Biossegurança - Lab Clinicos e Quimicos

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BIOSSEGURANÇA

Biossegurança
em laboratórios
clínicos e químicos
Natália Barth

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

> Identificar os potenciais riscos a que o profissional está exposto em labo-


ratórios clínicos e químicos.
> Descrever normas de biossegurança para boas práticas laboratoriais.
> Apresentar diferentes leiautes de laboratórios que visem a minimizar o risco
de acidentes e contaminação para o profissional da saúde e o ambiente.

Introdução
A biossegurança e a biosseguridade laboratoriais são muito importantes para
proteger os trabalhadores de laboratórios e a comunidade em geral contra exposi-
ções acidentais ou liberações não intencionais de agentes biológicos patogênicos.
Esses conjuntos de ações são implementados por meio da avaliação de risco e do
estabelecimento de uma cultura de segurança.
Nas últimas décadas, a conscientização e a expertise em biossegurança têm
melhorado significativamente graças ao lançamento do Manual de biossegurança
laboratorial da Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, novas tecnologias,
como o uso de métodos moleculares, foram desenvolvidas e permitiram a redução
do número de atividades de diagnóstico que requerem a manipulação de agentes
biológicos altamente patogênicos (OMS, 1983, 1993, 2004, 2020).
2 Biossegurança em laboratórios clínicos e químicos

Neste capítulo, você vai ver como identificar os potenciais riscos a que os
profissionais estão expostos em laboratórios clínicos e químicos. Você também
vai conhecer as normas de biossegurança a serem seguidas para garantir boas
práticas laboratoriais. Além disso, vai explorar leiautes de laboratórios projetados
para minimizar o risco de acidentes e contaminação.

Riscos em laboratórios clínicos e químicos


Os laboratórios clínicos e químicos apresentam aos profissionais diversos
riscos, que podem resultar em consequências leves ou graves. Esses riscos
incluem acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, uma vez que os líquidos
biológicos e os materiais manipulados nesses laboratórios frequentemente
são fontes de contaminação.
Os riscos ambientais consistem em condições do ambiente de trabalho
que podem causar danos à saúde e à segurança dos trabalhadores. Segundo a
Portaria nº 3.214 do Ministério do Trabalho (MT), de 8 de junho de 1978, há cinco
tipos de risco no ambiente de trabalho: riscos físicos, riscos químicos, riscos
biológicos, riscos ergonômicos e riscos de acidentes (Brasil, 1978). Cada uma
dessas categorias apresenta características e consequências distintas (veja
no Quadro 1). Compreender e gerenciar esses riscos é essencial para proteger
os trabalhadores, promover um ambiente de trabalho seguro e saudável, e
garantir a conformidade com as normas e regulamentações aplicáveis.
Biossegurança em laboratórios clínicos e químicos 3

Quadro 1. Os cinco tipos de risco segundo o MT

Tipo de risco Descrição

Risco de acidente É a possibilidade de ocorrer eventos indesejados


que resultem em lesões pessoais ou danos
materiais. Os mais comuns são queimaduras,
cortes e perfurações.

Risco ergonômico É qualquer fator que possa afetar as


características psicofisiológicas do trabalhador,
causando desconforto ou prejudicando sua
saúde. Alguns exemplos são o levantamento e
o transporte manual de peso, os movimentos
repetitivos e a postura inadequada no trabalho,
que podem resultar em lesões por esforço
repetitivo (LERs) ou doenças osteomusculares
relacionadas ao trabalho (DORTs).

Risco físico Está relacionado a diferentes formas de


energia, como pressões anormais, temperaturas
extremas, ruído, vibrações, radiações ionizantes
(raio X, iodo 125 e carbono 14), ultrassom e
radiações não ionizantes (luz infravermelha, luz
ultravioleta, laser e micro-ondas).

Risco químico Consiste na exposição a agentes ou substâncias


químicas presentes nos ambientes ou processos
de trabalho. Essas substâncias podem ser
líquidas ou gasosas, ou ter a forma de partículas
e poeiras minerais e vegetais. Elas entram no
organismo por meio da respiração, do contato
com a pele ou da ingestão. Veja alguns exemplos:
solventes, corantes, medicamentos e produtos
de limpeza e desinfecção.

Risco biológico Trata-se da exposição a microrganismos — como


vírus, bactérias, fungos, parasitas e protozoários
— que, em contato com o homem, podem
provocar inúmeras doenças.
Fonte: Adaptado de Brasil (1978).

É essencial evitar a contaminação cruzada de materiais e proteger a equipe


de laboratório, a equipe de limpeza, os equipamentos e o meio ambiente
contra a propagação de aerossóis. De acordo com especialistas em bios-
segurança, o problema crucial não reside nas tecnologias disponíveis para
eliminar e reduzir os riscos, e sim no comportamento dos profissionais. A
falta de lavagem adequada das mãos por parte dos profissionais de saúde e o
4 Biossegurança em laboratórios clínicos e químicos

descarte incorreto de resíduos hospitalares são exemplos de práticas diárias


que também representam riscos significativos (Mastroeni, 2005).
Em 2005, a publicação da Norma Regulamentadora (NR) 32 estabeleceu as
diretrizes para a segurança e a saúde dos trabalhadores de serviços de saúde.
Essa norma aborda diversos aspectos relacionados aos riscos ocupacionais,
incluindo os riscos biológicos (Brasil, 2005).
Os riscos biológicos estão relacionados à exposição a agentes biológicos,
como bactérias, vírus, parasitas, fungos e outros microrganismos presentes
no ambiente de trabalho. A NR 32 classifica esses riscos biológicos em quatro
grupos, de acordo com o potencial de risco à saúde (Brasil, 2005).

Classificação dos riscos biológicos segundo a NR 32


No Brasil, em 2002, o Ministério da Saúde estabeleceu a Comissão de Biossegu-
rança em Saúde (CBS), cuja principal missão é implementar ações relacionadas
à biossegurança, melhorando a cooperação entre o Ministério da Saúde e as
instituições envolvidas nesse campo.
Nesse contexto, a CBS publicou a Classificação de risco dos agentes bio-
lógicos, com o objetivo de padronizar e categorizar os agentes biológicos
manipulados por instituições de ensino e pesquisa e estabelecimentos de
saúde. Atualmente, a CBS está revisando essa classificação, incorporando
novos agentes à lista para torná-la mais completa e abrangente (Brasil,
2017). A classificação faz referência aos perigos relativos a microrganismos
infecciosos por classes de risco (classes de risco 1, 2, 3 e 4 da OMS) e só deve
ser utilizada em trabalho laboratorial.
A seguir, são descritos os grupos de risco, classificados segundo estes
critérios: patogenicidade para o homem, virulência, modos de transmissão,
disponibilidade de medidas profiláticas eficazes, disponibilidade de trata-
mento eficaz e endemicidade (Brasil, 2017).

„ Classe de risco 1 (baixo risco individual e para a comunidade): inclui os


agentes biológicos conhecidos por não causarem doenças no homem
ou nos animais adultos sadios. Exemplos: Lactobacillus spp. e Bacillus
subtilis.
„ Classe de risco 2 (moderado risco individual e limitado risco para a
comunidade): inclui os agentes biológicos que provocam infecções no
homem ou nos animais cujo potencial de propagação na comunidade e
de disseminação no meio ambiente é limitado, e para os quais existem
Biossegurança em laboratórios clínicos e químicos 5

medidas profiláticas e terapêuticas conhecidas e eficazes. Exemplos:


Schistosoma mansoni e vírus da rubéola.
„ Classe de risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a comuni-
dade): inclui os agentes biológicos que têm capacidade de transmissão,
em especial por via respiratória, e que causam doenças potencialmente
letais em humanos ou animais para as quais existem usualmente me-
didas profiláticas e terapêuticas. Esses agentes representam risco
se disseminados na comunidade e no meio ambiente, podendo se
propagar de pessoa a pessoa. Exemplos: Bacillus anthracis e vírus da
imunodeficiência humana (HIV, na sigla em inglês).
„ Classe de risco 4 (alto risco individual e para a comunidade): inclui
os agentes biológicos com grande poder de transmissibilidade (em
especial por via respiratória) ou de transmissão desconhecida para
cujas infecções, até o momento, não há nenhuma medida profilática
ou terapêutica eficaz. Trata-se, aqui, de agentes que causam doenças
humanas e animais de alta gravidade, com alta capacidade de dis-
seminação na comunidade e no meio ambiente. Essa classe inclui
principalmente vírus. Exemplos: vírus ebola e vírus da varíola.

No Quadro 2, a seguir, confira uma síntese das características das classes


de risco focada no risco individual e coletivo e nas condições terapêuticas.

Quadro 2. Resumo das características das classes de risco dos agentes


biológicos

Risco à Profilaxia ou
Classe de risco Risco individual coletividade terapia eficaz

1 Baixo Baixo Existe

2 Moderado Baixo Existe

3 Elevado Moderado Usualmente


existe

4 Alto Alto Ainda não existe

Fonte: Brasil (2017, p. 15).


6 Biossegurança em laboratórios clínicos e químicos

Níveis de biossegurança
Os níveis de biossegurança (NBs) dizem respeito à combinação de instala-
ções, equipamentos de segurança e práticas de laboratório. Em laboratórios,
existem quatro NBs, cada um oferecendo um grau específico de proteção aos
profissionais, ao meio ambiente e à comunidade. A seguir, são descritos os
quatro níveis existentes (Brasil, 2017).

„ NB-1: envolve o trabalho com microrganismos (classe de risco 1) que


geralmente não geram patologias nos seres humanos ou em animais
de laboratório.
„ NB-2: envolve procedimentos com microrganismos (classe de risco
2) capazes de causar doenças em seres humanos ou em animais de
laboratório, porém sem risco grave aos trabalhadores, à comunidade
ou ao ambiente. Os agentes não são transmissíveis pelo ar.
„ NB-3: envolve quaisquer procedimentos para o trabalho com micror-
ganismos (classe de risco 3) que geralmente causam doenças em seres
humanos ou em animais e que, além disso, podem representar um
risco se disseminados na comunidade, mas contra os quais usualmente
existem medidas de tratamento e prevenção. É necessária a contenção
para impedir a transmissão pelo ar.
„ NB-4: envolve quaisquer procedimentos para o trabalho com micror-
ganismos (classe de risco 4) que causem doenças graves ou letais em
seres humanos e animais e que tenham fácil transmissão por contato
individual casual, não havendo medidas preventivas nem tratamento
contra esses agentes.

O estabelecimento de uma relação direta entre a classe de risco


do agente biológico e o NB é uma dificuldade habitual no processo
de definição do nível de contenção. Geralmente, o NB é proporcional à classe
de risco do agente (classe de risco 2 e NB-2, por exemplo), mas certos proce-
dimentos ou protocolos experimentais podem exigir maior ou menor grau de
contenção. Na dúvida, consulte a Classificação de risco dos agentes biológicos.
Esse documento é fundamental para um trabalho seguro e com os menores
riscos em laboratórios (Brasil, 2017).
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Normas de biossegurança para boas


práticas laboratoriais
As atividades laboratoriais exigem cuidados específicos por parte dos profis-
sionais, devido ao risco à saúde envolvido no manuseio de materiais biológicos
contaminados e de vidrarias, equipamentos e produtos químicos. A adoção de
boas práticas é fundamental, pois elas são normas de conduta que regem o
trabalho buscando garantir a segurança tanto individual quanto coletiva, além
de assegurar a reprodutibilidade da metodologia e dos resultados obtidos.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as boas
práticas em laboratórios têm como objetivo avaliar o potencial de risco e
o nível de toxicidade dos produtos, visando a promover a saúde humana e
animal e a preservação do meio ambiente. Portanto, a utilização inadequada
ou a não utilização das boas práticas em laboratórios podem resultar em
riscos iminentes no ambiente laboratorial (Oliveira; Silva, 2020).

Normas gerais de higiene


Para cumprir as medidas de biossegurança em laboratórios, é importante
atentar às orientações a seguir.

„ Manter cabelos longos presos.


„ Utilizar exclusivamente sapatos fechados e calças compridas.
„ Evitar o uso de lentes de contato. Caso sejam necessárias, não mani-
pulá-las durante o trabalho e protegê-las com óculos de segurança.
„ Não aplicar cosméticos na área laboratorial.
„ Não utilizar adornos durante as atividades laboratoriais.
„ Manter as unhas cortadas e limpas.
„ Evitar levar objetos à boca.
„ Lavar as mãos com água e sabão utilizando a técnica adequada (veja a
seguir) para a remoção de sujeiras e microrganismos presentes na pele.

A seguir, veja como lavar as mãos adequadamente. Considere que cada


lavagem deve durar pelo menos 20 minutos e que as lavagens devem ser
feitas com frequência (Covid-19 [...], 2020).

1. Molhe as mãos.
2. Aplique sabão em toda a mão.
3. Esfregue as palmas das mãos.
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4. Coloque a mão direita sobre a esquerda e entrelace os dedos; depois,


faça a mesma coisa com a mão esquerda sobre a direita.
5. Entrelace os dedos com as palmas das mãos voltadas uma para a outra.
6. Feche as mãos e esfregue os dedos.
7. Esfregue os polegares.
8. Faça movimentos circulares nas palmas das mãos.
9. Enxágue as mãos com água.
10. Seque as mãos com papel.
11. Use papel para fechar a torneira e também para abrir a porta do ba-
nheiro ao sair.

As mãos devem ser lavadas: ao entrar no laboratório; após manipular


amostras, realizar qualquer procedimento e remover luvas e jalecos; e antes
de sair do laboratório. Após a lavagem das mãos, é recomendado aplicar
antissépticos, preferencialmente álcool 70% (glicerinado ou não).
O uso de luvas não supre a necessidade de lavar as mãos, pois as luvas
podem ter pequenos orifícios imperceptíveis ou se danificar durante o uso,
podendo contaminar as mãos ao serem removidas (Oppermann; Pires, 2003).

Normas gerais para a área técnica


Fique atento às orientações adicionais a seguir para manter a biossegurança
em laboratórios.

„ Não utilizar a pipetagem com a boca.


„ Jamais fumar, beber ou se alimentar no laboratório.
„ Não armazenar alimentos e itens pessoais no laboratório.
„ Evitar assistir à televisão e ouvir aparelhos eletrônicos (inclusive com
fones de ouvido) no laboratório.
„ Não segurar o telefone ou manipular objetos externos à área analítica
enquanto estiver usando luvas.
„ Evitar o uso de telefones celulares durante as atividades laboratoriais.
„ Não utilizar equipamentos da área analítica para aquecer ou preparar
alimentos.
„ Não armazenar alimentos ou bebidas nos refrigeradores da área
analítica.
„ Não permitir a entrada de pessoas estranhas ao serviço no laboratório,
incluindo crianças.
„ Evitar o uso de ventiladores no laboratório.
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Normas de desinfecção e descontaminação


É necessário limpar e descontaminar as superfícies das bancadas de trabalho
com álcool 70% antes e depois das atividades laboratoriais, especialmente
após respingos e derramamentos ou quando há manipulação de material
biológico potencialmente contaminado e substâncias químicas. Antes de
qualquer serviço de manutenção, é importante desinfetar todo o equipamento
utilizando álcool 70% (Oppermann; Pires, 2003).

Descarte de resíduos
Todo o material potencialmente contaminado por agentes biológicos, sangue
ou secreções — utensílios descartáveis, luvas, gorros, máscaras, etc. — deve
ser descartado em recipientes com tampa (lixeiras) providos de saco branco
leitoso devidamente identificado como lixo infectante.
Seringas, agulhas, vidrarias e materiais perfurocortantes ou pontiagu-
dos devem ser descartados em caixa com paredes rígidas específica para
perfurocortantes, e a caixa deve ser devidamente identificada como lixo
infectante (ANVISA, 2004).

Equipamentos de segurança
Os equipamentos de segurança desempenham um papel crucial na proteção
dos profissionais de laboratório, bem como de outras pessoas e do meio
ambiente, contra agentes potencialmente perigosos. Esses equipamentos
podem ser classificados como equipamentos de proteção individual (EPIs) e
equipamentos de proteção coletiva (EPCs), atuando como barreiras primá-
rias ou medidas de contenção primária. Eles são amplamente utilizados no
setor de saúde para prevenir o contato com agentes infecciosos, tóxicos ou
corrosivos, calor excessivo, fogo e outros perigos. Além disso, esses equipa-
mentos têm a finalidade de evitar a contaminação do material utilizado em
experimentos ou na produção, conforme estabelece a NR 6, alterada pela
Portaria nº 194 da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), de 7 de dezembro
de 2010 (Brasil, 2022).

Equipamentos de proteção individual


O EPI é definido como qualquer dispositivo ou produto de uso individual
que vise a proteger o trabalhador contra riscos que possam ameaçar sua
segurança e sua saúde no ambiente de trabalho. Esses equipamentos são
10 Biossegurança em laboratórios clínicos e químicos

elementos de contenção de uso individual utilizados para proteger o profis-


sional do contato com agentes infecciosos, químicos ou físicos. Além disso,
eles previnem a contaminação de materiais usados em experimentos ou na
produção. Normalmente, em laboratórios clínicos e químicos, são fornecidos
os equipamentos listados a seguir (Brasil, 2022).

„ Jalecos: são obrigatórios para todos os profissionais que trabalham em


ambientes laboratoriais em que ocorre manipulação de microrganismos
patogênicos, manejo de animais, lavagem de materiais, esterilização
e manipulação de produtos químicos. Devem possuir mangas longas
e ser confeccionados em algodão ou fibras sintéticas não inflamáveis.
„ Luvas: são essenciais em atividades laboratoriais que envolvam riscos
químicos, físicos (como cortes, calor e radiações) e biológicos. Fornecem
proteção contra dermatites, queimaduras químicas e térmicas, além de
prevenir contaminações decorrentes da exposição repetida a peque-
nas concentrações de diversos compostos químicos. As luvas devem
ser resistentes, anatômicas, flexíveis e com baixa permeabilidade,
oferecendo conforto e destreza ao usuário. Além disso, é importante
que sejam compatíveis com o tipo de trabalho executado.
„ Calçados de segurança: são destinados à proteção dos pés contra umi-
dade, respingos, derramamentos e impactos de objetos diversos. Não
é permitido o uso de tamancos, sandálias e chinelos em laboratórios.
„ Máscaras descartáveis: são equipamentos essenciais para proteger as
vias aéreas (nariz e boca) em situações de risco envolvendo aerossóis
e respingos de material potencialmente contaminado. As máscaras
conhecidas como N95 ou PFF2 possuem filtros eficientes que retêm
partículas e vapores tóxicos de contaminantes presentes no ar na
forma de aerossóis, como o bacilo da tuberculose (Mycobacterium
tuberculosis), aumentando a proteção dos profissionais envolvidos
na manipulação.
„ Protetores oculares: são utilizados para proteger os olhos contra
impactos, respingos e aerossóis. Há modelos que podem ser usados
sobre os óculos de grau.
„ Protetores auditivos: são utilizados para prevenir a perda auditiva
causada por ruídos. Eles devem ser usados em situações em que os
níveis de ruído sejam considerados prejudiciais ou nocivos em expo-
sição prolongada.
„ Toucas ou gorros: são recomendados em atividades específicas para
proteger os cabelos de contaminação por aerossóis e respingos de
Biossegurança em laboratórios clínicos e químicos 11

líquidos, ou para evitar que os cabelos contaminem áreas estéreis. Eles


podem ser confeccionados em diferentes materiais, devendo permitir a
oxigenação do couro cabeludo e ser facilmente laváveis e desinfetáveis.
„ Pró-pés: são sapatilhas esterilizadas, geralmente feitas de algodão,
utilizadas em áreas estéreis.
„ Dispositivos de pipetagem: peras, pipetadores automáticos e outros
dispositivos relacionados também são considerados EPIs (Brasil, 2022).

Equipamentos de proteção coletiva


Os EPCs são projetados para garantir a proteção do ambiente, a saúde dos
profissionais de laboratório e a sua integridade. Eles são utilizados tanto
em procedimentos rotineiros, como a cabine de segurança biológica (CSB),
quanto em casos de acidentes mais graves. A seguir, veja a descrição dos
principais EPCs.

„ Lava-olhos: dispositivo essencial para eliminar ou minimizar danos


causados por acidentes nos olhos e/ou na face. É composto por dois
chuveiros de média pressão (acoplados a uma bacia metálica) que
permitem direcionar corretamente o jato de água. O lava-olhos pode
ser parte integrante de um chuveiro de emergência ou do tipo frasco
de lavagem ocular.
„ Chuveiro de emergência: fundamental para eliminar ou minimizar os
danos causados por acidentes em qualquer parte do corpo. Geralmente
possui um diâmetro de cerca de 30 cm e é acionado por alavancas de
mão, cotovelos ou joelhos. Deve estar localizado em um local de fácil
acesso.
„ CSBs: fundamentais para a proteção dos profissionais e do ambiente
laboratorial contra aerossóis ou borrifos infectantes gerados durante
procedimentos como centrifugação, trituração, homogeneização, agita-
ção vigorosa e misturas, bem como durante a manipulação de materiais
biológicos. Elas também protegem o produto em manipulação, exceto
as CSBs classe I. As CSBs são equipadas com filtros de alta eficiência
(HEPA, na sigla em inglês).
„ Extintores: brigadistas treinados anualmente e/ou bombeiros devem
conhecer a localização e o modo de uso dos extintores (Brasil, 2022).
12 Biossegurança em laboratórios clínicos e químicos

Fichas de informação de segurança de produtos


químicos
Quando as medidas preventivas não são adotadas, os produtos químicos po-
dem ter um impacto negativo na saúde humana e animal e no meio ambiente.
No caso dos reagentes químicos, existem critérios estabelecidos para o arma-
zenamento, a movimentação e o descarte adequado dos resíduos resultantes
das atividades realizadas. É importante ressaltar que os fornecedores desses
produtos devem disponibilizar todas as informações necessárias, geralmente
por meio da ficha de informação de segurança de produtos químicos (FISPQ),
de acordo com a NR 26 e a Norma Brasileira (NBR) 14725-4, da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). As fichas de informação de segurança
de produtos químicos devem ficar disponíveis no laboratório com livre acesso
a todos (ABNT, 2005).

A FISPQ é composta por 16 seções obrigatórias, que devem estar


dispostas e numeradas, como determina a NBR 14725-4. São elas:
1. Identificação do produto e da empresa
2. Identificação de perigos
3. Composição e informações sobre ingredientes
4. Medidas de primeiros socorros
5. Medidas de combate a incêndio
6. Medidas de controle para derramamento ou vazamento
7. Manuseio e armazenamento
8. Controle de exposição e proteção individual
9. Propriedades físicas e químicas
10. Estabilidade e reatividade
11. Informações toxicológicas
12. Informações ecológicas
13. Considerações sobre destinação final
14. Informações sobre o transporte
15. Informações sobre regulamentações
16. Outras informações (ABNT, 2005).
Biossegurança em laboratórios clínicos e químicos 13

Biossegurança no projeto de laboratórios


O projeto de laboratório deve ser elaborado de acordo com as orienta-
ções contidas nestas diretrizes, observando-se os seguintes documentos
e determinações:

„ Portaria nº 3.214, criada a partir da Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de


1977, e suas normas regulamentadoras;
„ disposições contidas no artigo 6º da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993;
„ disposições da ABNT;
„ NBR 9050 – Adequação das edificações e do mobiliário urbano para
pessoas portadoras de deficiência;
„ códigos, leis e normas municipais, estaduais e federais (ABNT, 2004;
Brasil, 1993, 2006).

No contexto da biossegurança, o projeto arquitetônico das instalações


laboratoriais é considerado um elemento de contenção. Em conjunto com
as boas práticas laboratoriais e os equipamentos de segurança utilizados,
esse projeto tem o objetivo principal de reduzir ou eliminar quaisquer efei-
tos adversos que possam ocorrer em acidentes e incidentes resultantes da
liberação acidental ou intencional de agentes que possam causar desequilí-
brios ambientais ou representar riscos à saúde pública e ao meio ambiente
(Teixeira; Valle, 2010).
A contenção ambiental de uma instalação laboratorial é alcançada por meio
da combinação de barreiras físicas e métodos operacionais que atendam aos
requisitos recomendados para cada NB. Esses requisitos são estabelecidos
pelas Diretrizes gerais para o trabalho em contenção com agentes biológicos,
elaboradas pela CBS (Teixeira; Valle, 2010; Brasil, 2006).
Nas instalações laboratoriais de NB-1, não são necessárias características
especiais de projeto além do espaço adequado para realizar o trabalho, limpar
e manter o ambiente laboratorial. Por outro lado, as instalações de nível de
contenção NB-2 devem ser separadas das áreas de circulação pública e das
áreas de trabalho em geral, bem como possuir uma área de suporte laboratorial
para atividades de maior risco. Já os laboratórios de contenção NB-3 e NB-4,
destinados a atividades de alto risco biológico, devem ser projetados em áreas
afastadas das áreas de circulação de técnicos, ou até mesmo ser isolados,
no caso de atividades com agentes biológicos de classe de risco 4. Esses la-
boratórios também devem contar com uma área de suporte laboratorial fora
das instalações de contenção para atividades de menor risco (Brasil, 2004).
14 Biossegurança em laboratórios clínicos e químicos

Materiais de construção
É importante considerar as características dos materiais de construção, reves-
timentos e acabamentos para controlar a disseminação de agentes biológicos
em laboratórios. O perímetro do laboratório deve ser devidamente vedado, e
os materiais utilizados em pisos, tetos, paredes, mobiliário (armários, mesas,
bancadas, estantes, etc.) e equipamentos devem ser lisos, com o menor nú-
mero possível de juntas, sem reentrâncias, com cantos arredondados, de cor
clara e fosca, impermeáveis e resistentes a produtos químicos (Brasil, 2004).
Em laboratórios de contenção NB-3 e NB-4, todo o perímetro de contenção
deve ser revestido com materiais contínuos, como aço inoxidável, resinas
ou similares. Tanto as paredes de alvenaria estruturada ou concreto quanto
as penetrações de linhas de serviço no piso, nas paredes e nos tetos devem
ser hermeticamente vedadas, para fins de descontaminação (Brasil, 2004).
As esquadrias, incluindo portas, janelas e visores, devem ser construídas
com materiais e acabamentos que retardem o fogo e proporcionem boa
vedação. Elas devem ser lisas, não porosas, de fácil limpeza e manutenção.
As janelas podem ter dispositivos de abertura, desde que sejam afastadas
das áreas de trabalho e de equipamentos sensíveis, como CSBs e balanças.
Quando necessário, as janelas devem ser mantidas abertas, desde que pro-
tegidas por telas contra insetos.
Além do que já foi abordado, existem aspectos comuns que devem ser
contemplados em todos os laboratórios. Veja a seguir.

„ Identificação clara do NB do laboratório e dos microrganismos mani-


pulados, conforme estabelecido nas diretrizes.
„ Separação física do laboratório, evitando o acesso de público não
autorizado.
„ Espaço designado para armazenar os EPIs exclusivos para uso no
laboratório.
„ Paredes, tetos e pisos impermeáveis e resistentes à desinfecção.
„ Presença de uma autoclave próxima ao laboratório para a esterilização
adequada de materiais.
Biossegurança em laboratórios clínicos e químicos 15

Nos laboratórios de NB-2, onde são manipulados microrganismos de classe


de risco 2, também é necessário atender aos critérios adicionais elencados
a seguir.

„ Presença de um lavatório para as mãos próximo à entrada do laboratório.


„ Utilização de torneiras com acionamento que não necessite do uso
das mãos.
„ Sistema central de ventilação (para garantir a renovação do ar e a
circulação adequada).
„ Janelas vedadas (para evitar a entrada de agentes externos).
„ Antecâmara (para controlar o fluxo de pessoas e minimizar o risco de
contaminação).
„ Sistema de geração de emergência elétrica (para garantir o funciona-
mento contínuo dos equipamentos em situações de falha de energia).
„ CSB biológica, conforme necessário (para proteção adicional durante
a manipulação de microrganismos).

Nos laboratórios de contenção NB-3 e NB-4, as janelas e visores devem


ser fixos, hermeticamente vedados, com cantos arredondados e vidros à
prova de quebra; quando necessário, podem incluir proteção solar e/ou
acústica. As portas devem ser dimensionadas para permitir a passagem de
equipamentos. Elas podem ter visores e sistemas de abertura que não exigem
o uso das mãos, como acionamento automático ou dispositivos especiais
de vedação total. Nas áreas de níveis de contenção NB-3 e NB-4, podem ser
necessários sistemas de acesso controlado por cartão ou outro dispositivo
de segurança (Brasil, 2004).
As portas de saída de emergência devem ser identificadas e abrir para o
exterior ou para passarelas de escape. Elas devem ser equipadas com barras
antipânico posicionadas de forma adequada para fácil acionamento. Nos
laboratórios de contenção NB-3, as portas de saída de emergência podem ser
constituídas por painéis fixos com sistema de abertura ou quebra, seguindo
as normas locais de incêndio e segurança da edificação (Brasil, 2004).
Para o estabelecimento do programa arquitetônico de um laboratório
de patologia clínica, será necessária a determinação precisa do perfil da
unidade, comumente determinado pelas atividades desenvolvidas no seu
setor técnico. A variedade de procedimentos que podem ser efetuados nesse
tipo de equipamento é muito grande, implicando situações completamente
diversas para cada caso (BRASIL, 2004).
16 Biossegurança em laboratórios clínicos e químicos

Projeto arquitetônico
No exemplo apresentado na Figura 1, pode-se observar a configuração de
um laboratório de análises clínicas específico para hospitais de porte médio.

Figura 1. Exemplo de laboratório hospitalar de análises clínicas NB-1.


Fonte: Brasil (2014. p. 46).

O setor técnico desse laboratório é composto por diferentes áreas, pro-


jetadas de acordo com as análises que serão realizadas. As áreas principais
incluem uroanálise, bioquímica, hematologia, bacteriologia e parasitologia.
Para garantir a segurança e o controle adequado de agentes biológicos, as
áreas de parasitologia e bacteriologia são projetadas com fechamento e
pressão negativa, além de CSBs. Já as demais áreas, como uroanálise, bio-
química e hematologia, compõem um salão aberto, dividido por bancadas.
Biossegurança em laboratórios clínicos e químicos 17

É importante ressaltar que a unidade em questão não contempla a coleta


direta de amostras. Em vez disso, há apenas uma recepção de amostras e
sua classificação. Isso significa que o laboratório recebe as amostras dos
pacientes, realiza as análises solicitadas e devolve os resultados ao hospital.
Além das áreas técnicas, existem espaços destinados ao departamento de
medicina legal (DML) e a utilidades, lavagem e esterilização. Esses espaços são
posicionados ao final do corredor, de modo a garantir a separação adequada
das atividades relacionadas à limpeza e à higiene.
Por fim, é importante mencionar que a área administrativa desse laborató-
rio é reduzida, limitando-se à chefia. Isso ocorre porque toda a infraestrutura
do setor técnico é compartilhada com o hospital, possibilitando a otimização
dos recursos e a melhor integração entre as equipes.
Caso o laboratório trabalhe com microrganismos de risco biológico maior,
sendo classificado como NB-2 ou NB-3, é necessária sala separada com an-
tecâmaras (Figura 2).

Figura 2. Exemplo de leiaute de laboratórios NB-2 e NB-3.


Fonte: Brasil (2014, p. 46).

Em determinadas análises, a fim de preservar as amostras de interfe-


rentes externos, os laboratórios necessitam de espaços específicos e bem
delimitados. É o caso do laboratório de biologia molecular, que necessita de
sala de preparo de soluções (Figura 3), sala de extração de ácidos nucleicos
(Figura 4), antecâmara de paramentação exclusiva para acesso à sala de
reação em cadeia da polimerase (PCR, na sigla em inglês) (Figura 5), sala de
PCR, onde é realizada a amplificação do DNA (Figura 6), e sala de revelação
de géis (Figura 7).
18 Biossegurança em laboratórios clínicos e químicos

Figura 3. Leiaute da sala de preparo de soluções.


Fonte: Brasil (2014, p. 156).

Figura 4. Leiaute da sala de extração de ácidos nucleicos.


Fonte: Brasil (2014, p. 158).
Biossegurança em laboratórios clínicos e químicos 19

Figura 5. Leiaute da antecâmara de paramentação exclusiva para acesso à sala de PCR.


Fonte: Brasil (2014, p. 160).

Figura 6. Leiaute da sala de PCR (amplificação).


Fonte: Brasil (2014, p. 162).
20 Biossegurança em laboratórios clínicos e químicos

Figura 7. Leiaute da sala de revelação de géis.


Fonte: Brasil (2014, p. 164).

Neste capítulo, exploramos uma variedade de tópicos relacionados à


biossegurança em laboratórios clínicos e químicos. Iniciamos identificando os
potenciais riscos aos quais os profissionais estão expostos nesses ambientes,
levando em consideração a classificação dos riscos biológicos conforme a
NR 32. Em seguida, abordamos os NBs e a importância de sua aplicação para
garantir a proteção dos profissionais e do ambiente.
Também discutimos as normas de biossegurança para boas práticas
laboratoriais, englobando tanto normas gerais de higiene quanto normas
específicas para a área técnica. A importância da desinfecção e da desconta-
minação adequadas foi destacada, assim como as diretrizes para o descarte
seguro de resíduos.
Exploramos os equipamentos de segurança necessários em laboratórios,
tanto os EPIs quanto os EPCs. Ademais, enfatizamos a importância de sele-
cionar e utilizar corretamente esses equipamentos para minimizar os riscos
de acidentes e contaminação. Ainda destacamos a relevância da FISPQ como
fonte de informações essenciais sobre os produtos químicos utilizados nos
laboratórios, incluindo seus riscos e medidas de segurança.
Por fim, abordamos a importância da biossegurança no projeto de la-
boratórios, considerando a escolha adequada de materiais de construção
e a implementação de diferentes leiautes que visem a minimizar os riscos
de acidentes e contaminação, tanto para os profissionais da saúde quanto
para o ambiente.
Biossegurança em laboratórios clínicos e químicos 21

Com a compreensão desses temas e a aplicação das medidas de biosse-


gurança discutidas neste capítulo, esperamos contribuir para um ambiente
laboratorial mais seguro e protegido, garantindo a saúde e o bem-estar dos
profissionais envolvidos e a integridade dos processos de trabalho.

Referências
ABNT. NBR 14725: produtos químicos – informações sobre segurança e meio ambiente,
parte 1–4. Rio de Janeiro: ABNT, 2005.
ABNT. NBR 9050: acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos
urbanos. 2. ed. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.
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2004. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2004/
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BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Diretrizes para projetos físicos de laboratórios
de saúde pública. Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2004. Disponível em: https://
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BRASIL. Lei n. 8.666 de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Cons-
tituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública
e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 1993. Disponível em:
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patologia clínica, hemoterapia e hematologia, medicina nuclear. v. 4. Brasília: Minis-
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Brasília: Ministério da Saúde, 2017. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/
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agentes biológicos. 3. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. Disponível em: https://
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Normas Regulamentadoras – NR – do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis
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BRASIL. Portaria MTP n. 2.175, de 28 de julho de 2022. Aprova a nova redação da Norma
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22 Biossegurança em laboratórios clínicos e químicos

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