Prática Oficinas Pedagógicas - PRONTO

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A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA ALFABETIZAÇÃO

Ana Carolina Aparecida Machado¹


Tauany Vieira Marques¹
Tânia Regina Maria¹
Tutor: Wallace Eduardo Mota²

RESUMO

O lúdico é fundamental no processo de alfabetização, despertando o interesse, a


participação e a alegria das crianças. Estudos mostram que o uso de atividades lúdicas
facilitam a assimilação de conteúdos, melhora a concentração e contribui para uma
aprendizagem significativa, estimulando a autonomia e o interesse dos alunos. Quando os
professores inserem criatividade, alegria e imaginação em sua prática pedagógica, as
crianças desenvolvem habilidades de busca e descoberta, tornando a alfabetização uma
etapa prazerosa. Assim, lúdico favorece a autoestima e a interação entre os alunos,
promovendo situações de aprendizagem e o desenvolvimento das capacidades
cognitivas.

Palavras-chave: Aprendizagem. Lúdico. Crianças. Alfabetização.

1. INTRODUÇÃO

Com toda essa globalização permanece ainda como fundamento básico, o


domínio de códigos da leitura e da escrita, tornando-se um imperativo ético, mais que
dominar os códigos da modernidade, ainda é fundamental o acesso a essas ferramentas,
que sempre foi e é de suma importância para o homem. Muitos buscam especialização
em alguma área do conhecimento, outros buscam por melhor alfabetização, ou
simplesmente uma melhor qualidade de vida. Além disso, o aspecto social do jogo na
alfabetização não pode ser subestimado. Quando as crianças brincam e interagem umas
com as outras em atividades lúdicas, elas não apenas fortalecem suas habilidades
linguísticas, mas também desenvolvem habilidades sociais importantes, como
cooperação, compartilhamento e empatia. Essas interações positivas contribuem para um
ambiente de aprendizado rico e colaborativo.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.

É importante destacar a importância do lúdico no ensino fundamental, pois é um


recurso metodológico excelente para promover a aprendizagem das crianças. Segundo
Piaget, (2003), os jogos ao criarem uma atmosfera de movimento e interação vão ao
encontro da natureza infantil, canalizando essa energia para um objetivo específico: o
aprendizado. A movimentação e a interação dos alunos devem ser estimuladas e
1 Nome dos acadêmicos
2 Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (PED5410) – Prática do Módulo VII – 05/04/2024
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devidamente conduzidas para que todos troquem ideias e impressões sobre o conteúdo
desenvolvido, e assim o professor atua como um mediador do aprendizado que será
construído gradualmente pelas crianças.
O lúdico como recurso metodológico contribui para o desenvolvimento do processo
de aprendizagem dos alunos de forma significativa e humanizada, além de ser uma
experiência profissional prazerosa já que potencializa a relação da teoria com a prática,
proporcionando ao professor atuar como agente motivador permitindo aos alunos ter
interesse pelo conteúdo, estabelecendo assim, uma relação construtiva com o processo
de construção do conhecimento. O lúdico pode enriquecer as aprendizagens no contexto
escolar como um recurso atrativo para os alunos mantendo-os envolvidos em atividades
prazerosas e proporcionando um fazer pedagógico mais dinâmico dependendo do papel
do professor e do objetivo naquela proposta de trabalho, possibilitando às crianças
aprender com alegria e com prazer.
Luckesi (2005) define ludicidade como atividade lúdica como aquela que propicia a
plenitude da experiência, ressaltando com esta afirmação que a vivência lúdica exige do
sujeito uma entrega total física e mental.
A aprendizagem depende muito da motivação, das necessidades e interesses das
crianças. Ser curiosa, esperta, independente, ter iniciativa e confiança em sua capacidade
de construir uma ideia própria sobre os fatos, bem como, expressar seus pensamentos e
sentimentos são elementos que dão caminho para uma aprendizagem significativa. As
crianças que vivenciam situações pedagógicas através do movimento, experimentando,
realizando, sentindo, observando fortalece o interesse pelo aprender e as motivam viver
situações novas e desafiadoras. Nesse contexto, a ludicidade ocupa um papel primordial
no processo da aprendizagem, pois fazendo parte do universo infantil propicia a
construção de novas ideias, novas aprendizagens e seus reais significados. Trabalhar
com o lúdico em de sala de aula é muito significativo e com afirma Friedimann (2012),
através de um jogo ou brincadeira, as crianças são mais ativas mentalmente do que em
exercícios intelectuais. Os jogos e brincadeiras são uma atividade importantíssima e
merecem ser levados para a sala de aula para tornar a educação mais compatível com o
desenvolvimento das crianças, permitindo-lhes descobrir-se em situações diversas.

“O trabalho pedagógico com o lúdico consegue desenvolver nas crianças


elementos básicos que lhes proporcionam desenvolver a atenção, criatividade e a
memorização”. (FRIEDMANN, 2012, p 38),

Conforme a autora, as atividades lúdicas que utilizam a interpretação e


interiorização possibilitam às crianças entrarem em contato com elementos que vão
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desenvolver suas capacidades e habilidades de aprender e reconhecer linguagens orais e


a própria escrita, bem como, propiciar a socialização. Portanto, a partir do momento em
que as crianças entram em contato com o jogo ou brincadeira elas desenvolvem a
coordenação motora, o cognitivo e começam a se socializar com o meio em que estão
vivendo estimulando assim o nível de interesse pelo processo de aprendizagem
melhorando a relação com os colegas e o professor, uma vez que o lúdico proporciona
formas prazerosas de aprender e ensinar.

FIGURA 1 – ATIVIDADE LÚDICA PARA APLICAR EM SALA

Fonte: https://www.soescola.com/2018/05/material-ludico-para-alfabetizacao.html

FIGURA 2 – CRINÇAS FORMANDO PALAVRAS COM JOGOS.

Fonte: https://pedagogiaaopedaletra.com/a-criatividade-ludica-no-processo-de-alfabetizacao/
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Ensinar por meio de atividades lúdicas desperta nas crianças a dedicação e


interação com os atores do processo, minimizando o estresse provocado pelas atividades
diárias do processo de aprendizagem. Os jogos são ferramentas auxiliares, não
dispensando os professores e os livros didáticos, os quais são instrumentos que devem
ser colocados de forma correta, e no tempo certo, pois o ensino não se faz só de
diversão, como também não se faz só de fórmulas, textos, e questionários. É necessário
unir ambas as partes formando em sua sala de aula um lugar prazeroso para o aluno,
onde se sinta a vontade para mostrar suas ideias, jogadas e construir seu conhecimento

Considerando que o jogo, em seu aspecto pedagógico, apresenta-se produtivo ao


professor que busca nele um aspecto instrumentador e, portanto, facilitador na
aprendizagem de estruturas matemáticas, muitas vezes de difícil assimilação, e
também, produtivo ao aluno, que desenvolveria sua capacidade de pensar, refletir,
analisar, compreender conceitos matemáticos, levantar hipóteses, testá-las e
avalia-las (investigação matemática), com autonomia e cooperação. (GRANDO,
2008, P.26).

O uso de jogos, trazidos para dentro da sala de aula, faz com que os alunos
tenham mais interesse pela matemática, pois se sabe da numerosa dificuldade enfrentada
pelos alunos na resolução de problemas.
É possível afirmar assim, que o lúdico nos anos iniciais da alfabetização tem uma
relação importante no processo de ensino e de aprendizagem das crianças, pois é por
meio da ludicidade que as crianças aprendem ao mesmo tempo em que se divertem,
fazendo do ambiente escolar um local de aprendizagens significativas interagindo e
socializando suas competências ou dificuldades, vivenciando e trocando experiências
umas com as outras, mas sempre mediadas pela figura do professor.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Através de diversas metodologias de pesquisas foi observado e concluído que


através da ludicidade o aluno além de se divertir, também, amplia sua percepção de
mundo, cria, imagina, contextualiza, aprende fazendo. Para Vygotsky (1987, p. 84), a
aprendizagem e o desenvolvimento estão estritamente relacionados, sendo que as
crianças se inter-relacionam com o meio objeto e social, internalizando o conhecimento
advindo de um processo de construção. Pois, o brincar faz parte da rotina das crianças,
vivenciando o próprio mundo. Desse modo, essa pesquisa envolve o contato entre o
pesquisador com a situação estudada. O brincar permite, ainda, aprender a lidar com as
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emoções. Pelo brincar, a criança equilibra as tensões provenientes de seu mundo cultural,
construindo sua individualidade, sua marca pessoal e sua personalidade.
Mas, é PIAGET (1973, p 23), que esclarece que o brincar implica uma dimensão
evolutiva com as crianças de diferentes idades, apresentando características específicas,
apresentando formas diferenciadas de brincar.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

È nítido sua eficácia em promover o engajamento, o desenvolvimento de


habilidades linguísticas e o bem-estar emocional das crianças. No entanto, é importante
considerar os desafios e as considerações práticas para implementar com sucesso
abordagens lúdicas na prática educacional. Trás consigo o desenvolvimento de
habilidades linguísticas, fortalecimento de autoestima, melhoria de interação social,
equilíbrio entre diversão e aprendizagem e principalmente INCLUSÃO de todos os alunos.

5. CONCLUSÃO
Desse estudo buscou-se compreender sobre a importância das crianças
aprenderem através do brincar, o lúdico na alfabetização oferece uma maneira dinâmica e
envolvente de ensinar e aprender a ler e escrever. Exploramos os diversos benefícios e
impactos positivos que as atividades lúdicas trazem para o desenvolvimento cognitivo,
social e emocional dos alunos. Ao integrar o jogo, a criatividade e a diversão no processo
educacional, os educadores podem criar um ambiente de aprendizagem estimulante e
enriquecedor, onde as crianças não apenas adquirem habilidades linguísticas
fundamentais, mas também desenvolvem uma paixão duradoura pela linguagem escrita e
pela aprendizagem ao longo da vida.

REFERÊNCIAS

AGUIAR, J.S.. Educação: jogos para o ensino de conceitos.


Campinas, Papirus. 1998

FRIEDMANN, A. O brincar na educação infantil: observação, adequação e


inclusão. São Paulo: Moderna, 2012.

GRANDO, Regina Célia. O jogo e a matemática no contexto da sala de aula. São Paulo:
Paulus, 2ª ed., 2008.

LUCKESI, C. C. Ludicidade e atividades lúdicas: uma abordagem a partir da


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experiência interna. 2005. Disponível em:


http://www.luckesi.com.br/artigoseducacaoludicidade.htm.

PIAGET, J. A Psicologia da criança. Tradução de Octavio Mendes Cajado. Rio de Janeiro:


Bertrand Brasil. 2003.

PIAGET. A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1975.

VYGOTSKY, L. Linguagem, Desenvolvimento e Aprendizagem. Ed. Martins Fontes. São


Paulo, 1987.

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