Pla Namacurra
Pla Namacurra
Pla Namacurra
Administradora
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ABREATURAS ....................................................................... Errore. Il segnalibro non è definito.
0. ESTRUTURA DO PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO (PLA) DE NAMACURRA ........ 1
Calídia Esperança Fernando
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 2
2. METODOLOGIA ...................................................................................................................
______/_______/2015 4
3. PERFIL DO DISTRITO ........................................................................................................ 6
3.1 Localização Geográfica do Distrito ............................................................................ 6
3.2 Demografia .................................................................................................................... 6
3.3 História e Cultura .......................................................................................................... 7
3.4 Serviços e Equipamentos Sociais .............................................................................. 7
3.4.1 Educação ............................................................................................................... 7
3.4.2 Saúde ....................................................................................................................... 8
3.4.3 Redes de acessibilidade e Infra-estruturas.............................................................. 8
3.5 Fontes de abastecimento de Agua .................................................................................. 9
3.6 Sistema de Saneamento ................................................................................................ 10
3.7 Abastecimento de Energia ............................................................................................ 10
3.8 REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
Uso e ocupação do Solo ................................................................................................ 11
3.9 Agricultura ..................................................................................................................... 11
PROVÍNCIA DA ZAMBÉZIA
3.10 Pecuária ......................................................................................................................... 12
3.11 Pesca .............................................................................................................................. 12
Distrito de Namacurra
3.12 Exploração florestal ....................................................................................................... 13
3.13 Indicadores de bem-estar .......................................................................................... 13
3.14 Vulnerabilidade climática e capacidade de adaptação ......................................... 14
3.14.1 Contexto actual ................................................................................................... 14
3.14.2 Projecções climáticas ......................................................................................... 14
3.15 Perfil da Localidade de Furquia ..................................................................................... 15
3.15.1 Localização Geográfica e Demografia.................................................................... 15
3.15.2 História e Cultura ................................................................................................... 16
3.15.3 Potencialidades da Localidade de Furquia ............................................................ 16
PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO
3.15.4 Economia e Serviços .............................................................................................. 16
3.16 Perfil da Localidade de Malei ........................................................................................ 18
3.16.1 Localização Geográfica e Demografia.................................................................... 18
3.16.2 História e Cultura ................................................................................................... 18
3.16.3 Potencialidades da Localidade de Malei ............................................................... 18
4. MUDANÇAS CLIMÁTICAS E DESENVOLVIMENTO DO DISTRITO........................ 32
4.1 Visão ............................................................................................................................. 32
4.2 Objectivos Estratégicos (OE) .................................................................................... 32
4.3 Acções propostas por objectivo estratégico ........................................................... 33
4.4 Teoria de Mudança Namacurra, Dezembro de 2015
(TdM) ......................................................................................... 34
5. PLANO DE ACÇÃO....................................................... Errore. Il segnalibro non è definito.
6. SISTEMA DE MONITORIA E AVALIAÇÃO .................................................................... 47
7. OPORTUNIDADE DE INVESTIMENTOS CLIMÁTICOS NO DISTRITO .................. 52
8. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................... 55
i
FICHA TÉCNICA
DIRECÇÃO GERAL
ii
EQUIPE TÉCNICA PROVINCIAL
iii
ABREATURAS
iv
PEDD Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital
COSACA Consorcio de ONG (Save the Childen, ActionAid, OXFAM, CARE, CVM)
OE Objectivos Estatísticos
v
0
ESTRUTURA DO PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO (PLA) DE NAMACURRA
O presente PLA do distrito de Namacurra é constituído por oito (7) capítulos a saber:
1
1. INTRODUÇÃO
As Mudanças Climáticas são uma realidade inegável e resultam, sobretudo, das acções
antropológicas. Estas mudanças colocam em serio perigo a saúde humana e de outros
seres vivos existentes no planeta terra. As manifestações dessas mudanças ocorrem em
múltiplos sectores e aos diferentes níveis. Elas incluem a ocorrência de distúrbios
psicossociais em consequência dos eventos climáticos extremos (seca, cheias, ciclones,
etc.). Alguns dos efeitos das mudanças climáticas já se fazem sentir em Moçambique,
incluindo a ocorrência de eventos climáticos, como vagas de calor, frio, seca e cheias.
Apesar de Moçambique não ser grande tributário das mudanças climáticas globais, tem
corroborado em iniciativas e esforços internacionais de forma activa.
2
esforços de desenvolvimento. As cheias, seca e ciclones dos primórdios dos anos 2000
provocaram danos incalculáveis que incluíram a destruição de infra-estruturas e
serviços sociais básicos e destruição de culturas e áreas florestais.
3
2. METODOLOGIA
A primeira actividade desta equipe foi a recolha de dados secundários (uma revisão da
literatura) sobre o perfil do distrito, com enfoque para os aspectos físico-geográficos,
socio-económicos e de projecções climáticas, cuja análise permitiu identificar a
vulnerabilidade climática, assim como, as oportunidades de investimento e
desenvolvimento local com vista a criar resiliência das comunidades às mudanças
climáticas. Grande parte desta informação foi encontrada em documentos estratégicos
e de planificação do distrito, como o PEDD, o Perfil Ambiental e Mapeamento do Uso
Actual da Terra nos Distritos das Zonas Costeiras de Moçambique, o PESOD e seus
respectivos relatórios de balanço. Outros documentos importantes consultados
incluíram o PQG, Balanço do Governo local, Estatísticas distritais do Instituto Nacional
de Estatísticas (INE) e o Perfil Distrital elaborado pelo MAE em 2005.
4
Em seguida, decorreu o trabalho de campo para a elaboração do PLA a nível do distrito
de Namacurra. Este foi dividido em 2 momentos. O primeiro foi o levantamento de
dados ao nível da sede do distrito e nas comunidades. O levantamento na sede do
distrito que se reporta nesta secção contou com a equipe descrita na etapa 1 e
consistiu no uso de duas ferramentas - Análise de Capacidades de Vulnerabilidade
Climática (CVCA) e a Teoria de Mudanças (TdM). Para o CVCA foram usadas cinco
ferramentas nomeadamente, a Matriz de vulnerabilidade, o Perfil histórico, o Calendário
sazonal, a Análise institucional/Diagrama de Venn e o Mapeamento de recursos e de
riscos. A medida que a capacitação era feita, fazia-se também um exercício prático de
recolha de dados usando as ferramentas do CVCA para o nível distrital e sobre a TdM.
5
3. PERFIL DO DISTRITO
O Distrito de
Namacurra situa-se na
Costa Oriental de
Moçambique na
Malei
Furquia
Província da Zambézia,
com uma superfície de
1.798 km². A Norte
limita-se pelos Distritos
de Mocuba, através da
Localidade de Munhiba
e Maganja da Costa,
Fonte: GDN através do rio Licungo,
ao Sul pelo Distrito de Nicoadala, a Este é banhado pelo Oceano Indico e Oeste pelo
Distrito de Nicoadala.
3.2 Demografia
6
3.3 História e Cultura
3.4.1 Educação
Embora não tenham sido disponibilizados dados ilustrativos desta situação, estima se
que, a semelhança do Pais e da Província da Zambézia uma parte significativa da
população analfabeta deste distrito e representada por mulheres.
7
3.4.2 Saúde
O Distrito de Namacurra está provido de dois centros de saúde rural do tipo I situados
nas sedes dos Postos Administrativos de Namacurra e Macuse e de quatro centros de
saúde rural do tipo II, distribuídos por localidades de Mugubia, Muibele, Mbawa e
Mexixine.
O distrito dispõe ainda de quatro postos de saúde localizados nas localidades de Malei,
Furquia, Naciaia e Mutange.
Rede de Estradas
O distrito e atravessado por troco da Estrada Nacional n.1 que garante o acesso as
estradas de Quelimane e Mocuba bem como a outros distritos. Alguns troços das
estradas terciárias recebam manutenção periódicos efectuados.
8
de estradas do distrito ainda se mostra insuficiente para as suas necessidades como e
o caso da zona Este do Posto Administrativo de Namacurra que não possui vias de
acesso.
Transporte marítimo
Transporte Rodoviário
Com estas actividades realizadas, foi possível aumentar a taxa de cobertura de água
rural para 51, 2%beneficiando 95000 habitante sem 2011.deste modo o distrito conta
9
com 234 fontes de água (poços, furos e nascentes). Das quais 191 operacionais e 43
não operacionais.
10
3.8 Uso e ocupação do Solo
O Distrito de Namacurra estende-se por uma área de 2.028 km, da qual 628,8 km
correspondem a ocupação humana. Desde a área 626,7 km são ocupados por áreas
de cultivo e apenas 2,1Km2 e ocupada por aglomerados populacionais. A restante área
(1.399,2Km) e ocupada por diferentes coberturas do solo.
3.9 Agricultura
11
O arroz por seu turno e uma cultura com maior destaque em termos de crescimento do
volume de produção verificando-se um aumento nas quantidades produzidas desta
cultura. Olhando para segurança alimentar, o distrito não regista bolsas de fome uma
vez que, mesmo com a seca que assolou parte do distrito, o recurso a culturas
resistentes garantiu a produção agrícola.
3.10 Pecuária
3.11 Pesca
No distrito de Namacurra, a pesca e uma das actividades primárias mais praticada pela
população desenvolvida principalmente nas comunidades que residem ao longo da
costa.
12
3.12 Exploração florestal
Os produtos florestais mais usados pela população são a lenha, (para iluminação e
confeccao de alimentos) e árvores para produção de carvão vegetal e de madeira para
construção e produção de mobiliário.
Numa visão geral, o estado de saúde das comunidades locais melhorou. O distrito conta
com 12 Unidades Sanitária com maternidade e 02 Postos de Saúde; foram distribuídas
cerca de 13.072 redes mosquiteiras na consulta pré-natal para as mulheres gravidas dos
12.789 planificados, o que significou uma execução de 102.2%, contra os 10.585
distribuídos no ano 2013, registando-se um crescimento de 23%.
13
Na formação de professores, verifica-se um aumento de quadros com nível superior
comparativamente aos anos anteriores.
14
calamidades naturais para Moçambique, ainda não se encontram disponíveis estudos
que permitam prever detalhadamente o que poderá ocorrer na costa Moçambicana, e
em, particular no Distrito de Namacurra.
15
Maganja da Costa, através do rio Licungo, ao Sul pela Localidade Pida e Oeste pela
Localidade Mbaua.
Furquia é uma localidade com um grande potencial nas áreas de agricultura, comércio
e pesca. Apesar deste potencial económico, a localidade nos últimos anos tem vindo a
registar cenários cíclicos como é o caso das cheias/inundações que se verificam na
zona baixa e vendavais que comprometem drasticamente estas actividades
económicas, causando fome, miséria e migração sazonal.
16
A característica do clima e do relevo da localidade que favorece a actividade agrícola,
nem sempre é bem-sucedida devido a ocorrência de inundações que
consequentemente condicionam a perda de culturas, devido a corrente das águas.
A pesca é uma outra actividade de grande importância nesta comunidade, visto que a
localidade é atravessada pelo rio Licungo e uma lagoa denominada Durumue. A
comunidade tem usado vários equipamentos de captura de pescado como, rede de
cerco, arrasto simples ou duplo, armadilhas, anzol e zagaia.
17
3.16 Perfil da Localidade de Malei
Historicamente o nome Malei resulta do nome de um riacho que passa nas artérias da
localidade de Malei e pela sua contribuição económica em particular a prática de pesca
artesanal e nas suas margens propiciavam a prática de agricultura, consequentemente
foi atribuído a localidade o nome de Malei.
18
inhame), leguminosas (amendoim, feijão manteiga, feijão nhemba, feijão boer e feijão
jugo).
19
FERRAMENTAS DE CVCA
Tabela 1: Perfil histórico de Namacurra
20
primeiros centros de reassentamento e
construção de casas elevadas. Foram
as cheias com maior duração de
tempo (4 meses) não só devido a
queda fluviométrica mas também
devido a abertura das comportas da
Cahora Bassa que inundaram toda a
região baixa da província atravessada
pelo Rio Licungo.
1979-1982 Retorno as zonas de origem Muita fome e consumo de nhagombo
das famílias reassentadas (uma planta aquática)
devido a seca
1980-1982 Intensificação da guerra civil Destruição das infra-estruturas e
serviços sociais básicos, de
machambas estatais e perda de vidas
humanas
1984 Criação de gabinetes de Minimizar a fome
abastecimento (Delegações
Provinciais de Combate as
Calamidades Naturais)
1985 A pátria chama por nós Defesa da soberania nacional
(Serviço Militar Obrigatório)
1986 Morte do primeiro presidente Tristeza do povo no solo pátrio e na
da república de Moçambique, diáspora
Samora Machel
1987 Migração massiva da Registo de maior número de
população devido a guerra refugiados nos países vizinhos
1992 Assinatura do Acordo Geral Fim da guerra civil
de Paz
1993 Início de regresso da Abertura de machambas na zona baixa
população as zonas de e a não valorização do dique de
origem protecção que culminou com a sua
destruição
1994 Primeiras eleições gerais Escolha dum governo
democraticamente eleito
1996 Cheias e ciclone Bonita Destruição das infra-estruturas e de
campos agrícolas
1997 Censo populacional Melhorar a planificação do governo
central
2000 e 2001 Cheias e ciclone Hudah Destruição das infra-estruturas e
serviços sociais básicos, danificação
21
de culturas, áreas florestais e criação
de Bairros de reassentamento
2003 Seca e ciclone Hudah Desaparecimento e perda de muito
peixe nos rios, morte de animais e
muita fome
2007 Cheias Famílias reassentadas e fome
2008 Cheias, estiagem e ciclone Registo de vítimas humanas, animais e
Fávio devastação de culturas
2009 Seca e ciclone Fome, destruição de casas e campos
agrícolas
2010 Seca Fome
2011 e 2012 Cheias e inundações Fraca produção
2013-2014 Seca Falta de água nos furos abertos,
animais com baixo peso e fraca
produção
Esta tabela faz uma resenha histórica da ocorrência dos principais eventos climáticos
de 1952 a 2014 e indica os respectivos impactos. Neste historial destacam-se as
cheias/inundações e seca/ciclones.
22
Tabela 2: Matriz de Vulnerabilidade.
EVENTOS/AMEAÇAS
Actividades Cheias/ Secas Ventos Queimadas Pragas Erosão
Inundações fortes
Agricultura 3 3 3 2 1 2
Pesca 1 2 2 0 0 0
Pecuária 2 2 1 2 0 0
Comércio 2 2 1 0 0 1
Exploração 1 1 1 3 0 1
florestal
Total 9 10 8 7 1 4
Tendências
A semelhança das cheias e inundações nos últimos anos vem se registando aumentos
significativos de secas, afectando sobretudo a zona alta do distrito, o que coloca parte
do distrito com deficiência alimentar.
23
Tabela 3: Matriz de Capacidades e Medidas de Adaptação
24
escassez de para alimentar água
água nos tanques
piscícolas.
Pecuária Movimentação de Escassez de Produção e
animais para pasto e agua conservação de
varias zonas de para pasto para uso no
pastagem e abeberramento período de seca;
abeberramento; de animais instalação de
sistemas de
captação de água
para bebedouros de
animais
Exploração Exploração Escassez de Instalação de
florestal selectiva/restrita árvores; viveiros para
de árvores; escassez de produção de mudas;
sementes para reflorestamento de
produção de áreas devastadas
viveiros
Ventos fortes Agricultura Instalação de Indisponibilidade Instalação de
quebra-ventos de árvores para viveiros comunitários
(barreiras de quebra-ventos para produção de
arvores) em redor mudas
das machambas
Pesca Interdição de Deficiente Divulgação
pesca divulgação atempada da
informação
Pecuária Reforço dos Insuficiência de Construção de
currais/capoeiras meios materiais currais/capoeiras
e financeiros resistentes aos
ventos
Exploração Interdição da Deficiente Divulgação
florestal actividade divulgação atempada da
informação
Em relação as medidas de adaptação que tem sido levadas a cabo pelas comunidades,
principalmente para a prática de agricultura, pecuária e pesca para fazer face aos
eventos extremos, elas praticam agricultura em zonas altas e cultivam arroz na época
de cheias e inundações e na de seca introduzem culturas tolerantes à seca. No caso
da pecuária, no período de cheias constroem copas em árvores de grande porte
(currais/capoeiras elevadas); evacuam atempadamente os animais para zonas altas;
25
no período seco movimentam os animais para várias zonas de pastagem e
abeberamento e com relação a pesca, no período de cheias praticam esta actividade
nas margens dos rios e no período de seca fazem-no no leito dos rios. As soluções
propostas pelas comunidades perante estes cenários sugerem que se deve massificar
o cultivo de hortícolas e de arroz na época de cheias e instalação de sistemas de
irrigação; fazer machambas em zonas baixas; na pecuária deve se construir
currais/capoeiras em zonas altas no período de cheias e produção e conservação de
pasto para o uso no período seco, instalação de sistemas de captação de água para
bebedouros de animais; na pesca, no período de cheias propõe-se abertura de tanques
piscícolas e no período seco disponibilidade de barcos de pesca para se fazerem ao
leito dos rios e instalação de sistemas de captação de água para os tanques piscícolas.
26
Tabela 4: Calendário sazonal
PERÍODO
ACTIVIDADES
Jan Fev Mar Abr Ma Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Agricultura Colheita Lavoura Sementeira Sementeira
Pesca
Pecuária
Agrícola
Comércio
Geral
Exploração Florestal
Devastação do mangal
EVENTOS Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Seca
Cheias/inundações
Ventos fortes
Pragas
Caça e abertura de
Queimadas
machambas
Legenda:
- A actividade não é realizada ou o evento não ocorre
- A actividade é realizada ou o evento ocorre, com fraca intensidade
- A actividade é realizada ou o evento ocorre, com alguma intensidade
- A actividade é realizada ou o evento ocorre, com forte intensidade
27
Segundo as comunidades inqueridas no local, a actividade agrícola é a principal,
ocorrendo quase durante todo ano. A pesca é praticada ao longo de todo ano, com
mais incidência entre os meses Abril a Setembro. A pecuária também é praticada
durante todo ano, com maior enfoque de Maio a Julho. A actividade comercial, no geral
ocorre durante todo ano, com maior destaque entre os meses de Abril ate Novembro.
Em especial a comercialização agrícola é mais praticada de Abril a Agosto. A
exploração florestal ocorre na 2ª metade do ano, principalmente nos meses de
Novembro e Dezembro. Entretanto, com relação ao corte de mangal regista-se
ocorrência com fraca intensidade durante todo ano, com excepção de Janeiro,
Fevereiro e Junho.
28
Figura 1. Diagrama de Venn
ADPP
Visão
Congreg.
Mundial
Religiosas
Caritas
PLAN Governo
Distrital
Right to
Play
COSA
CA
FGH
WaterAi CVM
d
29
ORGANIZAÇÃO SECTOR DE ACÇÃO LOCAL IMPACTO
1 Governo Distrital Todos Nas 02 3
localidades
2 Congregações religiosas Social Nas 02 2
localidades
3 Cruz Vermelha de Promove capacitações Nas 02 2
Moçambique de activistas e localidades
mobilização da
comunidade no âmbito
de saneamento do meio
4 Friends Global Health Saúde (TARV) Nas 02 2
localidades
5 Visão Mundial Saúde, educação, água e Furquia 2
saneamento
6 Consorcio de ONG Água e saneamento - Nas 02 1
Save the Children, Emergência localidades
Action aid, Care,CVM
7 Ajuda de Educação, Saúde e Nas 02 1
Desenvolvimento de Agricultura localidades
Povo para Povo (ADPP)
8 Caritas Água e saneamento Nas 02 1
localidades
9 WaterAid Água e saneamento Furquia 1
10 PLAN Educação Furquia 1
11 Right to Play Educação Nas 02 1
localidades
Após o exercício de análise dos principais actores que actuam no distrito com relação
às mudanças climáticas, foi feito um diagrama de venn, onde o governo distrital é a
entidade central na gestão de riscos e promoção de medidas de adaptação, seguida da
Cruz Vermelha de Moçambique (CVM), Congregações Religiosas, Visão Mundial e
Friends Global Heath. Com menor impacto, também actuam a COSACA, ADPP,
Caritas, WaterAid, Right to Play e PLAN.
30
Figura 2: Mapeamento de Recursos e Riscos
Furquia Malei
31
4. MUDANÇAS CLIMÁTICAS E DESENVOLVIMENTO DO DISTRITO
4.1 Visão
OE 3: Incentivar o reflorestamento
32
4.3 Acções propostas por objectivo estratégico
33
4.4 Teoria de Mudança (TdM) V
i
s
ã
Namacurra, Rumo ao Desenvolvimento Sustentável e Resiliente a Mudanças Climáticas
o
I
m
p
Redução da Aumento de renda e Melhorada a segurança Melhoria de R
a
vulnerabilidade comercialização alimentar e excedente saúde pública
c e
comercial
t s
o u
l
Aumento de Aumento de facilidade Aumento da produção Melhoria do t
conhecimentos para fazer de escoamento de e produtividade saneamento do meio
a
face as mudanças produção
climáticas d
o
P
r
o
Aumento de Livre circulação Aumento da Disponibilidade Disponibilidade produtos
biodiversidade d
capacidade de de pessoas e de água agro-pecuários
adopção local bens u
t
o
O
Melhorar a capacidade Melhorar as vias Incentivar o Assegurar a abertura Fomentar actividade .
institucional para de acesso reflorestamento de sistemas de agro-pecuária E
assegurar o captação de água
desenvolvimento .
sustentável
34
Melhorar a capacidade institucional para assegurar o desenvolvimento sustentável
Na visão do distrito, com o melhoramento da capacidade institucional, irá aumentar a capacidade de adaptação local face as
mudanças climáticas; os técnicos estarão dotados de conhecimentos que irão introduzir iniciativas de adaptação a serem
implementadas pelo governo local e seus parceiros, resultando na redução da vulnerabilidade, nomeadamente, perda de culturas,
animais domésticos, entre outros bens; por último, irá contribuir na segurança alimentar e na capacidade de resposta e de
resiliência.
Na visão do distrito, com o melhoramento das vias de acesso, a livre circulação de pessoas e bens será garantido, o que irá facilitar
o escoamento de produção e renda, bem assim, aumentar significativamente o comércio.
Incentivar o reflorestamento
Estimulando reflorestamento,o distrito irá aumentar a biodiversidade, isto é, o distrito aumentará as áreas florestais, e assim, a
produção florestal e faunística irá aumentar; o que incrementará a comercialização, a renda e o poder de compra de bens duráveis
das comunidades, isto é, o haverá melhoria das condições de vida e a riqueza, tornando-os resilientes em caso de ocorrência de
eventos extremos.
Com a instalação de sistema de capitação de água, o distrito espera minimizar os problemas de carência de água nas
comunidades, o que irá ajudar no abastecimento de água, possibilitando maior disponibilidade de água que permitirá o aumento de
produção e produtividade; irá melhorar a saúde e higiene individual e colectiva; irá reduzir a distância percorrida para a busca do
35
precioso líquido; irá aumentar as áreas/produção de hortícolas, tanques de abeberamento de animais; e em última instância, a
qualidade de vida das comunidades estará assegurada.
Com este objectivo estratégico, o distrito terá disponibilidade de produtos agro-pecuários, que irão aumentar a produção e a
produtividade agrícola, para além de melhorar a dieta alimentar e a comercialização agro-pecuária.
36
5. PLANO DE ACÇÃO
O Plano Local de Adaptação as Mudanças Climáticas do Distrito de Namacurra tem um horizonte temporário de 5 anos.
O plano de acção do mesmo segue as matrizes actualmente em uso para o desenho e implementação do PESOD distrital. E a filosofia
do PLA que ao longo do tempo, as acções aqui apresentadas sejam incorporadas no PESOD e reflectidos no PEDD.
Como referido na introdução, pretende-se que o PLA seja um instrumento de apoio e não um instrumento de planificação definitivo. O
distrito assume o PEDD e o PESOD como sendo os seus instrumentos de planificação sendo que, os restantes são apenas
instrumentos de apoio a estes dois.
As matrizes que se seguem apresentam o plano de acção da implementação do PLA no distrito de Namacurra, porem, e preciso frisar
que a implementação de cada uma das actividades será precedida por uma análise mais minuciosa da sua viabilidade técnica, social,
económica e ambiental. O Orçamento Global do PLA do Distrito de Namacurra é estima em Quarenta e oito milhões, duzentos e
cinquenta e cinco mil meticais (48.255.000,00Mts) como vem apresentado na tabela a baixo:
37
3 Incentivar o Reflorestamento. 1,100,000.00
Total 48,255,000.00
38
Matriz de acção do OE1: Melhorar a capacidade institucional para assegurar o
desenvolvimento
Actividad
Realização/An Fonte
Indicador e
N Meta o Beneficiári Orçamento por de Respons
r
Acção do Localização Provenie
Física os Actividade Finan .
produto nte do
I II I c.
I V PEDD?
I I V
Formar a equipe
Nr de Governo
técnica distrital em Namacurra/ DANID
1 capacitaçõ 5 1 1 1 1 1 16 340,000.00 do NAO
matéria de monitoria Quelimane A
es Distrito
e avaliação
Nr de
Criar e legalizar de associaçõe Furquia / DANID
2 6 2 2 2 População 15,000.00 SDAE SIM
associações s Malei A
legalizadas
Criar comités de Nr de
Furquia / DANID SDPI/SD
gestão de recursos comités 4 2 2 População 100,000.00 SIM
Malei A AE
naturais e criados
3
fornecimento de
equipamento de
trabalho
Nr de kits Furquia / DANID
4 2 2 População 150,000.00 SDPI NAO
fornecidos Malei A
39
Instalar centros de Nr de
Furquia / DANID
4 demonstração de centros 5 1 1 1 1 1 População 300,000.00 SDAE SIM
Malei A
tecnologias instalados
905,000.00
40
Matriz de acção do OE2: Melhorar as vias de acesso
Met Font Activida
Indicad Realização/Ano Orçamento de
N a Localiza Beneficiár e de Respo
r
Acção or do por ns.
Provenie
Físi ção ios Finan nte do
produto Actividade
ca I II III IV V c. PEDD?
KM de
estrada 4 3 3 2 2 Malei - Danid GD -
1 Reabilitar vias de acesso 150 População 4,000,000.00 Sim
reabilitad 0 0 0 5 5 Furquia a SDPI
os
Nr de
vias por
Fazer manutenções de rotina das Malei - Danid GD -
2 fazer a 6 1 2 2 1 0 População 10,000,000.00 SIM
vias de acesso Furquia a SDPI
manutenç
ão.
Nr de
trocos por Malei - Danid GD -
3 Ampliar e sinalizar as vias de acesso 10 2 2 2 2 2 População 4,000,000.00 Não
ampliar e Furquia a SDPI
sinalizar
Nr de
drifts Malei - Danid GD -
4 Construir drifts 4 2 1 1 0 0 População 2,000,000.00 Não
construíd Furquia a SDPI
os
Nr de
aqueduto
Malei - Danid
5 Construir aquedutos s 4 1 2 1 0 0
Furquia
População 2,000,000.00
a
GD - Sim
construíd
os
Nr de
pontecas Malei - Danid GD -
6 Construir pontecas
construíd
4 1 2 1 0 0
Furquia
População 16,000,000.00
a SDPI
Sim
os
38,000,000.00
41
Matriz de acção do OE3: Incentivar o reflorestamento
Re
ali Actividad
Orçament Fonte
za e
Localizaç Beneficiári o por de
Indicado çã Respons. Provenien
N Meta ão os Actividad Finan te do
r
Acção r do o/
Física e c. PEDD?
produto An
o
I II I
I V
I I V
Nr de
comités
Criar e reactivar comités de gestão de recursos Furquia/ 200,000. DANI
1 criados e 4 1 1 1 1 População INGC SIM
naturais; Malei 00 DA
reactivad
os
Nr de
Furquia/ 600,000. DANI
2 Criar viveiro comunitário e aquisição de mudas viveiros 2 1 1 População SDAE SIM
Malei 00 DA
criados
Nr de
Furquia/ 100,000. DANI SDAE/S
3 Fiscalizar a exploração dos recursos florestais fiscalizaç 10 2 2 2 2 2 População SIM
Malei 00 DA DPI
ões
42
Nr de
sensibiliz
ação de
Furquia/ 200,000. DANI SDAE/S
4 Combater a prática de queimadas contra a 10 2 2 2 2 2
Malei
População
00 DA DPI
pratica de
queimada
s
1,100,00
0.00
43
Matriz de acção do OE4: Assegurar a abertura de sistemas de captação
de água
Orçamento Actividad
Fonte de
Realização/Ano Localização Beneficiários por e
Indicador do Meta Financ. Respons
Nr Acção Actividade Provenien
produto Física .
te do
I II III IV V PEDD?
Adquirir e montar Nr de moto-
Furquia /
1 moto-bombas para bombas 2 2 População 150,000.00 DANIDA SDAE SIM
Malei
irrigação; adquiridas
Instalar pequenos
Nr de pequenos
sistemas de
sistemas de Furquia /
2 abastecimento de 2 1 1 População 2,500,000.00 DANIDA SDPI SIM
abastecimento Malei
água usando
instalados
painéis solares
Construir diques de
Nr de diques
3 protecção das 1 1 Malei População 2,000,000.00 DANIDA SDPI NAO
construídos
águas
4,650,000.00
44
Matriz de acção do OE5: Fomentar a actividade agro-pecuária
Activi
Realização/Ano Fon dade
Orçame
Indicador Meta te Prove
N Localiz Benefi nto por Resp
Acção do Físic de niente
r ação ciários Activida ons.
produto a II Fina do
I II IV V de
I nc. PEDD
?
Quantidad
10
e de Furquia Popula 1,000,00 DAN
1 Adquirir semente (gergelim, hortícolas e cereais); Tone 2 2 2 2 2 SDAE SIM
semente / Malei ção 0.00 IDA
ladas
adquiridos
Nr de
2 1 1 Furquia Popula 200,000. DAN
2 Adquirir animais (caprino e suínos); animais 60 10 10 SDAE SIM
0 0 0 / Malei ção 00 IDA
adquiridos
Nr de
10 10 Furquia Popula 200,000. DAN
3 Adquirir alvinos alvinos 2000 SDAE SIM
00 00 / Malei ção 00 IDA
adquiridos
Nr de
cooperativ
Fomentar cooperativa de venda de equipamento Popula 500,000. DAN
4 as 1 1 Furquia SDAE NAO
pesqueiro. ção 00 IDA
fomentad
as
Nr de
Furquia Popula 600,000. DAN
5 Abrir tanques piscícolas. tanques 2 1 1 SDAE SIM
/ Malei ção 00 IDA
abertos
45
Nr de
Criar cooperativas de fornecimento de insumos Furquia Popula 600,000.
6 cooperativ 2 1 1 DAN SDAE NAO
agrícolas e transferência de tecnologias de produção / Malei ção 00
as criadas IDA
Nr de
práticas de
Furquia Populaç 300,000. DANI
7 Assegurar a práticas de culturas tolerantes a seca culturas 3 1 1 1 SDAE SIM
/ Malei ão 00 DA
assegurada
s
Nr de
celeiros Furquia Populaç 200,000. DANI SDAE
8 Construir celeiros melhorados (Modelo Gorongosa) 20 4 4 4 4 4 NAO
melhorado / Malei ão 00 DA / SDPI
s
3,600,0
00.00
TO 48,255,
TAL 000.00
46
6. SISTEMA DE MONITORIA E AVALIAÇÃO
TABELA DE INDICADORES
A. NIVEL DE PROCESSO
47
Nr de comites (3) 2011 Nr de motobombas (0) 2015
criados e adiquiridas
reactivados
Nr de viveiros (0) 2015 Nr de pequenos (0) 2015
criados sistemas de
abastecimento de
água instalados
Nr de fiscalizações (2) 2012 Nr de diques (0)2015
florestais construidos
realizadas
Nr de (3) 2011 Nr de sistemas de (0) 2015
sensibilizações irrigaçao instalados
contra a prática de
queimadas
realizadas
Nr de capacitações A (2)2014
para os líderes
comunitários sobre
uso racioanal de
recursos florestais
48
B : NÍVEL DE PRODUTO, RESULTADOS E IMPACTO
Número de hectares 0
reflorestados/desflorestados
49
Aumento de rendimento (toneladas por 2 há.
hectares)
% de pobreza 0
50
51
7. OPORTUNIDADE DE INVESTIMENTOS CLIMÁTICOS NO
DISTRITO
As tabelas e textos abaixo apresentam as diferentes oportunidades de investimento
que o distrito oferece e que, uma vez concretizadas, poderão ajudar a aumentar a
auto- suficiência e resiliência do distrito.
1. Agricultura
Em relação a agricultura, este distrito conta com muita terra fértil disponível
(120.000 há) boa rede hidrográfica para a irrigação, evidenciada pelo rio Namacurra,
condições naturais adequadas para represamento de água, e com condições
climáticas e topográficas para a prática de agricultura (todas as Localidades).
2. Pecuária
Situação actual Oportunidades de
negócios
Existem Potencial para
actualmente 58.805 atingir 300.000,00
espécies de animais espécies.
diversos. 100.000 Há sendo
Existe. 10.000 Há sob aproveitadas
onde pastam para pastagens.
animais
actualmente.
52
3. Pesca
4. Exploração florestal
53
5. Comércio
54
BIBLIOGRAFIA
55