Coesao e Coerencia 2

COESÃO E
COERÊNCIA TEXTUA
"A coesão não nos revela a significação

texto, revela-nos a construção do texto
enquanto edifício semântico." --M. Hallid
TEXTO: TECIDO
» TEXTO
» MORTO
• TECER
MORRER » TECIDO
» MORRIDO
TESSITURA
EXEMPLO:
• Doente não à foi estava

aula ele.
EXEMPLO:
• Doente não à foi estava aula ele.
• Ele estava doente. Não foi à aula.

– Organização lógica: Coerência
• Ele estava doente, por isso não foi à

aula.
– Relação de consequência: Coesão
O QUE É UM
TEXTO?
TEXTO
• Texto: não é uma simples sequência de
frases isoladas, mas uma unidade
linguística com propriedades estruturais
específicas.
• Texto: unidade básica de manifestação

da linguagem.
ELEMENTOS RESPONSÁVEIS
PELA TEXTUALIDADE
• Coesão;
• Coerência;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Intencionalidade;
• Aceitabilidade.
RECURSOS SEMÂNTICOS:
ELOS COESIVOS
• Exemplo:
– Os jovens não têm noção do perigo. Eles

acham que são imunes a tudo.
COERÊNCIA
Um texto pode ser incoerente
seu autor não consegue inferir um s
ou uma ideia através da articulação d
frases e parágrafos e por meio de re
linguísticos (pontuação, vocabulário,
A coerência textual é a relação lógic
entre as ideias; é o resultado da não
contradição entre as partes do texto.
As crianças estão morrendo de fome p
causa da riqueza do país.
Adoro sanduíche porque engorda.
As frases acima são contraditórias, nã
apresentam informações claras,
portanto, são incoerentes.
COESÃO
É a ligação, a relação, a conexão entre a
palavras, expressões ou frases do texto.
Comprei um livro que me foi muito útil

realizar a prova.
Comprei um livro. O livro me foi muito útil

realizar a prova.
Conheci o pai da Joana, que me pareceu
muito inteligente.
Quem é inteligente: o pai ou Joana? Neste caso, a

variação do pronome que exclui a ambiguidade.
Conheci o pai da Joana, o qual me pareceu

muito inteligente.
Conheci o pai da Joana, a qual me pareceu m
inteligente.
Os automóveis colocados à venda
durante a exposição não obtiveram muito
sucesso. Isso talvez tenha ocorrido porque
os carros não estavam em um lugar de
destaque no evento.
O Rio de Janeiro é uma das cidades mai

importantes do Brasil. A cidade maravilhosa
é conhecida mundialmente por suas beleza
naturais, hospitalidade e carnaval.
Há diversas formas de se garantir a co
entre os elementos de uma frase ou de u
texto:
1. Substituição de palavras com o empreg
sinônimos ou de palavras ou expressões
mesmo campo associativo.
2. Nominalização – emprego alternativo e
um verbo, o substantivo ou o adjetivo
correspondente (desgastar / desgaste /
desgastante).
3. Repetição na ligação semântica do
termos, empregada como recurs
estilístico de intenção articulatória, e nã
uma redundância - resultado da pobrez
de vocabulário. Por exemplo:
“Grande no pensamento, grande n

ação, grande na glória, grande no
infortúnio, ele morreu desconhecido e
só.”(Rocha Lima)
4. Uso de hipônimos – relação qu
estabelece com base na
especificidade do significado de um
Por exemplo, mesa (mais específic
móvel (mais gené
5. Emprego de hiperônimos - relações

termo de sentido mais amplo com out
sentido mais específico. Por exemplo,
está numa relação de hiperonímia
gato.
6. Substitutos universais
Necessito viajar, porém só o farei no ano
vindouro.
A coesão apoiada na gramática
dá-se no uso de conectivos, como certos
pronomes, certos advérbios e expressões
adverbiais, conjunções, elipses, entre
outros.
A coesão textual pode ser feita através de
termos que:
• retomam palavras, expressões ou frases j
ditas, através de pronomes, verbos, nume
advérbios, substantivos, adjetivos.
• encadeiam partes ou segmentos do texto:

palavras ou expressões que criam as rela
entre os elementos do texto.
a)fazem uma gradação na direção de uma conclusão: "at
"mesmo", "inclusive" etc;
b) argumentam em direção a conclusões opostas: "caso c

"ou", "ou então", "quer... quer"; etc;
c) ligam argumentos em favor de uma mesma conclusão:

"também", "ainda", "nem", "não só... mas também" etc;
d) fazem comparação de superioridade, de inferioridade o

igualdade: "mais... do que", "menos... do que", "tanto... qu
e) justificam ou explicam o que foi dito: "porque", "já que",

"pois" etc;
f) introduzem uma conclusão: portanto, logo, por consegu

etc;
g) contrapõem argumentos: "mas", "porém", "todavia", "con
"entretanto", "no entanto", "embora", "ainda que" etc;
h) indicam uma generalização do que já foi dito: "de fato", "

"realmente", "também" etc;
i) introduzem argumento decisivo: "aliás", "além disso", "ad

"além de tudo" etc;
j) trazem uma correção ou reforçam o conteúdo do já dito: "

"ao contrário", "de fato", "isto é", "quer dizer", "ou seja", e
l) trazem uma confirmação ou explicitação: "assim", "dessa

"desse modo", etc;
m) especificam ou exemplificam o que foi dito: "por exempl

2) Os elementos coesivos por justaposição
estabelecem a sequência do texto, ou seja:
a) introduzem o tema ou indicam mudança de assunto: "a pro
"por falar nisso", "mas voltando ao assunto" etc;
b) marcam a sequência temporal: "cinco anos depois", "um po
mais tarde", etc;
c) indicam a ordenação espacial: "à direita", "na frente", "atrás
d) indicam a ordem dos assuntos do texto: "primeiramente", "a
"finalmente", etc.
COERÊNCIA SEM COESÃO
• Olhar fito no horizonte. Apenas o ma

imenso. Nenhum sinal de vid
humana. Tentativa desesperada d
recordar alguma coisa. Nada.
COESÃO SEM COERÊNCIA
• Fui à praia me bronzear porque

estava nevando e, quando isso
ocorre, o calor aumenta, o que faz
com que sintamos frio.
IMPORTANTE
• Coesão não é condição necessária nem
para que um texto seja um texto.
• MAS: uso de elementos coesivos as

legibilidade, explicitando os tipos de
entre os segmentos do texto.
Guerreiro Menino
Gonzaguinha Precisam de um descanso
Um homem também chora Precisam de um remanso
Menina morena Precisam de um sonho
Também deseja colo Que os tornem perfeitos
Palavras amenas É triste ver este homem
Precisa de carinho Guerreiro menino
Precisa de ternura Com a barra de seu tempo
Precisa de um abraço Por sobre seus ombros
Da própria candura Eu vejo que ele berra
Guerreiros são pessoas Eu vejo que ele sangra
São fortes, são frágeis A dor que traz no peito
Guerreiros são meninos Pois ama e ama
No fundo do peito
PARALELISMO
SINTÁTICO E SEMÂNTICO
Paralelismo:
É a identidade de estrutura numa sucessão de
frases;
Esquema formal em que temos a repetição
próxima da mesma estrutura sintática ou de
sequência de unidades sintáticas.
Pode ser: sintático ou gramatical

rítmico ou semântico
Sintático:
Ex. DN Turismo. Você leva a vida.
A gente leva você.
Sujeito + predicado+ obj. direto
Semântico:
Ex. Durante as quartas-de-final, o time do Br
enfrentar a seleção da H
Quebra de paralelismo:
Recurso estilístico comum e aceit
linguagem literária. Na comunicação jor
é preciso cuidado, principalmente nas fr
utilizam comparações ou correlações.
Ex. “Durante as quartas-de-final, o
time do Brasil vai enfrentar a
Holanda.”
Ex. “ Esta compensação, ora surge

no sentido de sermos uma máquina
ou não, e assim por diante.”
PARALELISMO:
Não só... mas (como) também:
Ex. A violência não só aumentou nos grandes cent
urbanos, mas também no interior.
Quanto mais... (tanto) m

EX. Atualmente, quanto mais se aperfeiço
profissionalismo, mais chances tem de se prog
Outros exemplos:
Ou...ou / já...já / ora...ora /seja...seja
Nem... nem / não só... mas também /
Quer... quer / tanto... quanto /
Não... nem / por um lado... por outro

Tempos verbais:
Ex. Se a maioria colaborasse,

haveria mais organização.
Exercício:
1- João é simpático e sapateiro.
2- Gosto de crianças e de uvas.
3- Há uma grande diferença entre os candidatos e as

vagas.
4- "...encontrei no trem da Central um rapaz aqui do

bairro, que eu conheço de vista e de chapéu".
5- Todos desempenham um papel na sociedade, seja
um mendigo até a uma posição mais elevada.
6- Para realizar nossas satisfações pessoais, quer no ca

sentimental como também no setor econômico.
7- Este não só desenvolve a sua cultura, e sim traz-nos

criatividade.
( ) Essa invenção permitiu o sofisticado gosto dos reis franceses de colecionar
livros, e a mesma revolução que os degolou foi responsável por abrir suas coleções
ao povo.
( ) Há cerca de 2.300 anos, os homens encontraram uma maneira peculiar de
guardar o conhecimento escrito juntando-o num mesmo espaço. A biblioteca foi uma
entre outras das brilhantes idéias dos gregos, que permanecem até hoje.
( ) Apesar da resistência da Igreja, a informação começou a girar mais rápido com a
invenção da imprensa de Gutemberg.
( ) Assim, as bibliotecas passaram a ser "serviço de todos", como está escrito nos
anais da maior biblioteca do mundo, a do Congresso, em Washington, que tem 85
milhões de documentos em 400 idiomas diferentes.
( ) Depois deles, a Idade Média trancou nos mosteiros os escritos da antigüidade
clássica e os monges copistas passavam o tempo produzindo obras de arte.
RESPOSTA:
4, 1, 3, 5, 2.
O fenômeno da globalização econômica ocasionou uma s
complexa de mudanças sociais no nível interno e externo d
afetando, em especial, o poder regulador do Estado. ________
estonteante rapidez e abrangência _________ tais mudanças
preciso considerar que em qualquer sociedade, em todos o
mudança existiu como algo inerente ao sistema social.
(Adaptado de texto da Revista do TCU, nº82)
a) Não obstante – com que

b) Portanto – de que
c) De maneira que – a que
d) Porquanto – ao que
e) Quando – de que
A visão sistêmica exclui o diálogo, de resto necessário numa socieda
forma de codificação das relações sociais encontrou no dinheiro uma linguagem
validade dessa linguagem não precisa ser questionada, ________ o sistema
base de imperativos automáticos que jamais foram objeto de discussão dos inte
(Barbara Freytag, A Teoria Crítica Ontem e Hoje, pág. 61, com adaptações)
a) em que – posto que

b) onde – em que
c) cuja – já que
d) na qual – todavia
e) já que - porque

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COESÃO E

"A coesão não nos revela a significação

• Doente não à foi estava

• Ele estava doente. Não foi à aula.

• Ele estava doente, por isso não foi à

• Texto: unidade básica de manifestação

– Os jovens não têm noção do perigo. Eles

Comprei um livro que me foi muito útil

Comprei um livro. O livro me foi muito útil

Quem é inteligente: o pai ou Joana? Neste caso, a

Conheci o pai da Joana, o qual me pareceu

O Rio de Janeiro é uma das cidades mai

“Grande no pensamento, grande n

5. Emprego de hiperônimos - relações

• encadeiam partes ou segmentos do texto:

b) argumentam em direção a conclusões opostas: "caso c

c) ligam argumentos em favor de uma mesma conclusão:

d) fazem comparação de superioridade, de inferioridade o

e) justificam ou explicam o que foi dito: "porque", "já que",

f) introduzem uma conclusão: portanto, logo, por consegu

h) indicam uma generalização do que já foi dito: "de fato", "

i) introduzem argumento decisivo: "aliás", "além disso", "ad

j) trazem uma correção ou reforçam o conteúdo do já dito: "

l) trazem uma confirmação ou explicitação: "assim", "dessa

m) especificam ou exemplificam o que foi dito: "por exempl

• Olhar fito no horizonte. Apenas o ma

• Fui à praia me bronzear porque

• MAS: uso de elementos coesivos as

Pode ser: sintático ou gramatical

Sujeito + predicado+ obj. direto

Ex. “ Esta compensação, ora surge

Quanto mais... (tanto) m

Ou...ou / já...já / ora...ora /seja...seja

Nem... nem / não só... mas também /

Quer... quer / tanto... quanto /

Não... nem / por um lado... por outro

Ex. Se a maioria colaborasse,

2- Gosto de crianças e de uvas.

3- Há uma grande diferença entre os candidatos e as

4- "...encontrei no trem da Central um rapaz aqui do

6- Para realizar nossas satisfações pessoais, quer no ca

7- Este não só desenvolve a sua cultura, e sim traz-nos

(Adaptado de texto da Revista do TCU, nº82)

a) Não obstante – com que

a) em que – posto que

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