10 AplicaA A Es Do Concreto Pilares Vigas Lajes
10 AplicaA A Es Do Concreto Pilares Vigas Lajes
10 AplicaA A Es Do Concreto Pilares Vigas Lajes
do Concreto
A estrutura de uma
obra de Concreto
Armado é constituída
basicamente por
elementos estruturais,
tais como:
lajes (cinza);
vigas (vermelho);
pilares (verde);
fundações (azul).
Mostrar vídeo Belgo
➢ Projeto
➢ Etapas
➢ Elementos da Construção
Exemplo de diversas Aplicações de
Concreto em uma mesma obra:
DEFINIÇÕES EM GERAL
• Fundações são elementos estruturais
destinados a suportar toda a carga
proveniente dos carregamentos de esforços
oriundos do peso próprio dos elementos
estruturais, acrescidos dos carregamentos
provenientes do uso (sobrecargas).
Esses elementos de fundação tem por finalidade distribuir os esforços estruturais para
o solo, garantindo assim estabilidade a obra.
• Existem vários tipos de fundações e a escolha
do tipo mais adequado é função das cargas da
edificação e da profundidade da camada
resistente do solo. Com base na combinação
destas duas analises opta-se pelo tipo que
oferecer o menor custo e o menor prazo de
execução.
• As cargas da edificação são obtidas por meio
das plantas de arquitetura e estrutura, onde
são considerados os pesos próprios dos
elementos constituintes e a sobrecarga a ser
considerada nas lajes.
Diretas
ou Sapata Isolada
Rasas
Radier
Fundações diretas,
superficiais ou rasas
• As fundações diretas são empregadas onde as
camadas do subsolo, logo abaixo da estrutura,
são capazes de suportar as cargas.
• Numa fundação rasa ou direta a distribuição
de carga do pilar para o solo ocorre pela base
do elemento de fundação, sendo que, a carga
pontual que ocorre na base do pilar, é
transformada em carga distribuída, num valor
tal, que o solo seja capaz de suporta-la.
Fundações indiretas ou profundas
• São aquelas em que possuem grande
comprimento em relação as dimensões de sua
base.
• Nessas fundações, carga é transmitida ao solo
através:
– Da superfície lateral (resistência de atrito) –
apresentado grande capacidade de carga devido ao
atrito lateral do corpo do elemento de fundação com
o solo.
– E também da base (resistência de ponta) -
apresentando pouca capacidade de suporte.
DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS DAS
FUNDAÇÕES DIRETAS
Dimensão mínima
• Em planta, as sapatas ou os blocos não devem ter
dimensão inferior a 60 cm.
Profundidade mínima
• A base de uma fundação deve ser assentada a
uma profundidade tal que garanta que o solo de
apoio não seja influenciado pelos agentes
atmosféricos e fluxos d’água. Nas divisas com
terrenos vizinhos, salvo quando a fundação
apoiar-se em sobre rocha, tal profundidade não
deve ser inferior a 1,5 m.
Fundação direta tipo
sapata corrida em concreto
• São utilizadas em obras de pequena área e
carga, (edícula sem laje, barraco de obras,
abrigo de gás; água etc.).
• Limitações:
Recomenda-se que sejam executadas somente acima do
nível do lençol freático para evitar o estrangulamento do
fuste.
Além disso, apresenta perigo de introdução de solo no
concreto durante o enchimento. Trabalha apenas à
compressão.
Estacas Concretadas
no Local
• Além das brocas, existem uma grande variedade
de tipos de estacas concretadas no local,
diferenciadas entre si, principalmente, pela forma
que são escavadas e pela forma de colocação do
concreto. De um modo geral crava-se um tubo de
aço até a profundidade prevista pela sondagem
geotécnica, enchendo–se com concreto que vai
sendo apiloado até que se retire o tubo. Entre os
vários tipos existentes destacam-se as estacas
tipo Franki e as estacas tipo Strauss.
Estaca tipo
Franki
• A estaca tipo Franki utiliza um tubo de
revestimento cravado com a aponta
fechada por meio de bucha e recuperado
após a concretagem da estaca.
Estaca tipo
Franki
• O concreto usado na execução da estaca é relativamente
seco com baixo fator água-cimento, resultando em um
concreto de slump zero, de modo a permitir o forte
apiloamento previsto no método executivo.
• A armação da estaca é constituída por barras longitudinais
e estribos que devem ter dimensões compatíveis com o
diâmetro do tubo e do pilão.
• A execução de estacas tipo Franki, quando bem aplicada,
praticamente não sofre restrições de emprego diante das
características do subsolo, salvo casos particulares como
aqueles constituídos por espessas camadas de solo muito
mole.
Estaca tipo
Franki
• A seguir são relacionados alguns aspectos da
estaca tipo Franki, que fazem parte do método
de execução, e que a diferencia dos outros
tipos de estacas concretadas no local
contribuindo para a elevada carga de trabalho
da estaca:
• A cravação com ponta fechada isola o tubo de revestimento
da água do subsolo, o que não acontece com outros tipos
de estaca executada com ponta aberta;
• A base alargada dá maior resistência de ponta que todos os
outros tipos de estaca;
• O apiloamento da base compacta solos arenosos, bem
como, aumenta o diâmetro da estaca em todas as direções,
aumentando sua a resistência de ponta. Em solos argilosos
o apiloamento da base expele a água da argila, que é
absorvida pelo concreto seco da mesma, consolidando e
reforçando seu contorno;
• O apiloamento do concreto contra o solo para formar o
fuste da estaca compacta o solo e aumenta o atrito lateral;
• O comprimento da estaca pode ser facilmente ajustado
durante a cravação.
• A execução da estaca é iniciada pelo posicionamento do tubo de
revestimento e formação da bucha. Após apoiar o tubo sobre o terreno,
lança-se concreto seco em seu interior para ser compactado pelo impacto
de golpes do pilão e expandir lateralmente aderindo fortemente ao tubo. A
seguir o tubo é cravado no terreno pelo impacto de repetidos golpes do
pilão na bucha. A profundidade final de cravação é definida, pela verificação
da nega do tubo nos últimos metros de cravação.
• Terminada a cravação, o tubo é preso à torre do bate estaca por meio de
cabos de aço, para expulsar a bucha e iniciar a execução da base alargada. O
alargamento da base é obtido apiloando-se fortemente pequenas e
sucessivas quantidades de concreto quase seco (slump zero).
• Terminada a base alargada, coloca-se a armação, ajustando-a para
incorporá-la na base e ao mesmo tempo instalar o cabo de controle da
armação de uma de suas barras.
• A seguir inicia-se a concretagem do fuste lançando-se sucessivas camadas
de pequena altura de concreto e recuperando o tubo com apiloamento das
camadas. Durante a concretagem do fuste controla-se a altura de concreto
dentro do tubo pela marca do cabo do pilão e a integridade da armação e
do fuste pelo cabo de controle da amarração. A concretagem do fuste é
terminada cerca de 30 cm acima da cota de arrasamento.
Estaca
Strauss
• As estacas tipo Strauss foram projetadas,
inicialmente, como alternativa às estacas pré-
moldadas cravadas por percussão devido ao
desconforto causado pelo processo de cravação,
quer quanto à vibração ou quanto ao ruído.
• O processo é bastante simples, consistindo na
retirada de terra com sonda ou piteira e,
simultaneamente, introduzir tubos metálicos
rosqueáveis entre si, até atingir a profundidade
desejada e posterior concretagem com
apiloamento e retirada da tubulação.
Por utilizar equipamento leve e barato a estaca tipo
Strauss possui as seguintes vantagens:
• ausência de vibrações e trepidações em prédios vizinhos;
• possibilidade de execução da estaca com o comprimento
projetado;
• possibilidade de verificar durante a perfuração, a presença
de corpos estranhos no solo, matacões, etc, permitindo a
mudança de locação antes da concretagem;
• possibilidade da constatação das diversas camadas e
natureza do solo, pois a retirada de amostras permite
comparação com a sondagem à percussão;
• possibilidade de montar o equipamento em terrenos de
pequenas dimensões;
• autonomia, importante em regiões ou locais distantes.
Como principais desvantagens das estacas tipo Strauss
podemos citar:
1P 2P 4P
P P
P P P P P
Viga de Equilíbrio
ou Viga Alavanca
• No caso de pilares posicionados junto a divisa do
terreno, para fundações tipo sapatas, o momento
produzido pelo não alinhamento da ação com a reação
deve ser absorvido por uma viga, conhecida como viga
de equilíbrio ou viga alavanca, apoiada na sapata junto
a divisa e na sapata construída para um pilar interno.
• Portanto, a viga de equilíbrio tem a função de
transmitir a carga vertical do pilar para o centro de
gravidade da sapata de divisa e, ao mesmo tempo,
resistir aos momentos fletores produzidos pela
excentricidade da carga do pilar em relação ao centro
dessa sapata.
Viga de Fundação ou Baldrame
Pilar
• Pilares são “elementos lineares de eixo reto,
usualmente dispostos na vertical, em que as
forças normais de compressão são
preponderantes” (NBR 6118/2003, item 14.4.1.2).
• São destinados a transmitir as ações às
fundações, embora possam também
transmitir para outros elementos de apoio. As
ações são provenientes geralmente das vigas,
bem como de lajes também.
• Os pilares são os elementos estruturais que
além de transmitirem as cargas verticais da
edificação para os elementos de fundação,
podem também fazer parte do sistema de
contraventamento responsável por garantir a
estabilidade global dos edifícios às ações
verticais e horizontais.
Viga
• Pela definição da NBR 6118/03, vigas “são
elementos lineares em que a flexão é
preponderante”.
• As vigas são classificadas como barras e são
normalmente retas e horizontais, destinadas a
receber ações das lajes, de outras vigas, de
paredes de alvenaria, e eventualmente de pilares,
etc.
• A função das vigas é basicamente vencer vãos e
transmitir as ações nelas atuantes para os apoios,
geralmente os pilares.
• As ações são geralmente perpendicularmente
ao seu eixo longitudinal, podendo ser
concentradas ou distribuídas. Podem ainda
receber forças normais de compressão ou de
tração, na direção do eixo longitudinal. As
vigas, assim como as lajes e os pilares,
também fazem parte da estrutura de
contraventamento responsável por
proporcionar a estabilidade global dos
edifícios às ações verticais e horizontais.
• As armaduras das vigas são geralmente
compostas por estribos, chamados “armadura
transversal”, e por barras longitudinais,
chamadas “armadura longitudinal”.
Emendas
• As emendas de concretagem devem ser feitas de
acordo com a orientação do Engenheiro calculista
para uma adequada identificação dos pontos de
menor força atuante, mas em geral, a emenda
deve ser feita a 1/4 do apoio, onde geralmente os
esforços são menores.
• Devemos evitar as emendas nos apoios e no
centro dos vãos, pois os momentos negativos e
positivos, respectivamente, são máximos.
• As vigas deverão ser concretadas de uma só
vez, caso não haja possibilidade, fazer as
emendas à 45º.
Quando uma concretagem for interrompida por mais
de três horas a sua retomada só poderá ser feita 72
horas após a interrupção; este cuidado é necessário
para evitar que a vibração do concreto
novo, transmitida pela armadura, prejudique o
concreto em início de endurecimento. A superfície
deve ser limpa, isenta de partículas soltas, e para
maior garantia de aderência do concreto novo com o
velho devemos:
1º retirar com ponteiro as partícula soltas
2º molhar bem a superfície e aplicar uma pasta
de cimento ou um adesivo estrutural para
preencher os vazios e garantir a aderência.
3º o reinicio da concretagem deve ser feito
preferêncialmente pelo sentido oposto.
Laje
• As lajes são os elementos planos que se destinam
a receber a maior parte das ações aplicadas
numa construção, como de pessoas, móveis,
pisos, paredes, e os mais variados tipos de carga
que podem existir em função da finalidade
arquitetônica do espaço físico que a laje faz
parte.
• As ações são comumente perpendiculares ao
plano da laje, podendo ser divididas em:
– distribuídas na área (peso próprio, revestimento de
piso, etc.),
– distribuídas linearmente (paredes),
– ou forças concentradas (pilar apoiado sobre a laje).
• As lajes maciças de concreto, com espessuras que
normalmente variam de 7 cm a 15 cm, são
comuns em edifícios de pavimentos e em
construções de grande porte, como escolas,
indústrias, hospitais, pontes, etc.
• De modo geral, não são aplicadas em construções
residenciais e outras de pequeno porte, pois
nesses tipos de construção as lajes nervuradas
pré-fabricadas apresentam melhor relação custo
benefício.
• Alguns dos tipos mais comuns de lajes são:
maciça apoiada nas bordas, nervurada, lisa e
cogumelo. Laje maciça é um termo que se usa
para as lajes sem vazios apoiadas em vigas nas
bordas, como as lajes apresentadas nas
imagens anteriormente.
• As lajes lisas e cogumelo também não têm
vazios, porém, tem outra definição.
• “Lajes cogumelo são lajes apoiadas
diretamente em pilares com capitéis,
enquanto lajes lisas são as apoiadas nos
pilares sem capitéis”
(NBR 6118/03, item 14.7.8)