Esquizofrenia

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Curso Livre de Formação em Psicanálise Anexo FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA

FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA

CURSO LIVRE DE FORMAÇÃO


EM PSICANÁLISE

ANEXO 6

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ESQUIZOFRENIA
A esquizofrenia é uma doença mental crônica que se manifesta na
adolescência ou início da idade adulta. Sua freqüência na população em
geral é da ordem de 1 para cada 100 pessoas, havendo cerca de 40 casos
novos para cada 100.000 habitantes por ano. No Brasil estima-se que há
cerca de 1,6 milhão de esquizofrênicos; a cada ano cerca de 50.000
pessoas manifestam a doença pela primeira vez. Ela atinge em igual
proporção homens e mulheres, em geral inicia-se mais cedo no homem,
por volta dos 20-25 anos de idade, e na mulher, por volta dos 25-30 anos.
Quais os sintomas?
A esquizofrenia apresenta várias manifestações, afetando diversas áreas
do funcionamento psíquico. Os principais sintomas são:
1. delírios: são idéias falsas, das quais o paciente tem convicção absoluta.
Por exemplo, ele se acha perseguido ou observado por câmeras
escondidas, acredita que os vizinhos ou as pessoas que passam na rua
querem lhe fazer mal.

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2. alucinações: são percepções falsas dos órgãos dos sentidos. As


alucinações mais comuns na esquizofrenia são as auditivas, em forma de
vozes. O paciente ouve vozes que falam sobre ele, ou que acompanham
suas atividades com comentários. Muitas vezes essas vozes dão ordens
de como agir em determinada circunstancia. Outras formas de alucinação,
como visuais, táteis ou olfativas podem ocorrer também na esquizofrenia.
3. alterações do pensamento: as idéias podem se tornar confusas,
desorganizadas ou desconexas, tornando o discurso do paciente difícil de
compreender. Muitas vezes o paciente tem a convicção de que seus
pensamentos podem ser lidos por outras pessoas, ou que pensamentos
são roubados de sua mente ou inseridos nela.
4. alterações da afetividade: muitos pacientes tem uma perda da
capacidade de reagir emocionalmente às circunstancias, ficando
indiferente e sem expressão afetiva. Outras vezes o paciente apresenta
reações afetivas que são incongruentes, inadequadas em relação ao
contexto em que se encontra. Torna-se pueril e se comporta de modo
excêntrico ou indiferente ao ambiente que o cerca.

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5. diminuição da motivação: o paciente perde a vontade, fica desanimado e


apático, não sendo mais capaz de enfrentar as tarefas do dia a dia. Quase
não conversa, fica isolado e retraído socialmente.
Outros sintomas, como dificuldade de concentração, alterações da
motricidade, desconfiança excessiva, indiferença, podem aparecer na
esquizofrenia. Dependendo da maneira como os sintomas se agrupam, é
possível caracterizar os diferentes subtipos da doença. A esquizofrenia
evolui geralmente em episódios agudos onde aparecem os vários sintomas
acima descritos, principalmente delírios e alucinações, intercalados por
períodos de remissão, com poucos sintomas manifestos.
Qual é a causa da esquizofrenia?
Não se sabe quais são as causas da esquizofrenia. A hereditariedade tem
uma importância relativa, sabe-se que parentes de primeiro grau de um
esquizofrênico têm chance maior de desenvolver a doença do que as
pessoas em geral. Por outro lado, não se sabe o modo de transmissão
genética da esquizofrenia. Fatores ambientais (p. ex., complicações da
gravidez e do parto, infecções, entre outros) que possam alterar o

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desenvolvimento do sistema nervoso no período de gestação parecem ter


importância na doença. Estudos feitos com métodos modernos de imagem,
como tomografia computadorizada e ressonância magnética mostram que
alguns pacientes tem pequenas alterações cerebrais, com diminuição
discreta do tamanho de algumas áreas do cérebro. Alterações bioquímicas
dos neurotransmissores cerebrais, particularmente da dopamina, parecem
estar implicadas na doença.
Como se diagnostica a esquizofrenia?
O diagnóstico da esquizofrenia é feito pelo especialista a partir das
manifestações da doença. Não há nenhum tipo de exame de laboratório
(exame de sangue, raio X, tomografia, eletroencefalograma etc.) que
permita confirmar o diagnóstico da doença. Muitas vezes o clínico solicita
exames, mas estes servem apenas para excluir outras doenças que podem
apresentar manifestações semelhantes à esquizofrenia.
Como se trata a esquizofrenia?
O tratamento da esquizofrenia visa ao controle dos sintomas e a
reintegração do paciente. O tratamento da esquizofrenia requer duas

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abordagens: medicamentosa e psicossocial. O tratamento medicamentoso


é feito com remédios chamados antipsicóticos ou neurolépticos. Eles são
utilizados na fase aguda da doença para aliviar os sintomas psicóticos, e
também nos períodos entre as crises, para prevenir novas recaídas. A
maioria dos pacientes precisa utilizar a medicação ininterruptamente para
não ter novas crises. Assim o paciente deve submeter-se a avaliações
médicas periódicas; o médico procura manter a medicação na menor dose
possível para evitar recaídas e evitar eventuais efeitos colaterais. As
abordagens psicossociais são necessárias para promover a reintegração
do paciente à família e à sociedade. Devido ao fato de que alguns sintomas
(principalmente apatia, desinteresse, isolamento social e outros) podem
persistir mesmo após as crises, é necessário um planejamento
individualizado de reabilitação do paciente. Os pacientes necessitam em
geral de psicoterapia, terapia ocupacional, e outros procedimentos que
visem ajudá-lo a lidar com mais facilidade com as dificuldades do dia a dia.
Como os familiares podem colaborar com o paciente?
Os familiares são aliados importantíssimos no tratamento e na reintegração
do paciente. É importante que estejam orientados quanto à doença

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esquizofrenia para que possam compreender os sintomas e as atitudes do


paciente, evitando interpretações errôneas. As atitudes inadequadas dos
familiares podem muitas vezes colaborar para a piora clínica do mesmo. O
impacto inicial da noticia de que alguém da família tem esquizofrenia é
bastante doloroso. Como a esquizofrenia é uma doença pouco conhecida e
sujeita a muita desinformação as pessoas se sentem perplexas e confusas.
Freqüentemente, diante das atitudes excêntricas dos pacientes, os
familiares reagem também com atitudes inadequadas, perpetuando um
circulo vicioso difícil de ser rompido. Atitudes hostis, criticas e
superproteção prejudicam o paciente, apoio e compreensão são
necessários para que ele possa ter uma vida independente e conviva
satisfatoriamente com a doença.

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