Antropologia A02
Antropologia A02
Antropologia A02
AO2
Iniciado: 3 jun em 16:52
Instruções do teste
Importante:
A+
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A
você clique em "FAZER O QUESTIONÁRIO", no final da página.
A-
Leia o texto a
seguir:
Concebo na espécie humana dois tipos de desigualdade: uma a que chamo natural ou física, por se
estabelecida pela natureza, e que consiste na diferença das idades, da saúde, das forças do corpo e
das qualidades do espírito ou da alma; a outra, a que se pode chamar desigualdade moral ou
política, por depender de uma espécie de convenção e ser estabelecida, ou pelo menos autorizada,
pelo consentimento dos homens. Esta consiste nos diferentes privilégios que alguns usufruem em
prejuízo dos outros, como de serem mais ricos, mais reverenciados, mais poderosos do que eles, ou
mesmo em se fazerem obedecer por eles.
ROUSSEAU, J. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Tradução de Maria Ermantina Galvão. São Paulo:
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas.
1. A partir dos escritos de Rousseau, e com base nas atualizações modernas realizadas pela
Antropologia, é possível afirmar a existência de ao menos dois tipos de desigualdades
humanas.
PORQUE
2. Os seres humanos possuem características naturais e físicas que os tornam desiguais, bem
como também características morais e políticas, nomeadas nos dias de hoje como culturais e
sociais.
s
asserções I e II são proposições falsas.
A+
A A-
Pergunta 2 0,6 pts
Leia o texto a
seguir:
MALINOWSKI, B.. Argonautas do Pacífico ocidental: um relato do empreendimento e da aventura dos nativos nos arquipélagos da Nova Guiné
melanésia. Traduções de Anton P. Carr e Lígia Aparecida Cardieri Mendonça. São Paulo: Abril Cultural, 1978. p. 18.
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas.1. A
Antropologia se distancia do senso comum cotidiano e se define como ciência.
PORQUE
s
asserções I e II são proposições falsas.
s
asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
s
asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
https://famonline.instructure.com/courses/35654/quizzes/177127/ 2/
03/06/2024, Teste:
Leia o trecho a seguir, extraído de uma entrevista concedida pela historiadora e antropóloga Lilia
Schwarcz, sobre a Abolição da escravidão, para a BBC Brasil:
Lilia Schwarcz - A lei simplesmente abolia. Dizia que a partir desta data não há mais escravos no
Brasil. Ponto final. A República, que viria um ano e meio depois, tentaria colocar uma pedra no tema
da escravidão. Como se tivesse ficado morto no passado junto com o Império. Temos um hino da
República, aquele que canta "liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós". E há uma estrofe que
”
diz: "Nós nem cremos que escravos outrora tenha havido em tão nobre país". Ou seja, um ano e
meio depois, (os republicanos) afirmavam não acreditar mais (que tivesse havido escravidão). Eram
um processo de amnésia nacional.
A-
BBC Brasil - Quais foram as consequências imediatas desta abolição sem salvaguardas?
Lilia Schwarcz - O (momento) pós-emancipação não teve nenhuma preocupação com inclusão
dessas populações (de ex-escravos). Eu me refiro à educação, saúde, habitação, todos os
problemas estruturais.
Mas isso não quer dizer que a gente só deva culpar o passado. O que vemos hoje no país é uma
recriação, uma reconstrução do racismo estrutural. Nós não somos só vítimas do passado. O que
nós temos feito nesses 130 anos é não apenas dar continuidade, mas radicalizar o racismo
estrutural.
Brasil viveu um processo de amnésia nacional sobre a escravidão, diz historiadora. BBC Brasil, 10
mai. 2018.
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas.
PORQUE
2. O país não soube lidar com o passado escravista, de modo que a mentalidade escravista ainda
permanece em nosso presente, pois atualmente não ocorrem esforços suficientes por parte da
sociedade de compreensão dos efeitos perversos da escravidão em nosso país.
https://famonIine.instructure.com/courses/35654/quizzes/177127/ 3/
03/06/2024, Teste:
s
asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
s
asserções I e II são proposições falsas.
GREEN, J. Além do Carnaval: a homossexualidade masculina no Brasil do século XX. Trad. de Cristina Fino e Cássio Arantes Leite. São Paulo: Unesp,
IV. As cidades grandes possibilitam um certo anonimato que pode ser visto como algo positivo
para quem deseja se distanciar de grupos que compartilham práticas e posicionamentos
homofóbicos.
e IV.
, le III.
, I, III e IV.
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03/06/2024, Teste:
elll.
MEAD, Margaret. Adolescência em Samoa. In: CASTRO, Celso (org.). Cultura e personalidade: Ruth Benedict, Margaret Mead e Edward Sapir. Rio de
antropologia demonstra que as práticas culturais da ilha de Samoa, situada no Pacífico Sul, foram
imprescindíveis na composição dos valores e da visão de mundo que orientou a formação das sociedades grega e
romana.
ma cultura não ocidental será de extrema importância para os estudos antropológicos, pelo fato de o isolamento
geográfico permitir ao antropólogo o despojamento de seus referenciais e, por conseguinte, produzir uma ciência
neutra, sem viés ideológico.
estudo de nossa própria cultura está estreitamente vinculado aos padrões de sociabilidade das comunidades
nativas aborígenes, daí a importância dos habitantes da ilha de Samoa para os estudos antropológicos no
Ocidente.
servar as práticas culturais e todo o sistema de valores de uma sociedade que estruturalmente diferencia-se dos
padrões referenciais de quem observa, permite não só compreender as dinâmicas sociais dos grupos observados,
como também refletir sobre as categorias de análise que possibilitam a mesma observação.
amoa constituiu um padrão importante de dinâmica social, e considerá-lo nas análises antropológicas é constatar
que a etnografia precisa ser aprimorada, a fim de que a história das sociedades primitivas não seja relegada ao
esquecimento com o avanço da civilização.
https://famonline.instructure.com/courses/35654/quizzes/177127/ 5/1
03/06/2024, Teste:
Pierre Bourdieu, em seu livro ‘A Distinção: crítica social do julgamento’, publicado em 1979, trata a
cultura no sentido antropológico, analisando os gostos, julgamentos e a própria percepção estética
como produzidos através de um sofisticado sistema social que perpassa o capitalismo. A+
A"
Para tanto, Bourdieu aborda um importante conceito, que é o de:
e os, ou seja, sistemas de disposições duráveis e intransponíveis, infraestruturas predispostas a funcionar como
estruturas estruturantes, isto é, a funcionar como princípios geradores e organizadores de práticas e de
representações.
rocas simbólicas, ou seja, sistemas de disposições duráveis e transponíveis, estruturas estruturadas dispostas a
operar como mercadorias materiais e simbólicas no universo semântico do signo.
e os, ou seja, sistemas de disposições efêmeros, porque são intercambiáveis, estruturas estruturadas
predispostas a funcionar como estruturas estruturantes, isto é, a funcionar como princípios geradores e
organizadores de práticas e de representações de significados materiais e simbólicos.
abitus, ou seja, sistemas de disposições permeáveis e efêmeros, estruturas estruturadas dispostas a funcionar
como estruturas estruturantes, isto é, a funcionar como princípios operadores de lógicas de mercado e de trocas
simbólicas.
Com base no texto e em seus conhecimentos sobre Antropologia, é correto afirmar que:
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03/06/2024, Teste:
passagem da visão etnocêntrica para a visão relativista, na Antropologia, ocorreu sem mudanças significativas
dos métodos e técnicas empregados pelos antropólogos.
mbora os estudos antropológicos tenham como objeto de investigação a diversidade humana, essa diversidade
não é a diversidade do “outro”, mas sim a do próprio meio cultural do qual o antropólogo faz parte.
A+
A A-
o investigar os seus próprios padrões culturais, o antropólogo deve deixar de Iado os métodos e as técnicas
utilizadas para a análise dos grupos distantes.
Antropologia é um campo de estudos que prioriza a alteridade, sendo este conceito entendido como o
reconhecimento da identidade do “outro”.
e acordo com o texto, o “outro” passa a ser compreendido pela Antropologia como aquele indivíduo ou grupo em
estágio de evolução necessariamente distinto das sociedades industriais e urbanas.
Leia o texto a
seguir:
Um xamã ou cacique, embora tenha um nome próprio, ao falar com os brancos fala de si como
“índio” porque quer se fazer entender pelos não-índios. Assim as mulheres e as feministas que já
desconstruíram o natural também falam de si com intenção política, e também didática, de fazer o
outro entender. Foi a partir daí que se começou a sustentar a ideia de um Iugar de fala
atualmente em voga na vida contemporânea. Ora, uma característica de nossa época é a
sustentação da singularidade, a forma subjetiva que expressa a existência de cada um como um
ser de diferença. Por meio da singularidade fica claro que cada um quer conquistar um Iugar.
Esse Iugar tornou-se, pela autoafirmação da singularidade que se expressa, um Iugar de fala.
TIBURI, M. Lugar de fala, Iugar de dor. 29 mar. 2017. Revista Cult. Disponível em: https://revistacuIt.uoI.com.br/home/Iugar-de-fala-e-etico-poIitica-
I. Trata-se de uma noção que busca tornar indiscernível o espaço de produção de certos
discursos produzidos por grupos específicos.
II. É uma noção voltada à censura, impedindo que pessoas deem suas opiniões sobre
temas específicos relacionados a grupos particulares.
III. Possibilita uma identificação da posição que um determinado enunciador ocupa ao proferir seu
discurso.
IV. Contribui para a delimitação do universo social e cultural que determinadas pessoas ocupam.
Não se trata de impedir que outras pessoas falem sobre certos grupos, mas sim de reconhecer os
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03/06/2024, Teste:
limites aos quais determinados discursos estão circunscritos.
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03/06/2024, Teste:
É correto apenas o que se afirma em:
, le III.
eli.
A+
e IV. A A-
e IV.
, III e IV.
Texto 1:
Imagem:
Texto 2:
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03/06/2024, Teste:
A PNAD Contínua de 2017 mostra que há forte desigualdade na renda média do trabalho: R$ 1.570
para negros, R$ 1.606 para pardos e R$ 2.814 para brancos. O desemprego também é fator de
desigualdade: a PNAD Contínua do 3º trimestre de 2018 registrou um desemprego mais alto entre
pardos (13,8%) e pretos (14,6%) do que na média da população (11,9%). Dados também da PNAD
só que mais antigos, de 2015, mostram que apesar dos negros e pardos representarem 54% da
população na época, a sua participação no grupo dos 10% mais pobres era muito maior: 75%. Já no
grupo do 1% mais rico da população, a porcentagem de negros e pardos era de apenas 17,8%.
A+
CALEIRO, J. P. Os dados que mostram a desigualdade entre brancos e negros no Brasil. Revista Exame. 20 nov. 2018. Disponível em:
https://exame.abril.com.br/brasil/os-dados-que-mostram-a-desigualdade-entre-brancos-e-negros-no-brasiIAcesso em 22/03/2024. A
Dentre os marcos que colocaram fim à escravidão no país, a Lei Eusébio de Queirós, de 1850, e "
Lei Áurea, de 1888, foram fundamentais para impor o fim do tráfico de pessoas negras e a aboli
do regime escravista. Na foto acima, temos uma imagem que data aproximadamente de 1864 e -
W apresenta um homem negro com marcas provavelmente decorrentes das torturas sofridas
enquanto pessoa escravizada.
estrutura étnico-racial decorrente do período escravista não se reproduziu durante a Primeira República, uma vez
que foram empreendidos notáveis esforços para a integração dos ex-escravizados e a restauração de sua
dignidade na sociedade brasileira, bem como patamares adequados de renda e consumo.
fim do tráfico de pessoas negras escravizadas e a Abolição delimitaram um recomeço digno para os negros no
país, deixando para trás todos os estigmas definidos pela escravidão.
oncedida pela Princesa Isabel, a liberdade dos negros escravizados instaurou uma nova dinâmica de
concorrência equilibrada entre negros e brancos no mercado de trabalho e no acesso a bens e serviços.
s marcas deixadas pela escravidão no Brasil permaneceram mesmo após o encerramento oficial do tráfico de
pessoas escravizadas, bem como após a Abolição, consolidando-se como elemento estrutural de nossa cultura.
s marcas deixadas pelo sistema escravista no Brasil foram progressivamente se apagando devido à intensa
miscigenação entre brancos e negros.
Leia o texto a
seguir:
O interesse teórico e epistemológico de articular sexo e raça, por exemplo, fica claro nos achados
de pesquisas que não olham apenas para as diferenças entre homens e mulheres, mas para as
diferenças entre homens brancos e negros e mulheres brancas e negras, como fica claro nos
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03/06/2024, Teste:
trabalhos realizados no Brasil, mobilizando raça e gênero para explicar desigualdades salariais ou
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03/06/2024, Teste:
diferenças quanto ao desemprego (GUIMARÃES, 2002; GUIMARÃES; BRITTO, 2008). A partir dos
dados da pnad 1989 e 1999, Nadya Araújo Guimarães mostra que, considerando sexo e raça, os
homens brancos possuem os salários mais altos; em seguida, os homens negros e as mulheres
brancas; e, por último, as mulheres negras têm salários significativamente inferiores (GUIMARÃES,
2002, p. 13).
HIRATA, H. Gênero, classe e raça: interseccionalidade e consubstancialidade das relações sociais. Revista Tempo Social. São Paulo, v. 26, n. 1, p. 61-
73, 2014. A+
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. A
1. As mulheres negras recebem salários inferiores aos salários recebidos por homens negros, A.
mulheres brancas e homens brancos.
PORQUE
'W
2. As mulheres negras são mais afetadas nas relações de trabalho e nas dinâmicas de
exploração e desigualdades no Brasil contemporâneo.
s
asserções I e II são proposições falsas.
s
asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
s
asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
Salvo em 17:01
https://famonline.instructure.com/courses/35654/quizzes/177127/ 12/