CN 14 - Álgebra - Polinômios

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X-MAT 05: Superpoderes Matemáticos para Concursos Militares - CN

14 – POLINÔMIOS

14 - POLINÔMIOS

1. POLINÔMIOS - DEFINIÇÃO

Chama-se polinômio inteiro na variável x com coeficientes reais, a expressão do tipo:

P ( x ) = a 0 x n + a1x n −1 + + a n −2 x 2 + a n −1x + a n

onde os coeficientes a 0 , a1, , a n −1, a n são números reais.

Polinômio completo é aquele que não possui coeficientes nulos. Um polinômio


completo de grau n possui n + 1 termos.

O coeficiente dominante ou coeficiente líder do polinômio é o coeficiente do termo de


maior grau, a 0 .

Polinômio mônico é aquele cujo coeficiente líder ( a 0 ) é igual a 1.

O valor numérico do polinômio P ( x ) em x 0 é a imagem de x 0 pela função P , ou


seja, é o valor que o polinômio assume quando substituímos x por x 0 . Assim,

P ( x 0 ) = a 0  x 0n + a1  x 0n −1 + + a n −2  x 02 + a n −1  x 0 + a n

é o valor numérico de P ( x ) em x 0 .

Exemplo: P ( x ) = 2x3 − x − 1  P ( 2 ) = 2  23 − ( 2 ) −1 = 13

O valor de numérico do polinômio P ( x ) quando x = 1 é a soma dos seus coeficientes,


ou seja,

P (1) = a 0 + a1 + + a n −2 + a n −1 + a n .

O termo independente de x do polinômio P ( x ) é o termo a n , e é igual ao valor


numérico do polinômio quando fazemos x = 0, ou seja, a n = P ( 0 ) .

O grau de um polinômio P ( x ) , não identicamente nulo, denotado por P, é igual ao


maior expoente da variável x nos termos com coeficientes não nulos. Se P ( x ) tem
todos os coeficientes nulos, não se define o grau de P ( x ) .

Exemplos:
P ( x ) = 2x3 − x − 1  P = 3
P ( x ) = 2  P = 0

1
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14 – POLINÔMIOS

Chamam-se raízes do polinômio P ( x ) os valores de x tais que P ( x ) = 0.

Exemplo: x = 1 é raiz de P ( x ) = 2x 3 − x − 1, pois P (1) = 2 13 − 1 − 1 = 0.

Dizemos que r é raiz de multiplicidade m ( m  1) do polinômio P ( x ) se, e somente


se, P ( x ) = ( x − r )  Q ( x ) e Q ( r )  0, ou seja, r é raiz de multiplicidade m de P ( x )
m

m+1
quando P ( x ) é divisível por ( x − r ) e não é divisível por ( x − r )
m
.

Exemplo:
P ( x ) = x 2 − 3x + 2 = ( x − 1)( x − 2 ) possui raízes 1 e 2 com multiplicidade 1.
P ( x ) = x3 − 3x − 2 = ( x + 1) ( x − 2 ) possui raiz −1 com multiplicidade 2 e uma raiz 2
2

com multiplicidade 1.

2. IDENTIDADE DE POLINÔMIOS

Polinômio identicamente nulo é aquele que é nulo para qualquer valor da variável. Um
polinômio identicamente nulo tem todos os seus coeficientes iguais a zero.

P ( x ) = 0, x ou P ( x )  0

Dois polinômios são ditos idênticos quando assumem sempre o mesmo valor, qualquer
que seja o valor atribuído à variável.

Exemplo:
( x − 1)2 = x 2 − 2x + 1, x (identidade é verdadeira para qualquer valor de x)
x 2 − 2x + 1 = x − 1  x 2 − 3x + 2 = 0  x = 1  x = 2 (igualdade é verdadeira para
alguns valores de x)

Dois polinômios idênticos são sempre de mesmo grau e têm todos os coeficientes
iguais.

Se dois polinômios de grau n assumem o mesmo valor para ( n + 1) valores distintos da


variável, então esses polinômios são idênticos.

Exemplo: ax 2 + bx + c = x + 1, para x = 1, 2,3


ax 2 + bx + c = x + 1  ax 2 + ( b − 1) x + ( c − 1) = 0 para x = 1, 2,3  a = 0, b = 1, c = 1
Isso pode ser visto resolvendo-se o sistema linear a seguir.
a + b + c = 2
 3a + b = 1
4a + 2b + c = 3 ~   a = 0, b = 1, c = 1
9a + 3b + c = 4 5a + b = 1

Note que o polinômio de grau 2 obtido é idêntico ao de grau 1, pois eles assumem o
mesmo valor para 3 valores de x.

Se um polinômio de grau n possuir mais de n raízes, então ele é identicamente nulo.

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3. OPERAÇÕES COM POLINÔMIOS

A adição e a subtração de polinômios são feitas somando-se ou subtraindo-se os


coeficientes dos termos de mesmo grau em todas as variáveis.

Exemplo: Se P ( x ) = 2x3 − x − 1 e D ( x ) = x 2 − x + 2 , temos:


P ( x ) + D ( x ) = ( 2x 3 − x − 1) + ( x 2 − x + 2 ) = 2x 3 + x 2 + ( −1 − 1) x + ( −1 + 2 )
= 2x 3 + x 2 − 2x + 1
P ( x ) − D ( x ) = ( 2x 3 − x − 1) − ( x 2 − x + 2 ) = 2x 3 − x − 1 − x 2 + x − 2
= 2x 3 − x 2 + ( −1 + 1) x + ( −1 − 2 ) = 2x 3 − x 2 − 3

Na soma ou subtração de polinômios, o grau do polinômio resultante é menor ou igual


ao maior grau dentre os graus dos polinômios operados.

 ( P + D)  máx P, D e  ( P − D )  máx P, D

Exemplos:
P ( x ) = x 3 + 1; Q ( x ) = − x 3 + x; R ( x ) = x 2 − 1; S ( x ) = x 3 − x 2
P ( x ) + Q ( x ) = x +1   (P + Q) = 1
P ( x ) + R ( x ) = x 3 + x 2   ( P + R ) = 3 = P
P ( x ) − S ( x ) = x 2 + 1   ( P − S) = 2
P ( x ) − Q ( x ) = 2x 3 − x + 1   ( P − Q ) = 3

A multiplicação de polinômios é feita aplicando-se a propriedade distributiva da


multiplicação em relação à adição e subtração.

Exemplo: Se P ( x ) = 2x3 − x − 1 e D ( x ) = x 2 − x + 2 , temos:


P ( x )  D ( x ) = ( 2x 3 − x − 1)  ( x 2 − x + 2 )
= 2x 3  ( x 2 − x + 2 ) − x  ( x 2 − x + 2 ) − 1  ( x 2 − x + 2 )
= 2x 5 − 2x 4 + 4x 3 − x 3 + x 2 − 2x − x 2 + x − 2
= 2x 5 − 2x 4 + 3x 3 − x − 2

Na multiplicação de polinômios não identicamente nulos, o grau do produto é igual à


soma dos graus de cada um dos fatores.

 ( P  D ) = P + D

Considerando os polinômios do exemplo acima, temos P = 3 e D = 2 , portanto


 ( P  D) = 3 + 2 = 5 .

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A divisão de polinômios é feita com base no algoritmo da divisão de Euclides, de forma


similar à divisão inteira. Assim, para dividir o polinômio P ( x ) (dividendo) pelo
polinômio D ( x ) (divisor) devemos encontrar dois polinômios Q ( x ) e R ( x ) ,
denominados quociente e resto, respectivamente, que satisfazem

P(x) = D(x)Q(x) + R (x)

onde R  D ou R ( x ) = 0, ou seja, o grau do resto é menor do que o grau do divisor


ou o resto é identicamente nulo.

P(x) R (x)
Se D ( x )  0 , então = Q(x) + .
D(x) D(x)

Se o grau do dividendo é inferior ao grau do divisor, o quociente é nulo e o resto é igual


ao próprio dividendo.

P  D  Q ( x ) = 0  R ( x ) = P ( x )

Se o grau do dividendo é superior ao grau do divisor ( P  D ) , a divisão pode ser


efetuada pelo seguinte algoritmo denominado Método da Chave.
I) Ordenam-se P ( x ) e D ( x ) segundo as potências decrescentes de x, incluindo no
dividendo, se for o caso, os termos que possuem coeficiente 0.
II) Divide-se o primeiro termo de P ( x ) pelo primeiro termo de D ( x ) , obtendo-se o
primeiro termo do quociente.
III) Multiplica-se D ( x ) pelo primeiro termo do quociente e subtrai-se o resultado de
P ( x ) , obtendo-se o primeiro resto parcial.
IV) Com o primeiro resto parcial e o divisor D ( x ) repetem-se as operações, obtendo-se
o segundo termo do quociente e assim sucessivamente até se encontrar um resto de grau
menor que o divisor ou nulo.

Exemplo: Se P ( x ) = 2x3 − x − 1 e D ( x ) = x 2 − x + 2 , temos:

2x 3 + 0x 2 − x − 1 x2 − x + 2

− 2x 3 + 2x 2 − 4x 2x + 2
2x 2 − 5x − 1
− 2x 2 + 2x − 4
− 3x − 5

Logo, o quociente é Q ( x ) = 2x + 2 e o resto R ( x ) = −3x − 5. Observe que isso implica


que 2x3 − x − 1 = ( x 2 − x + 2 )  ( 2x + 2 ) + ( −3x − 5 ) é uma identidade, ou seja, essa
igualdade é verdadeira para qualquer valor da variável x.

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Numa divisão de polinômios, na qual o grau do dividendo é superior ao grau do divisor,


o grau do quociente é igual à diferença dos graus do dividendo e do divisor.

 ( Q ) = P − D

Considerando os polinômios do exemplo acima, temos P = 3 e D = 2 , portanto


 ( Q) = 3 − 2 = 1 .

A divisão de polinômios também pode ser efetuada pelo método de Descartes ou


método dos coeficientes a determinar, que é uma aplicação da identidade de
polinômios. Nesse método, parte-se da expressão P ( x ) = D ( x )  Q ( x ) + R ( x ) , onde
Q = P − D e R MÁX = D − 1. O quociente e o resto são obtidos igualando-se os
coeficientes dos dois lados.
Exemplo: Dividir P ( x ) = 2x3 − x − 1 por D ( x ) = x 2 − x + 2, usando o método de
Descartes.

2x 3 − x − 1 = ( x 2 − x + 2 ) ( ax + b ) + ( cx + d )
 2x 3 − x − 1 = ax 3 + bx 2 − ax 2 − bx + 2ax + 2b + cx + d
 2x 3 − x − 1 = ax 3 + ( −a + b ) x 2 + ( 2a − b + c ) x + ( 2b + d )
2 = a
0 = − a + b  b = a = 2


−1 = 2a − b + c  −1 = 4 − 2 + c  c = −3
−1 = 2b + d  −1 = 4 + d  d = −5
Q ( x ) = ax + b = 2x + 2
R ( x ) = cx + d = −3x − 5

4. DIVISÃO POR BINÔMIOS DO 1º GRAU

Teorema de D’Alembert:

 b
O resto da divisão de um polinômio P ( x ) por ax + b , , com a  0, é igual a P  −  .
 a
( )
O resto da divisão de um polinômio P x por x − a é igual a P a . ( )

Demonstração: Na divisão de P ( x ) por ax + b o resto deve ter grau zero. Assim,


podemos dizer que a divisão terá um quociente Q ( x ) e resto R ( x ) = R constante.
Logo,
 b   b   b  b
P ( x ) = ( ax + b )  Q ( x ) + R  P  −  =  a   −  + b   Q  −  + R  R = P  − 
 a   a   a  a
0

Exemplo: O resto de P ( x ) = 2x3 − x − 1 por x + 1 é P ( −1) = 2 ( −1) − ( −1) − 1 = −2.


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 b
O polinômio P ( x ) é divisível por ax + b , com a  0 , se, e somente se, P  −  = 0 .
 a

Exemplo: P ( x ) = 2x3 − x − 1 é divisível por ( x − 1) , pois P (1) = 2 13 − 1 − 1 = 0. Isso é


fato, visto que P ( x ) = 2x3 − x − 1 = ( 2x 2 + 2x + 1) ( x − 1) .

Exemplo: Um polinômio p(x) dividido por ( x − 1) deixa resto 3 e dividido por ( x + 1)


deixa resto 1. Calcule o resto da divisão de p(x) por ( x − 1)( x + 1) .

Pelo teorema de D’Alembert, temos p (1) = 3 e p ( −1) = 1.


Seja r ( x ) = ax + b, o resto da divisão de p ( x ) por ( x + 1)( x − 1) , então
p ( x ) = ( x + 1)( x − 1)  q ( x ) + ( ax + b )
x = 1: p (1) = a 1 + b = 3  a + b = 3
x = −1: p ( −1) = a  ( −1) + b = 1  −a + b = 1
a + b = 3
Resolvendo o sistema obtido, temos:   a = 1, b = 2.
 −a + b = 1
Portanto, R ( x ) = x + 2.

Regra de Ruffini-Horner:

Para dividir um polinômio P ( x ) = a 0 x n + a1x n −1 + + a n −2 x 2 + a n −1x + a n por x − a,


devemos seguir o seguinte algoritmo:

1º) na primeira linha do diagrama, dispomos a raiz a do divisor na coluna à esquerda e


a seguir os coeficientes de P ( x ) , inclusive os nulos;

a a0 a1 a2 a n −2 a n −1 an

2º) na segunda linha do diagrama, dispomos o coeficiente do primeiro termo do


dividendo que será o coeficiente do primeiro termo do quociente;

a a0 a1 a2 a n −2 a n −1 an
a0

q n −1

3º) à direita do termo anterior colocamos a  q n −1 + a1 = q n −2 , coeficiente do segundo


termo do quociente;

a a0 a1 a2 a n −2 a n −1 an
a0 a  q n −1 + a1

q n −1 
q n −2

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4º) repete-se a operação descrita no item anterior até atingirmos q 0 ;

a a0 a1 a2 a n −2 a n −1 an
a0 a  q n −1 + a1 a  q n −2 + a 2 a  q 2 + a n −2 a  q1 + a n −1

q n −1    
q n −2 q n −3 q1 q0

5º) repetindo o procedimento mais uma vez obtemos o resto r = a  q0 + a n da divisão.

a a0 a1 a2 a n −2 a n −1 an
a0 a  q n −1 + a1 a  q n −2 + a 2 a  q 2 + a n −2 a  q1 + a n −1 a  q 0 + a n

q n −1     
q n −2 q n −3 q1 q0 r

Exemplo: Aplicando o algoritmo de Ruffini-Horner, conforme a seguir, conclui-se que a


divisão de P ( x ) = 2x3 − x − 1 por ( x − 1) resulta em um quociente Q ( x ) = 2x 2 + 2x + 1
e em um resto R ( x ) = 0 .

1 2 0 −1 −1
2 1 2 + 0 = 2 (
1 2 + −1) = 1 (
11 + −1) = 0

Exemplo: Encontre o quociente e o resto da divisão de x 4 − 2x 3 + x − 2 por ( x − 2 ) .

2 1 −2 0 1 −2
1 0 0 1 0

Portanto, quociente é x 3 + 1
o e o resto é 0, o que implica
x 4 − 2x3 + x − 2 = ( x − 2 ) ( x 3 + 1) .

5. M.M.C E M.D.C. DE EXPRESSÕES ALGÉBRICAS

O máximo divisor comum (M.D.C.) entre expressões algébricas é formado pelos fatores
comuns a estas expressões elevados aos seus menores expoentes, de forma que ele é a
expressão de maior grau que divide todas aquelas.
O mínimo múltiplo comum (M.M.C.) entre expressões algébricas é formado por todos
os fatores que aparecem nas expressões, comuns ou não, elevados ao seu maior
expoente, de forma que ele é a expressão de menor grau que é múltipla de todas aquelas.

Exemplo:
P ( x ) = x  ( x − 1)  ( x − 2 )
2 2

Q ( x ) = x 3  ( x − 1)  ( x − 3)
2

MDC ( P,Q ) = x  ( x − 1)
MMC ( P, Q ) = x 3  ( x − 1)  ( x − 2 )  ( x − 3 )
2 2 2

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1) (CN 1980) Sendo B e C números inteiros, o grau do polinômio que representa o


( x3 − Bx 2 + 3x − 1)4 . ( x 2 − 7x )2
quociente é:
( x 2 + Cx − 3)4 + ( x 2 − 3)4
a) 1° b) 6° c) 4° d) 8° e) 2°

( a − 2 ) x 3 + ( b − 2 ) x 2 + ( c − 1) x + 10
2) (CN 1982) O valor da expressão independente
x2 − x + 5
de x. A soma dos valores de a, b e c é:
a) 4 b) 2 c) −3 d) 0 e) 1

3) (CN 1984) Seja P ( x ) = 2x 4 − 5x 2 + 3x − 2 e Q ( x ) = x 2 − 3x + 1 ; se P ( x )  Q ( x )


determina um quociente Q ( x ) e um resto R ( x ) , o valor de Q ( 0) + R (1) é:
a) 0 b) 28 c) 25 d) 17 e) 18

4) (CN 1985) O coeficiente do termo de 2° grau do produto entre o quociente e o resto,


resultantes da divisão de x 3 − 3x + x 4 + 7 por 2 − x 2 é:
a) −22 b) −11 c) −10 d) −1 e) 1

5) (CN 1986) O resto da divisão de ( x 5 + x 4 − 5x 3 − x 2 + 9x − 8 ) por ( x 2 + x − 3) é:


a) independente de x e não nulo.
5
b) positivo para x  .
2
c) nulo.
d) par, para x  .
e) igual a 21 , para x = 13 .

6) (CN 1986) Sendo P e Q dois polinômios de mesma variável e de graus


respectivamente iguais a m e n , e sendo m  n , podemos afirmar que:
a) a soma de P e Q é de grau m + n .
b) o produto de P por Q é de grau m  n .
c) a soma de P e Q é de grau m .
d) o quociente entre de P e Q , caso exista, é de grau m − n .
e) a diferença entre P e Q é de grau n .

7) (CN 1986) O maior divisor comum dos polinômios x 4 − 16 , x 3 − 6x 2 + 12x − 8 e


x 4 − 8x 2 + 16 é:
a) x + 2 b) x + 4 c) x − 2 d) x − 4 e) 1

8) (CN 1987) Sobre o polinômio P ( x ) = ax b − 3 sabe-se que P ( 2 ) = 17 e P ( 4) = 77. O


número de divisores inteiros do número N = ( a + 1)  b5 é:
3

a) 24 b) 36 c) 48 d) 72 e) 108

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9) (CN 1987) A divisão do polinômio P ( x ) = x 4 + x 2 + 1 pelo polinômio


D ( x ) = 2x 2 − 3x + 1 apresenta quociente Q ( x ) e resto R ( x ) . Assinale a alternativa
falsa:
a) R (1) = 3 .
1
b) R ( x )  0 para x  .
9
3
c) O menor valor de Q ( x ) ocorre para x = − .
4
22
d) A média geométrica dos zeros de Q ( x ) é .
4
35
e) O valor mínimo de Q ( x ) é .
32

10) (CN 1988) No processo da divisão do polinômio P ( x ) , de coeficientes não nulos,


pelo polinômio g ( x ) , obteve-se, para quociente um polinômio do 4º grau e, para
penúltimo resto, um polinômio do 2º grau. Considerando-se as afirmativas:
I) O grau de P ( x ) é 6 .
II) O grau de g ( x ) pode ser 1.
III) P ( x ) é composto de 7 monômios.
Conclui-se que:
a) apenas I é verdadeira.
b) apenas III é falsa.
c) apenas II é verdadeira.
d) apenas I e III são verdadeiras.
e) todas são falsas.

11) (CN 1990) Numa divisão polinomial, o dividendo, o divisor, o quociente e o resto
são, respectivamente: 4x 3 + ax 2 + 19x − 8 , 2x − b , 2x 2 − 5x + 7 e −1. A soma dos
valores de a e b é igual a:
a) −14 b) −13 c) −12 d) −11 e) −10

a x + b y a b
12) (CN 1995) Sabendo-se que a seguinte identidade = + é verdadeira
xy y x
para quaisquer números reais a, b, x  0 e y  0 , o valor de
13 13 13 13
+ + +  +
2  4 4  6 6 8 50  52
é igual a:
25 25 25 25 25
a) b) c) d) e)
16 12 8 4 2

13) (CN 2004) Sejam os polinômios p = x 2 + 4x e q = x 2 + ( 3k − 1) x . Se a razão entre


p e q é diferente de 1, necessariamente
5 3 4 3
a) k  b) k  c) k  d) k  e) k  1
3 5 3 4

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14) (CN 2005) Sabendo-se que a equação x 2 ( x 2 + 13) − 6x ( x 2 + 2 ) + 4 = 0 pode ser


escrita como um produto de binômios do primeiro grau, a soma de duas das suas raízes
reais distintas é igual a
a) −3 b) −2 c) −1 d) 2 e) 3

15) (CN 2011) Sejam p ( x ) = 2x 2010 − 5x 2 − 13x + 7 e q ( x ) = x 2 + x + 1 . Tomando


r ( x ) como sendo o resto na divisão de p ( x ) por q ( x ) , o valor de r ( 2 ) será
a) −8 b) −6 c) −4 d) −3 e) −2

16) (CN 2011) Sabe-se que


p ( x ) = acx 4 + b ( a + c ) x 3 + ( a 2 + b 2 + c2 ) x 2 + b ( a + c ) x + ac é um produto de dois
polinômios do 2° grau e que os números a , b , c são reais não nulos com ( b2 − 4ac )
positivo. Nessas condições, é correto afirmar que
a) p ( x ) possui apenas uma raiz real.
b) p ( x ) possui duas raízes reais.
c) p ( x ) possui três raízes reais.
d) p ( x ) possui quatro raízes reais.
e) p ( x ) não possui raízes reais.

17) (CN 2013) Seja P ( x ) = 2x 2012 + 2012x + 2013 . O resto r ( x ) da divisão de P ( x )


por d ( x ) = x 4 + 1 é tal que r ( −1) é:
a) −2 b) −1 c) 0 d) 1 e) 2

18) (CN 2015) A equação x 3 − 2x 2 − x + 2 = 0 possui três raízes reais. Sejam p e q


números reais fixos, onde p é não nulo. Trocando x por py + q , a quantidade de
soluções reais da nova equação é:
a) 1 b) 3 c) 4 d) 5 e) 6

−1 −2 −3
19) (CN 2016) Seja x um número real tal que x + x + x + x + x + x + 2 = 0 . Para
3 2

cada valor real de x, obtém-se o resultado da soma de x 2 com seu inverso. Sendo
assim, a soma dos valores distintos desses resultados é
a) 5 b) 4 c) 3 d) 2 e) 1

20) (CN 2020) Sabe-se que os números distintos p, q e r são raízes do polinômio
( x − 2p ) ( x 2 − px − rx + pr ) x−2
P ( x ) = ax3 + bx 2 + cx e que = , para todo x, com
3x 2 − 9px + 6p 2 3
x  2p, x  p e p + q = r − q. Nessas condições, é correto afirmar que 3a − 2b + c é
igual a:
a) 15a b) 13a c) 11a d) 10a e) 9a

10
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14 – POLINÔMIOS

RESPOSTAS E CLASSIFICAÇÃO DAS QUESTÕES

1) d (Grau de polinômios)
2) a (Identidade de polinômios)
3) b (Divisão de polinômios)
4) c (Divisão de polinômios)
5) e (Divisão de polinômios)
6) d (Operações com polinômios)
7) c (MDC de polinômios)
8) d (Valor numérico do polinômio)
9) d (Divisão de polinômios)
10) c (Divisão de polinômios)
11) d (Divisão de polinômios)
12) c (Frações racionais e somas telescópicas)
13) a (Identidade de polinômios)
14) e (Equações polinomiais)
15) e (Divisão de polinômios)
16) d (Equações polinomiais)
17) b (Divisão de polinômios)
18) b (Transformação de equações)
19) d (Equações polinomiais)
20) c (Equações polinomiais)

11
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14 – POLINÔMIOS

RESOLUÇÕES

1) d
A expressão ( x3 − Bx 2 + 3x − 1) tem grau 3  4 = 12.
4

A expressão ( x 2 − 7x ) tem grau 2  2 = 4.


2

A expressão ( x 2 + Cx − 3) tem grau 2  4 = 8.


4

A expressão ( x 2 − 3) tem grau 2  4 = 8.


4

A expressão ( x3 − Bx 2 + 3x − 1) . ( x 2 − 7x ) tem grau 12 + 4 = 16.


4 2

A expressão ( x 2 + Cx − 3) + ( x 2 − 3) tem grau 8.


4 4

( x3 − Bx 2 + 3x − 1)4 . ( x 2 − 7x )2
Finalmente, a expressão tem grau 16 − 8 = 8.
( x 2 + Cx − 3)4 + ( x 2 − 3)4
2) a
Se o valor da expressão independente de x, então devemos ter
( a − 2 ) x 3 + ( b − 2 ) x 2 + ( c − 1) x + 10
= k , para todo x, onde k é uma constante real.
x2 − x + 5
Assim, temos:
( a − 2 ) x 3 + ( b − 1) x 2 + ( c − 1) x + 10 = kx 2 − kx + 5k
a − 2 = 0  a = 2
b − 1 = k  b = 2 + 1 = 3


c − 1 = −k  c = −2 + 1 = −1
10 = 5k  k = 2
Portanto, a + b + c = 2 + 3 + ( −1) = 4.

3) b
Vamos efetuar a divisão de polinômios pelo “Método das chaves”.
2x 4 + 0x 3 − 5x 2 + 3x − 2 x 2 − 3x + 1
−2x 4 + 6x 3 − 2x 2 2x 2 + 6x + 11
/ 6x 3 − 7x 2 + 3x − 2
−6x 3 + 18x 2 − 6x
/ 11x 2 − 3x − 2
−11x 2 + 33x − 11
/ 30x − 13
Assim, o quociente é Q ( x ) = 2x 2 + 6x + 11 e o resto é R ( x ) = 30x − 13 .
Portanto, Q ( 0 ) + R (1) = 11 + ( 30 − 13) = 11 + 17 = 28 .

12
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14 – POLINÔMIOS

4) c
Vamos efetuar a divisão dos polinômios pelo “método dos coeficientes a determinar”.
O dividendo D ( x ) = x 4 + x 3 − 3x + 7 é do 4 grau, o divisor d ( x ) = 2 − x 2 é do 2
grau, então o quociente é do 2 grau e o resto no máximo do 1 grau (um grau a menos
do que o divisor).
Observe que D = d + q e rmax = d − 1 , onde o símbolo  indica o grau do
polinômio.
Assim, podemos escrever o quociente da forma q ( x ) = ax 2 + bx + c e o resto da forma
r ( x ) = mx + n .
Pelo algoritmo da divisão de Euclides, temos:
D ( x ) = d ( x )  q ( x ) + r ( x )  x 4 + x 3 − 3x + 7 = ( 2 − x 2 ) ( ax 2 + bx + c ) + ( mx + n )
 x 4 + x 3 − 3x + 7 = −ax 4 − bx 3 + ( 2a − c ) x 2 + ( 2b + m ) x + ( 2c + n )
Como se trata de uma identidade, os polinômios de ambos os lados devem possuir os
mesmos coeficientes. Assim, temos:
−a = 1  a = −1
−b = 1  b = −1


2a − c = 0  c = 2a = 2  ( −1) = −2
2b + m = −3  2  ( −1) + m = −3  m = −1

2c + n = 7  2  ( −2 ) + n = 7  n = 11
Assim, o quociente da divisão é q ( x ) = −x 2 − x − 2 e o resto é r ( x ) = − x + 11 .
Portanto, o produto entre o quociente e o resto é
q ( x )  r ( x ) = ( −x − x − 2 )  ( −x + 11) = x − 10x − 9x − 22 cujo coeficiente do termo do
2 3 2

2 grau é −10 .

5) e
Vamos efetuar a divisão pelo método da chave;
x 5 + x 4 − 5x 3 − x 2 + 9x − 8 x2 + x − 3

− x 5 − x 4 + 3x 3 x 3 − 2x + 1
/ / − 2x 3 − x 2 + 9x − 8
+2x 3 + 2x 2 − 6x
/ x 2 + 3x − 8
−x 2 − x + 3
/ 2x − 5
Portanto, o resto da divisão é R ( x ) = 2x − 5 , que é igual a 21 para x = 13 , pois
R (13) = 2 13 − 5 = 21 .

13
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14 – POLINÔMIOS

6) d
a) INCORRETA
Contra exemplo: Sejam P ( x ) = x + 1 e Q ( x ) = −x , onde m = n = 1 , então
P ( x ) + Q ( x ) = 1 e  ( P + Q) = 0  2 = m + n .
b) INCORRETA
 ( P  Q ) = P + Q = m + n
c) INCORRETA
Vide contraexemplo de (A).
d) CORRETA
O quociente entre P e Q só existirá no caso em que m = n e teremos
P
   = P − Q = m − n = 0 . Observe que nesse caso, o quociente é uma constante
Q
numérica e, portanto, possui grau zero.
e) INCORRETA
Contra exemplo: Sejam P ( x ) = x + 1 e Q ( x ) = x , onde m = n = 1 , então
P ( x ) − Q ( x ) = 1 e  ( P − Q) = 0  1 = n .

7) c
Inicialmente, devemos fatorar as três expressões. O maior divisor comum (M.D.C.)
entre elas será obtido tomando-se os fatores comuns às três fatorações com seus
menores expoentes.
x 4 − 16 = ( x 2 + 4 )( x 2 − 4 ) = ( x 2 + 4 ) ( x + 2 )( x − 2 )
x3 − 6x 2 + 12x − 8 = x 3 − 3  2  x 2 + 3  22  x − 23 = ( x − 2 )
3

x 4 − 8x 2 + 16 = ( x 2 ) − 2  4  x 2 + 42 = ( x 2 − 4 ) = ( x + 2 )( x − 2 ) = ( x + 2 ) ( x − 2 )
2 2 2 2 2

Logo, o maior divisor comum dos três polinômios é ( x − 2 ) .

8) d
P ( 2 ) = a  2b − 3 = 17  a  2b = 20

P(4) = a  4b − 3 = 77  a  4b = 80  a  22b = 80
a  22b 80
 =  2b = 4 = 22  b = 2
a 2 b 20
 a  22 = 20  a = 5
N = ( a + 1)  b5 = ( 5 + 1)  25 = 63  25 = ( 2  3)  25 = 28  33
3 3 3

Logo, o número de divisores inteiros de N é 2  ( 8 + 1)( 3 + 1) = 72 .


Observe que ao referir-se ao número de divisores inteiros, o examinador quis incluir
tanto os divisores positivos quanto os negativos, razão pela qual aparece o fator 2 no
início da expressão utilizada para o cálculo do número de divisores.

14
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14 – POLINÔMIOS

9) d
Pelo algoritmo da divisão de Euclides, temos P ( x ) = D ( x )  Q ( x ) + R ( x ) , onde R ( x ) é
no máximo do 1 grau.
Vamos efetuar a divisão pelo método da chave.
x4 + 0x 3 + x2 + 0x + 1 2x 2 − 3x + 1
− x 4 + ( 3 2 ) x 3 − (1 2 ) x 2 (1 2 ) x 2 + (3 4 ) x + 11 8
/ ( 3 2 ) x 3 + (1 2 ) x 2 + 0x + 1
− (3 2) x3 + (9 4 ) x 2 − (3 4 ) x
/ (11 4 ) x 2 − ( 3 4 ) x + 1
− (11 4 ) x 2 + ( 33 8 ) x − (11 8 )
( 27 8) x − ( 3 8)
1 2 3 11 27 3
Portanto, Q ( x ) = x + x+ e R (x) = x− .
2 4 8 8 8
27 3
a) CORRETA: R (1) = 1 − = 3
8 8
27 3 27 3 1
b) CORRETA: R ( x ) = x− 0 x x
8 8 8 8 9
( )
c) CORRETA: O menor valor de Q x ocorre na abscissa do vértice, ou seja,
− (3 4) 3
xV = =− .
2  (1 2 ) 4
(11 8) = 11
d) INCORRETA: A média geométrica dos zeros de Q ( x ) é r1  r2 = .
(1 2 ) 2
2
 3  1  3  3  3  11 35
e) CORRETA: O valor mínimo de Q ( x ) é Q  −  =   −  +   −  + = .
 4  2  4  4  4  8 32

10) c
A divisão de polinômios é tal que o dividendo é o divisor vezes o quociente mais o
resto, onde o grau do resto não supera o grau do divisor.
Se o penúltimo resto é do 2º grau, então o grau do divisor g ( x ) é menor ou igual a 2.
Assim, o grau de g ( x ) pode ser 1 ou 2.
Como o quociente é do 4º grau, o grau do dividendo é a soma do grau do divisor com o
do quociente, ou seja, o grau do dividendo P ( x ) é 5 ou 6.
I) Falsa, pois o grau de P ( x ) pode ser 5 ou 6.
II) Verdadeira.
III) Falsa, pois isso só ocorre no caso de P ( x ) ser de grau 6.
Veja exemplos das duas situações possíveis:

15
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x 5 + x 4 + x 3 + 2x 2 + x + 1 x +1
− x5 − x 4 x4 + x2 + x
x 3 + 2x 2 + x + 1
− x3 − x 2
x2 + x +1
− x2 − x
1

x 6 + x 5 + x 4 + x 3 + 2x 2 + x + 1 x2 + x +1
− x6 − x5 − x 4 x4 + x +1
x 3 + 2x 2 + x + 1
− x3 − x 2 − x
x2 +1
− x2 − x −1
−x

11) d
( )
4x 3 + ax 2 + 19x − 8 = ( 2x − b )  2x 2 − 5x + 7 − 1

 4x 3 + ax 2 + 19x − 8 = 4x 3 + ( −10 − 2b ) x 2 + (14 + 5b ) x + ( −7b − 1)


a = −10 − 2b  a = −10 − 2 1 = −12

 19 = 14 + 5b
−8 = −7b − 1  b = 1

 a + b = −12 + 1 = −11

12) c
13 13 13 13 13  1 1 1 1 
S= + + +  + =  + + + + 
2  4 4  6 6 8 50  52 4  1 2 2  3 3  4 25  26 
1 1 1
O termo geral da soma procurada é = − . Assim, temos:
n ( n + 1) n n + 1
13  1 1 1 1 1 1 1 1  13  1  13 25 25
S=  − + − + − + + −  = 1 −  =  =
4 1 2 2 3 3 4 25 26  4  26  4 26 8
Note que a expressão do termo geral como diferença de duas frações poderia ser
encontrada utilizando identidade de polinômios, da seguinte forma
1 a b
= +  1 = a ( n + 1) + bn  1 = ( a + b ) n + a
( )
n n +1 n n +1
a + b = 0
  ( a, b ) = (1, −1)
a = 1

16
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14 – POLINÔMIOS

1 1 1
Portanto, = − .
n ( n + 1) n n + 1
As somas como a acima são comumente chamadas somas telescópicas, pois ocorre a
simplificação de todas as parcelas exceto a primeira e a última.

13) a
p
Se a razão existe, então q = x 2 + ( 3k − 1) x  0  x  0  x  1 − 3k .
q
Seja x  − 0,1 − 3k , então
p 5
 1  p  q  x 2 + 4x  x 2 + ( 3k − 1) x  3k − 1  4  k  .
q 3

14) e
x 2 ( x 2 + 13) − 6x ( x 2 + 2 ) + 4 = 0  x 4 − 6x 3 + 13x 2 − 12x + 4 = 0
Por inspeção, vemos que 1 é raiz (pois a soma dos coeficientes é zero). Aplicando o
algoritmo de Ruffini-Horner, temos:

1 −6 13 −12 4
1 1 −5 8 −4 0

Dessa forma, concluímos que a equação pode ser escrita como


( x − 1) ( x3 − 5x 2 + 8x − 4 ) = 0 .
Inspecionando o fator do terceiro grau, vemos que 2 é raiz. Aplicando novamente o
algoritmo de Ruffini-Horner, temos:
1 −5 8 −4
2 1 −3 2 0

Assim, concluímos que a equação inicial pode ser escrita como


( x − 1)( x − 2 ) ( x 2 − 3x + 2 ) = 0 .
É fácil ver que o fator do segundo grau possui raízes 1 e 2 . Assim, a equação resultante
é ( x − 1) ( x − 2 ) = 0 .
2 2

As suas raízes são 1 (dupla) e 2 (dupla), e a soma de duas raízes distintas é 1 + 2 = 3 .


Outra solução pode ser obtida fatorando-se diretamente (se você vir o caminho...).
x 2 ( x 2 + 13) − 6x ( x 2 + 2 ) + 4 = 0  x 4 − 6x 3 + 13x 2 − 12x + 4 = 0 
 x 4 + 9x 2 + 4 − 6x 3 + 4x 2 − 12x = 0 

 ( x 2 ) + ( −3x ) + 22 + 2  ( −3x )  x 2 + 2  x 2  2 + 2  ( −3x )  2 = 0 


2 2

 ( x 2 − 3x + 2 ) = 0  ( x − 1) ( x − 2 ) = 0
2 2 2

15) e
( )
P ( x ) = 2 x 2010 − 1 − 5x 2 − 13x + 9

( ) − 1 é divisível por x 3 − 1 = ( x − 1) ( x 2 + x + 1) e, portanto, x 2010 − 1 é


670
x 2010 − 1 = x 3
divisível por x 2 + x + 1 .

17
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14 – POLINÔMIOS

Assim, o resto da divisão de P ( x ) por x 2 + x + 1 é igual ao resto da divisão de


−5x 2 − 13x + 9 por x 2 + x + 1 que é r ( x ) = −8x + 14 e r ( 2 ) = −2 .

16) d
p ( x ) = acx 4 + b ( a + c ) x 3 + ( a 2 + b 2 + c 2 ) x 2 + b ( a + c ) x + ac =
= acx 4 + abx 3 + bcx 3 + a 2 x 2 + b 2 x 2 + c 2 x 2 + abx + bcx + ac =
= ax 2 ( cx 2 + bx + a ) + bx ( cx 2 + bx + a ) + c ( cx 2 + bx + a ) =
= ( cx 2 + bx + a )( ax 2 + bx + c )
Como ambos os fatores possuem discriminante b 2 − 4ac positivo, o polinômio p ( x )
possui 4 raízes reais.

17) b
Considerando a fatoração x n + 1 = ( x + 1) ( x n −1 − x n −2 + + x 2 − x + 1) para n ímpar,
temos:
 
x 2012 + 1 = ( x 4 ) + 1 = ( x 4 + 1) ( x 4 ) − ( x 4 ) + + ( x 4 ) − ( x 4 ) + 1
503 502 501 2

 
 2x 2012 = 2 ( x 4 + 1) ( x 4 ) − ( x 4 ) + + ( x 4 ) − ( x 4 ) + 1 − 2 .
502 501 2

Substituindo a expressão acima em P ( x ) , temos:


P ( x ) = 2x 2012 + 2012x + 2013 =
 
= 2 ( x 4 + 1) ( x 4 ) − ( x 4 ) + + ( x 4 ) − ( x 4 ) + 1 − 2 + 2012x + 2013 =
502 501 2

 
= 2 ( x 4 + 1) ( x 4 ) − ( x 4 ) + + ( x 4 ) − ( x 4 ) + 1 + 2012x + 2011
502 501 2

Portanto, r ( x ) = 2012x + 2011 e r ( −1) = 2012  ( −1) + 2011 = −1 .

18) b
Sejam ri  , i = 1, 2,3 , as três raízes reais da equação x 3 − 2x 2 − x + 2 = 0 .
Trocando x por py + q , obtém-se uma nova equação
( py + q )3 − 2 ( py + q )2 − ( py + q ) + 2 = 0 , cujas raízes satisfazem py + q = ri , i = 1, 2,3 .
Note que, como p é não nulo, a equação do primeiro grau py + q = ri possui uma única
solução, ou seja, para cada raiz real da equação original, há uma raiz real
correspondente na equação transformada. Portanto, a nova equação possui 3 soluções
reais.

19) d
x3 + x 2 + x + x −1 + x −2 + x −3 + 2 = 0  ( x3 + x −3 ) + ( x 2 + x −2 ) + ( x + x −1 ) + 2 = 0
−1
Seja x + x = y , então

x + x −1 = y  ( x + x −1 ) = y2  x 2 + 2 + x −2 = y2  x 2 + x −2 = y2 − 2
2

x + x −1 = y  ( x + x −1 ) = y3  x 3 + x −3 + 3  x  x −1  ( x + x −1 ) = y3
3

 x 3 + x −3 = y3 − 3y

18
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14 – POLINÔMIOS

Substituindo as duas expressões obtidas na equação original, temos:


( x3 + x −3 ) + ( x 2 + x −2 ) + ( x + x −1 ) + 2 = 0  ( y3 − 3y ) + ( y2 − 2 ) + y + 2 = 0
 y3 + y2 − 2y = 0  y ( y 2 + y − 2 ) = 0  y = 0  y = 1  y = −2
Vamos encontrar os valores de x associados a cada valor de y.
1
y = 0  x + x −1 = 0  x + = 0  x2 +1 = 0  x 
x
1
y = 1  x + x −1 = 1  x + = 1  x 2 − x + 1 = 0   = ( −1) − 4 11 = −3  0  x 
2
x
1
y = −2  x + x −1 = −2  x + = −2  x 2 + 2x + 1 = 0  x = −1 ( dupla )
x
Assim, o único valor real de x é a raiz dupla x = −1 obtida quando y = −2 . Assim,
temos:
y = −2  x = −1  x 2 + x −2 = y 2 − 2 = ( −2 ) − 2 = 2
2

Portanto, a soma dos valores distintos de x 2 + x −2 é 2 .

20) c
( x − 2p ) ( x 2 − px − rx + pr ) x−2 ( x − 2p )( x − p ) ( x − r ) x − 2
=  = 
3x 2 − 9px + 6p 2 3 3 ( x 2 − 3px + 2p 2 ) 3
( x − 2p )( x − p ) ( x − r ) x − 2 x  2p
 =  x−r = x−2 r = 2
3 ( x − 2p )( x − p ) 3 x p
p + q = r − q  p = 2 − 2q
Sabemos que p, q e r são raízes distintas do polinômio P ( x ) = ax3 + bx 2 + cx, então
uma das raízes é zero. Se q = 0, então p = 2 − 2q = 2 = r, o que contraria o fato de que
p, q e r são distintos. Portanto, devemos ter p = 0, o que implica q = 1.
Aplicando as relações de Girard ao polinômio P ( x ) = ax3 + bx 2 + cx, temos:
b
1 = p + q + r = 0 + 1 + 2 = −  b = −3a
a
c
2 = pq + pr + rq = 0 1 + 0  2 + 2 1 =  c = 2a
a
(
Assim, temos: 3a − 2b + c = 3a − 2  −3a ) + 2a = 11a.

FIM DO CAPÍTULO 14

19

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