Relatório de Estágio II

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 45

NOME COMPELTO

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II


Hospital Municipal de Governador Valadares (HMGV)

GOVERNADOR VALADARES
JULHO DE 2023

Rua Jair Rodrigues Coelho, 211- Villa Bretas-Governador Valadares / MG


Telefone: (33) 3212-6700-CEP-35.032-200
NOME COMPELTO

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II


Hospital Municipal de Governador Valadares (HMGV)

Relatório Final de Estágio apresentado como conclusão de


Estágio Supervisionado II do curso de graduação em
Enfermagem da Faculdade Presidente Antônio Carlos-
UNIPAC como requisito parcial para obtenção do título de
Bacharel em Enfermagem.

Orientador: Zoraia Lira de Melo

GOVERNADOR VALADARES
JULHO DE 2023
NOME COMPELTO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II


Hospital Municipal de Governador Valadares (HMGV)

PARECER FINAL
( ) Apto / ( ) Não Apto

Professor Supervisor de Estágio

Coordenador do curso de Enfermagem


AGRADECIMENTOS
APRESENTAÇÃO

É com grande satisfação que apresento o relatório de estágio supervisionado II do curso


de graduação em Enfermagem. Este documento representa o resultado de um período intenso de
aprendizagem e aplicação prática dos conhecimentos adquiridos durante a graduação.
O estágio supervisionado II teve como objetivo proporcionar ao estagiário uma vivência
prática em diferentes áreas da Enfermagem, tanto no âmbito assistencial quanto administrativo.
Durante o estágio, tive a oportunidade de atuar em diversas áreas, como emergência, centro
cirúrgico, UTI, enfermaria e posto de enfermagem, entre outras.
O trabalho do enfermeiro é essencial para a promoção da saúde e qualidade de vida dos
pacientes. Além das atividades assistenciais, como administração de medicamentos, curativos e
assistência à pacientes em estado crítico, o enfermeiro também exerce um papel fundamental na
gestão e organização do serviço de saúde, coordenando equipes e gerenciando recursos para
garantir um atendimento de qualidade e eficiente.
No campo de estágio, foi possível aplicar os conhecimentos teóricos na prática, contribuir
com as atividades desenvolvidas pela equipe de Enfermagem e aprender com a experiência dos
profissionais em atividade. Para isso, tive a oportunidade de realizar procedimentos técnicos,
como punção venosa, curativos, administração de medicamentos e assistência direta ao paciente.
A importância do estágio para o estudante de Enfermagem é inestimável. Além de
possibilitar a aplicação prática dos conhecimentos adquiridos na graduação, o estágio é uma
oportunidade para vivenciar a rotina e a realidade do mercado de trabalho, desenvolver
habilidades e competências fundamentais para o exercício profissional e estabelecer contatos com
profissionais da área.
Desta forma, o estágio supervisionado II, do curso de Enfermagem fornecido pela
Faculdade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC de Governador Valadares-MG –, é ofertado no
último período. Assim, foi um momento de grande aprendizagem e crescimento para o estudante
de Enfermagem, que teve a oportunidade de vivenciar a prática profissional e contribuir para a
melhoria da qualidade do atendimento prestado à população.
LISTAS DE SIGLAS, ILUSTRAÇÕES, SÍMBOLOS OU ABREVIATURAS.

AVE: Acidente Vascular Encefálico RCP: Reanimação Cardiorrespiratória


CME: Centro de Material Esterilizado RN: Recém-Nascido
CTI: Centro de Tratamento Intensivo SAMU: Serviço de Atendimento Móvel de
FC: Frequência Cardíaca Urgência
FR: Frequência Respiratória SMS: Secretaria Municipal de Saúde
FUSHOP: Fundação Serviço Hospitalar SNE: Sonda Nasoenteral
GV: Governador Valadares SSVV: Sinais Vitais
HMGV: Hospital Municipal de Governador SUS: Sistema Único de Saúde
Valadares SVA: Sonda Vesical de Alívio
IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e UCINCa: Unidade De Cuidado
Estatística Intermediário Neonatal Canguru
ID: Intradérmica UCINCo: Unidade De Cuidados
IV: Intramuscular Intermediários Neonatal
LPP: Lesão por Pressão UNIPAC: Universidade Presidente
MG: Minas Gerais Antônio Carlos
NIES: Núcleo de Integração Ensino-Serviço USG: Ultrassonografia
PA: Pressão Arterial UTI: Unidade de Tratamento Intensivo
PSA: Pronto Socorro Adulto UTIN: Unidade de Tratamento Neonatal
PSI: Pronto Socorro Infantil VO: Via Oral
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................................
2. DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO............................................................................
2.1 Atuação do enfermeiro na atenção terciária................................................................10
2.2 Descrição do campo de estágio......................................................................................11
2.2.1 Hospital Municipal de Governador Valadares (HMGV)...............................................12
2.2.2 Clínica Médica e Laboratório de Enfermagem..............................................................13
2.2.2.1 Atuação do enfermeiro e do discente...............................................................................14
2.2.3 Clínica Cirúrgica............................................................................................................15
2.2.3.1 Atuação do enfermeiro e do discente...............................................................................16
2.2.4 Centro de Material Esterilizado (CME).........................................................................16
2.2.4.1 Atuação do enfermeiro e do discente...............................................................................17
2.2.5 Clínica Materno Infantil.................................................................................................17
2.2.5.1 Maternidade......................................................................................................................18
2.2.5.2 Pediatria............................................................................................................................19
2.2.5.3 Pronto Socorro Infantil (PSI)...........................................................................................20
2.2.5.4 Atuação do enfermeiro e do discente...............................................................................21
2.2.6 Pronto Socorro Adulto (PSA).........................................................................................22
2.2.6.1 Sala de Emergência..........................................................................................................24
2.2.6.2 Sala de Retaguarda...........................................................................................................25
2.2.6.3 Atuação do enfermeiro e do discente...............................................................................25
2.2.7 Sala de Acidente Vascular Encefálico (AVE), Sala de Tomografia e Raio-X..............27
2.2.7.1 Atuação do enfermeiro e do discente...............................................................................27
2.3 Setor Administrativo e a atuação do discente..............................................................28
2.4 Descrição das atividades realizadas..............................................................................30
3. CONSIDERAÇOES FINAIS............................................................................................31
REFERÊNCIAS...............................................................................................................................32
4. ANEXOS.............................................................................................................................35
5. APÊNDICES.......................................................................................................................42
6. AÇÕES E EVENTOS........................................................................................................44
9

1. INTRODUÇÃO

O estágio supervisionado vai além de obrigatoriedade ou cumprimento de exigências para


a formação acadêmica, já que fornece oportunidades de crescimento pessoal e profissional e
serve de importante ferramenta de integração entre estabelecimentos de ensino e/ou de trabalho.
Para tanto, é de fundamental importância para o acadêmico de enfermagem que essa
oportunidade seja aproveitada e que se dedique profundamente, pois estabelece vínculo
profissional sem que se anule o vínculo educacional. Portanto, o estágio se torna a última
oportunidade, durante a graduação acadêmica, de avaliar os conhecimentos adquiridos e
desenvolver planos de melhora das habilidades.
Segundo Bianchi1 et al, 2005, o estágio supervisionado proporciona oportunidades para o
aluno adquirir experiência profissional, a qual é relativamente importante para a sua inserção no
mercado de trabalho. Essas atividades obrigatórias devem ser realizadas pelos alunos a ponto de
cumprirem a carga horária preestabelecida pela instituição de ensino, sendo este o primeiro
contato que o futuro enfermeiro terá com sua carreira profissional no campo de atuação.
Por meio da participação, da observação e da regência, o discente poderá construir futuras
ações estratégicas de trabalho, pois durante o estágio o estudante passar a enxergar a área da
saúde com outro olhar, buscando entender a realidade do campo de atuação e, inclusive, como
funciona o setor público, o comportamento da população e dos profissionais que compõem a
equipe. Sendo assim, o principal objetivo é proporcionar ao aluno oportunidades de que ele
aplique seus conhecimentos acadêmicos em situações da realidade e da prática profissional, onde
é possível criar possibilidades do exercício de suas habilidades. Dessa forma, “espera-se que,
com isso, o aluno tenha a opção de incorporar atitudes práticas e adquirir uma visão crítica de sua
área de atuação profissional”2.
De tal modo, o presente trabalho foi desenvolvido por mim, discente da UNIPAC, nono
período da graduação, no intuito de apresentar a importância do Estágio Supervisionado no
processo de formação profissional e sua importância para a vivência prática ligada aos
conhecimentos teóricos na vida dos acadêmicos de graduação, bem como possibilitou descrever
as atividades desenvolvidas por mim no Hospital Municipal na cidade de Governador Valadares
de Minas Gerais (MG) – HMGV – durante o período de fevereiro a julho de 2023, totalizando
uma carga horária de 400 horas.
10

2. DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO

A história dos hospitais remonta à antiguidade, onde as pessoas doentes eram tratadas em
templos religiosos, onde os sacerdotes eram responsáveis por cuidar deles 3. Na Grécia antiga,
havia templos dedicados a Asclépio, o deus da medicina, onde as pessoas doentes podiam se
recuperar com o auxílio de banhos, massagens e plantas medicinais4.
Ao longo da Idade Média, os hospitais se desenvolveram e se tornaram mais organizados.
As ordens religiosas assumiram o papel de cuidadores e criaram hospitais para tratar os doentes 4.
Na Europa, a ordem dos Cavaleiros de Malta fundou um hospital em Jerusalém no século XI, que
se tornou um modelo para outras instituições hospitalares3.
No século XVIII, com o surgimento da medicina moderna, os hospitais passaram a ser
vistos como instituições científicas, onde os médicos realizavam diagnósticos e tratamentos
baseados em evidências5. Foi nesse período que a enfermagem começou a se profissionalizar,
com o trabalho pioneiro de Florence Nightingale, que se destacou pela sua dedicação aos
soldados feridos na Guerra da Criméia e por criar padrões de higiene e cuidados que se tornaram
referência em todo o mundo6.
Florence Nightingale (1820-1910) foi uma enfermeira, escritora e estatística britânica,
considerada a pioneira da enfermagem moderna. Ela nasceu em Florença, na Itália, e foi educada
na Inglaterra, onde sua família era bastante influente 6. Durante a Guerra da Criméia, em 1854,
Florence liderou uma equipe de enfermeiras que foi enviada para cuidar dos soldados feridos 7.
Ao chegar no hospital militar de Scutari, na Turquia, ela se impressiona com as condições
precárias em que os soldados eram tratados. As instalações eram sujas e insalubres, e os doentes
não recebiam cuidados adequados6,7.
Determinada a mudar essa situação, Florence Nightingale organizou a equipe de
enfermeiras e implementou medidas de higiene e cuidados que reduziram drasticamente a
mortalidade dos soldados6. Ela também se dedicou a melhorar a formação das enfermeiras e a
promover a importância dos cuidados de enfermagem na recuperação dos pacientes.
Após a guerra, Florence fundou a primeira escola de enfermagem secular do mundo 6.7, o
Nightingale Training School for nurses, em Londres, em 1860. Ela também escreveu diversos
livros e artigos sobre a importância da enfermagem e da saúde pública, que tiveram grande
impacto na reforma dos sistemas de saúde em todo o mundo 7. Além disso, ela também foi uma
11

pioneira no uso de estatísticas e dados para a tomada de decisões em saúde. Ela coletou e
analisou dados sobre a mortalidade e as condições de saúde em hospitais, e usou essas
informações para propor medidas de prevenção e tratamento mais efetivas 8. Portanto, ela é uma
figura histórica de grande importância para a enfermagem e para a saúde pública em todo o
mundo, seu trabalho pioneiro e sua dedicação aos cuidados de enfermagem influenciaram a
profissão e a forma como os pacientes são tratados até os dias de hoje6.7.8.
Atualmente, os hospitais são instituições complexas e sofisticadas, equipadas com
tecnologias avançadas e equipes multidisciplinares de profissionais de saúde, incluindo
enfermeiros, médicos, fisioterapeutas e outros. Os cuidados de enfermagem desempenham um
papel fundamental na vida dos pacientes, desde o momento da internação até a alta hospitalar.
Os enfermeiros são responsáveis por garantir a segurança e o conforto dos pacientes,
administrar medicamentos, realizar curativos, monitorar Sinais Vitais (SSVV) e prestar
assistência em atividades cotidianas, como alimentação e higiene pessoal 3,4. Além disso, os
enfermeiros são responsáveis por diversas atividades administrativas e burocráticas, fornecer
informações e orientações aos pacientes e seus familiares, ajudando-os a entender o diagnóstico e
o tratamento e a lidar com as emoções e os desafios que surgem durante a hospitalização4.
Em resumo, a história dos hospitais e da enfermagem evoluiu ao longo dos séculos,
acompanhando as mudanças na medicina e nas necessidades da sociedade. Hoje, a enfermagem é
uma profissão essencial para garantir a qualidade e a segurança dos cuidados de saúde,
contribuindo para a recuperação e o bem-estar dos pacientes em todo o mundo5.

2.1 Atuação do enfermeiro na atenção terciária

O enfermeiro é um profissional de saúde essencial para a atenção terciária, que envolve o


atendimento hospitalar de pacientes com doenças mais graves e complexas. A atuação do
enfermeiro na área hospitalar é fundamental para garantir a qualidade e a efetividade do cuidado
oferecido aos pacientes, bem como para a promoção da saúde e prevenção de complicações 4,5. O
enfermeiro atua em diversas áreas no ambiente hospitalar, tais como na emergência, na unidade
de terapia intensiva, na enfermaria e no centro cirúrgico.
O enfermeiro é responsável por realizar a avaliação inicial do paciente, identificando seus
principais problemas e necessidades, além de contribuir para as estratégias e intervenções
12

necessárias para o seu tratamento. Também, o enfermeiro tem papel fundamental no


monitoramento dos SSVV dos pacientes, administrando medicamentos e realizando curativos.
Ele também trabalha em parceria com outros profissionais de saúde, como médicos, técnicos de
enfermagem e fisioterapeutas, a fim de garantir um tratamento multidisciplinar e integrado 5,8.
Outra importante função do enfermeiro é a orientação e educação dos pacientes e seus familiares,
esclarecendo dúvidas sobre o tratamento e cuidados com a saúde. É papel do enfermeiro atuar na
prevenção de complicações e promover o autocuidado, a fim de evitar internações repetitivas e
proporcionar um melhor prognóstico ao paciente.
Em resumo, a atuação do enfermeiro na atenção terciária, em especial na área hospitalar, é
de grande importância para o cuidado de pacientes com doenças mais graves e complexas. O
enfermeiro é um profissional capacitado e qualificado para atuar em diversos setores do hospital,
garantindo a qualidade e a segurança do atendimento prestado aos pacientes, bem como
promovendo a saúde e prevenção de complicações.

2.2 Descrição do campo de estágio

A cidade de Governador Valadares (GV) está localizada no leste do estado de Minas


Gerais (MG), no Brasil. Fundada em 1937, ela tem uma rica história cultural e econômica. No
início da colonização, a região era habitada por índios da tribo Maxakali. Mais tarde, por volta do
século XVIII, a área se tornou um importante centro de mineração de ouro, o que impulsionou o
desenvolvimento da região. Posteriormente, durante o século XIX, o cultivo do café também se
tornou uma importante atividade econômica da região9.
No início do século XX, GV se desenvolveu rapidamente como um importante centro
comercial e de transporte, principalmente por estar localizada às margens do Rio Doce, um
importante via fluvial para o transporte de mercadorias 9,10. Hoje, de acordo com os dados
preliminares de 2023 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 11, os dados parciais
da população dos municípios brasileiros, até o momento, a população de GV é de 262.499
habitantes. Ela é conhecida por sua beleza natural, riqueza cultural e histórica, além disso é um
importante centro econômico e de comércio da região, oferecendo uma ampla variedade de
serviços e atividades para seus moradores e visitantes, incluindo a presença do Rio Doce que
atravessa a cidade.
13

Já o Hospital Municipal de Governador Valadares (HMGV) está localizado nessa cidade,


que fica no estado de Minas Gerais, Brasil. O HMGV está situado na rua Teófilo Otoni, 361 -
Centro, Governador Valadares, MG, Brasil, 35.020-600, o qual foi fundado em 1949 quando se
deu início às obras para sua consolidação 12. Ao final da década de cinquenta, foi declarado como
patrimônio público pelo seu valor à sociedade tendo como propósito inicial a prestação de
assistência exclusiva a enfermos do próprio município9,12.
Passados quase 75 anos de sua inauguração, o hospital, atualmente está sob gestão
municipal exercida pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), foi gerido pela Fundação Serviço
Hospitalar de Governador Valadares (FUSHOP). O município também possui mais três hospitais
privados e um filantrópico, nos quais realizam atendimentos privados e pelo SUS.

De acordo com o delineado no Plano Diretor de Regionalização (2010), o Município de


Governador Valadares possui representatividade como polo macrorregional da região
leste no que refere a assistência hospitalar de média e alta complexidade, sendo
referência para 85 municípios e 1.458.884 de habitantes da região13.

Segundo Simões MWS13, o “HMGV é o único do Município de natureza jurídica


unicamente pública, realizando atendimentos voltados ao Sistema Único de Saúde (SUS) e
demanda espontânea e referenciada; às demais instituições hospitalares do território são entidades
empresariais”. Atualmente, o HMGV atende aproximadamente 85% da macrorregião do leste de
minas, correspondendo a 89 municípios.

2.2.1 Hospital Municipal de Governador Valadares (HMGV)

No geral, o hospital atende com qualidade e humanização os usuários do sistema público


de saúde e tem como valores a responsabilidade social, qualidade, desenvolvimento de pessoas,
ética, parceria e transparência. O HMGV possui uma estrutura física composta por térreo e dois
andares, localizando-se no térreo as entradas principais que suprem a necessidade do hospital,
seguindo por seguimentos relacionados à estrutura e repartição da instituição. Segue abaixo as
divisões e respectivas estruturas anexas ao hospital (ANEXO A).
O Hospital Municipal em questão atende demandas de média e alta complexidade, sendo
referência nos cuidados relacionados à traumatologia, se adequando conforme as demandas. Esse,
por sua vez, possui equipamentos e estrutura necessária para realizar atendimentos que
14

necessitam de serviços da área de radiologia, ultrassonografia, tomografia, exames laboratoriais


entre outros. Toda a unidade conta com uma equipe multiprofissional para análise, planos
propedêuticos, administrativos e assistenciais no auxílio de diagnóstico e tratamento do
cliente/paciente14.
Atualmente, o HMGV é considerado um Hospital Escola. Esse juntamente o Núcleo de
Integração Ensino-Serviço (NIES) e a Secretaria Municipal de Saúde de Governador Valadares
(SMS-GV) atuam na regulamentação de estágios supervisionados de cursos da área de saúde
realizados na rede municipal de Governador Valadares 13,14,15. Juntos, promovem a adequação da
interação entre as demandas dos serviços prestados à população e as necessidades práticas e
educativas das Instituições de Ensino, com o propósito de melhorar tanto os serviços oferecidos
quanto a formação dos estudantes14,15.
O HMGV é uma instituição de saúde pública que oferece serviços de atendimento
médico-hospitalar, cirúrgico, cuidados pós-operatório e assistência ao nascimento, puerpério e
Recém-Nascido (RN), além de atendimentos às urgências e emergências para a população usuária
do SUS. Por meio de uma equipe interdisciplinar qualificada, visa servir também como campo de
ensino para práticas educativas supervisionada em busca do credenciamento como "Hospital
Escola" e ser reconhecido na Macrorregião Leste como hospital de referência nas atividades de
ensino.

2.2.2 Clínica Médica e Laboratório de Enfermagem

A clínica médica e laboratório de enfermagem é um setor essencial dentro de um hospital


público conveniado com o SUS – está situado no primeiro andar no HMGV (ANEXO A). Esse
setor tem como objetivo principal oferecer assistência médica e de enfermagem de qualidade para
pacientes de distintas idades, de forma a proporcionar tratamentos eficazes para diversas doenças
e condições de saúde16.
Esse setor é responsável por atender pacientes com diversas patologias, tais como doenças
respiratórias, gastrointestinais, cardíacas, neurológicas e renais, entre outras. Sendo assim, esse se
faz fundamental para o diagnóstico e tratamento de pacientes neste hospital, o qual é responsável
por realizar exames, coletar amostras, preparar medicações, fornecer curativos e cuidados pós-
15

operatórios, entre outras atividades que garantem a qualidade e a segurança do atendimento


prestado aos pacientes/clientes16,17.
O público atendido neste setor é bastante diverso e inclui pacientes de várias idades, desde
adultos jovens até idosos. O objetivo é oferecer serviços de qualidade a todas as pessoas que
buscam atendimento médico em um hospital público conveniado com o SUS, independentemente
de sua classe social, raça, gênero ou orientação sexual 16. Além disso, a clínica médica e
laboratório de enfermagem são responsáveis por desenvolver projetos de pesquisa e capacitação
de profissionais da área da saúde, visando aprimorar constantemente os serviços prestados e a
qualidade de vida dos pacientes 16,17. Também há o vínculo com instituições de ensino a fim de
ofertar capacitação aos discentes.
Já as enfermarias19, com seus 4 postos de enfermagem, são locais destinados à internação
de pacientes que necessitam de cuidados médicos e de enfermagem, excluído os intensivos. São
espaços adequados e equipados para a recuperação dos pacientes, onde a equipe de enfermagem
atua com dedicação e profissionalismo para proporcionar o melhor tratamento possível; pacientes
com monitoramento especializado são direcionados à enfermaria especial. Esses 4 postos de
enfermagem estão localizados estrategicamente próximos aos quartos dos pacientes, permitindo
um acompanhamento mais próximo e constante. Neles, os enfermeiros e técnicos de enfermagem
realizam atividades como a administração de medicamentos, curativos, monitorização dos SSVV,
coleta de amostras para exames laboratoriais, apoio na realização de procedimentos e cuidados
gerais aos pacientes. Também, os profissionais realizam a preparação de materiais e
equipamentos necessários para os procedimentos, a organização e registro dos resultados dos
exames, bem como o controle de estoque de materiais e medicamentos.
Também no primeiro andar, funcionam a enfermaria especial e o Centro de Tratamento
Intensivo (CTI), os quais oferecem assistência a pacientes que necessitam de observação continua
e, no CTI, àqueles graves que necessitam de cuidados médicos e de enfermagem mais intensivos.
Além disso, neste andar estão localizadas as salas de gerência e a sala da gerência de
enfermagem, onde a equipe de gestão e liderança trabalha para garantir o bom funcionamento do
hospital e a qualidade do atendimento prestado aos pacientes.

2.2.2.1 Atuação do enfermeiro e do discente


16

Nessa clínica o enfermeiro desempenha um papel fundamental na assistência aos


pacientes, como: avaliação e monitoramento dos pacientes, verificação dos SSVV, administração
de medicamentos prescritos e realização de planos de cuidados, curativos e higiene, se
necessário. Além disso, o enfermeiro atua na promoção da saúde, oferecendo orientações sobre
cuidados e prevenção de doenças. O enfermeiro é responsável por realizar diversos
procedimentos, como coleta de sangue, punção venosa, administração de medicamentos
intramusculares, subcutâneos e intravenosos, além de realização de curativos especializados de
diversos estágios e características. Também, o enfermeiro assegura que todas as técnicas sejam
realizadas com segurança e em conformidade com os protocolos estabelecidos, também cuida da
organização administrativa e burocrática do setor, além do controle dos materiais e equipamentos
utilizados.
Nessa área, eu pude trabalhar em colaboração com a equipe multidisciplinar, garantindo a
continuidade dos cuidados aos pacientes e promovendo um ambiente seguro e acolhedor, com
minha atuação desempenhei diversas atividades, contribuindo para a qualidade dos serviços
prestados. Todas as atividades mais notáveis realizadas estão descritas no relatório (ANEXO B e
ANEXO C).

2.2.3 Clínica Cirúrgica

O primeiro andar (ANEXO A) do Hospital Municipal de Governador Valadares é


composto por áreas de extrema importância para o atendimento médico e de enfermagem aos
pacientes. Neste andar, também está localizada a clínica cirúrgica, que desempenha um papel
crucial na assistência à saúde dos pacientes. O centro cirúrgico é um dos destaques deste andar no
HMGV. É nele que são realizados diversos tipos de cirurgias, desde procedimentos simples até os
mais complexos, com o objetivo de oferecer aos pacientes os tratamentos mais avançados e
eficazes para suas condições de saúde18.
A Clínica Cirúrgica é uma área específica dentro do HMGV, a qual se dedica ao
atendimento e tratamento de pacientes que necessitam de intervenções cirúrgicas. Essa clínica
tem como objetivo oferecer cuidados cirúrgicos de qualidade, promover a recuperação dos
pacientes e garantir um ambiente seguro durante todo o processo cirúrgico 18. Assim, ela é
responsável por uma variedade de procedimentos, desde cirurgias de pequeno porte até cirurgias
17

de maiores complexidade. Essas cirurgias podem abranger diversas especialidades, como cirurgia
geral, ortopedia, ginecologia, neurológicas, entre outras.
Nessa clínica os postos de enfermagem são estrategicamente localizados próximos às
salas de cirurgia e aos leitos de recuperação pós-operatória. Esses postos são responsáveis por
proporcionar suporte e cuidados aos pacientes que passaram por intervenções cirúrgicas e os
enfermeiros e técnicos de enfermagem realizam atividades como a preparação dos pacientes antes
das cirurgias, monitorização dos SSVV, administração de medicamentos, controle da dor e
orientações pós-operatória.
Também, nessa clínica uma equipe multidisciplinar trabalha em conjunto para fornecer
cuidados abrangentes aos pacientes cirúrgicos. Essa equipe inclui cirurgiões, anestesistas,
enfermeiros, técnicos de enfermagem, instrumentadores cirúrgicos e outros profissionais de saúde
especializados. O processo de atendimento na Clínica Cirúrgica geralmente envolve os seguintes
aspectos: agendamento e preparação, avaliação pré-operatória, cirurgia, recuperação pós-
operatória e alta hospitalar18.

2.2.3.1 Atuação do enfermeiro e do discente

Na clínica cirúrgica, o enfermeiro desempenha diversas funções essenciais, das quais


avaliação pré-operatória do paciente, preparando-o para a cirurgia e fornecendo orientações,
assim como ele coleta as informações sobre seu histórico de saúde, medicações em uso, alergias e
outras informações relevantes. Durante o procedimento cirúrgico, o enfermeiro auxilia toda a
equipe, gerencia o setor e garante a esterilização adequada do ambiente no controle de infecções.
Após a cirurgia, ele monitora o paciente na sala de recuperação, administra medicamentos e
fornece cuidados pós-operatórios. Além disso, o enfermeiro educa o paciente e a família,
oferecendo orientações e suporte emocional contribuindo para a gestão da qualidade e segurança.
Como estagiário de enfermagem, fui capaz de trabalhar com a equipe multidisciplinar e
entender a complexidade existente na competência de ações cirúrgicas, desde organização pré-
operatória, procedimentos cirúrgicos e no pós-operatório, sendo capaz de contribuir para uma
promoção de ambiente seguro e de qualidade nos serviços prestados (ANEXO B e ANEXO C).
18

2.2.4 Centro de Material Esterilizado (CME)

O Centro de Material Esterilizado (CME)20 também está presente no primeiro andar do


HMGV (ANEXO A), sendo responsável por garantir a qualidade e a segurança dos materiais
utilizados nos procedimentos cirúrgicos e demais procedimentos realizados no hospital. Essa é
uma área essencial dentro do hospital, responsável pela limpeza, esterilização e armazenamento
adequado de instrumentos e materiais utilizados em procedimentos, principalmente os invasivos.
O CME possui processos rigorosos para garantir a segurança e a qualidade dos materiais
esterilizados, seguindo normas e regulamentações específicas.
A equipe do CME, incluindo enfermeiros, realiza a triagem, limpeza, montagem e
esterilização dos materiais, assegurando que estejam prontos para uso. O CME desempenha um
papel crucial na prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde, garantindo a
disponibilidade de materiais esterilizados e seguros para uso clínico.

2.2.4.1 Atuação do enfermeiro e do discente

No CME, o enfermeiro desempenha um papel fundamental na garantia da segurança e


qualidade dos materiais utilizados no HMGV. Sua atuação envolve diversas atividades, como
recebimento, triagem e limpeza dos materiais, montagem de kits cirúrgicos, esterilização e
armazenamento adequado. O enfermeiro também é responsável pela parte administrativa e
burocrática do setor e atua monitorando os processos de esterilização, garantindo que sejam
realizados de acordo com as normas e padrões estabelecidos. Além disso, ele desempenha um
papel educativo, orientando a equipe sobre boas práticas de higiene, manuseio e esterilização de
materiais.
No CME eu fui capaz de aprender e entender a complexidade existente por trás das
técnicas de preparo de materiais estéril utilizados no intra-hospitalar, desde a organização
limpeza dos materiais e envelopamento de gazes e ataduras de crepom e esterilização e
armazenamento adequado dos materiais (ANEXO B).

2.2.5 Clínica Materno Infantil


19

A Clínica Materno Infantil é um setor dentro de um hospital que é voltado para o


atendimento de gestantes, mães e crianças 21. Esse setor está situado no segundo andar no HMGV
(ANEXO A), por ser um hospital público, a Clínica Materno Infantil tem como objetivo garantir
o acesso a um atendimento de qualidade para a população que depende do serviço, baseando-se
nas diretrizes e princípios do SUS21.
Esse setor oferece assistência obstétrica, com triagem de pré-natal sob encaminhamento,
assistência em trabalho de parto, no parto e pós-parto, além de atendimento à puérpera e
pediátrico. Nisso engloba aconselhamentos, informações e condutas humanizadas, bem como as
consultas, exames e tratamento específicos. Na Clínica Materno Infantil do HMGV, os
profissionais de saúde realizam acompanhamento das gestantes, puérperas e de seus bebês,
oferecendo orientações sobre cuidados com a saúde, amamentação, vacinação, alimentação, entre
outros aspectos importantes para a saúde materna e infantil.

2.2.5.1 Maternidade

A Maternidade pertence a esse setor do hospital e se dedica exclusivamente ao


atendimento de gestantes e parturientes 22. No caso do HMGV, a maternidade conta com um
Bloco Cirúrgico Obstétrico para a realização de partos cesáreas, curetagens e outras cirurgias
obstétricas, além de alas/enfermarias destinadas ao atendimento de gestantes em trabalho de
parto, a fim de executar os partos normais ou aguardar a cirurgia cesárea. Esse setor está situado
no segundo andar no HMGV (ANEXO A).
Além disso, a maternidade do HMGV também conta com um laboratório de enfermagem
para o atendimento de puérperas e recém-nascidos. Esse laboratório tem como objetivo oferecer
cuidados especiais às mulheres que passaram por um parto, seja ele normal ou cesárea, além de
oferecer suporte e atendimento especializado aos RN, disponibilizando equipamentos de
fototerapia, por exemplo. No geral, nesse local são realizados procedimentos como a coleta de
exames, verificação de SSVV, administração de medicamentos, além de orientações sobre
amamentação, cuidados com o RN e com a saúde da puérpera, ofertando todo o suporte
necessário para garantir a recuperação adequada das mães e o desenvolvimento saudável dos
RNs.
20

No campo da Clínica Materno Infantil, os postos de enfermagem estão dispostos em


diferentes áreas, incluindo a Maternidade, Pediatria e o Pronto Socorro Infantil (PSI). Cada área
possui postos específicos para o cuidado de gestantes, mães e recém-nascidos na Maternidade,
crianças internadas na Pediatria e crianças em atendimento de urgência e emergência no PSI.
Nesses postos, os enfermeiros e técnicos de enfermagem realizam atividades como a
administração de medicamentos, monitorização dos SSVV, curativos, assistência ao aleitamento
materno, auxílio nos cuidados de higiene e conforto, apoio emocional às famílias, realização de
procedimentos específicos para cada área, além de garantir a segurança e bem-estar dos pacientes
pediátricos.

2.2.5.2 Pediatria

A Pediatria é uma especialidade que se dedica ao cuidado da saúde de crianças, está


situado no térreo no HMGV (ANEXO A). É comum encontrar clínicas de Pediatria em hospitais
materno-infantis, que se concentram em oferecer atendimento especializado tanto para crianças
menores como para crianças mais velhas23. A clínica de Pediatria no HMGV tem como objetivo
principal fornecer cuidados médicos abrangentes e específicos para crianças. Essa área do
hospital considera as necessidades físicas, emocionais e sociais das crianças, bem como seu
crescimento e desenvolvimento contínuo. Os procedimentos realizados na Pediatria podem variar
de acordo com as necessidades do paciente. Alguns dos procedimentos comuns incluem23:

1. Anamnese e exames físicos: se realiza detalhadamente para avaliar o estado geral da


criança e as peculiaridades de saúde, assim como suas necessidades para o bem-estar;

2. Avaliação e diagnóstico de doenças: se investigam e diagnosticam uma ampla gama de


doenças e condições médicas que afetam as crianças. Isso pode envolver a solicitação de exames
laboratoriais, como análises de sangue e urina, radiografias, ultrassonografias e outros exames;

3. Administração de medicamentos: o setor de Pediatria também é responsável por


administrar medicamentos prescritos para crianças, visando estabelecer o tratamento de
enfermidades;
21

4. Aconselhamento e orientação: Os médicos pediatras também fornecem aconselhamento

É importante ressaltar que a Pediatria se preocupa em fornecer um ambiente acolhedor e


amigável para as crianças, a fim de minimizar o estresse e promover o bem-estar durante a
consulta ou internação hospitalar. A equipe médica e de enfermagem geralmente é especializada
em cuidados pediátricos, buscando oferecer um atendimento humanizado e adaptado às
necessidades específicas das crianças e suas famílias.
2.2.5.3 Pronto Socorro Infantil (PSI)

O Pronto Socorro Infantil (PSI) é um setor especializado em atender crianças que


necessitam de cuidados imediatos devido as urgências e emergências, doenças agudas ou lesões.
É um ambiente voltado para o atendimento pediátrico, onde profissionais especializados em
pediatria estão disponíveis para prestar assistência médica e garantir o bem-estar das crianças 24.
Este setor está situado no térreo no HMGV (ANEXO A), sendo ele essencial para atender
às necessidades de saúde das crianças, uma vez que elas têm características fisiológicas e
emocionais distintas dos adultos. As crianças podem apresentar sintomas diferentes, responder a
medicamentos de maneira distinta e exigir abordagens terapêuticas específicas 23,24. O PSI é
projetado para lidar com essas peculiaridades e fornecer cuidados adaptados às necessidades
pediátricas. Dentro desse setor, diversos são os procedimentos realizados para avaliar e tratar as
crianças que chegam necessitadas de assistência. Esses procedimentos podem incluir 24,25:

1. Triagem: Uma triagem inicial é realizada para identificar a gravidade da condição da


criança e priorizar o atendimento com base na urgência e emergência. As crianças com condições
mais graves recebem atendimento imediato, enquanto as que têm condições menos urgentes
podem aguardar em uma área designada conforme o Sistema de Triagem de Manchester;

2. Avaliação: Um pediatra realiza uma avaliação completa da criança para determinar o


diagnóstico e o tratamento adequados. Isso pode envolver histórico médico, exame físico,
solicitação de exames laboratoriais e de imagem, entre outros, quando necessário;
22

3. Tratamento de emergência: O PSI está equipado para lidar com uma ampla gama de
urgências e emergências infantis, como febre alta, dificuldades respiratórias, convulsões, lesões
traumáticas, entre outras. A equipe médica e de enfermagem administra os cuidados necessários
para estabilizar a criança e proporcionar alívio imediato dos sintomas;

4. Procedimentos diagnósticos e terapêuticos: No PSI, podem ser realizados vários


procedimentos diagnósticos e terapêuticos, como coleta de sangue para exames laboratoriais,
administração de medicamentos, entre outros;

5. Observação e acompanhamento: Dependendo da condição da criança, ela pode precisar


ser observada no PSI por um período antes de receber alta ou ser encaminhada para a clínica de
pediatria, por exemplo. Durante esse tempo, a equipe monitora sua evolução, ajusta o tratamento,
se necessário, e decide sobre a necessidade de admissão hospitalar ou encaminhamento para
especialistas, se for o caso.

O PSI desempenha um papel crucial no atendimento imediato e eficiente às emergências


pediátricas. Ele oferece um ambiente seguro e especializado, onde profissionais treinados e
capacitados em pediatria podem fornecer os cuidados necessários para garantir a saúde e o bem-
estar das crianças23,24.

2.2.5.4 Atuação do enfermeiro e do discente

Em todas essas áreas, o enfermeiro desempenha um papel fundamental na educação e


orientação dos pais, fornecendo informações em diversas áreas. Ele também trabalha em equipe
multidisciplinar, colaborando com médicos, técnicos de enfermagem e outros profissionais de
saúde para fornecer uma assistência de qualidade e centrada no paciente.
A atuação do enfermeiro na Clínica Materno-Infantil, que engloba Maternidade, Pediatria
e Pronto Socorro Infantil (PSI), é fundamental para garantir o cuidado e a segurança das mães,
dos recém-nascidos e das crianças. O enfermeiro desempenha um papel essencial em todas as
etapas, desde a assistência pré-natal até o acompanhamento pós-alta hospitalar.
23

Na Maternidade, o enfermeiro realiza assistência no pré-natal, fornecendo orientações


sobre cuidados durante a gravidez, realiza exames básicos e acompanha o progresso da gestação e
na preparação para o parto, além de orientação de amamentação, nutricional e exercícios na
preparação para o parto. Durante o parto, ele auxilia a equipe médica e gerencia o bloco
cirúrgico, monitora mãe e RN e seus SSVV, administra medicamentos e oferece suporte físico e
emocional. No pós-parto, orienta sobre cuidados com o RN, monitora a recuperação da mãe e
oferece suporte à amamentação, além de higiene, troca de fraldas e sinais de alerta – em caso de
partos cesáreas, observação e intervenção ao sítio cirúrgico. Logo, o enfermeiro monitora a
recuperação pós-parto da mãe, realiza exames de rotina e oferece suporte adequado.
Na área da Pediatria, o enfermeiro realiza avaliações físicas e de desenvolvimento nas
crianças, administra medicamentos prescritos e presta cuidados diretos, como curativos e
administração de vacinas, se necessário. Ele também orienta os pais sobre cuidados domiciliares
e prevenção de doenças. O enfermeiro verifica SSVV, peso, altura e desenvolvimento
psicomotor. Ele monitora a evolução das crianças, identifica problemas de saúde e encaminha
para a equipe médica quando necessário. No que tange a medicação, a equipe de enfermagem é
responsável por administrar medicamentos prescritos, seguindo as dosagens corretas e
registrando as informações relevantes.
No PSI, o enfermeiro desenvolve a triagem inicial das crianças, avalia a gravidade do
quadro, priorizando o atendimento, e encaminha para atendimento médico. Ele também auxilia
em emergências pediátricas, realizando manobras de suporte à vida – por exemplo em paradas
cardiorrespiratórias, crises convulsivas, dificuldades respiratórias, acidentes diversos, entre
outros. Além disso, coordena o atendimento e participa da administração de medicamentos,
estabilização da criança e no registro das informações relevantes em prontuários.
Sob supervisão, eu tive a oportunidade de vivenciar e aprender diversas atividades
específicas nessa área, a exemplo pude auxiliar no cuidado direto aos pacientes, realizando
atividades como a verificação de SSVV, administração de medicamentos, auxiliar em
procedimentos de enfermagem, acompanhar e oferecer suporte aos pacientes e suas famílias,
além de participar em cuidados de pré-natal, no acompanhamento durante o trabalho de parto, no
cuidado pós-parto e no aleitamento materno. Na Pediatria, participei do cuidado integral das
crianças, incluindo administração de medicações, curativos, avaliação de desenvolvimento e
suporte emocional. Já no PSI, pude auxiliar no atendimento de urgências e emergências
24

pediátricas, incluindo a realização de triagem e monitoramento dos pacientes. Além disso, tive a
oportunidade de observar e aprender com profissionais experientes, participar de discussões de
casos clínicos e aprimorar suas habilidades de comunicação e trabalho em equipe (ANEXO B e
ANEXO C).

2.2.6 Pronto Socorro Adulto (PSA)

O Pronto Socorro Adulto (PSA) é um setor do hospital dedicado ao atendimento de


urgências e emergências de adultos25 – este setor está situado no térreo no HMGV (ANEXO A).
É um ambiente de cuidados específicos e intensivos, onde profissionais de saúde estão
preparados para lidar com uma ampla variedade de condições agudas e urgentes. O PSA é
essencial para atender às necessidades de saúde dos adultos que apresentam condições médicas
emergenciais e graves. Muitas vezes, essas condições requerem atendimento imediato e
intervenções rápidas para estabilizar a saúde do paciente. O PSA é projetado para fornecer
cuidados intensivos, avaliação diagnóstica e tratamento adequado, garantindo a melhor chance de
recuperação do paciente24,25.
Nesse setor, os procedimentos realizados variam conforme as necessidades do paciente,
para tanto uma série de procedimentos são realizados para atender as situações de urgência e
emergência da cidade de Governador Valadares e região. Abaixo alguns procedimentos
realizados:

1. Triagem inicial: Quando um paciente chega ao PSA, ele é submetido a uma triagem
inicial para avaliar a gravidade de sua condição conforme o Sistema de Triagem de Manchester,
isso permite identificar os casos mais urgentes que requerem atenção imediata;

2. Avaliação médica: Uma vez triado, a depender da condição clínica, o paciente se mantém
aguardando – infelizmente a demanda do hospital é acima do que a unidade comporta, sendo
necessário aguardar em lugares orientados pela equipe. O paciente é avaliado pela equipe de
profissionais, isso envolve uma revisão detalhada dos sintomas, histórico médico, anamnese,
exame físico – sendo elaborado o plano terapêutico – e, se necessário, a solicitação de exames
complementares, como exames de sangue, radiografias ou tomografias. Em casos específicos e de
25

grande complexidade, os pacientes são imediatamente atendidos e, se necessário, direcionados à


Sala de Emergência.

3. Estabilização do paciente: Em casos de emergência, a prioridade é estabilizar a condição


do paciente. Ao chegar o paciente é rapidamente direcionado à Sala de Emergência para receber
os cuidados imediatos;

4. Realização de exames e intervenções: O PSA possui recursos para realizar uma variedade
de exames e intervenções, para isso possui uma sala destinada a suturas de ferimentos e uma de
medicação dos pacientes. Além disso, no PSA também se realiza a imobilização de fraturas,
redução de luxações, drenagem de abscessos, colocação de cateteres e sondas, entre outros;

5. Encaminhamento ou internação: Após a estabilização inicial, o paciente pode ser


encaminhado para um especialista ou admitido no hospital, dependendo da complexidade da
condição.

Além disso, o PSA também desempenha um papel importante na comunicação com os


familiares do paciente, fornecendo informações sobre o estado de saúde, orientações sobre o
tratamento e esclarecendo dúvidas. A equipe do PSA está preparada para lidar com emergências,
trabalhando de forma coordenada e eficiente para oferecer os cuidados necessários aos pacientes
adultos em condições críticas. É importante ressaltar que o PSA é um ambiente de alto fluxo e
alta pressão, onde a capacidade de tomar decisões rápidas e precisas é fundamental. A equipe
médica e de enfermagem trabalha em conjunto, seguindo protocolos e normas institucionais.
Com base nos postos de enfermagem dos setores descritos nesse tópico, eles estão
localizados na área de atendimento aos pacientes adultos. Esses postos são responsáveis por
receber e direcionar atividades especificas para os pacientes. Os enfermeiros e técnicos de
enfermagem nesses postos mantém os materiais de sua atuação de competência e realizam
diversas atividades como a avaliação inicial dos pacientes, administração de medicamentos,
monitorização dos SSVV, coleta de exames, assistência aos pacientes e encaminhamento para
outros setores ou unidades.
26

2.2.6.1 Sala de Emergência

Em casos de emergência, a prioridade é estabilizar a condição do paciente. Ao chegar,


seja pelo Corpo de Bombeiros Militares, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU)
ou outro modo, o paciente é rapidamente direcionado à Sala de Emergência para receber os
cuidados imediatos. Isso pode envolver a administração de medicamentos, oxigenoterapia,
intervenções para desobstruir vias aéreas, acesso venoso para reposição de fluidos, Reanimação
Cardiorrespiratória (RCP) e outros procedimentos necessários para garantir a estabilidade do
paciente24,25. Nessa sala ainda atua como uma UTI ou Sala de Retaguarda, em que se mantém os
pacientes a espera de encaminhamentos, devido a superlotação. Esse setor está situado no térreo
(ANEXO A).

2.2.6.2 Sala de Retaguarda

Também situado no térreo no HMGV (ANEXO A), a Sala de Retaguarda é um espaço


dentro de um hospital ou unidade de emergência que é destinado a pacientes em estado estável
que necessitam de observação contínua ou monitoramento após receberem cuidados iniciais no
Pronto Socorro ou em outras áreas de atendimento24,25. Essa sala é projetada para oferecer um
ambiente mais tranquilo e confortável em comparação com as áreas de urgência, permitindo que
os pacientes se recuperem.
Geralmente, essa sala é equipada com monitores de SSVV, leitos e equipamentos de uso
dos profissionais, e os pacientes são monitorados de perto por uma equipe de enfermagem. Nessa
área, os pacientes podem ser observados por um período determinado, a fim de avaliar a evolução
de sua condição, realizar exames adicionais ou aguardar a disponibilidade de leitos em outros
setores do hospital, se necessário24,25.

2.2.6.3 Atuação do enfermeiro e do discente

A atuação do enfermeiro no Pronto Socorro Adulto (PSA) é de extrema importância para


garantir um atendimento de qualidade e eficiente aos pacientes que necessitam de cuidados de
27

urgência e emergência. O enfermeiro desempenha diversas funções nesse ambiente, colaborando


com a equipe multidisciplinar para oferecer uma assistência integral e segura. Uma das principais
responsabilidades do enfermeiro no Pronto Socorro é realizar a triagem dos pacientes, avaliando
a gravidade do quadro clínico e priorizando o atendimento de acordo com a classificação de
risco. Isso envolve a realização de uma avaliação inicial, verificação dos SSVV, obtenção de
histórico do paciente e identificação de possíveis emergências médicas.
Assim, a atuação do enfermeiro no PSA envolve a triagem e classificação dos pacientes,
fornecimento de cuidados de enfermagem imediatos, administração de medicamentos, realização
de procedimentos e monitoramento dos SSVV. Além disso, ele realiza intervenções imediatas
para estabilização do paciente, como administração de medicamentos, realização de curativos,
suturas, colocação de acesso venoso, entre outras técnicas necessárias para o tratamento
inicial24,25. Também, ele desempenha um papel fundamental na comunicação entre os membros da
equipe, garantindo o fluxo adequado de informações sobre o estado do paciente, resultados de
exames, solicitações médicas e demais procedimentos necessários.
Outra função importante no âmbito da atuação do enfermeiro é o fornecimento de suporte
emocional aos pacientes e familiares, que muitas vezes estão em situações de estresse e
ansiedade, logo ele deve ser capaz de oferecer informações claras e empáticas, ouvir suas
preocupações e fornecer orientações sobre o tratamento e os cuidados necessários após a alta.
Nisso, pontua-se que ele está envolvido na educação em saúde, fornecendo orientações e
instruções sobre medidas preventivas, cuidados pós-atendimento e acompanhamento médico.
Seguindo essa linha de raciocínio, a atuação do enfermeiro também está presente na Sala
de Retaguarda. Neste local, ele cuida de pacientes estáveis que necessitam de observação
contínua após atendimento inicial, monitorando sua condição e garantindo seu conforto,
monitorando os SSVV, administrando medicamentos, cuidados com higiene e ações mais
invasivas, como punção venosa e arterial, aspiração de vias aéreas e sondagem de alívio ou
demora, além disso ele atua em conjunto com outros profissionais, a exemplo do médico, em
situações especificas, do tipo intubação. Por sua vez, na Sala de Emergência, o enfermeiro
desempenha um papel crucial na avaliação e estabilização dos pacientes em situações de urgência
e emergência, coordena a equipe, administra medicamentos e realiza procedimentos de
emergência garantindo o suporte necessário para salvar vidas 24,25. Em todos os locais descritos, o
enfermeiro também lida bastante com as questões burocráticas e administrativa, seja em
28

relatórios, anotações de enfermagem e solicitações de materiais pertinentes a cada setor de


atuação.
Ainda no PSA, o enfermeiro atua na sala de suturas e de medicações. Na sala de suturas,
ele é responsável por fornecer suporte ao médico responsável por realizar suturas em ferimentos
superficiais. O enfermeiro auxilia no preparo do material necessário, oferece assistência ao
paciente durante o procedimento e realiza curativos pós-sutura. Ele também pode oferecer
orientações sobre os cuidados necessários para promover a cicatrização adequada e prevenir
infecções. Já na sala de medicações, o enfermeiro administra medicamentos prescritos aos
pacientes de acordo com as indicações médicas, garantindo a correta dosagem e via de
administração. Ele também monitora os efeitos dos medicamentos e fornece orientações aos
pacientes sobre a sua utilização23,25.
Sendo assim, eu pude participar, em conjunto com a equipe de enfermagem no PSA, na
triagem, ações privativas sob supervisão, realização de avaliação inicial, estabilização do
paciente, execução de procedimentos de emergência, comunicação efetiva com a equipe, suporte
emocional aos pacientes e familiares, além de atividades de educação em saúde. Meu papel foi
fundamental para garantir um atendimento ágil, seguro e de qualidade aos pacientes que
necessitam de cuidados de urgência e emergência (ANEXO B e ANEXO C).

2.2.7 Sala de Acidente Vascular Encefálico (AVE), Sala de Tomografia e Raio-X

A Sala de Acidente Vascular Encefálico (AVE) é um espaço especialmente designado no


HMGV para o atendimento especializado aos pacientes com suspeita ou diagnóstico confirmado
de acidente vascular encefálico, seja ele hemorrágico ou isquêmico. Entretanto, o HMGV recebe
mais pacientes de AVE isquêmico, no qual pode prestar maiores cuidados com base no
diagnóstico e na qualificação dos profissionais e demanda de materiais.
Essa sala está situada no térreo (ANEXO A) e está equipada com recursos e equipamentos
necessários para o diagnóstico e tratamento imediato do AVE, como monitores cardíacos,
aparelhos de imagem, medicamentos específicos e profissionais especializados. O objetivo
principal é fornecer cuidados rápidos e eficientes aos pacientes, com o intuito de reduzir
complicações e minimizar os danos cerebrais causados pelo AVE. A Sala de AVE é uma parte
essencial da abordagem de emergência e tratamento multidisciplinar para essa condição médica.
29

Por sua vez, a Sala de Tomografia e Raio-X, localizada próxima à Sala de AVE, é um
espaço onde são realizados exames de imagem, como tomografias computadorizadas e
radiografias. Essa sala é equipada com equipamentos específicos para capturar imagens internas
do corpo, permitindo a visualização de estruturas anatômicas e possíveis alterações. A
proximidade entre a Sala de Tomografia e Raio-X e a Sala de AVE e o PSA é estratégica, pois
permite a obtenção rápida de exames de imagem para auxiliar no diagnóstico e planejamento do
tratamento dos pacientes com suspeita ou diagnóstico confirmado de AVE e/ou outras
complicações. Essa proximidade facilita a comunicação e a colaboração entre a equipe.

2.2.7.1 Atuação do enfermeiro e do discente

No que tange a Sala de Tomografia, Raio-X e a Sala de AVE, o enfermeiro desempenha


um papel fundamental. Na Sala de Tomografia e Raio-X, o enfermeiro colabora na preparação do
paciente para o exame, garantindo o seu conforto e segurança durante o procedimento. Ele pode
realizar a triagem inicial, verificando informações sobre alergias e condições pré-existentes que
possam influenciar o exame. Além disso, o enfermeiro orienta o paciente sobre os procedimentos
a serem realizados, fornecendo suporte emocional e esclarecendo dúvidas.
Na Sala de AVE, o enfermeiro desempenha um papel crucial no atendimento emergencial
aos pacientes com suspeita ou diagnóstico. Ele monitora de perto os SSVV, administra
medicamentos conforme prescrição médica, realiza avaliação neurológica regular e garante a
implementação de protocolos específicos para o tratamento do AVE. O enfermeiro também
colabora na organização de exames de imagem, como tomografias ou radiografias, e na
interpretação dos resultados, auxiliando no diagnóstico e monitoramento do paciente.
Em ambas as áreas, o enfermeiro atua como parte integrante da equipe multidisciplinar,
colaborando com médicos, técnicos de radiologia e outros profissionais de saúde. Ele
desempenha um papel fundamental na garantia da segurança do paciente, no fornecimento de
cuidados de qualidade e no suporte emocional tanto para o paciente quanto para seus familiares
durante todo o processo. Sendo assim, nessas áreas eu pude participar ativamente no cuidado aos
pacientes sob a supervisão de profissionais especializados, além de que auxiliei no suporte e
atendimento aos pacientes, desempenhando tarefas como auxílio na preparação dos pacientes
para exames de raio-X, acompanhamento durante os procedimentos, como auxilio na
30

monitorização dos SSVV, na administração de medicamentos conforme prescrição, na realização


de avaliações neurológicas e na assistência geral aos pacientes durante o período de internação
(ANEXO B e ANEXO C).

2.3 Setor Administrativo e a atuação do discente

No ambiente hospitalar, no que tange a administração, pude ter a chance de realizar


leitura de prontuários, anamnese, exame físico e evolução do paciente – tudo sob a supervisão da
professora/supervisora de estágio. Também, adquiri aprendizado essencial sobre o
desenvolvimento de relatório de estágio, diagnóstico situacional baseado nas normas da
ANVISA, elaboração de documentos e regências administrativas, como protocolos, normas e
rotinas. Além disso, tive a oportunidade de conhecer as rotinas do setor e receber orientações
sobre as patologias e medicamentos utilizados pelo paciente durante sua internação 26.
Em relação ao trabalho administrativo do enfermeiro, eu pude também aprender sobre o
aprazamento de prescrições, corrida de leito, passagem de plantão, cumprimento de escalas,
atendimento direto aos pacientes e documentação das prescrições de enfermagem, além de avaliar
a assistência de enfermagem e os documentos anexos ao prontuário do paciente 27. Ele também
pode acompanhar atividades de formação continuada e desenvolvimento de ações de prevenção e
controle de infecção hospitalar e doenças.
O gerenciamento de enfermagem em um hospital é um processo complexo que envolve
muitos desafios e contribuições. O gerente de enfermagem é responsável por coordenar a equipe
de enfermagem e garantir que os processos gerenciais e assistenciais sejam realizados de forma
adequada e atualizada27. Um dos desafios desse processo é o dimensionamento e alocação de
pessoal de enfermagem, pois isso envolve o recrutamento, seleção, treinamento,
dimensionamento e alocação de pessoal dentro do hospital. A exemplo do HMGV com tamanha
estrutura e abrangência de setor público, o enfermeiro deve ter conhecimento adequado e
atualizado para oferecer a melhor experiência de cuidado ao usuário e coordenar as ações da
equipe. Isso inclui também a organização do trabalho na perspectiva técnico-política, ao
qualificar os processos produtivos26,27.
Assim, afirma-se que o gerenciamento de enfermagem em um hospital é um processo
complexo que envolve muitos desafios e contribuições 26,27. De acordo com uma revisão
31

integrativa da literatura publicada na Revista Gaúcha de Enfermagem 28, os desafios do


gerenciamento de enfermagem estão atrelados à formação profissional, à satisfação com o
trabalho, à sobrecarga, à manutenção da qualidade dos serviços, resolução de conflitos e trabalho
em equipe. Por isso e outros fatores é fundamental a abordagem dessa questão durante o estágio
supervisionado.
No que tange ao estagiário de enfermagem no setor administrativo do HMGV-GV, fui
capaz de desempenhar um papel importante no suporte e na organização das atividades
administrativas relacionadas à gestão da unidade de saúde. Nessa função, eu pude auxiliar na
recepção e triagem de pacientes, na entrega de solicitação de exames e procedimentos, no
arquivamento de documentos, como prontuários e passômetro, também no controle de estoque de
materiais e medicamentos ao ser econômico e organizado, na elaboração de relatórios e planilhas,
entre outras atividades administrativas. Além disso, eu também pude contribuir na comunicação
interna e externa do hospital, atendendo telefonemas na clínica médica, recebendo e
encaminhando visitantes e prestando orientações aos pacientes e familiares. O trabalho no setor
administrativo me proporcionou uma ampla visão da gestão hospitalar e a oportunidade de
adquirir habilidades relacionadas à organização, comunicação e trabalho em equipe (ANEXO B e
ANEXO C).
Um dos desafios enfrentados pelos enfermeiros é o gerenciamento da superlotação e a
manutenção da qualidade do cuidado. Em relação ao dimensionamento de pessoal, a Resolução 29
COFEN 543/2017 estabelece os parâmetros mínimos para dimensionar o quantitativo de
profissionais das diferentes categorias de enfermagem para os serviços/locais em que são
realizadas atividades de enfermagem. O enfermeiro é responsável por estabelecer o quadro
quantitativo e qualitativo de profissionais necessário para a prestação da Assistência de
Enfermagem. Entretanto, o número exato de profissionais necessários em um hospital similar ao
HMGV pode variar de acordo com diversos fatores, como o número de leitos, a complexidade
dos casos atendidos, o setor de atuação e as características específicas do hospital.
Para abordar a questão sobre gerenciamento de enfermagem, existem legislações que
versam sobre o trabalho administrativo do enfermeiro: Lei nº 7.498 que regulamenta o exercício
da Enfermagem no Brasil; Decreto nº 94.406 e a Lei nº 7.498/86; Resolução COFEN 543/2017
que estabelece os parâmetros mínimos para dimensionar o quantitativo de profissionais;
Resolução COFEN 358/2009 que dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e
32

a implementação do Processo de Enfermagem; Resolução COFEN 429/2012 que dispõe sobre o


registro das ações profissionais no prontuário do paciente e em outros documentos; dentre várias
outras leis e resoluções. Portanto, todas supracitadas, dentre outras, estabelecem as diretrizes
gerais para o exercício da Enfermagem no Brasil, incluindo o trabalho administrativo.

2.4 Descrição das atividades realizadas

Durante o estágio, seguindo o cronograma de atividades estabelecido, tive a oportunidade


de realizar uma ampla gama de ações, tanto coletivas quanto individuais. Essas experiências terão
um impacto significativo em minha carreira profissional, resultando em uma mudança
significativa na forma como percebo e compreendo a profissão. Desse modo, entre as funções
desempenhadas por mim, relata-se as atividades durante o período de fevereiro a julho de 2023,
com exceção de alguns sábados, os domingos e feriados (ANEXO B e ANEXO C).
33

3. CONSIDERAÇOES FINAIS

Durante o período de fevereiro a julho, tive a oportunidade de realizar meu estágio


supervisionado de Enfermagem II no Hospital Municipal na cidade de Governador Valadares, em
Minas Gerais. Essa experiência foi de extrema importância para minha formação profissional,
permitindo-me vivenciar a realidade da atenção terciária e aprimorar minhas habilidades técnicas.
Ao longo do estágio, pude presenciar a complexidade e a diversidade de casos atendidos
no Hospital Municipal. A atenção terciária exige uma abordagem ampla e aprofundada, com a
necessidade de integrar conhecimentos técnicos, científicos e humanísticos para oferecer um
cuidado de qualidade aos pacientes. Fui capaz de observar de perto o trabalho em equipe, o
comprometimento dos profissionais de saúde e a importância da comunicação efetiva para
garantir um atendimento seguro e eficiente. Durante as atividades desenvolvidas, como a
assistência direta aos pacientes, administração de medicamentos, realização de curativos,
acompanhamento de procedimentos e participação em discussões de casos clínicos, pude aplicar
os conhecimentos teóricos adquiridos ao longo da minha formação acadêmica. Além disso, a
troca de experiências com os enfermeiros preceptores e demais profissionais de saúde foi
enriquecedora, contribuindo para meu crescimento profissional e pessoal.
Destaco também a importância do estágio e a vivência nesse contexto, que permitiram-me
compreender as particularidades e desafios da saúde pública, além de fortalecer meu
compromisso em promover a equidade no acesso aos serviços de saúde. A diversidade cultural e
socioeconômica dos pacientes atendidos reforçou a importância da empatia, do respeito e da
sensibilidade no cuidado individualizado e integral. Por fim, o estágio foi uma experiência
enriquecedora e transformadora. Aprendi a lidar com situações desafiadoras, aprimorei minhas
habilidades técnicas e relacional e desenvolvi uma visão mais ampla e humanizada da prática da
enfermagem na atenção terciária. Sinto-me preparado para enfrentar os desafios da profissão e
contribuir para a promoção da saúde e o bem-estar dos pacientes.
Agradeço a todos os profissionais do Hospital Municipal, em especial aos enfermeiros
preceptores, que me acolheram, orientaram e proporcionaram uma experiência tão significativa.
O estágio supervisionado de Enfermagem no HMGV deixará uma marca inesquecível em minha
formação profissional, guiando-me em minha trajetória como enfermeiro comprometido e
capacitado a oferecer cuidados de excelência àqueles que necessitam.
34

REFERÊNCIAS

1. Prefeitura Municipal de Governador Valadares. História da cidade. [Online] Acesso em:


15 de maio de 2023. Disponível em:
https://www.valadares.mg.gov.br/detalhe-da-materia/info/historia-da-cidade/12094.

2. Prefeitura Municipal de Governador Valadares. Hospital Municipal - HM. [Online]


Acesso em: 20 de maio de 2023. Disponível em: https://www.valadares.mg.gov.br/detalhe-da-
unidade/nome/hospital-municipal---hm/166.

3. Prefeitura Municipal de Governador Valadares. Boletim Epidemiológico Covid. [Online]


Acesso em: 01 de junho de 2023. Disponível em: https://www.valadares.mg.gov.br/abrir_arquivo
.aspx/Boletim_Epidemiologico_Covid?cdLocal=2&arquivo=%7B6CC3BBCE-CABB-8B72-
87AD-AADDB0DCB3B4%7D.pdf.

4. Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). Resolução COFEN 543/2017 [Internet].


2017 [Acesso em 2022 Out 30]. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-
5432017_51440.html
35

4. ANEXOS

ANEXO A – Divisões e respectivas estruturas anexas ao hospital


Hospital Municipal de Governador Valadares (HMGV) – Julho de 2023
Anexo Pronto Socorro Infantil (PSI)
Almoxarifado Pronto Socorro Adulto (PSA)
Farmácia Central Pediatria
Farmácia Sala de Retaguarda
Recepções Sala de Emergência
Cozinha Sala de USG e Raio-X
Térreo
Refeitório Sala para pequenas cirurgias
Copa para funcionários Posto de enfermagem
Triagem Sala de AVE
Ala da Pediatria UTI geral
Sala de coleta de exames Setor de cadastramento de pedidos
laboratoriais e exames diagnósticos de exames
Centro de Material Esterilizado Enfermarias e Especial
(CME) (4 postos de enfermagem)
Primeiro Centro cirúrgico Sala da gerência
Andar Centro de Tratamento Intensivo
Salas de gerência de enfermagem
(CTI)
Clínica médica e cirúrgica Secretaria
Bloco Cirúrgico Obstétrico Psicologia
Laboratório UTI Neonatal (UTIN)
Sala de atendimento de serviço
Triagem
Segundo Andar social
Enfermaria Puérperas e RN Salas de gerência de enfermagem

Unidade de Cuidado Intermediário Unidade de Cuidados


Neonatal Canguru (UCINCa) Intermediários Neonatal (UCINCo)
36

Fonte: Autor

ANEXO B – Relatório descritivo das atividades mais notáveis realizadas


(Continua)
Atividade Frequência
Higienização das mãos Diariamente (Antes e após a execução de atividades)
Acolhimento Diariamente (Antes da execução de atividades)
Apresentação da unidade
Apresentação da equipe
Intradérmica
Intramuscular (IV): Via Oral (VO)
(ID)
(): Ceftriaxona;
(): losartana
(): Cefotaxima;
(): Captopril
(): Clavulin;
(): Hctz
(): Dipirona;
Administração de Medicações () Furosemida () Liquemine
(): Ondansetrona;
(): Tramadol (): Heparina
(): Ciprofloxacino
(): Tilex
(): Clindamicina;
(): Glicazida
(): Tramadol;
() Metformina
(): SF 0,9%;
Total:
Anamnese
Exame físico
Relatório de Anamnese + Exame
Físico
Sonda Nasoenteral (SNE)
Sonda Vesical de Alívio (SVA)
Eletrocardiograma (ECG)
Aspiração de Vias Aéreas Superiores
Assistência em Parada
Cardiopulmonar (PCR)
37

Visita Técnica / Atividade


Recreativa
(Conclusão)
Atividade Frequência
Conhecimento sobre a ficha funcional da
equipe
(): Pé Diabético MID + Desbridamento
(): Pé Diabético MIE + Desbridamento
(): LPP (Estágio 2 – Calcâneo MIE)
(): LPP (Estágio 3 – Calcâneo MID)
(): LPP: MIE e MID (Tissular Profunda)
Realização de Curativo
(): LPP (Estágio 3 – Sacral)
(): MID fraturado (Ortopedia)
(): Curativo pós-operatório – abdômen
(): Curativo: Amputação de MIE
Total:
Teste de Glicemia Capilar
Aferição de Pressão Arterial (P.A.)
Mensuração de saturação do oxigênio 0
Frequência Respiratória (FR)
Frequência Cardíaca (FC)
Aferição de Temperatura Axilar
Escala de Nível de Dor
Solicitação de Exames Laboratorial
Punção Intravenosa Periférica (Jelco);
Retirada de AVP: Intravenosa Periférica
(Jelco);
Banho de leito
Banho de Aspersão
Corrida de leito
Invólucro de ataduras em papel grau cirúrgico
38

Total de Atividades Desenvolvidas


Fonte: Autor

ANEXO C – Relatório descritivo de todas as atividades realizadas e observadas durante o estágio


(Continua)
CLÍNICA ATIVIDADE QUANT ATIVIDADE QUANT.
Clínica Médica Acompanhamento para
Lavagem das Mãos
e Laboratório Exames
de Enfermagem Análise da NR 32 Liberação de Alta
Aplicação de Calor/Frio Medicação EV
Apresentação da Unidade Medicação IM
Atividade Recreativa Medicação Intradérmica
Aux. Alimentação Oral Medicação Oral
Aux. Alimentação SNG/SNE Parto cesáreo
Avaliação de Paciente Medicação SNE
Balanço hídrico Orientação em Grupo
Banho de Aspersão Orientação Individual
Banho de Leito Oxigenioterapia
Calçamento de Luvas de Identificar instrumentos de
Procedimento controle de serviço
Checagem de prescrição
Discussão de Artigo Científico
médica
Contenção de Movimentos Preparo de material
Cuidado com Cateter Punção Venosa
Cuidado com Dreno de Tórax Registro de ECG
Cuidado com ostomia SAE
Curativo Seminário
Desinfecção do Leito Cuidados no Pré/Pós e Trans
Concorrente Operatório
Plano de Cuidados Plano de Cuidados
Escala de dor Preparo de material
Escala de Glasgow Punção Venosa
Estudo de caso clínico Sondagem SNE
Exame Físico Sondagem SNG
Glicemia Capilar Transporte do Paciente
39

Higiene Íntima Sinais Vitais


Higiene Oral Retirada de AVP
Medicação S.C - -
TOTAL Atividades Realizada e Observadas

(Continua)
CLÍNICA ATIVIDADE QUANT ATIVIDADE QUANT.
Clínica Materno Administração de vacina Administração de vacina
Infantil BCG Hepatite B
Isolamento de Contato Lavagem das Mãos
Aplicação de Calor/Frio Liberação de Alta
Apresentação da Unidade Medicação EV
Atividade Recreativa Medicação I.M
Aux. Alimentação Oral Medicação Oral
Sinais Vitais Medicação por Espaçador
Balanço hídrico Medicação S.C
Banho de Aspersão Medição
Banho de Leito Nebulização/ Macro
Calçamento de Luvas de
Desinfecção do Leito Terminal
Procedimento
Checagem de prescrição Cuidados no Pré/Pós e Trans
médica Operatório
Classificação de Risco Oxigenioterapia
Coleta de Escarro Parto cesáreo
Coleta de Fezes Pesagem
Coleta de Urina Plano de Cuidados
Contenção de Movimentos Preparo de material
Cuidado com Cateter Punção Venosa
Cuidado com Coto umbilical Orientação Individual
Cuidado com Dreno de
Aux. Alimentação SNG/SNE
Tórax
Cuidado com RN Sondagem de Alívio
Curativo Sondagem de Demora
Orientação em Grupo Transporte do Paciente
40

Escala de Apgar Triagem


Escala de dor Tricotomia
Evolução Registro de ECG
Exame Físico Teste do Pezinho
Glicemia Capilar Retirada de SVD
Higiene Íntima Retirada de AVP
Higiene Oral - -
TOTAL Atividades Realizada e Observadas
(Continua)
CLÍNICA ATIVIDADE QUANT ATIVIDADE QUANT.
Centro Acompanhamento para
Evolução
Cirúrgico e Exames
CME Admissão de Paciente Exame Físico
Análise da NR 32 Oxigenioterapia
Aplicação de Calor/Frio Isolamento de Contato
Apresentação da Unidade Lavagem das Mãos
Aspiração de Secreção Liberação de Alta
Atividade Recreativa Medicação EV
Aux. Alimentação
Nebulização/ Macro
SNG/SNE
Avaliação de Paciente Orientação em Grupo
Calçamento de Luva Estéril Orientação Individual
Calçamento de Luvas de Identificar instrumentos de
Procedimento controle de serviço
Checagem de prescrição
Parto cesáreo
médica
Coleta de Urina Plano de Cuidados
Contenção de Movimentos Preparo de material
Cuidado com Cateter Punção Venosa
Cuidado com Dreno de Cuidados no Pré/Pós e Trans
Tórax Operatório
Cuidado com ostomia SAE
Cuidado com RN Seminário
Curativo Sinais Vitais
41

Desinfecção do Leito
Sondagem de Demora
Concorrente
Desinfecção do Leito Avaliação e Leitura do
Terminal Indicador Biológico
Discussão de Artigo
Triagem
Científico
Escala de Apgar Tricotomia
Escala de dor Registro de ECG
Escala de Glasgow Realização de Teste Biológico
Estudo de caso clínico Transporte do Paciente
TOTAL Atividades Realizada e Observadas

(Conclusão)
CLÍNICA ATIVIDADE QUANT ATIVIDADE QUANT.
Pronto Socorro Acompanhamento para
Adulto (PSA) Exames Evolução
Admissão de Paciente Exame Físico
Análise da NR 32 Glicemia Capilar
Aplicação de Calor/Frio Higiene Íntima
Apresentação da Unidade Higiene Oral
Aspiração de Secreção Preparo de material
Assistência a Ressuscitação Lavagem das Mãos
Atividade Recreativa Liberação de Alta
Aux. Alimentação Oral Medicação EV
Aux. Alimentação
SNG/SNE Medicação Oral
Avaliação de Paciente Medicação por Espaçador
Balanço hídrico Orientação em Grupo
Banho de Aspersão Orientação Individual
Banho de Leito Oxigenioterapia
Calçamento de Luva Estéril Plano de Cuidados
Calçamento de Luvas de Identificar instrumentos de
Procedimento controle de serviço
42

Checagem de prescrição
médica Punção Venosa
Classificação de Risco Registro de ECG
Coleta de Urina SAE
Contenção de Movimentos Sinais Vitais
Cuidado com Cateter Sondagem de Alívio
Cuidado com ostomia Sondagem SNE
Curativo Transporte do Paciente
Discussão de Artigo Cuidados no Pré/Pós e Trans
Científico Operatório
Escala de dor Triagem
Escala de Glasgow Retirada de SVD
Estudo de caso clínico Retirada de AVP
TOTAL Atividades Realizada e Observadas
Fonte: Autor
43

5. APÊNDICES
APÊNDICE A – Encontros Realizados na Faculdade UNIPAC: Aulas Teóricas

Imagem 1 Imagem 2

Fonte: Autor
APÊNDICE B – Encontros Realizados no HMGV: Estágio Supervisionado

Imagem 3 Imagem 4

Fonte: Autor
APÊNDICE C – Preparo de medicações para administração

Imagem 5 Imagem 6

Fonte: Autor
APÊNDICE D – Realização prática de Anamnese, Exame Físico e Curativos
44

Imagem 7 Imagem 8

Fonte: Autor

APÊNDICE E – Estágio Realizado no CME

Imagem 9 Imagem 10

Fonte: Autor
45

6. AÇÕES E EVENTOS

Reunião e louvor no interior do HMGV

Imagem 11 Imagem 12
Fonte: Autor
Na data 17/03/2023 foi realizado um louvor ao santíssimo Jesus Cristo na clínica médica e
laboratório de enfermagem a fim de abençoar profissionais e pacientes do hospital.

Você também pode gostar