SEI - MAPA - 36050847 - II Edital de Quintais Produtivos 2024
SEI - MAPA - 36050847 - II Edital de Quintais Produtivos 2024
SEI - MAPA - 36050847 - II Edital de Quintais Produtivos 2024
EDITAL
1.9. As propostas que forem implementadas nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste serão priorizadas, conforme critérios apresentados no Quadro 5 do
item 11.5.8 deste edital.
1.10. Estima-se, com este edital, apoiar no exercício de 2024, 3 mil mulheres rurais visando a estruturação de seus quintais e estimular a constituição de
136 grupos produtivos, considerando uma média de 22 mulheres por grupo.
2.7. Serão priorizadas propostas que forem executadas em rede conforme os critérios estabelecidos no Quadro 5 do item 11.5.8.
4. JUSTIFICATIVA
4.1. O combate à fome, a promoção da alimentação adequada e saudável e da segurança alimentar e nutricional, o fortalecimento da agroecologia e a
redução das desigualdades de gênero no contexto rural, foram colocadas como questões centrais nas decisões governamentais, em 2023, já que os resultados da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2004, 2009 e 2013 (IBGE, 2013), da
Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017/2018 (IBGE, 2020) e do I e II Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Covid-19 no Brasil
(VIGISAN) revelam o agravamento desses problemas nos últimos anos.
4.2. Em 2023, uma nova conjuntura se instalou no País, com o retorno do Governo Lula e de suas políticas estruturantes, como a restauração do Novo
Bolsa Família (Lei N° 14.601), que fixou um limite mínimo de R$ 600,00 por família, a expansão do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e uma política
econômica que passou a favorecer o maior controle da inflação e da retomada dos empregos. Começou-se a observar uma redução do índice de miséria e o
início de uma possível retração da prevalência de insegurança alimentar (Instituto Fome Zero, 20241).
4.3. As desigualdades de gênero permanecem latentes no meio rural. Apesar da ampliação da participação das mulheres nas atividades agropecuárias,
as condições para assegurar o trabalho e renda para elas são, ainda, limitadas em comparação aos homens. Em 2017, elas foram identificadas como gestoras em
18,7% dos 5,07 milhões de estabelecimentos mapeados pelo Censo Agropecuário. Uma ampliação importante frente aos dados do Censo de 2006, quando elas
representavam apenas 12,7%. Contudo, elas seguem sem ter assegurado seu direito à terra.
4.4. Apenas 19,7% das mulheres da agricultura familiar e 15,2% do segmento não familiar tinham acesso à terra, em 2017. O percentual de mulheres
sem-terra era de 29,87%. Quando detentoras de terras, elas possuíam áreas menores em relação aos homens: 22,6% das mulheres da agricultura familiar, na
condição de proprietária, concessionária ou assentada, tinham áreas com até 20 hectares. Assim, a dinâmica de acesso à terra continua concentrada nas mãos
dos homens.
4.5. Os estabelecimentos dirigidos pelas mulheres da Agricultura Familiar se caracterizam pela produção de alimentos, plantas medicinais, mudas e
sementes. Elas desenvolvem atividades econômicas e geradoras de renda, sendo que, 46,2% dos estabelecimentos dirigidos por elas têm como atividade
econômica predominante a pecuária e criação de outros animais; 35,6% a produção de lavouras temporárias; e 9,7% de lavouras permanentes.
4.6. Entretanto, os estabelecimentos dirigidos por mulheres ainda têm menor acesso a máquinas, equipamentos, assistência técnica, crédito e água e
elas seguem concentrando o trabalho de cuidados e reprodução da vida, e com menor rendimento médio mensal. Neste contexto, a superação da desigualdade
de gênero, por meio de políticas especificas direcionadas às mulheres rurais é condição fundamental para a eliminação da fome e da má nutrição que a
população brasileira enfrenta atualmente.
4.7. Por sua vez, estudos tem demonstrado o potencial dos quintais produtivos geridos pelas mulheres rurais para o enfrentamento das desigualdades,
especialmente, pela sua diversidade de produção de alimentos voltada prioritariamente para o autoconsumo e manutenção da família e geração de renda. Nessa
perspectiva, a Marcha das Margaridas demandou ao governo federal, em 2023, ações que visassem promover o fortalecimento dos quintais produtivos, como
estratégia para promover a segurança alimentar, a agroecologia e a autonomia econômica das mulheres rurais.
4.8. A criação do Programa Quintais Produtivos para as Mulheres Rurais e a realização do primeiro Edital de apoio a estruturação de quintais
produtivos, em 2023, fez parte da resposta do governo federal a estas demandas. Assim, o Edital de Chamamento Público nº 02/2024, que prevê a estruturação
de quintais produtivos, a articulação das mulheres em grupos e o auxílio ao acesso às políticas públicas de apoio à produção e comercialização, visa dar
seguimento a estratégia do governo de fomentar a autonomia econômica das mulheres rurais, contribuir para a dinamização da economia rural e avançar na
superação das desigualdades econômicas, sociais e de gênero.
5. ABRANGÊNCIA DO EDITAL
5.1. Este edital tem abrangência nacional, possibilitando que organizações da sociedade civil sediadas em qualquer estado do território brasileiro
possam apresentar propostas.
5.2. A organização proponente deverá comprovar experiência de atuação no(s) estado(s) de abrangência do projeto, conforme indicado no ANEXO 3 –
COMPROVAÇÃO DE EXPERIÊNCIA NO(S) ESTADO(S) DE ABRANGÊNCIA DO PROJETO.
5.3. Em decorrência das desigualdades regionais, da concentração de pobreza rural, das diferenças no acesso das mulheres às políticas públicas de
financiamento, assistência técnica e extensão rural e programas de compras públicas, serão priorizados os projetos executados nas regiões Nordeste, Norte e
Sudeste, conforme critérios indicados no Quadro 5 do item 11.5.8 deste edital.
6. PÚBLICOS PRIORITÁRIOS
6.1. São beneficiárias deste edital as mulheres rurais, conforme descrito no Decreto no 11.642, de 16 de agosto de 2023, que instituiu o Programa
Quintais Produtivos para Mulheres Rurais e, mulheres agricultoras urbanas e periurbanas.
6.2. Os projetos poderão ser constituídos exclusivamente por uma determinada categoria social ou contemplar mais de uma categoria, respeitando a
proporcionalidade apresentada no Quadro 1.
6.3. Caso sejam selecionadas propostas integrando mulheres da mesma categoria social, o valor das propostas deverá ser equacionado para que não
ultrapasse o valor estabelecido no Quadro 1. A readequação dos valores, caso seja necessária, será feita na fase de celebração, considerando apenas as
propostas classificadas e convocadas para apresentação do plano de trabalho.
6.4. As propostas elaboradas a partir do diálogo com movimentos sociais ou organizações de mulheres locais ou com as Superintendências Federais do
Desenvolvimento Agrário (SFDAs) do MDA serão priorizadas conforme os critérios no indicados no Quadro 5 do item 11.5.8 deste Edital.
6.5. Para comprovação de que a proposta foi elaborada em diálogo com movimentos sociais ou organizações de mulheres locais ou com as
Superintendências Federais do Desenvolvimento Agrário (SFDAs) do MDA, será obrigatório a apresentação de relatório da atividade, com indicação de data e
local, descrição do debate sobre objetivos, metas, abrangência e organizações beneficiárias do projeto, relação das organizações participantes e lista de
presença, conforme indicado no ANEXO 4 – RELATÓRIO DO DIÁLOGO COM ORGANIZAÇÕES, MOVIMENTOS E INSTITUIÇÕES PARCEIRAS DO PROJETO.
8.2. Para participar deste Edital, a OSC deverá cumprir as seguintes exigências:
a) Estar habilitada no Portal Transferegov, no endereço eletrônico: <https://portal.transferegov.sistema.gov.br>; e
b) Declarar, conforme modelo constante no ANEXO 5 – DECLARAÇÃO DE CIÊNCIA E CONCORDÂNCIA, que está ciente e concorda com as
disposições previstas no Edital e seus anexos, bem como que se responsabiliza pela veracidade e legitimidade das informações e documentos
apresentados durante o processo de seleção. A não apresentação da Declaração implicará em eliminação da proponente no processo seletivo.
8.3. É permitida a atuação em rede, por duas ou mais OSCs, para a realização de ações coincidentes (quando há identidade de intervenções) ou de
ações diferentes e complementares à execução do objeto da parceria, nos termos do art. 35-A da Lei nº 13.019, de 2014, e dos arts. 45 a 48 do Decreto nº 8.726,
de 2016, devendo a rede ser composta por:
a) uma “OSC celebrante” da parceria com a administração pública federal (aquela que assinar o termo de fomento), que ficará responsável pela
rede e atuará como sua supervisora, mobilizadora e orientadora, podendo participar diretamente ou não da execução do objeto; e
b) uma ou mais “OSCs executantes e não celebrantes” da parceria com a administração pública federal, que deverão executar ações
relacionadas ao objeto da parceria definidas em comum acordo com a OSC celebrante.
8.4. A atuação em rede será formalizada entre a OSC celebrante e cada uma das OSCs executantes e não celebrantes mediante assinatura de TERMO
DE ATUAÇÃO EM REDE (ANEXO 2), que especificará direitos e obrigações recíprocas, estabelecerá, no mínimo, as ações, as metas e os prazos que serão
desenvolvidos pela OSC executante e não celebrante e o valor a ser repassado pela OSC celebrante.
8.5. A OSC celebrante deverá comunicar à administração pública federal a assinatura do termo de atuação em rede no prazo de até 60 (sessenta) dias,
contados da data de assinatura do instrumento de parceria (art. 46, §2º, do Decreto nº 8.726, de 2016). Não é exigível que o termo de atuação em rede seja
celebrado antes da data de assinatura do termo de fomento.
8.6. A OSC celebrante que optar pela atuação em rede deverá indicar na proposta, as organizações parcerias na execução e as metas, atividades e
despesas que serão realizadas por cada uma delas, conforme orientação do Manual de Elaboração de Projetos.
8.7. A OSC celebrante da parceria com a administração pública federal, que for atuar em rede:
a) será responsável pelos atos realizados pela rede, não podendo seus direitos e obrigações ser sub-rogados à OSC executante e não
celebrante, observado o disposto no art. 48 do Decreto nº 8.726, de 2016; e
b) deverá possuir mais de 5 (cinco) anos de inscrição no CNPJ e, ainda, comprovar capacidade técnica e operacional para supervisionar e
orientar diretamente a atuação da organização que com ela estiver atuando em rede, a serem verificados por meio da apresentação da
DECLARAÇÃO DE EXPERIÊNCIA PRÉVIA (ANEXO 6) e dos documentos indicados no art. 47, caput, incisos I e II, do Decreto nº 8.726, de 2016,
cabendo à administração pública federal verificar o cumprimento de tais requisitos no momento da celebração da parceria.
9. REQUISITOS E IMPEDIMENTOS PARA A CELEBRAÇÃO DO TERMO DE FOMENTO
9.1. Para a celebração do termo de fomento, a OSC deverá atender aos seguintes requisitos:
a) objetivos estatutários ou regimentais voltados à promoção de atividades e finalidades de relevância pública e social, bem como compatíveis
com o objeto do instrumento a ser pactuado (art. 33, caput, inciso I, e art. 35, caput, inciso III, da Lei nº 13.019, de 2014). Estão dispensadas
desta exigência as organizações religiosas e as sociedades cooperativas (art. 33, §§ 2º e 3º, Lei nº 13.019, de 2014);
b) ser regida por normas de organização interna que prevejam expressamente que, em caso de dissolução da entidade, o respectivo patrimônio
líquido será transferido a outra pessoa jurídica de igual natureza que preencha os requisitos da Lei nº 13.019, de 2014, e cujo objeto social seja,
preferencialmente, o mesmo da entidade extinta (art. 33, caput, inciso III, Lei nº 13.019, de 2014). Estão dispensadas desta exigência as
organizações religiosas e as sociedades cooperativas (art. 33, §§ 2º e 3º, Lei nº 13.019, de 2014);
c) ser regida por normas de organização interna que prevejam, expressamente, escrituração de acordo com os princípios fundamentais de
contabilidade e com as Normas Brasileiras de Contabilidade (art. 33, caput, inciso IV, Lei nº 13.019, de 2014);
d) possuir, no momento da apresentação do plano de trabalho, no mínimo 3 (três) anos de existência, com cadastro ativo, comprovados por
meio de documentação emitida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, com base no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ (art. 33,
caput, inciso V, alínea “a”, da Lei nº 13.019, de 2014);
e) possuir experiência prévia na realização, com efetividade, do objeto da parceria ou de natureza semelhante, em especial, no trabalho com
organização de mulheres rurais, agroecologia, economia solidária, cooperativismo e atuação em rede, pelo prazo mínimo de 1 (um) ano,
mediante declaração do representante legal da OSC, conforme ANEXO 6 – DECLARAÇÃO DE EXPERIÊNCIA PRÉVIA. A comprovação da
experiência indicada na Declaração ocorrerá no momento da apresentação do plano de trabalho e na forma do art. 26, caput, inciso III, do
Decreto nº 8.726, de 2016 (art. 33, caput, inciso V, alínea “b”, da Lei nº 13.019, de 2014, e art. 26, caput, inciso III, do Decreto nº 8.726, de
2016);
f) possuir instalações e outras condições materiais para o desenvolvimento do objeto da parceria e o cumprimento das metas estabelecidas ou,
alternativamente, prever a sua contratação ou aquisição com recursos da parceria, a ser atestado mediante declaração do representante legal
da OSC, conforme ANEXO 7 – DECLARAÇÃO SOBRE INSTALAÇÕES E CONDIÇÕES MATERIAIS. Não será necessária a demonstração de
capacidade prévia instalada, sendo admitida a aquisição de bens e equipamentos ou a realização de serviços de adequação de espaço físico
para o cumprimento do objeto da parceria (art. 33, caput, inciso V, alínea “c” e §5º, da Lei nº 13.019, de 2014, e art. 26, caput, inciso X e §1º, do
Decreto nº 8.726, de 2016). A não apresentação da Declaração implicará em eliminação da proponente no processo seletivo;
g) deter capacidade técnica e operacional para o desenvolvimento do objeto da parceria e o cumprimento das metas estabelecidas, atestada
pelo representante legal da OSC, conforme ANEXO 6 – DECLARAÇÃO DE EXPERIÊNCIA PRÉVIA COM O OBJETO, na forma do art. 26, caput,
inciso III, do Decreto nº 8.726, de 2016. Não será necessária a demonstração de capacidade prévia instalada, sendo admitida a contratação de
profissionais, a aquisição de bens e equipamentos ou a realização de serviços de adequação de espaço físico para o cumprimento do objeto da
parceria (art. 33, caput, inciso V, alínea “c” e §5º, da Lei nº 13.019, de 2014, e art. 26, caput, inciso III e §1º, do Decreto nº 8.726, de 2016);
h) apresentar certidões de regularidade fiscal, previdenciária, tributária, de contribuições, de dívida ativa e trabalhista, na forma do art. 26,
caput, incisos IV a VI e §§ 2º a 4º, do Decreto nº 8.726, de 2016 (art. 34, caput, inciso II, da Lei nº 13.019, de 2014, e art. 26, caput, incisos IV a
VI e §§ 2º a 4º, do Decreto nº 8.726, de 2016);
i) apresentar certidão de existência jurídica expedida pelo cartório de registro civil ou cópia do estatuto registrado e eventuais alterações ou,
tratando-se de sociedade cooperativa, certidão simplificada emitida por junta comercial (art. 34, caput, inciso III, da Lei nº 13.019, de 2014);
j) apresentar cópia da ata de eleição do quadro dirigente atual, bem como relação nominal atualizada dos dirigentes da entidade, conforme
estatuto, com endereço, telefone, endereço de correio eletrônico, número e órgão expedidor da carteira de identidade e número de registro no
Cadastro de Pessoas Físicas – CPF de cada um deles, conforme ANEXO 8 – DECLARAÇÃO DO ART. 27 DO DECRETO Nº 8.726, de 20216, E
RELAÇÃO DE DIRIGENTES DA ENTIDADE (art. 34, caput, incisos V e VI, da Lei nº 13.019, de 2014, e art. 26, caput, inciso VII, do Decreto nº
8.726, de 2016). A não apresentação da Declaração implicará em eliminação da proponente no processo seletivo;
k) comprovar funcionamento no endereço declarado pela entidade, por meio de cópia de documento hábil, a exemplo de conta de consumo ou
contrato de locação (art. 34, caput, inciso VII, da Lei nº 13.019, de 2014, e art. 26, caput, inciso VIII, do Decreto nº 8.726, de 2016); e
l) atender às exigências previstas na legislação específica, na hipótese de a OSC se tratar de sociedade cooperativa (art. 2º, inciso I, alínea “b”, e
art. 33, §3º, Lei nº 13.019, de 2014).
m) declaração do representante legal da OSC com informação de que a organização e seus dirigentes não incorrem em quaisquer das vedações
previstas no art. 39 da Lei nº13.019, de 2014, as quais deverão estar descritas no documento, conforme ANEXO 9 – DECLARAÇÃO DA NÃO
OCORRÊNCIA DE IMPEDIMENTOS.
10.4. A declaração de impedimento de membro da Comissão de Seleção não obsta a continuidade do processo de seleção. Configurado o impedimento,
o membro impedido deverá ser imediatamente substituído por membro que possua qualificação equivalente à do substituído, sem necessidade de divulgação de
novo Edital (art. 27, §§ 1º a 3º, da Lei nº 13.019, de 2014, e art. 14, §§ 1º e 2º, do Decreto nº 8.726/2016).
10.5. Para subsidiar seus trabalhos, a Comissão de Seleção poderá solicitar assessoramento técnico de especialista que não seja membro deste
colegiado.
10.6. A Comissão de Seleção poderá realizar, a qualquer tempo, diligências para verificar a autenticidade das informações e documentos apresentados
pelas entidades concorrentes ou para esclarecer dúvidas e omissões. Em qualquer situação, devem ser observados os princípios da isonomia, da impessoalidade
e da transparência.
10.7. Fica vedada a participação em rede de OSC “executante e não celebrante” que tenha mantido relação jurídica com, no mínimo, um dos integrantes
da Comissão de Seleção responsável pelo chamamento público que resultou na celebração da parceria.
10.8. A participação na comissão de seleção será considerada prestação de serviço público relevante, não remunerada.
11.2. Conforme exposto adiante, a verificação do cumprimento dos requisitos (arts. 33 e 34 da Lei nº 13.019, de 2014) e a não ocorrência de
impedimento para a celebração da parceria (art. 39 da Lei nº 13.019, de 2014) é posterior à etapa competitiva de julgamento das propostas, sendo exigível
apenas das OSCs classificadas até o 25º lugar, nos termos do art. 28 da Lei nº 13.019, de 2014.
11.3. Etapa 1: Publicação do Edital de Chamamento Público.
11.3.1. O presente Edital será divulgado em página do sítio eletrônico oficial do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar na internet
(https://www.gov.br/mda/pt-br) e no Portal Transferegov, com prazo de 45 (quarenta e cinco) dias para a apresentação das propostas, contado da data de
publicação do Edital.
11.3.2. Para auxiliar a elaboração das propostas, a Subsecretaria de Mulheres Rurais poderá realizar atividades de formação remota com representantes
das OSCs, logo após a publicação do edital e até 15 dias antes da data final de apresentação das propostas.
11.4. Etapa 2: Envio das propostas pelas OSCs
11.4.1. As propostas serão apresentadas pelas OSCs, por meio da plataforma eletrônica do Transferegov, e deverão ser cadastradas e enviadas para
análise, até às 23 horas e 59 minutos do dia 17 de agosto de 2024.
11.4.2. As propostas serão cadastradas no Programa Quintais Produtivos de Mulheres Rurais, aberto no Transferegov, sob o registro: 4900020240025.
11.4.3. Após o prazo limite para apresentação das propostas, nenhuma outra será recebida, assim como não serão aceitos adendos ou esclarecimentos
que não forem explícita e formalmente solicitados pela administração pública federal.
11.4.4. Cada OSC poderá apresentar apenas uma proposta, sendo admitida a atuação em mais de um estado e região. Na hipótese de mais de um estado
e região deve-se considerar o quantitativo de mulheres beneficiárias e os recursos financeiros destinado a cada um, conforme especificado nos Quadro 1 e 2.
11.4.5. Caso a organização proponente registre mais de uma proposta no Transferegov será considerada apenas a última proposta enviada para análise.
11.4.6. As propostas deverão ser elaboradas conforme o Manual de Elaboração de Projetos (Anexo 1) e conter, minimamente as seguintes informações:
a) A descrição da realidade onde o projeto será implementado, registrando as desigualdades que afetam as mulheres rurais, e o nexo com os
objetivos, eixos e atividades que integram o projeto apresentado;
b) A indicação das categorias de mulheres e comunidades ou assentamentos rurais, territórios, municípios e estados em que estão inseridas;
c) A apresentação das ações a serem executadas, as metas a serem atingidas, a metodologia de execução e os indicadores que aferem o
cumprimento das metas;
d) Os prazos para a execução das ações e para o cumprimento das metas;
e) O valor global, respeitando os estabelecidos no item 1.7 do edital; a distribuição dos recursos por categoria de beneficiárias e por estado
(Quadros 1 e 2); a distribuição dos recursos que serão utilizados para aquisição de material permanente (ou bens) e material de consumo (ou
insumos), conforme indicado no item 7.3; e o valor de referência por beneficiária indicado no item 7.4; e
f) Os valores a serem repassados mediante cronograma de desembolso.
11.4.7. Serão priorizadas, conforme os critérios indicados no indicados no Quadro 5 do item 11.5.8 deste edital, as propostas que apresentarem no
referencial metodológico abordagem, técnica ou prática inovadoras que, aplicadas a um processo existente, visam melhorar a eficácia, eficiência ou resultados
desse processo.
11.4.8. Somente serão consideradas as propostas que, além de cadastradas, estiverem com status da proposta “enviada para análise” no Transferegov, até
o prazo limite de envio das propostas pelas OSCs constantes no Quadro 3.
11.5. Etapa 3: Etapa competitiva de avaliação das propostas pela Comissão de Seleção.
11.5.1. Nesta etapa, de caráter eliminatório e classificatório, a Comissão de Seleção analisará as propostas apresentadas pelas OSCs concorrentes. A
análise e julgamento de cada proposta serão realizados pela Comissão, que terá total independência técnica para exercer seu julgamento.
11.5.2. A Comissão de Seleção terá o prazo de até 15 dias úteis, conforme estabelecido no Quadro 3, para conclusão do julgamento das propostas e
divulgação do resultado preliminar do processo de seleção, podendo tal prazo ser prorrogado, de forma devidamente justificada, por até mais 30 (trinta) dias.
11.5.3. A primeira fase da análise consiste na verificação do atendimento as condições do edital, conforme listado no Quadro 4. Somente as propostas que
tiverem atendido a TODOS os itens de verificação, serão consideradas na segunda fase de análise.
11.5.4. A segunda fase de análise consiste na avaliação individualizada e na pontuação das propostas, com base nos critérios de julgamento apresentados
no Quadro 5 do item 11.5.8.
11.5.5. A falsidade de informações deverá acarretar na eliminação da proposta, podendo ensejar, ainda, a aplicação de sanção administrativa contra a
instituição proponente e comunicação do fato às autoridades competentes, inclusive para apuração do cometimento de eventual crime.
11.5.6. Serão eliminadas aquelas propostas:
a) cuja pontuação total for inferior a 24 (vinte e quatro) pontos;
b) que recebam nota “zero” em qualquer dos critérios de julgamento: A, B, C, D, E, F, H, K e N;
11.5.7. As propostas não eliminadas serão classificadas, em ordem decrescente, de acordo com a pontuação total obtida com base no Quadro 5, assim
considerada a média aritmética das notas lançadas pelos membros da Comissão de Seleção, em relação a cada um dos critérios de julgamento.
11.5.8. No caso de empate entre duas ou mais propostas, o desempate será feito com base na maior pontuação obtida no somatório dos critérios de
julgamento do Bloco 2. Persistindo a situação de igualdade, o desempate será feito com base na maior pontuação obtida, sucessivamente, no somatório dos
critérios de julgamento dos Blocos 4, 3 e 1. Caso essas regras não solucionem o empate, será considerada vencedora a entidade com mais tempo de constituição
e, em último caso, a questão será decidida por sorteio.
(D) A proposta contém as informações mínimas necessárias para análise e pontuação visando a classificação De 0 a 1, sendo: 1 ponto se a proposta apresenta todas as informaç
conforme item 11.12 do edital? (eliminatório) apresenta.
(E) A proposta tem aderência ao objeto do edital, conforme previsto no item 2.1 do edital, ao objetivo do
De 0 a 2, sendo: 2 pontos se a proposta se adere integralmente; 1 p
Programa Quintais Produtivos conforme previsto no item 3.1 do edital e os objetivos indicados no item 3.2?
pontos se a proposta não se adere.
(eliminatório)
De 0 a 1, sendo: 1 ponto se o prazo de execução está dentro do lim
(F) O prazo para execução da proposta está dentro do limite estabelecido no item 2.2 do edital? (eliminatório)
está.
(G) A proposta será executada em rede conforme item 2.6 do Edital? (classificatório) De 1 a 4, sendo: 2 pontos se a proposta for executada em rede; 0 p
(H) A proposta será executada em estado(s) onde a proponente tem experiência comprovada, conforme item
De 0 a 2, sendo: 1 ponto se a proponente comprovou experiência;
5.2 do edital? (eliminatório)
De 0 a 6, sendo: 3 pontos se a proposta for executada integralment
(I) A proposta será executada nas regiões prioritárias (Nordeste, Norte, Sudeste ou no estado do RS), conforme
pontos se a proposta for executada em pelo menos uma das regiõe
item 1.9 do edital? (classificatório)
executada fora das regiões prioritárias.
(J) A proposta apresenta abordagem, técnica ou prática inovadora conforme especificado no item 11.13? De 0 a 4, sendo: 2 pontos se a proposta apresenta abordagem, técn
(classificatório) proposta não apresenta.
(K) A descrição das metas e ações, metodologia e resultados está coerente com os problemas a serem De 0 a 4, sendo: 2 pontos se está integralmente coerente; 1 ponto
enfrentados? (eliminatório) pontos se não tem coerência.
Pontuação total do bloco
(L) A proposta foi elaborada em diálogo com organizações ou movimentos sociais de mulheres rurais ou
De 0 a 2, sendo: 2 pontos se a proponente comprovou ter dialogad
feministas, conforme item 6.5 do edital? (classificatório)
De 0 a 1, sendo: 1 ponto se a proponente comprovou ter dialogado
(M) A proposta foi elaborada em diálogo com as SFDAs, conforme item 6.5 do edital? (classificatório)
comprovou.
Pontuação total do bloco
(N) A proponente apresenta experiência previa na execução de projetos de organização de mulheres rurais e De 0 a 6, sendo: 3 pontos se a OSC proponente comprovar 10 anos
agroecologia ou economia solidária ou cooperativismo conforme alínea e, do item 9.1 do edital? comprovar entre 5 a 9 anos; 1 ponto se a OSC comprovar entre 1 a
(eliminatório) comprovar menos de 1 ano.
De 0 a 6, sendo: 3 pontos se a OSC proponente comprovar 10 anos
(O) A proponente apresenta experiência previa na execução de projetos de organização de mulheres rurais em
comprovar entre 5 a 9 anos; 1 ponto se a OSC comprovar entre 1 a
rede conforme alínea e, do item 9.1 do edital? (classificatório)
comprovar menos de 1 ano.
Pontuação total do bloco
TOTAL (somatório dos blocos 1, 2, 3 e 4)
OBS.: A atribuição de nota “zero” nos critérios A, B, C, D, E, F, H, K e N implica eliminação da proposta, por força do art. 16, §2º, incisos II e III, do Decreto nº 8.726, de 2016.
12.2. Etapa 1: Convocação da OSC selecionada para apresentação do plano de trabalho e comprovação do atendimento dos requisitos para
celebração da parceria e de que não incorre nos impedimentos (vedações) legais.
12.2.1. Para a celebração da parceria, a administração pública federal convocará a OSC selecionada para, no prazo de 15 (quinze) dias corridos a partir da
convocação, apresentar o seu plano de trabalho (art. 25 do Decreto nº 8.726, de 2016) e a documentação exigida para comprovação dos requisitos para a
celebração da parceria e de que não incorre nos impedimentos legais (arts. 28, caput, 33, 34 e 39 da Lei nº 13.019, de 2014, e arts. 26 e 27 do Decreto nº 8.726,
de 2016).
12.2.2. Por meio do plano de trabalho, a OSC selecionada deverá apresentar o detalhamento da proposta submetida e aprovada no processo de seleção,
com todos os pormenores exigidos pela legislação (em especial o art. 22 da Lei nº 13.019, de 2014, e o art. 25 do Decreto nº 8.726, de 2016), observado o
modelo de Plano de Trabalho contido no MANUAL DE ELABORAÇÃO DE PROJETOS (ANEXO 1).
12.2.3. O plano de trabalho deverá conter, no mínimo, os seguintes elementos:
a) A descrição da realidade onde o projeto será implementado, registrando as desigualdades que afetam as mulheres rurais, e o nexo com os
objetivos, eixos e atividades que integram o projeto apresentado;
b) A indicação das categorias de mulheres e comunidades ou assentamentos rurais, territórios e municípios e estados em que estão inseridas;
c) A descrição de metas quantitativas e mensuráveis a serem atingidas; a definição dos indicadores, documentos e outros meios a serem
utilizados para a aferição do cumprimento das metas;
d) O valor global, respeitando os limites estabelecidos no item 1.7 do edital; a distribuição dos recursos por grupos de beneficiárias e por
estado (Quadros 1 e 2); a distribuição dos recursos que serão utilizados diretamente pelas organizações de mulheres rurais para aquisição de
material permanente (ou bens) e material de consumo (ou insumos), conforme indicado no item 7.3; e o valor de referência por beneficiária
indicado no item 7.4.
e) A previsão de receitas e a estimativa de despesas a serem realizadas na execução das ações, incluindo os encargos sociais e trabalhistas e a
discriminação dos custos diretos e indiretos necessários à execução do objeto;
f) As ações que demandarão pagamento em espécie, quando for o caso; e
g) Os valores a serem repassados mediante cronograma de desembolso.
12.2.4. A previsão de receitas e despesas de que trata a alínea “e” do item 13.5 deste Edital deverá estar acompanhada da comprovação da
compatibilidade dos custos apresentados com os preços praticados no mercado, exceto quanto a encargos sociais e trabalhistas, por meio de um dos seguintes
elementos indicativos, sem prejuízo de outros:
I- contratação similar ou parceria da mesma natureza concluída nos últimos três anos ou em execução;
II - ata de registro de preços em vigência adotada por órgãos e entidades públicas da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municípios da região onde será executado o objeto da parceria ou da sede da organização;
III - tabela de preços de associações profissionais;
IV - tabela de preços referenciais da política pública setorial publicada pelo órgão ou pela entidade da administração pública municipal da
localidade onde será executado o objeto da parceria ou da sede da organização;
V- pesquisa publicada em mídia especializada;
VI - sítio eletrônico especializado ou de domínio amplo, desde que acompanhado da data e da hora de acesso;
VII - Portal de Compras do Governo Federal - compras.gov.br;
VIII - Portal Nacional de Contratações Públicas - PNCP;
IX - cotação com três fornecedores ou prestadores de serviço, que poderá ser realizada por item ou agrupamento de elementos de
despesas;
X- pesquisa de remuneração para atividades similares na região de atuação da organização da sociedade civil; ou
XI - acordos e convenções coletivas de trabalho.
12.2.5. A indicação das despesas no plano de trabalho poderá considerar estimativa de variação inflacionária quando o período de vigência da parceria for
superior a doze meses, devendo ser adotado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo [IPCA].
12.2.6. Além da apresentação do plano de trabalho, a OSC selecionada, no mesmo prazo acima de 15 (quinze) dias corridos, deverá comprovar o
cumprimento dos requisitos previstos no inciso I do caput do art. 2º, nos incisos I a V do caput do art. 33 e nos incisos II a VII do caput do art. 34 da Lei nº 13.019,
de 2014, e a não ocorrência de hipóteses que incorram nas vedações de que trata o art. 39 da referida Lei, que serão verificados por meio da apresentação dos
seguintes documentos:
I- Cópia do estatuto registrado e suas alterações, em conformidade com as exigências previstas no art. 33 da Lei nº 13.019, de 2014;
II - Comprovante de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ, emitido no sítio eletrônico oficial da Secretaria da Receita
Federal do Brasil, para demonstrar que a OSC existe há, no mínimo, três anos com cadastro ativo;
III - Comprovantes de experiência prévia na realização do objeto da parceria ou de objeto de natureza semelhante de, no mínimo, um ano
de capacidade técnica e operacional, conforme indicado na DECLARAÇÃO DE EXPERIÊNCIA PRÉVIA (ANEXO 6) podendo ser admitidos, sem
prejuízo de outros:
a) Instrumentos de parceria firmados com órgãos e entidades da administração pública, organismos internacionais, empresas ou outras
organizações da sociedade civil;
b) Relatórios de atividades com comprovação das ações desenvolvidas;
c) Publicações, pesquisas e outras formas de produção de conhecimento realizadas pela OSC ou a respeito dela;
d) Currículos profissionais de integrantes da OSC, sejam dirigentes, conselheiros, associados, cooperados, empregados, entre outros;
e) Declarações de experiência prévia e de capacidade técnica no desenvolvimento de atividades ou projetos relacionados ao objeto da parceria
ou de natureza semelhante, emitidas por órgãos públicos, instituições de ensino, redes, organizações da sociedade civil, movimentos sociais,
empresas públicas ou privadas, conselhos, comissões ou comitês de políticas públicas; ou
f) Prêmios de relevância recebidos no País ou no exterior pela OSC;
12.2.7. Serão consideradas regulares as certidões positivas com efeito de negativa, no caso das certidões previstas nos incisos IV, V e VI logo acima.
12.2.8. A critério da OSC, os documentos previstos nos incisos IV e V poderão ser substituídos pelo extrato emitido pelo Serviço Auxiliar de Informações
sobre Requisitos Fiscais (CAUC), quando disponibilizados pela Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda (art. 26, §3º, do Decreto nº 11.948, de
2024).
12.2.9. As OSCs deverão manter seus dados cadastrais atualizados no Transferegov.br ou em plataforma eletrônica que venha a substituí-lo (art. 26, §5º,
do Decreto nº 11.948, de 2024).
12.2.10. As OSCs ficarão dispensadas de reapresentar as certidões previstas nos incisos IV, V e VI logo acima que estiverem vencidas no momento da
análise, desde que estejam disponíveis eletronicamente (art. 26, §4º, do Decreto nº 8.726, de 2016).
12.2.11. No caso da atuação em rede, nos termos do art. 47 do Decreto 8.726, de 2016, a OSC “celebrante” deverá comprovar também o cumprimento dos
requisitos previstos no art. 35-A da Lei nº 13.019, de 2014, a serem verificados por meio da apresentação dos seguintes documentos:
a) Comprovante de inscrição no CNPJ, emitido no sítio eletrônico oficial da Secretaria da Receita Federal do Brasil, para demonstrar que a OSC
“celebrante” existe há, no mínimo, cinco anos com cadastro ativo; e
b) Comprovantes de capacidade técnica e operacional para supervisionar e orientar a rede, sendo admitidos:
b.1) Declarações de organizações da sociedade civil que componham a rede de que a celebrante participe ou tenha participado;
b.2) Cartas de princípios, registros de reuniões ou eventos e outros documentos públicos de redes de que a celebrante participe ou tenha
participado; ou
b.3) Relatórios de atividades com comprovação das ações desenvolvidas em rede de que a celebrante participe ou tenha participado.
12.2.12. O plano de trabalho e os documentos comprobatórios do cumprimento dos requisitos impostos nesta Etapa serão apresentados pela OSC
selecionada, por meio da plataforma eletrônica do Transferegov.
12.3. Etapa 2: Verificação do cumprimento dos requisitos para celebração da parceria, de que não incorre nos impedimentos (vedações) legais e
análise do plano de trabalho.
Esta etapa consiste no exame formal, a ser realizado pela administração pública, do atendimento, pela OSC selecionada, dos requisitos para a celebração da parceria,
de que não incorre nos impedimentos legais e cumprimento de demais exigências descritas na Etapa anterior. Esta etapa engloba, ainda, a análise do plano de
trabalho.
12.3.1. No momento da verificação do cumprimento dos requisitos para a celebração da parceria, a Administração Pública deverá consultar o Cadastro de
Entidades Privadas Sem Fins Lucrativos Impedidas - CEPIM, o Cadastro de Empresas Inidôneas e Suspensas– CEIS, o Sistema de Informações sobre Requisitos
Fiscais - CAUC e, nos termos do art.6º, III, da Lei nº 10.522, de 2002, o Cadastro Informativo dos Créditos não Quitados da Administração Pública - CADIN, para
verificar se há informação sobre ocorrência impeditiva à referida celebração.
12.3.2. A administração pública federal examinará o plano de trabalho apresentado pelas OSCs selecionadas ou, se for o caso, pela OSC imediatamente
mais bem classificada que tenha sido convocada.
12.3.3. O plano de trabalho será elaborado em diálogo técnico com a administração pública federal, por meio de reuniões e comunicações oficiais,
observadas:
I- as exigências previstas neste edital;
II - a concepção da proposta apresentada na fase de chamamento público; e
III - as necessidades da política pública setorial.
12.3.4. Somente será aprovado o plano de trabalho que estiver de acordo com as informações já apresentadas na proposta apresentada pela OSC,
observados os termos e as condições constantes neste Edital e em seus anexos (art. 25, §2º, do Decreto nº 8.726, de 2016). Para tanto, a administração pública
federal poderá solicitar a realização de ajustes no plano de trabalho, nos termos do §3º do art. 25 do mesmo Decreto.
12.3.5. Nos termos do §1º do art. 28 da Lei nº 13.019, de 2014, na hipótese de a OSC selecionada não atender aos requisitos previstos na Etapa 1 da fase
de celebração, incluindo os exigidos nos arts. 33 e 34 da referida Lei, aquela imediatamente mais bem classificada poderá ser convidada a aceitar a celebração de
parceria nos termos da proposta por ela apresentada.
12.3.6. Em conformidade com o §2º do art. 28 da Lei nº 13.019, de 2014, caso a OSC convidada aceite celebrar a parceria, ela será convocada na forma da
Etapa 1 da fase de celebração e, em seguida, proceder-se-á à verificação dos documentos na forma desta Etapa 2. Esse procedimento poderá ser repetido,
sucessivamente, obedecida a ordem de classificação.
12.4. Etapa 3: Regularização de documentação, se necessário.
12.4.1. Caso se verifique irregularidade formal nos documentos apresentados ou constatado evento que impeça a celebração, a OSC será comunicada do
fato e instada a regularizar sua situação, no prazo de 15 (quinze) dias corridos, sob pena de não celebração da parceria (art. 28 do Decreto nº 8.726, de 2016).
12.5. Etapa 4: Parecer de órgão técnico e assinatura do termo de fomento.
12.5.1. A celebração do instrumento de parceria dependerá da adoção das providências impostas pela legislação regente, incluindo a aprovação do plano
de trabalho, a emissão do parecer técnico pelo órgão ou entidade pública federal, as designações do gestor da parceria e da Comissão de Monitoramento e
Avaliação, e de prévia dotação orçamentária para execução da parceria.
12.5.2. A aprovação do plano de trabalho não gerará direito à celebração da parceria (art. 25, §5º, do Decreto nº 8.726, de 2016).
12.5.3. No período entre a apresentação da documentação prevista na Etapa 1 da fase de celebração e a assinatura do instrumento de parceria, a OSC fica
obrigada a informar qualquer evento superveniente que possa prejudicar a regular celebração da parceria, sobretudo quanto ao cumprimento dos requisitos e
exigências previstos para celebração.
12.5.4. A OSC deverá comunicar alterações em seus atos societários e no quadro de dirigentes, quando houver (art. 26, §5º, do Decreto nº 8.726, de
2016).
12.6. Etapa 5: Publicação do extrato do termo de fomento no Diário Oficial da União.
12.6.1. O termo de fomento somente produzirá efeitos jurídicos após a publicação do respectivo extrato no meio oficial de publicidade da administração
pública (art. 38 da Lei nº 13.019, de 2014).
13.14. As parcelas dos recursos transferidos no âmbito da parceria serão liberadas em estrita conformidade com o respectivo cronograma de
desembolso, exceto nos casos a seguir, nos quais ficarão retidas até o saneamento das impropriedades:
a) quando houver evidências de irregularidade na aplicação de parcela anteriormente recebida;
b) quando constatado desvio de finalidade na aplicação dos recursos ou o inadimplemento da OSC em relação a obrigações estabelecidas no
Termo de Fomento; ou
c) quando a OSC deixar de adotar sem justificativa suficiente as medidas saneadoras apontadas pela administração pública ou pelos órgãos de
controle interno ou externo.
14. CONTRAPARTIDA
14.1. Não será exigida qualquer contrapartida da OSC selecionada.
Documento assinado eletronicamente por Maria da Conceição Dantas Moura, Subsecretaria de Mulheres Rurais, em 01/07/2024, às 14:24, conforme horário
oficial de Brasília, com fundamento no art. 4º,§ 3º, do Decreto nº 10.543, de 13 de novembro de 2020.