Estudo Comparativo Entre Equipamentos
Estudo Comparativo Entre Equipamentos
Estudo Comparativo Entre Equipamentos
MONOGRAFIA
Março 2015
DEDICATÓRIA
- A Prof. Risia Magriotis Papini, minha orientadora, pela sua atenção durante a
preparação do trabalho.
- Aos amigos e amigas que não foram citados e que sempre estiveram comigo me
auxiliando.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 7
2. OBJETIVO E RELEVÂNCIA .............................................................................. 9
3. DESENVOLVIMENTO....................................................................................... 10
3.1. Aspectos básico da flotação do minério de ferro ..................................... 10
3.2. Equipamentos de flotação.......................................................................... 12
3.2.1. Células convencionais ................................................................................ 13
3.2.2. Células tanques ........................................................................................... 19
3.2.3. Colunas de flotação .................................................................................... 21
3.2.4. Célula pneumática ...................................................................................... 26
4. CONCLUSÕES..................................................................................................... 29
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 30
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
O desenvolvimento da indústria mundial nos últimos cem anos não teria sido possível
sem a descoberta do processo de flotação. Os processos físicos tradicionais,
gravimétricos, magnéticos e eletrostáticos, em grande parte baseados nas propriedades
naturais dos minerais, não teriam possibilitado a escala de produção necessária dos
metais básicos – cobre chumbo, zinco e níquel – a partir dos sulfetos minerais. Também
não teria sido possível a produção atual de metais nobres como Au, Pt, nem a produção
do fosfato necessário ao desenvolvimento da agricultura. Até mesmo grande parte da
produção mundial de minério de ferro, necessário à produção de aço nos níveis de
consumo atual, só se tornou possível nas últimas décadas com a utilização em larga
escala do processo de flotação (Oliveira, 2007).
Este fato faz com que sejam avaliadas as principais características de cada tipo de
máquina de flotação para a escolha correta. Em alguns casos a escolha adequada dos
equipamentos pode mudar significativamente o fluxograma do circuito e mesmo as
condições operacionais e dosagem de reagentes, tornando o processo com melhor
rendimento, mais seletivo ou de menor custo. Por outro lado, a escolha incorreta da
maquina de flotação pode inviabilizar um processo (Guimarães e Peres, 1995).
8
2. OBJETIVO E RELEVÂNCIA
3. DESENVOLVIMENTO
Embora pareçam simples, os fenômenos que governam a flotação são complexos. Neles,
a seletividade do processo está associada à química de superfície e à hidrodinâmica.
Química de superfície:
Interações;
Energia;
Adsorção em interfaces;
Molhabilidade natural de minerais;
Uso de reagentes para tornar hidrofóbicas as superfícies minerais.
Na hidrodinâmica tem-se:
As células são tanques projetados para receber a polpa alimentada, continuamente, por
uma das suas faces laterais e descarregá-la pelo lado oposto. Podem ser usadas células
individualizadas, mas a regra é agrupar conjuntos de duas ou mais. Numa extremidade
do conjunto é instalado um compartimento de alimentação e na extremidade oposta, um
compartimento de descarga, a Figura 3.1 ilustra essa configuração. Estes
compartimentos incluem alguns dispositivos para a regulagem do nível de polpa dentro
das células (Chaves, el. al 2010).
O material deprimido é arrastado pela corrente de água e sai pelo fundo da célula,
passando para a célula seguinte e, finalmente, sendo descarregado pela caixa de
descarga. Desta forma, há dois fluxos: um fluxo de afundado no sentido da caixa de
alimentação para a caixa de descarga e outro de espuma, ascendente dentro das células e
no sentido oposto ao do deprimido, através das calhas.
Alem de manter a polpa em suspensão, o rotor deve fornecer a energia necessária para o
transporte do deprimido, o que é obtido pelo correto posicionamento do rotor dentro de
do volume da célula por uma rotação adequada e por uma escolha adequada do diâmetro
(Chaves e Rodrigues, 2013).
Para que o ar seja efetivo para carrear para cima o maior número possível de partículas
coletadas, deve se dispor de um grande número de bolhas de pequeno diâmetro. Isto é
conseguido colocando, em torno do rotor, uma peça chamada difusor, que fragmenta as
bolhas de ar. A Figura 3.3 mostra um conjunto rotor e difusor das células Wemco. A
Figura 3.4 mostra detalhe do rotor das células Wemco igual ao mostrado na Figura 3.2
(Chaves, el. al 2010).
15
Figura 3.3- Conjunto rotor, difusor e capa do difusor das células Wemco.
Figura 3.6 - Diagramas esquemáticos sistemas de aeração: aeração forçada (a) e auto-
aerada (b) - zona vermelha - turbulência de alta intensidade (Yianatos, 2007).
(a) (b)
Figura 3.7 - Exemplo de células mecânicas de flotação FLSmidth: aeração forçada (a) e
auto-aerada (b).
A grande diferença entre estes dois mecanismos reside no sentido do fluxo interno da
polpa no interior das células, adicionalmente a célula com aeração forçada permite
melhor controle da vazão do ar.
As células tanque possuem um arranjo que permite desenvolver equipamentos com alta
capacidade volumétrica e permite trabalhar com polpa com até 65% de sólidos em peso.
Seu desempenho e funcionalidade são compatíveis com as células de flotação
convencionais. São necessários sopradores para este tipo de equipamentos e
normalmente são adotados um por linha e um reserva, não devendo ser locados sob os
equipamentos de flotação de forma a evitar transbordo de polpa sobre os mesmos. A
figura 3.8 ilustra o equipamento.
Tanto para as células convencionais quanto as células tanque é importante adotar duas
válvulas na saída de cada banco. Preferencialmente elas devem ser cônicas para
possibilitar melhor ajuste de vazão. Além disso, para os equipamentos do tipo
convencional, deve-se adotar uma caixa de passagem a cada 5 células para evitar
sedimentação da polpa. No caso de células tanque deve-se adotar um desnível entre elas
de 840 mm.
Nas unidades industriais de flotação em coluna instaladas no Brasil vem sendo utilizada
somente a concepção da coluna convencional, tipo canadense. Na Figura 3.10 está
apresentado um desenho esquemático desse equipamento, com ênfase nos seus aspectos
mais importantes para o processo.
Figura 3.10 – Esquema básico de uma coluna de flotação (Aquino et. al 2010).
Essas características diferentes da coluna com relação à célula mecânica têm permitido
a obtenção de resultados melhores na coluna convencional, principalmente, na flotação
de material com granulometria fina e na etapa de limpeza. A coluna é constituída das
seções de recuperação e limpeza (Oliveira e Luz, 2003).
• vazão de ar;
• água de lavagem;
• hold up do ar;
• altura da camada de espuma;
• tamanho de bolhas;
• altura da seção de recuperação;
• bias;
• tempo de residência.
Estas variáveis podem ter efeito significativo sobre o teor e/ou a recuperação do mineral
de interesse e, como seus efeitos podem estar inter-relacionados, dificilmente serão
avaliados isoladamente (Aquino et. al 2010).
26
Por se tratar de um equipamento sem partes móveis e pelo baixo tempo de residência
das partículas, as células pneumáticas são equipamentos de tamanho reduzido (se
comparadas às células convencionais e colunas de flotação) e os gastos com
infraestrutura é inferior ao dos outros equipamentos.
Figura 3.17 - Esquema básico das células pneumáticas Imhoflot® (a) e Pneuflot®(b)
(www.maelgwyn.com e www.mbe-cmt.com)
28
4. CONCLUSÕES
Analisando o cenário atual de grandes avanços tecnológicos, é possível notar cada vez
mais o envolvimento de grandes empresas no desenvolvimento e aperfeiçoamento das
maquinas de flotação. Nas usinas de beneficiamento de minério de ferro, por exemplo,
em operação a mais tempo, pode se perceber o quão importante foi ou é a utilização das
células mecânicas convencionais.Assim também percebemos como as colunas puderam
contribuir para o aumento da produção mineral, tendo como sua principal característica
a capacidade de tratar granulometrias mais finas, que antes seriam rejeitadas, além de
hoje ser fundamental no tratamento de minérios de baixo teor.
Mas como estamos num mundo globalizado e cada vez mais competitivo, percebe-se a
busca pela afirmação de alguns equipamentos que antes pareciam não ter espaço no
mercado nacional, mas hoje já começam a fazer parte de uma realidade como é o caso
da célula pneumática que surge com propostas inovadoras de tratamento de minérios,
tendo como principais pontos positivos alegado pelos seus fabricantes, a capacidade de
tratamento de partículas finas e grossas, menor tempo de residência e menor consumo
energético.
30
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS