Fisiopatologia
Fisiopatologia
Fisiopatologia
Definições
• Auto-imunidade - é uma resposta imune específica contra um antígeno ou
série de antígenos próprios. A auto-imunidade pode ser:
Local ou órgão-específicas, que afecta a um tipo específico de tecido. Entre
elas estão o pênfigo vulgar ou penfigóide bolhoso, a diabetes melitus tipo I
(sistema endocrinológico) onde os anticorpos reconhecem as células das
ilhotas de Langerhans (produtoras da insulina) do pâncreas levando a
inflamação (insulite) com a posterior destruição destas células, tendo como
consequência a falta de produção da insulina.
Sistémica ou não órgão-específicas, que está associada à auto-anticorpos
que não afectam a um tipo específico de tecido. Entre elas estão o lúpus
eritematoso sistémico (afecta a rins, pele, pulmões e cérebro) e a doença
reumática (afecta às articulações, coração)
• Doença Auto-imune é uma doença provocada por lesão tissular ou alteração
funcional desencadeadas por uma resposta auto-imune.
• Reacções de hipersensibilidade – são reacções excessivas produzidas pelo
sistema imune normal em resposta a um estímulo externo (exógeno) ou
interno (endógeno).
• A auto-imunidade surge quando o sistema imunológico de um indivíduo não reconhece
mais certos tecidos do corpo como “próprios”, e passa a destruí-los como se estes
tecidos fossem “estranhos” – falha da tolerância imunológica.
• O eixo da função imunitária cutânea reside nas células de Langerhans. A informação
imunitária em respeito a determinado antigénio «identificado» na epiderme resulta da
activação de linfócitos T circulantes, por mecanismo que compreende uma estreita
colaboração funcional entre as células de Langerhans, os queratinócitos vizinhos e as
populações linfocitárias da derme.
• Diversos quadros clínicos patológicos interpretam-se como devidos a excessiva
intensificação ou desequilíbrio funcional dos mecanismos imunológicos, ou ainda por
deficiente actividade de qualquer dos componentes do sistema imunitário.
• Destacam-se assim:
• Reacções de hipersensibilidade, como acontecem no eczema;
• Doenças autoimunes;
• Doenças linfoproliferativas;
• Imunodeficiências.
Reacções de
Hipersensibilidade
• A reacção de hipersensibilidade tem 2 fases:
• Fase de sensibilização
• Fase efectora
• Angioedema
• Urticária alérgica
• Reacção anafiláctica
• Fibroplasia
• Maturação
Inflamação ou Fase
Inflamatória
• Quando o tecido é agredido, os vasos sanguíneos rompem-se provocando
extravasamento das células do sangue. Há libertação de factores pró-coagulantes
pelas células danificadas promovendo a coagulação do sangue.
• A agregação das plaquetas e os componentes da coagulação formam o coágulo que
funciona como matriz provisória para a migração celular. As plaquetas também
secretam várias citocinas necessárias para a vasoconstrição e prevenção da
hemorragia.
• Há aumento da permeabilidade dos vasos e atracção de neutrófilos e monócitos ao
local da agressão, estímulo da libertação de outros mediadores vasoactivos.
• Os neutrófilos no sítio da lesão libertam enzimas e produtos tóxicos do oxigénio, que
destroem os microorganismos e secretam grande quantidade de factores de
crescimento que contribuem para formar a matriz temporária do tecido de granulação.
• Esta fase normalmente se manifesta inicialmente por dor (pela agressão dos tecidos),
edema, eritema e calor, por aumento da permeabilidade dos vasos e chamada ao
local de células inflamatórias nomeadamente neutrófilos e monócitos. Após essa
parte do processo, se forma o coágulo.
Fibroplasia: Nova Formação
Tecidual
• Fibroplasia é o nome dado a formação de tecido de granulação
que surge alguns dias após o traumatismo.
• Nessa fase, há proliferação das células epidérmicas, retracção
(encerramento) da ferida e formação de tecido de granulação,
substituindo assim a matriz provisória. Este tecido é composto
essencialmente por macrófagos e fibroblastos, que aparecem
dentro da ferida formando um tecido macio. Simultaneamente há
formação de novos capilares. As células epidérmicas da margem
da ferida proliferam e quando a reepitelização é estabelecida,
forma-se nova membrana basal a partir das margens da ferida
fechando a nova epiderme e restabelecendo a barreira cutânea.
Maturação: Remodelação
Tecidual
• Nesta fase, a matriz extracelular é remodelada, ou
seja, há alteração qualitativa e quantitativa dos
elementos que a compõem. Inicialmente, há um
predomínio na síntese das fibras de colagénio em
relação às fibras elásticas, e posteriormente há uma
inversão, com um maior número de fibras elásticas.
Factores que Influenciam a
Velocidade de Cicatrização
• A cicatrização processa-se na maioria das vezes de forma rápida
e satisfatória. No entanto, sua velocidade depende de:
• Tamanho da ferida: uma ferida maior leva mais tempo para a
cicatrização