Banco de Palestras Aulas 3 Feira de 02 Abril2024 41 Anos

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02/04/2024

3ª feira
20h
22 02/04/2024
3ª feira
20h

No livro Os Procuradores de Deus, Hermínio Miranda pergunta e ao


mesmo tempo responde:

Foi Kardec um pensador, um filósofo no sentido em que conhecemos


a palavra?

A resposta é: positivamente, sim. Sua obra pode ser dividida em duas


partes distintas: uma que escreveu, por assim dizer, a quatro mãos
com os espíritos – O Livro dos Espíritos, outra, a que escreveu ainda
com evidente assistência espiritual, mas com seus próprios recursos e
ideias que assimilara no trato dos problemas transcendentes que
haviam sido colocados no primeiro.
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Todas essas conclusões surgiram das suas conversas intermináveis


com os espíritos: Deus existe realmente, como existe o Espírito. O
Espírito sobrevive à morte, preexiste à vida material e reencarna. Os
´”mortos” se comunicam com os “vivos”. O universo todo é regido por
leis morais flexíveis, mas iniludíveis. Cada um tem a responsabilidade
pelas suas faltas, recompensas por seus êxitos morais. Os seres como
os mundos são organizados em escalas de valores, em que
predominam as leis simples da moral. Não há inferno ou glórias
eternas e nem uma única existência terrena.
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Abaixo, trazemos um pequeno trecho do Discurso de Kardec na


abertura do ano social, a 1º de Abril de 1862 da Sociedade Espírita,
para homenagear a data de 1º de abril de 1858, em que Kardec funda
a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas:

De dois anos para cá, portanto, a Sociedade cresceu em crédito e


importância. Os seus progressos são assinalados pela natureza das
comunicações que recebe dos Espíritos. Com efeito, desde algum
tempo essas comunicações adquiriram proporções e desenvolvimento
que superam sobremaneira nossa expectativa. Já não são, como
outrora, pequenos fragmentos de moral banal, mas dissertações, nas
quais as mais altas questões de filosofia são tratadas com uma
amplitude e uma profundidade que as convertem em verdadeiros
discursos.
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Sinto-me feliz em assinalar um outro progresso, no que concerne aos


médiuns. Jamais, em nenhuma outra época, vimos tantos participando
dos nossos trabalhos, pois chegamos a ter quatorze comunicações na
mesma sessão. Contudo, mais precioso do que a quantidade é a
qualidade, a julgar pela importância das instruções que nos são dadas.

Em 02 de abril de 1869, quando foi sepultado o corpo de Allan


Kardec, no cemitério de Montmartre, ocasião em que Camille
Flammarion fez seu pronunciamento a respeito de Kardec e sua obra.

O opúsculo Inauguração do monumento de Allan Kardec é um


importante documento histórico.
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O opúsculo traz informações sobre o translado dos restos mortais de


Kardec originalmente sepultados no Cemitério de Montmartre, a
seleção do terreno e a edificação do dólmen no Cemitério de Père-
Lachaise e a confecção do busto assinado pelo artista Capellaro.

Na pedra superior do dolmen está insculpida a frase definida por seus


amigos: "Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar esta é
a lei".

No dia da inauguração do monumento, um ano após sua


desencarnação, no dia 31 de março de 1870 ocorreram manifestações
de lideranças espíritas, registradas no livro, e que também reproduz as
correspondências que foram enviadas por amigos e líderes que não
puderam comparecer.
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Os protagonistas da inauguração do monumento em homenagem a


Kardec não poderiam imaginar que nos séculos seguintes este seria
um marco histórico e turístico na capital francesa.

─ Evidentemente que a maior homenagem, em qualquer parte, será


sempre a valorização da obra de Allan Kardec. ─ Esta frase foi dita
por Antonio Cesar Perri de Carvalho que visitou em várias
oportunidades o túmulo de Kardec e que foi presidente da USE-SP e
da FEB.

Comunicações dos Guias de Kardec, de 9 de agosto de 1863 e 14


de setembro de 1863, cuja leitura completa pode ser feita em
Obras Póstumas, revelam-nos a importância fundamental de O
Evangelho Segundo o Espiritismo, na Codificação Kardeciana.
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Enquanto O Livro dos Espíritos nos apresenta a Filosofia Espírita em


sua inteireza e O Livro dos Médiuns a Ciência Espírita em seu
desenvolvimento, este livro nos oferece a base e o roteiro da Religião
Espírita.

Em 29 de abril de 1864, foi quando se deu, no Brasil, o Lançamento de


O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Este livro foi publicado, inicialmente, com o título de Imitação do


Evangelho. Kardec explica o seguinte: "Mais tarde, por força das
observações reiteradas do Sr. Didier e de outras pessoas, mudei-o
para "O Evangelho Segundo o Espiritismo". Trata-se do
desenvolvimento dos tópicos religiosos de O Livro dos Espíritos, e
representa um manual de aplicação moral do Espiritismo.
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Os Guias de Kardec disseram o seguinte sobre O Evangelho Segundo


o Espiritismo: "Esse livro de doutrina terá influência considerável,
porque explana questões de interesse capital. Não somente o mundo
religioso encontrará nele as máximas de que necessita, como as
nações, em sua vida prática, dele haurirão instruções excelentes.
Fizeste bem,, disseram a Kardec, ao enfrentar as questões de elevada
moral prática, do ponto de vista dos interesses gerais, dos interesses
sociais e dos interesses religiosos". E logo adiante acentuavam: "Com
esta obra, o edifício começa a libertar-se dos andaimes, e já podemos
ver-lhe a cúpula a desenhar-se no horizonte".
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O Evangelho Segundo o Espiritismo, que é livro de cabeceira, de


leitura diária, de leitura preparatória de reuniões doutrinárias, deve
ser encarado também como livro de estudo, para melhor
compreensão da Doutrina.

A comunicação do Espírito da Verdade, colocada como prefácio, deve


ser lida atentamente pelos estudiosos, pois cada uma de suas frases
tem um sentido mais profundo do que parece à primeira leitura.

A Introdução e o Capítulo I constituem verdadeiro estudo sobre a


natureza, o sentido e a finalidade do Espiritismo. Devem ser
estudados atenciosamente, e não apenas lidos. Formam uma peça de
grande valor para a verdadeira compreensão da Doutrina.

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