2016 - Denise Rosane Perdomo Azeredo PDF
2016 - Denise Rosane Perdomo Azeredo PDF
2016 - Denise Rosane Perdomo Azeredo PDF
INSTITUTO DE TECNOLOGIA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E
TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
TESE
2016
664.0287
A993d Azeredo, Denise Rosane Perdomo, 1969-
T Desenvolvimento e aplicação do teste
desafio em refrigerante de laranja adicionado
de concentrado de cenoura e maçã / Denise
Rosane Perdomo Azeredo – 2016.
113 f.: il.
I
II
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA
DE ALIMENTOS
e Co-Orientador
PhD. Anderson de Souza Sant’Anna
Seropédica, RJ
Agosto de 2016.
III
AGRADECIMENTOS
À Deus, Pai, infinito em bondade e misericórdia. Senhor da Vida, que me sustenta a cada dia
com saúde, coragem e força, agradeço por me presentear com uma família amorosa e amigos
verdadeiros.
À Jesus, nosso amigo, mestre, companheiro incondicional de todas as horas. À querida irmã
Maria Angélica, pela possibilidade do trabalho renovador.
À Lucimar, que muito me auxiliou e que sempre me deu forças para seguir....
A querida amiga Judy, que não mediu esforços para me ajudar! Amiga de longa
caminhada....parte do que sou como profissional devo a você!!!
Ao querido orientador Sabaa, que soube compreender, com muito carinho, a minha vida
multidisciplinar: professora, orientadora, mãe, esposa, filha, dona de casa, aluna de doutorado...e
que confiou em mim, dando-me oportunidade de fazer a primeira disciplina do doutorado, PCA,
ministrada por ele, como ouvinte. Continuo em prece por ele, porque acredito que os laços
fraternos se estendem para sempre.
Ao querido amigo e co-orientador Anderson, de quem muito me orgulho, por toda a ajuda, pela
resposta aos e-mails na madrugada, pelo acolhimento, pelos congressos e cursos que me
oportunizou.
Ao querido amigo Adriano pela resposta aos e-mails na madrugada, pelo incentivo e pela
disponibilidade em me auxiliar sempre.
À querida amiga Andréa Mello, companheira desde o mestrado, que sempre me deu forças para
continuar nesta longa caminhada e dividiu comigo as preocupações de mãe, filha e aluna de
doutorado.
Aos professores (as) da instituição que pelas aulas ministradas muito contribuíram para a minha
formação, em especial ao Sabaa, Cristiane Hess, Kátia Tabai, Stella Reis, Luís Otávio e a
Verônica Lobato.
A equipe de professores do curso de Alimentos do IFRJ- Campus Rio de Janeiro pelo incentivo
e compreensão das ausências nas reuniões, em especial a Lourdes Maria Pêssoa Masson e ao
coordenador José Ricardo Hassel Lopes que me auxiliou sempre que percebeu que a minha carga
horária estava muito alta! Aos Professores Fábio M. Costa e Janaína Nascimento.
IV
DEDICATÓRIA
V
.....Estamos sempre, face à face, com a banca
examinadora do mundo, pois onde formos aí seremos
convocados à confissão de nossa Fé e valor moral. O
minuto que se esvai é a nossa oportunidade valiosa; o
lugar onde estamos é o anfiteatro de nossas lições
contínuas.
Por isso, caminhar sem Jesus nos domínios humanos, é
sentir que a água não dessedenta, o alimento não sacia,
a melodia não eleva, a página não edifica, a flor não
perfuma, a luz não aquece. Entretanto, amparados no
Cristo, todos somos autossuficientes, porquanto
dispomos de apoio, esclarecimento e fortaleza em
qualquer transe aflitivo com que a vida nos surpreenda.
CAÍRBAR SCHUTEL
(mensagem: Nas culminâncias da luta, do livro Ideal
Espírita – Psicografia de Francisco C. Xavier).
VI
RESUMO
Atualmente o consumidor anseia por alimentos mais naturais, saudáveis, que promovam
benefícios à saúde e que sejam isentos de aditivos. Nesse sentido, a composição química dos
refrigerantes, especialmente no que concerne aos corantes artificiais e conservadores pode
representar riscos à saúde do consumidor, devido a possibilidade de formação de benzeno,
reconhecido agente carcinogênico ao homem, e a associação entre corantes artificiais, reações
alérgicas e efeitos deletérios ao DNA. Nessa pesquisa, inicialmente, desenvolveu-se uma
formulação de refrigerante de laranja, contendo os conservadores benzoato de sódio e sorbato de
potássio, na qual os corantes artificiais – amarelo tartrazina e amarelo crepúsculo foram
substituídos por concentrado de cenoura e maçã. Em paralelo, desenvolveu-se uma formulação
controle. Foram realizadas análises físico-químicas, microbiológicas e sensorial das formulações
durante o período de armazenamento de 150 dias. Observou-se o atendimento ao padrão de
identidade e qualidade e estabilidade das formulações em relação aos parâmetros físico-
químicos. Entretanto, na análise colorimétrica observou-se uma degradação de cor perceptível
ao consumidor na amostra contendo o concentrado de cenoura e maçã. Em relação as análises
microbiológicas, ambas as formulações atenderam aos parâmetros preconizados pela legislação.
Entretanto, a contagem de bolores e leveduras apresentou crescimento de 1 ciclo log na
formulação contendo o concentrado de cenoura e maçã, sugerindo que a robustez da matriz
desenvolvida pode ser afetada, se as condições de higienização da linha de processamento não
forem observadas. Em relação a análise sensorial, verificou-se que a cor foi a característica
sensorial que mais influenciou os consumidores com relação a aceitabilidade das amostras,
sinalizando que esse parâmetro interferiu, de forma significativa na avaliação do sabor e
aparência. Os resultados referentes a aplicação do teste desafio e a determinação do potencial de
multiplicação microbiana (δ) indicaram que as leveduras e bactérias lácticas são capazes de se
multiplicar na formulação adicionada de concentrada de cenoura e maçã sem conservadores (δ ≥
0,5 log10), sinalizando que a formulação é sensível. As bactérias acéticas, nessas condições,
foram inibidas. Nas formulações preservadas quimicamente com adição de concentrado de
cenoura e maçã e a adicionada de corantes artificiais, os resultados referentes ao potencial de
multiplicação microbiana (δ) indicaram que as leveduras e bactérias lácticas foram inibidas (δ ≤
0,5 log10) em ambas as formulações. Entretanto, as leveduras resistentes a conservadores
apresentaram habilidade de crescimento (δ ≥ 0,5 log10). No ingrediente concentrado de cenoura
e maçã, observou-se que as leveduras, bactérias lácticas e o fungo Penicillium citrinum foram
inibidos, indicando que o concentrado não deve ser considerado uma fonte de nutriente para a
multiplicação microbiana que afetaria a robustez da formulação. Constatou-se a multiplicação
das leveduras resistentes a conservadores, com potencial de multiplicação δ ≥ 0,5 log10 em todas
as formulações e ingrediente avaliados. Os dados obtidos no presente estudo sinalizam que o
desenvolvimento de alimentos mais naturais ainda representa um desafio para a indústria de
alimentos.
VII
ABSTRACT
Nowadays consumer desired healthy foods that promote benefits and free from food additives.
The chemical composition of soft drinks, artificial colors and preservative, may pose a risk to
consumer health due to the possibility of benzene formation, a recognized carcinogenic agent in
humans and the association between artificial colors, allergic reactions and DNA damage. In this
study, an orange soda formula containing the preservatives sodium benzoate and potassium
sorbate with carrot and apple concentrate was developed. In parallel, we developed a standard
formula containing tartrazine and sunset yellow. Physicochemical, microbiological and sensory
analysis of formulas were carried out during the storage period of 150 days. It was observed that
there were no changes in physicochemical parameters. However, the colorimetric analysis
revealed a short shelf life in the sample containing the carrot and apple concentrate. Regarding
microbiology, both formulations were according to regulation by public health agencies. The
yeasts and molds counts presented 1 log cycle growth in the formula containing the carrot and
apple concentrate, suggesting that the robustness of the developed matrix may be affected, if the
hygiene conditions of processing line sanitation are not observed. It was found that the color was
the sensory characteristic that most influenced consumers regarding the acceptability of the
samples, signaling that this parameter interfered significantly in evaluating flavor and appearance
The results obtained by microbiological challenge test and determination of growth potential (δ)
indicated that yeast and lactic acid bacteria are able to multiply in the formula containing carrot
and apple concentrate without preservatives (δ ≥ 0.5 log10), indicating that the formula is
sensitive. Acid acetic bacteria, in these conditions, were inhibited. A preserved formula with the
addition of carrot and apple concentrate and other formula with the addition of artificial colors
were prepared. The results referring to the growth potential (δ) indicated that yeast and lactic
acid bacteria were inhibited (δ ≤ 0.5 log10) in both formulas. However, the preservative resistant
yeasts presented growth ability (δ ≥ 0.5 log10). In the apple and carrot concentrate, it was
observed that yeast, lactic acid bacteria and fungus Penicillium citrinum were inhibited,
indicating that this ingredient should not be considered a nutrient source for microbial
multiplication that would affect the formula robustness. It was verified the growth of the
preservative resistant yeasts (growth potential δ ≥ 0,5 log10) in all the evaluated formulas and
ingredient. The data obtained, in this study, indicate that the development of more natural foods
still represents a challenge for the food industry.
Key words: food colouring stuffs, food additives, carbonated soft drinks, growth potential (δ),
microbiology.
VIII
LISTA DE FIGURAS
IX
LISTA DE TABELAS
LISTA DE QUADROS
X
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
XI
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO GERAL 01
Resumo 04
Abstract 05
1. Introdução 06
1.1. Desafios para o setor 10
2. Refrigerantes: Legislação 11
2.1. Classificação / Designação 12
3. Refrigerantes: Composição 16
3.1 Refrigerante de laranja 19
3.1.1 A formação de benzeno em refrigerante de laranja 20
3.1.2 As alergias alimentares e os corantes artificiais empregados em refrigerante de
laranja 21
4.Refrigerantes: Tecnologia 22
4.1.Tratamento da água do processo 22
4.2.Produção de xarope simples 24
4.3.Filtração do xarope 24
4.4.Produção de xarope composto 25
4.5.Processo de diluição, carbonatação e envase 25
5. A perda de qualidade dos refrigerantes................................................................... 26
6. Considerações finais .................................................................................................. 26
Abstract 29
1. Introduction 30
2. An overview of soft drink processing 32
3. Microorganisms of importance in carbonated soft drinks 34
3.1. Spoilage Microorganisms 34
3.1.1. Yeasts 35
3.1.2. Filamentous fungi 37
3.1.3. Acid producing bactéria 38
3.2. Pathogenic microorganisms 39
4. Major factors contributing for the microbial stability of carbonated soft drinks 41
4.1. pH 41
4.2. Preservatives 42
4.3. Carbonation 44
5. Final remarks 45
XII
CAPÍTULO III – SEGURANÇA DO ALIMENTO: PERCEPÇÃO DOS CONSUMIDORES
SOBRE OS ADITIVOS ALIMENTARES
Resumo 52
Abstract 53
1. Introdução 54
2. Material e métodos 56
2.1. Estudo I- Percepção do consumidor sobre a segurança dos aditivos em alimentos
processados 56
2.2. Estudo II- Impacto da informação sobre aditivos alimentares, em especial
corantes artificiais, na aceitação de balas mastigáveis 57
2.3. Análise estatística 59
3. Resultados e Discussão 59
3.1. Estudo I- Percepção do consumidor sobre a segurança dos aditivos
alimentares em alimentos processados 59
3.2. Estudo II – Impacto da informação sobre aditivos alimentares, em especial
corantes artificiais, na aceitabilidade de balas mastigáveis 62
4. Conclusão 63
Resumo 65
Abstract 66
1. Introdução 67
2. Material e Métodos 70
2.1. Seleção do corante natural 70
2.1.1 Desenvolvimento das formulações 71
2.1.2 Produção do refrigerante 71
2.2 Análises físico-químicas 73
2.2.1 Análise Colorimétrica 73
2.2.2 Análises microbiológicas 73
2.3 Análise sensorial 74
2.3.1 Amostras 74
2.3.2 Teste afetivo de aceitação 75
2.4 Análise estatística 75
3. Resultados e Discussão 76
3.1 Análises físico-químicas 76
3.2 Análises microbiológicas 77
3.3 Análise sensorial 78
4. Conclusão 81
XIII
CAPÍTULO V - APLICAÇÃO DO TESTE DESAFIO E DETERMINAÇÃO DO POTENCIAL
DE MULTIPLICAÇÃO MICROBIANA (δ) PARA VALIDAÇÃO DE FORMULAÇÃO DE
REFRIGERANTE DE LARANJA ADICIONADO DE CONCENTRADO DE CENOURA E
MAÇÃ.
Resumo 84
Abstract 85
1. Introdução 86
2. Material e Métodos 88
2.1. Desenvolvimento das formulações 88
2.1.1. Produção do refrigerante 88
2.2. Caracterização físico-química das formulações 88
2.3. Teste Desafio 89
2.3.1. Seleção dos micro-organismos 89
2.3.2. Ativação das culturas 89
2.3.3. Preparo do inóculo 90
2.3.4. Inoculação da suspensão de micro-organismos nas amostras de
bebidas 90
2.3.5. Monitoramento do crescimento dos micro-organismos nas amostras
inoculadas 90
2.3.6. Inoculação das suspensões de micro-organismos na amostra de
concentrado de cenoura e maçã 91
2.3.7. Determinação do potencial de multiplicação
microbiana (δ) 92
3. Resultados e discussão 92
4. Conclusão 97
CONCLUSÕES GERAIS 98
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 99
XIV
INTRODUÇÃO GERAL
Nos últimos anos, as bebidas não alcoólicas ganharam espaço no mercado brasileiro. Os
refrigerantes representam uma parcela significativa desse mercado, refletindo em um volume
de consumo que coloca o Brasil em terceiro lugar no mercado mundial.
De acordo com a legislação, refrigerantes são bebidas não alcoólicas gaseificadas,
obtidas pela dissolução, em água potável, de suco ou extrato vegetal de sua origem, adicionadas
de açúcares ou edulcorantes, acidulantes, aromatizantes, corantes artificiais e conservadores.
No tocante aos conservadores, o benzoato de sódio, sob determinadas condições, em conjunto
com o ácido ascórbico presente em bebidas de laranja pode formar benzeno, reconhecido agente
carcinogênico ao homem. Quanto ao emprego de corantes artificiais, em refrigerantes de laranja
destacam-se os corantes artificiais amarelo tartrazina e amarelo crepúsculo, envolvidos em
reações alérgicas e efeitos deletérios ao DNA, respectivamente. Ainda, estudos demonstram a
relação direta entre o consumo de corantes artificiais e benzoato de sódio e a ocorrência de
outras patologias como o déficit de atenção e hiperatividade.
Por outro lado, para adequada estabilidade microbiológica dos refrigerantes, os
principais parâmetros são pH, carbonatação e a presença de conservadores como benzoato de
sódio e sorbato de potássio.
Observa-se um movimento mundial da sociedade contemporânea em busca de produtos
mais naturais, que se relacionem à saúde e dieta equilibrada, e mais seguros, que não ofereçam
riscos à saúde do consumidor. A indústria de alimentos está reformulando seus produtos,
buscando alternativas aos ingredientes convencionais. A inovação de produto, consistindo na
substituição de aditivos alimentares por ingredientes naturais representa um desafio, pois deve
atender aos aspectos relacionados a regulamentação, a qualidade e a segurança do alimento.
Desta forma, esse estudo teve como objetivo principal avaliar se a substituição dos
corantes artificiais, em formulação de refrigerante de laranja, por concentrado de cenoura e
maçã e a eliminação dos conservadores, afetariam a estabilidade microbiológica do produto,
implicando na diminuição da robustez da fórmula. A aplicação do teste desafio em conjunto
com a determinação do potencial de multiplicação microbiana (δ) permitiu afirmar ser possível
a substituição dos corantes artificiais, contudo, a eliminação dos conservadores resulta em
diminuição da estabilidade da formulação, e consequente sensibilidade à formulação. A
aplicabilidade do estudo está na possibilidade de desenvolver uma bebida que possibilitará o
1
crescimento do mercado de refrigerantes, aliada ao conceito de saúde e segurança do
consumidor.
Essa tese foi estruturada em 5 capítulos, organizados da seguinte forma. O capítulo 1
corresponde a uma revisão bibliográfica acerca do consumo, composição e tecnologia de
fabricação dos refrigerantes. O capítulo 2 se refere ao artigo de revisão, publicado na revista
Food Research International, cujo título é: “An overview of microorganisms and factors
contributing for the microbial stability of carbonated soft drinks. No capítulo 3 são
apresentados os resultados do estudo sobre a percepção dos consumidores em relação aos
aditivos alimentares. No capítulo 4 são apresentados os resultados oriundos do
desenvolvimento de formulação de refrigerante sabor laranja adicionada de concentrado de
cenoura e maçã. O capítulo 5 apresenta os resultados obtidos da aplicação do teste desafio e
determinação do potencial de multiplicação microbiana (δ) para validação de formulação de
refrigerante sabor laranja adicionado de concentrado de cenoura e maçã.
2
CAPÍTULO I
3
Resumo
4
SOFT DRINKS: CONSUMPTION, COMPOSITION AND TECHNOLOGY
Abstract
Soft drinks consumption in Brazil is quite significant, placing the country in third position in
the global market after the United States and Mexico. Two major manufacturers dominate the
production of soft drinks in Brazil. However, smaller companies gained competitiveness over
the past few years, especially with the introduction of polyethylene terephthalate packaging
(PET). Extensive legislation ensures that the beverage manufacturing is in accordance with
national and international standards. This chapter provides a broad overview of available
scientific knowledge about the soft drinks and highlights the key aspects of public health in
relation to food safety. Particular attention is given to ingredients, including preservative and
artificial colors that can pose a risk to consumer health. As regards preservative, sodium
benzoate, under certain conditions, together with the ascorbic acid present in orange carbonated
beverage can form benzene, a known human carcinogen. The use of artificial colors, such as
tartrazine and sunset yellow in the orange soda, are involved in allergic reactions and
deleterious effects on DNA, respectively. The main deteriorations of soft drinks comprises
turbidity, sediment formation, flavor and odor changes and excessive presence of gases. Due to
its intrinsic characteristics, soft drink is considered stable, from the microbiological point of
view. The critical manufacturing steps are pasteurisation and cooling the syrup and mixing the
ingredients and preservatives.
5
1. Introdução
Os últimos anos dez anos foram marcados por transformações na sociedade brasileira.
De uma economia de baixo dinamismo, com taxas de crescimento abaixo da média mundial, o
Brasil passou a fazer parte dos países emergentes que lideram o crescimento mundial. Em 2011,
o Brasil se tornou a sexta economia do mundo. Este cenário alavancou o crescimento de
diversos setores da economia do país, dentre estes, destaca-se o segmento de bebidas não
alcóolicas. Em cinco anos, o segmento aumentou de 51,6% para 53,2% a sua participação de
mercado, e os refrigerantes representaram 41,5% desta fatia (CAMARGO, BONACIO e
ZACARCHENCO, 2014). A produção de refrigerantes desponta como principal item do setor
de bebidas, seguido da produção de cervejas. Juntos, esses dois segmentos refletem
aproximadamente 82% do volume produzido e 76% do valor total das vendas de bebidas no
Brasil (CERVIERI et al., 2014). A Figura 1 retrata a segmentação do mercado. Ressalta-se a
predominância dos refrigerantes, com maior volume de produção (em bilhões de litros) no ano
de 2014. O Brasil é o terceiro maior mercado de refrigerantes do mundo depois dos Estados
Unidos e México (NEVES, 2015).
6
16,341,934
12,088,245
4,993,326
1,306,441
669,616
503,033
273,273
137,785
113,700
Figura 1: Volume de produção do mercado de bebidas não alcóolicas em 2014.
Fonte: Elaborado pelos autores a partir de dados da ABIR (2014) e SICOBE (2014)
*RTD – Read to drink.
1
O verbete “tubaína” não consta nos dicionários Aurélio e Michaelis. Tubaína é o nome de um
refrigerante sabor “tutti frutti”, produzido por indústrias nacionais, com muitas variações regionais.
Fonte: Campos e Oliveira, 2004.
7
Outros
Ambev/Pepsi
16%
18%
Brasil Kirin
6%
Coca-Cola
60%
2
Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico.
8
11.3%
João Pessoa
15.0%
6.9%
Natal
17.2%
11.2%
Salvador
17.7%
24.7%
Porto Alegre
34.5%
27.5%
Goiânia
33.1%
Mulheres Homens
9
90
88
86
LITROS/HAB/ANO
84
82
80
78
76
74
2010 2011 2012 2013 2014
10
consumidor, foi o desenvolvimento de bebidas dietéticas (diet)3 (BRASIL, 1999). Sob esse
aspecto, a publicação do Decreto n° 8592 de 17 de dezembro de 2015 (BRASIL, 2015), que
permite a mistura de açúcar e adoçante hipocalóricos, resultará no desenvolvimento de bebidas
com menos calorias, oportunizando a entrada de produtos no mercado brasileiro como a Coca-
cola Life, que mistura açúcar com extrato de folhas de stevia, um edulcorante natural. Essa nova
versão fornece 89 Kcal em 330 mL, já a versão original 138 Kcal (NOGUEIRA, 2014). Outras
tendências, no entanto, são observadas e já estão disponíveis para o consumidor, como por
exemplo, o refrigerante com zero açúcar, cujo consumo de 500 mL atende a 25% da necessidade
diária de ingestão de fibras4; e o refrigerante orgânico5. Segundo o IDEC (Instituto de Defesa
do Consumidor), atendendo a pressão da sociedade por alimentos mais saudáveis, os principais
fabricantes de refrigerantes: Coca-Cola Brasil, Ambev e Pepsico realizaram um acordo
voluntário visando restringir a venda da bebida em cantinas escolares para crianças de até 12
anos de idade. Essa ação reforça a imagem junto ao consumidor de que as indústrias não estão
alheias ao problema da obesidade infantil, entretanto, é importante detalhar de que forma essa
iniciativa será implementada, como a fiscalização deverá atuar nesse sentido e qual o
mecanismo de punição aos que infringirem as regras. Necessário se faz ainda refletir sobre o
apoio à essa ação através de medidas legislativas, que visem inclusive banir a propaganda
massiva a que as crianças estão submetidas (PORTAL DO CONSUMIDOR, 2016).
2. Refrigerantes: Legislação
3
De acordo com a Instrução Normativa nº30 de 27 de setembro de 1999, a bebida dietética e a bebida de baixa
caloria são bebidas não-alcoólicas, hipocalóricas, que tenham o conteúdo de açúcares, adicionado normalmente na
bebida convencional, inteiramente substituído por edulcorante hipocalórico ou não-calórico, natural ou artificial,
em conjunto ou separadamente.
4
https://www.brasilkirin.com.br/produto/fibz
5
http://www.natumaker.com.br/
11
Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA. À Agência Nacional de Vigilância Sanitária
– ANVISA cabe a inspeção e fiscalização de bebidas, nos seus aspectos bromatológicos e
sanitários.
A classificação e a designação dos vários tipos de refrigerantes são apresentadas
abaixo, conforme a Portaria n.544/1998 (BRASIL, 1998).
12
Tabela 1: Padrão de Identidade e Qualidade (PIQ) dos refrigerantes.
Sabor do °Brix % de Acidez Cafeína Tanino Quinino ou
refrigerante do suco suco (g/100mL) (mg/100mL) (mg/100mL) seus sais
(v/v) (mín.) (mg/100mL)
Uva 14 10 0,03* ----- ----- -----
Laranja 10,5 10 0,1 ----- ----- -----
Tangerina ----- 10 ----- ----- ----- -----
Abacaxi 10 10 0,07 ----- ----- -----
Maçã 10 5 0,02** ----- ----- -----
Pêra 10 5 0,03** ----- ----- -----
Maracujá 9 3 0,06 ----- ----- -----
Limão ou ----- 2,5 0,125 ----- ----- ------
soda
limonada
Guaraná*** ----- ----- ----- 0,6 1,0 -----
Cola**** ---- ---- ----- 20 ----- -----
Água ----- ---- ----- ----- ----- máx. 7; mín.
tônica de 3
quinino
Misto de ----- 5,0 ----- ----- ----- -----
frutas (suco
de mais de
uma fruta)
Fonte: Portaria n.544/1998; Decreto-lei 6871/2009 (BRASIL, 2009a). *Expresso em ácido
tartárico; **Expresso em ácido málico. Para as demais frutas, a acidez é expressa em ácido cítrico.
*** O refrigerante de guaraná deverá conter, obrigatoriamente, no mínimo, 0,02 g/100mL de semente
de guaraná (gênero Paullinia) ou seu equivalente em extrato.
**** O refrigerante de cola deverá conter semente de noz de cola ou extrato de noz de cola (Cola
acuminata).
13
somatório destes. O valor numérico e o sinal de porcentagem (%) devem ter, no mínimo, o
dobro do tamanho da denominação do produto, e a expressão "DE SUCO" deve ter, no mínimo,
uma vez e meia o tamanho da denominação do produto. Seguem abaixo, exemplos descritos na
legislação (Tabela 2).
14
Tabela 3. Quantidades mínimas de suco e polpa de frutas e extratos para refrigerantes.
Quantidades de sucos de fruta, suco de vegetal, polpa de fruta, extrato padronizado e extrato de
fruta para 100 mL de refrigerante.
Fruta Quantidade mínima em mL Quantidade mínima de
sólidos totais do açaí ou
juçara em mL
Açaí fino, médio e grosso e ---- 2,0
polpa de açaí
Açaí fino clarificado 1,8 ----
Açaí médio clarificado 1,6 -----
Açaí grosso clarificado 1,25 2,0
Açaí (polpa de açaí clarificada) 5,0 -----
Cajá 5,0 -----
Cajú 5,0 -----
Juçara (Eutherpe edulis) ---- 2,0
Goiaba 5,0 ----
Manga 5,0 ----
Morango 2,5 ----
Pêssego 5,0 ----
Tomate (suco) 10,0 ----
Duas ou mais frutas 5,0 ----
Suco vegetal (quantidade mínima em gramas)
Caju (castanha) 2,5 ----
Cana- de- açúcar (suco de 20 ----
calda/caldo de cana)
Soja (proteína de soja) 1,0 ----
Dois ou mais vegetais 5,0
Extrato padronizado (quantidade mínima em gramas)
Gengibre (extrato padronizado 0,02
com, no mínimo, 0,03% de
gingerol)
Açaí (extrato padronizado com,
no mínimo, 0,025% de 0,5
antocianinas).
Extrato de fruta (quantidade mínima em gramas)
Cerejas (20ºBrix) 0,5
Framboesa (19ºBrix) 0,5
Kiwi (10ºBrix) 0,5
15
Notas: (1) O refrigerante de fruta ou de vegetal cuja matéria-prima não conste da Tabela 3 deve
conter uma quantidade mínima de 5%v/v ou 5%m/v de suco ou polpa da fruta ou vegetal. (2) A soma
dos ingredientes característicos que compõem o refrigerante misto, com exceção do extrato
padronizado e do extrato de fruta, deve ser de, no mínimo, 5% m/v.
Outro ponto importante relacionado a classificação e denominação dos refrigerantes, é
que a IN 19/2013 (BRASIL, 2013) se restringe apenas a quatro tipos de refrigerante, conforme
indicado abaixo, ao contrário da legislação anterior – Portaria 544/98 (BRASIL, 1998).
I - Refrigerante de fruta, aquele obtido de suco de fruta ou de polpa de fruta, ou da
combinação destes;
II - Refrigerante de vegetal, aquele obtido de vegetal;
III - Refrigerante de extrato, aquele obtido de extrato padronizado; e
IV - Refrigerante misto, aquele obtido da mistura de dois ou mais ingredientes
característicos.
- ingredientes opcionais:
I - Vitaminas, sais minerais, fibras e outros nutrientes, em conjunto ou separadamente,
desde que em conformidade com o estabelecido em legislação específica da ANVISA, em que
o cloreto de sódio, em quantidades inferiores às consideradas não significativas para sódio; e
II - Ingrediente alternativo.
3. Refrigerantes: Composição
Os refrigerantes constituem um grupo diversificado de bebidas que são classificadas de
acordo com a sua composição, com base no teor de açúcar, tipo de extrato e suco de fruta
(BRASIL, 1998). Os refrigerantes convencionais contêm aproximadamente 90% de água,
enquanto os dietéticos até 99% de água (CRUZ, 2012). Dessa forma, tanto do ponto de vista
físico-químico, pela influência no sabor final da bebida, quanto pelo aspecto microbiológico,
sua qualidade está atrelada ao produto final, requerendo um pré-tratamento a fim de que sejam
eliminados micro-organismos, odores e sabores estranhos, partículas microscópicas e coloidais,
matéria orgânica, carbonatos e bicarbonatos, compostos ferrosos e sulfurosos e excesso de
cloretos (VARNAM e SUTHERLAND, 1994).
Com exceção das bebidas zero calorias, o açúcar é adicionado numa proporção de 8 a
12% do produto final, mas cabe ao fabricante o estabelecimento dessa concentração. A sacarose
é o açúcar utilizado na forma granulada ou líquida (CELESTINO, 2010), podendo sofrer
inversão a glicose e frutose, devido ao baixo pH das formulações, notadamente nos refrigerantes
16
tipo cola (BARNABÉ e VENTURINI FILHO, 2010). O açúcar é adicionado para aumentar o
sabor da bebida e conferir a sensação de saciedade.
A maioria dos refrigerantes dietéticos é adoçada com aspartame, acesulfame K, sacarina
e ciclamato (BARNABÉ e VENTURINI FILHO, 2010; CRUZ, 2012). No Brasil, o decreto
n°8592/2015 (BRASIL, 2015) permite a mistura entre açúcares e adoçantes. As bebidas
formuladas com esses atributos deverão ser rotuladas como “baixo em açúcares” ou “reduzido
em açúcares”. A Tabela 4 apresenta os principais edulcorantes, o potencial adoçante em relação
a sacarose e os limites máximos permitidos pela legislação para bebidas com reduzido teor de
açúcares.
Tabela 4: Relação dos edulcorantes, poder adoçante e limites máximos preconizados
pela legislação.
17
permitida para o ácido fosfórico e tartárico é, respectivamente, 0,07 g/100mL e 0,5 g/100mL
(BRASIL, 2007a).
Os acidulantes permitem que os conservadores atuem com maior eficiência em bebidas
que possuam pH ácido ou que possam ser acidificadas (GAVA, SILVA e FRIAS, 2008). Os
conservadores mais comumente utilizados em refrigerantes são o ácido benzoico e seus sais
(benzoato de sódio e potássio) e o ácido sórbico e seus sais (sorbato de sódio e potássio) (DONG
e WANG, 2006; LINO e PENA, 2010). A RDC nº5/2007 da Anvisa (BRASIL, 2007a)
estabelece os limites máximos para bebidas com gás são de 0,03 g/100mL (expressos em ácido
sórbico) e 0,05 g/100mL (expressos em ácido benzoico). A sua principal função é prevenir a
multiplicação de bactérias, fungos filamentosos e leveduras (SANTOS et al., 2015).
Os corantes e os aromatizantes são adicionados aos refrigerantes com o objetivo de
intensificar a cor e o aroma, respectivamente. A adição de corantes às formulações se justifica,
pois, tornam a bebida mais atrativa ao consumo, auxiliam a correção de pequenas variações no
processamento e armazenamento e contribuem para o reconhecimento da identidade do produto
pelo consumidor (KRIEGEL, 2015). Existem basicamente três categorias de corantes: naturais,
artificiais e caramelos. Em refrigerantes de laranja e de uva, destaca-se o uso de corantes
artificiais, dentre eles: amarelo tartrazina, amarelo crespúsculo, amaranto ou Bordeaux S, azul
brilhante. O corante caramelo (caramelo I-simples, caramelo II – processo sulfito cáustico,
caramelo III-processo amônia e caramelo IV – processo sulfito amônia) está presente nas
formulações de guaraná e cola (OS CORANTES..., 2009). Os corantes artificiais são obtidos
através de síntese química e não ocorrem em produtos naturais. Quimicamente os corantes
sintéticos são classificados em cinco categorias: derivados do amarelo de quinoléina, grupo
triaril-metano, xantinas (como a eritrosina), corantes índigo e aminas aromáticas ou estrutura
azoica aromática que apresenta o grupo azo –N=N– (MPOUNTOUKAS et al., 2010) e
dificilmente pode ser sintetizado sem a produção concomitante de contaminantes. O corante
amarelo crepúsculo, o amarelo tartrazina e vermelho 40 são denominados compostos azoicos
(MÍDIO e MARTINS, 2000; FREITAS, 2012).
A Tabela 5 apresenta os nomes comerciais, a cor referente a cada corante, o código de
acordo com o Sistema Internacional de Numeração de Aditivos Alimentares6, a ingestão diária
6
Cabe ao Codex Alimentarius a elaboração do Sistema Internacional de Numeração de Aditivos Alimentares. O
Codex foi criado pela Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) e pela Organização Mundial da Saúde
(OMS) com o objetivo de desenvolver normas alimentares internacionais harmonizadas que protegem a saúde dos
consumidores e promovem as boas práticas no comércio de alimentos. Fonte: CODEX, 2016.
18
aceitável segundo a FAO (Food and Agriculture Organization) e a OMS (Organização
Mundial da Saúde) e os limites máximos preconizados pela legislação para bebidas não
alcóolicas.
Tabela 5: Corantes artificiais - nome, cor, código, ingestão diária aceitável e limites
máximos permitidos em bebidas não alcóolicas.
Fonte: MÍDIO e MARTINS, 2000; BRASIL, 2001; BRASIL, 2007a; OS CORANTES, 2009.
*INS – International Numbering System
Os refrigerantes à base de sucos de fruta possuem como principal apelo ser fonte de
vários nutrientes e compostos bioativos como fibras, minerais, vitaminas e antioxidantes. Os
sucos naturais ou concentrados além de contribuir para a doçura da bebida, podem representar
importante fonte de contaminação. No caso específico de refrigerante de laranja, o suco pode
vir conservado com benzoato de sódio, de forma a minimizar esse risco. Nesse tipo de bebida
ainda se observa a adição de hidrocolóides ou espessantes como goma guar, goma xantana ou
pectina que objetivam evitar a separação de fases (KRIEGEL, 2015). O padrão de identidade e
qualidade (PIQ) para refrigerante de laranja estabelece que essa bebida deve ter, no mínimo
10% (v/v) de suco de laranja a 10,5ºBrix e acidez titulável maior do que 0,1 grama de ácido
cítrico por 100 mL de refrigerante (BRASIL, 1998; BRASIL, 2009a).
19
3.1.1 A formação de benzeno em refrigerantes de laranja
Os refrigerantes de laranja apresentam em sua composição ácido ascórbico7. Sob
determinadas condições, a sua combinação com ácido benzoico pode resultar na formação de
benzeno8 em bebidas (NYMAN et al., 2008), apesar do ácido benzoico ser reconhecido como
um aditivo seguro ou GRAS (generally recognized as safe) (OGA, 2003). Vários estudos
demonstraram a presença de benzeno em limites acima daqueles considerados seguros em
refrigerantes de laranja e sucos industrializados (FDA, 2006; SYAL, 2006; FDA, 2007; CAO
et al., 2007; PROTESTE, 2009). As condições favoráveis para a formação de benzeno em
bebidas consistem em elevadas temperaturas e exposição à luz (NYMAN et al., 2010). O
mecanismo de reação envolvido propõe que alguns metais de transição como o cobre II (Cu+2)
e o ferro III (Fe+3), presentes, provavelmente, na água utilizada para a fabricação das bebidas,
podem catalisar a redução de um elétron de oxigênio por ácido ascórbico para produzir o radical
ânion superóxido, o qual sofre dismutação espontânea e forma peróxido de hidrogênio, podendo
gerar o radical hidroxila (OH-), capaz de descarboxilar o ácido benzoico, resultando na
formação de benzeno. Cabe destacar que a presença de ambos os sais benzoato e ácido
ascórbico nas bebidas não resulta, necessariamente, na presença de benzeno no produto final
(GARDNER e LAWRENCE, 1993). Algumas medidas podem promover a redução ou
eliminação do benzeno, são elas: adição de agentes quelantes como EDTA e hexametafosfato
de sódio, substituição/eliminação do ácido ascórbico nas formulações, avaliação das condições
de estocagem e prazo de validade das bebidas (ICBA, 2006). A legislação brasileira não
estabelece limites de benzeno em bebidas, tendo sido adotado os mesmos valores estipulados
para água potável (5µg/L). No Brasil, em 2011, foi firmado um termo de ajustamento de
conduta (TAC) entre os maiores fabricantes de refrigerantes e o Ministério Público Federal em
Minas Gerais (MPF/MG). As empresas terão no máximo 5 anos para reduzir os níveis de
benzeno (SOUZA, 2011).
7
O ácido ascórbico aumenta a vida útil da bebida, impedindo a formação de sabor indesejado, pois os componentes
aromáticos da bebida, podem combinar-se com o oxigênio, produzindo modificações no sabor.
8
O benzeno é reconhecido pelo IARC (International Agency for Research on Cancer) como carcinogênico ao
homem e sua presença em alimentos tem sido atribuída a vários fatores: embalagem, ambiente de armazenamento,
água potável contaminada, cozimento, irradiação e degradação do conservador benzoato de sódio. (Fonte: Santos
et al., 2015).
20
3.1.2 As alergias alimentares e os corantes artificiais empregados em refrigerantes de
laranja
Muitos experimentos vêm sendo realizados em animais no intuito de verificar o efeito
dos alimentos com corantes artificiais no surgimento de alergia e/ou intolerância alimentar,
como asma brônquica, rinite e urticária, além de desordens gástricas e neoplasias da glândula
tireoide e do trato gastrointestinal (MAHAN e ESCOTT-STUMP, 2005; SCHUMANN,
POLÔNIO e GONÇALVES, 2008). Em refrescos em pó, balas e refrigerantes de laranja os
corantes sintéticos mais utilizados são o amarelo tartrazina e o amarelo crepúsculo
(OSTROSKI, BARICATTI e LINDINO, 2005).
Merece destaque que a tartrazina é inquestionavelmente um dos corantes artificiais mais
controversos. Estudos associaram seus efeitos deletérios ao fígado (alteração das enzimas
hepáticas), ao sistema reprodutor masculino, a citoxicidade e citostacidade em linfócitos
humanos e danos ao DNA (MEHEDI et al., 2009; AMIN, HAMEID e ELSTTAR, 2010;
MPOUNTOUKAS et al., 2010; AXON et al., 2012). Entretanto, outros estudos consideraram
a tartrazina como um aditivo seguro, respeitando-se o consumo de acordo com a IDA (ingestão
diária aceitável) (MOUTINHO, BERTGES e ASSIS, 2007; TANAKA, 2009; POUL et al.,
2009). Importa considerar também que crianças e adolescentes tendem a consumir mais
corantes artificiais em sua dieta do que adultos, pois observa-se uma maior ingestão de balas,
cereais matinais e bebidas coloridas (STEVENS et al., 2014), podendo, possivelmente,
ultrapassar a IDA.
O corante amarelo crepúsculo, que é produzido a partir de compostos aromáticos
derivados de hidrocarbonetos de petróleo, também tem sido relacionado a genotoxicidade e
efeitos imunomoduladores e xenoestrogênicos (AXON et al., 2012; SAYED et al., 2013;
CEYHAN et al., 2013; YADAV et al., 2013).
Alguns estudos têm sido conduzidos com intuito de avaliar os teores de corantes
artificiais em bebidas, sobretudo do corante amarelo tartrazina, devido ao seu envolvimento em
reações alérgicas (asma, bronquite, rinite, náuseas, broncoespasmos, urticária, eczema e dor de
cabeça) (BRASIL, 2007b) em consumidores. Neste sentido, a Anvisa regulamentou, através da
Resolução n.340/02 (BRASIL, 2002) que as empresas fabricantes de alimentos que contenham
em sua composição o corante amarelo tartrazina devem obrigatoriamente declarar na rotulagem,
na lista de ingredientes, o nome do corante tartrazina por extenso.
Os dados disponíveis na literatura sobre o teor de tartrazina em bebidas encontram-se
sumarizados na Tabela 6. Observa-se que as amostras analisadas se apresentam em
21
concordância com o disposto pela legislação brasileira. Contudo, deve-se considerar que
mesmo as bebidas se apresentando dentro dos limites estabelecidos, o que determinará se a IDA
foi ultrapassada ou não, é a porção consumida, a diluição, a idade/massa corporal e a frequência
de consumo dos alimentos fontes dos corantes (ABRANTES, 2011).
4. Refrigerantes: Tecnologia
Água Açúcar
Diluição Açúcar
Xarope simples
Xarope composto
Água
Diluição
CO2
Carbonatação
Envase
Refrigerante
23
4.2 Produção de xarope simples
Industrialmente, o preparo do xarope é feito na sala denominada xaroparia. O xarope
simples ou calda base é o produto da diluição do açúcar cristal em água. A concentração usual
para refrigerantes é de 60 ºBrix (60 g de sacarose para 100 gramas de solução). O xarope simples
pode ser obtido de acordo com os seguintes métodos (BARNABÉ e VENTURINI FILHO,
2010):
9
As médias e grandes indústrias de bebidas utilizam esse processo, enquanto o pequeno industrial utiliza o processo
a frio acidificado (CELESTINO, 2010).
24
temperatura de 15-20ºC em trocadores de calor (BARNABÉ e VENTURINI FILHO, 2010;
CELESTINO, 2010).
25
enchimento a frio minimiza a criação de espuma na enchedora (BARNABÉ e VENTURINI
FILHO, 2010, CELESTINO, 2010). Merece destaque que algumas pequenas empresas,
realizam somente esta parte do processo, recebendo o xarope composto para diluição,
carbonatação e envase (SANTOS e RIBEIRO, 2005).
A bebida final é enviada para a enchedora, que recebe as garrafas PET higienizadas,
através de rinser. A enchedora preenche a bebida até o nível correto, transferindo
automaticamente a embalagem para a capsuladora (colocação da tampa de fechamento) e, por
último, para fechamento (CELESTINO, 2010)
Para o envase de garrafas de vidro faz-se necessário antes encaminhá-las para um
equipamento denominado lavadora de garrafas, onde os vasilhames serão lavados com solução
de soda cáustica à quente e posteriormente enxaguados com água para sua adequada
desinfecção (SANTOS e RIBEIRO, 2005).
6. Considerações finais
26
produtos com apelo mais natural, sustentável e saudável. Desse modo, o uso de ingredientes
naturais; a eliminação de corantes artificiais e a diminuição da concentração de conservadores
também podem fazer parte de um planejamento em busca do aumento de consumo e conquista
de novos nichos de mercado. Outro aspecto interessante, é o desenvolvimento de novos sabores
de bebidas de frutas, explorando o potencial da fruticultura brasileira, em atendimento aos
interesses de uma nova geração que se preocupa mais com a relação entre a qualidade de vida
e saúde.
27
CAPÍTULO II
Denise R.P.Azeredoa*, Verônica Alvarengab, Anderson S. Sant’Anab, Armando U.O. Sabaa Srura
a
Department of Food Technology, Federal Rural University of Rio de Janeiro, Seropédica, RJ
– Brazil.
b
Department of Food Science, Faculty of Food Engineering, University of Campinas,
Campinas, SP - Brazil.
28
Abstract
Soft drinks, which are largely produced and consumed worldwide, are acidic beverages (pH
2.5-4.0), formulated with water, sucrose, carbonated with 1.5-5.0 volumes of CO2, and added
or not with chemical preservatives and fruit juices. A simplified manufacturing process of soft
drinks consists of water treatment, production of simple syrup, production of compound syrup,
carbonation and filling. As any other food and beverage, soft drinks can be contaminated by
microorganisms; however, the low pH caused by the addition of acidulants, the presence of
preservatives, and the presence of CO2 comprise major barriers to microbial growth. Because
of these characteristics, filamentous fungi and some bacteria, including pathogens, do not pose
spoilage and safety risks for soft drinks. On the other hand, because of their tolerance to acidic
environments and CO2, both yeasts and aciduric bacteria can survive and deteriorate soft drinks.
This review deals with the microorganisms of relevance, as well as with the factors influencing
Keywords: soft drink, soda, food spoilage, shelf life, food safety, beverages, stability.
29
1) Introduction:
artificial sweeteners, acidulants, flavorings, colorings and preservatives. Soft drinks are
produced by dissolving juices or vegetable extracts in drinking water. Most soft drinks are
sweetened with aspartame, acesulfame K, saccharin and cyclamate, while regular soft drinks
are sweetened with crystallized or liquid sucrose (Barnabe & Venturini Filho, 2010, Cruz,
2012). In some countries, regulations establish not only the specification but also the minimum
amount of juice or extract to be added to these beverages. Regular soft drinks contain
approximately 90% water, while diet soft drinks contain up to 99% water (Cruz, 2012). Filling
can take place in standard or clean packaging lines (Wareing and Davenport, 2004) and these
products may be available for consumption in post mix machines (soda fountains), polyethylene
Soft drinks have markedly acidic pH (2.5-4.0), 1.5 to 4 volumes of carbon dioxide (CO2),
with typical carbonation level of about 3 volumes. Cola-type soft drinks commonly present pH
in the range of 2.5 to 2.8 and are acidified using a diluted phosphoric acid solution (Barnabé &
Venturini Filho, 2010, Brasil, 2009, Splittstoesser & Ransom, 1992). The low pH caused by the
addition of acidulants, the addition of preservatives and CO2 comprise major barriers to
microbial growth in soft drinks. On the other hand, the presence of sugars represent an
important source of energy for microbial growth (Wareing and Davenport, 2004). Therefore,
microorganisms of concern in soft drinks are usually adapted to grow in acidic environments
in the presence of preservatives and CO2. Nonetheless, with recent changes in consumers’
behavior related to health and wellness (Ares et al., 2008) and regulations by public health
agencies throughout the world, industries have promoted changes in their products and
processes. Innovations in the field of soft drinks comprise the development of new tastes,
addition of not only higher amounts of juices, pulps and fruit cells, but also the addition of
30
health-appealing beverages (containing collagen, herbs, etc.), use of natural colorants, low
calorie formulations (reduction in sugar content), addition of proteins, and removal of chemical
preservatives from soft drinks formulations, among others (DataMonitor, 2013). While
addressing consumer’s and health authorities concerns, these changes will certainly influence
the microbiology of soft drinks. Therefore, the aforementioned changes in soft drink processing
and formulation have the potential to greatly impact on the entire soft drink production chain.
For example, in order to produce soft drinks with no preservatives, the use of raw materials and
ingredients of very high microbiological quality will be mandatory. In addition, extremely high
hygienic standards and validated sanitation practices will have to be in place to ensure the shelf
life of these products. Even transportation conditions and shelf life of these products might
Ensuring the microbiological safety of soft drinks is a challenge for both the industry and
microbiologists. Although filling technology coupled with preservation methods are applied to
ensure shelf-stable products, a few groups of microorganisms can still compromise the
microbial stability of these beverages. The limited literature on the subject has motivated this
article, which aims at focusing on the microbiology (contaminants) of soft drinks. Thus, in this
review, the microorganisms of relevance in soft drinks and the major factors contributing for
their microbial stability as well as the main sources of microbiological contamination are
reviewed. Taking into consideration the characteristics of relevant microorganisms and factors
influencing their fate in soft drinks comprises very valuable information to deal with the
31
2) An overview of soft drink processing:
of the production of carbonated soft drinks is presented (Figure 1). The manufacturing process
of carbonated soft drinks, in a simplified form, consists of water treatment, production of simple
syrup, production of compound syrup, carbonation and filling Specific steps and conditions can
vary depending on the factory, country and type of carbonated soft drink produced.
The raw materials used in the manufacture of soft drinks should be stored as
chemical, physical and microbiological nature. At the reception, the reports of the suppliers
should be checked to assess conformity with internal and regulation standards, and a sampling
program should be established to verify the accuracy of the information through analysis
resistant yeasts, such as Zygosaccharomyces bailii and Z. rouxii (Frisón et al., 2015, Stratford
et al., 2013). As preservative-resistant yeasts are present in the processing plant, given their
resistance to certain sanitizers (Frisón et al., 2015, Davidson and Harrison, 2002), they may
remain in the environment and be responsible for spoilage. Alyciclobacillus represents another
bacterium of concern in raw materials intended for soft drink production. Alyciclobacillus is a
sporeforming, acidophilic and thermophilic bacterium that is highly associated with spoilage of
fruit juices and concentrates (Oteiza et al., 2011, Oteiza et al., 2015). Other ingredients used for
soft drinks production, such as flavorings, have also recently proved to be potential sources of
Alyciclobacillus spores (Oteiza et al., 2014). The concerns with the presence of Alyciclobacillus
in raw materials is explained by the fact that Alyciclobacillus strains survive through harsh
thermal processing conditions (Spinelli et al., 2009, 2010) and are capable of deteriorating
32
acidic foods and beverages (Chang and Kang, 2004). Although Alyciclobacillus does not grow
in the presence of high CO2 levels, such as soft drinks (Chang and Kang, 2004), there is a
The production of soft drinks requires the preparation of the simple syrup (Figure 1).
The simple syrup is produced by mixing water and sucrose in a stirring tank. After mixing, the
simple syrup is pasteurized at 85 °C for 5 minutes (or equivalent) to facilitate the sugar
Thereafter, microbial contamination is very critical because there will be no further killing
treatments (Figure 1). This fact highlights the pivotal importance of appropriate ingredient
selection and the application of good manufacturing practices to build and select equipment that
validated hygienic and sanitization procedures. After pasteurization of the single syrup, single
syrup is pasteurized, activated charcoal is added aiming at clarifying the syrup, followed by
filtration using diatomaceous earth. Then, the simple syrup is maintained cooled at 20°C until
mixed with other ingredients to result in the compound syrup. To avoid precipitation and
turbidity, the ingredients should be added in the following order: simple syrup, preservative
(when added), acidifying agent, antioxidant, fruit juice or extract, flavoring, coloring and
dechlorinated water. The total soluble solids content (°Brix) of soft drinks are then adjusted,
and the mixture should be stirred to mix all ingredients, especially the preservatives, thus
preventing air incorporation (Figure 1). The mixture containing the compound syrup and water
amounts of each ingredient. The level of dissolved oxygen in water and syrup should be low to
improve the carbonation process. Then, the mixture is cooled, followed by the carbonation step.
The carbonation process consists of injecting CO2 in soft drinks. The initial carbonation level,
i.e., the amount of CO2 dissolved in the liquid, is established according to the desired taste of
33
the product. The CO2 level affects the microbiological stability (pH related), taste perception,
and aroma release of soft drinks. After the carbonation step, the soft drink is filled into PET
bottles, glass, cans or other containers (post mix, for example), which are further sealed and
stored (Figure 1). The filling procedure comprises another critical step for microbial
contamination of soft drinks. Filling machines that are not properly cleaned and sanitized may
comprise potential sites for adhesion of microbial contaminants capable of spoiling soft drinks,
such as lactic acid bacteria and preservative-resistant yeasts (Frisón et al., 2015, Stratford et al.,
Microbial spoilage of soft drinks is typically characterized by visual changes and off-
flavors (Juvonen et al., 2011). The spoilage becomes apparent when the microbial concentration
Microorganisms must be able to grow in the presence of CO2, and to withstand acidic
conditions and presence of chemical preservatives to spoil soft drinks (Stratford, 2006, Lawlor
et al, 2009, Tribst et al., 2009). Although these factors exert a selective pressure on acidophilic
and anaerobic microorganisms, the addition of some ingredients, such as fruit juices, proteins,
and other natural ingredients can result in less microbiologically stable formulations of soft
drinks. Although the presence of essential oils in some soft drinks, especially essential oil from
citrus fruits, may confer antimicrobial effects, it does not seem to be an effective barrier to
microbial growth (Beuchat and Golden, 1989). In the absence of carbohydrates, other
compounds, for instance, aspartame and citric acid can be nitrogen and carbon sources for
34
3.1.1) Yeasts:
Yeasts are the main contaminants and spoilers of soft drinks because of their natural
occurrence in ingredients used for soft drink production, such as sucrose and fruit juices, as
well as because of their ability to grow in acidic and carbonated environments (Stratford, 2006).
Although yeasts do not represent a risk to consumer’s health (Ndagijimana et al., 2004), they
compromise the image of the company (perceived safety) and can lead to serious economic
The spoilage of soft drinks by yeasts is usually characterized by abundant CO2 production,
which can lead to bulging and bursting of the bottle, excessive effervescence when opening the
bottle, turbidity, sediments, production of undesirable flavor and aroma compounds, such as
"fruity", "keto", and "alcoholic" odors (Stratford et al, 2000, Lawlor et al, 2009, Juvonen et al,
2011). A significant decrease in total soluble solids (°Brix) in soft drinks spoiled by yeasts is
also observed.
The spoilage of processed and packaged foods seems to be restricted to ten yeast species
with soft drinks spoilage (Pitt & Hocking, 1999). Davenport (2006) proposed a division of
yeasts into four groups depending on the risk they pose for soft drink spoilage. Fermentative
and preservative-resistant yeasts represent group 1 (the high risk group), while group 2 consists
of yeasts that spoil soft drinks because of deficiencies in processing conditions, such as
sanitation problems. The yeasts from group 3 are not spoilers of soft drinks but serve as
indicators of inadequate hygiene, whereas group 4 embraces yeasts that can be isolated from
soft drinks, but are not common contaminants and do not grow in these products (Davenport,
2006, Stratford and James, 2003). This division may be important for a suitable classification
35
of ingredients in terms of potential impacts on soft drink microbial stability, supplier’s
selection, to define strategies for improvement of soft drinks formulations and to improve
hygienic practices applied in processing environment. Nonetheless, the concepts behind this
division will be better used for management of soft drink microbial stability if yeasts isolates
are characterized for their growth and spoilage potential as well as phenotypical characteristics
(resistance to preservatives and sanitizers). This is highlighted because the behavior and
characteristics of yeasts may be strain-dependent and new species may be identified with a
Soft drink contamination by yeast may be originated from several sources, including
ingredients, returnable bottles, equipment, food handlers, and air vectors. In addition, some
insects, such as the fruit fly Drosophila spp, may carry spoilage yeasts (Lachance, 2001).
Despite this, it is known that yeasts are mostly linked to poor hygiene during the manufacturing
process. High yeast populations may be associated with inappropriate use of sanitizing
products, incorrect frequency, and problems of heat transfer during cleaning in place (CIP)
system (Lawlor et al., 2009). The CIP procedure conducted with hot water is required each time
the production line is prepared to process a soft drink of a different flavor. The chemical CIP
should be performed daily both at the beginning and in the end of the production process.
Moreover, the process water can be a potential carrier for yeasts, so the analysis should also be
considered for controlling the entire process. The ambient air sampling at specific points (filler,
rinser, stock and transportation of bottles, syrup production room, stock and transportation of
caps, filling line) is relevant, since filamentous fungi and yeasts are carried by air streams and
may contaminate soft drinks. It is recommended to monitor the air quality and the critical
production sites in order to identify the areas of greatest risk and, therefore, to implement
appropriate preventive actions accordingly. According to Lawlor et al. (2009), sucrose is the
primary source of fermentable carbohydrate for the growth of microorganisms in acidic medium
36
and in the presence of CO2. If not stored properly, sucrose can be a vector of spoilage yeasts.
The main sources of yeasts associated with soft drinks manufacture are summarized in Table 1.
environment can contaminate soft drinks environment in response to hygienic failures along
the processing line, poor quality of raw materials and/or use of contaminated packaging
(Filtenborg et al. 2004, Juvonen et al., 2011, Delgado et al., 2012a,b). The packages caps may
plastic caps for soft drinks and found that 47 filamentous fungi species were isolated from 52
swabs and air samples. The most contaminated areas were the cover checking room followed
Although some species can grow under anaerobic conditions, such as Fusarium,
Rhizopus (Filterborg et al., 2004, Scholte et al., 2004), Byssochlamys and other heat resistant
molds (Sant’Ana et al., 2010a,b), most molds are aerobic (Pitt & Hocking, 1999) and therefore
inhibited in environments with low oxygen tension. In soft drinks, the CO2 loss in PET
(polyethylene terephthalate) packaging due to improper storage can promote spore germination
of filamentous fungi and consequent spoilage. Therefore, glass and metal packagings provide
less gas exchange. According to Mislivec et al. (1992), the presence of visible mycelium may
be the main reason for consumers rejecting these products. According to Hara-Kudo et al.
(2009), filamentous fungi are the major cause of claims registered on the customer care service
in Japan, with 91 cases related to the closed packaging and 138 cases involving opened
packages.
37
The spoilage of soft drinks by filamentous fungi can result in off-flavor. The numerous
enzymes resulting from fungal metabolism (lipases, proteases, carbohydrases) can promote the
discoloration of the beverage (Juvonen et al., 2011) and some fungi strains are able to produce
toxigenic compounds, such as aflatoxins (Sant’Ana et al., 2008, Sant’Ana et al., 2010b, Pitt and
Hocking, 2009).
The two major groups of acid producing bacteria associated with soft drink spoilage are
lactic acid bacteria and acetic acid bacteria (Back et al., 1999, Juvonen et al., 2011, Tribst et al.,
2009).
Gluconoacetobacter and Asaia stand out as the major concerns for soft drink spoilage (Juvonen
et al., 2011, Tribst et al., 2009, Yamada and Yukphan, 2008). Lactobacillus and Leuconostoc
seem to be the most important genera of lactic acid bacteria associated with soft drink spoilage
(Back et al., 1999). For example, Lactobacillus perolens was isolated from a fruit soft drink
(orange and lemon), conferring off-flavor to the beverage ( production of high amounts of
diacetyl) (Back et al., 1999). Leuconostoc mesenteroides is commonly found in sugar cane
that block pipes and lead to economic losses. Lactobacillus and Streptococcus may also produce
lower molecular weight dextrans (Aquino and Franco, 2008), thus forming biofilms. In the
acetic acid bacteria group, Gluconobacter oxydans and Gluconacetobacter sacchari seem to be
the concerns for carbonated soft drinks and flavored water spoilage (Battey and Schaffner,
38
2001, Moore et al., 2002b). Asaia species have been described as spoilage organisms of fruit-
The sources of contamination of soft drinks by lactic acid bacteria are ingredients (mainly
fruit juices), packaging materials and surface of equipment (Lawlor et al., 2009, Tribst et al.,
2009). Acetic bacteria are present in nature, such as flowers and particularly in environments
containing carbohydrates and ethanol. It is worth mentioning their ability to form biofilms, so
their presence in soft drinks is frequently associated with poor hygiene during the process
Although the lactic acid fermentation often converts carbohydrates into lactate,
depending on the species and environmental conditions, other by-products can be formed, such
as CO2, ethanol, acetic acid, diacetyl, formic acid, and extracellular polysaccharides.
Interestingly, the production of diacetyl, which confers a buttery smell, can be associated with
a putrid odor by the consumer. On the other hand, acetic bacteria are capable of oxidizing
sugars, organic acids and alcohols with production of acetic acid, gluconic acid, lactic acid,
succinic acid, and acetaldehyde. The presence of these products leads to changes in viscosity,
grow in carbonated soft drinks. Pathogens loose viability rapidly when exposed to acidic and
monocytogenes inoculated in orange soft drink were not detected after 35 h inoculation when
pH was 3.0, although they survived at pH 4.9 and 6.8 (Massa et al., 1998).
39
Although carbonated soft drinks are not adequate substrates for the growth of pathogenic
microorganisms, their presence can be related to the microbiological quality of water used for
processing these products. It is known that pathogens such as Salmonella and E. coli are enteric
microorganisms commonly transmitted through water (Levantesi et al., 2012). Carbonated soft
drinks can be contaminated with Salmonella spp. (at numbers ranging from 2 to 90 CFU/100
mL), total coliforms, and faecal coliforms if the water used for processing these products is not
of high microbiological quality (Akond et al., 2009). Therefore, the importance of water used
for processing soft drinks concerns not only from the physicochemical standpoint but also from
strange flavors, microscopic and colloidal particles, organic matter, carbonates and
bicarbonates, ferrous and sulfur compounds, and excess chlorides are eliminated (Varnam and
Sutherland, 1994). Generally, the main steps of water treatment in the industrial plant of soft
drinks include chlorination, softening, flocculation and subsequent separation of particles (by
flotation or sedimentation), slow sand filtration, super chlorination, activated carbon filtration,
and polishing filtration (Barnabé and Venturini Filho, 2010). Although the treatment of water
for drinking purposes may allow the survival of non-pathogenic microorganisms, soft drink
manufacturers cannot take any risk related to the presence of these microorganisms in the final
product. Therefore, the microbiological quality of water is a major issue for soft drink
microorganisms may be prevented by the use of high microbiological quality water. However,
contamination by pathogenic microorganisms can also take place before consumption, such as
40
Candida, and Serratia can be persistent contaminants of soda fountain machines (White et al.,
2010). In addition, these microorganisms may harbor antimicrobial resistance genes that may
drinks:
Carbonated soft drinks are stable products at room temperature, chemically preserved
and cold filled. The major barriers to microbial growth in these products are: (i) low pH due to
the addition of acidulants (citric acid and/or phosphoric acid), (ii) presence of preservatives,
such as potassium sorbate and sodium benzoate, and (iii) CO2 level.
4.1) pH
Acidulants are substances that increase acidity or confer a sour taste to food products.
which increases the effectiveness of preservatives. It is known that the microorganisms are more
sensitive to changes in the internal cellular pH than in the external pH. The extent of the
inhibitory effect of pH is related to the ability of the microorganism to expel internal protons
and repel external ions. However, the ability to maintain the internal pH close to neutrality can
overload the cell, especially in an environment with low extracellular pH. If the pH is not
balanced, the cell is unable to synthesize cellular components, and thus unable to divide and
multiply, resulting in cellular death (Beales, 2004). Once weak acids are inside the cells, they
reduce the internal pH. In contrast, strong acids cannot permeate the cell membrane, thus their
antimicrobial effect relies on the denaturation of enzymes present on the cell surface and on the
41
acidification of cytoplasmic pH due to the migration of H+ ions from the external layer to the
internal environment. This change in turn leads to an increased lag phase. If essential nutrients
cannot be metabolized, the microbial growth will be inhibited by reducing the ion transport
Unlike most bacteria, filamentous fungi and yeasts can multiply in a wide pH range,
specifically below pH 2 and above pH 9. Over time and in the absence of an effective buffer
system, these microorganisms are able to shift the pH of the substrate to a value that is close to
the optimum pH, usually 4 to 6.5 (Mislivec et al. 1992). Filamentous fungi become prevalent
in environments with a water activity value lower than 0.9, regardless of the pH (Pitt and
Hocking, 1999). Aciduric bacteria exhibit optimum growth at a pH range of 1.0 to 5.0 (Beales,
2004), and are able to grow in soft drinks. Lactic and acetic bacteria are suitable examples of
these phenomena.
4.2) Preservatives
drinks are benzoic and sorbic acids, and their sodium, potassium and calcium salts. Not only
these compounds but also acetic and propionic acids are considered weak monocarboxylic
acidsthat are able to inhibit the growth of filamentous fungi and yeasts, although their
effectiveness depends on the initial cell concentration (Tfouni & Toledo, 2001, Machado et al.,
2007). In this regard, it is noteworthy that the effectiveness of the preservative depends on other
factors, including the composition and pH of the product, redox potential of the medium, and
the amount of free water for microbial growth (Barnabé and Venturini Filho, 2010).
(pH-dependent) between the undissociated and dissociated forms. The optimum inhibitory
42
activity occurs at low pH, which favors the undissociated molecule that is liposoluble and
therefore permeable through the plasma membrane. The diffusion mechanism is relatively fast,
occurring between 1 and 3 min. The molecule will dissociate upon entering the cell, resulting
in the release of anions and protons in the cytoplasm, which cannot cross the plasma membrane
(Figure 2). At high concentrations of preservatives, the release of protons is enough to cause
cytoplasmic acidification, affecting the ability of cells to maintain the internal pH (Loureiro,
The theory that the inhibitory effect of weak acids has been attributed to intracellular
accumulation of protons and anions from the acid dissociation and subsequent acidification
suggests that all weak acids behave in a similar manner. However, propionic, sorbic and benzoic
acids present more lipophilic structures than acetic acid. These higher hydrophobic acids are
more effective in their inhibitory effect over the membrane as they become more lipophilic
(Piper, 2011, Stratford et al 2013a). To evidence this fact, high levels of acetic acid (80-150
mM) are required to inhibit the growth of Saccharomyces cerevisiae at pH 4.5, while only 1-3
mM sorbic acid presents similar effect under the same conditions (Mollapour and Piper, 2006).
One major cause of inhibition of S. cerevisiae cells caused by sorbic acid or benzoic acid is due
to the oxidative stress caused by the generation of free radicals in the mitochondria (Piper et
al., 2001, Stratford et al, 2013a). Moreover, benzoic acid is a potent inhibitor of both the
substrate transport across the membrane and the microautophagy (Piper, 2011).
Although preservatives inhibit most species of filamentous fungi and yeasts, some species
can grow in chemically preserved foods (Pitt and Hocking, 1999). Saccharomyces cerevisiae,
Candida lipolytica, Candida krusei and Zygosacharomyces bailli are examples of yeasts
presenting this behavior (Battey et al., 2002, Lawlor et al., 2009). Martorell, et al. (2007)
isolated Z. bailii and Z. rouxii from a factory environment with high sucrose concentration and
43
found that Z. bailii isolates exhibited high resistance to preservatives including ethanol, sorbic,
benzoic, acetic, and cinnamic acids . Although these yeasts isolates were preservative-resistant,
no resistance to sanitizers, such as peracetic acid or hypochlorite, was observed. Therefore, the
not only to its ability to metabolize benzoate and sorbate as a single carbon source in the
presence of oxygen, but also to a small number of resistant cells in the population (Stells et al
2000, Mollapour and Piper, 2001, Stratford et al, 2013b). Members of Saccharomyces genus
are able to decarboxylate sorbic acid, producing 1,3-pentadiene, a volatile organic compound
(Stratford et al., 2007). S. cerevisiae also plays a role in the decanoic acid detoxification through
the production of decanoate ethyl ester by β-oxidation routes (Legras et al., 2010).
Other bacteria, such Acinetobacter calcoaceticus and Gluconobacter oxydans, are able to
grow in non-carbonated beverages containing sodium benzoate and potassium sorbate (Battey
and Schaffner, 2001). Among molds, Aspergillus niger and Penicillium spinulosum are
considered preservative-resistant, being able to tolerate acidic and low water activity
4.3) Carbonation
Carbon dioxide molecules are water soluble, leading to formation of H2CO3, which
releases H+ that is able to reduce the extracellular pH. This phenomenon contributes to the
increased permeability of the cell membrane, allowing CO2 to enter into the cell, creating a
toxic environment and modifying the internal pH (Damar and Balaban, 2006). Garcia- Gonzalez
et al. (2007) presented a hypothetical mechanism for the lethal effects of CO2 (Figure 3). Even
44
though this proposed mechanism applies for high pressure carbon dioxide processing, it
provides details on how this gas can be inhibitory or lethal for microorganisms.
The aerobic spoilage microorganisms do not grow in the presence of CO2. The tolerance
Dekkera spp, including Dekkera anomala, which is able to grow in the presence of up to 4.45
volumes of CO2 (Ison and Gutteridge, 1987). Z. bailli and Hansenula anomala are tolerant up
pombe and Z. microellipsoides are moderately tolerant up to 2.23 volumes of CO2. Lactic
bacteria are microaerophilic, displaying the ability to grow in an atmosphere containing above
1.5 volumes of CO2, which is similar to the environment of most soft drinks (Lawlor et al.,
2009).
2. Final remarks
Soft drinks have intrinsic characteristics that provide conditions for the growth of a select
group of microorganisms. Oxidative and fermentative yeasts are the main spoilage
microorganisms, since they withstand acidic pH, high CO2 concentrations, and some species
are even resistant to the usual amounts of preservatives used in the formulation of soft drinks.
Lactic acid bacteria also survive at low-pH and low oxygen-tension environments and are
normally associated with quality of ingredients and with hygienic conditions of the process (as
they are capable of forming biofilms). Both filamentous fungi and acetic bacteria will multiply
Measures to ensure the microbial stability of soft drinks must consider aspects related to
product contamination even when validated CCPs (critical control points) are employed in the
45
process. In this context, juice is the ingredient that turns carbonated soft drink more vulnerable
to spoilage. Juice can introduce most of microbial contaminants in the process environment and
in the beverage per se, such as yeast and molds, heat resistant molds, lactic acid bacteria and
Alicyclobacillus. Given this, the juice must be pasteurized prior to be added to soft drinks.
Despite this, it is known that Alicyclobacillus spores are able to survive through the heat
concentrates and purees, sugar, sugar syrups, tea, isotonic drinks and other acidic products
(Chang and Kang, 2004, Spinelli et al., 2009, McKnight et al., 2010). Despite this, the
carbonation of soft drink avoids the germination of spores and hinders the outgrowth of
When formulating soft drinks, the control of the pH, the carbonation process and the
potential spoilage microorganisms present in the product. Other critical aspects that
complement the range of measures applied in order to ensure the production of shelf-stable soft
drinks comprise the control of hygiene of equipment, process environment and packaging.
Failure to clean and sanitize equipment, gasket, valves, filler heads components, and filler
valves could lead to biofilm formation, providing substrates for the growth of aciduric
microorganisms (Lawlor et al., 2009, Clavero, 2010), for example, lactic acid bacteria,yeast
and molds (Srey et al., 2013). Additionally to the recontamination of final products, biofilm can
also enhance the resistance of microorganisms to disinfectants (Sidhu et al., 2001). Improper
itself, tanks and pumps, have generally contributed to spoilage incidents (Clavero, 2010). Thus,
the development of an efficient sampling and testing program of product contact surfaces before
operations can provide a good indication of the efficacy of cleaning and sanitation program
(Kornacki, 2010). This is highly important as most spoilage problems and recalls arise from
46
contamination of the processing environment. Further developments in microbiology of
carbonated soft drinks should take place in the upcoming years considering all challenges
Acknowledgements
The authors would like to thank the support provided by Conselho Nacional de
Figure captions
Sugar Reception
Reception
Storage Reception
Storage
Mixing (simple syrup)
Storage
Pasteurization
Filtration
Refrigeration
Dilution
Carbonation
47
Filling
Figure 2: Schematic representation of the mode of action of organic acids in the yeast cell. The
weak acid undissociated in the extracellular acidic environment diffuses through the membrane
into the cytoplasm (neutral pH), occurring the dissociation that results in intracellular
acidification and accumulation of protons and anions. The preservative resistance mechanism
includes: (1) reduction of the acid into the cell, (2) increasing the ability of expelling H+, (3)
converting the conservative into an innocuous compound, and (4) inducing anions extrusion.
48
Figure 3: Schematic diagram of the lethal effect of CO2 on bacteria. The numbers in the circles
49
Table 1: Yeasts associated with soft drink ingredients, processing, environment and final
products.
50
CAPÍTULO III
51
Resumo
O objetivo do presente estudo foi avaliar a percepção dos consumidores no tocante a segurança
dos aditivos em alimentos. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa (COMEP) da Universidade Castelo Branco, sob o protocolo 015/2016. A partir da
aplicação de um conjunto de afirmativas estruturadas, na forma de survey, os respondentes
tiveram acesso a questões e a uma escala de respostas, baseada em cinco pontos, de acordo com
Likert. Dados demográficos referentes a gênero, idade, educação e renda familiar foram
incluídos na pesquisa. Em um segundo momento, avaliou-se o impacto da transmissão das
informações sobre aditivos alimentares, em especial o corante artificial amarelo tartrazina, na
aceitação de balas mastigáveis. Foram recrutados 100 voluntários, que participaram de três
sessões. Em todas as sessões, o julgador recebeu uma ficha para cada amostra em que foi
solicitado indicar em escala hedônica de 7 pontos sua aceitação do produto. Os resultados
obtidos foram analisados pelo teste do qui-quadrado (χ2) e ANOVA. De acordo com o teste do
χ2, constatou-se diferença significativa (p<0,05) no tocante ao gênero e renda. As mulheres
demonstraram menor confiança no consumo de alimentos que contêm aditivos e nas instituições
regulamentadoras do que os homens. Os consumidores com renda acima de 10 salários mínimos
concordaram que os aditivos podem formar compostos tóxicos nos alimentos. Os consumidores
reconheceram o papel dos aditivos, bem como as reações adversas promovidas pelos corantes
artificiais. Entretanto, possuem dificuldade na interpretação dos rótulos dos alimentos.
Observou-se que a percepção do risco não impacta diretamente a atitude assumida pelo
consumidor. Destaca-se a necessidade de uma comunicação de risco mais efetiva por parte dos
órgãos regulamentadores.
52
FOOD SAFETY: CONSUMER´S PERCEPTION ABOUT THE FOOD ADDITIVES
Abstract
The aim of this study was to evaluate consumers’ safety perception of additives in processed
foods, via survey questionnaire based on five points according to Likert. The research project
was approved by the Research Ethics Committee (COMEP) of the Castelo Branco University,
under protocol 015/2016. Demographic data on gender, age, education and household income
were included. This study also evaluated the impacts of information transmission on food
additives, particularly tartrazine, in a candies’ liking. Hundred consumers were recruited to
participate in three sessions. In all sessions, the judge received a leaflet for each sample to
indicate in 7-point hedonic scale liking of the product. The results were analyzed by chi-square
test (χ2) and ANOVA. According to χ2 test, it was found a significant difference (p <0.05) with
respect to gender and income. The women showed less confidence in the consumption of foods
containing additives and the food regulatory than men. Consumers with incomes above 10
minimum agreed that additives could form toxic compounds in food. Consumers have
recognized the role of the additives as well as adverse reactions promoted by artificial colorants.
However, they have difficulty in interpreting food labels. It was observed that the perception of
risk does not affect the attitude assumed by the consumer. This study suggests that a effective
risk communication by the governement must be developed.
53
1 Introdução
55
Em 2012, o PROTESTE divulgou dados de análises conduzidas pelo CSPI (Center for
Science in the Public Interest), que revelaram que refrigerantes tipo cola, vendidos no Brasil
contêm 267 µg (microgramas) em 355 mL de 4-MI (4- metil imidazol), sendo essa concentração
cerca de 5 vezes maior do que a encontrada nas bebidas comercializadas na China, por exemplo.
Esse composto pode ser encontrado no corante caramelo classe IV10ou 150d (obtido pelo
processo sulfito-amônia) utilizado para conferir cor em bebidas tipo cola e guaraná. O 4-MI foi
avaliado pela IARC (International Agency for Research on Cancer) como possivelmente
carcinogênico ao homem (IARC, 2010; PROTESTE, 2012).
Tendo em vista a importância do tema e a escassez de pesquisas com esse enfoque, o
presente estudo objetivou (i) avaliar a percepção dos consumidores com relação a segurança
dos aditivos em alimentos processados; (ii) investigar o efeito da transmissão de informações
sobre os aditivos alimentares, em especial o corante amarelo tartrazina, na aceitabilidade de
balas mastigáveis utilizadas como estímulo.
2 Material e Métodos
10
Os corantes caramelos são misturas complexas de componentes, elaborados a partir do aquecimento
de carboidratos (como glicose ou frutose), com ou sem ácidos, substâncias alcalinas ou sais, sendo
classificados de acordo com os reagentes usados na sua fabricação. O caramelo IV é preparado pelo
aquecimento de carboidratos com ou sem substâncias ácidas ou alcalinas, na presença de compostos
amônia e sulfitos, cujo teor de 4 MI não deve exceder a 200mg/kg de produto (BRASIL, 2015).
11
Disponível em :
http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/anvisa/busca/!ut/p/c4/04_SB8K8xLLM9MSSzPy8xBz9CP0os3jvQ
A9PdwMDI0v_EAsXA0-
TkPerCAPS29nfzdDQ_2CbEdFAMdr5_s!/?1dmy&urile=wcm%3Apath%3A//Anvisa%20Portal/Anvisa/Pergunt
as%20Frequentes/Alimentos/a9fa1e00404f94f9a364ab89c90d54b4. Acesso em 13 Jan.2013
56
demográficos dos participantes. Os respondentes leram cada uma das afirmativas (Quadro 1) e
expressaram o grau de concordância e discordância de cada item através da escala de Likert12
de 5 pontos.
Após a coleta das respostas, os itens da escala receberam os valores atribuídos a cada
categoria: na categoria “concordo totalmente” foi computada a nota 5; na categoria “concordo”
foi computada a nota 4, a nota 3 foi computada como “não concordo nem discordo (não sei); a
nota 2 foi computada como discordo e a nota 1 na categoria “discordo totalmente”.
2.2 Estudo II- Impacto da informação sobre aditivos alimentares, em especial corantes
artificiais, na aceitação de balas mastigáveis.
Os dados foram coletados em uma amostra obtida por conveniência, composta por
alunos de graduação em Nutrição de uma universidade particular localizada no Rio de Janeiro.
O critério de seleção da amostra foi a facilidade de acesso a esses alunos. Os 100 alunos,
maiores de 18 anos, foram recrutados aleatoriamente e divididos em cinco grupos. Houve
predominância do gênero feminino, característico dos estudantes dessa área de formação. Para
a condução do teste, utilizou-se uma amostra de bala mastigável recheada e drageada, de
diferentes sabores, colorida e aromatizada artificialmente como estímulo.
12
Embora a escala de Likert possua limitações em relação ao seu uso como variável intervalar, ela é amplamente
utilizada para a análise de comportamento do consumidor (BEARDEN e NETEMEYER, 1999).
57
Os testes de aceitação foram realizados em cabines individuais, divididos em três
sessões, que foram aplicadas com intervalo de uma semana cada.
Na primeira sessão, os voluntários degustaram a amostra do produto, codificada com 3
dígitos, sem obter qualquer informação prévia sobre a sua composição. Na segunda sessão foi
apresentado ao voluntário um texto informativo sobre o corante amarelo tartrazina (Figura 6),
com base no informe técnico n.30 de 24 de Julho de 2007 (BRASIL, 2007) da Anvisa.
Posteriormente, o voluntário recebeu um cartão (Figura 7) que descrevia a lista de ingredientes
do produto, de acordo com o rótulo. Na terceira sessão, o voluntário recebeu a mesma amostra
de bala mastigável (da sessão 1) e o cartão com a lista de ingredientes.
Em todas as sessões, o julgador recebeu uma ficha para cada amostra em que foi
solicitado indicar em escala hedônica de 7 pontos (com extremos entre gostei extremamente-
desgostei extremamente) sua aceitação do produto. A escala hedônica foi utilizada com o
objetivo de reconhecer as atitudes do consumidor antes e após ter acesso ao conteúdo técnico
descrito no rótulo da bala.
Para a realização da análise de frequência dos escores hedônicos para cada amostra e
sessão, considerou-se os escores entre 5-7 como positivos, sinalizando que os consumidores
gostaram da amostra e os escores de 1-4 como negativos, indicando que os consumidores não
gostaram da amostra, de acordo com o proposto por Milagres et al., 2014.
É importante esclarecer que o projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa (COMEP) da Universidade Castelo Branco sob o número de protocolo 015/16.
58
Ingredientes: açúcar, xarope de glicose, gordura vegetal,
maltodextrina, gelatina bovina, acidulantes (ácido cítrico,
ácido málico, ácido láctico), aromatizantes, estabilizante
lecitina de soja, espessante goma arábica, glaceante cera de
carnaúba, corante inorgânico dióxido de titânio, corantes
artificiais (vermelho 40, amarelo tartrazina, amarelo
crepúsculo, azul brilhante).
Figura 7: Lista de ingredientes retirada do rótulo da amostra testada.
3. Resultados e Discussão
3.1. I- Percepção do consumidor sobre a segurança dos aditivos alimentares em
alimentos processados.
Dos 110 respondentes, 6 foram descartados pois não atenderam aos critérios de inclusão.
A adesão ao questionário foi de 94,5%. Os dados socioeconômicos e demográficos são
apresentados na Figura 8.
59
Pós-graduação
Superior
Ensino médio
Ensino Fundamental
mais de 51 anos
mais de 31 a 50 anos
mais de 15 a 30 anos
Masculino
Feminino
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%
60
alimentar é um processo complexo, de âmbito científico e de difícil entendimento para o
consumidor leigo.
Os respondentes com renda acima de 10 salários mínimos, independente do gênero,
concordaram que os aditivos podem formar compostos tóxicos nos alimentos. Pode-se inferir
que pessoas com alta renda e consequentemente maior escolaridade (SALVATO, FERREIRA
e DUARTE, 2010) tem uma percepção melhor acerca da relação entre a dieta e saúde. O
consumidor atual, em face ao aumento do acesso às informações, tornou-se mais exigente
(SPERS, 2003) apresentando a preocupação em adquirir alimentos que não causem danos à
saúde, principalmente quando tem notícia de que algum produto colocado no mercado não está
em conformidade com as normas de higiene e segurança. Há uma relação direta entre as
divulgações desfavoráveis veiculadas na mídia e o consumo de determinado alimento envolvido
em uma crise de segurança (BARRETO, 2014).
Levando-se em consideração o total de respondentes (62,5%), observou-se que os
mesmos reconheceram a função, ou seja, a que se destinam os aditivos nos alimentos,
destacando-se como um dado positivo. Pesquisa realizada com universitários demonstrou que
64,6% desconheciam o que era um aditivo e admitiram (58,8%) que não pagariam mais caro
por um produto sem aditivo, justificando que o preço seria um fator determinante para a sua
escolha negativa (PIMENTA, 2003). Este fato evidencia que consumidores mais conscientes
apresentam um melhor poder de escolha.
Um dado interessante é que 86,5% dos entrevistados apresentaram conhecimento a
respeito das reações adversas promovidas pelos corantes artificiais, entretanto, desconhecem
que o rótulo é a principal fonte de informação sobre os aditivos. Este resultado sugere que os
consumidores não buscam a informação sobre os ingredientes e aditivos no rótulo.
Adicionalmente, o consumidor tem dificuldade em compreender o código através do qual o
aditivo é representado, de acordo com o sistema numérico internacional de aditivos ou mesmo
o nome específico do aditivo. Embora o consumidor tenha por hábito a leitura do rótulo,
observando como primeira informação a data de validade, seguido das calorias e composição
nutricional e por fim, o modo de preparo do produto (MACHADO et al., 2006) a dificuldade
em pronunciar o nome dos aditivos, confere as pessoas leigas, uma impressão de
desconhecimento e consequentemente aumenta a percepção de risco à saúde (SONG e
SCHWARZ, 2009; KOYRATTY, AUMJAUD e NEELIAH, 2014).
61
3.2. Estudo II – Impacto da informação sobre aditivos alimentares, em especial
corantes artificiais, na aceitabilidade de balas mastigáveis.
O resultado da análise de frequência (Figura 9), permitiu observar que houve um
aumento do percentual de escores negativos quando foi fornecida a informação sobre o corante
amarelo tartrazina e quando os voluntários foram apresentados ao rótulo do produto. Na
primeira sessão, o escore médio de aceitação foi de aproximadamente 6, sinalizando que os
consumidores gostaram da amostra testada. Após terem acesso as informações sobre a tartrazina
e ao conteúdo do rótulo, o escore médio de aceitação foi aproximadamente 5, correspondente
ao termo hedônico não gostei/nem desgostei. Na terceira sessão, o mesmo escore se manteve.
A análise de variância (ANOVA) não indicou diferença significativa (p>0,05) nas três sessões
realizadas.
88%
90%
80%
80% 71%
70%
60%
50%
40%
29%
30%
20%
20% 12%
10%
0%
escore escore escore escore escore escore
positivo negativo positivo negativo positivo negativo
1a sessão 2a sessão 3a sessão
62
os corantes artificiais, até superior a existente em relação aos edulcorantes, tendo sido relatadas
reações negativas e termos como inúteis, nocivos e prejudiciais, principalmente às crianças,
fraude e camuflagem.
Outro ponto a ser considerado é que o grupo pesquisado envolveu estudantes
universitários, que habitualmente ingerem uma quantidade acentuada de doces, chocolates e
biscoitos em períodos de maior atividade acadêmica como forma de aliviar o estresse físico e
mental (DUARTE, ALMEIDA e MARTINS, 2013). Neste contexto, a presença de corantes
artificiais nos alimentos consumidos adquire uma importância secundária.
4.Conclusão
Os resultados obtidos no presente estudo podem servir como incentivo para a criação de
mecanismos que resultem em uma comunicação de risco mais efetiva por parte dos órgãos
regulamentadores, de forma a tornar o consumidor capaz de tomar decisões mais acertadas no
momento da compra de um alimento. A interatividade com o consumidor pode ser delineada
através de campanhas de esclarecimento com vistas à função dos aditivos alimentares,
rotulagem, toxicidade e aspectos relacionados a regulamentação. O papel da mídia neste
contexto é de fundamental importância, devendo-se atentar, entretanto, para divulgações que
reflitam opiniões tendenciosas e/ou alarmistas.
Outro ponto a se considerar é a adoção de estratégias relacionadas a educação para o
consumo, um dos direitos fundamentais previstos no Código de Defesa do Consumidor (CDC).
Os consumidores, uma vez conscientes, podem ter papel fundamental no estímulo à produção
de alimentos com apelo mais natural e saudável, adequados ao conceito clean label. Neste
sentido, não há uma definição legal para este termo, porém tem como premissa o uso de nomes,
na lista de ingredientes, que pareçam familiar ao consumidor, transmitindo a percepção da
ausência de “químicos” como ingredientes.
Espera-se que pesquisas como esta possam contribuir na consolidação de um
mecanismo eficiente para a construção das políticas públicas de segurança dos alimentos,
através do maior acesso à alimentação segura, especialmente aumentar o consumo seguro de
aditivos alimentares.
Apesar dos avanços, a inocuidade dos alimentos no Brasil ainda é um desafio. Por isso,
se faz necessário legitimar algumas políticas que estão sendo feitas nessa área.
63
CAPÍTULO IV
64
Resumo
A cor é um dos atributos mais importantes na aquisição do alimento pelo consumidor. Embora
de caráter subjetivo, é fundamental na indução da sensação global resultante de parâmetros
como o aroma, o sabor, textura e a doçura dos alimentos. O objetivo do presente estudo foi
desenvolver uma formulação de refrigerante de laranja adicionado de concentrado de cenoura
e maçã. Em paralelo, desenvolveu-se uma formulação controle contendo corantes artificiais
(amarelo tartrazina e amarelo crepúsculo). O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de
Ética em Pesquisa (COMEP) da Universidade Castelo Branco sob o protocolo 016/16. Foram
realizadas análises físico-químicas, microbiológicas e sensorial das formulações durante o
período de armazenamento de 150 dias. Observou-se o atendimento ao padrão de identidade e
qualidade e estabilidade das formulações em relação aos parâmetros físico-químicos.
Entretanto, na análise colorimétrica observou-se uma degradação de cor perceptível ao
consumidor na amostra contendo o concentrado de cenoura e maçã. No que se refere as análises
microbiológicas, ambas as formulações atenderam aos parâmetros preconizados pela
legislação. A contagem de bolores e leveduras apresentou crescimento de 1 ciclo log na
formulação contendo o concentrado de cenoura e maçã, sugerindo que a robustez da matriz
desenvolvida pode ser afetada, se as condições de higienização da linha de processamento não
forem observadas. Em relação a análise sensorial, os provadores (n=120) selecionados eram em
sua maioria, homens (78%), adolescentes, habitualmente consumidores de refrigerantes. Os
voluntários avaliaram 8 amostras durante cada sessão, sendo 6 amostras oriundas do comércio.
Utilizou-se escala hedônica estruturada de 9 pontos, em que 9 representava a nota máxima
“gostei muitíssimo” e 1 a nota mínima “desgostei muitíssimo”. Para avaliação da cor, utilizou-
se escala JAR ancorada nos termos 1 “extremamente menos do que o ideal” a 9 “extremamente
mais do que o ideal”. Verificou-se que a cor foi a característica sensorial que mais influenciou
os consumidores com relação a aceitabilidade das amostras, sinalizando que esse parâmetro
interferiu, de forma significativa na avaliação do sabor e aparência. Este estudo demonstra que
os consumidores ainda não estão habituados ao emprego de corantes naturais nas formulações
de alimentos e bebidas, mantendo como parâmetro para avaliação de cor, os corantes sintéticos
comumente empregados.
65
DEVELOPMENT OF AN ORANGE SODA WITH APPLE AND CARROT
CONCENTRATE.
Abstract
Color is one of the most important attributes in the acquisition of food by consumers. Although
its subjective character, it induces the sensation resulting from global parameters such as the
aroma, the taste, texture and sweetness of the food. The aim of this study was to develop an
orange soda formula with carrot and apple concentrate. In parallel, we developed a standard
formula containing tartrazine and sunset yellow. This research project was approved by the
Research Ethics Committee (COMEP) of the Castelo Branco University under protocol
016/2016. Physicochemical and microbiological parameters were performed during the period
of 150 days. It was observed that there were no changes in physicochemical parameters.
However, the colorimetric analysis revealed a short shelf life in the sample containing the carrot
and apple concentrate. Regarding microbiology, both formulations were according to regulation
by public health agencies. The yeasts and molds counts presented 1 log cycle growth in the
formula containing carrot and apple concentrate, suggesting that the robustness of the
developed matrix may be affected, if the hygiene conditions of processing line sanitation are
not observed. Regarding sensory analysis, the consumers (n = 120) selected were mostly men
(78%), in the age group of teenages, usually soft drinks consumer’s. The volunteers rated 8
samples during each session; 6 samples were come from the trade. It used 9-point hedonic scale,
in which 9 represented “like extremely” and 1 “dislike extremely”. JAR scales were used to
color evaluate anchored under 1"extremely less than ideal" and 9 "extremely more than ideal”.
It was found that the color was the sensory characteristic that most influenced consumers
regarding the acceptability of the samples, signaling that this parameter interfered significantly
in evaluating flavor and appearance. This study demonstrates that consumers are not yet
accustomed to the use of natural colours in food and beverage formula, keeping as a parameter
for color evaluation the commonly used artificial colors.
66
1. Introdução
A cor é uma propriedade sensorial com uma forte influência sobre a aceitação dos
alimentos e bebidas. Embora de caráter subjetivo, é fundamental na indução da sensação global
resultante de parâmetros como o aroma, o sabor, textura e a doçura dos alimentos. Isto pode
estar associado ao fato do homem “enxergar” sabores através da cor. Adicionalmente, a cor das
bebidas também pode influenciar a sensação de saciar a sede e refrescância (WEI et al., 2013).
É senso comum que durante o processamento vários fatores como luz, ar, temperatura, pH,
umidade e condições de armazenamento podem interferir na cor do produto final. Assim, surge
a necessidade do uso de aditivos alimentares que contribuam para restaurar, ou ainda,
uniformizar a cor dos produtos cujo tom original foi afetado (CEJUDO-BASTANTE et al.,
2014).
A Resolução da Comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos – CNNPA –
nº 44 de 1977 definiu corante como a “substância ou mistura de substâncias que possuem a
propriedade de conferir ou intensificar a coloração do alimento e bebida”. A Portaria da
Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde – SVS/MS – nº 540 de 1997, define-
o como a “substância que confere, intensifica ou restaura a cor de um alimento” (BRASIL,
1977; 1997). A classificação dos corantes é apresentada abaixo (Figura 10). A legislação
brasileira supracitada prevê o uso de 16 corantes artificiais, divididos em corantes que
propiciam tons amarelos (amarelo tartrazina, amarelo de quinoleína e amarelo crepúsculo), tons
vermelho a alaranjado (azorrubina, amaranto, vermelho 40, vermelho 2G, Ponceau, Litol rubina
BK), tons azul a esverdeado (azul patente, indigotina, azul brilhante, verde rápido FCF) e tons
marrom a preto (negro brilhante BN e marrom HT).
67
Figura 10: Classificação de corantes de acordo com a Resolução no 44/CNNPA (1977).
Fonte: BRASIL (2015).
*Estrutura química semelhante a isolada de corante orgânico natural.
O corante caramelo classe I (INS 150a) é obtido através do aquecimento de carboidratos com
ou sem substâncias ácidas ou alcalinas, não sendo utilizados componentes de amônia e sulfitos,
portanto é um corante natural. Os corantes caramelo II, III e IV (respectivamente INS 150b, INS
150c e INS 150d) são classificados como corantes orgânicos sintéticos idênticos ao
natural, uma subcategoria distinta dos corantes artificiais.
68
de pigmentos naturais em substituição aos corantes artificiais pela indústria de alimentos vem
sendo fomentado, embora ainda não haja um consenso sobre a segurança relacionada ao seu
uso, especialmente no que concerne ao pigmento carmim cochonilha, associado a reação
anafilática (MARTINS et al., 2016). Uma outra perspectiva para o uso de corantes naturais é a
necessidade de uma comunicação transparente entre consumidor e rótulo (KATZ e WILLIAM,
2011) seguindo o movimento clean-label, iniciado na Europa, que verificou que o novo
consumidor revela maior aceitação sobre produtos rotulados como orgânico, natural, livre de
aditivos e conservadores (INGREDION CONSUMER RESEARCH, 2014).
Pigmentos naturais são aqueles obtidos através de organismos vivos, sendo extraídos de
plantas, insetos, algas, cianobactérias, bactérias e fungos (SHAHID; SHAHID-UL-ISLAM;
MOHAMMAD, 2013). Além de colorir, as principais vantagens advindas do seu uso residem
nas suas propriedades antioxidantes, antimicrobianas, antidiabéticas e efeito
anticolesterolêmico (RODRIGUEZ-AMAYA, 2010; ALI E EL-MOHAMEDY, 2011;
PATAKOVA, 2013).
Os carotenoides são considerados os compostos bioativos de maior distribuição na
natureza (RODRIGUEZ-AMAYA, 2016). O principal papel dos carotenoides na dieta é a sua
capacidade de atuarem como precursores da vitamina A, função atribuída especialmente ao β-
caroteno, devido aos seus dois anéis β-ionona, que proporcionam 100% de atividade. Como os
carotenoides não são sintetizados pelo organismo humano, a obtenção desses compostos é
realizada pela dieta (RODRIGUEZ-AMAYA, KIMURA e AMAYA-FARFAN, 2008).
As propriedades biológicas envolvendo a atividade antioxidante dos carotenoides,
através da capacidade de sequestrar formas altamente reativas de oxigênio e desativar radicais
livres, têm sido objeto de estudo (RIOS, ANTUNES e BIANCHI, 2009). Adicionalmente, os
carotenoides são reconhecidos pelas suas atividades antiinflamatória, fotoprotetora da pele,
anticarcinogênico, na prevenção da catarata e na degeneração da mácula (SOMMER e VYAS,
2012; ELDAHSHAN e SINGAB, 2013).
A capacidade de colorir dos carotenoides também é bastante apreciada, sendo
particularmente aplicados em alimentos como margarinas, produtos extrusados, confeitos e
drageados, produtos lácteos, preparado de frutas, bebidas não alcóolicas, molhos, marinados,
coberturas e misturas de especiarias (CAROCHO, MORALES e FERREIRA, 2015).
Entretanto, a substituição dos corantes artificiais pelos naturais representa um desafio para a
indústria. Nesse contexto, os corantes naturais estão associados a proteínas e carboidratos que
podem interagir com matriz do alimento e promover reações secundárias, comprometendo,
69
dentre outros parâmetros, a estabilidade das formulações e consequentemente, o tempo de
prateleira do produto final (GHIDOUCHE et al., 2013). Por outro lado, o mercado global de
carotenoides alcançou 1.5 bilhões de dólares em 2014. A expectativa é de que até 2019 este
mercado alcance 1.8 bilhões de dólares, com uma taxa anual de crescimento de 3,9%, indicando
que possivelmente os corantes naturais possam ultrapassar os sintéticos em valor de mercado.
O β-caroteno ainda constitui o produto mais relevante desse segmento (MÄRZ, 2015),
representando uma oportunidade para a indústria de alimentos desenvolver produtos mais
naturais.
Face ao exposto, o objetivo do presente estudo foi (i) desenvolver um refrigerante de
laranja adicionado de concentrado de cenoura e maçã em substituição aos corantes artificiais
(amarelo crepúsculo e amarelo tartrazina) comumente utilizados; (ii) desenvolver uma
formulação convencional de refrigerante de laranja adicionado de corantes artificiais; (iii)
caracterizar as bebidas desenvolvidas quanto aos parâmetros físico-químico, microbiológico e
sensorial.
2. Material e Métodos
O trabalho experimental para elaboração da bebida foi dividido em 3 fases: i) seleção
do corante natural, ii) desenvolvimento das formulações, iii) produção do refrigerante.
70
2.1.1 Desenvolvimento das formulações
Os ingredientes das formulações testadas foram: água carbonatada, açúcar cristal, suco
de laranja, suco de limão, ácido cítrico, concentrado de cenoura e maçã, emulsão sem corantes,
emulsão com corante amarelo tartrazina e amarelo crepúsculo, sorbato de potássio, benzoato de
sódio e aroma natural de laranja.
As formulações foram desenvolvidas em um laboratório de uma indústria de
refrigerantes. Foram elaboradas duas formulações: a primeira contendo o concentrado de
cenoura e maçã denominada F 1 e a segunda caracterizada como controle (F 2) contendo os
corantes artificiais amarelo tartrazina e amarelo crepúsculo. A concentração adequada de cada
matéria-prima foi consensada através de testes de triagem sensorial realizados pelo grupo de
pesquisa e por técnicos da indústria supracitada. Ambas as formulações foram padronizadas
com teores de sólidos solúveis em 12 °Brix com adição de sacarose, pH fixado em 3,3 com a
utilização de ácido cítrico e carbonatadas com teor de CO2 igual a 3 volumes.
71
Água Açúcar
Ácido cítrico
Xarope simples
Xarope
acidificado
Ingredientes e
aditivos
Mistura
Xarope composto
Dosagem do xarope
composto em cada
embalagem PET
Adição de água
carbonatada
Arrolhamento
Estocagem
As bebidas foram carbonatadas através de um post mix, conforme sugerido por ARORA
e AGGARWAL (2009) e imediatamente arrolhada em garrafas PET (polietileno tereftalato) de
600 mL. As bebidas carbonatadas foram estocadas por 150 dias a temperatura ambiente em
ausência de luz e foram analisadas no tempo zero e a cada 30 dias, a partir da data de produção.
O tempo de 150 dias foi selecionado por representar a extensão de 1 mês do prazo de validade
do refrigerante de laranja. Cinco amostras (n=5) dos lotes produzidos foram retiradas
aleatoriamente, para realização das análises microbiológicas e físico-química nos tempos
assinalados.
72
2.2 Análises físico-químicas
A estabilidade das bebidas desenvolvidas foi determinada através de análises de pH,
ATT - acidez total titulável (expressos em g/ 100 mL de ácido cítrico), sólidos solúveis totais
(SST), determinado à 20 °C com o auxílio de um refratômetro de bancada (ABBE EEQ-9001)
e o resultado expresso em (°Brix). As amostras foram descarbonatas e analisadas, em triplicata,
conforme metodologia descrita por Adolfo Lutz (2005). O volume de gás carbônico, foi
avaliado através de medidor do grau de carbonatação (ZEGLA).
Os resultados das análises físico-químicas foram avaliados estatisticamente por meio da
análise de variância (ANOVA), considerando valor de p<0,05. Médias com diferença
significativa entre si foram comparadas ao teste de Tukey, utilizando-se o software XLSTAT-
versão 2014 (Addinsoft Inc.).
73
a incubação do meio MRS (Man, Rogosa e Sharp) foi realizada em condições de microaerofilia
a 35 °C/72h. A contagem de bactérias aeróbias estritas foi conduzida em meio PCA (Plate Count
Agar) e incubação a 35 °C/48h. A contagem de bolores e leveduras foi realizada em Agar BDA
(Batata Dextrose Agar) acidificado até pH 3,5 com ácido tartárico 10 % e a incubação a
temperatura de 25 °C/3-5dias. O meio de cultura PRY (Preservative Resistant Yeasts Medium)
foi utilizado na contagem de leveduras resistentes a conservadores e incubado a 30 ºC/48-72h.
74
2.3.2 Teste afetivo de aceitação
Os 120 consumidores foram selecionados através de um protocolo de triagem, onde
responderam questões sobre hábitos de consumo de refrigerantes, marca preferida, frequência
de consumo e se possuíam alguma restrição alimentar. Ao final, responderam se gostariam de
participar de uma degustação de refrigerante sabor laranja. Antes da apresentação das amostras,
os voluntários preencheram o termo de consentimento livre e esclarecido - TCLE. O projeto de
pesquisa teve sua aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa (COMEP) da Universidade
Castelo Branco, sob o protocolo 016/2016.
As amostras foram servidas em blocos completos balanceados, em copos plásticos de
50mL codificados com algarismos de 3 dígitos. Foram servidos 15 mL das amostras à
temperatura de refrigeração (9 °C ± 1 °C). Os voluntários avaliaram as 8 amostras durante cada
sessão. Junto com as amostras foi servido um copo de água filtrada a temperatura ambiente e
um biscoito água e sal para os provadores durante as avaliações, visando minimizar o efeito
carryover. Os testes foram realizados em cabines sensoriais com luz branca apropriadas para
análise sensorial. Utilizou-se escala hedônica estruturada de 9 pontos, em que 9 representava a
nota máxima “gostei muitíssimo” e 1 a nota mínima “desgostei muitíssimo”. Para o atributo cor
laranja, utilizou-se uma escala JAR (Just About Right) onde o consumidor deveria indicar a
intensidade de cor da amostra, em relação a uma intensidade ideal, onde 9 correspondia a
“extremamente mais do que o ideal” e 1 a “extremamente menos que o ideal”.
75
3 Resultados e Discussão
3.1 Análises físico-químicas
As características relacionadas ao Padrão de Identidade e Qualidade (PIQ) dos
refrigerantes sabor laranja estabelecidas pela legislação brasileira (BRASIL,1998; BRASIL,
2013) devem ser usadas como parâmetro para avaliação da sua estabilidade. Nesse sentido,
várias modificações podem iniciar imediatamente após o envase, especialmente aquelas
relacionadas a alteração do volume de gás da bebida e a cor. Os resultados das análises físico-
químicas dos refrigerantes referentes as formulações F 1 e F 2, encontram-se disponíveis na
Tabela 8.
Tabela 8: Resultados das análises físico-químicas das amostras de refrigerante
produzidas com concentrado de cenoura e maçã (F 1) e controle (F 2), durante o tempo de
armazenamento de 150 dias.
Amostras Dias de Sólidos % ATT pH Volume
armazenamento Solúveis (g/ 100 mL de CO2
(ºBrix) ác. cítrico)
aA
F1 0 11,83 0,15aA 3,36aA 3,05aA
30 11,77aA 0,14bA 3,38bA 3,02bA
60 11,83aA 0,14aA 3,37bA 2,98aA
90 11,63aCD 0,15aA 3,35aA 2,91aA
120 11,57aCDE 0,15aA 3,39aA 3,00 aA
150 11,77aA 0,15aA 3,35bA 2,99ab
F2 0 11,80aA 0,15aA 3,45aAB 3,11aA
30 11,67aAE 0,15aA 3,42aAB 3,07aA
60 11,76aA 0,15aA 3,44aAB 3,09aA
90 11,70aAF 0,15aA 3,43aAB 3,00aA
120 11,60aBDE 0,14aB 3,47aB 2,89aB
150 11,70aAF 0,14aA 3,43aAB 2,87aA
*Médias com letras iguais numa mesma coluna indica que não há diferença significativa entre
as amostras pelo teste de Tukey (p>0,05).
77
estritas. Nesse sentido, a embalagem PET pela sua permeabilidade, pode influenciar nesta
contaminação (AZEREDO et al., 2016). No entanto, as leveduras constituem o principal grupo
deteriorante de bebidas carbonatadas, devido a sua habilidade de se multiplicar em soluções
com alta concentração de açúcar e tolerarem ambiente ácido. Desse modo, a higienização
rigorosa da linha de processamento, é uma medida de controle importante (CLAVERO, 2010).
2.5
2
F 1 Contagem de bolores e
log UFC/ 100 mL
leveduras
1.5
F 1 Contagem de bactérias
aeróbias
F 2 Contagem de bolores e
1 leveduras
F 2 Contagem de bactérias
aeróbias
0.5
0
0 30 60 90 120 150
Tempo de armazenamento (dias)
Figura 12: Contagem de bolores e leveduras e bactérias aeróbias totais nas formulações
F 1 e F 2.
78
preferidos são cola, guaraná, laranja, uva e limão. O estrato por gênero e idade dos participantes
pode ser observado na Tabela 9.
Tabela 9: Segmentação por gênero e idade dos participantes da análise sensorial
79
Tabela 10: Média das notas atribuídas pelos consumidores para aparência, aroma, sabor,
textura, impressão global e cor para as 8 amostras testadas.
F1 e F2: 64,10 %
20
15
Componente Principal 2 (21,37 %)
10
F1
F2 Fanta Laranja
Sukita
Xamego
0 Schin
Convenção
-5
-10
H2OH
-15
-20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20 25
Componente Principal 1 (42,73 %)
80
O Mapa de Preferência interno das amostras foi construído de forma a considerar as
preferências individuais de cada um dos 120 consumidores. A primeira e a segunda dimensões
geradas explicam conjuntamente cerca de 64,10% da variabilidade das respostas.
Evidencia-se três segmentos distintos das amostras com referência aos níveis de
aceitação. As amostras situadas à direita no mapa, concentram o maior grupo de consumidores,
constituindo àquelas que obtiveram melhores notas, nos atributos avaliados, de acordo com a
escala hedônica. Nesse aspecto, é importante sinalizar que esse grupo de amostras possuem
corantes artificiais em sua formulação (Tabela 7). Quanto as amostras situadas à esquerda; a
amostra F 1 obteve aceitação intermediária, ao passo que a bebida H2OH representa o último
grupo de preferência, ou seja, a amostra que teve a menor aceitação. O que pode ser observado
pela menor concentração de consumidores e pela distância das demais amostras. Este fato pode
ser explicado, pois ambas as bebidas representam características bem diferenciadas das demais,
não só relacionadas a cor, mas especialmente a bebida H2OH por ser levemente gaseificada.
De acordo com estudos conduzidos por Kaushal, Kaushal e Sharma (2004) em refrigerantes de
maçã e pera, a carbonatação melhora o corpo da bebida, o sabor, a intensidade do aroma e
otimiza a acidez, contribuindo para uma maior aceitabilidade da bebida. Outro ponto a
considerar é que essa bebida é adoçada com edulcorantes, o que pode conferir um sabor
metálico, amargo, comumente associado aos adoçantes artificiais (LEKSRISOMPONG et al.,
2013).
4. Conclusão
Os resultados obtidos permitem observar que, nas condições testadas, ambas as
formulações atenderam ao padrão de identidade e qualidade e se apresentaram estáveis em
relação aos parâmetros físico-químicos. Entretanto, a análise colorimétrica revelou uma
degradação de cor perceptível ao consumidor na amostra contendo o concentrado de cenoura e
maçã durante o tempo de prateleira avaliado.
De acordo com os parâmetros preconizados pela legislação microbiológica, as
formulações se mostraram seguras para consumo, demonstrando que as mesmas foram
produzidas de acordo com as boas práticas de fabricação. A formulação adicionada de
concentrado de cenoura e maçã apresentou um aumento equivalente a 1 ciclo log na contagem
de bolores e leveduras, sugerindo que a robustez da matriz desenvolvida pode ser afetada se as
condições de higienização da linha de processamento não forem observadas.
81
Verificou-se que a cor foi a característica sensorial que mais influenciou os
consumidores com relação a aceitabilidade das amostras, sinalizando que esse parâmetro
interferiu de forma significativa na avaliação de aspectos relacionados ao sabor e aparência,
bem como na impressão global.
Este estudo demonstra que os consumidores ainda não estão habituados ao emprego de
corantes naturais nas formulações de alimentos e bebidas, mantendo como parâmetro para
avaliação de cor, os corantes sintéticos comumente empregados.
É provável que se os provadores soubessem acerca dos benefícios dos corantes naturais
à saúde, a aceitabilidade da amostra contendo concentrado de cenoura e maçã teria sido superior
as demais.
82
CAPÍTULO V
83
Resumo
O teste desafio é utilizado para prever a multiplicação microbiana em uma determinada matriz
alimentícia. O potencial de multiplicação microbiana (δ) pode ser determinado através da
diferença entre a população de micro-organismos ao final do tempo de prateleira e sua
população inicial, com o propósito de assegurar a robustez das formulações. O objetivo do
presente estudo foi aplicar o teste desafio e determinar o potencial de multiplicação microbiana
em diferentes formulações de refrigerante de laranja e no ingrediente - concentrado de cenoura
e maçã. O teste desafio foi conduzido inoculando 104 UFC/mL de micro-organismos isolados
de amostras deterioradas de refrigerantes, oriundas de um banco de culturas de uma indústria
de bebidas. Os resultados referentes ao potencial de multiplicação microbiana (δ) indicaram
que as leveduras e bactérias lácticas são capazes de se multiplicar na formulação adicionada de
concentrada de cenoura e maçã sem conservadores (δ ≥ 0,5 log10), sinalizando que a formulação
é sensível. As bactérias acéticas, nessas condições, foram inibidas. Nas formulações
preservadas quimicamente com adição de concentrado de cenoura e maçã e a adicionada de
corantes artificiais, os resultados referentes ao potencial de multiplicação microbiana (δ)
indicaram que as leveduras e bactérias lácticas foram inibidas (δ ≤ 0,5 log10) em ambas as
formulações. Entretanto, as leveduras resistentes a conservadores apresentaram habilidade de
crescimento (δ ≥ 0,5 log10). No ingrediente concentrado de cenoura e maçã, observou-se que as
leveduras, bactérias lácticas e o fungo Penicillium citrinum foram inibidos, indicando que o
concentrado não deve ser considerado uma fonte de nutriente para a multiplicação microbiana
que afetaria a robustez da formulação. Constatou-se a multiplicação das leveduras resistentes a
conservadores, com potencial de multiplicação δ ≥ 0,5 log10 em todas as formulações e
ingrediente avaliados. Os dados obtidos sinalizam que o desenvolvimento de alimentos mais
naturais ainda representa um desafio para a indústria de alimentos.
84
MICROBIAL CHALLENGE TEST (MCT) AND DETERMINATION OF GROWTH
POTENTIAL (δ) TO VALIDATE AN ORANGE SOFT DRINK ADDED WITH
CARROT AND APPLE CONCENTRATE.
Abstract
Microbiological challenge test (MCT) is used to predict microbial growth in a particular food
matrix. The growth potential (δ) can be defined as the difference between the population of a
microorganism at the end of shelf life and its initial population, in order to ensure the formula
robustness. The aim of this study was to apply the MCT and to determine the growth potential
in different formulas of orange soft drink and in the ingredient - carrot and apple concentrate.
The MCT was conducting inoculating ± 4 log CFU / mL of microorganisms isolated from
spoiled soft drinks. Growth potential (δ) indicated that yeast and lactic acid bacteria are able to
multiply in the formula containing carrot and apple concentrate without preservatives (δ ≥ 0.5
log10), indicating that the formula is sensitive. Acid acetic bacteria, in these conditions, were
inhibited. A preserved formula with the addition of carrot and apple concentrate and other
formula with the addition of artificial colors were prepared. The results referring to the growth
potential (δ) indicated that yeast and lactic acid bacteria were inhibited (δ ≤ 0.5 log10) in both
formulas. However, the preservative resistant yeasts presented growth ability (δ ≥ 0.5 log10).
In the apple and carrot concentrate, it was observed that yeast, lactic acid bacteria and fungus
Penicillium citrinum were inhibited, indicating that this ingredient should not be considered a
nutrient source for microbial multiplication that would affect the formula robustness. It was
verified the growth of the preservative resistant yeasts (growth potential δ ≥ 0,5 log10) in all
the evaluated formulas and ingredient. The data obtained indicate that the development of more
natural foods still represents a challenge for the food industry.
85
1. Introdução
Atualmente o consumidor anseia por alimentos mais naturais, saudáveis, a preços
acessíveis, que promovam benefícios à saúde e que sejam isentos de aditivos (SPILLMANN,
SIEGRIST e KELLER, 2011; BEARTH, COUSIN e SIEGRIST, 2014; KOOIJMANS e
FLORES-PALACIO, 2014). Nesse contexto, a composição química dos refrigerantes,
especialmente no que concerne aos corantes artificiais e conservadores pode representar riscos
ao consumidor (McCANN et al., 2007; MASONE e CHANFORAN, 2015). Por outro lado, os
desafios tecnológicos enfrentados pela indústria de alimentos, em um mercado bastante
competitivo, demandam muitas questões, além das relacionadas a melhoria dos aspectos
sensoriais do produto final. A inovação de produto, consistindo na substituição de aditivos
alimentares por ingredientes naturais representa um desafio, pois deve atender aos aspectos
relacionados a regulamentação, a qualidade e a segurança do alimento.
De acordo com a legislação, refrigerantes são bebidas gaseificadas, obtidas pela
dissolução, em água potável, de suco de fruta ou extrato vegetal de sua origem, adicionados de
açúcares ou edulcorantes, acidulantes, aromatizantes, corantes e conservadores. São
preservados quimicamente, possuindo pH ácido (faixa de 2,5-4,0) e acima de 2,5 volumes de
CO2 (BRASIL, 1998; BRASIL, 2013). Os refrigerantes são envasados a frio em garrafas PET,
de vidro ou latas de alumínio (CERVIERI et al. 2014), sendo considerados produtos tipicamente
estáveis a temperatura ambiente.
No que tange aos aspectos de qualidade e segurança, a estabilidade microbiológica dos
refrigerantes está relacionada a obstáculos como pH ácido, conservadores e teor de gás
carbônico. Além disso, são bebidas adicionadas de açúcar, suco, dissolvidos em uma matriz
aquosa, representando alta atividade de água e fonte de carbono significativa para o crescimento
microbiano, restringindo somente a multiplicação de espécies patógenas (MASSA et al., 1998).
As leveduras oxidativas e fermentativas, constituem o principal grupo deteriorador de
refrigerantes, uma vez que suportam pH ácido, altas concentrações de CO2 e ainda algumas
espécies apresentam comportamento de resistência aos conservadores usuais de bebidas
(STRATFORD, 2006; MARTORELL et al., 2007). Esse mesmo comportamento é exibido
pelas bactérias acéticas - Acinetobacter calcoaceticus e Gluconobacter oxydans (BATTEY &
SCHAFFNER, 2001), que só se multiplicarão, se houver perda de gás pela bebida. As bactérias
lácticas também sobrevivem em ambientes com baixa tensão de oxigênio e pH ácido,
relacionando-se aos ingredientes da bebida e as condições de higienização da linha de processo,
uma vez que são capazes de formar biofilmes (LAWLOR, 2009). Os esporos e fragmentos de
86
micélios de fungos filamentosos podem contaminar o refrigerante, como resultado da qualidade
inadequada dos ingredientes, higienização inadequada da linha de processamento e sobretudo
da qualidade microbiológica do ar ambiente, em especial da área de envase (DELGADO et al.,
2012). A multiplicação dos fungos filamentosos só ocorrerá se houver perda de CO2 pela bebida
(AZEREDO et al., 2016). Contudo, é importante considerar que os micro-organismos citados
irão exibir esse comportamento, em função de determinada matriz alimentícia. Caso haja
modificações na formulação, temperatura de armazenamento, substituição ou adição de novos
ingredientes, a segurança do alimento e consequentemente a saúde do consumidor pode ser
comprometida.
A indústria de alimentos conduz testes desafio para verificar a multiplicação microbiana
numa determinada matriz. Para isso, faz-se necessário descrever o produto e a tecnologia;
conduzir a análise de perigos biológicos e determinar a etapa específica envolvida do processo,
que pode inibir ou promover o crescimento microbiano. Algumas considerações devem ser
feitas em relação aos fatores intrínsecos e extrínsecos que afetam a multiplicação microbiana,
métodos de conservação usados para a destruição de patógenos e análise dos dados sobre a
segurança do produto (NACMCF, 2010).
Outros objetivos também podem ser alcançados com a aplicação do teste desafio, como
a extensão do tempo de prateleira de um produto sob determinadas condições de estocagem,
determinar o comportamento microbiano quando o produto permanece em temperaturas de
abuso, caracterizar alimentos produzidos localmente (local food), avaliar a eficácia de um
conservador ou quando o conhecimento a respeito do perigo biológico em potencial ainda não
está completamente elucidado (GOMES, FLORIANI e MURAKAMI, 2012; SERRAINO e
GIACOMETTI, 2014; PEREIRA et al., 2015). A literatura aborda estudos associando teste
desafio e patógenos, especialmente Listeria monocytogenes (UYTTENDAELE et al., 2009;
AUGUSTIN et al., 2011; SANT’ANNA et al., 2012; EVERIS e BETTS, 2013). Entretanto,
estudos envolvendo micro-organismos deterioradores são escassos.
O potencial de multiplicação microbiana (δ) pode ser determinado através de estudos
de teste desafio durante o desenvolvimento de produtos, com o objetivo de assegurar a robustez
e a qualidade das formulações. Esse potencial pode ser determinado pela diferença entre as
contagens (log10 UFC/g) final e inicial de cada micro-organismo durante a vida de prateleira do
alimento (BEAUFORT, 2011).
De acordo com o exposto, o presente estudo teve por objetivo aplicar o teste desafio em
diferentes matrizes, a saber: (i) refrigerante de laranja adicionado de concentrado de cenoura e
87
maçã sem adição de conservadores (ii) refrigerante de laranja adicionado de concentrado de
cenoura e maçã com conservadores (iii) refrigerante de laranja adicionado de amarelo tartrazina
e amarelo crepúsculo com adição de conservadores – formulação controle (iii) ingrediente -
concentrado de cenoura e maçã.
2. Material e Métodos
2.1 Desenvolvimento das formulações
Para a condução do teste desafio foram desenvolvidas as formulações, conforme indicado
na Tabela 11. Os conservadores sorbato de potássio e benzoato de sódio foram ajustados de
forma a atender ao teor de benzeno na bebida final (5µg/L). Todas as formulações foram
padronizadas com teores de sólidos solúveis em 12°Brix com adição de sacarose, pH fixado em
3,3 com a utilização de ácido cítrico e carbonatadas com 3,0 volumes de CO2.
88
bancada ATAGO, determinado à 20 °C e o resultado expressos em (°Brix). As amostras foram
descarbonatas e analisadas, em triplicata, conforme metodologia descrita por Adolfo Lutz
(2005). O volume de gás carbônico, foi avaliado através de medidor do grau de carbonatação
(ZEGLA).
89
dias. Para as cepas de bactérias acéticas, utilizou-se o caldo soro de laranja e incubação a 30
ºC/3 dias.
90
As bactérias acéticas foram contadas em agar OSA, através da inoculação de 1mL de amostra.
A incubação ocorreu a 30 ºC/3 dias.
Nas amostras não inoculadas (denominadas BR) foi feita a contagem por plaqueamento
em profundidade em meios de cultura BDA e OSA, incubado nas condições mencionadas. Para
a contagem de bactérias acéticas, a contagem foi realizada por plaqueamento em superfície em
meio OSA e seguidas as mesmas condições de incubação mencionadas.
Todas as amostras foram avaliadas no tempo zero e em triplicata em cada ponto. O IFT-
Institute of Food Technologists (2003) recomenda que cinco ou sete pontos sejam retirados
durante a condução do estudo. Seguindo essa recomendação, os tempos estudados foram 0,14,
28, 35, 42 e 60 dias.
As contagens microbiológicas assinaladas no presente estudo foram realizadas em
conformidade com o preconizado por DOWNES e ITO (2001).
91
Entretanto, nas amostras não inoculadas (BR) foram feitas contagens de micro-
organismos acidófilos, através da técnica de inoculação de 0,1mL da amostra em superfície de
agar mGreen e por inoculação de 1mL da diluição 101 da amostra, em profundidade, em agar
BDA acidificado, seguido de incubação a 25 ºC/5 dias. Adicionalmente, foram realizadas
contagens por inoculação de 1 mL da diluição 101 da amostra, por plaqueamento em
profundidade em OSA seguido de incubação a 30 ºC/3 dias em microaerofilia.
3. Resultados e Discussão
No presente estudo, de acordo com as características das bebidas formuladas (pH < 4,2
e a atividade de água > 0,92) (Tabela 13), a aplicação do teste desafio refere-se a segurança
percebida pelo consumidor, que implica nos aspectos relacionados a deterioração do produto,
resultando em perdas econômicas e na rejeição do consumidor.
92
resultados referentes ao potencial de multiplicação microbiana (δ) (Tabela 14), indicaram que
as leveduras e bactérias lácticas são capazes de se multiplicar na formulação sem conservadores
(δ ≥ 0,5 log10), sinalizando que a formulação é sensível. As bactérias acéticas foram inibidas,
razão pela qual, nos experimentos posteriores, esse grupo microbiano não foi mais utilizado.
93
Figura 15. Formulação F 2. Crescimento de leveduras, leveduras resistentes aos conservadores
e bactérias lácticas em refrigerante de laranja preservado quimicamente, adicionado de
concentrado de cenoura e maçã (pH 3,3; Aa 0,990 e CO2 3,0v).
95
Figura 17. Concentrado de cenoura e maçã. Crescimento de leveduras, leveduras resistentes
aos conservadores, bactérias lácticas e fungo.
F2 Leveduras -3,22
Leveduras resistentes a 1,21
conservadores
Bactérias lácticas 0,17
F3 Leveduras -3,12
Leveduras resistentes a 1,12
conservadores
Bactérias lácticas -1,60
Concentrado de cenoura e
maçã
Leveduras resistentes a 1,40
conservadores
Leveduras inibidas
Bactérias lácticas -1,70
Fungo -3,09
96
4. Conclusão
Os resultados obtidos permitem observar que, nas condições testadas, não foi possível
desenvolver um refrigerante de laranja adicionado de concentrado de cenoura e maçã livre de
conservadores. Cabe frisar que o refrigerante constitui uma bebida que não sofre tratamento
térmico, sendo os conservadores o principal obstáculo a multiplicação microbiana.
A formulação adicionada de concentrado de cenoura e maçã e conservadores se mostrou
tão robusta quanto a formulação controle, considerando-se os dados relativos ao potencial de
multiplicação microbiana (δ). Ainda, o ingrediente concentrado de cenoura e maçã não foi
considerado uma fonte de nutriente para o crescimento microbiano, que afetaria a robustez da
formulação.
As leveduras resistentes aos conservadores apresentaram habilidade de se multiplicar em
todas as formulações desenvolvidas e ingrediente. Destaca-se que esse grupo microbiano é raro
no ambiente de processo, contudo deve-se assegurar que as medidas de controle relativas ao
plano de higienização da indústria sejam efetivas.
97
CONCLUSÕES GERAIS
98
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
99
BARRETO, C.L.A. Crises de segurança do alimento e a demanda por carne bovina no Brasil:
Uma análise de Cointegração. 58p. 2014. Monografia. Universidade de Brasília, Brasília, DF.
102
CLAVERO, R. Solving microbial spoilage problems in processed food. In: KORNACKI, J.L.
(Ed). Principles of microbiological troubleshooting in the industrial food processing
environment. (p. 63-78). New York: Springer-Verlag, 2010.
CODEX ALIMENTARIUS. About Codex. Update on 01.02.2016. Disponível em:
http://www.fao.org/fao-who-codexalimentarius/about-codex/en/ Acesso em 24 mar.2016.
CODEX/GFSA – General Food Standard for Food Additives - CODEX STAN 192-1995
Adopted in 1995. Last revision: 2015. 396p. Disponível em: http://www.fao.org/fao-who-
codexalimentarius/standards/gsfa/en/ Acesso em: 02 mai.2016
CONCEIÇÃO, F.V.E. da; SOUSA, R.J. Classificação dos teores de gorduras, açúcar e sódio
através da rotulagem nutricional em alimentos industrializados consumidos pelo público
infantil. 26p. 2011. TCC. Especialização em Segurança Alimentar e Qualidade Nutricional.
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro.
CRUZ, G.F.B. Fabricação de refrigerantes. Rede de Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro
– REDETEC. 2012. 35p. Disponível em: http://www.respostatecnica.org.br/dossie-
tecnico/downloadsDT/Mjc2NTQ=. Acesso em 18 jul. 2014.
DAMAR, S., BALABAN, M.O. Review of dense phase CO2 technology: microbial and enzyme
inactivation, and effects on food quality. Journal of Food Science, v.71, p.1-11, 2006.
DataMonitor. Consumer and Innovation Trends in Carbonated Soft Drinks 2013. Canadean
Ltda. 117p. 2013.
DAVENPORT, R. R. Forensic microbiology for soft drinks business. Soft Drinks
Management International, p.34-35, 1996.
DAVIDSON, P. M.; HARRISON, M. A. Resistance and adaptation to food antimicrobials,
sanitizers and other process controls. Food Technology, v.56, p.69–78, 2002.
DAVIDSON, P.M., SOFOS, J.N., BRANEN, A.L. Antimicrobials in Food. 3ed. Boca Raton:
CRC Press. 679p. 2005.
DELGADO, D.A., SANT’ANA, A.S., GRANATO, D., MASSAGUER, P.R. Inactivation of
Neosartorya fischeri and Paecilomyces variotii on paperboard packaging material by hydrogen
peroxide and heat. Food Control, v.23, p.165-170, 2012a.
DELGADO, D.A., SANT’ANA, A.S., MASSAGUER, P.R. Occurrence of molds on laminated
paperboard for aseptic packaging, selection of the most hydrogen peroxide- and heat-resistant
isolates and determination of their thermal death kinetics in sterile distilled water. World
Journal of Microbiology and Biotechnology, v.28, p.2609-2614. 2012b.
DHINGRA, R., SULLIVAN, L., JACQUES, P.F., WANG, T. J., FOX, C.S., MEIGS, J.B.,
D’AGOSTINO, R.B., GAZIANO, J.M., VASAN, R.S. Soft drink consumption and risk of
developing cardiometabolic risk factors and the metabolic syndrome in middle-aged adults in
the community. Circulation, v.116, p.480-488, 2007.
DIAS, M.I.; FERREIRA, I.C.F.R.; BARREIRO, M.F. Microencapsulation of bioactives for
food applications. Food Funct. v.6, p.1035-1052, 2015.
DONG, C.; WANG, W. Headspace solid-phase microextraction applied to the simultaneous
determination of sorbic and benzoic acids in beverages. Analytical Chimica Acta, v.562, p.23-
29, 2006.
DOWNES, F.P.; ITO, K. Compendium of Methods for the Microbiological Examination of
Foods. American Public Health Association. Washington:USA, 4th edition, 2001.
DUARTE, F.M.; ALMEIDA, S.D.S.de; MARTINS, K.A. Alimentação fora do domicílio de
universitários de alguns cursos da área de saúde de uma instituição privada. O Mundo da
Saúde, São Paulo, v.37, n.3, p.288-298, 2013.
EFSA. Regulation (EC) No 1333/2008 of the European Parliament and of the council of 16
December 2008 on food additives. 2008. Disponível em:
http://www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.do?pubRef=-//EP//NONSGML+REPORT+A7-
2011-0177+0+DOC+PDF+V0//EN. Acesso em: 23 out. 2015.
103
ESTIMA, C.C.P., PHILIPPI, S.T., ARAKI, E.L, LEAL, G.V.S., MARTINEZ, M.F.,
ALVARENGA, M.S. Consumo de bebidas e refrigerantes por adolescentes de uma escola
pública. Revista Paulista de Pediatria. n.29, v.1. p.41-5. 2011.
EVANS, G.; de CHALLEMAISON, B.; COX, D.N. Consumer’s ratings of the natural and
unnatural qualities of foods. Appetite, v. 54, p.557–563, 2010.
EVERIS, L., BETTS, G. Evaluation of Listeria challenge testing protocols: A practical study
using sliced ham. Food control. v.29, p.61-65, 2013.
FDA – U.S. Food and Drug Administration. Benzene in Soft Drinks.13 apr. 2006 Disponível
em: http://www.fda.gov/NewsEvents/Newsroom/PressAnnouncements/2006/ucm108636.
Acesso em: 14 nov. 2015.
FDA – U.S. Food and Drug Administration. Data on benzene in soft drinks and other
beverages. May 16, 2007. Disponível em:
http://www.fda.gov/Food/FoodborneIllnessContaminants/ChemicalContaminants/ucm055815
.htm#table1 Acesso em: 14 nov. 2015.
FERNÁNDEZ-VÁZQUEZ et al. Visual and Instrumental evaluation of orange juice color. A
consumer’s preference study. Journal of Sensory Studies, v.26, p.436-444, 2011.
FERRARI, C.C., SOARES, L.M.V. Concentrações de sódio em bebidas carbonatadas
nacionais. Rev. Ciência e Tecnologia de Alimentos. v.23, n.3, p.414-417, 2003.
FILTENBORG, O., FRISVAD, J. SAMSON, R. Specific association of fungi to foods and
influence of physical environmental factors. In: Samson, R., Hoekstra, E. and Frisvad, J. (Ed).
Introduction to food- and airborne fungi. p. 306-320. Utrecht: Centraalbureau voor
Schimmelcultures, 2004.
FONSECA, M. da C.P. da; SALAY, E. Opinião dos consumidores do município de Campinas
(SP) sobre riscos à saúde provenientes dos alimentos. Segurança Alimentar e Nutricional,
Campinas, v. 12, n.1, p.10-25, 2005.
FORSYTHE, S.J. Microbiologia da Segurança Alimentar. Porto Alegre: Artmed, 2002,
424p.
FREITAS, A.S. Tartrazina: uma revisão das propriedades e análises de quantificação. Acta
Tecnológica. v.7, n.2, p. 65-72, 2012.
FRISÓN, L.N., CHIERICATTI, C.A., ARÍNGOLI, E.E., BASÍLICO, J.C., BASÍLICO, M.Z.
Effect of different sanitizers against Zygosaccharomyces rouxii. Journal of Food Science and
Technology, v.52, p.4619-4624, 2015.
GARCIA-GONZALEZ, L., GEERAERD, A.H., SPILIMBERGO, S., ELST, K., VAN
GINNEKEN, L., DEBEVERE, J., VAN IMPE, J.F., DEVLIEGHERE, F. High pressure carbon
dioxide inactivation of microorganisms in foods: The past, the present and the future.
International Journal of Food Microbiology, v.117, p.1-28, 2007.
GARDNER, L. K.; LAWRENCE, G. D. Benzene Production from Decarboxylation of Benzoic
Acid in the Presence of Ascorbic Acid and a Transition-Metal Catalyst. Journal of
Agricultural and Chemistry Food, New York, v. 41, n. 5, p. 693-695, 1993.
GAVA, A. J.; SILVA, C. A. B.; FRIAS, J. R. G. Tecnologia de Alimentos: Princípios e
Aplicações. 2 Edição. ed. São Paulo: Nobel, v.1, 2008. 512 p.
GOMES, M.S.; FLORIANI, L.R; MURAKAMI, F.S. Controle de qualidade microbiológico e
avaliação da eficácia de conservante em bebida energética a base de extrato de erva-mate (Ilex
paraguariensis St.Hil). Rev. Bras. Farm., v.93, n.3, p.326-330, 2012.
GHIDOUCHE, S. et al. A rapid tool for the stability assessment of natural food colours.
Food Chemistry, v. 139, p.978–985, 2013.
HANSEN et al. Beyond the knowledge deficit: recent research into lay and experts attitudes to
food risks. Appetite, v.41, n.2 p.111-121, 2003.
104
HARA-KUDO, Y., GOTO, K., ONOUE, Y., WATANABE, M., LEE, K., KUMAGAI, S.,
SUGITA-KONISHI, Y., OHNISHI, T. Analysis of consumer complaints related to microbial
contamination in soft drinks. Journal of the Food Hygienic Society of Japan, v.50, p.315-
320, 2009.
HILL, C., O’DRISCOLL, B., BOOTH. Acid adaption and food poisoning microorganisms.
International Journal of Food Microbiology, v.28, p.245–254, 1995.
HORSÁKOVÁ, I., VOLDŘICH, M., ČEŘOVSKÝ, M., SEDLÁČKOVÁ, P., ŠICNEROVÁ,
P., ULBRICH, P. Asaia sp. as a bacterium decaying the packaged still fruit beverages. Czech
Journal of Food Sciences, v.27, p.362-365, 2009.
IARC. Working Group on the Evaluation of Carcinogenic Risks to Humans. 4-
methylimidazole. 27 dec.2010. Disponível em:
https://monographs.iarc.fr/ENG/Monographs/vol101/mono101-015.pdf. Acesso em: 02 mai.
2016.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de Orçamentos Familiares
(POF)2008-2009: Análise do consumo alimentar pessoal no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE,
2011. Disponível em:
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pof/2008_2009_analise_c
oconsumo/pofanalise_2008_2009.pdf. Acesso em 18 dez.2015
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional de Saúde. 2013.
Percepção do estado de saúde, estilo de vida e doenças crônicas. Brasil, Grandes Regiões e
Unidades da Federação. Rio de Janeiro. 2014. Disponível em:
http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv91110.pdf. Acesso em 18 dez.2015.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de Orçamentos Familiares
(POF)2002-2003: análise da disponibilidade domiciliar de alimentos e do estado nutricional
no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2004. Disponível em:<
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pof/2002analise/pof2002a
nalise.pdf. Acesso em 18 dez.2015
ICBA - INTERNATIONAL COUNCIL OF BEVERAGES ASSOCIATIONS. Documento
Guia para Redução do Potencial de formação de Benzeno em Bebidas. 2006. Disponível em:
http://www.icba-net.org/files/resources/benzene-portuguese.pdf. Acesso em 14 nov.2015.
IDEC – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor. Ponto para o consumidor: empresas tem
até dezembro para informar a quantidade de frutas no rótulo de bebidas. 04 dez. 2014.
Disponível em: http://www.idec.org.br/em-acao/em-foco/ponto-para-o-consumidor-empresas-
tem-ate-dezembro-para-informar-a-quantidade-de-fruta-nos-rotulos-de-bebidas. Acesso em 15
dez.2015.
IFT - Institute of Food Technologists. Microbiological challenge testing. Compr. Rev.Food
Sci. Food Saf. v.2 (supplement), p.46–50, 2003.
INGREDION CONSUMER RESEARCH. The Clean label guide to Europe. 20p. 2014.
Disponível em: http://emea.ingredion.com/Campaign/Clean-Label-Guide.html. Acesso em: 05
jan.2016.
ISON, R.W., GUTTERIDGE, C.S. Determination of the carbonation tolerance of yeasts.
Letters in Applied Microbiology, v.50, p.11-13, 1987.
JUVONEN, R., VIRKAJÄRVI, V., OUTI, P., LAITILA, A. Microbiological spoilage and
safety risks in non-beer beverage. VTT Research Notes 2599. Vuorimiehentie: Julkaisija –
Utgivare, 107p. 2011.
KATZ. B.; WILLIAMS, L.A. Cleaning up processed food. Food Technology, v.65, n.12, p.33-
37, 2011.
105
KAUSHAL, N.K.; KAUSHAL, B.B..L.; SHARMA, P.C. Optimization of total soluble solids
and carbon dioxide gas pressure for the preparation of carbonated beverages from apple and
pear juices. J Food Sci Technol, v.41, p.142-149, 2004.
KEMP, A. Evidence supports a trial period of eliminating colourings and preservatives from
the diet. British Medical Journal, v.336, p.1144, 2008.
KLINE, P. The handbook of psychological testing (2nded.). London, UK: Routledge.1999.
KOOIJMANS, A.; FLORES-PALACIO, F. Is eating science or common sense? Knowledge
about “natural foods” among self-identified “natural food” consumers, vendors and procedures
in rural and urban Mexico. Appetite, v.81, p.37-43, 2014.
KORNACKI, J.L. Where these contaminants are found? In: KORNACKI, J.L. (Ed). Principles
of microbiological troubleshooting in the industrial food processing environment. New
York: Springer-Verlag, p.79-102, 2010.
KOYRATTY, B.N.S; AUMJAUD, B.; NEELIAH, S.A. Food additive control: a survey among
selected consumers and manufacturers. British Food Journal, v.116, n.2, p.353-372, 2014.
KRIEGEL, D. Health safety of soft drinks: contents, containers and microorganisms – review
article. BioMed Research International, article ID 128697, 15p. 2015.
LACHANCE, M-A., BOWLES, J.M., DIAZ, M.M.C., JANZEN, D.H. Candida cleridarum,
Candida tilneyi and Candida powellii, three new yeast species isolated from insects associated
with flowers. International Journal of Systematic and Evolutionary Microbiology, v.51,
p.1201–1207, 2001.
LAWLOR, K. A., SCHUMAN, J.D., SIMPSON, P.G., TAORMINA, P.J. Microbiological
Spoilage of Beverages. In: Compendium of the Microbiological Spoilage of Foods and
Beverages. Editors: SPERBER, W.H., DOYLE, M.P. Springer, 2009. DOI: 10.1007/978-1-
4419-0826.
LEGRAS, J.L., ERNY, C., LE, J.C., LOLLIER, M., ADOLPHE, Y., DEMUYTER, C.,
DELOBEL, P., BLONDIN, B., KARST, F. Activation of two different resistant mechanisms
in Saccharomyces cerevisiae upon exposure to octanoic and decanoic acids. Applied and
Environmental Microbiology, v.76, p.7526-7535, 2010.
LEKSRISOMPONG, P.P. Preference mapping of lemon lime carbonated beverages with
regular and diet beverage consumers. Journal of Food Science, v.78, n.2, 2013.
LEVANTESI, C., BONADONNA, B., BRIANCESCO, R., GROHMANN, E., TOZE, S.,
TANDOI, V. Salmonella in surface and drinking water: Occurrence and water-mediated
transmission. Food Research International, v.45, p.587-602, 2012.
LINDINO, C.A. et al. Determinação de metais em corantes alimentícios artificiais. Acta
Science and Technology, Maringá, v.30, n.1, p.93-98, 2008.
LINO, C.M.; PENA, A. Occurrence of caffeine, saccharin, benzoic acid and sorbic acid in soft
drinks and nectars in Portugal and subsequent exposure assessment. Food Chemistry, v.121,
p.503-508, 2010.
LONGO-SILVA, G.; TOLONI, M.H.de A.; MENEZES, R.C.E. de; OLIVEIRA, M.A.A.;
TADDEI, J.A. de A.C. Introdução de refrigerantes e sucos industrializados na dieta de lactentes
que frequentam creches públicas. Revista Paulista de Pediatria. v.33, n.1, p.34-41, 2015.
LOPES, A.S. Simulação do efeito do transporte e da estocagem sobre a qualidade de
refrigerantes de uva acondicionados em garrafas PET. Dissertação (Mestrado Profissional em
Ciência e Tecnologia de Alimentos) – Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia
de Alimentos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, 2013.
LOUREIRO, V. Spoilage yeasts in foods and beverages: characterization and ecology for
improved diagnosis and control. Food Research International, v.33, p.247-256, 2000.
LOUREIRO, V., QUEROL, A. The prevalence and control of spoilage yeasts in foods and
beverages. Trends in Food Science & Technology, v.10, p.356-365, 1999.
106
MACHADO, R.M.D., TFOUNI, A.V., VITORINO, S.H.P., VICENTE, E., TOLEDO, M.C.F.
Presença dos ácidos benzoico e sórbico em vinhos e sidras produzidos no Brasil. Ciência e
Tecnologia de Alimentos, Campinas, v.27, p.847-850, 2007.
MACHADO, S.S.et al. Comportamento dos consumidores com relação à leitura de rótulo de
produtos alimentícios. Alimentos e Nutrição Araraquara, v.17, n.1, p.97-103, jan/mar, 2006.
MAHAN, K.L.; ESCOTT-STUMP, S. Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 10.ed. São
Paulo: Roca, 2005.
MARTINS, C. G.; OLIVEIRA, A. L. de A.; KAWASHIMA, L. M. Determinação de corante
tartrazina em bebidas nacionais não alcoólicas. 2010. Disponível em:
http://www.umc.br/XIII_congresso/projetos/Cinthia%20Goncalves%20Martins.pdf. Acesso
em: 17 jun. 2015.
MARTINS, N. et al. Food Colorants: challenges, opportunities and current desires of agro-
industries to ensure consumer expectations and regulatory practices. Trends in Food Science
& Technology, v.52, p.1-15, 2016.
MARTORELL, P., STRATFORD, M., STEELS, H., FERNÁNDEZ-ESPINAR, M.T.,
QUEROL, A. Physiological characterization of spoilage strains of Zygosaccharomyces bailii
and Zygosaccharomyces rouxii isolated from high sugar environments. International Journal
of Food Microbiology, v.114, p.234–242, 2007
MÄRZ, U. The Global Market of Carotenoids. A BCC Research Food & Beverage Reports.
July, 2015. Disponível em: http://www.bccresearch.com/market-research/food-and-
beverage/carotenoids-market-fod025c.html Acesso em: 13 mai. 2016.
MASONE, D.; CHANFORAN, C. Study on the interaction of artificial and natural food
colorants with human serum albumin: a computational point of view. Computational Biology
and Chemistry. v.56, p.252-158, 2015.
MASSA, S., FACCIOLONGO, M., RABASCO, E., CARUSO, M. Survival of
indicator/pathogenic bacteria in orange soft drink. Food Microbiology, v.15, p.253-257, 1998.
MATA, C.A., BARCELOS, F.A., MARTINS, J.D.L. Pesquisa de Escherichia coli, Salmonella
sp, Staphylococcus coagulase positiva, bolores e leveduras em superfície de latas de
refrigerantes e cerveja. Revista Higiene Alimentar, v.24, p. 122-127, 2010.
McCANN, D., BARRETT, A., COOPER, A., CRUMPLER, D., DALEN, L., GRIMSHAW,
K., KITCHIN, E., LOK, K., PORTEOUS, L., PRINCE, E., SONUGA-BARKE, E., WARNER,
J.O., STEVENSON, J. Food additives and hyperactive behaviour in 3-year-old and 8/9-year-
old children in the community: a randomised, double-blinded, placebo-controlled trial. Lancet,
n. 370, p. 1560–1567, 2007.
MCKNIGHT, I.C., EIROA, M.N.U., SANT'ANA, A.S., MASSAGUER, P.R. Alicyclobacillus
acidoterrestris in pasteurized exotic Brazilian fruit juices: Isolation, genotypic characterization
and heat resistance. Food Microbiology, v.27, p.1016-1022, 2010.
MEHEDI, N. et al. Reproductive toxicology of tartrazina (FD and C Yellow No.5) in Swiss
Albino Mice. American Journal of Pharmacology and Toxicology, v. 4, n. 4, p. 130-135,
2009.
MEHEDI, N. et al. Reproductive toxicology of tartrazina (FD and C Yellow No.5) in Swiss
Albino Mice. American Journal of Pharmacology and Toxicology, v. 4, n. 4, p. 130-135,
2009.
MENDES, C.M. Disposição de pagar por alimentos seguros: o caso dos hortifrutícolas sem
resíduos de agrotóxicos. 2002. 71f. Tese (Doutorado em Economia Aplicada). Universidade
de São Paulo – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiróz”; São Paulo. 2002.
MÍDIO, A.F. MARTINS, D.I. Toxicologia de Alimentos. São Paulo: Livraria Varela, 2000.
MILAGRES, M.P. et al. Impacto da informação sobre a melatonina na aceitabilidade de leite.
B.CEPPA, Curitiba, v.32, n.1, p.125-134, jan/jun, 2014.
107
MISLIVEC, P.B., BEUCHAT, L.R., COUSIN, M.A. Yeasts and Molds. In: Vanderzant, C.,
Splittstoesser, D.F. (Ed). Compendium of Methods for the Microbiological Examination of
Foods Washington DC: American Public Health Association, p.239-243. 1992.
MOLLAPOUR, M., PIPER, P.W. Hog1p MAP kinase determines acetic acid resistance in
Saccharomyces cerevisiae. FEMS Yeast Research, v.6, p.274–1280, 2006.
MOORE, J.E., MCCALMONT, M., XU, J., MILLAR, B.C., HEANEY, N. Asaia sp., an
unusual spoilage organism of fruit-flavored bottled water. Applied and Environmental
Microbiology, v.68, p.4130–4131, 2002a.
MOORE, J.E., XU, J., HEANEY, N., MILLAR, B.C. Spoilage of fruit-flavoured bottled water
by Gluconacetobacter sacchari. Food Microbiology, v.19, p.399-401, 2002b.
MORAIS, V.A.D., MADEIRA, J.E.G.C., DIAS, E.C., BONCOMPAGNI, A.C.,
GONÇALVES, R.C.P., CARVALHO, E. Avaliação microbiológica de amostras de
refrigerantes comercializadas no Estado de Minas Gerais. Revista do Instituto Adolfo Lutz,
v.62, p.1-4, 2003.
MOUTINHO, I.L.D., BERTGES, L.C., ASSIS, R.V.C. Prolonged use of the food dye tartrazine
(FD&C yellow no. 5) and its effects on the gastric mucosa of Wistar rats. Braz J Biol. v. 47,
p.141–145, 2007.
MPOUNTOUKAS, P. Cytogenetic evaluation and DNA interaction studies of the food
colorants amaranth, erythrosine and tartrazine. Food Chem Toxicol. v. 48, p.2934–2944, 2010.
MPOUNTOUKAS, P., PANTAZAKI, A., KOSTARELI, E., CHRISTODOULOU, P.,
KARELIA, K., POLILIOU, S., MOURELATOS, C., LAMBROPOULOU, V., LIALIARIS, T.
Cytogenetic evaluation and DNA interaction studies of the food colorantsamaranth, erythrosine
and tartrazine. Food Chem Toxicol. v.48, p.2934–2944, 2010.
NACMCF. National Advisory Committee on Microbiological Criteria for Foods. Parameters
for determining inoculated pack/challenge study protocols. Journal of Food Protection, v.73,
n.1, p.140-202, 2010.
NDAGIJIMANA, M., BELLETI, N., LANCIOTTI, R., GUERZONI, M.E., GARDINI. Effect
of aroma compounds on the microbial stabilization of orange-based soft drinks. Journal of
Food Science, v.69, p. 21-24, 2004.
NEVES, L.C. Inovação Urgente. Desafios do setor de refrigerantes em um mercado em que os
consumidores querem cada vez mais produtos saudáveis. Engarrafador Moderno. Abr.2015.
Disponível em: http://engarrafadormoderno.com.br/ingredientes/inovacao-urgente. Acesso em:
17 dez.2015
NOGUEIRA, F.A.M., SICHIERI, R. Associação entre consumo de refrigerantes, sucos e leite,
com o índice de massa corporal em escolares da rede pública de Niterói, Rio de Janeiro, Brasil.
Cad Saude Publica. v.25, n.12, p.2715-24, 2009.
NOGUEIRA, V. Coca-cola Life barrada no Brasil. O GLOBO, Rio de Janeiro. 15 jun. 2014.
Disponível em: http://oglobo.globo.com/sociedade/saude/coca-cola-life-barrada-no-brasil-
12805494. Acesso em: 05 dez. 2015.
NYMAN, P. J. et al. Evaluation of Accelerated UV and Thermal Testing for Benzene Formation
in Beverages Containing Benzoate and Ascorbic Acid. J. of Food Science, v. 75, n. 3, p. 263-
267, 2010.
NYMAN, P. J., DIACHENKO, G. W., PERFETTI, G. A., MCNEAL, T.P., HIATT, M. H.
MOREHOUSE, K.M. Survey Results of Benzene in Soft Drinks and Other Beverages by
Headspace Gas Chromatography/Mass Spectrometry. J. Agric. Food Chem., v.56, p.571–576,
2008.
OGA, S. Fundamentos de Toxicologia, 2 ed. São Paulo: Atheneu Editora, 2003.
OS CORANTES. Dossiê técnico. Food Ingredients Brasil, nº9, ago/set. 2009. Disponível em:
http://www.revista-fi.com/materias/106.pdf. Acesso em: 05 jan.2016.
108
OSTROSKI, I.; BARICATTI, R.A.; LINDINO, C.A. Estabilidade dos corantes amarelo
tartrazina e amarelo crepúsculo em refrigerantes. Acta Sci. Technol. Maringá, v.27, n.2, p.101-
106, July/Dec., 2005.
OTEIZA, J.M., ARES, G., SANT'ANA, A.S., SOTO, S., GIANNUZZI, L. Use of a multivariate
approach to assess the incidence of Alicyclobacillus spp. in concentrate fruit juices marketed in
Argentina: Results of a 14-year survey. International Journal of Food Microbiology, v. 151,
p.229 – 234, 2011.
OTEIZA, J.M., SOTO, S., ALVARENGA, V.O., SANT'ANA, A.S., GIANUZZI, L. Flavorings
as new sources of contamination by deteriogenic Alicyclobacillus of fruit juices and beverages.
International Journal of Food Microbiology, 172, 119-124, 2014.
OTEIZA, J.M., SOTO, S., ALVARENGA, V.O., SANT'ANA, A.S., GIANUZZI, L. Fate of
Alicyclobacillus spp. in enrichment broth and in juice concentrates. International Journal of
Food Microbiology, v.210, p.73-78, 2015.
PATAKOVA, P. Monascus secondary metabolites: production and biological activity. Journal
of Industrial Microbiology and Biotechnology, v.40, n.2, p.169-181, 2013.
PEREIRA, J.A. et al. Shelf life determination of sliced portuguese traditional blood sausage –
Morcela de Arroz de Monchique through Microbiological Challenge and Consumer Test.
Journal of Food Science, v.80, n.3, 2015.
PIASINI, A., STULP, S., DAL BOSCO, S.M., ADAMI, F.S. Análise da concentração de
tartrazina em alimentos consumidos por crianças e adolescentes. Revista Uningá Review, v.19,
n.1, jul-set 2014, p.14-18.
PIMENTA, S. de F. Percepção da população do Distrito Federal quanto ao risco da
presença de contaminantes químicos em alimentos. 2003. 52f. Monografia de conclusão de
curso (Especialização Qualidade dos Alimentos). Universidade de Brasília. Centro de
Excelência em Turismo. Núcleo de Pesquisa em Produtos. 2003.
PIPER, P., CALDERON, C.O., HATZIXANTHIS, K., MOLLAPOUR, M. Weak acid
adaptation: the stress response that confers yeasts with resistance to organic acid food
preservatives. Microbiology, v.147, p.2635–2642, 2001.
PIPER, P.W. Resistance of yeasts to weak organic acid preservatives. Advances in Applied
Microbiology, v.77, p.97-113, 2011.
PITT, J.I., HOCKING, A.D. Fungi and Food Spoilage, 2.ed. Maryland: Aspen Publishers Inc.,
1999. 593p.
POLÔNIO, M. T.; PERES, F. Consumo de corantes por pré-escolares de um município da
Baixada Fluminense, RJ. In: Percepção de mães quanto aos riscos à saúde de seus filhos em
relação ao consumo de aditivos alimentares: o caso dos pré-escolares do Município de
Mesquita, RJ. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2010. Originalmente apresentada como Tese de
Doutorado, Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca– ENSP/ Fiocruz, 2010.
POLÔNIO, M.T.; PERES, F. Consumo de aditivos alimentares e efeitos à saúde: desafios para
a saúde pública brasileira. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.25, n.8, p.1653-1666, ago.
2009.
PORTAL DO CONSUMIDOR. Falta clareza em acordo que restringe venda de refrigerantes
nas escolas, avalia Idec. 23/06/2016. Disponível em:
http://www.portaldoconsumidor.gov.br/noticia.asp?busca=sim&id=30825. Acesso em 23
jun.2016.
POUL, M. Lack of genotoxicity effect of food dyes amaranth, sunset yellow and tartrazine and
their metabolites in the gut micronucleus assay in mice. Food Chemistry and Toxicology,
v.47, p.443–448, 2009.
PROTESTE – Associação de Consumidores. Refrigerantes – Os diets não escaparam. n.80,
maio de 2009, p.21-23. Disponível em: http://p5.proteste.org.br/20111028/refrigerantes-
Attach_s555271.pdf. Acesso em: 01 fev. 2013.
109
PROTESTE – Refrigerantes – Os diets não escaparam. n.80, maio de 2009, p.21-23. Disponível
em: http://p5.proteste.org.br/20111028/refrigerantes-Attach_s555271.pdf. Acesso em: 14
nov.2015
PROTESTE- Associação de consumidores. PROTESTE pediu fim de corante da Coca. 27
ju.2012. A Coca Cola do Brasil tem maior concentração de corante potencialmente cancerígeno.
Há refrigerantes que já usam o caramelo natural, mais seguro. Disponível em:
http://www.proteste.org.br/saude/nc/noticia/proteste-pediu-fim-de-corante-da-coca. Acesso
em: 01 fev.2013.
PROTESTE- Associação de consumidores. Redução de benzeno em refrigerantes. 28 outubro
2011. Fabricantes fizeram acordo com o Ministério Público Federal após PROTESTE detectar
a presença da substância cancerígena em sete marcas. Disponível em:
http://www.proteste.org.br/alimentacao/refrigerante/press-release/reducao-de-benzeno-em-
refrigerantes. Acesso em: 01 fev.2013.
RASPOR, P., GORANOVICH, D. Biotechnological applications of acetic acid bacteria.
Critical Reviews in Biotechnology, v.28, p.101–124, 2008.
REIS, D. C. da C. Avaliação da concentração dos corantes amarelo crepúsculo e tartrazina em
refigerantes sabor laranja comercializados em Teresina – PI. Disponível em:
http://connepi.ifal.edu.br/ocs/index.php/connepi/CONNEPI2010/paper/viewFile/902/62.
Acesso em 3 dez. 2015.
REIS, R.C. et al. Mapa de Preferência. In: Análise sensorial: Estudo com consumidores.
MINIM, V.P.R. 2ed. rev.e ampl. – Viçosa, MG: Ed.UFV, 2010, 308p.
RIBEIRO, D.B. Aplicação de Tecnologia Enzimática na Obtenção de β-Caroteno a partir de
Óleo de Buriti (Mauritia vinifera). Dissertação. Programa de Pós-Graduação de Tecnologia de
Processos Químicos e Bioquímicos. Escola de Química, Universidade Federal do Rio de
Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, 2008.
RIOS, A.de O.; ANTUNES, L.M.G.; BIANCHI, M. de L.P. Proteção de carotenoides contra
radicais livres gerados no tratamento de câncer com cisplatina. Alimentos e Nutrição,
Araraquara, v.20, n.2, p. 343-350, jan./mar. 2009.
ROCHA, C.D. Determinação dos pontos críticos de contaminação por leveduras em
refrigerantes. Dissertação. Curso de Pós-Graduação em Patologia, Parasitologia e
Microbiologia. Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2006. 39p.
RODRIGUEZ-AMAYA, D.B. et al. Update Brazilian database on food carotenoids. Factors
affecting carotenoids composition. Journal of Food Composition and Analysis, v. 2, p.445–
463, 2008.
ROSA, S. E. S.; COSENZA, J. P.; LEÃO, L. T. S. Panorama do setor de bebidas no Brasil.
BNDES Setorial, Rio de Janeiro, n. 23, p. 101-150, mar. 2006.
SALATA, C. da C. Produção de refrigerante a partir de suco integral congelado e suco
desidratado de maracujá (Passiflora edulis f. flavicarpa): avaliação físico-química, sensorial e
econômica. Dissertação. Faculdade de Ciências Agronômicas- UNESP, Botucatu, São Paulo,
2013.
SALVATO, M.A.; FERREIRA, P.C.G.; DUARTE, A.J.M. O impacto da escolaridade sobre a
distribuição de renda. EST. ECON. São Paulo, v.40, n.4, p.753-791, out-dez, 2010.
SANT’ANA, A.S., DANTIGNY, P., TAHARA, A.C., ROSENTHAL, A., MASSAGUER, P.R.
Use of a logistic model to assess spoilage by Byssochlamys fulva in clarified apple juice.
International Journal of Food Microbiology, 137, 299-302, 2010a.
SANT’ANA, A.S., ROSENTHAL, A., MASSAGUER, P.R. The fate of patulin in apple juice
processing: A review. Food Research International, v.41, p.441-453, 2008.
SANT’ANA, A.S., SIMAS, R.C., ALMEIDA, C.A.A., CABRAL, E.C., RAUBER, R.H.,
MALLMANN, C.A., EBERLIN, M.N., ROSENTHAL, A., MASSAGUER, P.R.
International Journal of Food Microbiology, v.142, p.156-163, 2010b.
110
SANTOS, M.S.; RIBEIRO, F.M. Cervejas e Refrigerantes. São Paulo: CETESB. 58p. 2005.
Disponível em: http://www.crq4.org.br/downloads/cervejas_refrigerantes.pdf. Acesso em 3
dez.2015.
SANTOS, V.P.S.; SALGADO, A.M.; TORRES, A.G.; PEREIRA, K.S. Benzene as a chemical
hazard in processed foods. Review article. International Journal of Food Science. v.2015,
article ID 545640. Disponível em: http://www.hindawi.com/journals/ijfs/2015/545640/abs/
Acesso em: 14 nov. 2015.
SATO, J. Distribution of filamentous fungi in a manufacturing factory for plastic caps for soft
drinks. Biocontrol Science, v.15, p.87-90, 2010.
SAYED, H.M.; et al. The modifying effect of selenium and vitamins A, C and E on the
genotoxicity induced by sunset yellow in male mice. Mutation Research and Genetic
Toxicology Environmental, v. 744, p.145–153, 2012.
SCHOLTE, R., SAMSON, R., DIJSKTERHUIS J. Spoilage fungi in the industrial processing
of foods. In: SAMSON, R., HOEKSTRA, E. AND FRISVAD, J. (Ed). Introduction to Food
and Airborne Fungi. Utrecht: Centraalbureau voor Schimmelcultures, p. 339-359, 2004.
SCHUMANN, S. P. A.; POLÔNIO, M. L. T.; GONÇALVES, E. C. B. de A. Avaliação do
consumo de corantes artificiais por lactentes, pré-escolares e escolares. Ciência e Tecnologia
de Alimentos, Campinas, v. 28, n. 3, p. 534-539, jul.-set., 2008.
SERRAINO, A.; GIACOMETTI, F. Introduction to challenge test and microbiological
characterization of local products. Italian Journal of Food Safety, v.3, p.34-35, 2014.
SHAHID, M.; SHAHID,-UL-ISLAM, F.; MOHAMMAD, F. Recent advancements in natural
dye applications: a review. Journal of a Cleaner Production, v.53, p.310-331, 2013.
SHIM, S.-M. et al. Consumer´s knowledge and safety perceptions of food additives: Evaluation
on the effectiveness of transmitting information on preservatives. Food Control, v.22, p.1054-
1060, 2011.
SICOBE- Sistema de Controle de Produção de Bebidas. Disponível em:
http://gerencialpublico.cmb.gov.br/PROD_BEBIDAS_EMBALAGEM_REGIAO_2014_201
5.html. Acesso em: 15 dez. 2015
SIDHU, M.S., LANGRSRUD, S., HOLCK, A. Disinfectant and antibiotic resistance of lactic
acid bacteria isolated from the food industry. Microbial Drug Resistance, v.7, p.73-83, 2001.
SOMMER, A.; VYAS, K.S. A Global view on vitamin A and carotenoids. American Journal
of Clinical Nutrition, v.96, supllement 5, p.1204S–1206S, 2012.
SONG, H., SCHWARZ, N. If it’s difficult to pronounce, it must be risky: fluency, familiarity,
and risk perception. Psychological Science, v.20, n.2, p.135-138, 2009.
SOUZA, A. Coca-Cola, Ambev e Schincariol comprometem-se a reduzir os níveis de benzeno
em refrigerantes. O GLOBO, Rio de Janeiro. 03 nov. 2011. Disponível em:
http://oglobo.globo.com/sociedade/saude/coca-cola-ambev-schincariol-comprometem-se-
reduzir-niveis-de-benzeno-em-refrigerantes-3079992. Acesso em: 14 nov.2015.
SOUZA, A.M.; PEREIRA, R.A.; YOKOO, E.M.; LEVY, B.R.; SICHIERI, R. Alimentos mais
consumidos no Brasil: Inquérito Nacional de Alimentação 2008-2009. Revista de Saúde
Pública, n.47 (1supl), p.190S-199S, 2013.
SPERS, E. E. Mecanismos de regulação da qualidade e segurança em alimentos. 2003. 136 p.
Tese. Doutorado em Administração, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade,
Universidade de São Paulo, São Paulo.
SPILLMANN, M.D.; SIEGRIST, M.; KELLER, C. Attitudes toward chemicals are associated
with preference for natural. Food Quality and Preference, v.22, p.149-156, 2011.
SPINELLI, A.C.N.F., SANT’ANA, A.S., RODRIGUES-JUNIOR, S., MASSAGUER, P.R.
(2009). Influence of different filling, cooling, and storage conditions on the growth of
Alicyclobacillus acidoterrestris CRA7152 in orange juice. Applied and Environmental
Microbiology, v.75, p.7409–16, 2009.
111
SPINELLI, A.C.N.F., SANT'ANA, A.S., PACHECO-SANCHEZ, C.P., MASSAGUER, P.R.
Influence of the hot-fill water-spray-cooling process after continuous pasteurization on the
number of decimal reductions and on Alicyclobacillus acidoterrestris CRA 7152 growth in
orange juice stored at 35 °C. International Journal of Food Microbiology, v.137, p.295-298,
2010.
SPLITTSTOESSER, D.F., RANSON, D.P. Soft Drinks. In: VANDERZANT, C.,
SPLITTSTOESSER, D.F. (Ed.). Compendium of Methods for the Microbiological
Examination of Foods. (3a ed.). Washington, DC: American Public Health Association, 1992.
SREY, S., JAHID, I.K., HA, S.D. Biofilm formation in food industries: A food safety concern.
Food Control, v.31, p.527-585, 2013.
STEELS, H. S., JAMES, A., ROBERTS, I. N., STRATFORD, M. Sorbic acid resistance: the
inoculum effect. Yeast, v.16, p.1173–1183, 2000.
STEVENS, L.J. et al. Amounts of Artificial Food Colors in Commonly Consumed Beverages
and Potential Behavioral Implications for Consumption in Children. Clinical Pediatrics, v. 53,
n.2, p.133 –140, 2014.
STRATFORD, M. Food and beverage spoilage yeasts. In: QUEROL, H. AND FLEET, G.
(Ed.), Yeasts in food and beverages. Berlin: Springer-Verlag, p. 335-379, 2006.
STRATFORD, M., BOND, C.J., JAMES, S.A., ROBERTS, I.N., STEELS, H. Candida
davenportii sp. nov., a potential soft drinks spoilage yeast isolated from a wasp. International
Journal of Systematic and Evolutionary Microbiology, v.52, p.1369–1375, 2002.
STRATFORD, M., HOFMAN, P.D., COLE, M.B. Fruit juices, fruit drinks and soft drinks. In:
Lund, B.M., Baird-Parker, A.C., Gould, G.W. (Eds.) The Microbiological Safety and Quality
of Food. Gaithersburg, MD: Aspen Publishers, p. 836-869, 2000.
STRATFORD, M., JAMES, S.A. Non-alcoholic beverages and yeasts. In: Boekhout, T. and
Robert, V. (Ed.). Yeasts in Food. Hamburg: Behr’s Verlag GmbH & Co. p.309-345. 2003.
STRATFORD, M., NEBEN-VON-CARON, G., STEELS, H., NOVODVORSKA, M.,
HAYER, K., ARCHER, D.B. Extreme resistance to weak-acid preservatives in the spoilage of
Zygossacharomyces bailii. International Journal of Food Microbiology, v.166, p.126-134,
2013b.
STRATFORD, M., PLUMRIDGE, A., ARCHER, D.B. Decarboxylation of sorbic acid by
spoilage yeasts in associates with PAD1 gene. Applied and Environmental Microbiology,
v.73, p.6534-6542, 2007.
STRATFORD, M., STEELS, H., NEBEN-VON-CARON, G., NOVODVORSKA, M.,
HAYER, K., ARCHER, D.B. Weak-acid preservative: pH and proton movements in the yeast
Saccharomyces cerevisiae. International Journal of Food Microbiology, v. 161, p.164–171,
2013a.
SYAL, R. Soft Drinks Found to Contain High Levels of Cancer-Causing Benzene. The
Times.2006. Disponível em:
https://www.organicconsumers.org/old_articles/foodsafety/benzene060303.php Acesso: 14
nov. 2015.
TABAI, K. C.; CASTELO BRANCO, N. D. S. D.; HELMS, M. COSTA, J. N. Rotulagem
nutricional: situação no município de Seropédica, RJ, Oikos (Viçosa, Mg), v. 17, n. 1, p. 105-
121, 2006.
TANAKA, T. Reproductive and neurobehavioural toxicity study of tartrazine administered to
mice in the diet. Food Chemistry and Toxicology, v. 44, p.179–187, 2009.
TFOUNI, S.A.V., TOLEDO, M.C.F. Conservadores ácido benzoico e ácido sórbico – uma
revisão. Boletim da Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos, v.35, p.41-
53, 2001.
112
TOLONI, M. H. de A. et al. Introdução de alimentos industrializados e de alimentos de uso
tradicional na dieta de crianças de creches públicas no município de São Paulo. Revista de
Nutrição, Campinas, v. 24, n. 1, p.61-70, jan./fev., 2011.
TRIBST, A.A.L., SANT’ANA, A.D.S., DE MASSAGUER, P.R. Review: Microbiological
quality and safety of fruit juices - past, present and future perspectives. Critical Reviews in
Microbiology, v.35, p.310–39, 2009.
UYTTENDAELE, M. Prevalence and challenge tests of Listeria monocytogenes in Belgian
produced and retailed mayonnaise-based deli-salads, cooked meat products and smoked fish
between 2005 and 2007. International Journal of Food Microbiology, v.133, p.94-104, 2009.
VARELA, P.; FISZMAN, S.M. Exploring consumer’s knowledge and perceptions of
hydrocolloids used as food additives and ingredient. Food hydrocolloids, v.30, n.1, p.477-484,
2013.
VARNAM, A. H.; SUTHERLAND, J. P. Soft drinks. In: VARNAM, A.H.; SUTHERLAND,
J.P. Beverages: Technology, Chemistry and Microbiology. London: Chapman & Hall, v.2,
chapter 3, p.73-125, 1994.
VARNAM, A.H., SUTHERLAND, J.P. Soft drinks. Beverages: technology, chemistry and
microbiology. London: Chapman & Hall, p. 73-125, 1994.
VIGITEL BRASIL 2013. Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por
inquérito telefônico. Estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores
de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito
Federal. Série G. Estatística e Informação em Saúde. Brasília, DF, 2014. Disponível em:
https://biavati.files.wordpress.com/2014/05/vigitel-2013.pdf. Acesso em 05 dez. 15.
WAREING, P. AND DAVENPORT, R. R. Microbiology of Soft Drinks and Fruit Juices. In:
P. R. Ashurst (Ed.). Chemistry and Technology of Soft Drinks and Fruit Juices (2a ed.).
Oxford, UK: Blackwell Publishing Ltda, 2004.
WEI et al. Optimisation of foods expectations using product colour and appearance. Food
Quality and Preference, v.23, n.1, p.49-62, 2013.
WHITE, A.S., GODARD, R.D., BELLING, C., KASZA, V., BEACH, R.L. Beverages obtained
from soda fountain machines in the U.S. contain microorganisms, including coliform bacteria,
International Journal of Food Microbiology, v.137, p.61-66, 2010.
YADAV, A. et al. Sunset yellow FCF, a permitted food dye, alters functional responses of
splenocytes at a non-cytotoxic dose. Toxicology Letters, v.217, p.197–204. 2013.
YAMADA, Y., YUKPHAN, P. Genera and species in acetic acid bacteria. International
Journal of Food Microbiology, v.125, p.15–24,
113