Domingos Cesar - Monografia Completa

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Campus Universitário de Viana

Universidade Jean Piaget de Angola


(Criado pelo decreto nº 44-A01 de 6 de Julho de 2001)

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

MONOGRAFIA

A PARENTALIDADE E SUA INFLUÊNCIA NO PROCESSO DE


ENSINO E APRENDIZAGEM DOS ALUNOS DO COMPLEXO
ESCOLAR Nº 5080 NO MUNICÍPIO DE VIANA

Autor: Domingos Cesar


Licenciatura: Psicologia
Opção: Desenvolvimento e Educação.
Orientador: Msc: Gabriel de Jesus Kaputo

Viana, Maio de 2024


Campus Universitário de Viana

Universidade Jean Piaget de Angola


(Criado pelo decreto nº 44-A01 de 6 de Julho de 2001)

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

MONOGRAFIA

A PARENTALIDADE E SUA INFLUÊNCIA NO PROCESSO DE


ENSINO E APRENDIZAGEM DOS ALUNOS DO COMPLEXO
ESCOLAR Nº 5080 NO MUNICÍPIO DE VIANA

Autor: Domingos Cesar


Licenciatura: Psicologia
Opção: Desenvolvimento e Educação.
EPÍGRAFE

“Os pais brilhantes não formam heróis, mas seres humanos que conhecem os seus
limites e a sua força.”

(Cury 2004)

III
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho á toda minha família pelo carinho e apoio, por todo o amor e
dedicação, por terem sido compreensíveis e acreditado que eu conseguiria.

IV
AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos os que de uma forma ou outra me incentivaram, motivaram e não me


deixaram desistir.

Agradeço à minha família, aos meus pais pelo apoio. Também aos amigos, que cada um
à sua maneira me foi ajudando e apoiando ao longo deste processo.

Um agradecimento muito especial aos meus colegas da UniPiaget de Angola, com


grande estima aos que partilhamos a mesma sala e curso (Psicologia do Desenvolvimento e
Educação), pelos incentivos, pela atenção, por todo o apoio e confiança que depositaram em
mim e me ajudaram a chegar a bom porto. Muito obrigado!

Um enorme agradecimento ao Doutor Gabriel de Jesus Kaputo por toda a ajuda ao


longo do desenvolvimento deste trabalho, um agradecimento do fundo do coração.

V
DECLARAÇÃO DO AUTOR

Declaro que este trabalho escrito foi levado a cabo de acordo com os regulamentos da
Universidade Jean Piaget de Angola (UniPiaget) e em particular do Regulamento de
Elabração do Trabalho de Fim do Curso. O trabalho é original excepto onde indicado por
referência especial no texto. Quaisquer visões expressas são as do autor e não representam de
modo nenhumas visões da UniPiaget. Este trabalho, no todo ou em parte, não foi apresentado
para avaliação noutras instituições de ensino superior nacionais ou estrangeiras.

Mais informo que a norma seguida para a elaboração do trabalho é a Norma APA.
Assinatura: ________________________________________________________________

Data: _____/_____/__________

VI
RESUMO
O presente estudo teve como objectivo conhecer a influência da parentalidade no processo de
ensino e aprendizagem dos alunos do Complexo Escolar nº 5080 no município de Viana e
para a sua abordagem utilizou-se o método exploratório descritivo de valoração quantitativa e
qualitativa, ao passo que foi tido em conta uma amostra de 40 professores de ambos os
géneros, sendo todos funcionários no Complexo Escolar 5080, situado no município de
Viana, em função dos resultados obtidos observou-se que há maior predomino do género
masculino com idades variadas entre os 36 e os 45, onde a recolha de dados foi realizada de
um questionário de perguntas e respostas fechadas. Sendo que, os resultados do estudo
demonstraram que a parentalidade é um processo baseado nas diferentes formas de educação
das famílias cuja sua influência no processo de aprendizagem começa com o envolvimento na
escola dos seus educandos e este envolvimento ou participação influencia no
comprometimento do aluno com a aprendizagem, no seu sucesso escolar, na resolução de
tarefas para a casa e na motivação do aluno para revisar as matérias. Por outra, constatou-se
que os diferentes estilos parentais, assim como as práticas parentais exercem influências
significativas sobre o processo de ensino e aprendizagem dos alunos. A partir desses dados
recomendou-se que a escola e as famílias se ajustem da melhor forma possível para a
promoção da formação do homem novo.

Palavras-chave: Parentalidade, Influencia, Processo de Ensino e Aprendizagem.

VII
ABSTRACT

The present study aimed to understand the influence of parenting on the teaching and learning
process of students at Complexo Escolar nº 5080 in the municipality of Viana and for its
approach the descriptive exploratory method of quantitative and qualitative valuation was
used, while it was Taking into account a sample of 40 teachers of both genders, all of whom
were employees at the 5080 School Complex, located in the municipality of Viana, based on
the results obtained, it was observed that there is a greater predominance of males with ages
varying between 36 and 45, where data collection was carried out using a questionnaire with
closed questions and answers. Therefore, the results of the study demonstrated that parenting
is a process based on different forms of family education whose influence on the learning
process begins with the involvement in the school of their students and this involvement or
participation influences the student's commitment to the learning, in their academic success,
in solving homework assignments and in the student's motivation to review the subjects. On
the other hand, it was found that different parental styles, as well as parental practices, exert
significant influences on the teaching and learning process of students. Based on these data, it
was recommended that schools and families adapt in the best possible way to promote the
formation of new men.

Keywords: Parenting, Influence, Teaching and Learning Process.

VIII
ÍNDICE
EPÍGRAFE...............................................................................................................................III
DEDICATÓRIA.......................................................................................................................IV
AGRADECIMENTOS...............................................................................................................V
DECLARAÇÃO DO AUTOR.................................................................................................VI
RESUMO................................................................................................................................VII
ABSTRACT...........................................................................................................................VIII
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................1
IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA........................................................................................2
OBJECTIVOS DO ESTUDO.....................................................................................................2
IMPORTÂNCIA DO ESTUDO.................................................................................................2
DELIMITAÇÃO DO ESTUDO.................................................................................................2
DEFINIÇÃO DE CONCEITOS.................................................................................................3
CAPÍTULO I. FUNDAMENTAÇÃO TEORICO-CIENTÍFICA..............................................4
1.1 ABORDAGEM CONCEITUAL SOBRE A PARENTALIDADE......................................4
1.1.1 Parentalidade e comportamento parental...........................................................................5
1.2 DIMENSÕES DA PARENTALIDADE...............................................................................7
1.3 MODELOS TEÓRICOS SOBRE A PARENTALIDADE...................................................8
1.3.1 Modelo sócio contextual da parentalidade.........................................................................8
1.3.2 Modelo integrativo da parentalidade.................................................................................9
1.4 INFLUÊNCIA DA PARENTALIDADE NO PROCESSO DE ENSINO E
APRENDIZAGEM...................................................................................................................10
1.4.1 O sucesso escolar dos alunos...........................................................................................11
1.4.2 Motivação do alundo para revisar as matérias.................................................................12
1.5 PRÁTICAS PARENTAIS..................................................................................................13
1.6 ESTILOS PARENTAIS......................................................................................................14
1.6.1 Estilo parental autoritário.................................................................................................15
1.6.3 Estilo parental autoritativo...............................................................................................17
1.6.4 Estilo parental negligente.................................................................................................18
1.7 ESTILOS PARENTAIS E SUA INFLUÊNCIA NO PROCESSO DE ENSINO E
APRENDIZAGEM...................................................................................................................19

IX
1.7.1 Papel da parentalidade no processo de ensino e aprendizagem.......................................20
1.8 PARENTALIDADE POSITIVA........................................................................................21
CAPÍTULO II. OPÇÕES METODOLÓGICAS DO ESTUDO...............................................22
2.1. MODO DE INVESTIGAÇÃO..........................................................................................23
2.2. HIPÓTESES DO ESTUDO...............................................................................................23
2.3. VARIÁVEIS DO ESTUDO..............................................................................................23
2.4. OBJECTO DE ESTUDO...................................................................................................24
2.5. INSTRUMENTO DE INVESTIGAÇÃO..........................................................................25
2.6. PROCESSAMENTO E TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO......................................25
CAPÍTULO III. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE CRÍTICA DOS RESULTADOS..............26
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS........................................................................................37
CONCLUSÃO..........................................................................................................................38
RECOMENDAÇÕES...............................................................................................................39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................40
APÊNDICE...............................................................................................................................42
ANEXOS..................................................................................................................................45

X
ÍNDICE DE QUADROS
Quadro nº1 Distribuição da amostra segundo o género dos professores..................................26
Quadro nº 2 Distribuição da amostra segundo a idade dos professores....................................27
Quadro nº 3 Distribuição da amostra segundo o nível de escolaridade dos professores..........28
Quadro nº 4 Distribuição da amostra segundo o tempo de serviço dos professores.................29
Quadro nº 5 Distribuição da amostra segundo a influencia da parentalidade no processo de
ensino e aprendizagem dos alunos............................................................................................30
Quadro nº 6 Distribuição da amostra segundo a influencia da parentalidade no processo de
ensino e aprendizagem dos alunos no Complexo Escolar 5080 do município de Viana..........31
Quadro nº 7 Distribuição da amostra segundo a influencia dos estilos educativos na
aprendizagem dos alunos..........................................................................................................32
Quadro nº8 Distribuição da amostra segundo os estilos parentais com maior impacto no
processo de ensino e aprendizagem dos alunos........................................................................ 33
Quadro nº9 Distribuição da amostra segundo o papel da parentalidade no processo de ensino e
aprendizagem dos alunos..........................................................................................................34
Quadro nº10: Distribuição da amostra segundo os mecanismos psicopedagógicos usados para
reforçar a influencia da parentalidade no processo de ensino e aprendizagem........................ 35

XI
ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico nº1 Distribuição da amostra segundo o género dos professores..................................27


Gráfico nº 2 Distribuição da amostra segundo a idade dos professores................................... 28
Gráfico nº3: Distribuição da amostra segundo o nível de escolaridade dos professores..........29
Gráfico nº4 Distribuição da amostra segundo o tempo de serviço dos professores.................30
Gráfico nº5 Distribuição da amostra segundo a influência da parentalidade no processo de
ensino e aprendizagem dos alunos............................................................................................31
Gráfico nº6 Distribuição da amostra segundo a influência da parentalidade dos alunos no
Complexo Escolar 5080 do município de Viana...................................................................... 32
Gráfico nº7 Distribuição da amostra segundo a influencia dos estilos educativos na
aprendizagem dos alunos..........................................................................................................33
Gráfico nº8 Distribuição da amostra segundo os estilos parentais com maior impacto no
processo de ensino e aprendizagem dos alunos........................................................................ 34
Gráfico nº9 Distribuição da amostra segundo o papel da parentalidade no processo de ensino e
aprendizagem dos alunos..........................................................................................................35
Gráfico nº10: Distribuição da amostra segundo os mecanismos psicopedagógicos usados para
reforçar a influencia da parentalidade no processo de ensino e aprendizagem........................ 36

XII
INTRODUÇÃO
O presente trabalho debruça-se sobre a parentalidade e sua influência no processo de
ensino e aprendizagem dos alunos do Complexo Escolar nº 5080 no município de Viana, e, de
acordo com a literatura a parentalidade é uma actividade intencional, no sentido de assegurar
a sobrevivência e o desenvolvimento da criança, num ambiente seguro, de modo a socializar a
criança e atingir o objectivo de a tornar progressivamente mais autónoma. Sendo que, as
praticas parentais têm grandes influências sobre o processo de ensino e aprendizagem das
crianças porque é no meio familiar que o indivíduo tem seus primeiros contactos com o
mundo externo, com a linguagem, com a aprendizagem e aprender os primeiros valores e
hábitos. Tal convivência é fundamental para que a criança se insira no meio escolar sem
problemas de relacionamento disciplinar.

No contexto actual e em particular na sociedade angolana, a parentalidade e sua


influência no processo de ensino e aprendizagem das crianças não tem sido desempenhado
conforme as expectativas das escolas, porque muitos dos encarregados têm outras prioridades
e então, transferem para as escolas a responsabilidade de educar e ensinar, não somente
conteúdos curriculares, mas também valores e padrões de comportamentos.

A nossa abordagem realça a parentalidade e sua influência no processo de ensino e


aprendizagem dos alunos, sendo que, o acompanhamento familiar é de grande relevância para
a motivação e sucesso escolar dos seus educandos, assim como as crianças que têm o
acompanhamento familiar, boa convivência, relacionamento e regras têm bom rendimento
escolar e dificilmente apresentam dificuldades quanto às normas escolares.

O presente estudo está repartido em três partes, sendo que no primeiro capítulo temos a
fundamentação teórica que especificamente centra-se na revisão bibliográfica em relação ao
tema em pesquisa. Já no segundo capítulo apresentamos as opções metodológicas do estudo,
que está relacionada com os procedimentos usados para a realização do presente estudo.

No terceiro capítulo abordamos a apresentação e discussão dos resultados obtidos


através da aplicação dos questionários aos professores do Complexo Escolar nº 5080, no
Município de Viana, por fim, a conclusão seguida de recomendações sobre a influência da
parentalidade no processo ensino e aprendizagem dos alunos da escola 5080, situada no
Município de Viana.
1
IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA

A influência da parentalidade no processo de ensino e aprendizagem dos educandos é


um problema que as escolas públicas e privadas enfrentam actualmente, pois tem sido um
desafio muito grande para os professores manter uma relação muito achegada com os
cuidadores dos seus alunos e esta dificuldade constitui um dos factores determinantes do
fracasso escolar dos educandos na escola 5080 situada no Município de Viana.

Em angola, nem sempre se verifica uma parentalidade adequada, em parte por falta de
conhecimento e informação, por pouco acesso a recursos e suporte ou pela vivência de
situações adversas, ligadas a modelos de cuidados desorganizados, violentos ou negligentes.
Em função disso, levantamos a seguinte pergunta de investigação:

 Qual é a influência da parentalidade no processo de ensino e aprendizagem dos


alunos do Complexo Escolar nº 5080 no município de Viana?

OBJECTIVOS DO ESTUDO

Objectivo geral
 Conhecer a influência da parentalidade no processo de ensino e aprendizagem dos
alunos do Complexo Escolar nº 5080 no município de Viana.

Objectivos específicos
(1)- Verificar a influência da parentalidade no processo de ensino e aprendizagem;
(2)- Identificar os estilos parentais e sua influência no processo de ensino e aprendizagem;
(3)- Destacar o papel da parentalidade no processo de ensino e aprendizagem dos alunos.

IMPORTÂNCIA DO ESTUDO

O presente trabalho é de extrema importância do ponto de vista teórico, bem como do


ponto de vista prático, porque traz uma abordagem actual e bastante presente nas escolas
públicas e privadas, tal como também nos ajuda a conhecer a influência da parentalidade no
processo de ensino e aprendizagem dos seus educandos.

DELIMITAÇÃO DO ESTUDO
O nosso estudo delimitou-se no Complexo Escolar nº 5080 situado no município de
Viana. O estudo estendeu-se num período de Abril a Maio de 2024.
2
DEFINIÇÃO DE CONCEITOS
Nesta parte do nosso trabalho, achamos conveniente definir alguns termos e conceitos
que, eventualmente poderão aparecer com muita frequência no corpo do trabalho e este são os
seguintes:

a) Parentalidade
Para Cruz (2013, p.13), a parentalidade é “um conjunto de acções encetadas pelas
figuras parentais junto dos filhos no sentido de promover o seu desenvolvimento da forma
mais plena possível, utilizando para tal os recursos de que dispõe dentro da família e, fora
dela, na comunidade”

b) Influência

Camacho e Tavares (2015, p. 350), definem a influência como o “acto de influir”

c) Processo de ensino e aprendizagem

Segundo Hilgard (1 973, p. 45), “o processo ensino e aprendizagem é um nome para um


complexo sistema de interacções comportamentais entre professores e alunos”.

3
CAPÍTULO I. FUNDAMENTAÇÃO TEORICO-CIENTÍFICA

4
1.1 ABORDAGEM CONCEITUAL SOBRE A PARENTALIDADE
A parentalidade é um conceito definido por alguns estudiosos como uma actividade
propositada, no sentido de assegurar a sobrevivência e o desenvolvimento da criança, num
ambiente seguro, de modo a socializar a criança e atingir o objectivo de a tornar mais
autónoma.

Na perspectiva de Cruz (2013, p.13), a parentalidade pode ser definida como “um
conjunto de acções encetadas pelas figuras parentais junto dos filhos no sentido de promover
o seu desenvolvimento da forma mais plena possível, utilizando para tal os recursos de que
dispõe dentro da família e, fora dela, na comunidade”. Esta definição enaltece a família e o
contexto em que a mesma se insere, como factores determinantes na parentalidade enquanto,
simultaneamente lhe associa o conceito de funções parentais e os seus papéis.

E, na mesma linha pensamento está Almeida (2013, p.60), que por sua vez, afirmam
que, “a sua construção é realizada com base numa relação criada e modificada permanente e
continuamente, dependendo de diferentes variáveis que podem dificultar esta adaptação,
como por exemplo, o facto de os cuidadores serem adolescentes”

Entende-se que a parentalidade não é uma questão de relação estática entre a criança e
os membros do seu meio familiar, mas uma questão de cuidados que os membros da família
com responsabilidade de cuidadores vão construindo em torno dos cuidados da criança. E,
esses cuidados tendem a modificar-se com passar do tempo e com o crescimento da própria
criança.

Para Pereira e Alarcão (2014, p.57), a parentalidade deve assentar em três eixos:

1) a partir do momento em que a criança nasce, o cuidador torna-se legalmente


responsável pela sua vigilância, protecção, educação e bem-estar; 2) a parentalidade
envolve o que é sentido, experimentado e vivido pelos cuidadores; 3) o exercício da
mesma é referente a tarefas familiares de cuidado, educação e socialização, mas, também,
a interacções e relações entre cuidadores e a criança.

Neste contexto, o conceito de parentalidade deve assumir as três funções apontadas no


exposto, ou seja, a parentalidade deve ser encarada como uma responsabilidade exercida por
adultos sobre uma ou mais crianças, sendo que, a educação e a socialização da criança devem
partir de um modelo de educação familiar.

5
1.1.1 Parentalidade e comportamento parental

A parentalidade e o comportamento parental são dois factores que estão estreitamente


relacionados, mas com diferenças na forma de representação, pois enquanto à parentalidade
caracteriza-se pelos cuidados relacionados à educação e formação da criança, o
comportamento parental responsabiliza-se pela satisfação das necessidades básicas da criança.

De acordo com Almeida (2013, p.64), é importante distinguir os conceitos de


parentalidade e de comportamento parental:

O primeiro, parentalidade é definido como as capacidades dos cuidadores, no sentido de


educar e formar a criança, apreendidas através da experiência de vida e dos valores e
princípios individuais, familiares e sociais. Já o comportamento parental diz respeito a
uma actividade consciente, para garantir a sobrevivência e desenvolvimento da criança.

Nesta perspectiva, a parentalidade está relacionada à maturidade dos indivíduos tidos


como responsáveis por cuidar de uma criança, garantindo a sua educação e formação social
através da sua experiencia adquirida ao longo de sua vida, já o comportamento parental é
visto como uma das principais responsabilidades por estar associada as necessidades de
sobrevivência.

O comportamento parental e o comportamento da criança devem ser sempre


compreendidos na sua dimensão ecológica. Uma criança com um temperamento mais
difícil tende a suscitar, nos cuidadores, um comportamento menos sensível e responsivo
às suas necessidades e de maior hostilidade. (Pereira e Leal, 2012, p.42).

Deste modo, o comportamento parental e o comportamento que se observa na criança


são factores resultantes da dimensão social do cuidador que trabalha na educação da criança,
pois a criança tende a seguir os passos orientados pelo cuidador e quando a mesma começa a
demonstrar comportamentos desorientados é porque o lapso começou da base com os seus
cuidadores.

É de facto, nesta perspectiva que Pereira e Alarcão (2014, p.64), afirmam que “não são
as características da criança em si que influenciam a parentalidade, mas sim a sua
compatibilidade com as características dos cuidadores”. Logo, as crianças em nenhum
momento influenciam o comportamento parental, pois são elas as vítimas de modelação do
comportamento dos seus cuidadores. Por isso, acreditamos que, os cuidadores devem sempre
optar por comportamentos positivos que influenciam as crianças a desenvolverem atitudes
compatíveis e aceitáveis nos mais variados meio social em que estiver inserida.

6
1.2 DIMENSÕES DA PARENTALIDADE

As dimensões da parentalidade estão associadas as diferentes formas ou estilos de


orientação parental sobre as crianças, uma vez que, a parentalidade é um processo que
envolve cuidados, educação e instrução da criança que se encontra sobre a responsabilidade
de um cuidador.

De acordo com Pereira e Leal (2012, p.81), “qualquer que seja o estilo parental
adoptado, os comportamentos parentais baseiam-se em duas dimensões distintas: a dimensão
do controlo exercido pelos cuidadores e a dimensão do suporte, afecto e aceitação”. Observa-
se que todo o comportamento ou estilos parentais adoptados por uma família é baseado numa
das dimensões da parentalidade. Cada uma dessas dimensões tem uma certa influência sobre a
forma como as crianças são educadas ou instruídas no seu meio familiar e através destas, as
crianças desenvolvem capacidades de reprodução desses comportamentos na sociedade.

Na concepção de Barber (2012, p.71), verifica-se que:

A dimensão do controlo tem implicações significativas no funcionamento adaptativo da


criança, no que diz respeito à sua capacidade para viver em sociedade. Este controlo,
mecanismo que promove conformidade e aceitação da regra, pode ser inibidor, quando
ligado ao controlo psicológico, ou facilitador, quando ligado ao controlo comportamental.

Neste caso, as dimensões da parentalidade, também influenciam na inibição de certos


comportamentos ligados ao controlo psicológico e comportamental. Por outra, o controlo
comportamental manifesta-se num conjunto diverso de comportamentos, tais como a
comunicação de regras de condutas com o objectivo de fazer a criança cumprir as regras.

Já em relação à dimensão de suporte, Pereira e Leal (2012, p.94), afirmam que:

A dimensão afectiva e de aceitação, podem, segundo diversas teorias, definir-se polos


antagónicos: amor/hostilidade, aceitação/rejeição, envolvimento emocional/desligamento.
As conceptualizações em torno desta dimensão encontram-se ligadas a características
parentais como o suporte, a disponibilidade afectiva, as expressões de afecto, o
envolvimento emocional e a sensibilidade para os estados e para as necessidades da
criança.

Acreditamos que seja neste sentido que a sensibilidade surge como peça fundamental
para o sucesso destas interacções, ou seja, a capacidade para perceber e interpretar
correctamente os comportamentos e sinais emitidos pela criança, assegurando, sobretudo, uma
resposta adequada.

7
1.3 MODELOS TEÓRICOS SOBRE A PARENTALIDADE

Nesta parte do nosso trabalho, objectivamo-nos em apresentar algumas teorias ou


modelos teóricos sobre a parentalidade e sua influência no processo de ensino-aprendizagem.
Sendo assim, começamos por apresentar o modelo socio-contextual da parentalidade e,
seguindo com o modelo integrativo da parentalidade e o modelo dos determinantes da
parentalidade.

1.3.1 Modelo sócio contextual da parentalidade

Este modelo que trata sobre a influência da parentalidade no desenvolvimento da


criança, trás uma visão mais alargada sobre a modelação da criança ao longo do seu
crescimento e desta a comunidade em que as famílias habitam como uma das características
que pode ter impacto no comportamento parental e no da criança.

Para Almeida (2015, p.19), “o modelo defende que a parentalidade é multideterminada


e pode ser influenciada por diferentes factores, nomeadamente: as características das
crianças; as características parentais; e as características do contexto social; sendo que
todas elas se influenciam mutuamente”.

Entende-se que, este modelo assume as histórias de desenvolvimento dos cuidadores, o


relacionamento conjugal e familiar. Portanto, todos estes factores tendem a deixar uma marca
no processo de parentalidade e, este, por sua vez, desempenha um papel significativo no
desenvolvimento da criança.

Magalhães e Teixeira (2012, p.32), reforçaram que é “a existência de múltiplos factores


que podem contribuir para a modelação das práticas parentais, embora sejam o contexto
social um determinante com maior importância e impacto no processo de parentalidade”.

Observa-se uma corroboração entre os autores acima referenciados. No primeiro


argumento constatamos que a parentalidade como forma de cuidados da criança sofre
influência de vários elementos e neste segundo ponto, infere-se que existências de múltiplos
factores são de grande relevância para o desenvolvimento da personalidade social da criança.

8
1.3.2 Modelo integrativo da parentalidade

Em relação ao modelo integrativo da parentalidade, a literatura descreve que realça a


importância dos cuidadores e da sua relação com a criança, para o seu desenvolvimento
saudável. Evidencia ainda a complexidade do processo educacional, provando que é
humanamente impossível uma criança desenvolver-se sozinha e responsabiliza os cuidadores,
como recurso essencial para o seu crescimento.

Assim sendo, Hoghughi (2004), apud Paula (2012, p.41), afirma que:

No modelo integrativo encontra-se dimensões relativas aos aspectos do funcionamento


das crianças que requerem atenção parental; trata-se da especificação de determinadas
tarefas parentais. A dimensão física inclui os aspectos da saúde física das crianças, das
suas necessidades de sobrevivência e da optimização do seu bem-estar.

De igual modo, nas tarefas capazes de providenciar um bom desenvolvimento a nível


intelectual, é exigida a família a realização de todos os cuidados necessários à incrementação
de conteúdos académicos, bem como de reforço de competências educacionais, de trabalho e
resolução de problemas das suas crianças.

De acordo com Souza e Santos (2013, p.58), a parentalidade divide-se em três áreas:

1) as actividades parentais, sendo o conjunto de atividades necessárias a uma


parentalidade suficientemente adequada; 2) as áreas funcionais, que remetem para os
principais aspectos do funcionamento da criança; 3) os pré-requisitos, que são o conjunto
de especificidades necessárias para o desenvolvimento da actividade parental.

Está claro que quando se trata de parentalidade, obviamente fala-se das actividades que
os cuidadores exercem sobre as crianças das quais são responsáveis e estas actividades
encontram-se divididas em três diferentes áreas da vida criança conforme mostra o exposto.

Nesta ordem de ideia, Pereira e Alarcão (2014, p.68), afirmam que:

A parentalidade deve assentar em três eixos: 1) a partir do momento em que a criança


nasce, o cuidador torna-se legalmente responsável pela sua vigilância, protecção,
educação e bem-estar; 2) a parentalidade envolve o que é sentido, experimentado e vivido
pelos cuidadores; 3) o exercício da mesma é referente a tarefas familiares de cuidado,
educação e socialização, mas, também, a interacções e relações entre cuidadores e a
criança.

Entendemos que para a parentalidade funcionar como tal, ela precisa se firmar na
sociedade com base nos três eixos apresentados para que consiga também cumprir com as
actividades exigida pelo processo de desenvolvimento da criança sobre os seus cuidados.

9
1.4 INFLUÊNCIA DA PARENTALIDADE NO PROCESSO DE ENSINO
E APRENDIZAGEM
Falar sobre a influência da parentalidade no processo de ensino e aprendizagem é como
despertar o interesse das famílias sobre as suas próprias responsabilidades em relação ao
processo de aprendizagem escolar dos seus educandos e fazê-los entender que uma das formas
de estimular o interesse do aluno pela escola é a participação e o interesse da família pela vida
escolar do aluno. Quando a família valoriza os estudos estimula o interesse e a vontade na
criança em aprender.

Ainda Segundo Soares (2016, p.7), “quando os pais acompanham a criança em todo o
seu processo de desenvolvimento educacional, está se sente valorizada e importante na vida
de seus pais. Tais sentimentos somente contribuem para o seu aprendizado”.

Entende-se que a influência da parentalidade começa quando esta desempenha o seu


papel de participação do processo de ensino e aprendizagem do seu filho, e quando assim
acontece, a família está apenas comprovando a importância que o filho tem em sua vida, isto
pode contribuir para o alcance de bons resultados, porque ao se sentir valorizada a criança fica
mais confiante no processo de aquisição da aprendizagem.

De acordo com Picanço (2012, p.45), “o envolvimento dos pais com a escola deve
favorecer a reflexão de diferentes aspectos pedagógicos e psicológicos dos seus filhos, com
vista a melhorar, de modo efectivo, o seu desempenho escolar”. Por isso, a família pode
influenciar sobre o sucesso escolar do seu educando de diferentes formas e uma delas é como
se pode constatar no exposto, visto que, o interesse dos pais no que seus filhos produziram,
aprenderam, faz com que eles se sintam valorizados em relação ao que fizeram, estimulando
desta feita o interesse do aluno pela escola.

Nesta óptica, Montandon e Perrenoud (2001, p.105) “a participação dos pais na


escolaridade dos filhos não está directamente ligada aos recursos socioeconómicos nem
mesmo à condição social das famílias, mas que estará dependente das suas atitudes perante a
situação”.

Compreendemos que, para este autor, a responsabilidade da família em participar do


sucesso escolar dos filhos não está somente relacionada aos factores económicos e sociais das
famílias, mas das atitudes dos próprios pais face ao processo de escolaridade dos filhos.
10
1.4.1 O sucesso escolar dos alunos

As famílias são os primeiros modelos de influência social e educativa das crianças, por
isso, a sua participação no processo de aprendizagem da criança tem muita influência sobre o
seu rendimento escolar, ou seja, sobre o seu sucesso escolar.

Na visão de López (2021, p.22) “a família deve estar participando da vida dos filhos
fundamentalmente nos anos primários da escolarização, pois é quando os valores começam a
ser confirmados na atmosfera familiar”. Isso demonstra que a família tem o seu papel sobre o
sucesso escolar dos filhos desde muto cedo, pois o primeiro ano de escolaridade é como a
demonstração dos valores que a família tem sobre o aprendizado seu filho. Por isso, torna-se
de forte importância compreender o fenómeno de envolvimento dos pais na escolaridade dos
filhos, na medida em que este se prende com a promoção de uma aprendizagem mais
optimizada e eficaz possível, o que exige que os contextos em que as crianças participam
partilhem os mesmos valores e as mesmas exigências de trabalho

De acordo com Witter (2011, p.42), “a família é o componente essencial para o


desenvolvimento da aprendizagem, oferecendo o alicerce estrutural fundamental e rígido
para a formação de preceitos, do crescimento emocional, social e da expressão oral”.

Sendo a família a base para o desenvolvimento da aprendizagem da criança, torna-se


importante ressaltar que a sua participação no processo de ensino e aprendizagem do seu
filho, serve de motivação para que a criança tenha resultados positivos no processo educativo,
pelo facto desta sentir-se protegida e amparada pelos seus pais.

Varani e Silva (2010, p.28), ressaltam que “a ausência da família na vida escolar dos
filhos é um dos factores que levam ao baixo desempenho escolar. Existem outros factores que
também influenciam no desempenho escolar das crianças, tais como o factor económico, o
político, o social e o cultural”.

Estes autores demonstram que as consequências do não acompanhamento dos pais não
estão somente em torno dos factores como económico, social, cultural e político, mas sim, na
ausência dos pais no processo de ensino-aprendizagem dos filhos, sendo uma das principais
repercussões o baixam desempenho escolar por parte dos filhos.

11
1.4.2 Motivação do aluno para revisar as matérias

A família é desde muito tempo o núcleo fundamental para o desenvolvimento


harmonioso das crianças e nenhuma instituição social seria capaz de substituir a tarefa que a
família desempenha na vida sócio-emocional na vida das crianças, por isso, a família e as suas
condições de vida são grandes influências para a motivação das aprendizagem e sucesso
escolar das crianças.

Beleboni (2001, p. 21) ressalta que “o ambiente doméstico exerce um importante papel
para determinar se qualquer criança aprende bem ou mal. As crianças que recebem um
incentivo carinhoso durante toda a vida tendem a ter atitudes positivas, tanto sobre a
aprendizagem quanto sobre si mesmas”.

Porque a forma como a família lida com a criança na sua convivência influencia no
desenvolvimento da estrutura cognitiva do seu educando, pois um dos estímulos mais
importante que as crianças muito esperam dos seus pais é a reciprocidade do afecto que elas
têm pelos seus pais e quando conseguem enxergar essa reciprocidade, elas buscam e
encontram modos de contornar as dificuldades, mesmo quando são bastante graves.

Prado (1981, p. 57), afirma que a “família influencia positivamente no desempenho


escolar dos filhos quando transmite afectividade, apoio e solidariedade e negativamente
quando impõe normas através de Leis, dos usos e dos costumes”.

Este autor vem mostrar a importância de se transmitir o afecto e dar apoio


incondicionais as crianças com mínimo de regras ou normas sociais que poderão nortear os
seus comportamentos, de modo que, possa também influenciar positivamente na forma de
aprendizagem escolar.

Na visão de Marques (2001, p. 42), as crianças de que os seus pais se envolvem na


escola e na educação, “têm vantagens em relação às restantes, pois as famílias podem,
através da maior proximidade com os professores e com a escola, aumentar as suas
expectativas em relação ao sucesso escolar dos seus filhos”. Infere-se que os encarregados de
educação influenciam significativamente na motivação dos seus educandos quando participam
no seu processo de aprendizagem e esta participação fortifica à vontade, o interesse ou a
motivação de aprender.
12
1.5 PRÁTICAS PARENTAIS
Ao nosso entender, as práticas parentais podem ser relativas a comportamentos com
objectivos específicos de socialização, através dos quais os cuidadores expressam e fazem
cumprir os seus deveres parentais.

De acordo com Alvarenga (2001, p.74), “as práticas educativas reportam-se aos
comportamentos adoptados pelos educadores que reforçam ou inibem determinados
comportamentos das crianças ou adolescentes”. Infere-se que as práticas parentais têm
grandes relevâncias no reforço ou inibição do comportamento das crianças, tais como.

Cecconello e Koller (2003, P.78) procuraram demonstrar as diferenças entre práticas


parentais e os estilos parentais, descrevendo as características inerentes a cada um deles.

As práticas parentais referem-se às estratégias que os pais utilizam para obter resultados
específicos nas áreas académicas, social e afectiva. No que se refere ao estilo parental,
este engloba uma observação mais global do ideal de educação dos pais e indica o clima
emocional da relação pai-filho, que pode exibir afectividade, responsividade e o controlo
(monotorização/acompanhamento do comportamento dos filhos).

Com base no exposto, estas estratégias são todos os comportamentos adoptados pelos
pais, para que o objectivo desejado seja alcançado. Aqui, estão incluídas as recompensas, as
punições ou mesmo o uso da comunicação para explicitar as decisões ou situações.

Hoffman (1975, p.42) definiu que as práticas educativas estavam divididas em técnicas
coercivas e técnicas indutivas. As primeiras, denominadas de

Técnicas coercivas, relacionam-se com os comportamentos que procuram forçar a


criança/adolescente a fazer aquilo que é determinado pelo adulto, utilizando estratégias de
ameaça, punição física, privação de bens ou de afecto e castigos; A técnica indutiva, por
outo lado, refere-se às situações em que os pais utilizam o diálogo como meio de
explicação. Parte-se da premissa de que a exposição das regras e das consequências
facilita a obtenção do comportamento desejado por parte do filho, o que vai permitir à
criança adquirir um sistema de valores e autorregular o seu comportamento.

A pressão é exercida com o objectivo de forçar a criança/adolescente a fazer aquilo que


é desejado pelo pai ou pela mãe. Existe o risco de estas estratégias gerarem na criança fortes
sentimentos de medo, hostilidade e ansiedade, o que não contribui para o desenvolvimento
cognitivo da criança. Em suma, as práticas parentais são estratégias e os estilos parentais são o
envolvimento e atitudes globais entre os cuidadores e a criança

13
1.6 ESTILOS PARENTAIS

A realidade sobre os estilos parentais é baseada nas atitudes dos próprios pais, ou seja,
naquilo que os pais se mostram ser na presença das crianças, por isso, trata-se de um conjunto
de atitudes que são comunicadas à criança e que, reunidas, criam um clima emocional onde as
mesmas atuam de determinadas formas.

De acordo com Darling e Steinberg (1993, p.47), “os estilos parentais são expressos,
em parte, pelas práticas parentais em si, uma vez que representam comportamentos que
permitem à criança compreender emocionalmente os seus cuidadores”. Assim sendo, o estilo
parental pode ser caracterizado como as diferentes formas que os encarregados de educação
transmitem nas crianças às regras de convivências de acordo com o seu meio social. Esta
forma de transmitir, ou seja, passar o conhecimento nas crianças tem grandes relevâncias, não
somente no desenvolvimento social da criança, mas inclusive no seu emocional.

Na perspectiva de Cardoso e Veríssimo (2013, p.57), “as crianças apresentam reacções


diferentes a padrões de cuidados, consoante as suas características individuais. As crianças
mais difíceis são mais susceptíveis à qualidade e tipo de cuidados parentais, sendo os efeitos
fortemente observáveis no seu desenvolvimento”. Logo, acredita-se que através das diferentes
formas de as crianças se comportarem no ambiente escolar, é possível compreender quais as
práticas educativas exercidas pelos cuidadores. Pois as crianças acabam reproduzindo o
comportamento aprendido no seu meio social.

É neste caso em que, Baumrind (1966, p. 41), afirma que “foi pioneira na possibilidade
de identificação de padrões parentais, com base nas escolhas e atitudes dos cuidadores,
tendo definido três estilos parentais distintos: o estilo autoritário, o estilo permissivo e o
estilo autoritativo”.

Entendemos que foi necessária uma abordagem categorial dos comportamentos dos
encarregados de educação para definir os estilos parentais, argumentando que um
determinado aspecto do comportamento parental é sempre dependente da configuração dos
restantes aspectos. Em função disso chegou-se a definição de três estilos parentais, mas anos
depois, descobriu-se uns outros estilos parentais que serão todos abordados nos próximos
parágrafos do nosso trabalho.

14
1.6.1 Estilo parental autoritário

A educação é tida como o controlo comportamental da criança, segundo um padrão


absoluto e inalterável, com obediência e favorecem a punição. O padrão é um sistema de
regras e normas, que acarreta punições se estas não forem cumpridas, sendo os valores mais
significativos para este tipo de cuidadores o respeito pela autoridade, trabalho, tradição e
preservação da ordem das coisas.

Segundo Cardoso e Veríssimo (2013, p.26), “um estilo autoritário pode promover nas
crianças, níveis mais reduzidos de autoconceito, tornando-as mais apreensivas e receosas,
bem como mais inseguras, agressivas, dependentes, introvertidas e com maior dificuldade no
controlo das suas emoções”.

Entendemos que este estilo parental se representa como um dos estilos rígidos para a
educação das crianças em casa e por meio deste estilo de educação as crianças aprendem a
desenvolver o autoconceito de forma muito diminuta em relação aos das outras crianças, por
isso, muitas crianças provenientes do ambiente de educação autoritária tendem a apresentar
comportamentos de agressividade.

“Os pais com estilo autoritário demonstram níveis reduzidos de afectividade e elevados
níveis de controlo e restritividade. Exercem, sobre a criança, um controlo psicológico rígido,
desencorajando a sua independência e individualidade, bem como as trocas verbais e
interactivas entre elementos da família”. (Magalhães e Teixeira, 2012, p.57)

No entanto, podem considerar-se como características deste estilo parental as exigências


excessivas, a supressão de qualquer conflito, a negação de ajuda, a monopolização do poder
de decisão e a valorização excessiva de regras e normas.

De acordo com Paula (2012, p.39), refere-se “que estas crianças podem apresentar
também uma maior probabilidade para comportamentos de externalização e delinquência,
bem como níveis reduzidos de responsabilidade social”. Infere-se que a associações entre este
estilo parental e as competências académicas e a adaptação escolar da criança apresentam
limitações no estabelecimento de relações sociais pela criança. Verifica-se, ainda, uma relação
entre o estilo parental autoritário e a percepção, por parte da criança, de uma dinâmica
familiar negativa, que pode levar a futuros estados depressivos, enquanto adultos.

15
1.6.2 Estilo parental permissivo

Os cuidadores permissivos não impõem regulação rígida e caracterizam-se por condutas


pouco exigentes e muito afectuosas. Este tipo de cuidadores prefere que a criança se
autorregule e representam, na perspectiva da criança, um recurso para alcançar desejos e não
um modelo a seguir.

Segundo Alvarenga (2001, p.64), os cuidadores com este estilo de comportamento


parental evitam exercer controlo e não encorajam a obediência a padrões externos. Para
obterem o cumprimento de determinados objectivos, tentam obter a cooperação da criança,
recorrendo à explicação e manipulação, mas nunca demonstrando claramente o poder que
detêm.

Para Magalhães e Teixeira (2012, p.41), “estes cuidadores não representam um agente
activo na alteração de comportamentos da criança. A sua fraca interferência, aquando de um
comportamento desadequado da criança, tende a funcionar como reforço positivo para esse
mesmo comportamento”

Em síntese, as principais características deste estilo parental são a ausência de normas e


regras, a elevada tolerância e aceitação de todos os impulsos da criança, a ajuda excessiva em
situações diárias, que leva a criança a sentir-se muito dependente e superprotegida, a pouca
estimulação da criança e os baixos níveis de exigência.

Para Cardoso e Veríssimo (2013), “este tipo de cuidador, embora não faça o uso
correto do poder que tem, pode tornar-se violento, quando perde totalmente o controlo das
situações. Quer este tipo de cuidador, quer os cuidadores de tipo autoritário, exigem pouco
ao nível da maturidade e comunicam de modo ineficaz”.

No que se refere ao impacto na criança, este estilo permissivo associa-se a um


desenvolvimento académico e social limitado, nomeadamente no que diz respeito à
assertividade e responsabilidade social; apresenta maiores dificuldades na autonomia e na
regulação das suas emoções, baixos níveis de autocontrolo, autoconfiança, auto-estima e de
realização, pouca persistência, imaturidade, dependência, impulsividade e agressividade, bem
como maior frequência de comportamentos disruptivos.

16
1.6.3 Estilo parental autoritativo

Neste tipo de estilo parental, os cuidadores, ou seja, a família exerce disciplina


moderada, com aplicação e esclarecimento de normas e de limites, mas com estímulos à
autonomia e a uma comunicação eficaz, optimista e positiva face à situação e maturidade da
criança, favorecendo a internalização de normas parentais.

Na perspectiva de Verani e Silva (2010, p.74), “o estilo autoritativo é o que permite à


criança um desenvolvimento com melhores níveis de ajustamento psicológico e
comportamental e maior competência e confiança”. Infere-se que os filhos de cuidadores
autoritativos apresentam maior probabilidade de um melhor desempenho académico, maior
competência e capacidade social, bem como menores problemas de internalização e
externalização.

Apontam-se como principais características dos cuidadores autoritativos, de acordo


com Magalhães e Teixeira (2012, p.47), “a exigência de regras e a cedência de autonomia a
níveis intermédios, a estimulação para a comunicação, o uso de poder para o chamar da
atenção da criança e não para punir e a responsividade”.

Percebe-se que estes cuidadores estabelecem fronteiras claras, nos vários domínios em
que podem conceder autonomia. Os cuidadores autoritativos tendem a exercer um controlo
firme, de modo racional e valorizam tanto a obediência como a autonomia. Este tipo de
cuidadores incentiva a partilha de ideias e, quando é desobedecida uma ordem, solicitam que
a criança explique a razão do seu inconformismo.

Para Paula (2012, p.61), este cuidado “no género feminino se revela como mais
independente, intencional, dominador e orientado para a realização. Já no género masculino,
revela-se como socialmente mais maduro, altruísta e responsável, demonstrando atitudes
mais amigáveis e cooperantes para com pares e adultos”.

Deste modo, parece ser o estilo parental autoritativo, o estilo que promove resultados
mais positivos no desenvolvimento das crianças, as quais tendem a apresentar menores
problemas comportamentais e melhores competências académicas. Por isso, os cuidadores
autoritativos imprimem à criança um desenvolvimento mais adequado, equilibrado e
harmonioso.
17
1.6.4 Estilo parental negligente

Este é um dos estilos parentais que foi desenvolvido mais tarde em relação aos outros já
debruçados, mas nos estudos para o seu desenvolvimento, as pesquisas mostram que os seus
resultados não muito abonatório quanto aos métodos de tratamento das crianças.

De acordo com Paula (2012, p.91), “este estilo parental surgiu a partir de uma
ramificação do estilo permissivo, distinguindo-se ambos pelo grau de sensibilização para
com as necessidades gerais da criança”.

Neste caso, os cuidadores que desenvolvem este estilo parental não exigem qualquer
responsabilidade às crianças, nem encorajam a sua independência ou demonstram empatia e
preocupação com a mesma. São cuidadores frios e inacessíveis, centrados em si próprios e
não estimulam ou criam laços afectivos com a criança, castigando-a quando esta interfere com
a sua comodidade.

Segundo Cardoso e Veríssimo (2013, p.73), as crianças que vêm de uma educação com
estilo parental negligente “tendem a ser tristes, inseguras e desorientadas, com fraca auto-
estima e sem noção do seu valor próprio. Pode também levar a atitudes hostis,
comportamentos disruptivos, depressão e indiferença emocional ou total dependência”.

Observando o exposto, pode-se acrescentar que estas associações entre as


consequências de uma parentalidade negligente, na criança, foram reconhecidas de forma
universal, independentemente da cultura, etnia ou estatuto económico da família. Mas em
relação ao que se pode constatar na citação é que os cuidadores que se identificam com este
estilo de educação tendem desenvolver na criança os sentimentos de derrota, como a
insegurança e fraca auto-estima.

Nesta ordem de ideia, Soares (2010, p.36), aponta a “contribuição dos estilos parentais,
como a segurança de vinculação com figuras representativas, principalmente em crianças
entre os dois e os seis anos de idade”. De facto, a segurança das relações de vinculação está
geralmente associada a uma parentalidade responsiva e sensível. Portanto, os cuidadores que
aplicam o estilo parental negligente devem primar mais pela vinculação da segurança da
criança para que esta consiga se sentir confortada, inicialmente no seu lar e posteriormente
levar a sua tranquilidade para os diferentes meios onde estiver inserida.

18
1.7 ESTILOS PARENTAIS E SUA INFLUÊNCIA NO PROCESSO DE
ENSINO E APRENDIZAGEM

Os estilos parentais são os diferentes comportamentos, ou seja, as formas de se proceder


dos cuidadores que são as famílias diante das crianças, mas na maioria das vezes, estas
diferentes formas de se proceder têm estado associada as suas situações sociais, económicos e
culturais, porque cada família é uma família e estes procedimentos têm influência
significativas sobre o processo de ensino e aprendizagem das crianças.

Foi com base nos argumentos referenciados que, em 1993, Darling e Steinberg apud
Witter (2011, p.74) sugeriram que:

Para compreender de que forma os estilos parentais influenciam o desenvolvimento da


criança, devem ser identificados três aspectos distintos da parentalidade: qual o clima
emocional ou o estilo parental onde ocorre a socialização; os objectivos da socialização e
as práticas educativas que os pais usam para que as crianças atinjam as metas propostas.

Deste modo, propõem que o estilo parental seja interpretado como o contexto que
modera o efeito das práticas parentais na criança.

Para Parolin (2008, p.37), faz um enquadramento do estilo parental autoritativo,


afirmando que, “ccuidadores com expectativas adequadas face às capacidades da criança e
às fases do seu desenvolvimento, conseguem de modo geral, adaptar as suas acções e
esforços, para dar resposta às necessidades da mesma”.

Segundo estes autores, a crença dos cuidadores de que conseguem influenciar a formação e
desenvolvimento da criança, permite-lhes desenvolver expectativas maiores e mais adequadas
face às suas próprias capacidades, e às da criança, envolvendo-se mais nesta relação.

Ainda em relação às expectativas Lópes (2021, p.57), diz que “dos cuidadores,
Expectativas mais elevadas encontram-se relacionadas com maiores probabilidades da
criança se manter interessada no seu percurso educativo e de um desenvolvimento adequado
em várias áreas da sua vida”. É de notar, no entanto, que baixas expectativas por parte dos
cuidadores podem não implicar e reflectir, na totalidade, as habilidades e desenvolvimento da
criança.

19
1.7.1 Papel da parentalidade no processo de ensino e aprendizagem

A família constitui o alicerce fundamental do desenvolvimento da criança e da


promoção de um futuro com sucesso. Nesta conjuntura, o papel da parentalidade praticada
assume extrema importância na garantia de experiências de vida estimulantes e adequadas que
promovam o desenvolvimento holístico da criança e o seu bem-estar.

Segundo Alvarenga (2001, p.47), “o papel da parentalidade é visto pelo adulto com
duplo sentido. Se, por um lado, é um dos papéis mais satisfatórios de desempenhar é, por
outro, um dos seus maiores desafios, devido às exigências intelectuais, emocionais e físicas,
tanto para pais como para mães”. Infere-se que o papel da parentalidade vai muito além de só
cuidar da saúde da criança, pois nela estão envolvidos a educação intelectual, emocional e
saber lidar com as adversidades do seu crescimento, assim como acompanhar o seu processo
de ensino e aprendizagem.

De acordo com Picanço (2012, p.24), o papel da parentalidade no processo de ensino e


aprendizagem se descreve da seguinte forma:

Falar sempre bem da escola para criar nele uma expectativa positiva em relação aos
estudos; Na volta, procurar saber como foi o dia dele, o que aprendeu e como se
relacionou com todos; Conhecer o professor e conversar com ele sobre a criança e o
trabalho dela na escola; Criar o hábito de observar os materiais escolares; Ajuda-lo nas
lições de casa, mas sem concluir as respostas; Ter livros em casa, principalmente do
interesse do aluno; Reservar um lugar tranquilo para os estudos.

Com base no exposto, o papel da parentalidade está relacionado ao falar sempre bem da
escola da criança, principalmente quando for na frente da criança. Este deve ainda conhecer a
o professor do seu educando e se relacionar com ele da melhor maneira possível.

O papel da família na formação e nas aprendizagens das crianças e jovens é ímpar.


Nenhuma escola por melhor que seja, consegue substi tuir a família. Por outro lado,
destaco também que a função de escola na vida da cr iança é igualmente ímpar. Mesmo
que as famílias se esmerem em serem educad oras, o aspecto socializador do
conhecimento e das relações não é adequadamente contemplado em ambientes
domésticos. (Parolin, 2008, p.1)

Nesse sentido Parolin expõe que a família não substitui a escola, e nem o contrário,
atribuindo a cada uma a sua devida importância para o desenvolvimento potencial de cada
criança. Portanto, quanto mais próxima a relação entre escola e família, maior confiança será
repassada para a criança.

20
1.8 PARENTALIDADE POSITIVA

Falar da parentalidade positiva é como descrever as responsabilidades dos cuidadores


sobre suas crianças, o que pode ser entendido como os diferentes comportamentos parentais
produzidos com base nas necessidades de direcção da criança.

Segundo Lopes (2021, p.32), “a parentalidade positiva é fundamental em todas as


idades, mas principalmente nos primeiros anos de vida, em que a criança se encontra em
processo de estruturação e construção da sua auto-estima e autoconfiança, que facilite o seu
desenvolvimento global”.

Nesta senda, entendemos que durantes os primeiros anos de vida das crianças, o
cérebro dispõe de um significativo potencial para aprendizagem e apreensão de informação,
sendo este o período privilegiado para os cuidadores optimizarem o desenvolvimento integral
da criança.

Por isso, Pereira e Alarcão (2014), dizem que “a parentalidade positiva tem como
princípios fundamentais, o reconhecimento da criança e dos cuidadores como titulares de
direitos e sujeitos a obrigações, ambos parceiros no desenvolvimento infantil”. Logo, o
companheirismo que um adulto exerce sobre uma criança tem grandes impactos na vida da
criança e naquilo que esta virá a ser na sociedade, sendo além de cuidados de saúde e
alimentar está também presente o factor educação.

De acordo com Paula (2012, p.64), uma parentalidade positiva é benéfica para ambas as
partes:

As obrigações parentais, isto é, comportamentos e acções não negociáveis de


recomendações parentais, tais como tentar não gritar ou ser tão consistente quanto
possível, características vistas como quase inalcançáveis. Ou seja, mesmo que os
pais não consigam uma performance ideal, o insucesso não é visto como um
problema em si, desde que haja investimento na procura de soluções para o
mitigar.

Com base nestes conceitos, o exercício da parentalidade positiva envolve mudança,


ajustamento e aprendizagem de competências necessárias à tomada de decisão parental,
perante a compreensão e gestão do comportamento das crianças, permitindo aos pais uma
progressiva confiança na sua própria parentalidade.

21
CAPÍTULO II. OPÇÕES METODOLÓGICAS DO ESTUDO

2.1. MODO DE INVESTIGAÇÃO

22
Os procedimentos metodológicos desta pesquisa se caracterizaram pelo método de
estudo exploratório descritivo que de acordo com Gil (1999, p. 43) “busca descrever as
características, propriedades ou factos de determinada população ou fenómenos; estabelecer
relações entre variáveis ou analisar os factos”. Mas, para serem alcançados os objectivos
traçados nesta pesquisa foi também necessário a abordagem quantitativa que de acordo com
Vaz-Freixo (2011, p.144) “constitui um processo sistemático de colheita de dados
observáveis e quantificáveis”.

2.2. HIPÓTESES DO ESTUDO


Para Freixo (2011, p. 165) “hipótese é uma sugestão de resposta para o problema,
devendo apresentar um conjunto de características de que falaremos mais adiante, mas
assumirá a condição de uma predição e consistirá numa (ou mais) resposta plausível para o
problema e que orientará a investigação”. Temos como hipóteses do estudo as seguintes
afirmações:

H0- A parentalidade no processo de ensino e aprendizagem não influência no


comprometimento do aluno com a sua aprendizagem no Complexo Escolar nº 5080 no
município de Viana;

H1-A parentalidade no processo de ensino e aprendizagem influência no sucesso escolar


dos alunos do Complexo Escolar nº 5080 no município de Viana;

2.3. VARIÁVEIS DO ESTUDO


Freixo (2011, p. 174) define a “variável como qualquer característica da realidade que
pode tomar dois ou mais valores mutuamente exclusivos. Refere-se ainda a qualquer
característica que numa experiencia é manipulada, medida ou controlada”. Para o presente
trabalho, temos as seguintes variáveis do estudo:

2.3.1. Variáveis sociodemográficas


 Género
 Idade
 Nível de escolaridade
 Tempo de serviço

2.3.2. Variáveis independentes

23
Freixo (2011, p. 174) afirma que é a “variável que a sua experiencia é especificamente
manipulada pelo experimentador de modo a que os seus efeitos sejam observados na variável
dependente”. Para o presente estudo seleccionamos as seguintes variáveis independentes:
 Resolução de tarefas para a casa
 Motivação do aluno para revisar as matérias

2.3.3. Variáveis dependentes

Para Freixo (2011, p. 174), “a variável dependente é a variável cujos valores são em
princípio o resultado de variações de uma ou mais variáveis independentes e respectivas
condições, ou seja, resposta que reflecte os efeitos das variáveis independentes
manipuladas”. As variáveis dependentes para o presente estudo são:
 A parentalidade e sua influência no processo de ensino e aprendizagem.

2.4. OBJECTO DE ESTUDO


Para o nosso trabalho, temos como objecto de estudo a parentalidade e sua influência no
processo de ensino e aprendizagem dos alunos do Complexo Escolar nº 5080 no município de
Viana.

2.3.1. População

De acordo com Prodanov e Freitas (2013, p.98), “População (ou universo da pesquisa)
é a totalidade de indivíduos que possuem as mesmas características definidas para um
determinado estudo”. Assim sendo, á nossa população em estudo foi composta pelos
professores Complexo Escolar nº 5080 no município de Viana.

2.3.2. Amostra

O nosso universo é constituído por 22 professores, dos quais extraímos 20 professores


de ambos os géneros para constituir a nossa amostra. A selecção destes professores foi de
forma probabilística aleatória simples, onde através do qual, todos os professores
apresentaram as mesmas probabilidades de fazerem parte do nosso tamanho amostral.

2.5. INSTRUMENTO DE INVESTIGAÇÃO

24
Para o presente estudo, utilizámos como instrumento de investigação um questionário
com perguntas fechadas, que por sinal cumprem os objectivos estabelecidos no presente
estudos que nos permitiu obter dados sobre a parentalidade e sua influência no processo de
ensino e aprendizagem junto dos professores do Complexo Escolar nº 5080 no município de
Viana.

2.6. PROCESSAMENTO E TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO


De forma a alcançar os objectivos do presente estudo e apresentar os resultados de
forma clara, as informações recolhidas foram processadas a partir do programa informático,
como Microsoft Office Word 2016, onde na qual se fez o uso de quadros em frequências e
percentagens.

25
CAPÍTULO III. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE CRÍTICA DOS
RESULTADOS

Quadro nº1 Distribuição da amostra segundo o género dos professores


Género dos professores Frequência Percentagem

26
Masculino 24 60%
Feminino 16 40%
Total 40 100%
Fonte: autora (2024)

Gráfico nº1 Distribuição da amostra segundo o género dos professores

Fonte: autora (2024)

Nestes dados, verificou-se que 60% dos indivíduos que responderam ao nosso inquérito
correspondem ao género masculino e 40% dos outros indivíduos correspondem ao género
feminino

Quadro nº 2 Distribuição da amostra segundo a idade dos professores


Idade dos professores Frequência Percentagem
30 – 35 anos 8 20%

27
36 – 45 anos 20 50%
Mais de 45 anos 12 30%
Total 40 100%
Fonte: autora (2024)

Gráfico nº 2 Distribuição da amostra segundo a idade dos professores

Fonte: autora (2024)

No que concerne a idade dos nossos inquiridos, o estudo revelou que 50% estão entre 36
e os 45 anos de idade, 30% estão com mais de 45 anos de idade enquanto 20% dos outros
inquiridos estão entre os 30 e os 35 anos de idade.

Quadro nº 3 Distribuição da amostra segundo o nível de escolaridade dos professores


Nível de escolaridade dos professores Frequência Percentagem
Ensino médio 12 30%
Ensino superior 28 70%
28
Mestrado 0 0%
Total 40 100%
Fonte: autora (2024)

Gráfico nº3: Distribuição da amostra segundo o nível de escolaridade dos professores

Fonte: autora (2024)

Em relação ao nível de escolaridade dos professores, o nosso estudo demonstrou que


70% dos professores têm o ensino superior e 30% dos outros professores têm o ensino médio.

Quadro nº 4 Distribuição da amostra segundo o tempo de serviço dos professores


Tempo de serviço dos professores Frequência Percentagem
0 – 5 anos 4 10%
6 – 10 anos 12 30%
29
Mais de 10 anos 24 60%
Total 40 100%
Fonte: autora (2024)

Gráfico nº4 Distribuição da amostra segundo o tempo de serviço dos professores

Fonte: autora (2024)

Quanto ao tempo de serviços dos nossos inquiridos, constatamos que a maioria


correspondente a 60% dos professores têm mais de 10 anos de serviços na educação, 30% dos
professores têm entre os 6 e os 10 anos de serviços e somente 10% dos nossos inquiridos têm
entre 0 e os 5 anos de serviços na educação.

Quadro nº 5 Distribuição da amostra segundo a influencia da parentalidade no processo de


ensino e aprendizagem dos alunos.
Itens de resposta Frequência Percentagem
O sucesso escolar dos alunos 12 30%

30
Resolução de tarefas para a casa 8 20%
Motivação do aluno para revisar as matérias 4 10%
Comprometimento do aluno com a aprendizagem 16 40%
Total 40 100%
Fonte: autora (2024)

Gráfico nº5 Distribuição da amostra segundo a influência da parentalidade no processo de


ensino e aprendizagem dos alunos.

Fonte: autora (2024)

Os dados do quadro e seu gráfico demonstram que 40% dos professores responderam
que a parentalidade influencia no comprometimento do aluno com a aprendizagem, 30%
disseram influência no sucesso escolar dos alunos, 20% responderam influência na resolução
de tarefas para a casa e apenas 10% dos professores afirmaram que a parentalidade influencia
na motivação do aluno para revisar as matérias.

Quadro nº 6 Distribuição da amostra segundo a influencia da parentalidade no processo de


ensino e aprendizagem dos alunos no Complexo Escolar 5080 do município de Viana.
Itens de resposta Frequência Percentagem
Insatisfatória 4 10%
31
Razoável 12 30%
Satisfatória 16 40%
Muito satisfatória 8 20%
Total 40 100%
Fonte: autora (2024)

Gráfico nº6 Distribuição da amostra segundo a influência da parentalidade dos alunos no


Complexo Escolar 5080 do município de Viana.

Fonte: autora (2024)

Nestes dados, procuramos saber dos professores, como consideram a influência da


parentalidade no processo de ensino e aprendizagem dos seus alunos. Logo, 40% dos
professores consideraram satisfatório, 30% consideraram razoável, 20% consideraram muito
satisfatório e apenas 10% dos professores consideraram insatisfatório.

Quadro nº 7 Distribuição da amostra segundo a influencia dos estilos educativos na


aprendizagem dos alunos.
Itens de resposta Frequência Percentagem
Sim 40 100%
Não 0 0%
Total 40 100%
Fonte: autora (2024)
32
Gráfico nº7 Distribuição da amostra segundo a influencia dos estilos educativos na
aprendizagem dos alunos.

Fonte: autora (2024)

Nestes dados, observou-se que todos os professores, ou seja, 100% dos professores
inquiridos afirmaram que os diferentes estilos ou formas de educação que os alunos trazem de
casa podem ter influência sobre o seu processo de ensino e aprendizagem.

Quadro nº8 Distribuição da amostra segundo os estilos parentais com maior impacto no
processo de ensino e aprendizagem dos alunos.
Itens de resposta Frequência Percentagem
Estilo parental autoritário 20 50%
Estilo parental negligente 6 15%
Estilo parental permissivo 4 10%
Estilo parental autoritativo 10 25%
Total 40 100%
33
Fonte: autora (2024)

Gráfico nº8 Distribuição da amostra segundo os estilos parentais com maior impacto no
processo de ensino e aprendizagem dos alunos.

Fonte: autora (2024)

Os dados do quadro e seu gráfico demonstraram que 50% dos professores afirmaram ser
o estilo parental autoritário, 25% afirmaram ser o estilo parental autoritativo, 15% disseram
ser o estilo parental negligente enquanto 10% dos professores afirmaram ser o estilo parental
permissivo.

Quadro nº9 Distribuição da amostra segundo o papel da parentalidade no processo de ensino e


aprendizagem dos alunos.
Itens de resposta Frequência Percentagem
Ser mais prestativo na educação do educando 16 40%
Acompanhar a aprendizagem escolar do educando 14 35%
Frequentar com regularidade a escola do seu educando 4 10%
Participar das actividades realizadas na escola do educando 0 0%
Comunicar-se abertamente com o professor do seu educando 6 15%
34
Total 40 100%
Fonte: autora (2024)

Gráfico nº9 Distribuição da amostra segundo o papel da parentalidade no processo de ensino e


aprendizagem dos alunos.

Fonte: autora (2024)

De acordo com o quadro e o seu gráfico, 40% dos professores inquiridos responderam
ser mais prestativo na educação do educando, 35% dos inquiridos disseram acompanhar a
aprendizagem escolar do educando, 15% afirmaram comunicar-se abertamente com o
professor do seu educando e 10% dos outros professores responderam frequentar com
regularidade a escola do seu educando.

Quadro nº10: Distribuição da amostra segundo os mecanismos psicopedagógicos usados para


reforçar a influencia da parentalidade no processo de ensino e aprendizagem.
Itens de resposta Frequência Percentagem
Cria associação dos encarregados de educação 20 50%
Realiza reuniões com os encarregados de educação 16 40%
Realiza actividades extra-curriculares que envolvem os pais 4 10%
A escola não tem feito nada a respeito 0 0%
Total 40 100%
Fonte: autora (2024)
35
Gráfico nº10: Distribuição da amostra segundo os mecanismos psicopedagógicos usados para
reforçar a influencia da parentalidade no processo de ensino e aprendizagem.

Fonte: autora (2024)

De acordo com os dados nosso inquérito, 50% dos professores afirmaram que a escola
cria associação dos encarregados de educação, 40% disseram que a escola realiza reuniões
com os encarregados de educação enquanto 10%a dos outros professores responderam que a
escola realiza actividades extra-curriculares que envolvem os pais.

DISCUSSÃO DOS RESULTADOS


O presente estudo foi realizado no Complexo Escolar nº 5080 que se encontra no
município de Viana, onde foram inquiridos 40 professores de ambos os géneros para abordar
a temática sobre a parentalidade e sua influência no processo de ensino e aprendizagem. E
constatamos que em relação ao género dos professores, 60% correspondem ao género
masculino e 40% ao género feminino, ao passo que 50% dos professores estão entre os 36 e
os 45 anos de idade e 30% estão com mais de 45 anos de idade, sendo que 70% dos

36
professores têm o ensino superior e 30% o ensino médio, notando que a sua maioria,
correspondendo a 60% têm mais de 10 anos de serviço como professor.

Em relação à influencia da parentalidade no processo de ensino e aprendizagem dos


alunos, 40% dos professores afirmaram ter influencia sobre o comprometimento do aluno com
a sua aprendizagem, 30% disseram influencia no sucesso escolar dos alunos, 20% dos
professores responderam influencia na resolução de tarefas para a casa e 10% disse que tem
influencia sobre a motivação dos alunos para revisar as suas matérias, mas quando se
procurou saber dos professores como estes consideram a influencia da parentalidade no
processo de ensino e aprendizagem dos seus alunos, 40% dos professores consideraram
satisfatório e 20% consideraram muito satisfatório, por isso, 100% dos nossos inquiridos
disseram que os diferentes estilos ou formas de educação que os alunos trazem de casa para a
escola podem ter influencias significativas sobre o seu processo de ensino e aprendizagem,
por isso, 50% dos professores afirmaram que o estilo parental autoritário tem maior impacto
no processo de ensino e aprendizagem dos alunos enquanto 25% afirmaram ser o estilo
parental autoritativo.

Sobre o papel da parentalidade no processo de ensino e aprendizagem dos alunos, o


estudo demonstrou que 40% dos inquiridos afirmaram ser mais prestativo na educação do
aluno, 35% responderam acompanhar a aprendizagem escolar dos alunos e 10% disseram
frequentar com regularidade a escola do seu educando, enquanto 50% dos professores
afirmaram que, como mecanismos psicopedagógicos usados para reforçar a influencia da
parentalidade no processo de ensino e aprendizagem dos alunos, a escola cria associação dos
encarregados de educação e 40% disseram a escola realiza reuniões com os encarregados de
educação.

CONCLUSÃO

Depois da análise dos dados apresentados no nosso trabalho sobre a influência da


parentalidade no processo de ensino e aprendizagem dos alunos do Complexo Escolar nº 5080
no município de Viana, chegamos as seguintes conclusões:

A parentalidade é um processo baseado nas diferentes formas de educação das famílias


e este processo se constrói em função das relações e modificação do sistema social em que a
37
criança estiver inserida. Por isso, a influência da parentalidade no processo de ensino e
aprendizagem dos alunos começa a partir do momento que esta desempenha o seu papel de
participar do processo de aprendizagem do seu filho, tal como os resultados do nosso estudo
demonstraram que a parentalidade influencia no comprometimento do aluno com a
aprendizagem, no seu sucesso escolar, na resolução de tarefas para a casa e na motivação do
aluno para revisar as matérias.

Em relação aos estilos parentais, foi possível concluir que exercem grandes influências
na aprendizagem dos alunos, desde os mais assertivos ao menos assertivos. No geral, com
base nas opiniões dos professores, as práticas educativas parentais exercem influências
significativas no processo de aprendizagem dos alunos.

RECOMENDAÇÕES
Depois de uma breve análise dos dados apresentados sobre os resultados do nosso
estudo e as conclusões a que se chegou, decidimos recomendar o seguinte:

1. Que as famílias optem por uma educação com princípios morais, éticos e de irmandade;
2. A escola que exerça o seu papel na educação de valores e cidadania na formação do
homem novo;

38
3. Que hajas maior intervenção da escola nos aspectos comportamentais dos alunos e suas
famílias em prol da aprendizagem do processo de ensino e aprendizagem;
4. Exortar maior responsabilidade a sociedade e aos governos no sentido de tomar maior
atenção com as famílias.

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Witter, G. P. (2011). Família e aprendizagem. São Paulo: Ateliê Editorial

41
APÊNDICE

Campus Universitário de Viana


UNIVERSIDADE JEAN PIAGET
(Criado pelo decreto nº 44-A01 de 6 de Julho de 2001)
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Licenciando em Psicologia do Desenvolvimento e Educação

Questionário para os professores

Caro (a) professor (a), este questionário faz parte do trabalho de conclusão do curso de
Licenciatura em Psicologia na Universidade Jean Piaget e tem como objectivo de “conhecer o
a influência da parentalidade no processo de ensino e aprendizagem dos alunos do
42
Complexo Escolar nº 5080 no município de Viana”. Por favor, responda a todas as questões.
O questionário é anónimo e os dados são absolutamente confidenciais.

Iª Parte. Dados sociodemográficos


1. Género 2. Idade 3.Nível de escolaridade 4.Tempo de serviço
a) ___ Masculino a) ___ 30 – 35 anos a) ___ Ensino médio a) ___ 0 - 5 anos
b) ___ Feminino b) ___ 36 – 45 anos b) ___ Ensino superior b) ___ 6 – 10 anos
c) ___ Mais de 45 anos c) ___ Mestrado c) ___ Mais de 10 anos

IIª Parte. Questionário sobre a parentalidade e sua influência no processo de ensino e


aprendizagem dos alunos do Complexo Escolar nº 5080 no município de Viana.

Responda com um X a resposta que achar conveniente, escolhendo apenas uma das opções
entre as alternativas apresentadas em cada questão.

1. Para o (a) professor (a), qual é a influência da parentalidade no processo de ensino e


aprendizagem dos alunos?
a) O sucesso escolar dos alunos ( )
b) Resolução de tarefas para a casa ( )
c) Motivação do alundo para revisar as matérias ( )
d) Comprometimento do aluno com a aprendizagem ( )

2. Como o (a) professor (a) considera a influência da parentalidade no processo de


ensino e aprendizagem dos alunos no Complexo Escolar 5080 do Município de Viana?
a) Insatisfatória ( )
b) Razoável ( )
c) Satisfatória ( )
d) Muito satisfatória ( )
3. Para si, os diferentes estilos ou formas de educação que os alunos trazem de casa
podem ter influência sobre o seu processo de ensino e aprendizagem?
a) Sim ( )
b) Não ( )

4. Dentre os estilos parentais abaixo apresentados, qual deles o (a) professor (a) acha que
tem melhor impacto no processo de ensino e aprendizagem dos alunos?
a) Estilo parental autoritário ( )
b) Estilo parental negligente ( )
c) Estilo parental permissivo ( )
43
d) Estilo parental autoritativo ( )

5. Para si, qual deve ser o papel da parentalidade no processo de ensino e aprendizagem
dos alunos?
a) Ser mais prestativo na educação do educando ( )
b) Acompanhar a aprendizagem escolar do educando ( )
c) Frequentar com regularidade a escola do seu educando ( )
d) Participar das actividades realizadas na escola do educando ( )
e) Comunicar-se abertamente com o professor do seu educando ( )

6. Quais mecanismos psicopedagogico o Complexo Escolar 5080 tem usado para


reforçar a influencia da parentalidade no processo de ensino e aprendizagem dos seus
educandos?
a) Cria associação dos encarregados de educação ( )
b) Realiza reuniões com os encarregados de educação ( )
c) Realiza actividades extra-curriculares que envolvem os pais ( )
d) A escola não tem feito nada a respeito ( )

O autor:
Domingos Cesár

Obrigado pela vossa colaboração!

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ANEXOS

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