5ABNT NBR 7286 - 2022 Cabo Isolado EPR1-35kV

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CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.

790/0001-95

NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 7286
Terceira edição
11.05.2022

Cabos de potência com isolação extrudada


de borracha etilenopropileno (EPR, HEPR
ou EPR 105) para tensões de 1 kV a 35 kV —
Requisitos de desempenho
Power cables with extruded ethylene propylene rubber (EPR, HEPR
or EPR 105) insulation for rated voltages from 1 kV up to 35 kV —
Performance requirements
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

ICS 29.060.20 ISBN 978-85-07-09064-9

Número de referência
ABNT NBR 7286:2022
37 páginas

© ABNT 2022
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Sumário Página

Prefácio................................................................................................................................................vi
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Requisitos............................................................................................................................3
4.1 Designação..........................................................................................................................3
4.1.1 Pelas tensões de isolamento.............................................................................................3
4.1.2 Pelas partes componentes.................................................................................................3
4.2 Condições em regime permanente....................................................................................3
4.3 Condições em regime de sobrecarga...............................................................................3
4.4 Condições em regime de curto-circuito............................................................................3
4.5 Condutor..............................................................................................................................3
4.6 Bloqueio do condutor.........................................................................................................4
4.7 Separador.............................................................................................................................4
4.8 Blindagem do condutor......................................................................................................4
4.9 Isolação................................................................................................................................4
4.10 Blindagem da isolação.......................................................................................................5
4.11 Bloqueio da blindagem metálica.......................................................................................5
4.12 Reunião dos cabos multipolares.......................................................................................5
4.13 Identificação das veias.......................................................................................................5
4.14 Capa interna e enchimento................................................................................................5
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4.15 Capa de separação..............................................................................................................5


4.16 Capa metálica e armação...................................................................................................6
4.17 Cobertura.............................................................................................................................6
4.18 Marcação no produto..........................................................................................................6
5 Inspeção e amostragem.....................................................................................................6
5.1 Condições gerais de inspeção...........................................................................................6
5.2 Ensaios de recebimento (R e E).........................................................................................6
5.3 Ensaios de tipo (T)..............................................................................................................7
5.4 Ensaios de controle............................................................................................................9
5.5 Ensaios durante e após a instalação..............................................................................10
5.6 Critérios de amostragem..................................................................................................10
6 Aceitação e rejeição.......................................................................................................... 11
6.1 Inspeção visual.................................................................................................................. 11
6.2 Ensaios especiais.............................................................................................................12
7 Ensaios...............................................................................................................................12
7.1 Resistência elétrica dos condutores (R e T)...................................................................12
7.2 Tensão elétrica na isolação (R e T)..................................................................................12
7.3 Tensão elétrica de screening na isolação (R e T)..........................................................13
7.4 Resistência de isolamento à temperatura ambiente (R e T).........................................15
7.5 Resistência de isolamento a 90 °C (T)............................................................................16

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7.6 Descargas parciais (R e T)...............................................................................................17


7.7 Dobramento (T)..................................................................................................................20
7.8 Determinação do fator de perdas no dielétrico (tangente δ) em função do gradiente
elétrico máximo no condutor (E e T)...............................................................................20
7.9 Determinação do fator de perdas no dielétrico (tangente δ) em função da
temperatura (T)..................................................................................................................23
7.10 Ciclos térmicos (T)............................................................................................................23
7.11 Tensão elétrica de impulso (T).........................................................................................24
7.12 Tensão elétrica de longa duração (E e T)........................................................................24
7.13 Envelhecimento em cabo completo (T)...........................................................................25
7.14 Ensaio de resistência à chama (T)...................................................................................25
7.15 Aderência da blindagem semicondutora da isolação (E e T).......................................25
7.16 Ensaios físicos nos componentes do cabo (E e T)........................................................26
7.17 Penetração longitudinal de água.....................................................................................26
7.18 Ensaios mecânicos e inspeção visual no composto da cobertura após o
envelhecimento artificial em câmara UV (T)...................................................................26
8 Marcação, rotulagem e embalagem.................................................................................26
8.1 Acondicionamento e fornecimento.................................................................................26
8.2 Marcação............................................................................................................................27
Anexo A (normativo) Tabela de fatores para correção da resistência de isolamento.................28
Anexo B (normativo) Penetração longitudinal de água..................................................................32
B.1 Objetivo..............................................................................................................................32
B.2 Aparelhagem......................................................................................................................32
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B.3 Execução do ensaio..........................................................................................................32


B.3.1 Penetração de água pelo bloqueio da blindagem metálica..........................................32
B.3.2 Penetração de água pelo bloqueio do condutor............................................................33
B.4 Resultados.........................................................................................................................33
Anexo C (informativo) Dados para as informações de encomenda dos cabos...........................35
Anexo D (informativo) Recomendações complementares.............................................................36
D.1 Objetivo..............................................................................................................................36
D.2 Ensaios especiais para os cabos com comprimento inferior ao estabelecido em
5.7.4....................................................................................................................................36
D.3 Ensaios de tipo..................................................................................................................36
D.4 Ensaios de controle..........................................................................................................36
D.5 Recuperação de lotes para inspeção..............................................................................37
D.6 Garantias............................................................................................................................37

Figuras
Figura B.1 – Tubo com bocais...........................................................................................................34
Figura B.2 – Esquema do ensaio......................................................................................................34
Figura B.3 – Esquema do circuito de ensaio...................................................................................34

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Tabelas
Tabela 1 – Determinação do número de amostras.......................................................................... 11
Tabela 2 – Valores eficazes de tensão elétrica alternada...............................................................13
Tabela 3 – Valores de tensão elétrica contínua...............................................................................13
Tabela 4 – Valores eficazes de tensão elétrica de screening – Espessura plena........................14
Tabela 5 – Valores eficazes de tensão elétrica de screening – Espessura coordenada.............15
Tabela 6 – Valores de tensão de exploração e medição para o ensaio de descargas parciais –
Espessura plena................................................................................................................18
Tabela 7 – Valores de tensão de exploração e medição para ensaio de descargas parciais –
Espessura coordenada.....................................................................................................19
Tabela 8 – Valores de tensão para ensaios de fator de perdas no dielétrico (tangente δ) em
função do gradiente máximo – Espessura plena...........................................................21
Tabela 9 – Valores de tensão para ensaios de fator de perdas no dielétrico (tangente δ) em
função do gradiente máximo – Espessura coordenada................................................22
Tabela 10 – Valores de fator de perdas do dielétrico (tangente δ).................................................23
Tabela 11 – Tensão elétrica suportável de impulso atmosférico do cabo....................................24
Tabela A.1 — Fatores para correção da resistência de isolamento em função da temperatura...28
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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 7286 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003), pela Comissão
de Estudo de Cabos Isolados (CE-003:020.003). O Projeto de Revisão circulou em Consulta Nacional
conforme Edital nº 01, de 21.01.2022 a 21.02.2022.

A ABNT NBR 7286:2022 cancela e substitui a ABNT NBR ABNT NBR 7286:2015 Versão
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corrigida 2:2018, a qual foi tecnicamente revisada.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 7286 é o seguinte:

Scope
This Standard specifies the requirements for single-core, multi-core or multiplexed power cables
insulated with ethylene propylene rubber (EPR, HEPR or EPR 105) and sheathed, for fixed installations.

These cables are used in power distribution networks and general electrical circuits, for rated voltages
up to 35 kV, according to ABNT NBR 5410 or ABNT NBR 14039.

According to ABNT NBR 14039, as an alternative to the regular construction of the single-core and
pre-assembled cables with rated voltage 3.6/6 kV, or higher, it can be specified cables with water
blocking barriers (conductor and/or metalic screen), where there is a risk of water contact for a long
period of time.

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Cabos de potência com isolação extrudada de borracha etilenopropileno


(EPR, HEPR ou EPR 105) para tensões de 1 kV a 35 kV — Requisitos de
desempenho

1 Escopo
Esta Norma especifica os requisitos para cabos de potência unipolares, multipolares ou multiplexados,
isolados com borracha etilenopropileno (EPR, HEPR ou EPR 105), com cobertura, para instalações
fixas.

Estes cabos são utilizados em circuitos como redes de distribuição e instalações industriais em tensões
até 35 kV, conforme as ABNT NBR 5410 ou ABNT NBR 14039.

Conforme a ABNT NBR 14039, em alternativa à construção normal dos cabos unipolares e multiplexados
com tensões de isolamento iguais ou superiores a 3,6/6 kV, podem ser especificados cabos com
condutor e/ou blindagem metálica bloqueada contra penetração de água, onde há risco de contato
prolongado com água.

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).
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ABNT NBR 5410, Instalações elétricas de baixa tensão

ABNT NBR 5426, Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos

ABNT NBR 5456, Eletricidade geral – Terminologia

ABNT NBR 5471, Condutores elétricos

ABNT NBR 6251, Cabos de potência com isolação extrudada para tensões de 1 kV a 35 kV – Requisitos
construtivos

ABNT NBR 6813, Fios e cabos elétricos – Ensaio de resistência de isolamento

ABNT NBR 6814, Fios e cabos elétricos – Ensaio de resistência elétrica

ABNT NBR 6881, Fios e cabos elétricos de potência, controle e instrumentação – Ensaio de tensão
elétrica

ABNT NBR 7294, Fios e cabos elétricos – Ensaio de descargas parciais

ABNT NBR 7295, Fios e cabos elétricos – Ensaio de capacitância e fator de dissipação

ABNT NBR 7296, Fios e cabos elétricos – Ensaio de impulso atmosférico

ABNT NBR 7312, Rolos de fios e cabos elétricos – Características dimensionais

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ABNT NBR 9511, Cabos elétricos – Raios mínimos de curvatura para instalação e diâmetros mínimos
de núcleos de carretéis para acondicionamento

ABNT NBR 9512, Fios e cabos elétricos – Intemperismo artificial sob condensação de água, temperatura
e radiação ultravioleta B, proveniente de lâmpadas fluorescentes

ABNT NBR 11137, Carretéis de madeira para o acondicionamento de fios e cabos elétricos – Dimensões
e estruturas

ABNT NBR 14039, Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV

ABNT NBR 15443, Fios, cabos e condutores elétricos – Verificação dimensional e de massa

ABNT NBR NM 280, Condutores de cabos isolados (IEC 60228, MOD)

ABNT NBR NM IEC 60332-1, Métodos de ensaios em cabos elétricos sob condições de fogo – Parte 1:
Ensaio em um único condutor ou cabo isolado na posição vertical

ABNT NBR NM IEC 60811-1-1, Métodos de ensaios comuns para os materiais de isolação
e de cobertura de cabos elétricos – Parte 1: Métodos para aplicação geral – Capítulo 1: Medição
de espessuras e dimensões externas – Ensaios para a determinação das propriedades mecânicas

ASTM G155, Practice for operating xenon arc light apparatus for exposure of non-metallic materials

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições das ABNT NBR 5456,
ABNT NBR 5471 e ABNT NBR 6251, e os seguintes.
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3.1
blindagem bloqueada
construção em que é realizado o preenchimento dos interstícios entre a blindagem semicondutora
da isolação e a cobertura ao longo do comprimento do cabo, com material compatível com
os componentes do cabo, com a finalidade de conter a migração longitudinal de água no seu interior

3.2
comprimento nominal
quantidade-padrão de fabricação e/ou quantidade que conste na ordem de compra para cada unidade
de expedição

3.3
condutor bloqueado
construção em que é realizado o preenchimento dos interstícios do condutor ao longo do seu
comprimento, com material compatível com os componentes do cabo, com a finalidade de conter
a migração longitudinal de água no seu interior

3.4
lance
unidade de expedição de comprimento contínuo

3.5
quantidade efetiva
quantidade contida em uma unidade de expedição, determinada por meio de equipamento adequado
que garanta a incerteza máxima especificada

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3.6
unidade de expedição
unidade constituída por um rolo, uma bobina ou outra forma de acondicionamento acordada

4 Requisitos
4.1 Designação

4.1.1 Pelas tensões de isolamento

Para os efeitos desta Norma, os cabos de potência se caracterizam pela tensão de isolamento, Uo/U,
conforme a ABNT NBR 6251.

4.1.2 Pelas partes componentes

Os cabos devem ser designados pelas partes componentes previstas nesta Norma (tipo de condutor,
isolação, blindagens, armação e cobertura).

4.2 Condições em regime permanente

A temperatura no condutor, em regime permanente, não pode ultrapassar 90 °C, para a classe
de cabos a 90 °C, ou 105 °C, para a classe de cabos a 105 °C.

4.3 Condições em regime de sobrecarga

4.3.1 A temperatura no condutor em regime de sobrecarga não pode ultrapassar 130 °C, para
a classe de cabos a 90 °C, ou 140 °C, para a classe de cabos a 105 °C. A operação neste regime não
pode superar 100 h, durante 12 meses consecutivos, nem 500 h, durante a vida útil do cabo.
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4.3.2 Para cabos com cobertura em ST7, a temperatura de sobrecarga deve ser limitada a 130 °C.

NOTA O cabo, quando submetido a regime de sobrecarga, tem a sua vida útil projetada reduzida
em certo grau, em relação à vida prevista para as condições em regime permanente. Além disto, limites
mais baixos de temperatura podem ser requeridos em função de materiais usados nas emendas e terminais
ou em função de condições de instalação.

4.4 Condições em regime de curto-circuito

A temperatura no condutor em regime de curto-circuito não pode ultrapassar 250 °C. A duração
neste regime não pode ultrapassar 5 s.

4.5 Condutor

4.5.1 O condutor deve ser de cobre ou alumínio e estar conforme as ABNT NBR 6251
e ABNT NBR NM 280.

4.5.2 A superfície do condutor de seção maciça ou dos fios componentes do condutor encordoado
não pode apresentar fissuras, escamas, rebarbas, aspereza, estrias ou inclusões. O condutor pronto
não pode apresentar falhas de encordoamento.

4.5.3 O condutor de seção maciça ou fios componentes do condutor encordoado, antes de serem
submetidos a fases posteriores de fabricação, devem atender aos requisitos da ABNT NBR NM 280.
A resistência mínima à tração dos fios de alumínio, antes do encordoamento, deve ser de 105 MPa.

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4.6 Bloqueio do condutor

4.6.1 Quando for previsto condutor bloqueado longitudinalmente, os interstícios internos entre os fios
componentes do condutor devem ser preenchidos com material compatível, química e termicamente,
com os componentes do cabo. O fabricante deve garantir essa compatibilidade por meio dos ensaios
de 7.10 e 7.13

4.6.2 Quando for previsto condutor bloqueado longitudinalmente, o condutor encordoado deve
atender aos requisitos do ensaio de 7.17, realizado em amostra de cabo completo ou veia.

4.7 Separador

Quando previsto, o separador deve ser conforme a ABNT NBR 6251.

4.8 Blindagem do condutor

4.8.1 A blindagem do condutor, quando necessária, deve ser conforme a ABNT NBR 6251.

4.8.2 A blindagem constituída por camada extrudada deve ser termofixa e estar justaposta
ao condutor ou à fita semicondutora (se houver), sendo facilmente removível e não aderente
ao condutor.

4.8.3 As espessuras média e mínima da blindagem devem ser medidas conforme


a ABNT NBR NM IEC 60811-1-1. Pode ser empregado um processo óptico, como projeção de perfil
ou equivalente.

4.9 Isolação

4.9.1 A isolação deve ser constituída por composto extrudado termofixo à base de copolímero
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ou terpolímero de etileno propileno (EPR, HEPR ou EPR 105), conforme a ABNT NBR 6251.

4.9.2 A isolação deve ser contínua e uniforme, ao longo de todo o seu comprimento.

4.9.3 A isolação dos cabos sem blindagem do condutor ou separador deve estar justaposta
ao condutor, facilmente removível e não aderente a este.

4.9.4 A isolação dos cabos com blindagem do condutor deve ser aderente a esta, de modo a não
permitir a existência de vazios entre a blindagem do condutor e a isolação, ao longo de todo o seu
comprimento.

4.9.5 A espessura nominal da isolação deve ser conforme a ABNT NBR 6251, de acordo com o tipo
de composto utilizado (EPR, HEPR ou EPR 105). A ABNT NBR 6251 apresenta duas alternativas
de isolação: espessura plena para isolação em EPR ou HEPR e espessura coordenada para isolação
em HEPR. Para o EPR 105 com tensões de isolamento iguais ou superiores a 3,6/6 kV e temperatura
no condutor de 105 °C, são previstas as espessuras plena e coordenada.

4.9.6 As espessuras média e mínima da isolação devem ser medidas conforme


a ABNT NBR NM IEC 60811-1-1. Pode-se empregar um processo óptico, como projeção de perfil
ou equivalente.

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4.10 Blindagem da isolação


4.10.1 A blindagem da isolação, compreendendo parte semicondutora e parte metálica, deve ser
conforme a ABNT NBR 6251. A parte semicondutora deve ser termofixa e, para tensões de isolamento
iguais ou superiores a 6/10 kV, deve ser extrudada simultaneamente à isolação e à blindagem
do condutor em cabeça única, ou seja, em processo de coextrusão em três camadas.

NOTA Recomenda-se, para cabos com tensões de isolamento iguais ou superiores a 6/10 kV,
que o processo de vulcanização do composto da isolação e das blindagens semicondutoras ocorra
em atmosfera inerte de nitrogênio (Dry-curing).

4.10.2 O ensaio de aderência da parte semicondutora extrudada da blindagem da isolação deve ser
realizado conforme 7.15.

4.10.3 As espessuras média e mínima da blindagem da isolação devem ser medidas conforme
a ABNT NBR NM IEC 60811-1-1. Pode ser empregado um processo óptico, como projeção de perfil
ou equivalente.

4.11 Bloqueio da blindagem metálica


4.11.1 Nos cabos unipolares ou multiplexados, com construção da blindagem metálica bloqueada
longitudinalmente, deve ser aplicado nos interstícios, entre a blindagem semicondutora da isolação
e a cobertura, um material ou a combinação de materiais adequados e compatíveis, química
e termicamente, com os componentes do cabo.

4.11.2 O bloqueio deve atender ao ensaio de penetração longitudinal de água descrito em 7.17.

4.11.3 Qualquer construção alternativa para bloqueio transversal é permitida, como a utilização
de capa metálica ou fita metálica laminada, por exemplo.
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4.12 Reunião dos cabos multipolares


4.12.1 Nos cabos multipolares, as veias devem ser reunidas conforme a ABNT NBR 6251.

4.12.2 O passo de reunião para cabos multipolares deve ser adotado de maneira a permitir que
o cabo completo atenda aos requisitos do ensaio de dobramento descrito em 7.7.

4.12.3 O passo de reunião para cabos multiplexados deve ser de no máximo 60 vezes o diâmetro
nominal do maior cabo unipolar, constituinte destes.

4.12.4 A verificação do passo deve ser conforme a ABNT NBR 15443. Não podem ser considerados
os comprimentos iniciais da bobina ou do rolo que possam apresentar alterações no passo de reunião.

4.13 Identificação das veias


As veias devem ser identificadas convenientemente, conforme a ABNT NBR 6251.

4.14 Capa interna e enchimento


Quando previstos, a capa interna e o enchimento devem ser conforme a ABNT NBR 6251.

4.15 Capa de separação


4.15.1 Quando prevista, a capa de separação deve ser constituída por um dos materiais indicados
em 4.17.1 e deve estar conforme a ABNT NBR 6251.

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4.15.2 As espessuras da capa de separação devem ser medidas conforme


a ABNT NBR NM IEC 60811-1-1.

4.16 Capa metálica e armação


Quando previstas, a capa metálica e a armação devem ser conforme a ABNT NBR 6251.

4.17 Cobertura
4.17.1 A cobertura dos cabos deve ser constituída por material termoplástico (ST2 ou ST7)
ou termofixo (SE1/A ou SE1/B), conforme a ABNT NBR 6251.

4.17.2 As espessuras da cobertura devem ser medidas conforme a ABNT NBR NM IEC 60811-1-1.

4.18 Marcação no produto


4.18.1 A marcação da cobertura deve ser conforme a ABNT NBR 6251.

4.18.2 No caso de cobertura termoplástica, a marcação em baixo-relevo ou em alto-relevo,


ou com tinta, deve ser padronizada.

4.18.3 No caso de cobertura termofixa, a marcação com tinta deve ser padronizada.

4.18.4 Qualquer outro tipo de marcação deve ser objeto de acordo entre o fabricante
e o comprador.

5 Inspeção e amostragem
5.1 Condições gerais de inspeção
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5.1.1 Os ensaios previstos nesta Norma são classificados em:

a) ensaios de recebimento (R e E);

b) ensaios de tipo (T);

c) ensaios de controle;

d) ensaios durante e após a instalação.

5.1.2 Antes de qualquer ensaio, deve ser realizada uma inspeção visual sobre todas as unidades
de expedição, para verificação das condições estabelecidas em 4.18 e na Seção 8.

5.2 Ensaios de recebimento (R e E)


5.2.1 Os ensaios de recebimento constituem-se em:

a) ensaios de rotina (R);

b) ensaios especiais (E).

5.2.2 Os ensaios de rotina (R) solicitados nesta Norma, para cabos com tensões de isolamento
iguais ou inferiores a 3,6/6 kV, são:

a) resistência elétrica do condutor, conforme 7.1;

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b) tensão elétrica na isolação, conforme 7.2;

c) resistência de isolamento à temperatura ambiente, conforme 7.4.

5.2.3 Os ensaios de rotina (R) solicitados nesta Norma para cabos com tensões de isolamento
superiores a 3,6/6 kV são:

a) resistência elétrica do condutor, conforme 7.1;

b) tensão elétrica de screening na isolação, conforme 7.3;

c) descargas parciais, conforme 7.6.

5.2.4 Para os cabos multipolares ou multiplexados, todas as veias devem ser submetidas aos
ensaios de rotina.

5.2.5 As verificações e os ensaios especiais (E) solicitados nesta Norma são:

a) verificação da construção do cabo, conforme 4.5 a 4.18;

b) tração e alongamento na isolação, antes e após o envelhecimento, conforme 7.16;

c) alongamento a quente na isolação, conforme 7.16;

d) tração e alongamento na capa de separação (se existir) e na cobertura, antes e após


o envelhecimento, conforme 7.16;

e) determinação do fator de perdas no dielétrico (tangente d), em função do gradiente elétrico


máximo no condutor, para cabos com tensões de isolamento superiores a 3,6/6 kV, conforme 7.8;
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f) tensão elétrica de longa duração para cabos com tensões de isolamento iguais ou inferiores
a 3,6/6 kV, conforme 7.12;

g) aderência da blindagem semicondutora da isolação, para cabos a campo radial, conforme 7.15.

Os ensaios especiais (E) devem ser realizados em amostras de cabo completo, ou em componentes
retirados destas, conforme critério de amostragem estabelecido em 5.6.3 a 5.6.10, com a finalidade
de verificar se o cabo atende às especificações do projeto.

5.3 Ensaios de tipo (T)

5.3.1 Os ensaios de tipo (T) elétricos solicitados nesta Norma para cabos com tensões de isolamento
iguais ou inferiores a 3,6/6 kV são:

a) resistência elétrica do condutor, conforme 7.1;

b) resistência de isolamento à temperatura ambiente, conforme 7.4;

c) resistência de isolamento a 90 °C, conforme 7.5;

d) tensão elétrica de longa duração, conforme 7.12.

5.3.2 O corpo de prova deve ser constituído por um comprimento de cabo completo de no mínimo 10 m.
A seção recomendada do condutor deve ser de 120 mm2, ou outra seção em comum acordo entre

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o fabricante e o comprador, devendo os ensaios ser efetuados para cada tipo de construção, isto é,
cabos a campo radial e não radial.

5.3.3 Estes ensaios devem ser realizados conforme a sequência de 5.3.1, no mesmo corpo de prova.

5.3.4 Para os cabos multipolares ou multiplexados, os ensaios descritos em 5.3.1 devem ser
realizados em pelo menos uma das veias.

5.3.5 Os ensaios de tipo (T) elétricos solicitados nesta Norma para cabos com tensões de isolamento
superiores a 3,6/6 kV são:

a) resistência elétrica do condutor, conforme 7.1;

b) tensão elétrica de screening na isolação, conforme 7.3;

c) descargas parciais, conforme 7.6;

d) dobramento, seguido de ensaio de descargas parciais, conforme 7.7;

e) determinação do fator de perdas no dielétrico (tangente δ), em função do gradiente elétrico


máximo no condutor, conforme 7.8;

f) determinação do fator de perdas no dielétrico (tangente δ), em função da temperatura, conforme


7.9;

g) ciclos térmicos, conforme 7.10;

h) tensão elétrica de impulso, seguida de ensaio de tensão elétrica de screening, conforme 7.11;
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i) resistividade elétrica das blindagens semicondutoras, conforme a ABNT NBR 6251.

5.3.6 O corpo de prova deve ser constituído por um comprimento de cabo completo de no mínimo
10 m. A seção recomendada do condutor é de 120 mm2, e a tensão de isolamento deve ser a máxima
produzida pelo fabricante e/ou indicada nesta Norma.

5.3.7 Todos os ensaios devem ser realizados conforme a sequência de 5.3.5, no mesmo corpo
de prova.

5.3.8 Para os cabos multipolares ou multiplexados, os ensaios descritos em 5.3.5 devem ser
realizados em pelo menos uma das veias.

5.3.9 As verificações e os ensaios de tipo (T) não elétricos solicitados nesta Norma são:

a) verificação da construção do cabo, conforme 4.5 a 4.18;

b) ensaios físicos da blindagem semicondutora, conforme 7.16;

c) ensaios físicos da isolação, conforme 7.16;

d) ensaios físicos da capa de separação (se esta existir) e da cobertura, conforme 7.16;

e) envelhecimento em amostra de cabo completo, para cabos com tensões de isolamento iguais
ou inferiores a 3,6/6 kV, conforme 7.13;

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f) ensaio de resistência à chama, conforme 7.14;

g) aderência da blindagem semicondutora da isolação, para cabos a campo radial, conforme 7.15;

h) penetração longitudinal de água, quando aplicável, conforme 7.17,

i) ensaios mecânicos e inspeção visual no composto da cobertura após o envelhecimento artificial


em câmara UV, conforme 7.18, se previamente requerido.

5.3.10 Para os cabos multipolares ou multiplexados, o ensaio de 5.3.9-a) deve ser realizado em todas
as veias

5.3.11 Deve-se utilizar um comprimento suficiente de cabo completo, retirado previamente da amostra
coletada para os ensaios de tipo elétricos, com exceção do ensaio de 5.3.9-b), que pode ser realizado
em corpos de prova obtidos de placa do material utilizado.

5.3.12 Os ensaios de tipo devem ser realizados, de modo geral, uma única vez, com a finalidade
de demonstrar o comportamento satisfatório do projeto do cabo, para atender à aplicação indicada.
São, por isso mesmo, de natureza tal que não precisam ser repetidos, independentemente do material
do condutor, a menos que haja modificação no projeto do cabo que possa alterar o seu desempenho.

5.3.13 Modificação do projeto do cabo, para os efeitos desta Norma, é qualquer variação construtiva
ou de tecnologia que possa influir diretamente no desempenho elétrico e/ou mecânico do cabo, como,
por exemplo:

a) modificação do composto isolante;

b) adoção de tecnologia diferente para a blindagem do condutor e/ou da isolação, em função


da tensão de isolamento;
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c) adoção de cabo a campo radial ou não radial, para tensões de isolamento em que a alternativa
é permitida;

d) utilização de proteções metálicas que possam afetar os componentes subjacentes do cabo.

5.3.14 Estes ensaios devem ser realizados para cada projeto de cabo, como, por exemplo, cabos
a campo radial e a campo não radial, sendo que, para cabos multiplexados com tensões iguais
ou superiores a 3,6/6 kV a campo radial, podem ser realizados em somente um cabo unipolar
constituinte do mesmo projeto.

NOTA O Anexo D apresenta recomendações complementares.

O ensaio de tipo complementar (T) apresentado nesta Norma é o ensaio de determinação do coeficiente
por grau Celsius, para correção da resistência de isolamento, conforme 7.4.6.

5.4 Ensaios de controle

Todos os ensaios elétricos e não elétricos apresentados nesta Norma compreendem o elenco
de ensaios de controle disponíveis ao fabricante, que, a seu critério e necessidade, os utiliza para
determinada ordem de compra ou lote de produção, com o objetivo de assegurar que os materiais
e processos utilizados atendam aos requisitos desta Norma.

NOTA O Anexo D apresenta recomendações complementares.

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5.5 Ensaios durante e após a instalação

Estes ensaios são destinados a demonstrar a integridade do cabo e seus acessórios, durante e após
a instalação.

5.5.1 Ensaio em C.A.

O ensaio em C.A. pode ser realizado em qualquer ocasião, conforme um dos critérios a seguir:

a) aplicação, por 5 min, da tensão equivalente entre fases do sistema entre o condutor e a blindagem
metálica; ou

b) aplicação, por 24 h, da tensão entre fase e terra do sistema entre o condutor e a blindagem; ou

c) aplicação, por 15 min, da tensão RMS de 3 Uo entre o condutor e a blindagem, a uma frequência
de 0,1 Hz.

NOTA Durante o ensaio em C.A. (frequência de 0,1 Hz), tangente δ e/ou descargas parciais podem
ser monitoradas.

5.5.2 Ensaio em C.C.

Em alternativa ao ensaio em C.A., pode ser utilizado o ensaio em C.C., conforme um dos critérios
a seguir estabelecidos, entretanto, o ensaio em C.C. pode causar o envelhecimento precoce dos cabos
ou danos permanentes, principalmente em instalações antigas:

a) em qualquer ocasião durante a instalação, pode ser efetuado um ensaio de tensão elétrica
contínua de valor igual a 75 % do valor dado na Tabela 3, durante 5 min consecutivos; ou
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b) após a conclusão da instalação do cabo e seus acessórios, e antes de estes serem colocados
em operação, pode ser aplicada uma tensão elétrica contínua de valor igual a 80 % do valor dado
na Tabela 3, durante 15 min consecutivos; ou

c) após o cabo e seus acessórios terem sido colocados em operação, em qualquer ocasião, dentro
do período de garantia, pode ser aplicada uma tensão elétrica contínua de valor igual a 65 %
do valor dado na Tabela 3, durante 5 min consecutivos.

5.6 Critérios de amostragem

5.6.1 Todas as unidades de expedição, exceto as acondicionadas em rolos, devem ser submetidas
a todos os ensaios de rotina.

5.6.2 Para os cabos com tensão de isolamento de 0,6 kV/1 kV, nas unidades de expedição
acondicionadas em rolos, deve ser adotado o critério de amostragem conforme a ABNT NBR 5426,
com NI = II (nível de inspeção) e NQA = 2,5 % (nível de qualidade aceitável), desde que seja
comprovado que, nas bobinas de origem, tenham sido realizados os ensaios de rotina apresentados
em 5.2.2-a) a c). Outros critérios de amostragem podem ser adotados, mediante acordo prévio entre
o fabricante e o comprador.

5.6.3 Os ensaios especiais (E) devem ser realizados em amostras de cabo completo,
ou em componentes retirados destas, conforme critério de amostragem estabelecido em 5.6.4
a 5.6.10, com a finalidade de verificar se o cabo atende às especificações do projeto.

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5.6.4 Os ensaios especiais devem ser realizados para ordens de compra que excedam 2 km
de cabos multipolares ou multiplexados, ou 4 km de cabos unipolares, de mesma seção e construção.
Para as ordens de compra com vários itens com a mesma construção e com os mesmos materiais
componentes apenas com seções diferentes, os ensaios especiais podem ser realizados em um único
item, preferencialmente no de maior comprimento.

NOTA O Anexo D apresenta recomendações complementares.

5.6.5 A quantidade de amostras requeridas deve ser conforme a Tabela 1.

5.6.6 A amostra deve ser constituída por um comprimento suficiente de cabo, retirado de qualquer
uma das extremidades de unidades de expedição, após ter sido eliminada, se necessário, qualquer
porção do cabo que tenha sofrido danos.

5.6.7 Para o ensaio de 5.2.5-f), o corpo de prova deve ser constituído por um único comprimento
útil com no mínimo 5 m de cabo.

5.6.8 Para o ensaio de 5.2.5-g), o corpo de prova deve ser constituído por um único comprimento
útil com 0,40 m de cabo.

5.6.9 O ensaio de 5.2.5-e) deve ser realizado sobre unidade(s) completa(s) de expedição.

5.6.10 Para os cabos multipolares, todos os ensaios e verificações devem ser realizados em todas
as veias.

Tabela 1 – Determinação do número de amostras


Comprimento do cabo
km
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Cabos unipolares Cabos multipolares e multiplexados Número de


Superior a Inferior ou igual a Superior a Inferior ou igual a amostras
4 20 2 10 1
20 40 10 20 2
40 60 20 30 3
60 80 30 40 4
80 100 40 50 5
NOTA 1 O número de amostras é a quantidade de unidades de expedição retiradas do lote sob inspeção.
NOTA 2 Para ordens de compra com comprimentos de cabos superiores, tomar uma amostra a cada 10 km
de cabos multipolares ou multiplexados, ou 20 km de cabos unipolares.

6 Aceitação e rejeição
6.1 Inspeção visual

Podem ser rejeitadas, de forma individual, a critério do comprador, as unidades de expedição que
não cumprirem as condições estabelecidas em 4.18 e na Seção 8.

NOTA O Anexo D apresenta recomendações complementares.

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6.2 Ensaios especiais


Podem ser rejeitadas, de forma individual, as unidades de expedição que não cumprirem os requisitos
especificados.

6.2.1 Nas amostras obtidas conforme 5.6.3 devem ser aplicados os ensaios especiais estabelecidos
em 5.6.3. Devem ser aceitos os lotes que satisfizerem os requisitos especificados.

6.2.2 Se nos ensaios especiais, com exceção do previsto em 5.2.5-a), resultarem valores que não
satisfaçam os requisitos especificados, o lote do qual foi retirada a amostra pode ser rejeitado.

6.2.3 Nos ensaios de verificação da construção do cabo conforme 5.2.5-a), se resultarem valores
que não satisfaçam os requisitos especificados, dois novos comprimentos suficientes de cabo devem
ser retirados das mesmas unidades de expedição, e devem ser novamente efetuados os ensaios para
os quais a amostra precedente foi insatisfatória. Os requisitos devem resultar satisfatórios, em ambos
os comprimentos de cabo; caso contrário, o lote do qual foi retirada a amostra pode ser rejeitado,
a critério do comprador.

NOTA O Anexo D apresenta recomendações complementares.

7 Ensaios
7.1 Resistência elétrica dos condutores (R e T)
7.1.1 A resistência elétrica dos condutores, referida a 20 °C e a um comprimento de 1 km, não pode
ser superior aos valores estabelecidos na ABNT NBR NM 280.

7.1.2 O ensaio deve ser realizado conforme a ABNT NBR 6814.


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7.2 Tensão elétrica na isolação (R e T)


7.2.1 Este ensaio é requerido para os cabos com tensões de isolamento iguais ou inferiores
a 3,6/6 kV, como ensaio de rotina e de tipo.

7.2.2 Para os cabos unipolares ou multiplexados, sem blindagem metálica ou outra proteção
metálica sobre a isolação, o ensaio deve ser realizado com o cabo imerso em água, por um tempo
não inferior a 1 h, antes do ensaio. A tensão elétrica deve ser aplicada entre o condutor e a água.

7.2.3 Para os cabos unipolares ou multiplexados, com blindagem metálica ou outra proteção metálica
sobre a isolação, a tensão elétrica deve ser aplicada entre o condutor e a blindagem ou proteção
metálica.

7.2.4 Para os cabos multipolares a campo não radial (sem blindagem semicondutora sobre cada
veia), a tensão elétrica deve ser aplicada entre cada condutor e todos os outros conectados entre
si e a proteção metálica coletiva, se esta existir. A tensão elétrica deve ser aplicada sempre que for
necessário, de forma a assegurar que todas as veias sejam ensaiadas entre si e contra a proteção
metálica, se esta existir.

7.2.5 Para os cabos multipolares a campo radial (com blindagem semicondutora sobre cada veia),
a tensão elétrica deve ser aplicada entre cada condutor e sua blindagem metálica ou, na falta desta,
entre cada condutor e a blindagem metálica coletiva.

7.2.6 O cabo, quando submetido à tensão elétrica alternada, com frequência de 48 Hz a 62 Hz, com
o valor eficaz dado na Tabela 2, pelo tempo de 5 min, não pode apresentar perfuração.

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Tabela 2 – Valores eficazes de tensão elétrica alternada


Tensão de isolamento Uo/U kV 0,6/1 1,8/3 3,6/6
Tensão de ensaio kV 3,5 6,5 11
NOTA Os valores de tensão elétrica alternada de ensaio correspondem a 2,5 Uo + 2,0 kV.

7.2.7 Em alternativa, o requisito estabelecido em 7.2.6, para os cabos com tensões de isolamento
iguais ou inferiores a 3,6/6 kV, pode ser verificado com tensão elétrica contínua, com o valor dado
na Tabela 3, pelo tempo de 5 min.

Tabela 3 – Valores de tensão elétrica contínua


Tensão de isolamento Uo/U kV 0,6/1 1,8/3 3,6/6 6/10 8,7/15 12/20 15/25 20/35
Tensão de ensaio kV 8,5 15,5 26,5 36 53 72 90 120
NOTA 1 Os valores de tensão elétrica contínua de ensaio correspondem a 2,4 × (2,5 Uo + 2,0) kV, para
os cabos com tensões de isolamento iguais ou inferiores a 3,6/6 kV, e a 2,4 × 2,5 Uo, para cabos com tensões
de isolamento superiores a 3,6/6 kV.
NOTA 2 Os valores correspondentes às tensões de isolamento superiores a 3,6/6 kV são utilizados como
referência para o cálculo das tensões de ensaios durante e após a instalação, conforme 5.6.

7.2.8 O ensaio deve ser realizado conforme a ABNT NBR 6881.

7.3 Tensão elétrica de screening na isolação (R e T)

7.3.1 Este ensaio é requerido para os cabos a campo radial com tensões de isolamento superiores
a 3,6/6 kV, como ensaio de rotina e de tipo.
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7.3.2 Para os cabos unipolares ou multiplexados, a tensão elétrica deve ser aplicada entre o condutor
e a blindagem metálica.

7.3.3 Para os cabos multipolares, a tensão elétrica deve ser aplicada entre cada condutor e sua
blindagem metálica ou, na falta desta, entre cada condutor e a blindagem metálica coletiva.

7.3.4 O valor eficaz da tensão elétrica aplicada deve corresponder ao calculado pelas seguintes
equações:

U = E × Se

d D
Se = × In  
2  d

d = d c + 0, 8

onde

U é a tensão de ensaio, expressa em quilovolts (kV);

E é o gradiente elétrico de ensaio, igual a 12 kV/mm;

Se é a espessura equivalente da veia, expressa em milímetros (mm);

dc é o diâmetro fictício do condutor, expresso em milímetros (mm);

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d é o diâmetro fictício sob a isolação, expresso em milímetros (mm);

D é o diâmetro fictício sobre a isolação, expresso em milímetros (mm).

No caso de condutores setoriais, os valores de dc e D devem ser obtidos pelas seguintes equações:

Dc = 2r

D = d + 2e

onde

r é o menor raio do setor, expresso em milímetros (mm);

e é a espessura nominal da isolação, expressa em milímetros (mm).

O valor calculado para a tensão de ensaio deve ser arredondado ao inteiro mais próximo.

7.3.5 O valor eficaz da tensão elétrica alternada, à frequência de 48 Hz a 62 Hz, é calculado


em função do gradiente elétrico máximo do condutor, com as equações dadas em 7.3.4.

7.3.6 Os valores calculados da tensão elétrica para cada tensão de isolamento constam nas
Tabelas 4 e 5.

7.3.7 O tempo de aplicação da tensão elétrica deve ser de 15 min, não podendo ocorrer perfuração.

NOTA Para este ensaio, não é prevista alternativa em tensão elétrica contínua.

7.3.8 O ensaio deve ser realizado conforme a ABNT NBR 6881.


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Tabela 4 – Valores eficazes de tensão elétrica de screening – Espessura plena (continua)

Tensão de ensaio
Seção nominal do condutor kV
mm2
6/10 8,7/15 12/20 15/25 20/35
16 26 - - - -
25 28 34 - - -
35 29 35 41 - -
50 30 37 43 49 58
70 31 39 45 52 61
95 32 40 47 54 65
120 33 41 48 56 67
150 33 42 49 58 69
185 34 43 50 59 71
240 35 44 52 61 74
300 35 45 53 62 76
400 36 46 54 64 79

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Tabela 4 (conclusão)
Tensão de ensaio
Seção nominal do condutor kV
mm2
6/10 8,7/15 12/20 15/25 20/35
500 36 46 55 66 81
630 37 47 56 67 83
800 37 48 57 68 84
1 000 37 48 58 69 86

Tabela 5 – Valores eficazes de tensão elétrica de screening – Espessura coordenada


Tensão de ensaio
Seção nominal do condutor kV
mm2
6/10 8,7/15 12/20 15/25 20/35
16 21 27 35 - -
25 22 25 35 - -
35 23 26 33 44 -
50 24 27 34 43 56
70 25 28 35 45 55
95 25 29 37 47 58
120 26 30 38 48 60
150 26 30 38 49 62
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185 26 31 39 50 57
240 29 36 44 48 59
300 30 36 45 49 61
400 30 37 46 50 62
500 30 37 46 51 63
630 31 38 47 52 64

7.4 Resistência de isolamento à temperatura ambiente (R e T)

7.4.1 Este ensaio é requerido para os cabos com tensões de isolamento iguais ou inferiores
a 3,6/6 kV, como ensaio de rotina e de tipo.

7.4.2 A resistência de isolamento da(s) veia(s), referida a 20 °C e a um comprimento de 1 km,


não pode ser inferior ao valor calculado pela seguinte equação:
D
Ri = Ki × log  
d
onde

Ri é a resistência de isolamento, expressa em megaohms.quilômetro (MΩ.km);

Ki é a constante de isolamento, igual a 3 700 MΩ.km;

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D é o diâmetro nominal sobre a isolação, expresso em milímetros (mm);

d é o diâmetro nominal sob a isolação, expresso em milímetros (mm).

NOTA Para os condutores de seção transversal não circular, a relação D/d é a relação entre os perímetros
nominais sobre a isolação e sobre o condutor (ou sobre a sua blindagem).

7.4.3 A medição da resistência de isolamento deve ser realizada com tensão elétrica contínua,
de valor 300 V a 500 V, aplicada por tempo mínimo de 1 min e máximo de 5 min.

7.4.4 As conexões do cabo ao instrumento de medição devem ser realizadas de acordo com
o indicado para o ensaio de tensão elétrica (ver 7.2), conforme o tipo de construção do cabo.

7.4.5 O ensaio de resistência de isolamento deve ser realizado após o ensaio de tensão elétrica,
conforme 7.2. No caso de o ensaio de 7.2 ter sido realizado com a tensão elétrica contínua,
a medição da resistência de isolamento deve ser realizada 24 h após o(s) condutor(es) ter(em) sido
curto-circuitado(s) com as respectivas blindagens (ou proteções metálicas) ou com água.

7.4.6 Quando a medição da resistência de isolamento for realizada em temperatura do meio diferente
de 20 °C, o valor obtido deve ser referido a esta temperatura, utilizando-se os fatores de correção
dados na Tabela A.1. O fabricante deve fornecer previamente o coeficiente por grau Celsius a ser
utilizado. Este coeficiente deve ser determinado em corpo de prova específico e ensaiado conforme
a ABNT NBR 6813. Certos compostos apresentam constante de isolamento elevada, o que pode
dificultar a determinação do coeficiente por grau Celsius. Nestes casos, a critério do fabricante, deve
ser aceito o menor coeficiente dado na Tabela A.1.

7.4.7 O ensaio de resistência de isolamento deve ser realizado conforme a ABNT NBR 6813.

7.4.8 Quando este ensaio for realizado como ensaio de tipo, para os cabos não blindados
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individualmente, a medição da resistência de isolamento pode ser realizada com o corpo de prova
constituído por veia imersa em água, pelo menos 1 h antes do ensaio, tendo sido retirados todos
os componentes exteriores à isolação.

7.5 Resistência de isolamento a 90 °C (T)

7.5.1 Este ensaio é requerido para os cabos com tensões de isolamento iguais ou inferiores
a 3,6/6 kV.

7.5.2 A resistência de isolamento da(s) veia(s) a (90 ± 2) °C, referida a um comprimento de 1 km,
não pode ser inferior ao valor calculado pela equação dada em 7.4.2, tomando-se a constante
de isolamento Ki = 3,7 MΩ.km.

7.5.3 Para os cabos não blindados individualmente, a temperatura no condutor deve ser obtida pela
imersão do corpo de prova em água, após terem sido removidos todos os componentes exteriores
à isolação. O corpo de prova deve ser mantido na água, pelo menos por 2 h, à temperatura especificada,
antes de se efetuar a medição.

7.5.4 Para os cabos blindados individualmente, a temperatura no condutor pode ser obtida pela
colocação do corpo de prova do cabo completo em água ou estufa, por pelo menos 2 h, à temperatura
especificada, antes de se efetuar a medição. A temperatura no condutor pode também ser obtida
por meio da circulação de corrente pela blindagem metálica individual da(s) veia(s). Neste caso,
a temperatura pode ser verificada pela resistência elétrica do(s) condutor(es) ou pela medição
da temperatura na superfície da blindagem metálica. A medição deve ser realizada após a estabilização
térmica do corpo de prova, na temperatura especificada.

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7.5.5 A medição da resistência de isolamento deve ser realizada com tensão elétrica contínua,
de valor 300 V a 500 V, aplicada por um tempo mínimo de 1 min e máximo de 5 min.

7.5.6 O ensaio deve ser executado conforme a ABNT NBR 6813.

7.6 Descargas parciais (R e T)

7.6.1 Este ensaio é requerido para os cabos a campo radial com tensões de isolamento superiores
a 3,6/6 kV.

7.6.2 A tensão elétrica aplicada entre o condutor e a blindagem da isolação deve ser elevada
gradualmente até atingir o valor da tensão de exploração e, em seguida, decrescida até o valor
da tensão de medição, conforme estabelecido em 7.6.5.

7.6.3 Para os cabos multipolares ou multiplexados, cada veia deve ser ensaiada individualmente.

7.6.4 O cabo, quando submetido à tensão elétrica alternada, com valores de exploração e medição
conforme 7.6.5, não pode apresentar nível de descarga superior a 3 pC, na tensão de medição.
O nível da descarga na tensão de exploração pode ser registrado para informação de engenharia.

7.6.5 Os valores eficazes das tensões elétricas alternadas de exploração e medição, frequência
de 48 Hz a 62 Hz, constam nas Tabelas 6 e 7, e devem ser calculados conforme 7.3.4, utilizando-se
7 kV/mm e 6 kV/mm, respectivamente, como valores de gradiente elétrico de ensaio.

7.6.6 O ensaio deve ser realizado conforme a ABNT NBR 7294.


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Tabela 6 – Valores de tensão de exploração e medição para o ensaio de descargas parciais – Espessura plena

18
Tensão de ensaio
kV
Seção nominal
do condutor 6/10 8,7/15 12/20 15/25 20/35
mm2
Tensão de Tensão de Tensão de Tensão de Tensão de Tensão de Tensão de Tensão de Tensão de Tensão de
exploração medição exploração medição exploração medição exploração medição exploração medição
16 15 13 - - - - - - - -
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25 16 14 20 17 - - - - - -
35 17 15 21 18 24 20 - - - -
50 18 15 22 19 25 21 29 25 34 29
70 18 16 23 19 26 22 30 26 36 31

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95 19 16 23 20 27 23 32 27 38 32
120 20 16 24 21 28 24 33 28 39 34
150 20 17 25 21 29 25 34 29 40 35
185 20 17 25 21 29 25 35 30 42 36
240 20 17 26 22 30 26 36 31 43 37
300 21 18 26 22 31 26 36 31 44 38
400 21 18 27 23 32 27 38 32 46 39
500 21 18 27 23 32 28 38 33 47 40
630 21 18 27 24 33 28 39 33 48 41
800 22 19 28 24 33 28 40 34 49 42
1 000 22 19 28 24 34 29 40 35 50 43

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Tabela 7 – Valores de tensão de exploração e medição para ensaio de descargas parciais – Espessura coordenada
Tensão de ensaio
kV
Seção nominal
do condutor 6/10 8,7/15 12/20 15/25 20/35
mm2
Tensão de Tensão de Tensão de Tensão de Tensão de Tensão de Tensão de Tensão de Tensão de Tensão de
exploração medição exploração medição exploração medição exploração medição exploração medição
16 12 11 16 13 20 17 - - - -
25 13 11 15 13 20 17 - - - -
35 13 11 15 13 19 16 26 22 - -

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50 14 12 16 14 20 17 25 21 33 28

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70 14 12 17 14 21 18 26 22 32 28
95 15 13 17 15 21 18 27 23 34 29
120 15 13 17 15 22 19 28 24 35 30
150 15 13 18 15 22 19 29 25 36 31
185 15 13 18 15 23 19 29 25 33 29
240 17 15 21 18 26 22 28 24 34 29
300 17 15 21 18 26 22 28 24 36 31
400 18 15 21 18 27 23 29 25 36 31
500 18 15 22 19 27 23 30 25 37 32
630 18 15 22 19 27 24 30 26 38 32
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7.7 Dobramento (T)

7.7.1 Este ensaio é requerido para os cabos a campo radial com tensões de isolamento superiores
a 3,6/6 kV.

7.7.2 O corpo de prova, à temperatura ambiente, deve ser enrolado em um tambor, evitando-se
movimentos bruscos por pelo menos uma volta completa; em seguida, deve ser desenrolado
e o processo, repetido, após girar o corpo de prova 180° em torno de seu eixo. Este ciclo de operações
deve ser repetido mais duas vezes.

7.7.3 O diâmetro do tambor deve corresponder ao raio mínimo de curvatura para a instalação,
estabelecido na ABNT NBR 9511, em função do tipo de construção do cabo. É admitida uma tolerância
de ± 5 % sobre o valor calculado.

7.7.4 Após completados os três ciclos de dobramento, o corpo de prova deve ser submetido
ao ensaio de descargas parciais, conforme 7.6.

7.8 Determinação do fator de perdas no dielétrico (tangente δ) em função do gradiente


elétrico máximo no condutor (E e T)

7.8.1 Este ensaio é requerido para os cabos a campo radial com tensões de isolamento superiores
a 3,6/6 kV.

7.8.2 O fator de perdas no dielétrico (tangente δ) deve ser medido na unidade de expedição (ensaio
especial) ou em corpo de prova mecanicamente condicionado, conforme descrito em 7.7 (ensaio
de tipo).

7.8.3 Os valores eficazes das tensões elétricas alternadas, à frequência de 48 Hz a 62 Hz, constam
nas Tabelas 8 e 9, e devem ser calculados conforme 7.3.4, utilizando-se os valores de gradiente
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elétrico de ensaio de 2 kV/mm, 4 kV/mm e 8 kV/mm.

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Tabela 8 – Valores de tensão para ensaios de fator de perdas no dielétrico (tangente δ)


em função do gradiente máximo – Espessura plena
Tensão de isolamento
kV
6/10 8,7/15 12/20 15/25 20/35
Seção nominal
Gradiente elétrico máximo
do condutor
kV/mm
mm2
2 4 8 2 4 8 2 4 8 2 4 8 2 4 8
Tensão de ensaio
kV

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16 4 9 18 - - - - - - - - - - - -

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25 5 9 19 6 11 22 - - - - - - - - -
35 5 10 19 6 12 24 7 14 27 - - - - - -
50 5 10 20 6 12 25 7 14 29 8 16 33 10 19 39
70 5 10 21 6 13 26 7 15 30 9 17 35 10 20 41
95 5 11 21 7 13 27 8 16 31 9 18 36 11 22 43
120 5 11 22 7 14 27 8 16 32 9 19 37 11 22 45
150 6 11 22 7 14 28 8 16 33 10 19 38 12 23 46
185 6 11 23 7 14 29 8 17 34 10 20 39 12 24 48
240 6 12 23 7 15 29 9 17 34 10 20 41 12 25 49
300 6 12 23 7 15 30 9 18 35 10 21 42 13 25 51
400 6 12 24 8 15 30 9 18 36 11 21 43 13 26 52
500 6 12 24 8 15 31 9 18 37 11 21 44 13 27 54
630 6 12 24 8 16 31 9 19 37 11 22 45 14 28 55
800 6 12 25 8 16 32 9 19 38 11 23 45 14 28 56
1 000 6 12 25 8 16 32 10 19 38 12 23 46 14 29 57
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Tabela 9 – Valores de tensão para ensaios de fator de perdas no dielétrico (tangente δ) em função do gradiente máximo –

22
Espessura coordenada
Tensão de isolamento
kV
6/10 8,7/15 12/20 15/25 20/35
Seção nominal
Gradiente elétrico máximo
do condutor
kV/mm
mm2
ABNT NBR 7286:2022

2 4 8 2 4 8 2 4 8 2 4 8 2 4 8
Tensão de ensaio
kV
16 4 7 14 5 9 18 6 12 23 - - - - - -

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25 4 7 15 4 9 17 6 12 23 - - - - - -
35 4 8 15 4 9 18 5 11 22 7 15 29 - - -
50 4 8 16 5 9 18 6 11 23 7 14 29 9 19 38
70 4 8 16 5 9 19 6 12 24 8 15 30 9 18 37
95 4 8 17 5 10 19 6 12 24 8 16 31 10 19 39
120 4 8 17 5 10 20 6 13 25 8 16 32 10 20 40
150 4 9 17 5 10 20 6 13 26 8 16 33 10 21 41
185 4 9 17 5 10 20 6 13 26 8 16 34 10 19 38
240 5 10 20 6 12 24 7 15 29 8 16 32 10 20 39
300 5 10 20 6 12 24 7 15 30 8 16 33 10 20 41
400 5 10 20 6 12 24 8 15 30 8 17 33 10 21 41
500 5 10 20 6 12 25 8 15 31 8 17 34 11 21 42
630 5 10 20 6 13 25 8 16 31 9 17 34 11 21 43

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7.8.4 Os valores medidos não podem exceder os valores estabelecidos na Tabela.10.

7.8.5 O ensaio deve ser realizado conforme a ABNT NBR 7295.

7.9 Determinação do fator de perdas no dielétrico (tangente δ) em função da temperatura (T)

7.9.1 Este ensaio é requerido para os cabos a campo radial com tensões de isolamento superiores
a 3,6/6 kV.

7.9.2 O corpo de prova deve ser aquecido por meio de um dos procedimentos estabelecidos
em 7.5.4.

7.9.3 O fator de perdas no dielétrico (tangente δ) deve ser medido no corpo de prova, à temperatura
de (90 ± 2) °C, com tensão elétrica alternada, à frequência de 48 Hz a 62 Hz, com valor correspondente
ao gradiente elétrico máximo do condutor de 2 kV/mm, calculado conforme 7.3.4.

7.9.4 Os valores medidos não podem exceder os valores estabelecidos na Tabela 10.

7.9.5 O ensaio deve ser realizado conforme a ABNT NBR 7295.

Tabela 10 – Valores de fator de perdas do dielétrico (tangente δ)


Classificação
Item Método de ensaio Ensaio Requisitos
do ensaio
Fator de perdas no dielétrico em função do gradiente
elétrico máximo no condutor, à temperatura ambiente:
01 Especial e tipo ABNT NBR 7295 - Máxima tangente δ a 4 kV/mm 200 × 10-4
- Máximo incremento da tangente δ entre 2 kV/mm e
25 × 10-4
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8 kV/mm
Fator de perdas no dielétrico em função da temperatura
a um gradiente elétrico máximo no condutor de 2 kV/
02 Tipo ABNT NBR 7295 mm:
- Máxima tangente δ à temperatura de (90 ± 2) °C 400 × 10-4

7.10 Ciclos térmicos (T)

7.10.1 Este ensaio é requerido para os cabos a campo radial com tensões de isolamento superiores
a 3,6/6 kV.

7.10.2 O corpo de prova retirado de um comprimento de cabo, respeitado um tempo mínimo de sete
dias após a fabricação, deve ser montado em forma de U, observando-se o raio de curvatura mínimo,
para a instalação em função do tipo de construção do cabo, estabelecido na ABNT NBR 9511.
São permitidas a colocação do corpo de prova em um eletroduto não metálico, a fim de facilitar
a realização do ensaio, e a utilização de uma veia blindada ou um cabo unipolar, para os cabos
multipolares ou multiplexados.

7.10.3 Antes do início do ensaio de ciclos térmicos, o corpo de prova deve ser submetido à sequência
de ensaios de 5.3.5-a) a f).

7.10.4 Durante 30 dias, o corpo de prova deve ser submetido continuamente à tensão elétrica
alternada, à frequência de 48 Hz a 62 Hz, de valor correspondente ao gradiente elétrico máximo
no condutor de 8 kV/mm, calculado conforme 7.3.4. Interrupções eventuais devem ser compensadas.

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7.10.5 Nas condições indicadas em 7.10.2 e 7.10.4, o corpo de prova deve ser submetido a uma
corrente elétrica de aquecimento, de modo a atingir a temperatura de (130 ± 3) °C no condutor
de cabos com temperatura máxima no condutor em regime permanente de 90 °C ou (140 ± 3) °C
no condutor de cabos com temperatura máxima no condutor em regime permanente de 105 °C,
por um tempo mínimo de 6 h contínuas, a cada dia útil.

7.10.6 No 15º dia, o corpo de prova deve ser submetido aos ensaios de 5.3.5-c), e) e f).

7.10.7 O corpo de prova, após ser submetido aos ciclos térmicos sob tensão elétrica, isto é, no término
do ensaio (30° dia), deve atender aos requisitos estabelecidos em 5.3.5-c), e) e f) e aos valores
da resistividade elétrica máxima à temperatura de operação em regime permanente das camadas
semicondutoras, estabelecidos na ABNT NBR 6251.

7.11 Tensão elétrica de impulso (T)

7.11.1 Este ensaio é requerido para os cabos a campo radial, com tensões de isolamento superiores
a 3,6/6 kV.

7.11.2 O corpo de prova, à temperatura de (95 ± 2) °C no condutor de cabos com temperatura máxima
no condutor em regime permanente de 90 °C ou (110 ± 2) °C no condutor de cabos com temperatura
máxima no condutor em regime permanente de 105 °C, deve suportar, sem falhas, dez impulsos
positivos e dez impulsos negativos de tensão, com o valor de crista estabelecido na Tabela 11.

7.11.3 O ensaio deve ser realizado conforme a ABNT NBR 7296.

7.11.4 Após a realização do ensaio de impulso, o corpo de prova deve ser submetido, à temperatura
ambiente, ao ensaio de tensão elétrica de screening, conforme 7.3.
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Tabela 11 – Tensão elétrica suportável de impulso atmosférico do cabo


Tensão de isolamento Tensão de ensaio a impulso
Uo/U Up
kV (valor eficaz) kV (valor de crista)
6/10 75
8,7/15 110
12/20 125
15/25 150
20/35 200

7.12 Tensão elétrica de longa duração (E e T)

7.12.1 Este ensaio é requerido para os cabos com tensões de isolamento iguais ou inferiores
a 3,6/6 kV e deve ser realizado à temperatura ambiente.

7.12.2 Para os cabos não blindados individualmente, o ensaio deve ser realizado em corpo de prova
constituído por veia retirada do cabo completo, após terem sido removidos todos os componentes
exteriores à isolação. O corpo de prova deve ser imerso em água pelo menos 1 h antes do ensaio,
e a tensão deve ser aplicada entre o condutor e a água.

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7.12.3 Para os cabos blindados individualmente, o corpo de prova deve ser constituído por
cabo completo, e a tensão deve ser aplicada entre o(s) condutor(es) e a(s) blindagem(ns).

7.12.4 O corpo de prova, quando submetido à tensão elétrica alternada, à frequência de 48 Hz


a 62 Hz, de valor eficaz 3 Uo, pelo tempo de 4 h, não pode apresentar perfuração.

7.12.5 O ensaio deve ser realizado conforme a ABNT NBR 6881.

7.13 Envelhecimento em cabo completo (T)


7.13.1 Este ensaio é requerido para os cabos com tensões de isolamento iguais ou inferiores
a 3,6/6 kV e tem a finalidade de verificar a compatibilidade química entre a isolação e os demais
componentes que constituem o cabo.

7.13.2 A amostra deve ser envelhecida em estufa a ar, a uma temperatura de (100 ± 2) °C, durante
168 h. Quando a cobertura for do tipo ST1 ou ST3, a temperatura deve ser de (90 ± 2) °C.

7.13.3 O corpo de prova correspondente à isolação, capa de separação (quando esta existir)
e cobertura, retirado de amostra do cabo completo após o envelhecimento, deve atender aos
requisitos de tração e alongamento à ruptura, indicados na ABNT NBR 6251, para envelhecimento
em estufa a ar. O condutor removido da amostra envelhecida não pode apresentar qualquer evidência
de corrosão, quando submetido à inspeção visual, sem auxílio de qualquer equipamento óptico.
Oxidação ou descoloração normal do cobre não pode ser levada em consideração.

7.14 Ensaio de resistência à chama (T)


7.14.1 Este ensaio é requerido para os cabos de qualquer tensão de isolamento.

7.14.2 Este ensaio não é aplicável aos cabos com cobertura do tipo ST7.
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7.14.3 Os corpos de prova devem ser constituídos por comprimentos suficientes de cabo completo.

7.14.4 Quando o corpo de prova for submetido ao ensaio, a chama deve autoextinguir-se, e a parte
carbonizada não pode atingir a região correspondente a 50 mm da extremidade inferior do grampo
de fixação superior.

7.14.5 O ensaio deve ser realizado conforme a ABNT NBR NM IEC 60332-1.

7.15 Aderência da blindagem semicondutora da isolação (E e T)


7.15.1 Este ensaio é requerido para os cabos a campo radial, com blindagem semicondutora
da isolação extrudada.

7.15.2 No corpo de prova indicado em 5.6.8, a camada semicondutora da isolação deve ser cortada
longitudinalmente, até atingir-se levemente a isolação. Um segundo corte paralelo deve ser feito,
distante 12 mm do primeiro. Para fixação na máquina de tração, deve-se efetuar uma separação
inicial de 50 mm de tira de camada semicondutora entre os cortes longitudinais, sendo mantida
em um ângulo de aproximadamente 90° em relação à veia, durante o ensaio. A tira deve ser inserida
na garra superior, e a veia, com um dispositivo adequado, deve ser inserida na garra inferior
da máquina de tração. O corpo de prova deve ser submetido à tração, aumentando a velocidade até
que a tira se separe da isolação com uma velocidade de 12 mm/s.

7.15.3 Ambas as extremidades do corpo de prova devem ser ensaiadas (em sentidos contrários),
sendo as tiras cortadas diametralmente opostas. Cada ensaio deve terminar no centro do corpo
de prova.

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7.15.4 O ensaio deve ser realizado à temperatura ambiente, devendo-se registrar as forças máximas
e mínimas de tração, na velocidade especificada, para cada um dos ensaios.

7.15.5 A força necessária para remoção da blindagem semicondutora extrudada da isolação deve
estar entre 13 N e 105 N.

7.15.6 Após a retirada da blindagem semicondutora extrudada da isolação, a superfície exposta


da isolação não pode apresentar danos, nem pode existir material semicondutor de difícil remoção.

7.16 Ensaios físicos nos componentes do cabo (E e T)


Os ensaios físicos nos componentes do cabo são os indicados na ABNT NBR 6251, com os respectivos
métodos de ensaio e requisitos. Para os ensaios especiais, considerar somente os ensaios de tração
e alongamento antes e após o envelhecimento em estufa a ar sem o condutor e alongamento a quente
na isolação e cobertura, quando aplicável.

7.17 Penetração longitudinal de água


7.17.1 Este requisito é aplicável aos cabos com condutor bloqueado e/ou blindagem bloqueada
longitudinalmente.

7.17.2 Durante a realização dos ensaios, não pode ocorrer vazamento de água pelas extremidades
do corpo de prova, através dos interstícios do condutor ou do bloqueio da blindagem.

7.17.3 Este ensaio deve ser realizado conforme o Anexo B.

7.18 Ensaios mecânicos e inspeção visual no composto da cobertura após


o envelhecimento artificial em câmara UV (T)
7.18.1 Estes ensaios em wheaterometer destinam-se somente aos cabos rotulados como resistentes
às intempéries (radiação solar ultravioleta), previstos para instalação exposta ao sol.
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7.18.2 Os ensaios mecânicos na cobertura antes e após o envelhecimento artificial em câmara


UV são o ensaio de tração à ruptura e o ensaio de alongamento à ruptura.

7.18.3 Os corpos de prova devem ser submetidos às condições de ensaio por 720 h.

7.18.4 O ensaio deve ser realizado conforme a metodologia e as condições descritas


na ASTM G155 (Ciclo 1) ou na ABNT NBR 9512, com exceção das amostras, que devem ser cinco
segmentos de cabo completo. Os corpos de prova para os ensaios mecânicos devem ser retirados,
após o envelhecimento, da face exposta à radiação. Os corpos de prova devem ser preparados
conforme a ABNT NBR NM IEC 60811-1-1.

7.18.5 Após o tempo de exposição especificado em 7.18.3, os corpos de prova não podem apresentar
variação de alongamento à ruptura e de tração à ruptura superior a 25 % em relação aos seus
respectivos valores originais, nem descoloração visualmente perceptível.

7.18.6 Constitui falha o não atendimento ao descrito em 7.18.5.

8 Marcação, rotulagem e embalagem


8.1 Acondicionamento e fornecimento
8.1.1 Os cabos devem ser acondicionados de maneira que fiquem protegidos durante o manuseio,
transporte e armazenagem. O acondicionamento deve ser em rolo ou carretel, que deve ter resistência
adequada e ser isento de defeitos que possam danificar o produto.

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8.1.2 Para cada unidade de expedição, a incerteza máxima requerida na quantidade efetiva deve
ser de ± 1 % em comprimento.

8.1.3 Os cabos devem ser fornecidos em lances normais de fabricação, sobre os quais é permitida
uma tolerância de ± 3 % no comprimento. Adicionalmente, pode-se admitir que até 5 % dos lances
de um lote de expedição tenham um comprimento diferente do lance normal de fabricação, com
um mínimo de 50 % do comprimento do referido lance.

8.1.4 Os carretéis devem possuir dimensões conforme a ABNT NBR 11137, sendo respeitados
os limites de diâmetro mínimo de núcleo do carretel indicados na ABNT NBR 9511, e os rolos devem
possuir dimensões conforme a ABNT NBR 7312.

8.1.5 As extremidades dos cabos acondicionados em carretéis devem ser convenientemente seladas
com capuzes de vedação ou com fita autoaglomerante, e devem ser resistentes às intempéries, a fim
de evitar a penetração de umidade durante manuseio, transporte e armazenagem.

8.1.6 O Anexo C fornece os dados mínimos para as informações de encomendas dos cabos.

8.2 Marcação

8.2.1 Externamente, os carretéis devem ser marcados, nas duas faces laterais, diretamente sobre
o disco e/ou por meio de etiquetas, com caracteres legíveis e indeléveis, com no mínimo as seguintes
informações:

a) nome e identificação do fabricante e país de origem;

b) tipo de construção (somente se bloqueada);

c) tensão de isolamento (Uo/U), expressa em quilovolts (kV);


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d) número de condutores e seção nominal, expressa em milímetros quadrados (mm2);

e) material do condutor (cobre ou alumínio), da isolação (EPR, HEPR ou EPR 105) e da cobertura;

f) número desta Norma;

g) comprimento de cada unidade de expedição, expresso em metros (m);

h) massa bruta aproximada, expressa em quilogramas (kg);

i) número da ordem de compra;

j) identificação para fins de rastreabilidade;

k) seta no sentido de rotação para desenrolar e o texto “desenrole neste sentido”.

Quando o ano de fabricação for marcado em fita colocada no interior do cabo, esta informação deve
também constar como requisito de marcação no carretel.

8.2.2 Os rolos devem conter uma etiqueta com as informações de 8.2.1, com exceção da alínea k).
Para a alínea h), deve-se indicar a massa líquida mínima em lugar da massa bruta.

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Anexo A
(normativo)

Tabela de fatores para correção da resistência de isolamento


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Tabela A.1 – Fatores para correção da resistência de isolamento em função da temperatura (continua)
Coeficiente
Temperatura °C
°C
1,06 1,07 1,08 1,09 1,10 1,11 1,12 1,13 1,14

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5 0,42 0,36 0,32 0,27 0,24 0,21 0,18 0,16 0,14
6 0,44 0,39 0,34 0,30 0,26 0,23 0,20 0,18 0,16
7 0,47 0,41 0,37 0,33 0,29 0,26 0,23 0,20 0,18
8 0,50 0,44 0,40 0,36 0,32 0,29 0,26 0,23 0,21
9 0,53 0,48 0,43 0,39 0,35 0,32 0,29 0,26 0,24
10 0,56 0,51 0,46 0,42 0,39 0,35 0,32 0,29 0,27
11 0,59 0,54 0,50 0,46 0,42 0,39 0,36 0,33 0,31
12 0,63 0,58 0,54 0,50 0,47 0,43 0,40 0,38 0,35
13 0,67 0,62 0,58 0,55 0,51 0,48 0,45 0,43 0,40
14 0,70 0,67 0,63 0,60 0,56 0,53 0,51 0,48 0,46
15 0,75 0,71 0,68 0,65 0,62 0,59 0,57 0,54 0,52
16 0,79 0,76 0,74 0,71 0,68 0,66 0,64 0,61 0,59
17 0,84 0,82 0,79 0,77 0,75 0,73 0,71 0,69 0,67
18 0,89 0,87 0,86 0,84 0,83 0,81 0,80 0,78 0,77
19 0,94 0,93 0,93 0,92 0,91 0,90 0,89 0,88 0,88
20 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00

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Tabela A.1 (continuação)


Coeficiente
Temperatura °C
°C
1,06 1,07 1,08 1,09 1,10 1,11 1,12 1,13 1,14
21 1,06 1,07 1,08 1,09 1,10 1,11 1,12 1,13 1,14
22 1,12 1,14 1,17 1,19 1,21 1,23 1,25 1,28 1,30
23 1,19 1,23 1,26 1,30 1,33 1,37 1,40 1,44 1,48
24 1,26 1,31 1,36 1,41 1,46 1,52 1,57 1,63 1,69

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25 1,34 1,40 1,47 1,54 1,61 1,69 1,76 1,84 1,93

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26 1,42 1,50 1,59 1,68 1,77 1,87 1,97 2,08 2,19
27 1,50 1,61 1,71 1,83 1,95 2,08 2,21 2,35 2,50
28 1,59 1,72 1,85 1,99 2,14 2,30 2,48 2,66 2,85
29 1,69 1,84 2,00 2,17 2,36 2,56 2,77 3,00 3,25
30 1,79 1,97 2,16 2,37 2,59 2,84 3,11 3,39 3,71
31 1,90 2,10 2,33 2,58 2,85 3,15 3,48 3,84 4,23
32 2,01 2,25 2,52 2,81 3,14 3,50 3,90 4,33 4,82
33 2,13 2,41 2,72 3,07 3,45 3,88 4,36 4,90 5,49
34 2,26 2,58 2,94 3,34 3,80 4,31 4,89 5,53 6,26
35 2,40 2,76 3,17 3,64 4,18 4,78 5,47 6,25 7,14
36 2,54 2,95 3,43 3,97 4,59 5,31 6,13 7,07 8,14
37 2,69 3,16 3,70 4,33 5,05 5,90 6,87 7,99 9,28
38 2,85 3,38 4,00 4,72 5,56 6,54 7,69 9,02 10,58
39 3,03 3,62 4,32 5,14 6,12 7,26 8,61 10,20 12,06
40 3,21 3,87 4,66 5,60 6,73 8,06 9,65 11,52 13,74
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Tabela A.1 (continuação)

30
Coeficiente
Temperatura °C
°C
1,15 1,16 1,17 1,18 1,19 1,20 1,21 1,22 1,23
5 0,12 0,11 0,09 0,08 0,07 0,06 0,06 0,05 0,04
6 0,14 0,13 0,11 0,10 0,09 0,08 0,07 0,06 0,06
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7 0,16 0,15 0,13 0,12 0,10 0,09 0,08 0,08 0,07


8 0,19 0,17 0,15 0,14 0,12 0,11 0,10 0,09 0,08
9 0,21 0,20 0,18 0,16 0,15 0,13 0,12 0,11 0,10
10 0,25 0,23 0,21 0,19 0,18 0,16 0,15 0,14 0,13

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11 0,28 0,26 0,24 0,23 0,21 0,19 0,18 0,17 0,16
12 0,33 0,31 0,28 0,27 0,25 0,23 0,22 0,20 0,19
13 0,38 0,35 0,33 0,31 0,30 0,28 0,26 0,25 0,23
14 0,43 0,41 0,39 0,37 0,35 0,33 0,32 0,30 0,29
15 0,50 0,48 0,46 0,44 0,42 0,40 0,39 0,37 0,36
16 0,57 0,55 0,53 0,52 0,50 0,48 0,47 0,45 0,44
17 0,66 0,64 0,62 0,61 0,59 0,58 0,56 0,55 0,54
18 0,76 0,74 0,73 0,72 0,71 0,69 0,68 0,67 0,66
19 0,87 0,86 0,85 0,85 0,84 0,83 0,83 0,82 0,81
20 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
21 1,15 1,16 1,17 1,18 1,19 1,20 1,21 1,22 1,23
22 1,32 1,35 1,37 1,39 1,42 1,44 1,46 1,49 1,51
23 1,52 1,56 1,60 1,64 1,69 1,73 1,77 1,82 1,86
24 1,75 1,81 1,87 1,94 2,01 2,07 2,14 2,22 2,29
25 2,01 2,10 2,19 2,29 2,39 2,49 2,59 2,70 2,82

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Tabela A.1 (conclusão)


Coeficiente
Temperatura °C
°C
1,15 1,16 1,17 1,18 1,19 1,20 1,21 1,22 1,23
26 2,31 2,44 2,57 2,70 2,84 2,99 3,14 3,30 3,46
27 2,66 2,83 3,00 3,19 3,38 3,58 3,80 4,02 4,26
28 3,06 3,28 3,51 3,76 4,02 4,30 4,59 4,91 5,24
29 3,52 3,80 4,11 4,44 4,79 5,16 5,56 5,99 6,44

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30 4,05 4,41 4,81 5,23 5,69 6,19 6,73 7,30 7,93

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31 4,65 5,12 5,62 6,18 6,78 7,43 8,14 8,91 9,75
32 5,35 5,94 6,58 7,29 8,06 8,92 9,85 10,87 11,99
33 6,15 6,89 7,70 8,60 9,60 10,70 11,92 13,26 14,75
34 7,08 7,99 9,01 10,15 11,42 12,84 14,42 16,18 18,14
35 8,14 9,27 10,54 11,97 13,59 15,41 17,45 19,74 22,31
36 9,36 10,75 12,33 14,13 16,17 18,49 21,11 24,09 27,45
37 10,76 12,47 14,43 16,67 19,24 22,19 25,55 29,38 33,76
38 12,38 14,46 16,88 19,67 22,90 26,62 30,91 35,85 41,52
39 14,23 16,78 19,75 23,21 27,25 31,95 37,40 43,74 51,07
40 16,37 19,46 23,11 27,39 32,43 38,34 45,26 53,36 62,82
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Anexo B
(normativo)

Penetração longitudinal de água

B.1 Objetivo
Este Anexo especifica um método de ensaio para verificação do comportamento do bloqueio
do condutor e da blindagem metálica, quanto à penetração longitudinal de água em cabos de 3,6/6 kV
até 20/35 kV, com condutor bloqueado ou construção bloqueada. Este método não se aplica aos
cabos submarinos.

B.2 Aparelhagem
Para a realização do ensaio, é necessária a utilização da seguinte aparelhagem:

a) tubo com bocais, conforme a Figura B.1;

b) solução de água potável a 0,01 % de fluoresceína ou Rodamina;

c) fonte variável de corrente alternada, para aquecimento do condutor;

d) equipamento de pressurização AR/N2 ou coluna de água;


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e) amperímetro de corrente alternada;

f) medidor de temperatura e seus acessórios.

B.3 Execução do ensaio

B.3.1 Penetração de água pelo bloqueio da blindagem metálica

B.3.1.1 O corpo de prova deve ser constituído por um comprimento de 3 m de cabo unipolar ou,
no caso de cabo multiplexado, por um dos cabos unipolares constituintes deste. Inicialmente, o corpo
de prova deve ser submetido a um condicionamento mecânico, por meio de dobramento, de pelo
menos uma volta completa ao redor de um tambor com diâmetro conforme a seguinte equação:

20 × (d + D ) + 5%

onde

d é o diâmetro do condutor, expresso em milímetros (mm);

D é o diâmetro externo da amostra, expresso em milímetros (mm).

B.3.1.2 Após o dobramento, na parte central do corpo de prova, um anel de 5 cm de largura deve
ser removido da cobertura, de modo que a blindagem metálica fique exposta. Nas extremidades

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do condutor, devem ser montados conectores, para aplicação da corrente de aquecimento


(ver Figura B.2).

B.3.1.3 Um comprimento de 2 m do mesmo cabo deve ser usado como referência para medição
e controle da temperatura no condutor. O sensor de temperatura deve ser inserido no condutor
de referência, por meio de perfuração por broca com diâmetro aproximadamente igual ao do sensor.

B.3.1.4 O corpo de prova a ser submetido ao ensaio de penetração de água deve ser colocado
no tubo, e as vedações devem ser efetuadas com fita autoaglomerante ou equivalente. O conjunto
deve ser disposto conforme a Figura B.3.

B.3.1.5 O tubo deve ser preenchido com solução de água potável à temperatura ambiente
e pressurizado a 50 kPa. Em seguida, o corpo de prova deve ser submetido a três ciclos térmicos,
consistindo em 2 h à temperatura estabilizada de (90 ± 2) °C e, por 4 h, sob resfriamento natural.

B.3.1.6 Após a aplicação dos três ciclos térmicos, a solução de água potável do tubo deve
ser drenada.

B.3.2 Penetração de água pelo bloqueio do condutor

B.3.2.1 O corpo de prova deve ser constituído por um comprimento de 3 m de veia de cabo unipolar
ou, no caso de cabo multiplexado, por um dos cabos unipolares constituintes dele. O mesmo corpo
de prova do ensaio de B.3.1 pode ser utilizado para o ensaio do bloqueio do condutor. Neste caso,
não podem ser repetidos os ciclos térmicos indicados em B.3.1.5.

B.3.2.2 O condicionamento mecânico, conforme previsto em C.3.1.1, pode ser omitido se for
efetuado somente o ensaio de penetração de água no condutor.
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B.3.2.3 Na parte central do corpo de prova, um anel de 5 cm de largura deve ser removido
da isolação e blindagens semicondutoras, de modo que o condutor fique exposto. As demais
preparações complementares, referentes às conexões, amostra de referência, sensor de temperatura,
vedações e montagem do equipamento de aquecimento, devem ser as mesmas indicadas para
o ensaio de bloqueio da blindagem metálica.

B.3.2.4 Inicialmente, o corpo de prova deve ser submetido aos ciclos térmicos de C.3.1.5, porém
sem a presença de água.

B.3.2.5 Após a aplicação dos ciclos térmicos, a temperatura no condutor deve ser elevada
a (90 ± 2) °C e mantida assim durante 2 h ininterruptas.

B.3.2.6 No momento em que o aquecimento for desligado, o tubo deve ser preenchido com água
e pressurizado a uma pressão equivalente a 5 m de coluna d’água (50 kPa), sendo mantido nesta
condição durante 24 h, drenando-se a água em seguida.

B.4 Resultados
O cabo deve ser considerado bloqueado longitudinalmente quando não fluir água pelas extremidades
do corpo de prova.

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Figura B.1 – Tubo com bocais

Figura B.2 – Esquema do ensaio


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Figura B.3 – Esquema do circuito de ensaio

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Anexo C
(informativo)

Dados para as informações de encomenda dos cabos

Recomenda-se que as informações a seguir sejam indicadas quando da encomenda dos cabos:

a) tipo de construção (bloqueada ou não) ou condutor bloqueado;

b) tensão de isolamento (Uo/U), expressa em quilovolts (kV);

c) número de condutores, seção nominal em milímetros quadrados, material do condutor (cobre


ou alumínio) e classe de encordoamento;

d) material de isolação;

e) tipo de blindagem (se requerida);

f) tipo de armação (se requerida);

g) material de cobertura;

h) definição quanto à necessidade da característica de resistência à UV;

i) número desta Norma;


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j) comprimento total a ser adquirido, expresso em metros (m);

k) comprimento das unidades de expedição, expresso em metros (m);

l) tipo de acondicionamento (rolo ou carretel).

NOTA No caso de utilização de acessórios pré-moldados, recomenda-se que uma informação explícita
conste na consulta para aquisição de cabos e posteriormente na ordem de compra. As tolerâncias dimensionais
para o cabo são objeto de acordo entre o fabricante e o comprador.

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Anexo D
(informativo)

Recomendações complementares

D.1 Objetivo
Este Anexo apresenta algumas informações complementares a esta Norma para ensaios, inspeção
e garantias.

D.2 Ensaios especiais para os cabos com comprimento inferior ao estabelecido


em 5.7.4
Recomenda-se que, para o fornecimento de cabos com comprimento inferior ao estabelecido em 5.7.4,
o fabricante forneça um certificado em que conste que o cabo cumpre os requisitos desta Norma.

D.3 Ensaios de tipo


D.3.1 Os ensaios de tipo, efetuados para os cabos de tensão máxima de isolamento produzida
pelo fabricante e/ou utilizada pelo comprador, são válidos para os cabos de tensões inferiores, desde
que o fabricante assegure que sejam empregados a mesma construção e os mesmos materiais.
É facultado ao comprador solicitar os ensaios de tipo para cada nível de tensão de isolamento dos
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cabos adquiridos por ele.

D.3.2 Após a realização dos ensaios de tipo, recomenda-se que seja emitido um certificado pelo
fabricante ou por entidade reconhecida pelo fabricante e pelo comprador.

NOTA Recomenda-se que a validade do certificado seja condicionada à sua aprovação com a emissão
de um documento de aprovação por parte do comprador.

D.4 Ensaios de controle


D.4.1 Estes ensaios devem ser realizados normalmente pelo fabricante, com periodicidade
adequada, em matéria-prima e semielaborados, bem como durante a produção do cabo e após a sua
fabricação.

D.4.2 Após a realização dos ensaios de controle, convém que os resultados sejam registrados
adequadamente pelo fabricante. Recomenda-se que estes registros estejam disponíveis ao comprador.

NOTA Caso o fabricante possua um sistema de gestão da qualidade, recomenda-se que os registros
de D.4.2 façam parte da documentação.

D.4.3 Os ensaios de controle podem substituir os ensaios de recebimento, desde que seja
previamente acordado entre o fabricante e o comprador.

NOTA Caso o fabricante possua um sistema de gestão da qualidade, este pode ser certificado pelo
comprador ou por um organismo de certificação credenciado.

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D.5 Recuperação de lotes para inspeção


O fabricante pode recompor um novo lote, submetendo-o a uma nova inspeção, após terem sido
eliminadas as unidades de expedição defeituosas. Em caso de nova rejeição, são aplicáveis
as cláusulas contratuais pertinentes.

D.6 Garantias
D.6.1 Convém que o período de garantia seja estabelecido em comum acordo entre o comprador
e o fabricante, para o produto considerado defeituoso, devido a eventuais deficiências de projeto,
matérias-primas ou fabricação.

D.6.2 As condições são válidas para cabos instalados conforme as ABNT NBR 5410
e ABNT NBR 14039, por pessoa qualificada, e utilizados em condições normais.
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