Metodologia de Avaliação e Perda e Controle de Danos
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Segurança do trabalho
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O tamanho de uma perda em si não é capaz de definir a relevância que deve ser
considerada no controle das causas geradoras. As causas do acidente ocorrido e do
potencial que ele tem de gerar perdas devem ser avaliadas criticamente, dentro de um
contexto de probabilidade e frequência de ocorrência, até mesmo com relação à
extensão de danos que podem ser gerados. Somente assim pode-se definir o nível de
controle que deve efetivamente ser aplicado.
Quanto ao conceito legal previdenciário, a Lei n.º 8.213, artigo 19, determina que
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materiais etc.
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Em linhas gerais, pode-se dizer que o custo do acidente é o somatório dos custos
diretos e indiretos envolvidos.
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Por outro lado, o custo indireto está relacionado com o ambiente que envolve o
acidentado e com as consequências geradas pelo acidente. Por exemplo: despesas no
reparo de equipamentos e materiais; pagamento de horas-extras para cobrir o prejuízo
causado à produção; gastos na contratação e treinamento de um substituto, entre
outros gastos.
Esses conceitos para levantamento dos custos não têm demonstrado tanta
eficiência. Por isso, pesquisas realizadas pela Fundação Jorge Duprat e Figueiredo de
Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), revelou a necessidade de se mudar
os conceitos tradicionais de custos de acidentes e introduziu o conceito de custo
efetivo dos acidentes. Conforme descrito a seguir:
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Para auxiliar no controle e cálculo dos custos de acidentes, muitas empresas têm
uma ficha de comunicação interna de acidentes do trabalho. Neste documento são
relatados os acidentes, bem como o que aconteceu com o funcionário.
Exemplo
No dia 21/06/2017, por volta das 9 horas da manhã, no setor das caldeiras de
uma fábrica de papel, uma das caldeiras de alimentação de vapor explodiu, lançando
vapor e água fervente sobre dois trabalhadores; Carlos Silva (matrícula: 2211),
operador de caldeira, e Marcos Souza (matrícula: 2212), ajudante de caldeira. Foram
provocadas queimaduras de 1º e 2º grau. Assim, funcionários que compõem a brigada
de incêndio da empresa encaminharam os acidentados para o hospital.
Assim, tomando como base essas informações, qual será o custo efetivo do
acidente? Considerando que a empresa irá receber um seguro equivalente ao valor de
R$ 50.000,00 (representado por i).
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Determinar C1
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Determinar C2
Determinar C3
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i: R$ 50.000,00
C=R$ 56.005,00
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Controle de danos
A teoria do controle de danos nasceu dos estudos de Frank Bird Júnior. Este
autor estudou durante um período de mais de sete anos os acidentes ocorridos na
empresa metalúrgica Luckens Steel, na qual ele próprio trabalhava.
Para Bird apud Alberton (1996), utilizando a prevenção e controle dos incidentes,
por meio do controle de perdas, é possível proteger com segurança as pessoas, os
equipamentos, o material e o ambiente. Assim, surge um novo conceito denominado
danos à propriedade, ou seja, passam a ser considerados também acidentes,
quaisquer acontecimentos que gerem perdas à empresa, sejam materiais e/ou com
equipamentos. Anteriormente aos estudos de Bird, acidentes eram somente aqueles
acontecimentos que resultassem em lesão pessoal.
Verificações Iniciais
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Nesta etapa acontece o controle concreto dos danos pela manutenção. Assim, o
sistema de registro de danos à propriedade deve ser o mais simples e objetivo, de
modo que melhor se adapte aos procedimentos já existentes na empresa. Como
exemplos de sistema de registros de informações, pode-se citar o sistema de
etiquetas e o sistema de ordens de serviço.
Sistema de etiquetas
Caracteriza-se pela implantação de etiquetas em todos os equipamentos
ou instalações que precisam passar por manutenção, pois são
provenientes de acidentes. Podendo constar as seguintes informações:
departamento que requereu o reparo; descrição do dano, razão do
reparo, data da ocorrência do acidente e assinatura do responsável
(autorizado) pelo pedido. No verso da etiqueta poderá ser impresso que
ela deverá ser aplicada em todo o equipamento que necessita de reparos
e que a reposição de peças e/ou reparos só serão executados com a
presença dela.
Exame analítico
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Assim, essa nova teoria definiu que os acidentes que resultavam em danos às
instalações, equipamentos e aos materiais apresentavam as mesmas causas básicas
do que aqueles com lesões. Sendo que, o objetivo do controle total de perdas, é
reduzir ou eliminar todos os acidentes que possam interferir ou paralisar um sistema
de produção.
Deste modo, pode-se dizer que o controle total de perdas envolve: prevenção de
lesões (acidentes que tem como resultado lesões pessoais); controle total de acidentes
(danos à propriedade, equipamentos e materiais); prevenção de incêndios (controle de
todas as perdas por incêndios); segurança industrial (proteção dos bens da empresa);
controle da contaminação do ar, água e solo; higiene e saúde industrial e
responsabilidade pelo produto.
Segundo Fletcher (apud DE CICCO et al. 1986), três são os passos para serem
dados no processo de implantação de um programa de controle total de perdas:
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2º Determinar prioridades
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Para que um perfil forneça de forma adequada estas informações, ele deve ser
dividido em seções que contenham os vários itens ou pontos que podem ser
abrangidos pelo programa de prevenção. Para estes itens, são elaboradas
questões reflexivas. Caso elas sejam respondidas, permitirão determinar o grau
de execução ou implantação em que se encontra o programa em análise.
Deste modo, a tabela, a seguir, apresenta a escala proposta por Fletcher para
avaliar até que grau os programas de prevenção foram efetivamente implantados
e se estão gerando resultados satisfatórios para a organização que está
envolvida.
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Essa etapa tem como finalidade determinar as prioridades que devem ser
adotadas pelo programa de controle de perdas.
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Plano de emergência
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Relatório de inspeção
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1. Brainstorming
3. Técnica Delphi
4. Listas de verificação
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APR
Tal técnica contém alguns pontos que merecem destaque. São eles:
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Arranjo físico
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NÍVEL DESCRIÇÃO
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Por fim, devem ser cruzadas duas matrizes, chegando a um resultado em que
seja possível definir os pontos que merecem mais atenção e que devem ser sanados
imediatamente. Esse recurso é chamado de matriz de risco.
MATRIZ DE RISCO
SEVERIDADE FREQUÊNCIA
A B C D E
I 1 1 1 2 3
II 1 1 2 3 4
III 1 2 3 4 5
IV 2 3 4 5 5
HazOp
Existem seis termos que são considerados no HazOp como guias e que auxiliam
a compreender os desvios em um processo. Os termos são estes:
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Nenhum
Reverso
Mais
Menos
Componentes a mais
AMFE
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Efeitos
Modo No Método
Componente sobre outros
de falha subsistema de detecção
componentes
Abertura
Observar
da válvula de
saída pelo
Falha entrada
Flutuador Não “ladrão”
em flutuar Recipiente
Consumo
pode ir ao nível
excessivo
máximo
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What if
What if(em português, “E se?”)é uma técnica qualitativa conhecida por ser
simples. Ela avalia os riscos na fase de planejamento de um projeto, um processo ou
uma “planta-piloto” e deve ser realizada em reuniões com o intuito de gerar discussões
a respeito dos problemas identificados.
Para aplicar tal técnica, duas equipes devem ser formadas e elaborar
questionamentos sobre a empresa e os setores desta de modo geral. Uma das
equipes é conhecedora dos processos, e a outra pode ser composta por pessoas que
não os conhecem tão profundamente quanto a primeira.
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Medida de controle
E se... Perigo/consequência de risco e de
emergência
Inspecionar
... for utilizado um Quebra do disco e
visualmente os
disco com desgaste da projeção de pedaços dele,
equipamentos antes de
fibra? atingindo o trabalhador
utilizá-los
Orientar sobre a
... o trabalhador
Cortes e lacerações importância da não
remover as proteções
no trabalhador remoção de proteções de
das ferramentas?
ferramentas e máquinas
Realizar
... o cabo de manutenções periódicas
alimentação não estiver Choque elétrico no nos equipamentos e
em boas condições de trabalhador inspecioná-los
conservação? visualmente antes de
utilizá-los
Considerações finais
Este material refletiu sobre as diversas formas de avaliação e controle de perdas
e danos nas organizações. Estes conceitos, em segurança no trabalho, emergem com
o intuito de fornecer ferramentas para a elaboração de planos de segurança, os quais
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devem receber apoio de todos os funcionários, desde a alta direção da empresa até o
trabalhador que está diretamente envolvido com a operação.
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