela National Sachetimes de Nova Iorque em julho de 2005,
isso irá provocar o fim das correntes marítimas no oceano atlântico, o que fará
que o clima fique mais frio, é a grande contradição de aquecendo esfria.
o clima ficará mais frio apenas no hemisfério norte, quanto ao resto do mundo a
temperatura média subirá e os padrões de secas e chuvas serão alterados em todo
o planeta.
o aquecimento da terra e também outros danos ao ambiente está fazendo com
que a seleção natural vá num ritmo 50 vezes mais rápido do que o registrado a
100 anos.
de 9 a 58% das espécies em terra e no mar vão ser extintas nas próximas
décadas, segundo diferentes hipóteses.
A disputa a nível político e público tem sobretudo que ver com saber se algo pode e
deve ser feito, e sobre que acções seriam efectivas em termos de custo/benefício, para
tentar reduzir ou reverter o aquecimento futuro, ou para lidar com as suas esperadas
consequências.
Durante os últimos 500 milhões de anos, a Terra passou por quatro episódios
extremamente quentes ("hothouse episodes"), sem gelo e com níveis elevados dos
oceanos, e quatro episódios extremamente frios("icehouse episodes"), como o que
vivemos actualmente, com camadas de gelo, glaciares e níveis de água relativamente
baixos nos oceanos. Pensa-se que esta variação de mais longo termo se deve a variações
no influxo de radiação recebida devidas à viagem do nosso sistema solar através da
galáxia, correspondendo os episódios mais frios a encontros com os braços espirais mais
brilhantes, onde a radiação é mais intensa. Os episódios frios mais frequentes, cada 34
milhões de anos, mais ou menos, ocorrem provavelmente quando o sistema solar passa
através do plano médio da galáxia. Os episódios extremamente frios de há 700 e 2300
milhões de anos, em que até no equador havia gelo, correspondem a períodos em que
havia uma taxa de nascimentos de estrelas na nossa galáxia anormalmente alta,
implicando um grande número de explosões de estrelas e uma radiação cósmica muito
intensa.
5. Os desertos avançam
6. Já se contam os mortos