Aula Insuficiencia Cardiaca Ufpe

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INSUFICIÊNCIA CARDÍACA, ARRITMIAS E

MARCAPASSO CARDÍACO
Profª Karyne Negromonte
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS GASTROINTESTINAIS
Enfermeira Cardiologista Residência SES/UPE PROCAPE
Mestre em Enfermagem UPE/UEPB
Doutoranda em Enfermagem UFPE
Professora Universitária
Insuficiência Cardíaca

Síndrome clínica complexa, na qual o coração é incapaz de


bombear sangue de forma a atender às necessidades
metabólicas, ou pode fazê-lo somente com elevadas
pressões de enchimento.

Síndrome progressiva desencadeada a


partir de um evento inicial que
acomete o músculo cardíaco, com
resultante perda de massa muscular,
impedindo o miocárdio de gerar força
e manter sua função contrátil
adequada.
Aspectos epidemiológicos
Insuficiência Cardíaca da
doença cardiovascular
• É o resultado comum de um espectro de patologias cardiovasculares, agudas ou
crônicas, que culminam no comprometimento da função miocárdica.

O termo “insuficiência cardíaca crônica” reflete a natureza


progressiva e persistente da doença, enquanto o termo
“insuficiência cardíaca aguda” refere-se a alterações rápidas
ou graduais de sinais e sintomas resultando em necessidade de
terapia urgente.
• IC descompensada é uma causa frequente de hospitalização e internação em unidades de
terapia intensiva (UTI).

• No Brasil, IC é a causa de internação mais frequente por doença cardiovascular,


representando cerca de 26% de todas as internações e respondendo sozinha por mais de
25.000 mortes/ano.

• A hospitalização está associada ao alto risco de desfechos negativos, com mortalidade


intra-hospitalar geral de 4-11% e até 36% de reinternação ou óbito nos 90 dias seguintes à
alta.
Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda
Etiologia da Insuficiência Cardíaca

Doença • IAM
Miocárdica • Miocardite
• DAC
• HAS
Demandas• HAP
de esforço
excessivo • Cardiopatias
Congênitas

• Doença reumática
Doença
Valvar • Endocardite
infecciosa

Abandono
do
tratamento
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Insuficiência Cardíaca
Disfunção sistólica e diastólica

FE/FEVE é a
porcentagem
de sangue que
é ejetado pelo
ventrículo a
cada sístole (55
a 75%)
Aspectos epidemiológicos
Insuficiência Cardíaca da
doença cardiovascular
Fração de ejeção
(FE)

Gravidade dos
Classificação da IC
sintomas

Tempo e progressão
da doença

Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda


AspectosClassificação
epidemiológicos
da IC da
doença cardiovascular
1. DE ACORDO COM A FRAÇÃO DE EJEÇÃO

• A principal terminologia usada para definir IC baseia-se na FEVE:

• IC descompensada é uma causa frequente de hospitalização e internação em unidades de


terapia intensiva (UTI).

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AspectosClassificação
epidemiológicos
da IC da
doença cardiovascular
2. DE ACORDO COM A GRAVIDADE DOS SINTOMAS

Classificação do New York Heart Association (NYHA)


I Doença cardíaca, sem limitações resultantes da atividade física;
Ausência de sintomas (dispneia, fadiga, palpitações, ou qualquer sintoma)
durante atividades cotidianas;
II Sintomas leves durante as atividades cotidianas (dispneia, fadiga,
palpitações);
Sem sintomas em repouso;
Leve limitação;
III Sintomas desencadeados em atividades menos intensas que as cotidianas
ou aos pequenos/mínimos esforços;
Ainda assintomáticos em repouso;
Séria limitação;
IV Sintomas aos mínimos esforços ou em repouso.
Incapacidade de realizar qualquer atividade física sem desconforto
Dispneia paroxística noturna e ortopnéia ocorrem com frequência.
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AspectosClassificação
epidemiológicos
da IC da
doença cardiovascular
3. DE ACORDO COM O TEMPO E PROGRESSÃO DA DOENÇA

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Fisiopatologia da IC
Diminuição no
débito cardíaco

Diminuição da
perfusão Renal e
da Filtração
Glomerular

Sistema Renina-
Angiotensina-
Aldosterona
Fisiopatologia da IC

Sistema Nervoso
Simpático AUMENTAR DÉBITO CARDÍCO;
CONTRATILIDADE

Tonus vascular; FC
HIPERTROFIA VENTRICULAR
Fisiopatologia da IC
Fisiopatologia da IC

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA


COMPENSADA DESCOMPENSADA

• Capacidade máxima de • O DC não aumenta o


bombeamento do coração suficiente para fazer com
parcialmente recuperado, que os rins excretem
apesar da fraqueza continuada quantidades normais de
do coração. líquido.

• Reserva Cardíaca • Edema progressivo e


dispnéia.
Apresentação Clínica da IC
Sintomas Típicos Sinais mais específicos
Dispneia Pressão venosa jugular elevada
(↑pressões de enchimento das câmaras
direitas)
Ortopneia Refluxo hepatojugular
Dispneia Paroxística Noturna B3 (“tá”- auscultada na diástole
durante período de enchimento
ventricular rápido)
Fadiga Impulso apical desviado
Intolerância ao exercício Dor ou desconforto torácico
Sintomas menos Típicos Sinais menos específicos
Ganho de peso Creptações pulmonares
Dor abdominal Taquicardia
Noctúria e oligúria Hepatomegalia e Ascite
Perda de peso Extremidades frias e Edema
Apresentação Clínica da IC
Aspectos epidemiológicos
Avaliação diagnóstica da IC da
doença cardiovascular
• O diagnóstico de IC é clínico e baseia-se na presença de sinais e sintomas
compatíveis com sobrecarga volêmica vascular e intersticial (dispneia,
estertores pulmonar, turgência jugular e edema) e/ou manifestações de perfusão
tecidual inadequada.

• O ecocardiograma transtorácico é exame de imagem de escolha para o


diagnóstico e o seguimento de pacientes com suspeita de IC.

• A realização de eletrocardiograma (ECG) de 12 derivações é recomendada na


avaliação inicial de todos os pacientes com IC.

• A radiografia do tórax é recomendada na avaliação inicial dos pacientes com


sinais e sintomas de IC, para avaliação de cardiomegalia e congestão pulmonar.

• Teste de esforço cardiopulmonar.

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Aspectos epidemiológicos da
Avaliação diagnóstica da IC
doença cardiovascular
Exames complementares iniciais para auxiliar na investigação
Exames laboratoriais Hemograma, ureia, creatinina, sódio, potássio, cálcio,
iniciais magnésio, coagulograma, urina, enzimas e função
hepática, função tireoidiana, glicemia, colesterol total e
frações, sorologia de Chagas.

Métodos gráficos ECG


Exames de imagem Radiografia de tórax;
Ecocardiograma Transtorácico;
Avaliação de coronariopatia: CATETERISMO CARDÍACO

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Avaliação diagnóstica da IC

NORMAL

CARDIOMEGALIA
Abordagem terapêutica da IC
Abordagem terapêutica
Medidas não- Identificação da etiologia e remoção das causas
farmacológicas subjacentes;
Eliminação ou correção de fatores agravantes;
Aconselhamento sobre a doença;
Exercício físico;
Imunização – Influenza, COVID-19 e pneumococo
Medidas Inibidores da enzima conversora de angiotensina
farmacológicas Diuréticos
Betabloqueadores
Antagonistas dos receptores da aldosterona-
espironolactona
Digitálicos
Agentes vasodilatadores
Agentes inotrópicos
Anticoagulantes
Antiarrítmicos
Tratamento Farmacológico
VASODILATADORES
DIURÉTICOS
-Atuam na redução do tônus vascular
-1ª escolha é furosemida EV.
arterial e venoso.
-Dose inicial de 20 a 40 mg, em
-Devem ser evitados em pacientes com
bólus, em pacientes que não vinham
PAS < 85-90 mmHg ou com hipotensão
em uso prévio e naqueles com uso
e sinais e sintomas de baixo DC.
crônico. A dose deve ser, no
-Hidralazina e monocordil (pacientes
mínimo, equivalente a de uso
hemodinamicamente instáveis com
prévio.
contraindicação ao uso de IECA).
Tratamento Farmacológico
VASOPRESSORES
INOTRÓPICOS -Devem ser considerados em
-Deve ser reservado apenas a pacientes com pacientes com hipotensão
redução importante do DC. severa.
-Aumentam contratilidade miocárdica
(dobutamina e adrenalina).
Atividade elétrica do coração
Arritmias Cardíacas

• Distúrbios da formação ou da condução (ou de ambas) do impulso


elétrico do coração.

Esses distúrbios podem causar perturbações da FC, do ritmo cardíaco ou


de ambos.

Podem ser evidenciadas pelo efeito hemodinâmico que causam.

Ex.: Uma alteração na condução pode alterar a ação de bombeamento do


coração, causando diminuição da PA.

Diagnóstico: através da análise da forma de onda eletrocardiográfica.


Tratamento: tem como base a frequência e gravidade dos sintomas.
Arritmias Cardíacas
• Tipos de arritmias cardíacas que geram PCR

• Fibrilação ventricular (FV)


Ritmos • Taquicardia ventricular
chocáveis sem pulso (TVSP)

• Atividade elétrica sem


Ritmos não pulso (AESP)
chocáveis • Assistolia
Marcapasso Cardíaco

São equipamentos de estimulação cardíaca artificial que


possuem sistemas que monitoram constantemente o ritmo
cardíaco, estimulando ininterruptamente o coração desde
que a frequência deste seja menor do que a programada.

Equipamento eletrônico que proporciona estímulos elétricos


para o miocárdio.
Marcapasso Cardíaco

Usado quando o paciente tem formação permanente ou


temporária de impulsos mais lenta que o normal OU uma
alteração de condução AV ou ventricular sintomática OU
quando o paciente apresenta taquiarritmias que não
respondem ao tratamento medicamentoso.
Marcapasso Cardíaco

São constituídos por:


• FONTE DE ENERGIA OU GERADOR DE PULSO
• ELETRODOS OU CABO ELETRODO
Marcapasso Cardíaco
FONTE DE ENERGIA (GERADOR)

-constituída de lítio e Iodo;


-possui longa vida útil, não liberam gases;
-hermeticamente fechadas, impermeáveis;
-dimensões reduzidas;
-Longevidade do gerador depende do consumo de
energia programado do marcapasso.

ELETRODOS

-Condutores revestidos por material isolante


(silicone ou poliuretano)
-Ligas metálicas especiais, altamente resistentes
-Posição: Epicárdico ou endocárdico
Marcapasso Cardíaco

Os geradores possuem parâmetros de controle que permitem


programar a frequência cardíaca (FC), amplitude (A) e
sensibilidade (S);

(FC): determina nº de impulsos enviados ao coração por


minuto;
(A): quantidade de corrente elétrica enviada ao coração para
iniciar a despolarização;
(S): capacidade do MP em detectar a atividade espontânea do
coração.
Marcapasso Cardíaco

Tipos

Temporário/Provisório
Definitivo
Marcapasso Cardíaco

- Indicações para implante do marcapasso temporário/


provisório

Tratamento de quadros reversíveis (bradiarritmias


sintomáticas (ritmo sinusal ou bloqueios AV) até que ocorra
a recuperação do paciente, para procedimentos diagnósticos
ou de forma profilática.
-Profilaxia em:
-IAM com bradicardia ou IAM com bloqueio de ramo
-Cirurgia geral ou cardíaca
-Disfunção do marcapasso definitivo
Marcapasso Cardíaco

Indicações para implante do marcapasso definitivo:

1. Síndrome do seio carotídeo hipersensível


2. Doença do nó sinusal
3. Síndrome bradi-taqui sem resposta a antiarrítmicos
4. FA com baixa frequência ventricular
5. BAVT
6. Lesão His-purkinje grave
7. Bloqueio de ramo alternante
Marcapasso Cardíaco

Temporários/provisórios

Indicados em situações de emergências

- Indicado para ser aplicado de forma eletiva e preventiva


- Posição do eletrodo: transcutâneos, epicárdio,
Endocárdio/transvenoso
Marcapasso Cardíaco
Marcapasso Cardíaco

Controle do portador de marcapasso provisório

O acompanhamento deve ser criterioso – podem ocorrer


complicações ou disfunções (secundários ao manuseio
inadequado do gerador de pulsos e cabo-eletrodo ou
movimentação excessiva do paciente)

• Avaliar 2 a 3 vezes ao dia – limiares de comando e de


Sensibilidade

PRECAUÇÕES A SEREM TOMADAS:

• Não tocar nos terminais do cabo-eletrodo com as mãos


nuas ou deixar que os mesmos tenham contato com
líquidos ou materiais condutores.
Marcapasso Cardíaco

Controle do portador de marcapasso provisório

Isolar terminais com borracha de silicone, tampa de agulha, pedaço de


equipo;

• Conectar adequadamente os terminais ao MP


• Desfibrilação - o MP deve ser desligado (desconectar o
cabos eletrodos).
• Desligar um MP externo - diminuir gradualmente a
frequência de estimulação, observar ritmo cardíaco (interrupção abrupta
pode induzir uma assistolia com quadro sincopal ou arritmia grave)
Marcapasso Cardíaco

Cuidados de Enfermagem ao paciente com marcapasso provisório

- Curativo diário do local de inserção do cabo eletrodo (risco de


infecção)
- Fixar o gerador próximo ao local de inserção do cabo eletrodo
- Manter o paciente monitorizado
- Examinar o paciente (FC, pulsos) - comparar os parâmetros
programados no gerador com o ritmo e FC do paciente;
- Indagar sobre queixas
- Realizar ECG diário
- Orientar o paciente ao repouso relativo
Marcapasso Cardíaco
Definitivos

Ressincronizador cardíaco

Estimulação cardíaca biventricular.


- Propicia aos pacientes com disfunção
Ventricular grave e bloqueio de ramo esquerdo, melhora da
classe funcional na IC e na fração de ejeção

Cardiodesfibrilador implantável- CDI

Monitora a atividade elétrica cardíaca


detecção e tratamento imediato das
taquiarritimias graves- TV, FV
- Terapêutica mais efetiva para prevenir
morte súbita
Melhora da qualidade de vida
Marcapasso Cardíaco
Implante de Marcapasso Cardíaco Definitivo
Marcapasso Cardíaco
Complicações do uso do Marcapasso

-Infecção, sangramento, hematoma nos locais de entrada dos cabos;


- Ectopia ventricular e taquicardia
- Síndrome do marca-passo  instabilidade hemodinâmica causada pela regulação do ritmo cardíaco
ventricular e pela perda da sincronia AV
-Perfuração cardíaca
-Movimentação ou deslocamento do dispositivo posicionado por via transvenosa (perfuração do
miocárdio)
-Pneumotórax e hemotórax
Perfuração cardíaca tamponamento cardíaco
Marcapasso Cardíaco
Cuidados de Enfermagem no pós-implante

-Após o implante o paciente retorna para o leito na enfermaria


-Recomendar repouso relativo no leito (evitar esforços no lado
do implante do marcapasso);
-Examinar o paciente:
-Monitorizar o paciente
-Inspecionar a área do curativo
-Verificar a existência de sinais de sangramentos ou hematomas
-Ausculta cardíaca e pulmonar
-Indagar sobre queixas (dispnéia, dor)
-Realizar ECG
-Encaminhar o paciente para realização de radiografia de tórax
Marcapasso Cardíaco
Processo de Enfermagem ao paciente com marcapasso cardíaco

1. Avaliação de Enfermagem

- Identificar o modo de estimulação do marcapasso


-Avaliar a resposta do paciente à terapia elétrica (ECG, débito
cardíaco e estabilidade hemodinâmica)
-Sinais de complicações
-Queixas do paciente
-Nível de conhecimento do paciente e familiares quanto ao marcapasso.
Marcapasso Cardíaco
Processo de Enfermagem ao paciente com marcapasso cardíaco

2. Diagnóstico de Enfermagem
Marcapasso Cardíaco
Processo de Enfermagem ao paciente com marcapasso cardíaco

3. Planejamento de Enfermagem

-Ausência de infecção
-Adesão a um programa de autocuidado
-Enfrentamento efetivo
-Manutenção do funcionamento do marcapasso

PREVENINDO INFECÇÃO
-Troca regular do curativo
-Inspeção do local da incisão quanto a sinais flogísticos
-Reportar aumento da temperatura corporal

PROMOVENDO O ENFRENTAMENTO EFETIVO


-Paciente experimenta alterações no estilo de vida e alterações físicas
-Reconhecer o estado emocional do paciente e ajudar o paciente a explorar os seus
sentimentos
-Realizar orientações sobre a vida com o marcapasso
Marcapasso Cardíaco
Processo de Enfermagem ao paciente com marcapasso cardíaco

3. Planejamento de Enfermagem

PROMOVENDO O CUIDADO DOMICILIAR E COMUNITÁRIO


-Pelo curto tempo de permanência no hospital, preparar o paciente para alta
hospitalar
-Incluir os cuidadores domiciliares no ensino
-Fornecer materiais impressos para uso do paciente
-O ensino deve englobar:
-Importância da monitoração periódica do marcapasso
-Promoção da segurança
-Prevenção de infecção
-Fontes de interferência eletromagnéticas
Marcapasso Cardíaco
Preparação do paciente para a alta hospitalar:

-Orientações sobre os cuidados com a ferida operatória


-Cartão de identificação do portador de MP
-Rotina de seguimento clínico
-Prevenção de deslocamento de eletrodos
-Retorno às atividades funcionais
-Retorno às atividades cotidianas
-Importância do uso de medicações prescritas
-Proteção contra as fontes de interferência

Informações sobre o modelo, tipo de gerador,


parâmetros de programação, funcionamento;
Longevidade estimada;
Monitorização do eletrodo;
Revisão periódica do aparelho em centros de referência
Carteira do portador de MP fornecido pelo hospital.
Marcapasso Cardíaco
ORIENTAÇÕES AO PACIENTE:

-Possibilidades de interferências:
-Por contato físico, Por campo elétrico, Por ação mecânica - podem alterar a frequência dos
MP Eletrocautério (corrente de alta frequência 300KHz a 1 MHz), podem ocasionar:

-Inibição do MP
-Parada definitiva do gerador
-FV, aumento de limiar de comando e de sensor.
-Reprogramação acidental do gerador, temporária ou Definitiva
-Ressonância magnética.

-Repouso de 30 dias após o implante – retorno das atividades de trabalho e/ou


domiciliares;
-Prática de esportes– após 3 meses de cirurgia.
-Evitar dormir do lado do marcapasso nos primeiros 10 dias
-Relação sexual após 30 dias
-Banho de mar e piscina após 30 dias
-Retorno ao trabalho – braçal – após 90 dias
Marcapasso Cardíaco
ORIENTAÇÕES AO PACIENTE:

-AMBIENTE DOMÉSTICO

AMBIENTE SOCIAL

-DETECTORES DE METAIS: AEROPORTOS


E BANCOS, PORTAS AUTOMÁTICAS
-TRANSPORTES COLETIVOS
-TELEFONE CELULAR

Os 17 (85%) pacientes relatam que o choque elétrico como o maior provocador de interferências,
14 (70%) relacionam a fadiga como principal sintoma, questionados sobre o que fazem após
perceberem sintomas que denotam uma interferência 15 (75%) responderam que se afastam do
aparelho e 11 (55%) procuram o serviço de saúde.
O nível de escolaridade pode limitar o aprendizado para o autocuidado. As interferências
causadas pelos equipamentos elétricos, eletrônicos e magnéticos são o principal motivo para limitar
atividades diárias dos pacientes. Os pacientes equivocam-se em relação às verdadeiras
circunstâncias que possam causar interferências.
O nível de conhecimento do paciente sobre o implante de marcapasso cardíaco e CDI foi considerado
bom e evidenciou a importância do papel do enfermeiro em todas as etapas da orientação para o
autocuidado.
Referências
Obrigada!

karynenegromonte@hotmail.com

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