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Ibn Battuta o Viajante Do Isla

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IBN BATTUTA: O VIAJANTE DO ISLÃ

Glenio Costa de Mello


Graduando Curso de História - UFRGS
Disciplina Idade Média Oriental
Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Brasil
Porto Alegre - 2009
gleniocm@cpovo.net
1

Resumo

Ao se falar em viagem ao extremo oriente na idade média, todos nós nos


remetemos ao viajante Marco Pólo, cujos relatos estão massivamente difundidos no
ocidente. Poucos conhecem a história dos viajantes muçulmanos, mais ou menos
contemporâneos a Marco Pólo. Seus relatos, ricos em detalhes e de caráter mais
universal e eclético, traçam um quadro extraordinário do mundo islâmico, seus
costumes, sua história, seu dia a dia. Apresentamos a última viagem de Ibn Battuta,
à África Sub-Saariana, seu contato com povos de costumes estranhos e sua relação
com o poder e, por fim, a importância do legado histórico de seu documento
denominado “Regalo de curiosos sobre peregrinas cosas de ciudades y viajes
maravillosos”.

Palavras-chave: Rihlat, idade média, Islã, viagens.

1. OS PERSONAGENS

O mundo ocidental está acostumado a citar Marco Pólo como o grande


viajante da Idade Média, evocar seus relatos de viagens, as paisagens percorridas,
as especiarias e mercadorias encontradas e os costumes exóticos que entrou em
contato. Porém, pouco se conhece sobre a história de viagens ocorridas pelas terras
do Islã, de forma praticamente contemporânea, onde os relatos são mais magníficos
ainda, mais ricos, detalhados e culturalmente visto com um viés diferente do mundo
ocidental. Dois viajantes muçulmanos se sobressaem e ganham enorme importância
para a posteridade, pela riqueza de seus relatos e o enfoque dado pelos mesmos,
muito diferente do que é visto no ocidente. Seus nomes são Ibn Yubayr e Ibn
Battuta. Nosso trabalho se fixará no segundo e na análise de sua última empreitada
pelo continente africano sub-saariano.

Ibn Battuta nasceu em 25 de fevereiro de 1304, na cidade de Tanger,


Marrocos e faleceu neste mesmo país entre 1368 e 1377, em local e data incerta.
Era adepto do Islã de tradição sunita.1 Aos 21 anos, recém completados os estudos,
parte do Marrocos com destino à Meca, em sua primeira peregrinação, dando início
a sua epopéia de viagens, com 29 anos de perambulações incessantes, cobrindo

1
Vera Lúcia Maciel Barroso. “Ciências & Letras: História da África: do continente à diáspora.”. FAPA 44. p.
21.
2

mais de 120 mil quilômetros ( o triplo de Marco Pólo) e passando por 44 países do
Atlas atual.2 Desconhecido praticamente no mundo ocidental, é um herói em sua
terra natal. Thomas J. Abercromble relata que “próximo ao estádio de Tanger, um
globo moderno marca a pequena Praça Ibn Battuta. Encontrei o Hotel Ibn Battuta na
Rue Magellan fechado para reforma, mas logo adiante comi um Ibn Battuta búrguer
no Café Ibn Battuta. Dali se avista a balsa amarela Ibn Battuta chegando da
Espanha, a apenas 30 quilômetros, na outra margem do estreito de Gilbratar.”3

Figura 1: Representação de Ibn Battuta

Fonte:
http://explorermikaelstrandberg.files.wordpress.com/2009/08/ibnbattuta.jpg

2. RIHLAT

Antes de entrarmos na análise da viagem propriamente dita, faz-se


necessário entendermos o caráter que as mesmas tinham no mundo muçulmano. O
termo “Rihlat” literalmente quer dizer “encilhar um camelo”, entendendo-se por

2
Thomas J. Abercromble. “National Geographic: Grandes Exploradores”. 1991. p. 40.
3
Thomas J. Abercromble. “National Geographic: Grandes Exploradores”. 1991. p. 41.
3

viagem ou périplo4, ou seja, o relato da viagem ou conjunto de viagens. Segundo


Maria Cândida de Almeida “trata de um conhecimento acerca da vida humana dentro
de sua organização, dentro de sua história e dentro de suas manifestações
religiosas e morais; destacam as maravilhas e os costumes íntimos dos países
distantes.”5 Também, segundo Fátima Roldán “ As referências aos viajantes
seguiram presentes no Alcorão, em numerosas descrições e recomendações
piedosas, portanto, no universo muçulmanos desde os primeiros tempos. De um
lado porque retomava a tradição pré-islâmica ainda presente no modo de vida de
muitos deles e, por outro, porque respondia a comportamentos próprios de qualquer
muçulmano comprometido com seus princípios e crenças”6

Portanto fica claro o verdadeiro caráter das viagens e peregrinações no


mundo muçulmano: são de valorização elevada, de busca de conhecimento, da
tradição dos sábios, costumes dos homens santos, de reis e de divulgação do Islã. A
riqueza de detalhes dos relatos nos mostra uma gama de informações sobre a
geografia, história, flora, fauna, cosmografia, etnografia, antropologia, culturas,
literatura, costumes, tradições, riquezas, misticismo, o extraordinário, etc. Ibn Battuta
seleciona suas informações, dividindo-as, hierarquizando-as, enfatizando certos
aspectos e minimizando outros, avaliando, julgando e, sobretudo, enquadrando o
visto a partir de suas próprias vivências7. Importante comparação com Marco Pólo
se dá justamente no objeto de observação e da importância do descobrimento:
enquanto o viajante veneziano, por ser comerciante, foca seus relatos nos produtos
e riquezas vistas em suas viagens, Ibn Battuta abarca os aspectos culturais, de
costumes, de práticas religiosas, da retidão dos fiéis. Enquanto Marco Pólo narra o
encontro com povos “estrangeiros”, Ibn Battuta esquadrinha o imenso território do
Islã, na busca do contato com iguais na fé, no enriquecimento do saber.

4
Maria Cândida Ferreira de Almeida. “Palavras em viagem: um estudo dos relatos de viagens medievais
muçulmanos e cristãos”. Afro-Ásia (UFBA), art. Cit., pp. 87.
5
Maria Cândida Ferreira de Almeida. “Palavras em viagem: um estudo dos relatos de viagens medievais
muçulmanos e cristãos”. Afro-Ásia (UFBA), art. Cit., pp. 88-89.
6
Fátima Roldan, “El viaje en el mundo araboislâmico durante la Edad Media: la peregrinación y la búsqueda del
saber”, in P. Beneito e F. Roldán, Al-Andalus y el norte de África: Relaciones y influencias (Sevilla, El Monte),
2004. p. 225.
7
Vera Lúcia Maciel Barroso. “Ciências & Letras: História da África: do continente à diáspora.”. FAPA 44. p.
20.
4

Figura 2: Comparativo das viagens de Marco Pólo e Ibn Battuta

Fonte: http://www.sangam.org/taraki/articles/2006/images/mpibvoya.jpg

As informações de Ibn Battuta podem ser relacionadas conforme o


apresentado por Vera Lúcia Maciel Barroso: “a) descrição geral dos lugares
visitados; b) menção aos santuários e lugares de culto; c) breve descrição e seus
contatos e informantes; d) lista dos notáveis (sultões, sheiks, emires) e líderes
religiosos; e) retrato do governante das terras visitadas, com suas qualidades
pessoais, beleza física e conduta moral, caráter, generosidade e posição entre os
demais soberanos; f) apreciação de audiências públicas e etiqueta palaciana, com
descrição dos palácios; g) apreciação das orações prescritas na lei corânica; h)
descrição das rainhas e princesas.”8

É a partir destas informações que passaremos a analisar a viagem.

8
Vera Lúcia Maciel Barroso. “Ciências & Letras: História da África: do continente à diáspora.”. FAPA 44. p.
23.
5

3. A VIAGEM

A oitava e última viagem de Ibn Battuta começa em Fez e atravessa 2,4


quilômetros de areia do Saara. Buscava o contato com o reino do Mali, única parte
do mundo muçulmano que lhe escapara a pedido do Sultão Abu Inan, seu protetor.

Ibn Battuta faz uma série de recomendações sobre o necessário para as


travessias, em um verdadeiro guia ou manual de viagem, passagens como “Adquiri
camellos, a los estuve alimentando bien durante cuatro meses”; “Alli pasamos diez
dias entre grandes rigores, porque su água es salobre y es lugar con más moscas
que he visto. Em él se hace acopio de água para entrar en el desierto que hay a
continuación y que se extiende a lo largo de diez jornadas de marcha, sin aguadas,
a no ser raramente. Sin embargo nosotros encontramos água em abundancia en
charcas que las lluvias formaran”; “En este desierto abundan trufas y los piojos hasta
el punto de que la gente se coloca en el cuello hilos con azogue que los matan.9”.

Exemplos como estes surgem a todo o momento em sua Rihlat. Os alimentos


possíveis de serem obtidos e consumidos, os cuidados com o armazenamento e
transporte da água, as tribos e povos que se encontram no caminho e o tipo de
negociação possível para obter alimentos. Em Tagaza, o sal extraído em grandes
blocos e transportado em camelos, tem valor equiparado ao ouro e prata e com ele
se obtém alimentos, no norte da África Ibn Battuta relata a existência de berberes
onde aconselha levar tecidos e vestidos para trocar por provisões conforme escreve:
“Acopié provisiones para setenta noches porque entre Takaddã y Tuwat no hay trigo,
pero si carne, leche agria y manteca que se pueden trocar por vestidos.”10

A descrição de rotas, topografias, vegetações, climas, a necessidade de


contratação de guias, etc., abundam no seu relato, mas a maior preocupação é com
a água. Relata situações onde é comum a morte no deserto pela falta de água, tanto
de seres humanos como de camelos, alerta para perigos de saques e salteadores,
recomenda que os odres sejam envoltos em “costales bastos para evitar la

9
Ibn Battuta. “ A través del Islam.” Alianza Editorial. 1987. pp. 767-768.
10
Ibn Battuta. “ A través del Islam.” Alianza Editorial. 1987. p. 792
6

evaporación11”, e informa locais de poços e lagos. A informação mais curiosa para


obtenção de água vem das vacas selvagens em cujas tripas o líquido está presente.

A narração de fatos pitorescos ilustra a visão de Ibn Battuta sobre os


costumes e descobertas nas terras desconhecidas. Sua mentalidade muçulmana se
escandaliza com episódios como este: “Cierto dia entre a casa del cadí de Iwalatan
trás haberme él autorizado y lê encontre en compañia de una mujer muy joven y de
belleza maravilhosa. Al verla quede dudando y quise volver atrás. Ella se rio de mi
sin que lê afectara rubor alguno. El juez me dijo «¿Por qué te vas a ir? Es amiga
mía». Tal comportamiento me dejó perplejo, porque este hombre es un alfaquí y há
peregrinado a La Meca12.” Fica claro o choque a tal ponto de Ibn Battuta chamar de
“Incidente”. Em outras ocasiões o nosso viajante também se depara com tal situação
como quando estava defecando na beira de um rio na presença de um nativo. Ibn
Battuta após reprovar esta atitude, que ele considerava um desrespeito, soube que o
mesmo estava o vigiando para que não fosse vítima de crocodilos.

Os relatos de incidentes são abundantes, vão desde a morte de sua camela


durante a travessia do deserto, desaparecimentos de viajantes que se perdem nas
dunas atribuídos à “gênios malignos”, mordidas de cobras, desconfiança de reis,
falta de solidariedade nas travessias, e vão até a descrição de pestes de gafanhotos
e abundância de moscas. Mesmo nestes infortúnios, Ibn Battuta faz uma descrição
pormenorizada dos fatos como no caso no envenenamento por mordida de cobra
onde ele relata: “el hombre degolló un camello e introdujo su mano em el vientre,
manteniéndola en tal lugar a lo largo de toda la noche”,13 ou quando tenta descrever
um hipopótamo comparando-o com um cavalo.

Um dos aspectos mais importantes do texto diz respeito aos julgamentos que
Ibn Battuta faz dos povos encontrados. Encontra virtudes e defeitos. Em Iwalatan,
além do comportamento já citado em que a mulher é compartilhada com o amigo,
Battuta diz que os homens são muçulmanos, praticam as orações, aprendem a lei,
estudam o Corão, porém suas mulheres não usam véu, embora cumpram com a sua

11
Ibn Battuta. “A través del Islam.” Alianza Editorial. 1987. p. 768
12
Ibn Battuta. “A través del Islam.” Alianza Editorial. 1987. p. 771
13
Ibn Battuta. “A través del Islam.” Alianza Editorial. 1987. p. 770
7

reza. O julgamento religioso segue com os habitantes muçulmanos de Zaga, com


sua piedade e estudo e vai adiante em vários relatos. Outra característica do relato
destes povos é a informação da cor dos mesmos, Battuta repetidamente diz que as
pessoas são brancas ou negras. Nesta passagem fica claro o enfoque dado: “Abd
ar-Rahman, que me visito, era negro, hombre de mérito, de natural generoso y habi
hecho la peregrinación 14”. Mais uma vez fica evidente a questão do mérito religioso.

Ibn Battuta deixa transparecer no texto, certa reserva e implicância com os


povos negros. O costume da hospitalidade no mundo árabe era um dos pilares do
islamismo e o nosso viajante se queixa da mesquinhez e descaso de sua recepção
no Mali. Diz que foi recepcionado pelo filho do Alfaqui, descalço, anunciando o
presente do rei que consistia em somente pedaços de pão, carne e leite.

Battuta também apresenta uma listagem de virtudes e defeitos dos negros. As


virtudes são as ausências de abusos, sua aversão à injustiça, a segurança dos
territórios, as atitudes pias, assiduidade nas práticas religiosas, o bem vestir-se nas
mesquitas, empenho na aprendizagem do Corão. Os defeitos são a nudez pública
das mulheres, “mostrando las verguenzas”, jogarem pó e cinza sobre a cabeça em
sinal de acatamento, as bufonadas dos poetas e por fim, o fato de comerem
cachorros e burros.

Esta face de Ibn Battuta fica exposta nas suas ameaças de citação dos
nomes de quem seria mesquinho com ele. Parece ser o caso claro do Rei Mansa
Sulayman que é adjetivado de “avariento del que no se puede esperar regalo de
valor.”15

Objetivo maior de sua viagem, o contato com sábios e soberanos, Ibn Battuta
se apresenta em cerimônias, audiências e festas diante de reis e autoridades.
Descreve pormenorizadamente o ambiente dos recintos, as vestes, as cerimônias,
os rituais e os elementos que estão em volta do rei. Fala em tecidos, escravos,
músicos, guerreiros, cavalos, disposição das pessoas no recinto, governadores,
juizes, etc. O relato das audiências, o uso de interlocutores, abanadores,

14
Ibn Battuta. “A través del Islam.” Alianza Editorial. 1987. p. 774.
15
Ibn Battuta. “A través del Islam.” Alianza Editorial. 1987. p. 775.
8

ornamentos que demonstram toda a pujança do rei de Mali. Ibn Battuta chega a
detalhes de gestos utilizados, a forma de caminhar e de se sentar ao trono. Mais
uma vez o nosso viajante tece o julgamento sobre o comportamento dos súditos do
rei afirmando: “Los negros son la gente más sometida a su soberano y la que más
se humila ante él”16. Em seguida faz um longo relato onde os seguidores do rei tiram
roupas, jogam terra e cinzas pelo corpo. Battuta certamente se equivoca ao não
perceber o verdadeiro alcance destes rituais, confundindo com atitudes humilhantes
e extrema submissão. Critica também os poetas e o seu “estilo bufonil”, não
entendendo também o aparato utilizado pelos mesmos e os gestos junto ao rei, só
informando se tratar de um costume anterior ao Islã.

Porém Ibn Battuta também descreve a observância do rei às orações, festas


religiosas onde todo um aparato era utilizado. A admiração maior do viajante
repousa em um rei anterior, Mansa Musa, para ele uma pessoa generosa e pia. Mas
qual seria a razão de tal admiração? “Queria a los blancos y lês favorecia y fue él
quien en un solo dia regalo cuatro mil meticales a Abu Ishaq as Sahili. Alguíen e
confianza me conto que el miesmo rey obsequió um dia três mil meticales a Mudrik
b. Faqqus y que su abuelo Saraq Yata abrazó el Islam instado por el abuelo dde
este Mudrik.17”

Figura 3: Mapa de 1375 com Mansa Musa

Fonte: http://www.sfusd.k12.ca.us/schwww/sch618/IBn_Battuta/Catlanmap.jpg

16
Ibn Battuta. “A través del Islam.” Alianza Editorial. 1987. p. 778.
17
Ibn Battuta. “A través del Islam.” Alianza Editorial. 1987. p. 783.
9

4. CONCLUSÃO

Este texto apresenta uma breve análise da viagem de Abn Battuta ao Mali.
Muitas passagens não mencionadas reforçam as idéias apresentadas e a riqueza de
informações. A Rihlat de Battuta apresenta um ecletismo nas abordagens e
assuntos apresentados, possuem uma universalidade que abrange fatos pitorescos
que levam ao riso o nosso narrador, um guia prático de viagens, informações triviais
de culinária, mas também alcança reflexões sérias nas questões da fé e da prática
religiosa. O texto deixa transparecer o objetivo da transmissão do conhecimento, a
importância e alcance da experiência adquirida e o relacionamento com homens
sábios e da fé. O relato linear da narrativa nos dá uma importante situação histórica
e contextual no período da idade média, é possível traçar um paralelo com o mundo
cristão ocidental, com os acontecimentos derradeiros do império bizantino e a
presença dos Turcos no Islã. O alcance do relato de Ibn Battuta ultrapassa o caráter
científico da obra e chega ao mais descompromissado leitor com sua narrativa com
a presença de milagres e de situações estranhas como as “preferências” alimentares
dos canibais.

De tudo o que foi exposto, o caráter mais extraordinário que deve ser frisado
é a amplitude de visão do muçulmano, sua capacidade de “romper com a cegueira
humana diante de suas potencialidades espirituais”,18 o que parece contraditório
para os nossos conceitos atuais, calcados em uma idéia ocidental de
fundamentalismo religioso pelos adeptos do Islã, o que talvez nos impeça de
apreciar os maravilhosos relatos de um Ibn Battuta.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

http://explorermikaelstrandberg.files.wordpress.com/2009/08/ibnbattuta.jpg, em
09/12/2009.
http://www.sangam.org/taraki/articles/2006/images/mpibvoya.jpg, em 09/12/2009.

Maria Cândida Ferreira de Almeida. “Palavras em viagem: um estudo dos relatos de viagens medievais
18

muçulmanos e cristãos”. Afro-Ásia (UFBA), art. Cit., p. 92


10

http://www.sfusd.k12.ca.us/schwww/sch618/IBn_Battuta/Catlanmap.jpg, em 09/12/2009.

Maria Cândida Ferreira de Almeida. “Palavras em viagem: um estudo dos relatos de


viagens medievais muçulmanos e cristãos”. Afro-Ásia (UFBA), art. Cit., pp. 83-114.
Vera Lúcia Maciel Barroso. “Ciências & Letras: História da África: do continente à
diáspora.”. FAPA 44. pp. 17-33.

Beatriz Bissio. “A viagem no medievo Islâmico: o exemplo de Ibn Battuta” in: José
Rivair Macedo. “Viajando pela África com Ibn Battuta. pp. 67-82

Beatriz Bissio. “5 - A viagem no medievo Islâmico: o exemplo de Ibn Battuta” in:


“Viajando pela África com Ibn Battuta. pp. 67-82

José Rivair Macedo e Roberta Porto Marques. “6 – Os povos do Antigo Mali vistos
por Ibn Battuta” in: “Viajando pela África com Ibn Battuta. pp. 83-84

Thomas J. Abercromble. “National Geographic: Grandes Exploradores”. 1991. pp.


39-61.

Ibn Battuta. “A través del Islam.” Alianza Editorial. 1987. pp. 766-793.

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