Aula 09 - CC1

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CONSTRUÇÃO CIVIL I

Fôrmas

Prof. Me. Rodrigo André Klamt


Fôrmas
São estruturas provisórias, em geral de madeira,
destinadas a dar a forma aos elementos de concreto, até
a sua solidificação.
Fôrmas
Atualmente, torna-se imperativo que o
engenheiro dê a devida importância ao
dimensionamento das fôrmas e dos
escoramentos, considerando os planos de
montagem e desmontagem, bem como seu
reaproveitamento na obra, a fim de
minimizar custos, perdas, além de alcançar
maior qualidade e reduzir prazos de entrega.
Fôrmas
Fôrmas
Devem-se ainda seguir as seguintes condições:
• Obedecer rigorosamente à planta de formas do projeto
estrutural;
• As fôrmas devem ser dimensionadas para resistir aos
seguintes esforços:
Peso próprio das fôrmas (20 kgf/m³);
Peso próprio do concreto (2400 kgf/m³);
Peso próprio dos operários e equipamentos (100 kgf/m²);
Vibrações devido ao adensamento do concreto;
• As fôrmas devem ser estanques, não permitindo a
passagem de argamassa pelas frestas das tábuas;
• Devem ser executadas de tal maneira que possibilite o
maior número de reutilizações, proporcionando economia no
material e na mão-de-obra.
Tipos de Fôrmas
As fôrmas, em geral, são classificadas de acordo com o
material e do modo como são utilizadas, levando em conta o
tipo de obra. Assim, pode-se classificá-las como:
Convencional – é feita de madeira e indicadas para pequenas
obras particulares e detalhes específicos;
Moduladas – são de madeira e mistas, indicadas para obras
repetitivas e edifícios altos;
Trepantes – madeira, metálicas e mistas, indicadas para
torres, barragens e silos;
Deslizantes verticais – madeira, metálicas e mistas, indicadas
para torres e pilares altos de grande seção;
Deslizantes horizontais – metálicas, indicadas para barreiras e
guias.
Tipos de Fôrmas
Tipos de Fôrmas
Tipos de Fôrmas
Um sistema de fôrmas é constituído dos seguintes elementos:
molde, estrutura do molde, escoramentos e acessórios.
Molde – caracteriza a forma da peça e é o elemento que entra em
contato direto com o concreto. É constituído por painéis de laje,
fundos e faces de vigas e faces de pilares.
Estrutura do molde – é o que dá sustentação e travamento ao
molde, enrijecendo-o. É constituído por gravatas, sarrafos
acoplados aos painéis e travessões.
Escoramento – é o que dá apoio à estrutura da fôrma,
transmitindo os esforços da estrutura do molde para algum ponto
de apoio no solo ou na própria estrutura de concreto. É constituído
por guias, pontaletes e pés-direitos.
Acessórios – são componentes utilizados para nivelar, dar prumo e
locar peças, sendo constituídos por aprumadores, sarrafos de pé-
de-pilar e cunhas.
Fôrmas de Madeira
O uso das fôrmas de madeira é mais difundido devido
às seguintes razões:
•Facilidade de treinamento e utilização da mão de obra
(carpinteiro);
•Uso de equipamentos e complementos pouco
complexos e relativamente baratos (serras manuais e
mecânicas, furadeiras, martelos, etc.);
•Boa resistência a impactos e ao manuseio (transporte e
armazenagem);
•O material é reciclável e pode ser reutilizado;
•Apresenta características físicas e químicas condizentes
com o uso.
Fôrmas de Madeira
Fôrmas de Madeira
Fôrmas de Madeira
As únicas restrições, quanto ao uso da
madeira como fôrma para o concreto, se
referem ao tipo de obra e às condições de
uso, que são:
•Pouca durabilidade;
•Pouca resistência nas ligações e emendas;
•Grandes deformações quando submetidas a
variações bruscas de umidade;
•Ser inflamável.
Fôrmas de Madeira
Nos escoramentos usa-se a madeira bruta ou
aparelhada. Estes pontaletes devem ser inteiros,
sendo que possíveis emendas devem obedecer
aos critérios estabelecidos na norma, que são:

•Cada pontalete só pode ter uma emenda;


•A emenda só poderá ser feita no terço superior
ou inferior do pontalete;
•O número de pontaletes com emenda deverá ser
inferior a 1/3 do total de pontaletes distribuídos.
Fôrmas de Metálicas
Estas fôrmas são formadas, em geral, por
chapas metálicas de diversas espessuras,
dependendo das dimensões dos elementos a
concretar e dos esforços que devem resistir.
São indicadas para a fabricação de elementos
de concreto pré-moldado, cujas fôrmas são
fixas podendo possuir vibradores acoplados.
Nas obras, são mais utilizados os tubos
metálicos como escoramentos.
Fôrmas de Metálicas
Fôrmas Metálicas
Fôrmas de Pilares
Os pilares podem apresentar seções as mais
variadas, porém as mais comuns são a quadrada e
a retangular. As fôrmas são formadas por painéis
verticais ligados por gravatas. Estas gravatas são
destinadas a reforçar os painéis, para que
resistam aos esforços que nelas atuam quando do
lançamento do concreto.
Fôrmas de Pilares
Fôrmas de Pilares
Fôrmas de Pilares
Fôrmas de Pilares
Fôrmas de Pilares
Fôrmas de Pilares
Tensores
Fôrmas de Pilares
Fôrmas de Pilares
Fôrmas de Pilares
Fôrmas de Pilares
Fôrmas de Pilares
Fôrmas de Vigas
As fôrmas das vigas são formadas pelos dois
painéis das faces da viga e pelo painel de fundo.
A ligação entre os painéis das faces da viga e o
painel de fundo é feita por meio de gravatas,
formadas por três travessas, duas verticais e uma
horizontal. As vigas com mísulas podem ter a face
da viga acompanhando, ou não, a inclinação do
fundo.
Fôrmas de Vigas
Fôrmas de Vigas
Fôrmas de Vigas
Fôrmas de Vigas
Fôrmas de Vigas
Fôrmas de Vigas
Fôrmas de Vigas
Fôrmas de Vigas
Fôrmas de Vigas
Fôrmas de Vigas
Fôrmas de Vigas
Fôrmas de Lajes
As fôrmas das lajes são formadas por tábuas
deitadas e justapostas que se apoiam nos
escoramentos. A carga que estas tábuas devem
suportar é a soma do peso próprio do concreto, o
peso próprio das fôrmas e a sobrecarga,
constituída pelo peso dos operários e dos
equipamentos. O escoramento destas tábuas
pode ser feito de dois modos: tábuas apoiadas
sobre travessões equidistantes, suportadas por
guias transversais e tábuas apoiadas sobre as
guias.
Fôrmas de Madeira
Fôrmas de Madeira
Fôrmas de Madeira
Fôrmas de Lajes
Fôrmas de Lajes

guia
longarina Painel da
laje
garfo
gravata tensor
cunha

escora Mão-francesa
prumo

tirante
Sarrafo
nivelamento

cunha
gastalho

Fonte: Madeirit
Fôrmas de Lajes
Fôrmas de Lajes
Fôrmas de Lajes
Fôrmas de Lajes
Fôrmas de Madeira
Fôrmas de Madeira
SUPRAESTRUTURA
Supraestrutura
A superestrutura de uma obra é composta basicamente
por Vigas, Pilares e Lajes.
Supraestrutura
Armadura
A fase de armação das estruturas, ou colocação das ferragens, é uma
das mais importantes numa obra, exigindo cuidadosa atenção do
engenheiro nos mínimos detalhes. É, nesta etapa da obra, antes da
concretagem, que é providenciado a colocação dos embutidos
(tubulações de água, eletrodutos e caixas nas lajes e passagens nas
vigas, etc.).
Armadura
Armadura
Armadura
Os trabalhos de corte, dobragem e montagem
das armaduras devem ser feitos por pessoal
habilitado, sempre com a supervisão de um
encarregado de armação. Essa mão de obra é
constituída de armadores e ajudantes de
armação. Em alguns centros urbanos já é
possível terceirizar totalmente as armaduras,
contratando empresas especializadas no
fornecimento de armaduras prontas.
Tipos de Aço
Os aços utilizados na construção civil são classificados de
acordo com suas características mecânicas e o processo de
fabricação (laminação a quente, encruamento por deformação
a frio). A seguir, são mostrados os tipos de aço mais comuns,
utilizados na confecção de elementos de concreto armado:
• CA-25 - liso – são encontrados em barras e rolos. São
utilizados em elementos de fundações (estacas brocas e
baldrames);
• CA-50 - nervurado – são encontrados em barras de 12 m de
comprimento. Sendo de boa qualidade, permite fazer emendas
com solda a topo (diâmetros de 10 a 40 mm). São indicados
para ferragem longitudinal de vigas, pilares, estacas e blocos;
Tipos de Aço
• CA-60 – liso e com entalhes – são vendidos em barras
rolos ou barras de 12 m.
Admitem emendas soldáveis, dobragem e alta resistência e
são indicados na produção de vigotas de lajes pré-
fabricadas, treliças, armações para tubos, pré-moldados,
armações em lajes e estribos;
• Arame recozido – é utilizado na amarração de
vergalhões, sendo encontrado em rolos de 60 kg, 35 kg ou
1 kg;
Tipos de Aço
Montagem das Armaduras
Montagem das Armaduras
Montagem das Armaduras
Montagem das Armaduras
Montagem das Armaduras
Concretagem
Esta é a fase final do processo de elaboração
de elementos da infra-estrutura e
superestrutura, sendo considerada a mais
importante. A concretagem só pode ser
liberada para execução depois que as fôrmas
estiverem consolidadas e limpas, as
armaduras estiverem corretamente dispostas
e as instalações embutidas estiverem
devidamente posicionadas.
Concretagem
Concretagem
Esta etapa consiste no lançamento,
adensamento e cura do concreto, sendo de
extrema importância a presença do engenheiro
na obra, ou de um técnico ou mestre de obra
com grande experiência em execução de
concretagem. Erros cometidos nesta fase
acarretam em grandes prejuízos futuros, sem
contar na perda da reputação do profissional e
da construtora responsáveis.
Concretagem
• Liberação para a concretagem;
• Preparação do canteiro de obra;
• Tipo de concreto (dosado em central ou dosado
em obra);
• Recebimento do concreto dosado em central;
• Ensaio de abatimento do concreto; (ver tabela);
• Ensaio de resistência à compressão;
• Lançamento do concreto (cuidar altura acima
de 2,50 m);
• Adensamento;
Concretagem
Exemplo de montagem de armadura de pilar

1- Corte as barras de aço nos comprimentos indicados no projeto de


armadura. Use uma tesoura para cortar barras com até 12,5 mm de
diâmetro (foto à esquerda) e uma guilhotina para barras com
diâmetros entre 18 e 25 mm (foto á direita).
Exemplo de montagem de armadura de pilar

2- Para fazer o arame que vai prender os estribos, estique e torça o


arame recozido com uma manivela até que se torne duplo. Se
preferir, uso uma furadeira elétrica, caso haja ponto de energia
próximo.
Exemplo de montagem de armadura de pilar

3- Com auxílio de lápis e trena


marque na superfície de madeira a
largura e o comprimento dos estribos.
Esse gabarito ajuda a criar uma linha
de montagem que aumento o
velocidade de produção das peças.
Exemplo de montagem de armadura de pilar

4- Com ajuda de uma chave para dobrar aço crie um gancho de


45° na extremidade da barra. Os pinos da mesa servirão de apoio
para essa operação.
Exemplo de montagem de armadura de pilar

5 e 6- Sempre, de acordo com as marcas de lápis na mesa, dobre a


largura e depois o comprimento do estribo em 90°. Terminada a
operação de dobra, verifique se as dimensões de comprimento e
largura do estribo estão de acordo com as do projeto.
Exemplo de montagem de armadura de pilar

7- Posicione as barras de aço cortadas no cavalete. Com metro ou


trena e giz, marque no vergalhão os pontos onde seriam amarrados
os estribos.
Exemplo de montagem de armadura de pilar

8- Pegue os rolos de arame recozido duplo em uma das mãos e use-


os para amarrar os estribos às barras com auxílio de uma torquês,
Gire o arame até prender bem. Com a própria torquês, corte a sobra
do arame.
9-10 - Para garantir que a ferragem vai ficar centralizada na fôrma,
coloque espaçadores de plástico em estribos alternados. Com cuidado,
posicione a armadura do pilar na fôrma de madeira. O conjunto está
preparado para a concretagem.

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