2021 Relações Entre Universidades e Comunidades Ebook
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2021 Relações Entre Universidades e Comunidades Ebook
EDITORA UFPB
Direção Natanael Antonio dos Santos
Gestão de Editoração Sâmella Arruda
Gestão de Sistemas Ana Gabriella Carvalho
Editora filiada à:
Alicia Ferreira Gonçalves,
Maristela Oliveira de Andrade
María Elena Martínez-Torres
Orlando de Cavalcanti Villar Filho
(ORGANIZADORES)
Editora UFPB
João Pessoa
2021
Direitos autorais 2021 – Editora UFPB
Editoração
Eletrônica e
Design da Capa André Sousa
Catalogação na fonte:
Biblioteca Central da Universidade Federal da Paraíba
E-book.
ISBN 978-65-5942-135-0
1. Universidades. 2. Extensão universitária. 3. Compromisso
social. I. Gonçalves, Alicia Ferreira. II. Título.
UFPB/BC CDU 378.4
Elaborada pela Divisão de Processos Técnicos da Biblioteca Central
PARTE I.............................................................................................16
A EXTENSÃO EM COMUNIDADES E A
SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
CAPITULO 1...........................................................................................................17
Experiências extensionistas entre a Praia e a Maré: constru-
ção de subsídios para o PGTA Potiguara na Aldeia Coqueiri-
nho/Marcação-PB....................................................................................17
CAPITULO 2...........................................................................................................41
A fotoetnografia em reassentamento de atingidos por barra-
gem no agreste paraibano....................................................................41
CAPITULO 3...........................................................................................................59
Gestão de resíduos sólidos urbanos: a experiência do municí-
pio de Bonito de Santa Fé – PB...........................................................59
CAPITULO 4...........................................................................................................84
Uma transposição de olhares sobre a cultura caririzeira:
Entre as ilusões e os impactos do Programa de Integração da
Bacia do Rio São Francisco..................................................................84
PARTE II......................................................................................... 111
A PESQUISA COM POPULAÇÕES TRADICIONAIS,
SEUS TERRITÓRIOS E LUTAS
6 [Sumário]
PREFÁCIO
Em tempos complexos e de “(re)definições” globais, a universidade
pública enquanto uma instituição a serviço do bem comum, fundamen-
tada na proposta de geração de conhecimento decente para uma vida
prudente, como sugere Boaventura de Souza Santos, tem a oportunidade
de se reinventar e, mais uma vez contribuir para a construção de uma
sociedade socioambientalmente responsável.
Essa contribuição, para além do ensino e da pesquisa, acontece na
extensão universitária (um processo interdisciplinar, político educacio-
nal, cultural, científico e, tecnológico), lócus onde se promove a interação
transformadora entre as instituições de ensino superior e a sociedade.
Nesse sentido, a UFPB priorizando a formação acadêmica e cida-
dã do seu corpo discente, promove através da Pró Reitoria de Extensão
(PROEX), o Programa UFPB NO SEU MUNICÍPIO, instituído pelo então
Pró Reitor Orlando Villar, que em seu quarto ano de execução, já contri-
buiu para a realização de 354 projetos de extensão, envolvendo mais de
400 professores e técnicos, 477 alunos bolsistas, 1.600 voluntários, que
juntos com a sociedade colaboram para a efetivação de sua função social
e, de sua missão.
Essa coletânea reflete o compromisso do Grupo Interdisciplinar de
Pesquisa em Cultura, Sociedade e Ambiente (GIPCSA) em contribuir para
a construção desse intercâmbio, por meio de pesquisas e projetos de ex-
tensão financiados pela PROEX.
Entendemos nosso trabalho na extensão, como forma de retribuir
às comunidades pesquisadas, serviços diversos como prática de recipro-
cidade. Como um processo coadjuvante na construção de alternativas, es-
pecialmente as que estimulam a autonomia das pessoas e grupos e, que
provocam o despertar das potencialidades vocacionais da região. Com
a responsabilidade do fazer das ações extensionistas, instâncias a partir
das quais também possa se repensar os cursos de graduação, bem como,
contribuir para a melhoria contínua dos cursos de pós-graduação.
7 [Sumário]
Portanto, convidamos a todos os leitores a apreciar as experiências
aqui relatadas. Um desafio coletivo da cocriação alicerçada pela troca de
saberes, que nos permitam atravessar esses tempos complexos na dire-
ção de um desenvolvimento humano, sustentável e duradouro.
1 Alberto dos Santos Cabral é vinculado a PROEX, membro da Rede de Museus e inte-
grante do GIPCSA, em estágio pós doutoral junto ao PPGA-UFPB (2020-2021), Sociólogo (UFPB),
com doutorado em Desenvolvimento Sustentável (UnB) e, sanduiche doutoral em Mercadologia
na Universidade de Maastricht.
8 [Sumário]
APRESENTAÇÃO
“...O Hau não é o vento que sopra. Nada disso. Suponha que o
senhor possua um artigo determinado (taonga) e que me dê
esse artigo; o senhor dá sem um preço fixo. Não fazemos negó-
cio com isso. Ora, eu dou esse artigo a uma terceira pessoa que,
depois de algum tempo, decide dar alguma coisa em pagamento
(utu)... (Ora. Esse taonga que ele me dá é o espírito (hau) de
taonga que recebi do senhor e que dei a ele. (..) Tal é o hau, o hau
dos taonga, o hau da floresta” (MAUSS, 1974, p.53-54).
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NOTAS
Andreia Bavaresco; Marcela Meneses. Entendendo a PNGATI: Política
Nacional de Gestão Ambiental e Territorial Indígena. Brasília: Giz/
Projeto GATI/Funai, 2014
Anna L. Tsing. Viver nas ruínas: paisagens multiespécies no
antropéceno / Anna Lowenhaupt Tsing; edição Thiago Mota Cardoso,
Rafaei Victorino Devos. — Brasília: IEB Mil Folhas, 2019. (2015?)
Clifford Geertz. “Uma descrição densa: por uma teoria interpretativa
da cultura.” A interpretação das culturas 1 (1989): 3-21.
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15 [Sumário]
PARTE I
A EXTENSÃO EM COMUNIDADES
E A SUSTENTABILIDADE
SOCIOAMBIENTAL
CAPITULO 1
EXPERIÊNCIAS EXTENSIONISTAS
ENTRE A PRAIA E A MARÉ:
CONSTRUÇÃO DE SUBSÍDIOS
PARA O PGTA POTIGUARA
NA ALDEIA COQUEIRINHO/
MARCAÇÃO-PB.
INTRODUÇÃO
17 [Sumário]
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nas zonas urbanas das cidades de Baía da Traição, Rio Tinto, Marcação,
com uma ampla diáspora nas principais cidades da região e do país.
De forma ampla percebemos a existência de conflitos entre coletivi-
dades indígenas e iniciativas privadas e governamentais, e recentemen-
te uma tensão entre conservação ambiental e extração predatória2 nos
processos de territorialização Potiguara. Abordando esta problemática
o Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Cultura, Sociedade e Ambiente
(GIPCSA), integrado por professoras e estudantes da UFPB, tem trabalha-
do nos últimos anos junto aos povos Potiguara do litoral norte paraibano.
Resultado das lutas do movimento indígena criou-se no ano de
2012 uma legislação voltada ao planejamento e manejo do território, a
Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial Indígena (PNGATI). O
Projeto de Extensão ‘Construindo Mapas Sociais: subsídios para o Plano
de Gestão Territorial e Ambiental Potiguara’, coordenado pela Dra. Alicia
Ferreira Gonçalves e de forma adjunta pela pesquisadora visitante María
Elena Martínez-Torres (CIESAS-México), busca, desde 2018, contribuir
para efetivação da PNGATI nas TIs Potiguara, em conjunto com as lide-
ranças indígenas e suas comunidades. Em meio as experiencias desen-
volvidas nesse projeto, esse artigo foi construído de forma coletiva por
parte dos pesquisadores integrantes do GIPCSA, visando a apresentação
do projeto Construindo Mapas Sociais com enfoque especial aos resulta-
dos da aldeia Coqueirinho, na cidade de Marcação-PB.
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COQUEIRINHO
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25 [Sumário]
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vista que o único acesso para a cidade era de canoa, pela aldeia Camuru-
pim, ou quando a maré estava baixa e viabilizava a caminhada a pé pela
praia, vindo da Baía da Traição. Também não havia saneamento básico
ou energia elétrica na aldeia. No entanto, após esse movimento inicial
de ocupação do território que hoje é a aldeia Coqueirinho, inicia-se um
movimento de entrada maciça de não indígenas no território durante os
anos 80s, construindo casas de veraneio para membros das classes altas
da região, em especial advindos da capital do estado, João Pessoa. A par-
tir dessa invasão de não indígenas ocupando e construindo casas dentro
do território Potiguara, os moradores das aldeias próximas iniciaram um
movimento de reinvindicação de reocupação do espaço, para usufruto
exclusivo dos indígenas conforme determinado por lei nos territórios in-
dígenas demarcados.
Dessa forma os moradores das aldeias próximas, em especial da al-
deia Camurupim, dão início a um movimento de luta para reintegração
de posse dos territórios, incluindo as casas e demais equipamentos urba-
nos construídos por não indígenas na aldeia em questão. O movimento
foi resguardado pelo estado, viabilizando acordos e indenizando os não
indígenas que haviam se instalado em Coqueirinho.
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SOL E PRAIA
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MARÉ
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5 Na aldeia Tramataia, segundo moradores entrevistados por Crispim (2015), parte dos
danos ambientais devem-se a inserção das usinas de cana-de-açúcar.
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APONTAMENTOS FINAIS
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REFERÊNCIAS
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40 [Sumário]
CAPITULO 2
A FOTOETNOGRAFIA EM
REASSENTAMENTO DE
ATINGIDOS POR BARRAGEM NO
AGRESTE PARAIBANO6
Givanilton de Araújo Barbosa
João Martinho Braga de Mendonça
Silvano Abade
Glauco Machado
Melba Godoy
INTRODUÇÃO
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REASSENTAMENTO
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TRABALHO E RENDA
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REFERÊNCIAS
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CAPITULO 3
GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
URBANOS: A EXPERIÊNCIA
DO MUNICÍPIO DE BONITO DE
SANTA FÉ – PB
Ana Virginia Moreira Gomes,
Tarcisio Valerio da Costa (in memoriam)
Palloma Damascena Morais
INTRODUÇÃO
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Tabela 1- Disposição Final de RSU coletados no Brasil por Tipo de Destinação, 2017/18
2017 2018
DISPOSIÇÃO
(milhões/ton/ano) (%) (milhões/ton/ano) (%)
ATERRO
42,26 59,0 43,25 59,5
SANITÁRIO
ATERRO
16,38 23,0 16,72 23,0
CONTROLADO
LIXÃO 12,90 18,0 12,72 17,5
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CENTRO
DESTINO NORTE NORDESTE SUDESTE SUL
OESTE
ATERRO SANITARIO
20,67 25,31 34,69 49,16 87,32
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PROGRAMAS OBJETIVO
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METODOLOGIA
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RESULTADOS
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NUMERO DE DIAS
ASSOCIADOS DIARIA REMUNERAÇÃO
TRABALHADOS
A 20 20,00 400,00
B 10 20,00 200,00
C 0 20,00 0
D 25 20,00 500,00
Fonte: Autor(es)
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERENCIAS
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CAPITULO 4
UMA TRANSPOSIÇÃO DE
OLHARES SOBRE A CULTURA
CARIRIZEIRA: ENTRE AS
ILUSÕES E OS IMPACTOS DO
PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO DA
BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO
Emerson Lopes Barbosa
INTRODUÇÃO
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A ÁGUA E A HISTÓRIA
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Por entre diversos anos o rio Paraíba foi alvo de descaso das forças
políticas representativas, as quais não se atentaram às necessidades das
populações ribeirinhas e possibilidades de ações de políticas públicas
que viessem a estruturar uma condição mínima de sobrevivência não só
das comunidades mas também do Rio e de uma preparação deste para os
períodos de cheias ou até mesmo o recebimento das águas do PISF.
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E AS ÁGUAS?
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E AS PESSOAS?
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nheciam, para alguém acostumado com grandes centros nos quais isso
é inimaginável e até mesmo na própria zona urbana de Monteiro esta
ação não era facilmente identificável, porém ali na zona rural isto se dava
como uma regra básica de convivência.
O que faria o cidadão da zona rural desenvolver este nível de comu-
nicação, para não dizer cordialidade? Será que um certo distanciamento
social em sítios torna as pessoas mais abertas, por assim dizer, a comu-
nicação e consequentemente a interação humana? Ou será que a escas-
sez cíclica de água, o que de certo modo contribui para a má lida com a
agricultura de subsistência e a ausência de políticas públicas do Estado,
desperta naquelas comunidades ribeirinhas uma certa consciência de
convivência para cooperação e sobrevivência?
Em frente, chegamos à Barragem São José, outra vez compus mais
fotografias e vídeos, não pude deixar de notar que algumas pessoas se
encontravam ali para pescar, baseado nos rastros de moto, e confirma-
do por Galego, saímos da Barragem e voltamos para a estrada, a vegeta-
ção mantinha-se verde durante todo o trajeto, e víamos poucas moradas,
sempre que Galego avistava a casa de algum conhecido seu, ele pergunta-
va se queria que parássemos para conversar.
Chegando a passagem molhada que dá acesso ao Sítio Santa II, fiz
mais algumas fotografias e vídeos, e observei a falta de estrutura e a im-
possibilidade de cruzar a passagem por conta das águas, retornamos
para a estrada e seguimos para o Açude de Poções. Próximos a chegada
acabamos nos perdendo por termos entrado numa via que dava para um
Sítio privado, acabei alertando a Galego que a estrada estava fechada de-
mais para ser uma via expressa, mas ele insistiu.
De fato, este comportamento de Galego me remeteu o pensamento
de que isto demonstraria nele o excesso de entusiasmo em poder nos
guiar ao destino da melhor e mais rápida forma, ou por indiferença em
aceitar que eu, um indivíduo forasteiro da cidade grande, pudesse - in-
dependentemente do motivo que fosse ou de qualquer outra experiência
que eu tivesse tido anteriormente com comunidades rurais - compreen-
der estruturas básicas de estradas da zona rural.
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Relações entre universidades e comunidades:
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ir até para conversarmos com ele, respondi que sim, então nos condu-
zimos à uma casa num alto de uma ladeira, ao chegarmos na porteira,
pude ver que o terreno tinha uma grande extensão territorial, mas a casa
era pequena, continha aparentemente uns 10m de largura e uns 25m de
comprimento.
A porta estava aberta, a casa não era rebocada e, ao lado direito,
havia um alpendre de madeira coberto por palhas secas, este cobria uma
mesa de bilhar, ao lado esquerdo da mesa, encostadas na parede estavam
quatro cadeiras de bar na cor verde e mais à esquerda em cima de uma
caixa de cimento - exposta ao sol - estava uma caixa de som de cerca de
uns 50cm, com volume relativamente alto, e tocando a canção “sábado”
do cantor José Augusto, mas esta versão era em ritmo de brega pela ban-
da “Asas Livres”.
Nesta casa também funcionava um pequeno bar, no entanto estava
fechado e isso é de se estranhar, pois os bares que ficam localizados nos
sítios da região tendem a começar a funcionar mais cedo. Segundo Gale-
go: “Eles não sabem ganhar dinheiro, há uma hora dessas e ainda fecha-
dos (risos sarcásticos).
Galego chamou pelo nome do conhecido dele e não obtive resposta,
então ele bateu palmas e chamou novamente, nenhuma resposta e não
ouvíamos som de alguém se movendo. Estávamos já subindo na moto
para irmos à casa de outro conhecido de Galego e saiu uma mulher a
porta. Ela emitia sinais de estar desconfiada e pelo modo como olhava,
percebi que ela não conhecia Galego. Ele a cumprimentou e se apresen-
tou informando quem eram seus parentes conhecidos e de que Sítio ele
era, e depois perguntou por seu marido. Ela nos informou que ele havia
saído e voltava logo.
Esta mulher de nome Edvania, aparentava ter uns 33 anos de idade,
dona de casa, tinha uma estatura média, era branca, com cabelo castanho
amarrado, um piercing na lateral direita do nariz e outro na sobrancelha
esquerda, três brincos na orelha direita e um na esquerda, vestia uma
camiseta branca, com tiras de pano entrecortadas, vestia uma saia curta
também da cor branca, mas com ilustrações de flores rosas.
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99 [Sumário]
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100 [Sumário]
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Aí, só quer dizer que só um querer ser dono ou dois ou três não
pode, era tudo aberto, mas saíram comprando a terra e o go-
verno já pagou. Quando o governo foi fazer esses açudes, pagou
todas as propriedade para que depois ninguém ficasse morando
dentro. Hoje mesmo, que nem aqui nesse alto que ali tem uma
moradia, ali é do governo, quero ver quem é que bota um pé ali
dentro, ninguém bota um pé ali dentro, se botar a macaca zoa.
101 [Sumário]
Relações entre universidades e comunidades:
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102 [Sumário]
Relações entre universidades e comunidades:
o circuito da dádiva e a sustentabilidade dos territórios
Quando ele tá cheio mesmo, não tem como ir, que ela vem até
aqui nessa cerca, ali onde você passou lá, eu acho você passou
em cima de uma passagem? Pronto, ali ela fica já querendo
transpassar quando ele enche.
103 [Sumário]
Relações entre universidades e comunidades:
o circuito da dádiva e a sustentabilidade dos territórios
104 [Sumário]
Relações entre universidades e comunidades:
o circuito da dádiva e a sustentabilidade dos territórios
CONSIDERAÇÕES FINAIS
105 [Sumário]
Relações entre universidades e comunidades:
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106 [Sumário]
Relações entre universidades e comunidades:
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Isso reflete uma lógica, pois, sua propriedade encontra-se nas margens
do açude.
No entanto, vemos uma desinformação e muita confusão acerca do
PISF quanto a convivência para com suas águas, se elas são de fato públi-
cas e devem permanecer abertas a todos os moradores daquela região,
ou para negócios de terceiros, onde terras já desapropriadas pelo gover-
no, foram vendidas pelos próprios ex-donos novamente. Mas, para poder
adquirir mais dados e concluir de fato um rascunho epistemológico fun-
damentado será preciso uma intensificação de tempo no campo.
Este foi um breve ensaio, uma rápida incursão por entre o leito do
rio paraíba, e um diálogo com os moradores que despertaram ainda mais
questionamentos: Como alguém pode revender terras já indenizadas
pelo governo? Até onde vai o direito de acesso às águas? Por onde cami-
nha o direito de ir e vir? As águas trarão as empreiteiras e empresários?
Será que ainda existirá pobreza as margens do rio?
E as Águas? Elas são a redenção dos problemas daquela população.
REFERÊNCIAS
108 [Sumário]
Relações entre universidades e comunidades:
o circuito da dádiva e a sustentabilidade dos territórios
109 [Sumário]
Relações entre universidades e comunidades:
o circuito da dádiva e a sustentabilidade dos territórios
110 [Sumário]
PARTE II
INTRODUÇÃO
112 [Sumário]
Relações entre universidades e comunidades:
o circuito da dádiva e a sustentabilidade dos territórios
113 [Sumário]
Relações entre universidades e comunidades:
o circuito da dádiva e a sustentabilidade dos territórios
115 [Sumário]
Relações entre universidades e comunidades:
o circuito da dádiva e a sustentabilidade dos territórios
116 [Sumário]
Relações entre universidades e comunidades:
o circuito da dádiva e a sustentabilidade dos territórios
117 [Sumário]
Relações entre universidades e comunidades:
o circuito da dádiva e a sustentabilidade dos territórios
118 [Sumário]
Relações entre universidades e comunidades:
o circuito da dádiva e a sustentabilidade dos territórios
120 [Sumário]
Relações entre universidades e comunidades:
o circuito da dádiva e a sustentabilidade dos territórios
121 [Sumário]
Relações entre universidades e comunidades:
o circuito da dádiva e a sustentabilidade dos territórios
122 [Sumário]
Relações entre universidades e comunidades:
o circuito da dádiva e a sustentabilidade dos territórios
123 [Sumário]
Relações entre universidades e comunidades:
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124 [Sumário]
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REFLEXÕES FINAIS
125 [Sumário]
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126 [Sumário]
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REFERÊNCIAS
130 [Sumário]
CAPITULO 6
PRÁTICAS ECONÔMICAS E
CULTURAIS DE POPULAÇÕES
TRADICIONAIS: INTERAÇÕES 19
ENTRE CULTURA E AMBIENTE
Maristela Oliveira de Andrade
131 [Sumário]
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132 [Sumário]
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RESULTADOS
133 [Sumário]
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Quadro 1. Lista dos subprojetos dos integrantes do GIPCSA/ nível de formação e período de
realização da pesquisa
INTEGRANTE/ PERÍODO
SUBPROJETOS
NIVEL DE FORMAÇÃO PESQUISA
134 [Sumário]
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Ostreicultores e ostreicultura: a
Fabiana Bezerra Marinho sustentabilidade social e ambiental
2016-2019
(doutorado Prodema) de sistemas produtivos nas zonas
costeiras da Paraíba e Santa Catarina.
135 [Sumário]
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Quadro 2 Práticas produtivas ligadas para reprodução material das populações tradicionais
Práticas
Produtores Ecossistema Local
produtivas
Agricultura Famílias de
orgânica e agricultores Semiárido Sudeste espanhol
permacultura espanhóis
Extrativas e
Rio, mangue e
não extrativas Afro-colombianos de Pacífico
floresta úmida
variadas inclusive Nuqui colombiano
de altitude
turismo
Agricultura
orgânica e Oeste Potiguar-
Mulheres agricultoras Semiárido
economia RN
solidária
Extrativas e
não extrativas Rio, mangue, TI Litoral Norte-
Indígenas Potiguara
variadas inclusive terra PB
turismo
Ostras para
Indígenas Potiguara/ TI Litoral Norte-
engorda em
pescadores PB
estruturas de Estuário/ mar
artesanais Litoral
madeira ou tipo
Florianópolis/SC Florianópolis-SC
travesseiro
136 [Sumário]
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137 [Sumário]
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138 [Sumário]
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139 [Sumário]
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Práticas culturais e
Praticantes Ecossistema Local
rituais
Mulheres de
Litoral
Cocadas artesanais pescadores/ Zona de praia
Norte-PB
artesãs
140 [Sumário]
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141 [Sumário]
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142 [Sumário]
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143 [Sumário]
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145 [Sumário]
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
146 [Sumário]
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REFERENCIAS
147 [Sumário]
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148 [Sumário]
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149 [Sumário]
CAPITULO 7
O PROCESSO DE
EMPODERAMENTO DAS
MULHERES COCADEIRAS: A
TRAJETÓRIA DE VIDA DE UMA
ARTESÃ22
INTRODUÇÃO
150 [Sumário]
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sultados (SACHS 2009). Daí ser um espaço privilegiado para uma análise
sobre o empoderamento. Por ser a autogestão uma forma autônoma de
trabalho, seu processo é dinâmico, promovendo constante mudança em
suas atividades e decisões estratégicas ao longo do tempo.
Este estudo foi realizado junto a um empreendimento social forma-
do por mulheres artesãs que fundaram a Associação Mãos que se Ajudam
- AMQSA no Município de Lucena/PB, com o objetivo de avaliar o proces-
so de empoderamento de mulheres artesãs para o desenvolvimento local
sustentável. Embora a proposta da AMQSA seja de um empreendimento
social, que envolve a autogestão, participação, cooperação, desenvolvi-
mento humano, responsabilidade social, entre outros fatores, foram de-
tectados problemas em relação a autogestão.
A experiência de realizar uma pesquisa num empreendimento so-
cial em uma realidade contrastante em diversos aspectos, a começar pela
diversidade de relações sociais e de poder desenvolvidas entre os sujeitos
e as instituições com as quais se relacionam. Além disso, essas relações
também se refletem na convivência doméstica, uma vez que as mulheres
vivem num contexto familiar e social, onde há desigualdade e submissão
aos maridos; no mercado de trabalho, as relações entre patrões e empre-
gados organizam-se de forma hierárquica muito bem marcada.
Com isso, o contexto social no qual se insere a AMQSA interfere di-
retamente na cultura organizacional, criando vários obstáculos que im-
pedem o desenvolvimento de uma cultura associativa mais eficaz num
empreendimento social. Por outro lado, o tipo de gestão do empreendi-
mento, requer relacionamentos com diversos públicos para as vendas,
em que a gestora anterior não compartilhava esse processo com as asso-
ciadas, o que implicava em falta de transparência e dificuldade de acesso
a documentos da área financeira.
Este artigo objetiva analisar o processo de empoderamento das
mulheres artesãs, com o acompanhando da trajetória de vida de uma das
artesãs que revelou ter vivenciado melhor que as demais mulheres, um
empoderamento coletivo e individual, com capacidade de obter um en-
gajamento de todas.
151 [Sumário]
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METODOLOGIA
152 [Sumário]
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
154 [Sumário]
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Para esta mulher, o fato de não ter um emprego fixo como de seu
marido, ainda que trabalhasse como diarista, fazendo faxina, não repre-
sentava para ela um “emprego seguro”, com todos os direitos trabalhistas
e um salário certo no final do mês. Quando ingressou na AMQSA, mesmo
sem ter carteira assinada e salário fixo, mas só por uma renda mensal,
ainda que com valor indefinido, o sentido de independência relacionado
à questão financeira aflorou num contexto pessoal e familiar, pois o fato
de contribuir financeiramente para a aquisição de bens materiais para a
família, de poder comprar seus objetos pessoais e de contribuir na edu-
cação e bem-estar dos filhos fortalecia sua autoestima, seu sentimento de
estar sendo empoderada financeiramente.
155 [Sumário]
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156 [Sumário]
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157 [Sumário]
Relações entre universidades e comunidades:
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No início meu marido não queria. Porque ele falava que cocada
não dava dinheiro. Porque antigamente vendia em pedacinhos e
as meninas começaram vendendo na rua, os pedacinhos. Então,
via-se que não era futuro deixar o serviço de casa ou deixar ou-
tro serviço como faxineira ou outras coisas pra entrar na coca-
da, entendeu? Tinha aquilo de não dar certo, mas aí minha sogra
entrou primeiro, depois eu entrei e daí foi melhorando cada vez
mais. Aí depois que era só a cocada em pedacinho, veio a Cocada
na Kenga, pela ideia de colocar na quenga, aí daí que começou
a fazer sucesso, de ficar conhecido, porque cocadinha pequena
todo mundo sabe fazer, então o diferencial da nossa é a quenga.
Então, daí que começou a dar tudo certo. Aí começou a ganhar
dinheiro, né? Todo mundo contente, o marido já começava a dar
a maior força: ah, vai trabalhar! Por quê? Tava ajudando também
dentro de casa, e foi assim. Nossa! Ajudando em muita coisa, viu.
Muita coisa. Comprei tudo que eu tinha vontade.
158 [Sumário]
Relações entre universidades e comunidades:
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para essas mulheres. A associada J não tem foco em ampliar seus conhe-
cimentos, concluir seus estudos; na sua visão, para que isso acontecesse,
seria necessária uma contrapartida financeira como estímulo. Neste de-
poimento ela expressa o desejo de ter um salário, um emprego fixo e até
se dispõe a voltar a estudar para alcançar seus objetivos.
A aplicabilidade dos níveis de empoderamento de Rowlands (1997)
na AMQSA demonstra que poucos associados tiveram desenvolvimen-
to em nível pessoal. De forma resumida, o quadro 01 relaciona os fatos
que demonstram cada tipo de empoderamento definido por Rowlands
(1997) e identificado na AMQSA, sendo que os tipos pessoal e relacional
estão relacionados diretamente à Associada J e ao empoderamento cole-
tivo que envolve todos os associados, a partir da fala da referida associa-
da.
Quadro 01: Tipo de empoderamento na AMQSA
Defesa do nome da
Conquista do emprego com Superação de preconceito Cocada na Kenga
renda mensal familiar e social. diante do preconceito
social.
Necessidade
Influência junto aos demais de investir no
Consumo/aquisição de bens
associados para a tomada conhecimento coletivo
desejados
de decisões. para ampliar os
negócios.
Consciência da
Conquista da confiança da necessidade de
Autoestima
presidência. reposicionar a AMQSA
no mercado.
160 [Sumário]
Relações entre universidades e comunidades:
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As artesãs decidiram
Aprendizado para não ter mais uma
Por meio do trabalho, a
autogestão da cocadeira presidenta externa
artesã conseguiu investir
que assumiu a presidência. e elegeram uma
nos estudos dos filhos.
das cocadeiras para
presidenta.
Fonte: Pesquisadora, Novembro/2017
161 [Sumário]
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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165 [Sumário]
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REFERÊNCIAS
166 [Sumário]
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167 [Sumário]
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168 [Sumário]
CAPITULO 8
COMUNIDADES
AFRODESCENDIENTES EN
EL PACÍFICO COLOMBIANO:
RELACIONES CON EL
TERRITORIO Y LA
BIODIVERSIDAD23
Laura Victoria Lozada Ordonez,
Maristela Oliveira de Andrade
Denise Dias da Cruz
INTRODUCCIÓN
169 [Sumário]
Relações entre universidades e comunidades:
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propiedad colectiva sobre las tierras habitadas por las “comunidades ne-
gras” supone una manera de conservar la biodiversidad. “Las ‘prácticas
tradicionales’ y la ‘racionalidad económica’ radicalmente diferente de la
‘occidental’ atribuidas a esas comunidades han sido uno de los factores
por los cuales se ha conservado esa biodiversidad, y se perfila como una
estrategia para que no se desaparezca en el futuro” (RESTREPO, 2013, p.
194 e 195).
Téngase en cuenta que el medio ambiente desempeña un rol im-
portante en la construcción de la identidad cultural de las sociedades y
está en estrecha conexión con los valores étnicos, espirituales, históricos
y artísticos de determinadas sociedades (ANDRADE E ROMERO, 2009).
De hecho existen comunidades tradicionales o étnicas que usan y dan
significado a la naturaleza y a las plantas de diversas maneras: como ali-
mentos y medicamentos, para magia, música, trabajo y diversión. Esas
comunidades incluyen campesinos, pueblos de la selva, pastores nóma-
das además de otros grupos marginados en el proceso de expansión del
capital global (PARAJULI, 1998). Para ellos, los ecosistemas tiene una re-
lación simbiótica entre los servicios de abastecimiento y cultural
Inclusive, estas interacciones son aún más complejas cuando la et-
nicidad pasa a ser una variable del análisis. La etnicidad es una entidad
relacional construida en el contexto de relaciones y conflictos intergrupa-
les. “La forma de contraste que caracteriza la naturaleza del grupo étnico
resulta de un proceso de confrontación y diferenciación” (LUVIZOTO, p.
32, 2009). En este contexto, el concepto de etnodesarrollo pasa a tener
un significado especial por el hecho de ser concebido como “la capaci-
dad autónoma de una sociedad culturalmente diferenciada para guiar su
propio desarrollo” (BONFIL, 1982, p. 142). En otras palabras, el etnode-
sarrollo constituye una relación de poder en que los grupos sociales que
luchan por el desarrollo de una cultura propia (etnias, regiones, pobla-
ciones) logran un reconocimiento político en el que se les permite tomar
decisiones.
Es por esto que la implementación de procesos de etnodesarrollo
experimenta una constante tensión entre la autonomía cultural del grupo
étnico frente al Estado nacional y la operativización de las diferentes for-
170 [Sumário]
Relações entre universidades e comunidades:
o circuito da dádiva e a sustentabilidade dos territórios
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Relações entre universidades e comunidades:
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Relações entre universidades e comunidades:
o circuito da dádiva e a sustentabilidade dos territórios
174 [Sumário]
Relações entre universidades e comunidades:
o circuito da dádiva e a sustentabilidade dos territórios
cubierto por bosques y de estas más del 50% está bajo control colectivo:
comunidades indígenas (45,4%), territorios colectivos de comunidades
afrodescendientes (7,3%), y campesinos (1,9%)” (MADS; PNUD, 2014, p.
12).
Para comprender un poco más este escenario, se examinan las ac-
ciones y respuestas del poder público hasta agosto de 2018 en búsqueda
de atender a las exigencias de estos grupos, así como de las agencias de
protección ambiental. Este documento no propone un análisis exhausti-
vo de estas acciones, pero trae una visión amplia de las macro políticas
que involucran la región del Pacífico.
175 [Sumário]
Relações entre universidades e comunidades:
o circuito da dádiva e a sustentabilidade dos territórios
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o circuito da dádiva e a sustentabilidade dos territórios
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o circuito da dádiva e a sustentabilidade dos territórios
182 [Sumário]
Relações entre universidades e comunidades:
o circuito da dádiva e a sustentabilidade dos territórios
Regulación
Turismo con
climática e
base en la
hidrológica;
belleza
Formación de control de
Madera; escénica y
suelo y erosión y
leña; procesos
retención de remociones en
Colonos productos ecológicos
humedad; masa;
campesinos no (p.eje.
ciclado de protección
maderables migraciones
nutrientes; frente al
del bosque; de
Chocó polinización aumento del
mamíferos
(Pacifico) nivel del mar
acuáticos y
con base en el
reptiles)
manglar
Formación de
Identidad
suelo y Proteína a
Regulación cultural
retención de partir de
Comunidades climática con asociada a la
humedad; especies
indígenas base en el dinámica del
ciclado de pesqueras;
bosque bosque
nutrientes; agua
húmedo
polinización
Fonte: Adaptado do V Informe sobre Biodiversidad para la
Convención de Diversidad Biológica de Colombia, 2014.
183 [Sumário]
Relações entre universidades e comunidades:
o circuito da dádiva e a sustentabilidade dos territórios
CONCLUSIÓN
184 [Sumário]
Relações entre universidades e comunidades:
o circuito da dádiva e a sustentabilidade dos territórios
REFERENCIAS
185 [Sumário]
Relações entre universidades e comunidades:
o circuito da dádiva e a sustentabilidade dos territórios
186 [Sumário]
Relações entre universidades e comunidades:
o circuito da dádiva e a sustentabilidade dos territórios
187 [Sumário]
Relações entre universidades e comunidades:
o circuito da dádiva e a sustentabilidade dos territórios
188 [Sumário]
Relações entre universidades e comunidades:
o circuito da dádiva e a sustentabilidade dos territórios
189 [Sumário]
SOBRE OS AUTORES
190 [Sumário]
torado em Ecologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Pós
doutora pelo Departamento de Botânica da Universidade Federal do Rio
de Janeiro. Docente no Programa no Pós Graduação (Prodema - Progra-
ma Regional de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente).
Contato: denidcruz@dse.ufpb.br
191 [Sumário]
GLAUCO MACHADO
192 [Sumário]
JOÃO MARTINHO BRAGA DE MENDONÇA
193 [Sumário]
MÁRCIA MARIA TAIT LIMA
MELBA GODOY
194 [Sumário]
ORLANDO DE CAVALCANTI VILLAR FILHO
195 [Sumário]
bilitação em Relações Públicas pela Universidade Federal da Paraíba.
Contato: patriciamoraisrp@gmail.com
SILVANO ABADE
196 [Sumário]