Arquivototal MEL
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Tese de Doutorado
Tese de Doutorado
_________________________________________________________________________
Prof. Dr. Antônio Gouveia de Souza
Orientador/Presidente
__________________________________________________________________________
Prof. Dr. Raul Rosenhaim
2º Orientador
___________________________________________________________________
Prof. Dr. Manoel Barbosa Danta
Membro Titular Externo
___________________________________________________________________
Profa. Dra. Marta Suely Madruga
Membro Titular Externo
_______________________________________________________________
Profa. Dra. Neide Queiroz
Membro Titular Interno
Dedico...
Gonzaguinha
Título: Avaliação dos parâmetros químicos e do potencial antioxidante do mel de
jandaíra (Melipona subnitida D.)
Autora: Gerlania Sarmento da Silva
Orientadores: Prof. Dr. Antônio Gouveia de Souza
Prof. Dr. Raul Rosenhaim
Resumo
vi
Title: Evaluation of chemical parameters and the antioxidant potential of Jandaira‘s
honey (Melipona subnitida D.)
Author: Gerlania Sarmento da Silva
Advisers: Prof. Dr. Antônio Gouveia de Souza
Prof. Dr. Raul Rosenhaim
Abstract
vii
SUMÁRIO
viii
5.5 Teor de fenólicos totais e atividade antioxidante ................................................. 48
5.6 Caracterização química por ultravioleta e infravermelho ..................................... 52
6 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 55
7 REFERENCIAS...................................................................................................... 57
8 APÊNDICE ............................................................................................................. 70
ix
LISTA DE FIGURAS
x
LISTA DE TABELAS
xi
LISTA DE ABREVIATURAS
pH – Potencial Hidrogeniônico
HMF – hidroximetilfurfural
Aw – Atividade de água
PP - pólen predominante
SP - pólen secundário
CE – concentração
xii
1
1 INTRODUÇÃO
O mel das abelhas sem ferrão é um produto valioso e bem apreciado pela
população da região Nordeste do Brasil. A abelha-sem-ferrão Melipona subnitida
Ducke, conhecida como jandaíra é nativa e endêmica do Nordeste brasileiro. Esta
espécie é comercialmente valorizada pela população local por causa das
propriedades medicinais atribuídas ao seu mel e pólen. No entanto, sua importância
principal está ligada à conservação ambiental e produção de frutos através da
polinização de espécies vegetais nativas e culturas cultivadas na Caatinga (Silva et
al., 2006). Devido ao pouco conhecimento sobre o produto, o mel das Meliponas não
está incluído nas normas internacionais de mel (Codex, 2001) e não existe registro
de controle de qualidade, portanto não há garantias de segurança para os
consumidores. Durante a estação chuvosa, uma colméia com 80 colônias de M.
subnitida produz cerca de seis litros de mel por ano (Cortopassi-Laurino et al., 2006).
Este trabalho contribuirá para agregar valores ao mel de abelhas sem ferrão,
bem como na conservação de espécies nativas do semi-árido nordestino, que de
acordo com a figura 1.1 é predominante no Nordeste brasileiro.
Figura 1.1 Distribuição geográfica da abelha Jandaíra (Melipona subnitida Ducke). [Fonte:
http://www.webbee.org.br/jandaira/mapa.htm]
3
2 OBJETIVOS
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
molecular do mel já foram citados (Crane, 1990). Sabe-se que o ácido glucônico
está presente em maior quantidade; ele é produzido pela ação da enzima glicose–
oxidase, proveniente das glândulas hipofaringeanas das abelhas. Já em menor
quantidade, podem-se encontrar outros ácidos como: fórmico, acético, benzóico,
butírico, láctico, oxálico, málico, succínico, pirúvico, glicólico, cítrico, fenilacético,
tartárico, maleico, piroglutâmico, valérico (Strinson et al., 1960; White, 1975;
Andrade et al., 1997; Huidobro et al., 2002).
Os derivados de ácidos fenólicos também devem ser destacados, visto que
muitos deles são importantes por conferir aroma e sabor. De acordo com Amiot et
al., (1992) os compostos fenólicos de méis podem ser divididos em três grupos:
ácidos benzóicos e seus ésteres; ácidos cinâmicos e seus ésteres e flavonóides
agliconas. A proporção desses três grupos varia enormemente nos méis conforme
as origens florais.
Alguns flavonóides foram detectados no mel de girassol (conhecidamente rico
em flavonóides) (Amiot et al., 1992). Lianda e Castro, (2008) descreve pela primeira
vez o isolamento e a identificação da morina em mel brasileiro de laranjeiras e
outros trabalhos também foram relatados na literatura descrevendo os flavanóides
como marcadores da origem floral (Tomás-Barberán et al., 1993a; 1993b; 1994;
2001).
A composição química do mel, também, pode sofrer alterações devido a
adulterações, estas, são baseadas em dois princípios diferentes: diluição do mel
com adição de água e extensão com açúcar e xarope; e outra devido à abelha ser
alimentada com açúcar e xarope ou mel artificial, com posterior rotulação de acordo
com a origem floral ou geográfica (Anklam, 1998).
As substâncias fenólicas contidas no mel podem ser oriundas do néctar
coletado pelas abelhas, pólen ou ainda, da própolis. Muitas dessas substâncias,
principalmente os ácidos fenólicos e flavonóides, são conhecidas por apresentarem
propriedades farmacológicas e tornaram-se alvos de estudo, devido a sua conhecida
ação sobre numerosos processos fisiológicos no corpo, podendo beneficiar o
coração, veias, fígado, sistema imunológico, rins, musculatura e sistema nervoso
(Muñoz et al., 2007). Das várias propriedades terapêuticas atribuídas a essas
substâncias, podem se destacar os efeitos antioxidantes, antibacterianos,
antialérgicos, antiinflamatórios, etc. (Kampa et al., 2004; Aljadi e Kamaruddin, 2004;
Miorin et al., 2003).
10
Em todo mundo tem aumentado a preocupação com a saúde, e com isso tem-
se observado um aumento no consumo de frutas, pois várias evidências científicas
apontam efeitos benéficos à saúde de dietas ricas em frutas, hortaliças e vegetais e
alimentos, que apresentam em sua composição vários compostos com capacidade
antioxidante, como vitaminas A e C, carotenóides e compostos fenólicos. Muitos
autores têm demonstrado correlação entre a concentração destes compostos e a
capacidade antioxidante (Manach et al., 2004; Alves et al., 2007; Zuleta et al., 2007).
A transferência de elétrons é um dos processos químicos mais fundamentais
para a sobrevivência das células. O efeito colateral dessa dependência é a produção
de radicais livres e outras espécies reativas de oxigênio (ERO) que podem causar
dano oxidativo. Radicais livres são átomos ou moléculas produzidos continuamente
durante os processos metabólicos e atuam como mediadores para a transferência
de elétrons em várias reações bioquímicas, desempenhando funções relevantes ao
metabolismo (Bae et al., 1999). As principais fontes de radicais livres são as
organelas citoplasmáticas que metabolizam oxigênio, nitrogênio e cloro, gerando
grande quantidade de metabólitos (Shami e Morreira, 2004).
Os radicais livres hidroxila e alcoxila são muito reativos e rapidamente atacam
moléculas em células próximas, e provavelmente o dano causado por eles é
inevitável e é tratado por processos de reparo (Ames et al., 1993; Pietta, 2000). Por
outro lado, o ânion radical superóxido, hidroperóxidos lipídicos e o óxido nítrico são
menos reativos. Em acréscimo a estas espécies reativas de oxigênio, existem no
organismo espécies não radicalares, tal como o peróxido de hidrogênio (H 2O2) e o
ácido hipocloroso (HOCl) (Pietta, 2000).
Para combater os radicais livres os organismos vivos produzem substâncias
que são capazes de regenerar ou prevenir os danos oxidativos, exercendo seu papel
como antioxidante. Além destes, substâncias com habilidade de sequestrar radicais
livres podem ser obtidas de fontes externas, como alimentos e bebidas. Quando os
antioxidantes produzidos pelo corpo são insuficientes para combater os radicais
livres produzidos pelo organismo, este sofre ações degenerativas através do
distúrbio conhecido como estresse oxidativo.
A atividade antioxidante de alguns compostos presentes nos alimentos tem
despertado interesse pelo seu potencial efeito na prevenção do estresse oxidativo,
11
causa primária de muitas doenças crônicas por provocar danos celulares que, por
sua vez, podem promover disfunções fisiológicas e morte celular. O estresse
oxidativo é resultado do desequilíbrio entre as espécies reativas de oxigênio (ROS) e
nitrogênio (RNS) e o sistema de defesa antioxidante presente no organismo. As
espécies reativas de oxigênio e nitrogênio podem ser geradas durante a irradiação
por raios ultravioleta, raios X e raios gama, como produtos de reações catalisadas
por metais que podem estar na atmosfera como poluentes. Podem ser também
geradas no organismo, por neutrófilos e macrófagos durante o processo inflamatório;
por exposição a herbicidas, xenobióticos e toxinas e principalmente durante o
metabolismo aeróbico, na mitocôndria (cadeia transportadora de elétrons).
Antioxidantes enzimáticos como superóxido desmutase, catalase e glutation
peroxidase, juntamente com antioxidantes não enzimáticos, como as vitaminas C e
E, carotenóides, flavonóides e antioxidantes tióis, formam o sistema de defesa
antioxidante (Valko et al., 2006; Scandalios, 2005).
Os compostos fenólicos são metabólitos secundários das plantas sintetizados
em resposta a condições de estresse. Podem agir como fitoalexinas, como atrativo
para polinização, contribuírem para a pigmentação do vegetal, como antioxidantes e
similarmente ao sistema imunológico humano, protegendo a planta de raios
ultravioleta e de patógenos, dentre outros. Nos alimentos são os principais
compostos responsáveis pelas características sensoriais tais como adstringência,
amargor e aroma, além da estabilidade oxidativa dos produtos derivados de
vegetais. Por muito tempo, esses compostos foram associados negativamente à
qualidade de alimentos vegetais pela ação antinutricional como, por exemplo, dos
taninos, que complexam proteínas, diminuindo o valor nutricional e em alguns casos
inibem a atividade de enzimas como tripsina e lipases (Shahidi e Naczk, 1995).
No entanto, vários estudos têm demonstrado seus efeitos plurifarmacológicos
(bactericida, antiviral, antialérgico, antitrombótico, antiinflamatório, anticarcinogênico,
hepatoprotetor, vasodilatador), despertando grande interesse principalmente por sua
alta prevalência nas dietas já que são compostos onipresentes nos vegetais
(Cheynier, 2005; Nazck e Shahidi, 2004; Soobrattee et al., 2005).
Para melhor compreender a capacidade fisiológica dos compostos fenólicos,
deve-se considerar que in vitro a capacidade antioxidante dos mesmos, varia não
somente em função da estrutura química destas substâncias, mas também do tipo e
polaridade do solvente empregado em sua extração, dos procedimentos de
12
B B
O O
A C A C
O
Figura 3.2 Núcleo flavonoídico e núcleo 4-oxo-flavonóide.
Diversos métodos têm sido desenvolvidos, nos últimos anos, para avaliar a
capacidade antioxidante de amostras biológicas. O conteúdo de fenóis totais e de
flavonóides de amostras naturais, tais como plantas, alimentos e mel, refletem, em
alguma extensão, a capacidade total antioxidante da amostra (Meda et al., 2005). A
maneira mais precisa e exata de se identificar e quantificar flavonóides em produtos
naturais é a análise por cromatografia líquida de alta eficiência. Porém, uma das
técnicas que se enquadra bem para a determinação de flavonóides totais é a
espectrometria no ultravioleta (Meda et al., 2005). Este procedimento colorimétrico
apóia-se na reação de flavonóides com reagentes seletivos.
Para os produtos apícolas da abelha Apis mellifera já existem estudos
comprovados da eficácia terapêutica principalmente da atividade antioxidante, mas
nada ou pouco se sabe sobre a comprovação das atividades terapêuticas dos
produtos apícolas das abelhas sem ferrão. No Brasil já foram feitos estudos sobre a
composição química e a atividade antioxidante, utilizando-se apenas um modelo
experimental, incluindo o pólen da jandaíra que mostrou ótima atividade
seqüestradora de radicais livres (Silva et al., 2004; 2006; Lins et al., 2005a, 2005b;
Lins e Silva, 2005).
Os parâmetros de qualidade do mel no Brasil estão regulamentados pela
Instrução Normativa No11, de 20 de outubro de 2000 do Ministério da Agricultura e
do Abastecimento. Esta normalização é baseada nas normas e diretivas do
14
Açúcares redutores Mel floral: mínimo 65%. CAC/VOL. III, Supl. 2, 1990,
Melato ou Mel de 7.1
Melato: mínimo 60%.
4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Figura 4.1 Mapa da Paraíba mostrando os lugares em que os méis e pólen da Jandaíra
foram coletados. Município de Soledade (, amostras de 1-8) e município de Vieirópolis (,
amostra 9).
18
4.3.1 Umidade
4.3.2 Cinzas
A = nº de mL da solução de P g da amostra
a = nº de g de glicose correspondente a 10 mL das soluções de Fehling
P = massa da amostra em g
V = nº de mL da solução da amostra gasto na titulação.
22
Sendo:
Fator = 14,97 = (126/16,830) (1000/10) (100/5) onde:
126= Peso molecular do HMF;
16,830 = Absortividade molecular do HMF à 284nm;
1000 = mg/g
10 = centilitros/L;
100 = porcentagem de HMF;
5 = peso teórico da amostra
O método indica que se as leituras de absorbância forem superiores a 0,6
deve-se diluir as soluções teste e referência na mesma proporção, e repetir a leitura.
4.3.6 Proteínas
A atividade de água (Aw) de uma solução ou alimento pode ser definida como
a relação entre a pressão de vapor da solução (P) e a pressão de vapor do solvente
puro (Po). Geralmente os produtos com alto teor de açúcar apresentam baixa Aw, e
conseqüentemente são microbiologicamente estáveis, porém tendem a ser
24
onde, Acontrole é a absorbância do controle, uma solução que contém apenas o radical
DPPH· e EtOH, e Aamostra é a absorbância do radical na presença do mel ou dos
padrões ácido ascórbico e BHT.
A eficiência anti-radicalar foi estabelecida utilizando a análise de regressão
linear no intervalo de confiança de 95 % (p<0,05) obtido pelo programa estatístico
GraphPad Prism 4.0. Os resultados foram expressos através da CE 50 ± E.P.M., que
representa a concentração da amostra necessária para obter metade da atividade
seqüestradora dos radicais DPPH.
Então a solução ABTS・+ foi diluída com etanol (1:90 v/v, aproximadamente) até uma
absorbância (A) de 0,7 ± 0,02 no comprimento de onda de 734 nm, em UV-Visível,
30 0C.
C 2H 5
N S SO3H
N N
ABTS
HSO3 S N
C 2H 5
+ e
- - e-
C 2H 5
N.
+ SO3H
S
N N
ABTS -
HSO3 S N
C 2H 5
C 2H 5
+ SO3H
N . S
N N
HSO3 S N
C 2H 5
b
Figura 4.5 Estrutura do β-caroteno (a) e do ácido linoléico (b).
O teste foi realizado de acordo com Emmons, Peterson, e Paul (1999) com
algumas modificações. O -caroteno (10 mg) foi dissolvido em 1 mL de clorofórmio e
50 L foi adicionado em 530 L de ácido linoléico e 40 L de Tween 20. Foi
adicionada 100 mL de água destilada (previamente submetida a tratamento em
atmosfera de oxigênio, durante 30 minutos). Alíquotas para 3 mL da emulsão
caroteno/ácido linoléico foram misturadas com as amostras (10 mg/mL do mel puro)
e incubada em banho maria a 50 C. A oxidação da emulsão foi monitorada
espectrometricamente através da absorbância em 470 nm a cada 20 minutos até 80
minutos. A degradação no tempo é não linear, então a capacidade antioxidante foi
medida em 60 minutos de incubação, usando a equação:
AA=100(DRC-DRS)/DRC
31
Reações:
Fe3+ - EDTA + ascorbato → Fe2+ - EDTA + ascorbato oxidado
32
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
que a jandaíra é uma espécie com forragem específica, pois em uma região com
uma flora tão rica (semi-árido), visitam poucas espécies vegetais. Com exceção da
amostra 3 e 9, estes méis podem ser considerados uniflorais, ou seja, que contem
pólen de uma espécie vegetal acima de 40%. No Brasil, outros méis de Melipona
foram considerados monoflorais das espécies: Acacia polyphyla, Anadenanthera
macrocarpa, Citrus, Eucalyptus, Brassicaceae, Mimosa caesalpinifolia, Myrcia,
Piptadenia rigida, Schinus, Solanum e Vernonia polyanthes (Bazlen, 2000; Almeida,
2002; Barth, 2004, Alves et. al., 2006).
Há muitas espécies de plantas endêmicas com potenciais importante para a
apicultura que são bons marcadores geográficos (Santos et al., 2005; Borges et al.,
2006), e a presença de seus grãos de pólen de abelhas sem ferrão " produtos das
regiões semi-áridas foi confirmada por análise de pólen de méis (Alves et al, 2006;
Oliveira, et. al., 2010) e cargas de pólen (Novais et al., 2010).
Apesar deste potencial ser reconhecido em toda a flora nordestina, em
especial na Caatinga, pouco se sabe do potencial dessas espécies de abelhas, além
disso, de acordo com Santos e Santos (2003), a Caatinga é talvez a única
vegetação brasileira cuja flora ainda não foi submetida a estudos de pólen contínua
e sistemática (Oliveira et al., 2010).
35
*um único tipo polínico PP: pólen predominante (˃45%). SP: pólen secundário (16-45%). IP: pólen isolado importante (3-15%). MP:
pólen isolado ocasional (˂3%).
36
5.2.2 Cinzas
O HMF variou nas amostras de mel entre 10,8 e 15,76 mg.kg-1 (Tabela 5.2),
todas as amostras apresentaram valores dentro do estabelecido por Brasil (2000).
Souza (2008) encontrou valores em amostras de mel de abelha sem ferrão entre 0,0
e 60,2 mg.kg-1.
Observa-se uma variação ampla na faixa de HMF dos méis de abelhas sem
ferrão, embora todos os valores obtidos por (Marchini et al., 1998; Almeida, 2002;
Alves et al., 2005; Evangelista-Rodrigues et al., 2005) tenham atendido ao limite
máximo de 60,0 mg.kg-1. Variações de 0,4 a 78,5 mg.kg-1 em amostras de
meliponíneos do estado da Bahia foram encontradas por Souza et al.,(2006) e
Almeida-Anacleto (2007) de 0,8 a 71,5 mg.kg-1.
O valor de HMF é praticamente inexistente ou muito baixo em mel fresco e é
alto em mel que foi aquecido, armazenados em condições não adequadas, ou
adulterado com xarope de açúcar invertido (Nozal et al., 2001). Propriedades
químicas do mel, como pH, teor de minerais e acidez total também afetam o
conteúdo HMF. A presença de ácidos orgânicos e baixa
atividade de água também favorece a produção de HMF (Kalabova et. al., 2003).
De acordo com Karabournioti e Zervalaki (2001) somente a quantificação do
HMF não é suficiente para comprovar a exposição do mel a tratamentos térmicos
entre 40 e 50 ºC, sendo representativo somente para condições de aquecimento
exagerado.
5.2.6 Proteínas
Tabela 5.2. Características físico-químicas (umidade, pH, acidez livre, cinzas, proteína, hidroximetilfurfural, atividade de água e açúcares
redutores em glicose).
Amostra Umidade% pH Acidez livre Cinzas % Proteína% HMF Aw Açucares
meq/Kg mg.kg-1 redutores%
0
-1
Fluxo de Calor Total W.g
-10
Mel 01
Mel 02
Mel 03
-20
-30
-100 -50 0 50 100 150 200 250 300 350
0
Temperatura C
0
Fluxo de Calor (W.g )
-1
-5
-10
Mel 04
-15 Mel 05
Mel 06
-20
-25
-30
-1
0
-10 Mel 07
Mel 08
Mel 09
-15
-20
-25
-100 -50 0 50 100 150 200 250 300 350
0
Temperatura C
100
Mel 01
Mel 02
Perda de massa (%)
80 Mel 03
60
40
20
-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550
0
Temperatura C
100
Mel 04
Mel 05
Mel 06
Perda de Massa (%)
80
60
40
20
-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550
0
Temperatura C
47
Mel 07
100
Mel 08
Mel 09
60
40
20
-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550
0
Temperatura C
Mel 01
0
Mel 02
Diferença de temperatura ( C)
Mel 03
o
-20
-40
-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550
o
Temperatura ( C)
Mel 04
Mel 05
Diferença de temperatura ( C)
0 Mel 06
o
-20
-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550
0
Temperatura C
48
5
Mel 07
Mel 08
Diferença de temperatura ( C)
0
Mel 09
o
-5
-10
-15
-20
-25
-30
-35
-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550
0
Temperatura C
Tabela 5.4. Teor de fenólicos totais e testes antioxidantes em amostras de mel puro de
jandaíra.
Mel Fenólicos Totais DPPH(EC50) ABTS(EC50) β-caroteno/ Deoxirribose
Puro (mgGAE/g ± SD) mg/mL mg/mL ác.linoléico (EC50)
(%O.I mg/mL
T=60min)
10 mg/mL
1 1,2±0,0 11,1±0,1 7,1±0,0 54,6±3,2 2,1 ± 0,0
2 1,1±0,0 11,2±0,3 6,1±0,0 51,5±5,1 2,2 ± 0,0
3 1,1±0,1 12,9±0,3 7,0±0,1 58,3±0,5 2,2 ± 0,0
4 1,1±0,1 12,5±0,1 6,7±0,3 48,8±2,8 2,2 ± 0,0
5 1,3±0,3 10,6±0,6 8,1±0,1 55,2±1,5 2,1± 0,0
6 1,3±0,2 10,6±0,1 8,3±0,3 53,7±4,3 2,3 ± 0,0
7 1,3±0,1 10,7±0,3 9,7±0,1 55,3±2,5 2,2 ± 0,0
8 1,3±0,1 10,9±0,0 9,4±0,4 58,4±1,8 2,1 ± 0,0
9 1,2±0,1 12,1±0,0 8,3±0,0 74,6±4,3 2,1 ± 0,0
0.20
DPPH 1/CE 50 (R2=0.62, p=0,012)
ABTS 1/CE 50 (R2=0.72, p=0,004)
0.15
0.10
0.05
0.00
1.0 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5
Teor de fenólicos totais (mg GAE/g)
Figura 5.4 Correlação linear do teor de fenólicos totais em função dos valores de 1/CE50 do
ensaio ABTS e DPPH do mel puro de jandaira
Figura 5.7 Gráfico dos escores obtido pela PCA aplicada aos espectros UV das nove
amostras (em triplicata) de mel.
6 CONCLUSÃO
existe esta atividade que está associada ao combate de radicais livres causados
pelo estresse e em várias outras doenças, incluindo as degenerativas.
Com este estudo foi possível assegurar um padrão de qualidade para o mel
de jandaíra associado ao uso como alimento funcional, com propriedades benéficas
ao organismo. O que pode conduzir uma valorização do produto junto ao
consumidor em virtude do seu uso tradicional como adoçante constituir uma
alternativa mais saudável.
57
7 REFERENCIAS
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70
8 APÊNDICE
TGA DrT GA
% mg/min
100.00
0
27.34x10
C 0 0.50
-15.935x10
%
80.00 0
134.36x10
C 0
-9.187x10
%
0
182.18x10
C 0.00
0
-26.355x10
%
60.00
-0.50
0
264.10x10
C 0
-28.654x10
%
40.00
-1.00
20.00
0
496.84x10
C
100.00 200.00 300.00 400.00 500.00
Temp [C]
TGA DrT GA
% mg/min
100.00 0 1.00
0 -18.001x10
%
29.84x10
C
80.00 0
-7.767x10
%
0
139.62x10
C
0
0
186.74x10
C -29.207x10
%
60.00 0.00
0
-24.662x10
%
40.00 0
269.43x10
C
0
499.59x10
C
20.00 -1.00
100.00 200.00 300.00 400.00 500.00
Temp [C]
TGA DrT GA
% mg/min
100.00 1.00
0 0
-15.560x10
%
28.89x10
C
0
-11.727x10
%
0
80.00 127.35x10
C
0
0
188.03x10
C -28.292x10
%
60.00 0.00
0
-24.649x10
%
40.00 0
267.12x10
C
0
499.68x10
C
20.00 -1.00
100.00 200.00 300.00 400.00 500.00
Temp [C]
TGA DrT GA
% mg/min
100.00
0
1.00
-18.373x10
%
0
27.12x10
C
80.00 0
-9.643x10
%
0
135.33x10
C
0 0
185.53x10
C -28.532x10
%
60.00 0.00
40.00
0 0
270.07x10
C -23.923x10
%
20.00 -1.00
0
499.99x10
C
100.00 200.00 300.00 400.00 500.00
Temp [C]
TGA DrT GA
% mg/min
100.00 1.00
0
26.81x10
C 0
-19.087x10
%
80.00
0
135.73x10
C 0
-9.104x10
%
0
-24.990x10
%
0
181.18x10
C
60.00 0.00
0
256.95x10
C 0
-27.732x10
%
40.00
20.00 -1.00
0
499.63x10
C
100.00 200.00 300.00 400.00 500.00
Temp [C]
TGA DrT GA
% mg/min
100.00 0
-17.032x10
% 1.00
0
32.60x10
C
0
-8.386x10
%
80.00 0
136.25x10
C
0
-26.935x10
%
0
186.32x10
C
60.00 0.00
0
-27.582x10
%
0
268.68x10
C
40.00
20.00
0
-1.00
499.85x10
C
100.00 200.00 300.00 400.00 500.00
Temp [C]
TGA DrT GA
% mg/min
100.00 1.00
0
31.43x10
C 0
-16.808x10
%
80.00 0 0
142.21x10
C-7.096x10
%
0
184.93x10
C 0
-27.558x10
%
60.00 0.00
0 0
268.26x10
C -27.875x10
%
40.00
20.00 0
-1.00
500.16x10
C
100.00 200.00 300.00 400.00 500.00
Temp [C]
TGA DrT GA
% mg/min
100.00 1.00
0
28.10x10
C 0
-13.395x10
%
0
132.69x10
C 0
-10.509x10
%
80.00
0
186.04x10
C 0
-27.086x10
%
60.00 0.00
0
265.60x10
C 0
-29.400x10
%
40.00
20.00 -1.00
0
499.56x10
C
100.00 200.00 300.00 400.00 500.00
Temp [C]
TGA DrT GA
% mg/min
100.00 1.00
0 0
31.34x10
C -21.079x10
%
80.00 0
-2.100x10
%
0
160.14x10
C
0
177.50x10
C 0
-29.780x10
%
60.00 0.00
0
-27.315x10
%
0
265.25x10
C
40.00
20.00 -1.00
0
499.85x10
C
100.00 200.00 300.00 400.00 500.00
Temp [C]