Hom 12080 200
Hom 12080 200
SÃO PAULO
2018
KARINA JANOTI DOS SANTOS
SÃO PAULO
2018
Santos, Karina Janoti dos
sicose, o que se propõe até os dias de hoje. Neste trabalho, propomo-nos a abordar
história.
The Miasm Theory, created by Samuel Hahnemann, the father of Homeopathy, still
causes great controversy. Different authors try to explain it according to the scientific
Henry Allen, Hahnemann’s successor in the miasm studies, at the end of the
which we still believe happens nowadays. In the present paper we aim to analyze
5. DISCUSSÃO ....................................................................................33
6. CONCLUSÃO .................................................................................37
REFERÊNCIAS.....................................................................................39
7
1. INTRODUÇÃO
e pesquisa na área, notou que, embora com tratamento adequado, não obtinha
recidivante.1
decomposição”.3
oitavo restante decorreria da sífilis ou, ainda mais raramente, da sicose ou de uma
dada teoria, dando a ela outros enfoques, tendo como base novas descobertas na
eminentes homeopatas, como J.H. Allen, Henri Bernard e James Tyler Kent.
Saúde Pública, sendo que evitar o adoecimento tem grande impacto na saúde
realizamos uma discussão com base nos principais tópicos levantados ao longo do
estudo.
2. PROPOSIÇÃO
vista de Saúde Pública, objetivamos neste trabalho fazer uma análise teórica das
3. METODOLOGIA
de livros e artigos.
comum, sendo que em seu “Tratado das Doenças Crônicas” dedica apenas poucas
considerava que sua natureza seria contagiosa, sendo doença venérea no caso da
sicose e da sífilis.
contágio.
localmente.
doença interna.
podendo ser necessárias doses alternadas de Thuya e Nitricum acidum, mas que
J.H.ALLEN
miasmas após Hahnemann, tendo inclusive escrito livros sobre o assunto. Dedicou
abaixo.
único princípio para a prescrição homeopática adequada, mas que ela deveria ser
essência.
criativas e se ligariam à força vital, sendo que essa ligação só poderia ser rompida
deveria ser tratada o quanto antes, devido à boa resposta das crianças ao
tratamento homeopático).
recidivantes.17
sintomas característicos.
Na história típica de um caso de sicose haveria pouca dor, com uma leve
queimação no meato uretral, mas nunca muito severa. A secreção seria escassa,
cirúrgicos. Caso fosse transmitida nesse estágio, aquele que foi contaminado pela
suprimida (por exemplo, por retirada do útero e ovários), passaria para seu estágio
internos).
mania e insanidade.
menores do que 30CH, sem limite superior, sendo que acreditava que maior
deveria ter cuidado na repetição dos medicamentos de ação profunda, o que seria
reestabelecida (ou surgir outra forma de eliminação) para que o tratamento fosse
Allen colocava que o paciente deveria estar ciente da sua doença e que, para
malignidades.
produção do seu repertório, utilizado até os dias de hoje e servindo como base para
novos repertórios.
Acreditava que nem todos os casos de gonorreia se tratavam de sicose, mas sim as
transmissão.
morte. Colocava ainda que os estados iniciais não eram apresentados pelos
Kent sublinhava que a sicose afetava os tecidos moles, mas não os ossos, ao
antissicóticos.
predisposição às doenças. Entre eles, podemos citar o suíço Antoine Nebel (1870-
1954), o francês Leon Vannier (1880-1963), que deu continuidade aos estudos
outros.20,21
biotipologia definida, em grande parte, pelo genótipo, não seria passível de ser
Além disso, trouxe a ideia do cancerinismo como uma conjunção dos três miasmas
gonococcia.14
Dito isso, focaremos este trabalho nos estudos de Henri Bernard (1895-1980),
Os trabalhos modernos sobre a sicose (no século XX) têm como objetivo dar-
Bernard.13,14
importante na sicose.9,13,14
terreno.13,14
Ainda em seu livro13, colocava que psora e sicose não seriam duas reações
viveu).13
Cabe colocar que autores contemporâneos, como Othon André Julian e Marc
Haffen, em 1984, trouxeram à tona definições mais modernas dos miasmas, ainda
benigna.18
sicose”.18
23
Reforça, como já dito por Allen, que a sicose reage lenta e tardiamente ao
tratamento, sendo a mais tenaz das diáteses. Os casos crônicos podem persistir por
anos.22
mesmo afirma que os policrestos são polidiatésicos, mas que não podemos associar
inutilizaríamos a própria noção de diátese (que assim não seria útil na escolha do
medicamento).22
eliminação do organismo.25
brasileiro José Laércio do Egito7, bem como os argentinos Tomás Pablo Paschero
Visto que o professor Egito não traz uma teoria nova em sua obra, e sim
à expressão clínica.5
delinquência etc.26
tratamento.7
Masi Elizalde aborda a Teoria dos Miasmas sob um ponto de vista teológico,
em três etapas evolutivas (nas quais não nos aprofundaremos, visto que isso fugiria
Casale (1929-2009) referente aos miasmas crônicos, na qual os aborda como uma
Define sicose como “um estado crônico de distonia vital que se instala sobre
vacinas são causa de sicotização. Refere ainda que cada miasma causa
determinado grupo de sintomas e enfermidades que não pode ser produzido por
outro.28
convivência sem que haja, no último caso, contágio. Alguns fatores endócrinos,
INDIANOS
Sankaran.
separado da vontade de Deus, do que decorre uma desordem mental e, por fim, as
repercussões físicas.5
respeito à sicose. Tomamos como base seu livro “Homeopatia Previsível Parte III –
outros produtos.
Afirma que, como a célula tem somente três respostas defensivas, podemos
ter apenas três tipos de doenças crônicas e, como consequência, três miasmas.
lesão celular, a psora é a mãe de todas as doenças. Propõe ainda que, como todos
manifestar por meio de deficiência ou excesso. Por exemplo, dilatação, que seria
causada por deficiência de fibrina, classifica como sicose por falta; relaxamento dos
tecidos, por deficiência de elastina, também sicose por falta; endurecimento dos
tecidos por excesso da produção de fibrina, a sicose por excesso; contração dos
tecidos por excesso de produção de elastina, sicose por excesso, e assim por diante
Classifica ainda a segunda fase da vida, por volta dos 20 aos 50 anos, como
de Hering, da seguinte forma: “do miasma mais destrutivo (...) para o menos
destrutivo, isto é, da sífilis para a sicose, da sífilis para a psora ou da sicose para a
psora”.
manifestar na mente, no corpo, nas doenças, nos sonhos, nas tendências, gostos,
com a sensação, sendo que declara que miasma e sensação são inseparáveis,
viver com ela, visto que há uma fraqueza interna que é fixa e irreparável, não sendo,
entretanto, fatal. Admitindo sua fraqueza interna, o indivíduo sicótico tenta escondê-
la dos outros com segredo, egotismo, atitudes compulsivas, ideias fixas, fanatismo,
Assim como outros autores, admite que a psora é mãe da sicose, dado que
pessoas de meia idade em que, após terem lutado longo período contra seus
autor.
assim como o tuberculínico, entre a sicose e a sífilis (o que não é consenso entre os
autores).
33
5. DISCUSSÃO
são necessários no que diz respeito aos miasmas. Muito se evoluiu desde o início do
comprovados.17
sicose.
vacinação etc), sendo assim, estritamente individual e complexa.32 Mais atual ainda,
animal uma agressão leve e repetida, o que poderia tornar possível a visibilidade
No entanto, o próprio autor evoca que tal experimentação deveria ser avaliada
satisfatórios, e o próprio fato de que os homeopatas são muito reticentes no que diz
Barbancey (1996), em acordo com o que foi dito no parágrafo anterior e com
Tétau (1996) sugere que as vacinas indispensáveis devem ser aplicadas, mas
diátese do paciente).22
Por fim, dado que ainda não podemos explicar o mecanismo de ação dos
Muitos outros autores poderiam ter sido mencionados neste texto, mas
optamos por suprimi-los, visto que não traziam informações novas em vista das que
36
6. CONCLUSÃO
Conclui-se que Hahnemann deu o pontapé inicial no que diz respeito à Teoria
categórico.
mais sicótico.
modo reacional.
Carecemos de evidências concretas e consensos para que ele possa se tornar uma
ferramenta mais útil na prática clínica não apenas homeopática, mas na prática
REFERÊNCIAS
11. ALLEN, J.H. The Chronic Miasms – Sycosis. Nova Delhi: B. Jain Publishers,
1986.
40
25. PITRON, P. Les Grands Homéosycotiques. Cahiers bioth. n. 142, p. 43-48, Out-
Nov. 1996.
28. CASALE, J.A. Los miasmas crónicos: perturbacion del tono bioenergetico.
Buenos Aires: Club de studio, 1982.
31. VANGAY P., WARD T., GERBER J.S., KNIGHTS D. Antibiotics, Pediatric
Dysbiosis, and Disease. Cell host & microbe., v. 17, n. 5, p. 553-564, Mai. 2015.
32. MERIADEC, M.C. Las diátesis homeopáticas. Bol. Mex Hom., v. 32, n. 2, p. 48-
78, Jul-Dec. 1999.