Liberdade

"Cristo nos libertou para que nós sejamos realmente
livres. Por isso, continuem firmes como pessoas livres e

não se tornem escravos novamente." - Gálatas 5:1
- Do que nós eramos escravos/do que Cristo nos libertou?
Do pecado e da condenação? Sim, por meio dele somos livres e
salvos.
Mas Cristo nos libertou também da LEI.
- O que é a Lei?
A lei são os mandamentos. Se a gente existisse no antigo
testamento e quisesse fazer parte do reino de Deus, nós
deveriamos seguir a lei. E como todos sabem, quem consegue
seguir a lei é perfeito, e nós somos humanos, cheios de falhas.
- Então Cristo nos libertou da lei, quer dizer que agora é “livre
estou”?
Primeiro, somos filhos de Deus, um pai quer comunhão com o
filho. E se uma relação é baseado em regras e condutas, é difícil
ela ser uma relação duradoura, por que nos nossos erros,
acabamos quebrando o principal pilar desse relacionamento. Isso
mostra a necessidade de Cristo e da liberdade de Cristo, que não
nos absolve do que é certo e errado, mas no mostra que mesmo
errando, podemos viver uma vida que agrada a Deus.
- Devemos cuidar com duas coisas:
1. Confundir que temos liberdade pra tudo já que Deus perdoa
("Tudo me é permitido", mas nem tudo convém. – 1 Coríntios)
Se o teu relacionamento com Deus, não é mais baseado em
regras, não quer dizer que não existe mais o errado. Mas sim,
que eventualmente nós vamos errar, mas que Cristo já nos
perdoou desse pecado e podemos continuar em comunhão com
ele.
2. Religiosidade:
Somos humanos, erramos e Cristo nos perdoa e nos salva, mas
temos que tomar cuidado com as influências que nos rodeiam
em todos os lugares. São diversas pessoas dizendo o que é certo
e errado, o que devemos e não devemos fazer. Vemos na TV, nas
notícias, dentro de igrejas, novas leis, condutas e rituais serem
criados, prometendo a salvação. Pessoas que dizem, em nome de
Deus, suas próprias opiniões. Se passamos a viver na
religiosidade, estamos aceitando voltar a viver da lei, e na
maioria das vezes é a lei dos homens. E a religiosidade nos dias
de hoje está infectada, ela vai contra tudo que Deus realmente é,
que é o amor, ela prega o ódio, que nós somos melhores que
eles.
6 Pois, quando estamos unidos com Cristo Jesus, não faz
diferença nenhuma estar ou não estar circuncidado. O
que importa é a fé que age por meio do amor. 7 Vocês
estavam indo tão bem! Quem convenceu vocês a
deixarem de seguir a verdade? 8 É claro que quem os
convenceu não foi Deus, que os chamou. 9 Como dizem
por aí: “Um pouco de fermento fermenta toda a massa.”
– Gálatas 5:6-9
- Se deixarmos nos influenciar pela religiosidade...
Estaremos negando o sacrifício de Cristo e escolhendo viver pela
lei novamente. E não é difícil isso acontecer quando não estamos
atentos.
- Quais atitudes devemos estar atentos para corrigir?
1. Quando nos concentramos estritamente em regras, rituais,
cerimônias, sem um verdadeiro compromisso. Famoso piloto
automático, vai no culto todo domingo, vai na célula, participa da
ceia, e quando peca faz sacrifícios pessoais pra barganhar o
perdão com Deus.
Na época da lei, quando as pessoas pecavam, elas sacrificavam
animais em busca do perdão. Com a nova aliança de Cristo, ele se
tornou o sacrifício único. Nós não precisamos voltar a viver na
situação onde pecamos, oferecemos um sacrifício, e isso se
repete, se repete, e se repete, sem nenhum arrependimento.
2. Devemos estar atentos à hipocrisia: quando agimos como
Cristo na frente de outras pessoas, mas no nosso dia-a-dia
agimos completamente diferente. Quando julgamos as atitudes
das pessoas e fazemos igual, mas sempre sem mostrar pros
outros, por que você é o cristão perfeito. E quando isso acontece
não enxergamos a nós mesmos mais, vemos somente a atitude
dos outros.
3. Separação, onde eu estou certo, você está errado, então não
chega perto de mim por que eu sou crente e você vai pro inferno.
Nos tornamos intolerantes, preconceituosos. Deixamos de
promover a paz. Jesus se sentava com todos! A consequência
disso tudo é a falta de amor e de compaixão.
4. Falta de amor e compaixão: Quando focamos no que “um
cristão deve ser”. Quando abrimos espaço pra ficar julgando o
próximo. Quando agimos com indiferença por pessoas que não
pensam igual. Tratamos mal ao próximo, fugimos de um
relacionamento ou uma comunhão, por que ele é diferente, por
que ele não é como um cristão deve ser. Não podemos esquecer
que Deus é amor, tudo se resume ao amor. Todo ato nosso ao
próximo deve ser com amor.
- Se notarmos esses comportamentos, podemos estar

escolhendo viver na lei invés de viver em Cristo.
"Porém vocês, irmãos, foram chamados para serem
livres. Mas não deixem que essa liberdade se torne uma
desculpa para permitir que a natureza humana domine
vocês. ----- Pelo contrário, que o amor faça com que
vocês sirvam uns aos outros. - Gálatas 5:13
- Libertinagem?
Não temos as regras pra seguir, não sou afetado pela
religiosidade, e me guio somente pelo que a palavra diz. Lá diz
que Jesus transformou água em vinho pra todo mundo continuar
entortando o caneco.
Novamente, somos humanos, a nossa tendência é sempre tentar
beneficiar nosso ego e nossas vontades, e muitas vezes
distorcemos o que realmente está escrito na Bíblia pra poder
fazer o que queremos. Nossas intenções são boas, queremos
seguir a palavra de Deus, mas a nossa natureza humana sempre
interfere, e por não podemos deixar que a natureza humana nos
domine.
Temos que ter consciência da nossa liberdade e saber como lidar
com os pecados.
- O guia de Paulo para a consciência da liberdade
4 Quanto a comer alimentos que tenham sido oferecidos aos
ídolos, nós sabemos que um ídolo representa alguma coisa que
realmente não existe. E sabemos que existe somente um Deus.
5 Pois existem os que são chamados de “deuses”, tanto no céu
como na terra, como também existem muitos “deuses” e muitos
“senhores”. 6 Porém para nós existe somente um Deus, o Pai e
Criador de todas as coisas, para quem nós vivemos. E existe
somente um Senhor, que é Jesus Cristo, por meio de quem todas
as coisas foram criadas e por meio de quem nós existimos. 7
Mas nem todos conhecem essa verdade. Existem pessoas tão
acostumadas com os ídolos, que até agora comem desses
alimentos, pensando que eles pertencem aos ídolos. A
consciência dessas pessoas é fraca, e por isso elas se sentem
impuras quando comem desses alimentos. 8 Não é esta ou
aquela comida que vai fazer com que Deus nos aceite. Nós não
perderemos nada se não comermos e não ganharemos nada se
comermos desse alimento. 9 Mas tenham cuidado para que
essa liberdade de vocês não faça com que os fracos na fé caiam
em pecado. 10 Porque, se uma pessoa que tem a consciência
fraca neste assunto vir você, que tem “conhecimento”, comendo
alimentos no templo de um ídolo, será que essa pessoa não vai
querer também comer alimentos oferecidos aos ídolos? 11
Assim este cristão fraco, este seu irmão por quem Cristo
morreu, vai se perder por causa do “conhecimento” que você
tem. 12 Desse modo, pecando contra o seu irmão e ferindo a
consciência dele, você estará pecando contra Cristo. 13
Portanto, se o alimento faz com que o meu irmão peque, nunca
mais vou comer carne a fim de que eu não seja a causa do
pecado dele. " - 1 Coríntios 8-4-13
No capítulo 8, Paulo aborda especificamente a questão dos
alimentos sacrificados aos ídolos. Naquela época, a cidade de
Corinto era conhecida por sua diversidade cultural e religiosa, e
as pessoas frequentemente participavam de festivais religiosos
que envolviam sacrifícios de animais a deuses pagãos. Alguns
desses animais sacrificados eram posteriormente vendidos nos
mercados locais, incluindo o mercado de alimentos.
Dentro da comunidade cristã em Corinto, surgiram divergências
sobre se era aceitável comer carne que havia sido sacrificada a
ídolos pagãos. Alguns cristãos mais fortes na fé entendiam que
os ídolos não tinham poder real e, portanto, comer esses
alimentos não era um problema. No entanto, outros cristãos
mais fracos na fé ainda tinham resquícios de suas antigas crenças
e viam isso como uma participação no culto pagão, o que gerava
conflito e divisão na igreja.
EX: Quando nos mudamos pra Prudentópolis, meus pais sempre falavam que não
podíamos ir nas barraquinha, na FENAFEP, por que eram festas religiosas pra adoração
de ídolos, e a comida deles era consagrada pra ídolos. Parece algo antigo o contexto de
Paulo, mas não é.
Paulo enfatiza que, embora esses alimentos possam não ser

pecaminosos em si mesmos, se o ato de comê-los levar um
irmão mais fraco a pecar em sua consciência, devemos abster-
nos para não causar tropeço ou dano ao outro.
Essa abordagem de Paulo nos leva a entender que nem tudo o
que é permitido para nós é necessariamente benéfico ou
apropriado para o nosso irmão em Cristo. Cada pessoa tem uma
consciência e sensibilidade diferentes, e devemos respeitar isso.
O que pode não ser pecado para nós individualmente pode ser
uma tentação ou uma fonte de conflito para outra pessoa.
A conclusão é a seguinte: existem os pecados concretos, todos
sabemos que é errado matar alguém. Não cabe a interpretação
de eu acho que não é errado matar. E existe também o que eu
não considero pecado, mas que meu irmão considera, e eu
posso estar sendo ou parecendo uma influência negativa pra ele.
Entra na questão do respeito. O próprio exemplo da comida é o
suficiente. Se eu tô andando com o Matheus na praça enquanto
tá tendo a barraquinha, e o Matheus fala: “essas comida aí é
tudo do Diabo”, mas na minha percepção é apenas comida, eu
não vou ir lá pegar um espetinho e ficar comendo na frente dele.
Ele acha que é pecado, não tem por que eu ficar afrontando ele.
E podemos ser tanto a pessoa que acha que é pecado e como a
que interpreta que não é. Se achamos que é pecado, devemos
cuidar com a hipocrisia e com a tentação de cometer esse
pecado. E se achamos que não é pecado, devemos cuidar em
como interpretamos, pois podemos estar deixando a vontade de
Deus de lado e deixando que a natureza humana nos domine.
16 Quero dizer a vocês o seguinte: deixem que o

Espírito de Deus dirija a vida de vocês e não
obedeçam aos desejos da natureza humana. 17
Porque o que a nossa natureza humana quer é
contra o que o Espírito quer, e o que o Espírito
quer é contra o que a natureza humana quer. Os
dois são inimigos, e por isso vocês não podem
fazer o que vocês querem. 18 Porém, se é o
Espírito de Deus que guia vocês, então vocês não
estão debaixo da lei. – Gálatas 5:16-18
- Como não permitir que a natureza humana nos domine?

1. Nos entregarmos a Deus, reconhecer que dependemos dEle
2. Renovação da nossa mente, atráves do conhecimento da
palavra e do relacionamento.
3. Jesus é o modelo perfeito de como viver uma vida que não é
dominada pela natureza humana. Devemos fazer igual. O que
Jesus faria no meu lugar?
4. Praticar o amor e o perdão. A natureza humana é egoísta, e
quando exercemos o amor e o perdão estamos deixando de
lado essa natureza e deixando a graça de Deus fluir sobre nós.
5. Busca constante da santidade. Busque agradar a Deus em
todas as áreas da sua vida.
6. Estar em comunhão, vivendo o amor de Cristo em unidade.
- Pra finalizar, vamos ser sábios

"A sabedoria que vem do céu é antes de tudo pura; e é
também pacífica, bondosa e amigável. Ela é cheia de
misericórdia, produz uma colheita de boas ações, não
trata os outros pela sua aparência e é livre de
fingimento." - Tiago 3:17
Se nós temos a sabedoria que vêm do céu, conseguimos viver
com a liberdade que Cristo nos deu, sem o risco de pecarmos
contra nós mesmos ou contra nosso irmão. Devemos viver sendo
bons para os outros, sempre tratar com amor, e com humildade.

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livres. Por isso, continuem firmes como pessoas livres e

- Se notarmos esses comportamentos, podemos estar

Paulo enfatiza que, embora esses alimentos possam não ser

16 Quero dizer a vocês o seguinte: deixem que o

- Como não permitir que a natureza humana nos domine?

- Pra finalizar, vamos ser sábios

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